Ed - 1862 - Toque e Leia

SERGIPE–BR | EDIÇÃO 1862 | ANO 35 | 17/12/2018
A NOVA ERA DA NOTÍCIA
DENÚNCIA
FEIRAS DE ARACAJU:
CARTEL LUCRA
R$ 13 MILHÕES
E NÃO PAGA IMPOSTO
DESTE DINHEIRO,
SEGUNDO A ASSOCIAÇÃO
DE CAMELÔS E FEIRANTES
DE ARACAJU, NEM
SEQUER UM CENTAVO É
VIEIRA NETO
ARRECADADO DESTES
EMPRESÁRIOS COMO
COBRANÇA DE IMPOSTOS
ACESSE P. 18
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A NOVA ERA DA NOTÍCIA
SERGIPE–BRASIL
t
ÍNDICE CADERNO 1 TOQUE E ACESSE
OPINIÃO
EDITORIAL – Prefeitura recrudesce
e tenta ressuscitar controle de mídia 5
CHARGE 9
CINFORMANDO –
A prefeitura e as feiras livres 11
POLÍTICA
Feiras de Aracaju: cartel lucra
R$ 13 milhões e não paga imposto 18
Secretário nega confissão de culpa 36
Valdevan 90 coloca Sergipe

como chacota em nível nacional 40
GERAL
Cursos são a chave para
a condução consciente 45
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 2

Aracaju apresentou 16
casos de Calasar em 2018 59
Acumular animais, em
excesso, pode ser doença 66
Animais são bem-vindos 72
PRÓ-SOLUÇÃO –
Um aprendizado de turismo 82
ENCARTE – Guanabara 86
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ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 3
E ACESSE
t
TOQUE
ÍNDICE
GERAL
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 4

1/4
EDITORIAL
PREFEITURA
RECRUDESCE
E TENTA
RESSUSCITAR
CONTROLE
DE MÍDIA
No melhor estilo Vladimir Putin, o
plenipotenciário novo czar da Rússia, a
Prefeitura de Aracaju, através do seu braço
jurídico, a Procuradoria, enviou Notificação
Extrajudicial a este semanário, requerendo uma
“edição integral deste [sic} jornal contendo
esclarecimentos desta Prefeitura Municipal, nos
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 5

| EDITORIAL 2/4
termos a ser [sic] fornecido [sic] pela Secretaria

Municipal de Comunicação”.
O arroubo de absolutismo embasa

suas cogitações em tresvarial arrazoado
fornecido pela SECOM, que tenta mesclar
fatos, documentalmente comprovados,
como se fossem mentiras, o que não será
possível prevalecer em nenhuma instância,
graças ao poder de discernimento dos juízes
nas cortes de justiça.
O que ocorre com a licitação em tela

é que, para que houvesse o certame foi
necessário o bloqueio de correspondente
valor orçamentário, conforme estabelecem
a Constituição e a Lei Geral das Licitações,
a famosa 8.666/93, além da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Isso acreditando-se que a Prefeitura

de Aracaju cumpre a Lei de Diretrizes
Orçamentária (LDO), a Lei Orçamentária Anual
LOA) e o Plano Plurianual (PPA), o que é uma
obrigação contábil e não um ato discricionário.
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| EDITORIAL 3/4
Se a Prefeitura não gastou os R$40

milhões, foi porque não houve caixa, ou seja,
recebeu a chave do cofre (a licitação) mas
o cofre estava vazio. Se houvesse dinheiro,
havia sido torrado, com certeza, porque o
cofre, a chave para acessá-lo e a autorização
para torrar estavam na mão.
Outra insatisfação da SECOM relaciona-se

com a participação de parentes de servidor
público em certames para compra de bens e/
ou contratação de serviços. Aqui, permito-
me reiterar a doutrina do Plenário do TCU
23.04.2013: “A participação de empresa
cujo sócio tenha vínculo de parentesco com
servidor da entidade licitante afronta, por
interpretação analógica, o disposto no art. 9º,
inciso III, da Lei 8.666/1993”.
Ou, ainda Acórdão do Conselho Nacional

de Justiça, que reza: “É vedada a contratação,
independentemente da modalidade de
licitação (pregão eletrônico, tomada de
preço, concorrência pública etc.), de pessoa
jurídica que tenha em seu quadro societário
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| EDITORIAL 4/4
cônjuge, companheiro ou parente em linha

reta, colateral ou por afinidade até o terceiro
grau, inclusive, dos magistrados ocupantes
de cargos de direção ou no exercício de
funções administrativas, assim como de
servidores ocupantes de cargos de direção,
chefia e assessoramento vinculados direta ou
indiretamente às unidades situadas na linha
hierárquica da área encarregada da licitação,
nos termos da fundamentação;”
Ainda sob o crivo do CNJ: “A problemática

é muito mais profunda, pois em alguns casos,
percebe-se que o gestor tenta camuflar o
procedimento licitatório, para alcançar fim
diverso do interesse público, beneficiando a si
ou parentes”.
Os pilares da administração pública se

assentam na legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. Ou
seja, uma ação pode não ser ilegal, mas
precisa, obrigatoriamente, ser impessoal
e moral, para que se reconheça lisura nos
procedimentos de gestão.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 8

| OPINIÃO
CHARGE | Percles
ENQUANTO ISSO... EM SERGIPE
...PREOCUPADÍSSIMO COM A ESTABILIDADE

FINANCEIRA DOS SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS...
EU RESOLVI PAGAR O RESTANTE DO 13º SALÁRIO
DESTE ANO SOMENTE NO PRÓXIMO ANO... POIS ASSIM
NÃO CAIRÃO NA TENTAÇÃO DO CONSUMISMO DOS
FESTEJOS DO NATAL... NÉ NÃO? É... EH... EH...
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 9

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Siqueira Campos, Aracaju A PARTIR DAS 06H DA MANHA
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 10

| OPINIÃO 1/6
Edvar Freire
CINFORMANDO
A PREFEITURA E
AS FEIRAS LIVRES
A feira livre existe desde tempos imemoriais.
Feira deriva de feria, do latim, que significa
descanso ou dia santo. É basicamente uma
manifestação cultural de povos de todo o mundo,
sejam moradores do campo ou das cidades.
Na feira ocorrem os encontros entre

amigos, as fofocas, as intrigas, encontros de
amor, bebedeiras e brigas. Ali se realizam
os mais diversificados negócios, sejam eles
de miudezas ou de vulto, até mesmo crimes
históricos ocorreram em feiras livres. É um
palco de democracia, também.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 11

| OPINIÃO | CINFORMANDO 2/6
Em um momento qualquer da história as

cidades, e mesmo os povoados se organizaram
e os núcleos urbanos passaram a se utilizar
das feiras para as compras e trocas, o que
levou as autoridades a estabelecerem regras e,
fatalmente, a cobrarem impostos e taxas pela
utilização dos espaços públicos.
Foi assim por séculos, até que chegaram

os dias atuais em que algumas prefeituras,
por comodidade, abriram mão do seu direito
de organizar e cobrar suas taxas e passaram
a terceirizar esses serviços, buscando
melhor organização ou, ao que parece,
menos responsabilidade.
Em Aracaju, pelo que se vê em matéria desta

edição, uma verdadeira colcha de retalhos
estabelece o que ocorre nas entranhas das mais
de 30 feiras livres que ocorrerem pela cidade
afora, sem falar dos grandes mercados centrais.
Na medida em que a Prefeitura esqueceu

dessa prerrogativa, pequenos grupos de
privilegiados empresários se transformaram
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em longa manos da prefeitura e assumiram

o controle dessa atividade tão importante
para o desenvolvimento da sociedade e para o
esperado bem-estar da população.
Causa estranheza o fato de a prefeitura, nessa

empreitada, não recolher um mísero real para os
cofres públicos, o que sugere a necessidade de
uma atitude mais ajustada com as necessidades
municipais, até porque dispõe de um órgão, a
Emsurb, que trata diretamente dessa atividade.
Nomeação de Valdevam 90:

Bofetada no rosto da Polícia Federal
É difícil trabalhar em defesa da legalidade e
contra a corrupção endêmica que assola o país
quando se vê a longanimidade da Justiça, que
assegura a posse de um sujeito acusado de
crimes eleitorais, com ajuntamento de provas
e depoimentos que o implicam na qualidade de
ativo comprador de votos. Tamanha foi a ousadia
desse candidato que a Polícia Federal o prendeu
e o mantém encarcerado, o que não impede
o benevolente judiciário de lhe assegurar a
diplomação e incluí-lo, em breve, no impermeável
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 13

grupo de seres privilegiados e inatingíveis, como

se conhece muito bem neste Sergipe D’el Rei.
Elber cria Dia Municipal de Defesa

das Prerrogativas da Advocacia
O vereador Elber Batalha (PSB) deu entrada
em um Projeto de Lei (PL) 86/2018, através
do qual fica instituído, no Calendário Oficial
de Eventos do Município de Aracaju, o Dia
Municipal de Defesa das Prerrogativas da
Advocacia, a ser comemorado, anualmente,
no dia 11 de agosto. Ao justificar seu PL,
Elber, que é defensor público concursado,
diz que a advocacia sergipana merece uma
data em Defesa das Prerrogativas. “A data
será comemorada no dia 11 de agosto, Dia da
Advocacia e da Magistratura no Brasil. A data
tem como objetivo valorizar e homenagear
a advocacia local, ressaltando a importância
da proteção das prerrogativas desses
profissionais do Direito”, justificou.
Laércio comemora aprovação de novo

marco que visa combater a corrupção
O deputado federal Laércio Oliveira é vice-
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presidente da Comissão especial da lei de

Licitações que aprovou nesta quarta-feira,
5, o seu relatório. De acordo com Laércio, o
texto aprovado visa combater a corrupção;
o excesso de burocracia; as interrupções
das obras e dos serviços, além de dar maior
agilidade ao processo de licitação, como um
todo. O relatório atual dá total autonomia
à administração pública para conduzir
a licitação. A lei atual deixa claro que a
licitação não será sigilosa, sendo públicos
e acessíveis os atos de seu procedimento.
A exceção fica por conta do conteúdo das
propostas oferecidas pelos concorrentes, até
a apresentação.
Gilmar diz que votará contra

qualquer aumento de impostos
Ao fazer uso da tribuna no plenário da
Assembleia Legislativa nesta quinta-feira,
13/12, o deputado estadual Gilmar Carvalho
(PSC) antecipou duas posições com relação
aos projetos que o Governo do Estado
encaminhou para a Alese e que serão votados
nos próximos dias. Apesar de considerar que
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o projeto de Reforma Administrativa trará

pouca economia, o deputado se posicionou
favorável. “A economia será infinitamente
pequena para as necessidades do Estado
e da própria gestão do governador, mas
votarei a favor até mesmo para cobrar muito
depois”, disse Gilmar.
Ano Cultural Poeta Santo Souza

Aprovado na Assembleia Legislativa de
Sergipe (Alese) PL 129/2018 de autoria da
deputada estadual Ana Lula (PT), que institui
o ano de 2019 como o “Ano Cultural Poeta
Santo Souza”, em comemoração aos 100
anos de seu nascimento. O PL segue agora
para o Poder Executivo para ser sancionado
e regulamentado. A proposta tem o objetivo
de homenagear José Santo Souza, mais
conhecido como Santo Souza, poeta, natural
da cidade de Riachuelo, membro da Academia
Sergipana de Letras, membro efetivo da
Associação Sergipana de Imprensa e membro
correspondente da Academia Paulista
de Letras, em razão da sua imensurável
contribuição à cultura de Sergipe.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 16

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ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 17

1/17
POLÍTICA
DENÚNCIA
FEIRAS DE ARACAJU
CARTEL LUCRA
R$ 13 MILHÕES
E NÃO PAGA
IMPOSTO
l Deste dinheiro, segundo a Associação
de Camelôs e Feirantes de Aracaju, nem sequer
um centavo é arrecadado destes empresários
como cobrança de impostos
PAULA COUTINHO | paula.coutinho@cinform.com.br

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 18
| POLÍTICA | DENÚNCIA 2/17
FOTOS VIEIRA NETO
Falta de higiene, pouca fiscalização e

desorganização nas feiras livres de Aracaju
“As meninas (da cobrança) chegam lá e a

gente já sabe (o que é). Quando for 8h, 9h, a
gente tem que pagar. Mesmo se a gente não
tiver vendido nada a gente tem que pagar. E
se a gente não pagar, a gente não trabalha”.
A frase acima é de André Camelô, mas já
virou unanimidade entre uma categoria de
trabalhadores – a dos feirantes –, e resume
o dia a dia de trabalho de mais de 2 mil
destes homens e mulheres, muitos deles
pequenos produtores rurais, que plantam
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 19

e colhem hortaliças,
verduras e frutas em sítios
e chácaras nos municípios
sergipanos, e vêm para
Aracaju, para vender.
Chegam à cidade
ainda de madrugada, em
pequenas caminhonetes,
em carros gastos no
André Camelô, presidente
batente diário. Muitos da Associação de Camelôs
trazem toda a família, e Feirantes de Aracaju,
denuncia cartel de oito
mulher, filhos. Todos empresários
ajudam, carregam
e descarregam mercadorias, fazem a
contabilidade do dia, embalam produtos. O
trabalho é exaustivo, muita das vezes a venda
do dia não compensa a dura labuta. Mas, na
feira seguinte, começa-se tudo de novo. E a
maioria deles gosta do que faz. Como é o caso
de Francisco Alves de Albuquerque, o Tico,
de Malhador. Tico é um pequeno produtor
rural. É feirante há mais de 35 anos. Mantém a
propriedade pequenina no município sergipano
com a ajuda de toda a família. Vem para
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 20

Na foto, os recibos
pagos pelos feirantes
para os empresários
Aracaju ‘fazer feira’ três vezes por semana.

