ESPECIAIS EM
ENGENHARIA DE
SOFTWARE I
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Link: http://lattes.cnpq.br/4906244382612830
APRESENTAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Tópicos Especiais em Engenharia
de Software I. Nesta disciplina, iremos abordar o conteúdo sobre as Fábricas de Softwa-
re, desde seus conceitos básicos até a sua implantação.
As unidades do livro foram organizadas de forma que estejam vinculadas, ou seja, que
a unidade seguinte sempre esteja vinculada com a unidade anterior. Portanto, é bom
que você leia e entenda todo o conteúdo de uma unidade para passar para a próxima.
Vamos iniciar vendo, na Unidade I, uma apresentação do panorama geral do Paradigma
da Fábrica de Software, conceituar o termo Fábrica de Software e verificar os tipos de
software que podem ser desenvolvidos em uma Fábrica de Software. Também vamos
analisar e entender os Frameworks Organizacionais da Fábrica de Software e apresentar
as decisões e as estratégias acerca da Estrutura da Fábrica de Software.
Seguindo para a Unidade II, vamos apresentar uma visão geral da Fábrica de Software,
entender mais a fundo como funciona a estrutura organizacional de uma Fábrica Orien-
tada a Processos, de uma Fábrica Orientada a Produtos, de uma Fábrica de Projetos e da
Fábrica de Programas.
Depois, seguindo para a Unidade III, vamos conhecer os principais conceitos e princípios
que envolvem a Linha de Produto de Software (LPS). Também iremos conhecer con-
ceitos e funcionamento de uma Fábrica de Testes, entender como funciona a estrutura
organizacional de uma Fábrica de Componentes e compreender o funcionamento e a
estrutura organizacional de um Modelo de Outsourcing de Sistemas.
Na Unidade IV, passaremos a entender como Virtualizar uma Fábrica de Software e va-
mos aprender como aplicar os modelos de Fábrica de Software In-house. Também va-
mos conhecer a Fábrica de Software e os modelos de melhores práticas e certificações,
além de entender como estruturar Operações de Fábrica de Software Offshore e conhe-
cer os seus requisitos técnicos e comerciais que são utilizados.
E, por fim, na Unidade V, vamos conhecer as estratégias de Implantação da Fábrica de
Software, seu planejamento e gerenciamentos. Vamos aprender também sobre WBS do
Projeto de Fábrica de Software e como aplica-lo.
Espero que sua leitura seja agradável e que esse conteúdo possa contribuir para seu
crescimento pessoal e profissional.
Assim, convido você, caro(a) aluno(a), a entrar nessa jornada com empenho, dedicação
e muita sede por conhecimento! Vamos começar nossos estudos?
Boa leitura!
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
43 Considerações Finais
50 Gabarito
UNIDADE II
53 Introdução
76 Fábrica de Projetos
90 Considerações Finais
97 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
101 Introdução
144 Gabarito
UNIDADE IV
147 Introdução
183 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE V
187 Introdução
220 Referências
221 Gabarito
222 CONCLUSÃO
Professora Esp. Janaina Aparecida de Freitas
I
UNIDADE
DE SOFTWARE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar um panorama geral do Paradigma da Fábrica de Software.
■■ Conceituar o termo Fábrica de Software.
■■ Conhecer e entender os tipos de software que podem ser
desenvolvidos em uma Fábrica de Software.
■■ Analisar e entender os Frameworks Organizacionais da Fábrica de
Software.
■■ Apresentar as decisões e estratégias acerca da Estrutura da Fábrica de
Software.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Paradigma da Fábrica de Software
■■ O que é Fábrica de software?
■■ Tipos de Softwares desenvolvidos na Fábrica de Software
■■ Frameworks Organizacionais de Fábrica de Software
■■ Decisões acerca da Estrutura Organizacional da Fábrica de Software
15
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a)! Esta unidade tem por finalidade apresentar um panorama geral
que envolve a Fábrica de Software. Além de mostrar conceitos e ideias acerca do
termo Fábrica de Software, serão explicados os referenciais teóricos: o fordismo
e o pós-fordismo, e como eles interagem no paradigma da Fábrica de Software.
