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Universidade Federal da Bahia

BIOA66 – Bioética
Docente: Lilia Maria Azevedo Moreira
Discente: Marciane Nunes Cardoso

CASAL DESEJA SUBMETER CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN


À ESTERILIZAÇÃO

 Questão a ser tratada/Problema a ser explorado: Esterilização de pessoas


com síndrome de Down.
 Fatos do caso: Pais querem realizar um procedimento cirúrgico complexo
e irreversível em uma pessoa sem seu consentimento.
 Decisões possíveis:
- Não realizar a esterilização
- Realizar a esterilização
 Informações adicionais: Normalmente, a esterilização de pessoas com
deficiência não se baseia em riscos à vida da pessoa, mas sim na visão
preconceituosa de que a síndrome de Down é uma anomalia incapacitante
cuja “transmissão” deve ser impossibilitada, justificando a esterilização do
indivíduo. Além disso, a sexualidade da pessoa com deficiência, sobretudo
com síndrome de Down, é vista e tratada com estranheza por familiares:
não se sabe como lidar, explicar ou aceitar que essas pessoas têm
sexualidade.
Fatores externos associados à incapacidade do Estado de fornecer
educação sexual adequada para jovens, assim como fatores internos, isto
é, a própria ignorância ou incapacidade dos pais de conversar sobre
sexualidade dificulta que as pessoas com deficiência tenham acesso a
informações sobre sexualidade, aumentando sua vulnerabilidade a abusos
e violências sexuais, gravidez indesejada e IST’s.
Bevervanço (2009) pontua que a escolha pela esterilização seria
uma comodidade para os pais, uma garantia de não ter que vigiar a vida
sexual dessas pessoas – o que evitaria a preocupação com a ocorrência das
situações acima citadas. Prevalece a noção de que por conta da deficiência
todo e qualquer aspecto da vida de alguém seria fortemente impactado por
ela; em consequência disso, acredita-se que essas pessoas seriam
incapazes de criarem filhos ou filhas.
 Decisão defendida: Não esterilização.
 Princípio ético: Princípios da autonomia e da não maleficência
(Principialismo)
 Autoridades que reforçam a decisão: De acordo com a Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência),
nº 13.146, de 6 de julho de 2015, a deficiência não “afeta a plena
capacidade civil da pessoa” para “conservar sua fertilidade, sendo vedada
a esterilização compulsória”. (BRASIL, 2015)
 Circunstâncias associadas ao abandono da decisão: Nenhuma.
 Nível de confiança na decisão: 100%.
 Resumo do caso: Pais querem realizar um procedimento cirúrgico em sua
criança que a incapacite de gerar filhos ou filhas. Esta decisão pode ser
motivada pelo preconceito em relação à síndrome de Down e o desejo de
cessar sua “transmissão”, pela incapacidade dos pais de educar
sexualmente suas crianças e querer evitar problemas oriundos disso ou
pela crença equivocada de que estas pessoas não têm condições de criar e
educar uma criança.
 Descrição do caso e da decisão: Pais querem esterilizar sua criança com
síndrome de Down, por razões que não estão alinhadas a riscos à saúde.
Essa decisão fere o princípio da autonomia, por não ser realizada com o
consentimento da pessoa com Down, assim como o princípio da não
maleficência, pois a irreversibilidade do procedimento impediria que a
pessoa com Down tivesse filhos ou filhas biológicas caso assim desejasse.
Logo, defende-se a não esterilização.

REFERÊNCIAS

BEVERVANÇO, Rosana Beraldi. A esterilização. Disponível em: <


http://www.ampid.org.br/Artigos/EsterilizacaoPDeficiente.php>

BRASIL. Lei nº , de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa


com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Brasília, DF , jul, 2015.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm >

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