Toda feira, vendendo ou não, tendo dinheiro
ou não, Tico precisa pagar para ‘os donos das
feiras’. Caso não pague, Tico não tem o direito à
dignidade – ele não pode trabalhar.
O que a sociedade não sabe é que em

Aracaju, entra ano sai ano, esses homens e
mulheres desembolsam mais de R$ 13 milhões
por ano para pagarem um tal ‘aluguel’ diário da
estrutura (lona, ferro) de uma banca, que custa
apenas R$ 400. Isto mesmo, R$ 400 reais é
o preço total de uma banca novinha. O que
a sociedade igualmente não sabe é que, por
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 21

Nas feiras semanais, população consome e nem sequer

imagina que empresário abocanha mais de R$ 13 milhões
por ano sem, talvez, pagar impostos
ser um espaço público, há gestões de outras

cidades brasileiras que, antevendo ‘problemas’,
preferem tratar diretamente com feirantes e
por meio de convênios, sem intermediários. Ou
realizar pregões para que empresas privadas,
contratadas, via licitação, possam cuidar de
toda a organização das bancas.
“O grande problema das feiras livres é que

o gestor principal da cidade não valoriza o
trabalho dos feirantes. Nós estamos, há anos,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 22

entregues nas mãos dos empresários. Nós

pagamos um aluguel para os empresários
e estes empresários não pagam nenhum
imposto de todo esse dinheiro”, relata Tico.
R$ 13 MILHÕES SEM IMPOSTOS

O raio X do dinheiro desembolsado pelos
mais de 2 mil feirantes para 13 das 32 feiras
de Aracaju dá – a apenas oito empresários
– um lucro bruto de R$ 277.880,00 ao mês;
exatos R$ 3.334.560,00 milhões ao ano. A
contabilidade é simples. Basta multiplicar a
quantidade de bancas pelo valor que cada
feirante, responsável por cada uma destas
bancas, precisa desembolsar para montá-las, e
depois multiplica-se por 4, que é a quantidade
de feiras ao mês em cada um destes bairros
de Aracaju. Acha-se aí o valor mensal. Depois,
multiplica-se novamente esse número por 12, e
encontra-se o valor anual arrecadado.
Esse aluguel é diário, vale somente pelo dia

daquela feira. No outro dia, tem que pagar
novamente. Para exemplificar, eis alguns
destes dados, com bairro, quantidade de
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 23

bancas e preço do tal aluguel que o feirante

desembolsa para manter cada banca:
Santo Antônio, 600 bancas a 15 reais cada;
Agamenon, 580 bancas a 15 reais cada; Buggio,
700 bancas a 15 reais cada; Dom Pedro, 180
bancas a 15 reais cada; Bairro América, 700
bancas a 15 reais cada; Augusto Franco, 600
bancas a 20 reais cada; Santos Dumont, 160
bancas a 19 reais cada; Batistão, 140 bancas a
15 reais cada; Orlando Dantas, 140 bancas a 17
reais cada; Suiça, 130 bancas, a 15 reais cada;
Castelo Branco, 200 bancas, a 15 reais cada; 18
do Forte, 100 bancas, a 15 reais cada; Coroa do
Meio, 140 bancas, a 15 reais cada.
Desse montante, segundo a Associação

de Camelôs e Feirantes de Aracaju, não entra
oficialmente sequer
um centavo nos
cofres da Prefeitura
de Aracaju. O órgão
que hoje fiscaliza os
espaços das feiras,
a Emsurb (Empresa
Municipal de Serviços
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 24

Sujeira e desordem são as marcas de

várias das 32 feiras na cidade de Aracaju
Urbanos), segundo o presidente da Associação,

André Camelô, não dialoga com os feirantes.
Para onde vai este dinheiro e como estes
valores são gastos é a pergunta para a qual
André Camelô gostaria de obter resposta.
André argumenta: “Desse dinheiro, não entra

sequer um centavo nos cofres da Prefeitura.
Por quê? Esses empresários não pagam um
centavo à PMA. Podia entrar ao menos uns
50% disso para a Prefeitura. Era uma ajuda
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 25

para pagar uma creche, uma alimentação para

as escolas”. A Emsurb, no entanto, diz que
essa questão do pagamento da montagem das
feiras é entre feirantes e empresários, e alega
não ter domínio sob o problema.
Mas, as feiras são realizadas em espaços

públicos. E, ao que tudo indica, o imbróglio
pode estar perto de ter uma solução
favorável aos feirantes. Porque no próximo
dia 22, a conversa é com a Justiça, no Fórum
Gumercindo Bessa. E, segundo André Camelô,
o presidente da Associação, nesta audiência
do dia 22 próximo, estarão presentes apenas
a Prefeitura de Aracaju, representada pela
Emsurb, e os representantes dos feirantes. Os
empresários não foram convocados. Acerca
dos fatos, André relata uma história que pode
acabar mal, caso a Justiça compreenda que
existe ilicitude ou irresponsabilidade por quem
está administrando a questão.
CARTEL DE 8 EMPRESÁRIOS
“São oito empresários: Adriano, Roque,
Ronaldo, Adelson, Beto, Isaías, Bertulino,
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ÔNIBUS BRASIL
População paga pela limpeza das feiras

porque quem faz o serviço é a EMSURB
e o falecido Chico Mendes – hoje quem

cuida das bancas é o filho dele, Fernando
Mendes. As feiras têm dono, são desses
caras. A Prefeitura deu as feiras para os
empresários. O espaço não é público? O
espaço não é do povo? Mas deram para os
empresários. Na última entrevista que eu
(André Camelô) dei a Carlos Ferreira, na
rádio, Luiz Roberto disse que não era para
eu procurar a imprensa, que era para eu
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 27

procurar ele. Eu procuro ele (Luiz Roberto),

mas ele não me atende. A gente, feirante,
não tem voz. Na Emsurb, o compromisso
deles é com esses oito empresários. Agora
mesmo, semana passada, na feira do Santo
Antônio, subiram a taxa para 17 reais sem
avisar a gente. E se não pagar o feirante não
pode trabalhar”, exemplifica o presidente
da Associação de Camelôs e Feirantes de
Aracaju, André Camelô.
E continua: “A minha maior dificuldade

foi juntar os empresários (saber quem eram
este grupo de 8). Quando eu descobri como
funcionava, eu vi que eu estava mexendo
com uma casa de abelha. É muito dinheiro, é
pior do que um cartel. Tem que inventar um
nome para isso”.
SEM LICITAÇÃO, FARRA LIBERADA

Questionado acerca deste impasse entre
empresariado e feirantes e de como isto se
dava antes da atual gestão, o presidente da
Associação descreve que, na gestão passada,
chegou a existir uma licitação para escolha
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 28

de uma empresa a ser responsável pela

montagem das feiras. Mas não deu certo.
“Em 2012, João Alves ganhou a eleição. Em

2013, teve uma licitação, e a empresa que
ganhou, chamada Cotinguiba, começou a
lucrar. Os empresários (das outras empresas)
começaram a brigar. Eu comecei a fiscalizar (a
Cotinguiba). E a empresa abandonou as feiras.
Aí veio a gestão de Edvaldo, e começou tudo
de novo. Antes de João Alves era Edvaldo, e
tinha isso já. E sempre teve isso. Existe esse
negócio da Prefeitura e dos empresários, e
a Emsurb não ouve a gente. Os empresários
têm o apoio da Emsurb viu. Tem o apoio de
Bira e tem o apoio de Luiz Roberto”. André
acrescenta: “Na última entrevista que Luiz
Roberto deu a Gilmar Carvalho ele (Luiz
Roberto) disse que a feira do Buggio ficava ao
lado do posto de saúde. A feira fica ao lado do
mercado. Ele não anda nas feiras.
EXTINTA FABAJU NA JOGADA

Mas quem pensa que o problema é
atual, engana-se. Porque André faz toda
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 29

uma historiografia destes pagamentos,

explicando como os atuais empresários
começaram a lucrar, há mais de 15 anos, e
ainda ratifica a suposta relação entre órgãos
institucionais e todo este empresariado.
Se eu não procurasse a imprensa isso

daí ia ficar assim. Agora não tem jeito,
Luiz Roberto tem apenas duas coisas
a fazer: ou faz a licitação ou faz um
convênio com os feirantes. Porque dia 22
de dezembro agora vai ter uma audiência
entre a Prefeitura e os feirantes no
Fórum Gumercindo Bessa, somente entre
os feirantes e a PMA. Os empresários
não vão, não estão convocados”
“Quando começamos a pagar, há mais de 20

anos, nós pagávamos à Prefeitura. Pagávamos
R$ 1, isso era na gestão de Marcelo Déda, quando
Déda era prefeito, isso tem para mais de 20
anos. Aí pararam (a Prefeitura) de cobrar. Depois
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 30

começaram a cobrar R$ 5. Isso tem uns 15 anos.

Na época em que se cobrava R$ 1 dos feirantes,
Roque era funcionário de um extinto órgão
chamado Fabaju, que era a instituição ligada à
PMA estritamente para cuidar das feiras”.
LIBERDADE POR R$ 400

Aos poucos, item a item, André Camelô
enumera problemas e vai expondo uma
realidade – o cotidiano dos mais de 2 mil
feirantes da cidade de Aracaju – que a
sociedade, acostumada a ir semanalmente
às feiras, nem sequer imagina existir: “Uma
banca, toda a estrutura da banca (lona, ferros)
custa apenas R$ 400. (Ou seja) Em oito meses
o feirante ficaria livre do ‘problema’ para quase
a vida toda, por 20 anos. Eu só quero o direito
do feirante. A Prefeitura podia muito bem
chamar a gente para conversar. E até fazer um
convênio conosco, com os feirantes, como é
realizado na cidade de Curitiba”.
BANHEIROS GUARDADOS SUJOS

E acrescenta: “Aqui (em Aracaju) o
feirante pode abrir a boca, mas não
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 31

pode falar nada. Em Curitiba a Prefeitura

conversa com os feirantes, aqui não. Tem
umas semanas, um feirante, lá da feira do
Santo Antônio, me chamou para ir lá porque
só tinha o banheiro masculino. Aí liguei para
Bira (Diretor do Espaço Público), e Bira
disse que eram poucos feirantes, que um
banheiro só dava. Os empresários fazem o
que querem. Hoje os banheiros custam R$
55 por feira. Mas essa empresa nova que os
empresários subcontrataram para instalar
estes banheiros químicos não faz a limpeza.
Os banheiros estão sendo guardados
sujos, terminam as feiras e os empresários
mandam guardar os banheiros sujos”.
CADÊ O DINHEIRO?
E indaga: “(Desse dinheiro) tinha que
entrar alguma coisa no cofre da Prefeitura.
Para onde esse dinheiro vai? Se você me
fizer essa pergunta, eu não sei responder.
Nós pagamos para fazer a limpeza, você
paga. Quem paga a limpeza somos nós,
cidadãos, os empresários não pagam
a limpeza das feiras. Os fiscais são da
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 32