Hoje, temos um crescente número de empresas que estão no negócio de
software e têm adotado o termo Fábrica de Software, seja em virtude da alta
demanda de software no mercado ou o grande aumento da complexidade dos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
softwares, seja como uma solução para produzir seus produtos ou serviços com
maior qualidade, maior produtividade e baixo custo de produção.
Um dado histórico importante: o termo fábrica de software vem desde os
anos 60, nos Estados Unidos, e desde os anos 70, no Japão, evoluindo e se refi-
nando até os dias atuais. Por isso, é importante conhecer o que é uma Fábrica
de Software e os conceitos que norteiam este movimento com uma abordagem
“fabril”. O objetivo é mostrar a situação atual das operações que envolvem uma
Fábrica de Software, compreendendo e entendendo seu processo e suas ideias.
Vamos analisar e entender os Frameworks Organizacionais da Fábrica
de Software a partir de três visões diferentes. Uma visão voltada ao reúso da
experiência e a uma organização orientada ao projeto; outra visão baseada em
componentes; e uma terceira visão que classifica a fábrica de software de acordo
com o seu escopo de fornecimento e que delineia as fases de desenvolvimento
de um projeto de software.
Vamos apresentar, também, as decisões e estratégias que devem ser tomadas
acerca da estrutura da Fábrica de Software, como, por exemplo: decisões sobre
desenvolvimento de linhas de novos serviços, da rede de operações, tecnologias de
processos, recursos humanos, planejamento e controle de qualidade, entre outros.
Preparado(a) para começar? Então, vamos seguir em frente. Boa leitura e
bons estudos!
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PARADIGMA DA FÁBRICA DE SOFTWARE
FORDISMO E PÓS-FORDISMO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de natureza abstrata e cada software desenvolvido é um produto único.
Há muitas controvérsias e diferentes visões com relação à expressão “fábrica
de software”. Conforme Tenório e Valle (2012), no processo de software, a ana-
logia a essa expressão pode ser aplicada aos objetivos da produção baseada no
estilo industrial e não na sua implementação.
A mudança da forma artesanal para a científica trouxe ao desenvolvimento
de software princípios que agregam valor aos produtos, como a automação e a
padronização, que proporcionaram aumento considerável na produtividade.
(ALMEIDA, 2009, p. 44).
Na visão de Borsoi (2008), existem diferenças entre o desenvolvimento de
software em relação à manufatura industrial, como:
[...] o desenvolvimento de software possui diferenças fundamentais em
relação à produção da manufatura industrial, como, a não produção
em série e o vínculo da realização das atividades de desenvolvimento à
criatividade e ao conhecimento prático e teórico das pessoas. Porém, é
possível encontrar similaridades entre ambos, como: uso de processos
e de modelos de qualidade, reuso de artefatos, linha de produtos e o ob-
jetivo de desenvolver produtos com qualidade, cumprir o cronograma
e corresponder ao orçamento (BORSOI, 2008, p. 23).
usado em diferentes óticas com foco em: segmentação das atividades, desenvolvi-
mento baseado em componentes, linha de produção de software e terceirização.
O mercado de desenvolvimento de software cresceu e vai continuar cres-
cendo, pois o software vem sendo incorporado em quase todos os produtos e
serviços que usamos. Com o crescimento desse mercado, tornou-se necessário
que a gestão do processo de desenvolvimento de software viabilize a produção
em larga escala para atender esta demanda de mercado, mas com qualidade e
com um menor custo.