Emsurb. Se eu não procurasse a imprensa

isso daí ia ficar assim. Agora não tem
jeito, Luiz Roberto tem apenas duas
coisas a fazer: ou faz a licitação ou faz um
convênio com os feirantes. Porque dia 22
de dezembro agora vai ter uma audiência
entre a Prefeitura e os feirantes no Fórum
Gumercindo Bessa, somente entre os
feirantes e a PMA. Os empresários não vão,
não estão convocados, não poderão entrar,
finalmente seremos ouvidos”.
RESPOSTA DA EMSURB:
A presidência da Emsurb preferiu responder
ao jornal via assessoria de imprensa e por
email. Segue na íntegra:
“A Emsurb não entregou as feiras

aos empresários. Esses empresários já
trabalhavam na montagem e desmontagem
das feiras. O vínculo foi mantido por conta
da necessidade de declarar a caducidade de
uma concessão efetivada na gestão anterior.
Não recebemos nenhuma denúncia oriunda
de feirantes. Os recursos desembolsados
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 33

pelos feirantes remuneram os serviços

prestados pelos empresários, bem como o
aluguel do material utilizado. A Emsurb não
interfere na arrecadação.
Trata-se de uma relação entre

montadores e feirantes. A relação ocorre
entre montadores e feirantes, a Emsurb
apenas fiscaliza as feiras e efetiva a
limpeza, como contrapartida para os
consumidores e moradores próximos dos
locais. Já estamos concluindo um estudo
para regulamentar a situação e em breve
as ações começarão a ser implementadas.
Estamos aqui para prestar serviços de
qualidade para a população e essa relação
restringe-se aos feirantes e montadores.
A fiscalização está funcionando

normalmente. Já a fiscalização das carnes
é de responsabilidade da Vigilância
Sanitária. Essa solução de comercialização
de carnes e derivados está no estudo que
está sendo viabilizado. Quando à limpeza,
os feirantes não pagam por ela.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 34

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 35
| POLÍTICA 1/4
SECRETÁRIO
NEGA CONFISSÃO
DE CULPA
lJoão Augusto Gama alega ter cancelado
evento Sergipe Arte e Litoral para seguir
estritamente todas as recomendações da PGE,
já que a PF não informou se a contratação
da produtora indiciada implicará em futuros
problemas à Secult
“Nunca vi Luzy, ela nunca sentou nessa

cadeira em que você está sentada, soube
quem era ela (Luzy) pela sua matéria. E, de
acordo com a PGE (Procuradoria Geral do
Estado), toda a documentação dela está
correta”. A frase é de João Augusto Gama,
secretário de Estado da Cultura (Secult), em
Sergipe, em entrevista ao jornal Cinform, na
manhã da última quarta-feira, dia 12, com
pauta acerca do cancelamento do Sergipe,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 36

| POLÍTICA 2/4
IGOR SÁ
João Augusto Gama,
secretário de Cultura:
preferi cancelar o evento
Arte e Litoral, Primavera, evento que seria

realizado pela secretaria entre os dias 14, 15
e 16 de dezembro.
A Luzy a que se refere o secretário é

Ediluzy Santos, a produtora cultural que
detêm 97% dos artistas sergipanos locais
para as contratações de festas, e que
foi indiciada recentemente pela Polícia
Federal (PF), na Operação Árion, que está
investigando o mercado de shows em
Sergipe, com foco direto para o Arraiá do
Povo, evento realizado pela Secult.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 37

| POLÍTICA 3/4
O cancelamento da festa aconteceu na

manhã da última segunda-feira, dia 10;
quando coincidentemente o Cinform veiculou
uma entrevista exclusiva com o delegado
da PF, Antônio Carvalho, responsável pelas
investigações, com informações em que é
possível constatar que a PF já sabe, quase que
integralmente, o que se passa no mercado de
shows em Sergipe.
Mediante a coincidência, o jornal

questionou se o cancelamento do evento,
que já estava com toda a organização pronta,
não seria uma ‘confissão de culpa’ por
parte da Secult, de estar ou não, indireta ou
até diretamente, envolvida em quaisquer
suspeições da Operação Árion. Hipótese
que fora terminantemente rechaçada pelo
secretário, sob alegação de estar seguindo as
recomendações da PGE.
E mostrou a documentação da Procuradoria

para explicitar o motivo do cancelamento.
Um dos trechos do documento da PGE diz o
seguinte, “o que a administração deve avaliar
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 38

| POLÍTICA 4/4
é se, em razão dos fatos investigados no

inquérito policial, a atuação desse empresário
(no caso Luzy) pode vir a representar prejuízo
aos princípios que norteiam a contratação
pública. Para tanto, recomenda-se a realização
de diligência junto ao órgão competente (...)”.
A documentação da PGE ainda recomendava

à Secult realizar diligências na PF para saber
se a contratação dessa empresária investigada
poderia ou não colocar a secretaria em maus
lençóis. E como a PF, óbvio, não disse informou
o passo a passo futuro das investigações à
Secul. Gama disse preferir cancelar o evento.
Ainda questionado acerca de tentar

cancelar o contrato com a produtora em
questão e solicitar contratação do segundo
colocado do pregão licitatório, o secretário foi
taxativo, ratificando que, caso agisse assim,
a empresária poderia levar a Secult à Justiça,
processá-lo, e certamente, ganharia a causa
com facilidade, porque durante o pregão, toda
a documentação de Luzy foi devidamente
checada e está correta conforme a PGE.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 39

| POLÍTICA 1/5
VALDEVAN 90
COLOCA SERGIPE
COMO CHACOTA EM
NÍVEL NACIONAL
lMinistro Luís Roberto Barroso autoriza
escolta policial a acompanhar o deputado
federal eleito, que está preso por tentar coagir
testemunhas e atrapalhar investigação, durante
diplomação e cerimônia de posse
Mesmo preso, o deputado federal eleito

por Sergipe com mais de 40 mil votos, segue
hoje escoltado pela polícia para a solenidade
oficial de diplomação e pode até mesmo ser
diplomado, o que caberá agora ao Tribunal
Regional Eleitoral decidir. Isto porque o
Ministro Luís Roberto Barroso, do colegiado
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizou
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 40

| POLÍTICA 2/5
ARQUIVO PESSOAL/FACEBOOK
Mesmo preso, o deputado eleito Valdevan 90 poderá participar,

ainda que escoltado, da diplomação e da cerimônia de posse
a escolta e a participação de Valdevan 90 na

cerimônia de diplomação.
O documento autoriza que Valdevan

90 possa comparecer às cerimônias de
diplomação, designada para esta segunda-
feira, dia 17 de dezembro de 2018 às 17h, e
posse, em 1º de fevereiro de 2019, ainda que
sob escolta policial. No presente habeas
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 41

| POLÍTICA 3/5
corpus, foi expedida medida liminar para

que sejam aplicadas medidas alternativas
do artigo 319 do CPP, inclusive, se
necessário, com a utilização de tornozeleira
eletrônica e o arbitramento de fiança,
determinando-se a imediata expedição de
alvará de soltura em seu favor.
O caso Valdevan 90 já está exposto na

mídia escancaradamente. E o inquérito
com farta documentação mostra os crimes
eleitorais cometidos: falsidade ideológica
eleitoral, caixa 2, e posterior tentativa de
coação de pessoas que trabalharam na
campanha. Há indícios claros da ligação do
então deputado praticando essas ilicitudes,
em gravações já expostas pela mídia. Do
trecho da conversa travada em ligação
telefônica, entre Valdevan 90 e Evilázio,
transcrito na sentença, resta evidenciado o
claro intuito de prejudicar as investigações
e a instrução processual. No telefonema
os dois falam acerca de ter que ‘conversar’
com as pessoas envolvidas para pressioná-
las a ficarem caladas.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 42

| POLÍTICA 4/5
Com pedido de liminar, impetrado pelos

advogados Evaldo Fernandes Campos,
Márcio César Fontes Silva e Rodrigo Torres
Campos, em favor de José Valdevan de
Jesus Santos e de Evilázio Ribeiro da
Cruz, contra a decisão do juízo da 2ª Zona
Eleitoral de Sergipe, que, nos autos da Ação
Cautelar n° 61-20.2018.6.25.0002, decretou
a prisão preventiva dos pacientes, o habeas
corpus afirma que a magistrada, atendendo
a pedido feito pela autoridade policial, que
instaurara procedimento investigatório para
apuração da prática do delito tipificado no
artigo 350 do Código Eleitoral (falsidade
ideológica eleitoral), decretou a prisão
preventiva dos suspeitos, fundamentando-a
na conveniência da instrução criminal e na
garantia da ordem pública.
Os advogados de defesa de Valdevan

90 afirmam que a sentença, acolhendo
alegação de que o deputado eleito José
Valdevan teria inserido informações
supostamente falsas em sua prestação
de contas, atribuiu aos representados a
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 43

| POLÍTICA 5/5
conduta prevista no artigo 350 do Código

Eleitoral, consignando que ela seria punível
com pena privativa superior a quatro anos,
o que autorizaria a custódia cautelar. Alega
ainda que, sendo a prestação de contas
um documento particular, o prazo legal
de reclusão é de até três anos, restando
patente a afronta ao artigo 313 do Código de
Processo Penal (CPP), que admite a prisão
preventiva para os crimes cuja pena seja
superior a 4 (quatro) anos de prisão.
Disseram que, já tendo havido a colheita

de elementos informativos, por parte do
Ministério Público e da Polícia Federal,
inclusive com realização de busca e
apreensão domiciliar e interceptação
telefônica, não haveria mais motivo para
manutenção da prisão cautelar. Alegaram
ainda a ocorrência de coação ilegal, já
que, além de não estarem presentes os
requisitos do artigo 312 do CPP, o caso não
se enquadraria nas hipóteses do artigo 313
do mesmo código, mormente após a edição
da Lei 12.403/2011.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 44

1/13
GERAL
CURSOS SÃO
A CHAVE PARA
A CONDUÇÃO
CONSCIENTE
lEmpresas de transporte coletivo, em parceria
com o SEST e SENAT, disponibilizam cursos
gratuitos para a profissão de motoristas.
Tecnologia faz com que cobradores se
interessem mais pela condução de veículos
THAYNÁ FERREIRA| redacao@cinform.com.br
Ser um bom motorista é acima de tudo ter

responsabilidade e segurança no momento da
condução dos passageiros. Os profissionais
que trabalham no transporte coletivo
devem ter um cuidado máximo, pois lidam
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 45

| GERAL 2/13
SETRANSP
A bilhetagem eletrônica existe em Aracaju desde 2007
diariamente com centenas de pessoas que

dependem dos ônibus para se locomoverem.
Para isto é necessário passar por cursos
profissionalizantes que formem condutores
conscientes. Empresas de ônibus em
parceria com o Serviço Social do Transporte
e o Serviço Nacional de Aprendizagem do
Transporte (SEST e SENAT) disponibilizam
estes serviços para seus funcionários e mais,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 46

| GERAL 3/13
VIEIRA NETO
Cursos gratuitos no SEST SENAT
gratuitamente. Os cursos têm atraído cada

vez mais pessoas, principalmente cobradores,
que desejam se tornar motoristas.
Mas, por que a procura de cobradores para

a profissão de motoristas está cada vez maior?
A resposta é simples: bilhetagem eletrônica.
Com esta adesão do uso de tecnologia para a
cobrança de passagens de ônibus, falta pouco
para que a circulação de dinheiro nos transportes
acabe. Assim, existirá mais segurança para os
funcionários e usuários do sistema, além de que
haverá maior rapidez no momento do embarque.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 47

| GERAL 4/13
VIEIRA NETO
A profissionalização é o segredo da condução consciente
Um exemplo de cidade que já aderiu a

esse sistema é Goiânia, que há 20 anos não
possui cobradores. Aracaju está caminhando
positivamente para este avanço. Desde
julho de 2007 os usuários do transporte
público utilizam cartões recarregáveis para
efetuarem o pagamento da tarifa. A meta
do Sindicato das Empresas de Transporte
de Passageiros Aracaju (Setransp) é utilizar
apenas os cartões, ao invés do dinheiro.
Dando oportunidades para os cobradores se
especializarem, através dos cursos para se
tornarem motoristas.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 48

5/13
Os profissionais que fazem os cursos

disponibilizados pelas empresas saem com
certificação como motorista profissional
no segmento do transporte, aperfeiçoam
conhecimentos, habilidades e atitudes na
condução do veículo. Saem com maior
segurança no trânsito, o que leva à redução
dos custos operacionais e do consumo de
combustível. Isso tudo sem falar de uma
melhor consciência ambiental e consequente
redução na emissão de poluentes.
De acordo com a coordenadora do setor de

desenvolvimento profissional do SEST SENAT,
Carolina Amorim, existe hoje o curso de 50h,
direcionado para condutores de transporte
coletivo de passageiros. Segundo ela, o
cobrador que já é habilitado na categoria D ou
E deve fazer o curso para exercer a função de
motorista.
“É obrigatório para qualquer motorista que

deseja transportar pessoas fazer este curso. O
cobrador tem que ter a categoria compatível. O
ideal é que seja realizado este curso, que tem
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 49

| GERAL 6/13
um embasamento
SETRANSP
teórico e, no fim, se
matricular no curso
prático de simulador
de direção, que
possui dois
módulos: cargas
e passageiros.
Todos estes cursos
são gratuitos para
aqueles que estão
empregados, com
carteira assinada,
em qualquer Presidente do Setransp
empresa que seja Alberto Almeida
nossa contribuinte”,
informa.
Além de passarem por conhecimentos

teóricos, também passam pela prática. De
acordo com o presidente do Setransp, Alberto
Almeida, existe a necessidade de renovação
do quadro de motoristas, então as empresas
enxergaram uma alternativa de formar os seus
próprios condutores através da capacitação
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 50

| GERAL 7/13
de funcionários que
OTEN ARIEIV
desejam adotar esta
profissão.
“Eles passam
pela parte teórica
e prática com
um instrutor
acompanhando,
para que assim,
depois de um
determinado tempo,
se capacitar e
conduzir de forma
segura. Isso é Instrutor do SEST SENAT
importante porque Antônio Silva
dá a oportunidade
de crescimento na própria empresa. Há essa
preocupação”, destaca.
PROFISSIONALIZAÇÃO
Segundo o instrutor dos cursos de
motoristas disponibilizados pelo SEST e
SENAT, Antônio Silva, há uma preocupação
em passar todos os conteúdos de forma
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 51

| GERAL 8/13
clara. Ele fala

sobre o que é
estudado em sala
de aula.
“Estudamos
a legislação de
VIEIRA NETO
trânsito, esta que

é fundamental
hoje. Assim
como a direção
defensiva e
preventiva,
os primeiros
socorros, o meio Cobrador e futuro motorista
Luciano dos Reis
ambiente, a
relação interpessoal na área de trânsito.
Hoje são 25 alunos, no máximo, por turma”,
ressalta.
O cobrador Luciano dos Reis deseja um

crescimento profissional na área. Ele faz
uma comparação entre o curso atual, que
é o de Transporte Coletivo de Passageiros,
para o que fez como cobrador.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 52

| GERAL 9/13
“Busquei fazer o curso, pois almejo um

futuro melhor para mim e minha família.
A empresa dá a oportunidade e o que
eu posso fazer é abraçar. É um curso
totalmente gratuito, recebemos materiais e
é beneficente para a gente. O corpo docente
é muito bom, faz com que a gente aprenda
muita coisa. Para ser cobrador eu fiz um
curso de aperfeiçoamento, por exemplo,
de como dar troco, lidar com o público. A
diferença deste curso para ser motorista
é mais na parte técnica, mais voltado para
a questão da segurança no trânsito, como
conduzir os passageiros da melhor forma
possível”, diz.
Já o cobrador Luan Felipe Santos, que

também faz o curso Transporte Coletivo de
Passageiros, tem seu interesse pela profissão
de motorista desde a infância, quando via
seus tios trabalharem com isso. Ele destaca
o que vem aprendendo e o que levará de
relevante para sua profissão.
“A direção defensiva é muito importante,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 53

| GERAL 10/13
além do
OTEN ARIEIV
conhecimento com
equipamentos. Um
bom profissional
deve conhecer
a ferramenta
de trabalho. No
curso aprendemos
também a forma
de tratar os
passageiros. Como
cobrador tento ter
a melhor educação
possível com os
Cobrador e futuro motorista
passageiros, pois Luan Felipe Santos
lidamos com todos
os tipos de público, então quero levar isso
para a minha profissão como motorista”, fala.
Valtran Lima é motorista há sete anos,

antes disso ele foi cobrador por dois anos.
Atualmente ele também faz o curso Transporte
Coletivo de Passageiros, para reforçar seus
conhecimentos aprendidos durante o tempo
em que fez a transição das funções.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 54

| GERAL 11/13
“Graças à
VIEIRA NETO
empresa tive a
oportunidade de
passar de cobrador
a motorista. Agora
estou reciclando o
curso de transporte
de passageiros. É de
suma importância
aperfeiçoar os
conhecimentos,
pois traz melhoria
para os passageiros
na questão da
Motorista Valtran Lima
educação e
segurança no trânsito”, pontua.
SIMULADOR DE DIREÇÃO
O curso de profissionalização de condutores
recebe um importante apoio logístico-
pedagógico, que é aplicado através de um
equipamento de última geração instalado nas
dependências do SEST/SENAT.
Trata-se de uma máquina de valor milionário,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 55

| GERAL 12/13
O simulador é importante para o treino dos profissionais
situada entre as mais modernas do Brasil,

que dispõe de alta segurança científica e que
reproduz, integralmente, o deslocamento de
um ônibus, caminhão ou carreta, tanto nas
ruas de uma cidade quanto em rodovias.
O equipamento é compatível com qualquer

avanço tecnológico que porventura seja
implantado pelo departamento de pesquisa
do fabricante, que é estrangeiro. Com
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 56

| GERAL 13/13
FOTOS VIEIRA NETO
isso, o simulador estará com o software

permanentemente atualizado, alinhado com o
que houver de mais avançado no mundo, o que
empresta ao curso a condição de excelência
em termos de formação de condutores de
veículos de transporte urbano.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 57

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 58
| GERAL 1/7
ARACAJU
APRESENTOU
16 CASOS DE
CALASAR EM 2018
lDoença pode levar à morte quando
contraída na infância e velhice
JULIANA PAIXÃO | redacao@cinform.com.br
Foram confirmados dezesseis casos de

Leishmaniose Visceral, também conhecida
como Calazar Canina, até novembro de 2018, na
cidade de Aracaju. Em um dos casos, um idoso
chegou a falecer. Segundo o Centro de Controle
de Zoonoses, de 1.483 amostras de sangue
coletadas em cachorros 303 foram positivas.
O supervisor do Programa Municipal de

Controle à Leishmaniose Visceral, Wilson
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 59

| GERAL 2/7
Oliveira, explica que há uma série de ações

desenvolvidas quando há uma notificação
e confirmação de casos humanos de
Leishmaniose Visceral.
“As ações começam com uma visita à área

onde a pessoa que adoeceu mora, após isso
se delimita uma área de aproximadamente um
raio de 500 metros. Primeiro nós coletamos
os sangue dos animais na área para verificar
se há algum infectado, uma vez que o parasita
da doença circula no sangue do animal e é
transmitido para o ser humano através do
mosquito. Após a verificação nos animais, nós
instalamos armadilhas para os mosquitos em
horários determinados, já que eles têm hábitos
noturnos. Comprovado que há mosquito e que
há um cão infectado, nós realizamos a ação de
educação e saúde que orientamos a população
a manter os quintais limpos e uma quarta ação
que é a aplicação de inseticida”, explica.
A gerente do Centro de Controle de

Zoonoses de Aracaju, Marina Sena, explica
que ao confirmar a Leishmaniose Visceral
ANO 35 - ED. 1859

1862 -26/11/2018
-17/12/2018 - 60
| GERAL 3/7
canina a indicação é o
sacrifício do animal.
“A gente orienta
ARQUIVO PESSOAL
a eutanásia, que é a
orientação do Ministério
da Saúde, porque a
Leishmaniose Visceral
canina não tem cura
parasitológica, ele [o
animal] não vai ser curado.
Marina Sena, gerente do CCZ
Há um tratamento que
saiu recentemente que é com o medicamento
Milteforan, mas ele não cura, apenas [melhora]
clinicamente... O animal continuará infectado
com uma transmissibilidade menor. Esse
cachorro precisa ter um acompanhamento
veterinário a cada quatro meses porque pode
voltar”, explica.
Wilson Oliveira destaca que a demora

para descobrir a doença em humanos é
um fator decisivo. “Como é uma doença
negligenciada pelos governos, os médicos
não têm interesse em se aprofundar na
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 61

| GERAL 4/7
doença, então, quando
ARQUIVO PESSOAL
vêm confirmar a doença
muitas vezes está
avançada. Existe cura
para Leishmaniose, mas
não pode avançar muito”,
destaca.
Segundo o supervisor
do Programa Municipal de
Controle à Leishmaniose
Mariela Cometki,
Visceral, cerca de 90% infectologista
dos bairros de Aracaju
possuem o vetor da doença que são os
flebotomíneos. “No município de Aracaju,
hoje, praticamente em todos os bairros
existe o vetor da doença. Desde 2007 e
2008 nós instalamos as armadilhas de
mosquito e desde que começamos em
quase todos os bairros de Aracaju nós
encontramos o mosquito que transmite o
calazar”, destaca.
MEDICINA
A infectologista Mariela Cometki
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 62

| GERAL 5/7
explica como a doença é transmitida. “A

Leishmaniose é uma zoonose, que é uma
doença que tem como fonte de transmissão
os animais. Então, quando um cachorro está
doente ou contaminado, mesmo que esteja
sadio ele carrega em si o protosoário da
leishmânia. O mosquito picando o cachorro
e ele picando um humano é transmitida a
Leishmaniose”.
A doença pode levar o ser humano a óbito

em certas idades, segundo a infectologista.
“É uma doença que causa a toxicidade
na medula óssea, que é responsável pela
produção de células do sangue. Então
você tem alteração dos glóbulos brancos,
vermelhos e nas plaquetas, além do
aumento do baço e do fígado. Na fase inicial,
a doença geralmente é identificada quando
o paciente apresenta fraqueza, febre que
não tem causa aparente e não melhora.
Quando é realizado um hemograma a série
está alterada. A leishmaniose é muito grave
nos extremos de idade, ela mata crianças e
velhos até sem fazer diagnostico”, diz.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 63

| GERAL 6/7
Mariela destaca que há tratamento para

doença no SUS. “Existe tratamento e ele é
todo disponibilizado pelo Sistema Único de
Saúde através de remédios, que hoje em dia
são muito mais seguros, e o paciente ou fica
internado ou vai aos hospitais todos os dias
tomar o remédio e ir para casa. O Hospital
Universitário hoje é referência em diagnóstico
e tratamento de leishmaniose”, informa.
SEM MORTE DE CÃES

Nazaré Morais, presidente da Elan (ONG:
Educação e Legislação Animal) denuncia
que o combate à leishmaniose acontece
de forma errada. “Nós estamos em um
momento de muita leishmaniose no Estado.
Na verdade, o centro de zoonoses dizia que
combatia a doença, mas na verdade fazia
era incentivar, porque a política pública de
combate à leishmânia no Brasil é exatamente
o contrario do que deveria ser. Você diz que
está com calazar, é comprovado, daí o centro
de zoonoses vai na sua região investigar, mas
na verdade é para matar cachorro. Quem
transmite o Salazar é o cachorro? E na hora
ANO 35 - ED. 1862

1860-17/12/2018
-3/12/2018 - 64
| GERAL 7/7
que mata o cachorro o mosquito se suicida?