A partir daí, surgiu a iniciativa de organizar a produção de software de acordo
com o modelo fabril taylorista-fordista. Para Tenório e Valle, esta iniciativa é
uma realidade em nossos dias, principalmente pela TQM que:
[...] com a crescente disseminação das práticas de Gestão da Qualidade
(Total Quality Management) nos Estados Unidos nos anos 1980, co-
meçou um forte movimento por parte do governo norte-americano,
mais notadamente do Departamento de Defesa, para introduzir esses
conceitos na gestão da produção de software. Dos trabalhos de Watts
Humphrey junto com o Software Engineering Institute nasceu o modelo
CMM (Capability Maturity Model) que é uma das principais referências
em gestão de processo de software. Tais modelos, ao decompor proces-
sos e colocá-los em sequência, remetem ao modelo fordista. Porém,
diferentemente do modelo fordista, no qual a qualidade do produto era
de responsabilidade do supervisor/gerente, o CMM se baseia no prin-
cípio de que cada empregado é diretamente responsável pelo produto.
Ou seja, a gestão da qualidade do período denominado pós-fordista faz
parte desse novo processo (TENÓRIO; VALLE, 2012, p. 50 e 51).
FASES CARACTERÍSTICAS
FASE 1 Organização básica e Gerência da estrutura (meados de 60 e início de 70):
• Objetivos da manufatura de software são estabelecidos.
• Foco no produto é determinado.
• Começa a coleta de dados sobre o processo.
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FASE 2 Customização da Tecnologia e Padronização (início de 70):
• Objetivos dos sistemas de controle são estabelecidos.
• Métodos padrões são estabelecidos para desenvolvimento.
• Desenvolvimento em ambiente on-line.
• Treinamento de empregados para padronizar as habilidades.
• Bibliotecas de código-fonte são introduzidas.
• Começam a ser introduzidas metodologias e ferramentas de desenvolvimento.
FASE 3 Mecanização e Suporte ao processo ( final dos anos 70):
• Introdução de ferramentas para apoio ao controle de projetos.
• Introdução de ferramentas para geração de código, teste e documentação.
• Integração de ferramentas com banco de dados e plataformas de desenvolvimento.
FASE 4 Refinamento do Processo e Extensão:
• Revisão dos padrões.
• Introdução de novos métodos e ferramentas.
• Estabelecimento de controle de qualidade e círculos da qualidade.
• Transferência de métodos e ferramenta para subsidiárias e terceiros.
FASE 5 Automação Flexível:
• Aumento da capacidade das ferramentas existentes.
• Introdução de ferramentas de apoio à reutilização.
• Introdução de ferramentas de automação de design.
• Introdução de ferramentas de apoio à análise de requisitos.
• Integração de ferramentas em plataformas de desenvolvimento.
Fonte: Fernandes e Teixeira (2011, p. 30).
serviços.
O termo Fábrica de software vem sendo discutido desde o final dos anos 60 e
vem evoluindo até os dias atuais, tendo surgido como uma solução para aumen-
tar a produtividade e diminuir prazos e custos de produção.
Uma das primeiras empresas a adotar o termo fábrica de software foi a japonesa
Hitachi, no ano de 1969, com seus Hitachi Software Works. Depois, em meados dos
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anos 70, outras empresas, como a System Development Corporation, NEC, Toshiba e
Fujitsu também começaram a adotar este termo e utilizar seus conceitos e práticas.
Para Nomura (2008, p. 27), “o sucesso das fábricas de software do Japão e nos EUA
deve-se à inclusão de um alto grau de reuso, modularização, uso de ferramentas,
controle e gerenciamento dos sistemas, aumentando a qualidade e a flexibilidade”.
Para Oliveira (2007), essa descoberta como um novo modelo de trabalho
para o desenvolvimento de software fez com que surgissem várias adaptações
do modelo, com diferentes abordagens, foco em ferramentas e em processos.