Onde ele joga o cachorro morto, vira matéria
orgânica podre, o mosquito mora em matéria
orgânica”, diz.
Nazaré destaca que a planta citronela é

uma ótima prevenção da doença. “A planta
que repele o [mosquito do] calazar e outros
mosquitos, como o da dengue é a citronela,
quando o município quiser fazer uma
prevenção, ele limpa o lixo orgânico e começa
a dar muda de citronela para a pessoa ter
em casa, como forma de repelir o inseto.
Cheguei na sementeira e não há uma muda de
citronela”, destaca.
A equipe do Cinform entrou em contato

com a Secretária do Meio Ambiente que
é responsável pelo Horto Municipal sobre
a falta de citronela, segundo a assessoria
de comunicação não houve solicitação
desse tipo de muda específico, havendo
necessidade deve ser encaminhado um ofício
solicitando. As mudas podem ser adquiridas
na conversão de alguma multa ambiental.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 65

| GERAL 1/6
FOTOS VIEIRA NETO
Deveria haver abrigo municipal
ACUMULAR
ANIMAIS, EM
EXCESSO, PODE
SER DOENÇA
lPessoas com a Síndrome de Noé não
percebem que possuem o transtorno, o que
dificulta o tratamento
THAYNÁ FERREIRA | redacao@cinform.com.br
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 66

| GERAL 2/6
Os animais são vítimas
Ver um animal de rua e não poder fazer

nada para mudar a realidade dele é triste. Mas,
pior ainda é toda vez que ver um querer levar
para casa, assumindo o compromisso que o
poder público, a priori, deveria estar fazendo,
o de cuidar. Muitas pessoas acabam levando
os bichinhos por compaixão. Já outras, pelo
puro prazer de acumulá-los. Nestes casos são
consideradas portadoras da Síndrome de Noé,
um desejo excessivo em levar para dentro de
casa vários bichos, sendo a maioria cachorros
e gatos. Se passar de trinta bichos, é possível
afirmar que a pessoa tem o distúrbio.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 67

| GERAL 3/6
Se passar de trinta bichos, é possível

afirmar que a pessoa tem o distúrbio
A Síndrome de Noé é uma variante da

Síndrome de Diógenes, isto é, uma desordem
caracterizada por extrema autonegligência,
descuido do lar, retirada social, apatia,
acúmulo compulsivo de lixo ou animais. A
doença parece ser desconhecida na área
da psiquiatria. Os especialistas associam o
transtorno a compulsões. De acordo com o
psiquiatra Hamilton Maciel, o acumulador
compulsivo é uma variante dos transtornos
compulsivos, que pode se manifestar de várias
formas, não só as relacionadas a animais, mas
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 68

| GERAL 4/6
também de objetos, dinheiro etc.
“Não existe uma causa exata. Trabalhamos

com a psicoplasticidade, isto é, alterações
psíquicas relacionadas às suas experiências,
por exemplo, um astronauta teria delírios
relacionados a planetas, astronaves, espaço
ou um jornalista teria delírios relacionados
a perseguição por ter feito uma reportagem
comprometedora etc. E essa compulsão
terá um viés de acordo com as experiências
pessoais de cada indivíduo. A doença/
transtorno é fácil de ser reconhecida. Inclusive
por familiares, vizinhos, sociedade em geral. E,
claro, com mais facilidade por um psiquiatra
ou psicólogo. O tratamento é feito à base de
medicamentos e com uma maior eficácia
quando há uma psicoterapia”, explica o médico.
DOENÇA X AMOR
Difícil saber quando existe amor e quando
o problema é grave. Segundo a vereadora
de Aracaju e também ativista da proteção
animal, Kitty Lima, as pessoas possuem o
transtorno e nem percebem, acham que
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 69

| GERAL 5/6
A maioria é formada por gatos e cachorros
estão contribuindo com o animal, mas pelo

contrário. “Muitos acham que pegar todos os
animais que veem na rua e botar dentro de
casa ou dentro de um abrigo é salvar o animal,
pelo contrário, você acaba o prejudicando.
Você tira um animal da rua que não tem
problema de saúde e coloca junto de animais
que adquiriram problemas”, relata.
Segundo a advogada e ativista da proteção

animal, Cristina Araújo, o número de animais
abandonados é muito grande e a tendência é
que aumente pela omissão do poder público,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 70

| GERAL 6/6
A doença é desconhecida na área da psiquiatria.

Os especialistas associam o transtorno a compulsões
que se abstém de desenvolver programas de

controle populacional. “A proteção animal está
criando proporções muito grandes. Muitas
pessoas se engajam na causa e a maioria é por
amor. Diante desse número desacerbado vai
haver essa necessidade de criar os animais.
A prefeitura por lei deve manter um abrigo
municipal e não tem, o que leva as pessoas
a acolherem os animais. Na minha opinião
existem dois tipos de acumuladores: aquele
que sofre de uma síndrome, onde acumula
tampinha de garrafa, lixo, bichos; e existem
aqueles que, comumente, são chamados
de acumuladores por causa do número de
animais que mantêm em sua guarda”, critica.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 71

| GERAL 1/9
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
ANIMAIS SÃO
BEM-VINDOS
lTutores podem levar seus pets há
lugares que adotam política de pet friendly
JULIANA PAIXÃO | redacao@cinform.com.br
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 72

| GERAL 2/9
Os pets são melhores amigos, filhos,

netos de muita gente. O carinho criado por
animais de estimação para algumas pessoas
é extremo e foi pensando nesse público que
alguns lugares de Aracaju resolveram adotar
a política de pet friendly, que nada mais é do
que aceitar que os tutores levem seus pets
para visitar o local e aproveitar.
Na hora de comer o hambúrguer o pet

não pode ficar com fome? Na BB Burguer
é fornecido um sorvete para cachorro,
para que os animais aproveitem a refeição
junto ao seu tutor, como o proprietário
Ítalo Bruno conta. “Pets também são seres
humanos, são nossos melhores amigos,
então têm que andar conosco para todos os
lugares inclusive restaurantes! Sem dúvidas
aumenta o movimento do estabelecimento
e o ticket médio da empresa. Hoje todos os
donos de pet que vão na Bburguer compram
nossa sobremesa para animais, uma bola
de sorvete com biscoito canino. Portanto,
os donos comem nosso Hambúrguer e os
pets uma sobremesa, e em breve estaremos
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 73

| GERAL 3/9
lançando hambúrguer
para pets”.
Ítalo ainda destaca

que não há proibições
quanto à recepção dos
animais. “Aceitamos
todos os tamanhos
e raças, mas, para as
raças agressivas é
obrigatório o uso de
focinheira. Em janeiro
viraremos franquia e
Italo Bruno, proprietário
uma regra para todas as da BB Burguer
nossas lojas é que sejam
pet friendly”, conta.
O Art in Coffe, café localizado no Salgado

Filho, aderiu à política de pet friendly. Lá os
pets podem ficar soltos e curtir o local como
explica um dos proprietários, Kiko Bastos. “A
ideia surgiu desde o início, os proprietários do
Art in Coffee sempre levaram seus próprios
animais e no estabelecimento existem
recipientes para os pets beberem água. Não
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 74

| GERAL 4/9
há regras, os clientes
podem levar seus
pets à vontade,
podem deixar presos
ou até mesmo soltá-
los. Os clientes
aderiram à ideia e a
frequência tem sido
cada vez maior”.
Kiko ainda destaca

que a adesão é ótima
e que a política atrai
Kiko Bastos, proprietário
clientes. “Todos do Art in Coffe
elogiam muito e
frequentam mais o Art in coffee pela liberdade
de trazer seus pets”, diz.
Além de alguns restaurantes, cafés e bares na

cidade o Home Center Ferreira Costa disponibiliza
carrinhos com tapetes higiênicos e acessórios
que proporcionam maior conforto e segurança
para o pet acompanhar seus tutores nas compras.
Porém é proibida a circulação de animais no chão,
mesmo que estejam com coleira e guia.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 75

| GERAL 5/9
Na BB Burguer o
pet não só pode
ir como tem
cardápio especial
O Shopping Jardins entrou na onda em

junho de 2017, o local disponibiliza carrinhos
e saquinhos higiênicos para o cliente passear
com o seu animal de estimação. Os tutores
devem estar atentos há algumas regras. “A
entrada no shopping só é permitida para cães
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 76

| GERAL 6/9
e gatos de pequeno ou médio porte e todos

devem estar usando coleira e guia, os pets
só podem passear pelo mall se estiverem no
colo do tutor ou sendo transportados em
bolsa ou carrinho apropriados e é proibida
a circulação nas praças de alimentação,
restaurantes e lojas que não tenham adesivo
de sinalização “Amigo Pet””.
No Shopping Riomar cães e gatos de

pequeno porte podem entrar, desde que
estejam no colo dos tutores ou em carrinhos
apropriados para pets. O acesso às praças
de alimentação só é permito para cães-guias
devidamente documentados.
OUTRO LADO
O jornalista, Felipe Maceió, teve uma
experiência não muito boa com um local
pet friendly. “Eu fui para uma feira no
estacionamento do ferreira costa e eu
levei minha cachorra que é uma golden
retriver, então eu resolvi entrar no ferreira
costa, logo quando eu cheguei o segurança
que chamou a gerente que informou que
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 77

| GERAL 7/9
A experiência do jornalista,
Felipe Maceió, não foi boa
eram apenas animais de pequeno porte.

Eu informei que tinha ido a loja, pois eles
estavam convidado os animais, minha
cachorra é dócil e é utilizado como cão de
companhia para idosos e crianças”, conta.
Felipe ressalta que mesmo com a

divulgação de um ambiente pet friendly,
o estabelecimento não estava preparado
para recepcionar os animais. “No Ferreira
Costa eles tem um carrinho como se fosse
de compras, em formato de casinha, uma
gaiola, só que essa gaiola é para animais de
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 78

| GERAL 8/9
pequeno porte, meu animal é de grande porte,

não teria como ela entrar. Para respeitar as
normas de transporte e condicionamento de
animais o animal precisa estar em uma caixa
transportadora e o animal precisa dar uma
volta em si própria. Além de não conseguir
colocar o meu animal na gaiola, eu não achei
justo, como eu estou na minha residência,
estabelecimento me convida ‘venha para
minha loja e traga seu animal’, eu vou e eu sou
obrigado a colocar meu animal em uma gaiola,
ele não fica dentro de casa em gaiola, eu vou
pra rua ter que colocar”, destaca.
Segundo a assessoria de comunicação

do Ferreira Costa “A entrada de animais de
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| GERAL 9/9
O Shopping Jardins disponibiliza carrinhos para o passeio com o pet
grande porte não é permitida, a não ser, claro,

cão-guia. Acontece que, pouco tempo após a
inauguração, um cliente apareceu querendo
conhecer a loja e ele estava com um cachorro
de grande porte que, inclusive, participa
de competições. Para atender ao pedido
do cliente, foi permitida a entrada e uma
funcionária o acompanhou pela loja. Durante
o passeio, percebeu-se que alguns clientes
estavam com medo do cachorro e, assim,
para evitar maiores problemas, a funcionária
agradeceu a visita e, em concordância com o
cliente, eles se retiraram da loja”.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 80

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| GERAL 1/4
UM APRENDIZADO
DE TURISMO
ARQUIVO PESSOAL
lExcursão frustrada leva grupo

de viajantes a conhecer um sítio
turístico esquecido pelo poder
público e pela iniciativa privada
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| GERAL 2/4
Um grupo de turistas foi motivado para

conhecer a cachoeira de Macambira, atração
localizada na região de transição entre o
agreste e o sertão do Estado de Sergipe. A
viagem prometia uma boa aventura e a alegria
tomava conta de todos quando, de repente, o
carro quebrou. Mas turista é uma qualidade
de ser que se acostuma e se adapta a tudo. Ao
invés de lamentar-se pelo imprevisto, todos
perceberam, felizes, que se encontravam
próximos ao povoado Cafuz, localizado no
município de Areia Branca.
O local é lindo, porque exibe marcas do

período colonial, com remanescentes da
economia escravocrata do século XIX. Há
fazendas que fazem parte do ciclo canavieiro
da região e o recanto é cercado de casarões
antigos, inclusive de arruados, uma capela, a
casa grande e a senzala. Os turistas fizeram
várias fotografias muito bonitas de toda
essa história, o que rendeu uma boa pauta,
já que a jornalista Thayná Ferreira, da equipe
do jornal Cinform, fazia parte da excursão
que não conheceu, desta feita, a famosa
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 83

| GERAL 3/4
cachoeira de Macambira, uma das raras

quedas d’água que ocorrem em Sergipe.
Fica uma sugestão para os organismos

estatais voltados para a área do turismo
receptivo, porque não há um mínimo de
estrutura para a exploração das ruínas
dos velhos engenhos de açúcar, como
acontece no vizinho estado de Pernambuco,
por exemplo.Por outro lado, não existe
qualquer ação relacionada com segurança
e se percebe, sob constrangimento, uma
ausência total de sinal de celulares nas
estradas da região, o que promove um certo
desconforto com o isolamento.
(79) 3304 - 5414

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| GERAL 4/4
MAPIO.NET
Ruínas da Igreja da Boa Luz, nas proximidades do engenho
Os turistas aprenderam uma lição

inesperada, já que o que poderia ter sido um
problema contribuiu para uma reflexão que
leve a adoção de medidas para exploração
comercial daquela região, mesmo que não seja
pelo poder público, mas, quem sabe, pelos
proprietários do sítio.
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1/6
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2/6
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4/6
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5/6
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6/6
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EDIÇÃO 1862
Mais de 900 famílias esperam

por uma chance de conseguir o benefício.
Enquanto isso, filha de vice-prefeito
recebe dinheiro do governo federal como
beneficiária do programa.
FRAUDE NO BOLSA
FAMÍLIA EM
TOMAR DO GERU
|
ÍNDICE TOQUE E ACESSE
INTERIOR | Da cadeia para a diplomação 94
POLÍTICA
Filha de vice-prefeito recebe Bolsa Família 100
Diná Almeida pode ser cassada 105
Algazarra na eleição presidencial

de Tomar do Geru 112
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(79) 3304-5414
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| | OPINIÃO 1/6
Paula Coutinho
INTERIOR
DA CADEIA PARA
A DIPLOMAÇÃO
Uma campanha escandalosamente agressiva
colocou um nome até então anônimo no
território da política sergipana em enorme
destaque. Porém, as táticas do então
desconhecido despertaram o interesse também
de outros grupos da sociedade que não são
somente os eleitores, do Ministério Público
Eleitoral (MP Eleitoral) e da Polícia Federal (PF).
Estamos falando de Valdevan 90, preso

na tarde do último dia 7 de dezembro
pela PF, durante o almoço dele, em uma
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 94

| | OPINIÃO | INTERIOR 2/6
churrascaria na Orla de Aracaju. Há

alguns dias no presídio, e com a PF e o
Ministério trabalhando arduamente para dar
celeridade ao caso, eis que, hoje, segunda
feira, dia 17 de dezembro, o ministro do
Supremo Luís Roberto Barroso autoriza
a escolta policial para Valdevan 90 poder
participar da cerimônia de diplomação, a
partir das 17h, no Teatro Atheneu.
O habeas corpus concedido também dá ao

deputado federal eleito o direito de participar
da cerimônia de posse, caso o Tribunal,
pasmem, decida que o candidato deva
tomar posse. Com esta decisão do Supremo
certamente nós, em Sergipe, vamos virar
chacota em nível nacional.
Como se não bastasse o fato de Valdevan

90 ter saído de São Paulo recentemente,
onde preside o Sindicato dos Motoristas de
Ônibus, e ter ganhado as eleições em terras
sergipanas por meio de uma campanha
política altamente suspeita, agressiva, como
diz a PF e Ministério, cheia de artimanhas.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 95

Agora, pode até se diplomar. O

escandaloso, o espantoso, é que as leis
eleitorais brasileiras não barram tais
absurdo sob alegação de que os candidatos
precisam ser julgados. Ocorre que, como
a justiça é lenta e os prazos do Tribunal
Regional Eleitoral, curtos; casos como o de
Valdevan 90 – apesar de serem encarados
pela sociedade como absurdos – acontecem
em nosso país com mais frequência do que
o que se imagina. Então, espera-se que
ao menos do TRE tenha discernimento e
pondere nas próprias decisões.
CRISTINÁPOLIS NA MIRA DO MP
Nepotismo em Cristinápolis bota prefeito Du
de Juca e família na berlinda. E o promotor do
município já determinou rescisão contratual
do genro do prefeito e médico José Alberto
Cavalcante. A promotoria ainda solicitou a
exoneração das servidoras municipais Duliana
Soares dos Santos, filha do prefeito (porque foi
constatado que ela era servidora fantasma),
e de Jéssica Doralice de Oliveira Dantas,
secretária adjunta da Assistência Social.
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FONTE DOS CABOCLOS

Sai neste último dia 7 de dezembro a
decisão judicial que obriga o prefeito Du de
Juca a preservar a Fonte dos Caboclos, um
patrimônio paisagístico, histórico e cultural
do Estado, que era refúgio dos índios,
e que está abandonado pela Prefeitura
de Cristinápolis. O patrimônio passou
por estudos arqueológicos e em 1977 foi
tombado.
FONTE DOS CABOCLOS II

O descaso foi denunciado ao MPE-SE
por moradores, e, como a atual gestão não
seguiu o solicitado, o Ministério moveu
uma ação civil pública. Há mais ou menos
dois anos, após a notificação do MPE-SE,
o prefeito e o secretário do meio ambiente
fizeram apenas uma limpeza e colocaram
uma placa de identificação, mas não
instalaram lixeiras. Atualmente a mata já
foi parcialmente incendiada. A Adema já
fez inúmeras inspeções e constatou fossas
enegrecidas que poluem o solo em um
balneário, que fica vizinho à fonte.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 97

TOMAR DO GERU NA DEOTAP

A gestão do município de Tomar do Geru
terá que prestar contas à Justiça acerca das
irregularidades do Funprev – o regime próprio
de previdência do município. Agora quem está
inspecionando as irregularidades é a Polícia
Civil, por meio da Deotap. E, conforme informa
a documentação oficial, o presidente do
Funprev de Tomar do Geru, o Sr. Juarez Santos,
e também o atual secretário de finanças do
município, terão que esclarecer a situação.
AUDITORIA DA RECEITA FEDERAL

Isto porque houve uma auditoria realizada
pelo auditor fiscal da receita federal do Brasil
NAF n°0130/2017 em que foram identificadas
situações que caracterizam irregularidades no
critério “caráter contributivo”. As apurações
foram elaboradas com base nos documentos
apresentados (folhas de pagamento,
documentos de reconhecimento das
contribuições e demonstrativos contábeis).
E concluiu-se que as contribuições devidas
no período auditado (02/2013 a 12/2016)
não foram integralmente repassadas junto ao
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 98

Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
QUASE R$ 8 MILHÕES DE ILICITUDES

As irregularidades apuradas na Contribuição
Patronal chegam no valor de R$ 7.745.325,66.
E as contribuições descontadas dos servidores
chegam no valor de R$ 1.256.555,79. O auditor
Fiscal Robson da Silva Santos comunicou
ao Ministério Público a situação constatada
para que adote as providências cabíveis,
inclusive no que se refere às contribuições
previdenciárias descontadas dos servidores e
que não foram recolhidas tempestivamente.
(79) 3304 - 5414

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 99

| 1/5
POLÍTICA
EXCLUSIVO
CINFORM
Casas humildes e ruas sem calçamento no Conjunto

Nova Geru mostram realidade de quem realmente pode
precisar de programas sociais como o Bolsa Família
FILHA DE VICE-
PREFEITO RECEBE
BOLSA FAMÍLIA
lO programa federal Bolsa Família é um
benefício concedido em casos de extrema
pobreza, em situações em que cada uma das
pessoas que compõem a família em questão
tem renda de somente R$ 85
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 100

| | POLÍTICA | EXCLUSIVO 2/5
Nas ruas humildes e sem calçamento do

conjunto Nova Geru há dezenas de famílias
que esperam ansiosas por uma chance de
conseguir assistência social em quaisquer um
dos programas mantidos pelo governo, como,
por exemplo o programa federal Bolsa Família.
Em toda a cidade de Tomar do Geru os números
de pessoas precisando de ajuda impressionam,
porque aproximadamente 900 famílias inscritas
no programa estão em filas para conseguirem
algum tipo de auxílio. Enquanto isso, há quem
não precisa do benefício e o tenha recebido.
Como é o caso de Edilma dos Santos Soares

Viana, filha do vice-prefeito do município de Tomar
do Geru, Edvaldo Cardoso Soares, conhecido por
(79) 3304 - 5414

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 101

TRE
Vice-prefeito
Totinha, pai de
beneficiária no
Bolsa Família, que
não preenche os
requisitos básicos
para receber o
dinheiro
Totinha. De acordo com o Portal da Transparência

do governo federal para o programa Bolsa Família
é possível verificar que Edilma dos Santos Soares
Viana tem o CPF cadastrado no programa
e recebeu, até o mês de setembro de 2018,
mensalmente, o valor de R$ 212.
Por meio do CPF de Edilma constata-se que a

mulher é proprietária de uma loja de manutenção
e reparação de motocicletas e motonetas. Ou
seja, não preenche os requisitos para ser uma
beneficiária do Bolsa Família, não está sob
extrema pobreza – o principal fator da existência
do programa em nível federal. Por que então esta
pessoa, filha de um vice-prefeito, está recebendo
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 102

este valor do governo? Seria erro, coincidência,

fraude, ou esse ilícito estaria sendo praticado em
conluio direto com algum gestor ou funcionário da
assistência social da própria prefeitura?
Para se ter ideia de como funciona o

programa, o governo federal, no Portal do
Ministério do Desenvolvimento Social, explicita
que, para ser um beneficiado do Bolsa Família,
“é preciso ter renda por pessoa de até R$ 85,00
mensais. Se a família tiver na sua composição
crianças ou adolescentes de até 17 anos,
o patamar passa para R$ 170 mensais. E o
Bolsa Família repassa todos os meses aos
beneficiários uma quantia em dinheiro a fim de
promover o alívio imediato da pobreza”.
A inscrição no cadastro único deve ser

feita por uma pessoa da família, chamada de
Responsável Familiar, no setor do cadastro
ou do Bolsa Família no município. Em muitas
cidades, o próprio Centro de Referência
de Assistência Social (Cras) realiza o
cadastramento. Essa pessoa deve ter pelo
menos 16 anos e, preferencialmente, ser mulher.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 103

Para fazer o cadastro, é necessário apresentar

CPF ou título de eleitor, além de algum
documento dos outros integrantes da família.
A reportagem do jornal procurou o prefeito

da cidade, Pedro Silva Costa Filho (SD –
Solidariedade) conhecido por Pedrinho Balbino.
O prefeito, surpreso ante a informação de que a
filha do vice-prefeito que trabalha ao lado dele
estaria recebendo dinheiro do programa Bolsa
Família, alegou desconhecer totalmente o caso
e disse que irá tomar providências. O caso de
Tomar do Geru assusta, porém, não é único e
tampouco é a primeira vez que isto acontece em
terras sergipanas. Em janeiro desse ano de 2018,
a Controladoria Geral da União (CGU) descobriu
que 346 mil cadastros estavam envolvidos em
fraudes em todo o país, e o prejuízo, desvio ou
malversação do erário foi de aproximadamente
R$ 1,3 bilhão. Concomitantemente, em Sergipe,
dos 271 mil cadastrados que recebem o
dinheiro, 5.187 estariam com algum tipo de
inconformidade no cadastro. Por isso, à época,
a Controladoria recomentou o cancelamento, o
bloqueio ou a atualização cadastral.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 104

| | POLÍTICA 1/7
ASCOM/MPF
Eunice Dantas, procuradora regional, argumenta que
a legislação eleitoral proíbe que as emissoras de rádio
deem tratamento privilegiado a candidatos
DINÁ ALMEIDA
PODE SER
CASSADA
lMP Eleitoral pede cassação da deputada
estadual por abuso de poder econômico e de
autoridade nas eleições
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 105

| | POLÍTICA 2/7
O Ministério Público Eleitoral ajuizou uma

ação com pedido de cassação do mandato de
deputada estadual de Maria Valdiná Almeida,
conhecida como Diná Almeida, por abuso
de poder econômico e de autoridade nas
eleições de 2018 em Sergipe. De acordo com
o MP Eleitoral, além de vincular as cores e o
slogan da Prefeitura de Tobias Barreto aos
da sua campanha eleitoral, Diná Almeida e o
prefeito Diógenes Almeida usaram a estrutura
administrativa do município para promover
a candidatura. Há ainda a suspeita de que
recursos da prefeitura tenham sido desviados
para a campanha.
Se condenada, Diná Almeida pode perder

o mandato e ficar inelegível por oito anos.
Também são réus na ação o prefeito de Tobias
Barreto Diógenes Almeida e o filho deles,
Diógenes José De Oliveira Almeida Júnior
(Júnior de Diógenes) que é secretário no
município. Foram processados ainda a líder
comunitária Luisete de Souza Neto (Luisete
de Samambaia) e os radialistas Anailton
Fernandes da Silva Costa e Gilson Ramos,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 106

| | POLÍTICA 3/7
funcionários da Luandê FM, empresa de

propriedade do prefeito Diógenes Almeida.
De acordo com investigação iniciada pelo

promotor eleitoral da Comarca de Tobias
Barreto, Paulo José Francisco Alves Filho,
o uso da estrutura da prefeitura em favor
de Diná Almeida foi repetido e ostensivo.
A campanha da candidata usou o mesmo
tom de azul da publicidade da prefeitura
em suas peças de divulgação e adaptou o
slogan da administração municipal para sua
publicidade. Enquanto a prefeitura usava “A
união de todos desenvolve e fortalece nosso
município”, Diná Almeida carregava faixas
em suas caminhadas com o slogan “Juntos
podemos fortalecer a nossa gente”.
Além disso, diversas ações de campanha

se vincularam a ações da prefeitura, como
quando o prefeito visitou os povoados de Pau
de Colher e Candeias e, coincidentemente,
Diná Almeida realizava panfletagem nos
mesmos locais. Outra ação que chamou
atenção da Promotoria Eleitoral do município
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 107

| | POLÍTICA 4/7
INFONET
Diná Almeida, deputada estadual eleita, e marido;

ambos alvos de investigação e prováveis cassações eleitorais
foi o cadastro de famílias para o programa