Podemos citar três modelos em destaque:
Modelo Japonês: foco na alta produtividade e qualidade do software. Objetivo
principal da empresa é tornar a rotina de trabalho simples e repetitiva, e padroni-
zar os processos de trabalho. As experiências das empresas japonesas resultaram
em nove elementos básicos comuns ao desenvolvimento de software. São eles:
1. Comprometimento com a melhoria de processos;
2. Segmentação e foco em produto-processo;
3. Análise e controle da qualidade e do processo;
4. Processo centralizado de pesquisa e desenvolvimento;
5. Nivelamento e padronização do conhecimento;
6. Padronização dinâmica;
7. Reusabilidade sistemática;
8. Integração de ferramentas CASE ao ambiente de fábrica;
9. Melhoria dos processos de maneira incremental.
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processo de produção fabril tradicional, baseados em componentes com carac-
terísticas semelhantes e com a mesma qualidade.
O autor ainda coloca que, de maneira semelhante ao processo de fabricação
de produtos em linhas de montagem, temos os atuais padrões de desenvolvi-
mento de software, como, por exemplo, a programação orientada a objetos, em
que os softwares são compostos por módulos ou componentes que são unidos
para a montagem do final do produto, possibilitando que partes individuais pos-
sam ser desenvolvidas independentemente das demais.
Para Fernandes e Teixeira (2011), o objetivo da fábrica de software é gerar
produtos que foram requeridos pelos usuários ou clientes, com um mínimo de
defeitos e a um custo competitivo e compatível.
Para Osias (2008), temos quatro pilares de uma fábrica de software, como
mostra a figura a seguir.
Desenvolvimento orientado a
modelo
O que deve ter uma empresa para ela ser considerada uma fábrica de software?
Para ser considerada uma fábrica de software, devemos considerar alguns atribu-
tos oriundos de uma fábrica industrial. Conforme Fernandes e Teixeira (2011),
uma fábrica de software deve possuir os seguintes atributos básicos, indepen-
dentemente de seu escopo:
■■ Deve ter um processo definido e padrão para o desenvolvimento do pro-
duto de software;
■■ Deve ter um gerenciamento de interface forte com o usuário e/ou cliente
(recebimento e entrega);
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sos humanos;
■■ Deve haver controle de recursos (alocação, disponibilidade, necessida-
des e produtividade);
■■ Deve haver um processo de planejamento e controle da produção;
■■ Deve haver um controle do status das múltiplas demandas;
■■ Deve controlar todos os itens de software (documentos, padrões, proce-
dimentos, ferramentas, códigos, testes) em uma biblioteca;
■■ Deve haver controle absoluto do andamento da execução de cada demanda;
GERENCIAMENTO TECNOLOGIA
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FÁBRICA
DE
SOFTWARE
MÉTRICAS E PESSOAS +
ESTIMATIVAS PROCESSOS
RESULTADO +
QUALIDADE
Figura 2 – Os atributos básicos de uma fábrica de software
Fonte: a autora.
Segundo Romanha (2016), outro fator que pode determinar o sucesso de uma
fábrica de software é a produtividade, pois ela pode ser influenciada por três
grupos de fatores:
■■ Fatores tecnológicos: linguagens de programação, ferramentas de projeto,
ambientes de desenvolvimento e capacidade dos equipamentos adotados.
■■ Fatores humanos: perfil, formação, motivação, comprometimento e capa-
citação das pessoas.
■■ Fatores organizacionais: processos de trabalho, metodologias, práticas
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gerenciais, ambiente físico, conforto e bem-estar dos recursos humanos.
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TIPOS DE SOFTWARES DESENVOLVIDOS NA
FÁBRICA DE SOFTWARE
ligados diretamente aos negócios da empresa. Isto é, podemos entender que BPO
é como uma entrega de diversos procedimentos da empresa a uma especialista
em processos internos, ligados a outros departamentos variados. Ou para ficar
mais claro, é a contratação de uma empresa que vai prover serviços para a exe-
cução de tarefas específicas dentro da sua empresa.
Segundo Brito et al. (2004), temos, ainda, as Fábricas de Software Livre. Para
entendermos este termo, precisamos conhecer outros conceitos, começando por
software livre.