Minha Casa Minha Vida em pleno período
eleitoral. A convocação, feita de maneira
vaga, resultou em uma verdadeira romaria à
sede da Secretaria Municipal de Assistência
Social, com pessoas aguardando em longas
filas para “ganhar uma casa”. A ação resultou
em recomendação do MP Eleitoral para que o
cadastro fosse suspenso durante as eleições.
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| | POLÍTICA 5/7
RÁDIO LUANDÊ CONDENADA

A rádio Luandê FM, de propriedade de
Diógenes Almeida, foi outra plataforma
ilícita de campanha para Diná Almeida. O
abuso gerou, inclusive, processo contra
a candidata ainda durante as eleições.
Segundo o MP Eleitoral, desde o início
do período eleitoral, a Rádio Luandê fez
campanha ostensiva em favor da candidata
a deputada estadual Diná Almeida e contra
o seu adversário nas eleições, Adilson de
Jesus Santos (Adilson de Agripino).
Na ação ajuizada no Tribunal Regional

Eleitoral em setembro, a procuradora
Regional Eleitoral, Eunice Dantas, argumenta
que a legislação eleitoral proíbe que as
emissoras de rádio e de televisão, em sua
programação normal e noticiário, deem
“tratamento privilegiado a candidato, partido
político ou coligação”. Para a procuradora, a
lei protege o princípio da isonomia, que visa
a garantir igualdade entre candidatos na
disputa eleitoral, e que é ferido com o abuso
de poder nos meios de comunicação.
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| | POLÍTICA 6/7
FESTAS POPULARES
Em uma outra ação evidente de abuso de
poder, a prefeitura do município planejava
executar quatro eventos no fim de semana
anterior à eleição: Festival de Arte de Tobias
Barreto (Tobiarte), Feira de Artesanato e
Confecção de Tobias Barreto (Factob), Festa
do Vaqueiro de Tobias Barreto e a Tradicional
Festa de Setembro de Tobias Barreto.
Para a realização dos eventos, a prefeitura

municipal assinou contratos no valor de R$ 1,3
milhão, apesar de, desde março, o município
ter decretado situação de emergência por
conta da seca. Como agravante, a Factob, que
tradicionalmente ocorre em novembro, seria
antecipada para 27 a 30 de setembro. Já o
evento Tobiarte, que costumava ser realizado
no fim do mês de outubro, também foi
antecipado para a mesma data. A “Tradicional
Festa de Setembro de 2018”, que não era
realizada há seis anos e foi reeditada pela
gestão municipal, é um evento com etrada
franca e estava planejada para a mesma data
da 15ª Festa do Vaqueiro. A realização dos
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 110

| | POLÍTICA 7/7
eventos foi suspensa por decisão judicial

após ação do MP Eleitoral.
FINANCIAMENTO
IRREGULAR DE CAMPANHA
Segundo a ação, a maior parte dos R$
237 mil recebidos pela campanha de Diná
Almeida veio de doadores que têm vínculos
empregatícios com a Prefeitura Municipal de
Tobias Barreto. Segundo os dados do TRE,
dos 46 doadores de campanha, pelo menos
25 apresentam relação com o município,
cujas doações somaram R$ 148.207,55
(62,52% do montante geral).
Para a procuradora Eunice Dantas, as

circunstâncias das doações indicam que houve
financiamento da campanha da candidata por
fonte vedada duplamente: por uma pessoa
jurídica e de ser de direito público, restando
a suspeita de transferência dos cofres da
prefeitura para seus empregados, no intuito
de mascarar a doação da pessoa jurídica, o
que pode caracterizar a prática do delito de
falsidade documental, além de abuso de poder.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 111

| | POLÍTICA 1/6
FOTOS IAN SOUSA
Sessão da Câmara Municipal de Tomar

do Geru, praticamente vazia após a confusão
ALGAZARRA
NA ELEIÇÃO
PRESIDENCIAL DE
TOMAR DO GERU
lO imbróglio todo começou porque a atual
secretária, Edna, que está como candidata
à presidência na chapa, se pautando nas
atribuições de secretário, alegou não saber que
era preciso assinar o edital
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 112

| | POLÍTICA 2/6
Após a candidata ver que sua chapa ia perder,

presidente atual cancela sessão e vereadores
protestam. A eleição, com data limite no último
dia 7 de dezembro, não aconteceu. À ocasião, os
moradores foram à Câmara Municipal de Tomar
do Geru para acompanhar a sessão solene e
deixaram o local sem saber, afinal, quem seria o
novo presidente da Casa.
Segundo os vereadores da chapa contrária

à atual gestão, o imbróglio todo começou
porque a atual secretária, Maria Edna Lima
Santos, conhecida por Professora Edna, e que
também concorre às eleições, se pautando nas
atribuições de secretário, alegou não saber que
era preciso que ela assinasse o Edital da eleição,
e não assinou mesmo. Toda a confusão então
foi armada. Agora, caso a atual presidência
não marque novas eleições, a concorrência irá
recorrer judicialmente. Professora Edna, no
entanto, alega estar amparada pela lei e estar
seguindo as orientações jurídicas da Casa.
“Eu não assinei o Edital das eleições, e

assinei para o posterior cancelamento das
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 113

| | POLÍTICA 3/6
Comprovantes mostram toda a documentação

oficial das eleições que deveriam ter ocorrido
eleições porque existe uma emenda na Lei

Orgânica da Casa que diz que toda a mesa
diretora tem que participar do processo de
feitura do Edital. E como isso não ocorreu,
a mesa não participou, eu assinei para o
cancelamento dessa eleição nessa data
já prevista. Mas o pedido de nulidade não
partiu de mim. Partiu de um outro vereador,
que também quis concorrer. Ele foi quem
pediu a nulidade destas eleições. Não estou
preocupada porque segui as recomendações
jurídicas. E sei também que a minha chapa
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 114

| | POLÍTICA 4/6
não tem nenhuma possibilidade de vencer

este pleito. Já até avisei ao meu presidente
que quem vai ganhar é a chapa concorrente
da nossa”, argumenta a vereadora.
ENTENDA O CASO
Em documento oficial da Câmara Municipal
de Tomar do Geru é possível verificar o passo
a passo das eleições inexistentes. No dia 27 de
novembro, foi redigido e publicado o edital de
número 01/2018, com as regras e regulamentos
da eleição da mesa diretora da Câmara
Municipal de Tomar do Geru, referente ao biênio
2019/2020. Nas sessões seguintes foi lida e
assinada a Ata. Os ritos seguiram normalmente.
No dia 4 de dezembro foi publicado o edital

número 02/2018 com o fito de convocar os
interessados a participarem da eleição. No
dia 5 de dezembro foram inscritas as chapas
interessadas em participar da eleição, ora
designada para o dia 7 de dezembro desse ano.
Sendo, então, duas as chapas inscritas. Ei-
las: a chapa 1, formada por Edna (presidente),
Antônio (vice-presidente) e Márcio Leonídio
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 115

| | POLÍTICA 5/6
(secretário); a chapa 2, composta por Renilson

(presidente), Jean (vice-presidente) e Zé
Velames (secretário).
A primeira chapa é composta por vereadores

que dão uma continuidade da gestão. Já a
segunda chapa é formada por parlamentares
que não compõem hoje a atual gestão.
Nenhuma das duas chapas, no entanto, é
contrária à gestão do prefeito de Tomar do
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ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 116

| | POLÍTICA 6/6
Geru. Mas, ainda que todos os parlamentares

estejam ao lado da gestão municipal, esta
eleição traria alguma mudança para a Câmara
Municipal de Tomar do Geru.
“Um vereador entrou com um pedido

para anular as eleições porque ele disse
que um membro da mesa, no caso a atual
secretária, não teria assinado o edital. Mas
o presidente assinou, e quem precisava de
assinar, assinou”, ratifica a vereadora Leide
Guimarães. “Ela (Edna) viu o edital. E por que
ela não assinou? Quando ela viu o edital, por
que ela não assinou?”, questiona. E continua:
“Esperamos que isto se solucione logo,
porque a população foi à sessão parlamentar
acompanhar estas eleições, as pessoas
foram convidadas, estavam esperando
que isto, a eleição, acontecesse, e não
aconteceu”. Até o fechamento dessa edição,
dia 16 de dezembro, às 19 horas, a data para
a nova eleição para a Câmara de Tomar do
Geru, não tinha sido definida.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 117

|
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 118

Emprego
EDIÇÃO 1862
INGLÊS
Muito mais que um diferencial,

S
idioma tem se tornado fundamental
para algumas carreiras
Emprego
ÍNDICE
TOQUE E ACESSE
The World is Yours 121
ARTIGO DA SEMANA -Temporada de caça 127
NOTAS 130
ANUNCIE
AQUI

TOQUE u E FALE COM A GENTE AGORA

(79) 3304-5414
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 120
Emprego 2/7
CCO
Inglês vem se tornando cada vez mais

essencial no currículo de diferentes profissionais
THE WORLD
IS YOURS
lDomínio da língua inglesa se
torna cada vez mais necessário no
currículo de diferentes profissionais
JULIA FREITAS | redacao@cinform.com.br
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 121

Emprego 3/7
Segunda língua mais falada no mundo (atrás

apenas do mandarim, língua oficial da China),
o inglês, que antes era apenas um diferencial
no currículo de diferentes profissionais, vem
se tornando cada vez mais essencial graças
à globalização em que vivemos. Seja para
concluir cursos e especializações em suas
áreas, seja para vivenciar realidades e culturas
diferentes em outros países ou para receber e
repassar ordens diárias de trabalho, o domínio
da língua inglesa vem se tornando cada dia
mais importante para profissionais das mais
EDITAL DE NOTIFICAÇÃO – USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL DE BEM IMOVEL