Software livre é um termo usado, conforme Brito et al. (2004), “para indi-
car que o software é desenvolvido e distribuído sob algum tipo de licença que
garanta ao seu usuário liberdades relacionadas ao uso, alteração e redistribuição”.
Um aspecto fundamental do software livre é que seu código-fonte deve estar dis-
ponível livremente para ser lido, estudado ou alterado por qualquer pessoa que
esteja interessada nele. Outro conceito que devemos conhecer é sobre o projeto
de software livre, que é uma organização composta por um conjunto de pessoas
que usa, desenvolve e estuda um único software livre.
Nos tópicos anteriores, falamos sobre fábrica de software, que é uma orga-
nização que provê serviços de desenvolvimento de sistemas com qualidade,
utilizando um processo de desenvolvimento de software bem definido e com
apoio de tecnologias de mercado. E uma fábrica de software livre? Segundo
Brito et al. (2004), “uma fábrica de software livre desenvolve projetos de software
livre, em sua totalidade ou em parte, e possui um modelo de negócios diferente
do modelo tradicional, onde o código fonte do produto não é disponibilizado”.
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Trindade (2006) comenta que uma fábrica de software deve ter um ambiente
que seja adequado ao desenvolvimento de programas, em que se faz necessário
ter um processo de manufatura, testes, ferramentas automatizadas, ferramentas
de medição de produtividade e qualidade, ferramentas para gerenciar custos e
estimativas gerenciais que ajudem na gestão de projetos ativos e futuros.
Produtos
Planejamento Dados Análise
Ações
do Domínio
Construção
Base
Experiência
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Reusáveis
Análise Síntese
Experiência de Domínio
Reuso
Desenvolvimento Desenvolvimento
Análise do
de arquitetura de componentes
Domínio
de Software reusáveis
Engenharia
de Modelo de Modelo Repositório
Domínio Domínio Estrutural de artefatos/
componentes
Qualificação
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Atualização de
Projeto Adaptação Componentes
Análise
Arquitetural Composição de
Componentes
Software de
Desenvolvimento Aplicação
Baseado em
Engenharia de
Componentes
componentes Teste
Fábrica de
Projetos Fábrica de Projetos
de Software Fábrica de Projetos Físicos
Fábrica de
Programa
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a entrega do software pronto e testado para entrar em produção. Nesta fase, é
necessário ter um conhecimento sólido sobre soluções mais abrangentes na área
de TI, configurações de hardware e software, redes de comunicação, platafor-
mas de desenvolvimento e de produção, soluções de gerenciamento de bases de
dados, entre outros recursos.
Podemos observar que uma fábrica de software, não importando o seu tipo,
quando atende a um único cliente é dita de especializada e, com isso, atende ao
modelo que chamamos de outsourcing de sistemas. Segundo Tenório e Valle
(2012, p. 61), “outsourcing nada mais é do que delegar serviços a terceiros. Em
tecnologia da informação, pode incluir qualquer coisa, até mesmo terceirizar
todo o gerenciamento de TI para uma empresa”.
Para o desenvolvimento de uma fábrica de software considerada adequada
é necessário que se tenha conhecimento profundo dos tipos de modelos exis-
tentes no mercado e quais podem ser adaptados de acordo com a necessidade
da fábrica. Esses tipos de modelos que surgem de fábricas de software são adap-
tações feitas para atender às necessidades do mercado. Um modelo de fábrica
de software pode surgir tanto da exigência de mercado para a produção de um
software quanto da necessidade do cliente para um software específico para a
sua regra de negócio.
Estratégia de Rede de Operações: nesta parte, a decisão envolve o que vai ser
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feito pelo cliente, por fornecedores ou terceiros, e pela empresa, dentro do escopo
da fábrica escolhido. Isto é, qual parte da operação a fábrica de software deve pos-
suir? Aqui entra a localização da fábrica de software em função do suprimento e
custos de mão de obra. Compreendem máquinas, equipamentos, softwares, dis-
positivos de redes, entre outros.