(Artigo 216-A da lei 6015/73 (lei de registros público) c/c com artigo 16 do provimento nº 65 de 14/12/2017 do
conselho nacional de justiça; artigo 103 –B, § 4º,I, II e III, da Constituição Federal, artigo 103-B §
Eu, Jackson Souza Ramos de Oliveira, oficial interino do cartório do segundo oficio ( registro de imóveis) da comarca
de Carira/SE, na forma da lei, etc;
Faço saber há tantos quantos este edital virem ou dele conhecimento ( registro de imóveis ) da comarca de Carira/SE,
o requerimento do usucapião ordinário pelo qual EVALDO LEITE LIMA, brasileiro, maior, capaz, solteiro, autônomo,
portador do RG n° 57.280.988-8 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº 584.375.335-20, residente e domiciliado na Rua
Ananias José dos Santos, 715, Bairro Matadouro Velho, município de Carira/SE, ( art. 19/ da Corregedoria Geral do
Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe), assinado pela advogada, JOSEFA JOILDA ALMEIDA DULTRA, brasileira,
casada, advogada, inscrita na OAB/SE sob nº 1701 com escritório à Pça Olimpio Rabelo de Morais, 90, Bairro
Centro, na cidade de Carira/SE, CEP: 49.680-000, solicitou o reconhecimento de direito de propriedade através da
Usucapião extra judicial na modalidade USUCAPIÃO ORDINÁRIA ( art, 1.242 do Código Civil art. 16, IV do CNJ e
art, 9º, IV do Provimento 19/2017, da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de Sergipe) do imóvel: UMA ÁREA
DE UTILIDADE RESIDENCIAL, ocupado 143,50 m2 de 103,89 m2 ( cento e três metros e oitenta e nove centímetros
quadrados), edificação de pavimento único, em alvenaria de tijolos cerâmico, estrutura de concreto armado, coberta
em telha cerâmica, situado no lugar denominado RUA PREDENTE MEDICI, 408, BAIRRO CENTRO, município
de Carira/SE, avaliado em R$ 80.000,00 ( oitenta mil reais), tudo conforme mapa e memorial descritivo elaborado
pelo engenheiro civil LUIS NASCIMENTO OLIVEIRA, CREA/SE – 2717229140, sob Anotação de Responsabilidade
Técnica – 2018036896 (art 16 II , do Provimento 65 do CNJ e art 9º, II do Provimento 19/2017, da Corregedora Geral
da Justiça do Estado de Sergipe), confrontando-se ao, com as seguintes confrontações: NORTE, com o imóvel
de propriedade do SR. Simião de Oliveira Filho; ao SUL, com a rua Presidente Médici, ao LESTE com o imóvel
de propriedade do SR José Nivaldo Oliveira; e ao OESTE, com imóvel de propriedade da SRA Maria Aparecida
de Jesus (art 16, III do provimento 65 do CNJ e art 9º, II do provimento 19/2017 a Corregedora Geral da Justiça
do Estado de Sergipe, eventualmente interessados e titulares de direitos reais e de outros direitos em relação ao
pedido, podendo, querendo, apresentar impugnação escrita perante o Registrador Interior, com as razões de sua
discordância em 15 (quinze) dias corridos a contar da publicação deste e após o decurso do prazo do edital publicado
e a não apresentação de impugnação no prazo previsto neste artigo implicará anuência ao pedido de reconhecimento
extrajudicial da usucapião rua (art 16, V& 2º § 3º § 4º do provimento 65 do CNJ e art 10 do provimento 19/2017 a
Corregedora Geral da Justiça do Estado de Sergipe). Carira/SE, 14 de dezembro de 2018,___FRANCISCO MARCOS
DOS SANTOS SILVA, Escrevente.,
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 122

Emprego 4/7
diversas áreas, até mesmo para aquelas em

que, tradicionalmente não seria exigido.
“Nós vivemos em um contexto que, por mais

local que você seja, você não é isolado. As pessoas
de fora estão te vendo, a Internet está aí para isso!
O inglês se tornou uma ferramenta para você
crescer nos mais diversos aspectos. Por exemplo,
se você tem um negócio local, você precisa ter,
ao menos, um funcionário que saiba falar inglês
para atender aos estrangeiros que forem até o
seu estabelecimento”, comenta Herbert Aragão,
coordenador e professor de uma escola de inglês.
André Luiz Santana hoje percebe a

necessidade do inglês no seu dia a dia no
trabalho. Ele é supervisor de operações em uma
grande obra na região metropolitana de Aracaju
FUNDO DE
PROMOÇÕES
LICENÇA AMBIENTAL
COLETIVAS O Fundo de Promoções Coletivas do
DOSHOPPING Shopping Jardins torna público que recebeu
JARDINS da Secretaria Municipal do Meio Ambiente –
CNPJ:
SEMA, a Autorização Ambiental de
08.083.204/0001– 45
nº 607/2018, para o Evento “Show de Natal
2018”, realizado na Avenida Ministro Geraldo
Barreto Sobral, n° 215, Bairro Jardins,
Aracaju/SE, no dia 19 de dezembro de 2018.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 123

Emprego 5/7
ARQUIVO PESSOAL
André Santana, supervisor de operações em uma grande obra
e convive com pessoas de diversas partes do

mundo. “No meu local de trabalho o uso e a
compreensão do inglês são muito exigidos. Toda
documentação, comunicação oral e escrita do
dia a dia dá-se por meio da língua inglesa. Com
um corpo técnico majoritário estrangeiro de
nacionalidades diversas a troca de informações
e instruções necessita ser rápida e precisa, com
a devida clareza para evitar mal entendidos e
execução equivocadas”, comenta.
EM TODOS OS NÍVEIS
Mas a exigência do inglês não se limita aos
que já estão inseridos no mercado de trabalho.
Herbert Aragão comenta que muitas pessoas
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 124

Emprego 6/7
estão buscando as escolas de inglês para que

determinadas necessidades sejam atendidas,
seja no campo profissional ou no lazer.
“Nós percebemos uma busca para atender

necessidades. Como alguém que precisa
estudar para tirar algum certificado, para
trabalho (seja para ler manuais ou interagir
com pessoas de outros lugares do mundo),
ou mesmo para viajar para outros países com
mais independência”, explica.
Já o Centro de Integração Empresa-

Escola (CIEE) aponta que, neste fim de ano,
aproximadamente 90% das vagas de estágio
abertas em todo o país pelo Centro tem o
idioma inglês como pré-requisito.
“Em busca de melhores oportunidades de
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 125

Emprego 7/7
JULIA FREITAS
Herbert Aragão, coordenador de escola de inglês
negócios, a maior parte das empresas visa

expandir suas relações a nível global, o que
antes era limitado às organizações de grande
porte. Nesse processo, quem já tem algum
conhecimento larga na frente, principalmente
quando o assunto são vagas que podem surgir
já no início de janeiro”, resume a supervisora de
Inclusão Social do CIEE, Lilene Ruy.
LICENÇA AMBIENTAL
A Votorantim Cimentos N/NE S/A, inscrita no CNPJ 10.656.452/0020-42,
torna público que RECEBEU A LICENÇA DE OPERAÇÃO n° 198/2018,
emitida pela Administração Estadual de Meio Ambiente – ADEMA,
Estado de Sergipe. A LO foi emitida na data de 12 de dezembro de
2018, com validade até 12 de dezembro de 2021, para atividade de
Exportação, Cabotagem de Cimento a granel e Exportação, importação
ou cabotagem de Clínquer, com a utilização dos Silos I e II, no Terminal
Marítimo Inácio Barbosa – TMIB, localizado na Rodovia – SE 226 – Km
22, Povoado Jatobá, Barra dos Coqueiros / SE, CEP.: 49.140-000.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 126

Emprego 1/3
ARTIGO DA SEMANA
lEDUARDO PRADO
DE OLIVEIRA
TEMPORADA
DE CAÇA
Reforçando o seu discurso de campanha,
o presidente eleito Jair Bolsonaro, parece
disposto a abrir, a partir de 1º de janeiro, a
temporada de caça à burocracia inútil. E
não poderia ser de outro jeito. O país está
empacado, parado, nenhum passo à frente e
risco de marcha ré, se não forem adotadas
medidas urgentes de combate à inutilidade
plantada ao longo dos anos, hoje transformada
num cipoal de proporções inimagináveis,
verdadeira floresta do absurdo.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 127

Emprego ARTIGO 2/3
A indústria da multa é uma realidade e as

vítimas primeiras são os empresários e os
empreendedores, responsáveis pela oferta
de emprego de que carece o país. São multas
extorsivas, não raro aplicadas quais herbicidas,
em doses altas e repetidamente, algumas
sob critérios duvidosos, alguns ideológicos,
cuidando, antes, de erradicar a empresa, que
propriamente preservar o meio-ambiente.
Não apenas a empresa é penalizada pela

sanha fiscalizadora, mas o próprio país, ao
ficar impedido de dar celeridade a obras de
infraestrutura de importância fundamental
para o desenvolvimento de algumas
regiões ou cidades, em razão de questões
(79) 3304 - 5414

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 128

Emprego ARTIGO 3/3
ambientais pontuais de pouca relevância

diante da importância e do alcance social da
obra embargada.
O país, a indústria de forma especial, aguarda

com grande expectativa as ações do próximo
governo no plano ambiental. Imagina-se que,
uma vez removido todo esse lixo burocrático,
a prosperidade brotará qual nascente de água
limpa, aliviando a dor do desemprego que hoje
aflige milhões de brasileiros.
Sob esse aspecto, são positivas as

sinalizações. Pretende-se cumprir a lei, mas
abolir o exagero. Se para isso for necessário
mudar a legislação, será feito. Não há mais
lugar para caprichos da fiscalização, sob pena
de continuarmos enroscado numa rede tecida
com ardil e minuciosamente preparada para
extorquir, sob forma de multas, recursos que,
se empregados na produção, guindariam o país
a um patamar de grande prosperidade.
lPresidente da Federação das

Indústrias do Estado de Sergipe
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 129

Emprego 1/2
SECRETARIA ABRE CONCURSO

PARA 314 VAGAS IMEDIATAS NO DF
FOTOSS DIVULGAÇÃO
A Secretaria de Estado do Trabalho,

Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade
Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal
abriu concurso público para preencher 314
vagas imediatas e formará um amplo cadastro
de reserva, contendo 1.589 classificados de
nível médio e superior. As inscrições devem
ser feitas no site do IBRAE (www.ibrae.com.
br), no período entre o dia 22 de dezembro
de 2018 e 23h59min de 24 de janeiro de
2019, horário de Brasília. O vencimento
básico para esses novos servidores poderá
ser de R$ 2.600,00 ou R$ 3.559,70.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 130

Emprego 2/2
PGE-PE ABRE CONCURSO

PARA 88 VAGAS IMEDIATAS
Procuradoria-Geral do Estado de Pernambuco

(PGE-PE) abriu edital para o preenchimento de
diversas vagas imediatas, além da formação de
cadastro de reserva, em cargos de níveis médio
e superior. São oferecidas 88 vagas imediatas,
sendo 81 para ampla concorrência e 07 vagas
reservadas a candidatos com deficiência. As
inscrições poderão ser realizadas através do
site http://www.cespe.unb.br/concursos/
pge_pe_18_servidor no período entre o
dia 04 de dezembro de 2018 e o dia 03 de
janeiro de 2019. Os vencimentos básicos vão
de R$ 3.880,33 a R$ 2.263,79.
ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 131

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SERGIPE–BR | EDIÇÃO 1862 | ANO 35 | 17/12/2018

A NOVA ERA DA NOTÍCIA

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Secretário nega confissão de culpa 36

Valdevan 90 coloca Sergipe

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 2

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SE PREFERIR, FALE DIRETAMENTE

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 4

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 5

termos a ser [sic] fornecido [sic] pela Secretaria

O arroubo de absolutismo embasa

O que ocorre com a licitação em tela

Isso acreditando-se que a Prefeitura

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 6

Se a Prefeitura não gastou os R$40

Outra insatisfação da SECOM relaciona-se

Ou, ainda Acórdão do Conselho Nacional

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 7

cônjuge, companheiro ou parente em linha

Ainda sob o crivo do CNJ: “A problemática

Os pilares da administração pública se

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 8

...PREOCUPADÍSSIMO COM A ESTABILIDADE

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 9

Cuide da sua saúde e da sua família!

Av. Desembargador Maynard, 325 (79) 3022-8101

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 10

Na feira ocorrem os encontros entre

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 11

Em um momento qualquer da história as

Foi assim por séculos, até que chegaram

Em Aracaju, pelo que se vê em matéria desta

Na medida em que a Prefeitura esqueceu

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 12

em longa manos da prefeitura e assumiram

Causa estranheza o fato de a prefeitura, nessa

Nomeação de Valdevam 90:

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 13

grupo de seres privilegiados e inatingíveis, como

Elber cria Dia Municipal de Defesa

Laércio comemora aprovação de novo

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 14

presidente da Comissão especial da lei de

Gilmar diz que votará contra

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 15

o projeto de Reforma Administrativa trará

Ano Cultural Poeta Santo Souza

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 16

Acesse mais notícias

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 17

PAULA COUTINHO | paula.coutinho@cinform.com.br

Falta de higiene, pouca fiscalização e

“As meninas (da cobrança) chegam lá e a

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 19

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 20

Aracaju ‘fazer feira’ três vezes por semana.

O que a sociedade não sabe é que em

ANO 35 - ED. 1862 -17/12/2018 - 21

Nas feiras semanais, população consome e nem sequer

ser um espaço público, há gestões de outras