Alguns itens que devem ser seguidos com relação à localização da fábrica
de software:
■■ Custos das instalações;
■■ Incidência de impostos;
■■ Imagem do local;
■■ Habilidades da mão de obra nas localidades;
■■ Facilidade de acesso;
■■ Infraestrutura e telecomunicações;
■■ Capacidade de atendimento de uma fábrica de software, pois em longo
prazo, pode fazer a diferença financeiramente.
Estratégia das Instalações e Arranjo Físico: nesta etapa, devemos decidir como
serão as instalações da fábrica de software. A decisão do tipo e tamanho das insta-
lações, segundo Fernandes e Teixeira (2011), vai depender do escopo, da demanda
e da estratégia da empresa. Quanto maior o escopo de atuação, mais importante
são as instalações dela. Itens que devemos considerar ao selecionar a instalação:
Aqui entra o fluxo operacional que diz respeito ao workflow de produtos e infor-
mações no ambiente da fábrica de software, que geralmente é automatizado. Por
meio deste workflow, os produtos circulam no ambiente (solicitações de serviços,
especificações, documentos, códigos, módulos etc.) e com isso as informações
gerenciais e gestão da fábrica circulam também.
Alguns itens a se considerar quando se define o fluxo:
■■ Tipos de interfaces, de comunicação com o cliente e usuário;
■■ Ferramentas e sistemas de controles;
■■ Interação entre os processos de gestão e de operação;
■■ Estrutura organizacional da fábrica de software.
Nesta etapa, também devemos decidir qual o modelo de gestão do processo de sof-
tware a ser adotado, como, por exemplo: gestão da demanda, gestão de recursos,
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■■ Ferramentas de gestão de requisitos;
■■ Planejamento;
■■ Métricas;
■■ Gestão da configuração;
■■ Controle de qualidade;
■■ Testes;
■■ Componentes;
■■ Custo de projetos;
■■ Serviços de operação.
■■ Flexibilidade no atendimento;
■■ Política de melhoria contínua;
■■ Engajamento de pessoas;
■■ Certificações profissionais de qualidade.
Estratégia de Administração da Qualidade e Melhoramento da Produção:
nesta etapa, devemos decidir sobre quais os indicadores de desempenho que
devemos adotar para a gestão da operação da fábrica de software e de sua melho-
ria contínua. Devemos decidir, também, sobre os níveis de serviços que devem
ser adotados e as metas de desempenho. Indicadores a considerar:
■■ Aprendizagem dos colaboradores;
■■ Confiabilidade de entrega de operação;
■■ Qualidade dos produtos;
■■ Atendimento a prazos padrões;
■■ Velocidade de implantação de novas linhas de serviços;
■■ Flexibilidade no atendimento.
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tica de prevenção e tratamento de itens não conformes da fábrica de software;
qual o plano de contingência ou de risco que será adotado para estabelecer polí-
ticas de prevenção; ações de mitigação de riscos; procedimentos de tratamentos
quando as não conformidades ou falhas ocorrerem. Itens a considerar:
■■ Política de prevenção;
■■ Plano de contingência ou de riscos;
■■ Ações de resposta aos riscos;
■■ Responsabilidades quanto aos riscos;
■■ Procedimentos de tratamento de falhas e não conformidades;
■■ Plano de segurança física e lógica;
■■ Políticas e procedimentos de manutenção de equipamentos e redes de
comunicação (manutenções preventivas, corretivas e preditivas);
■■ Procedimentos de recuperação de falhas;
■■ Procedimentos de backup de arquivos e banco de dados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
44
a) 1, 2, 3, 4, 5.
b) 1, 3, 2, 4, 5.
c) 4, 2, 3, 1, 5.
d) 5, 4, 2, 3, 1.
e) 2, 1, 3, 4, 5.
4. Conforme Fernandes e Teixeira (2011), Fábrica de Software é um processo estru-
turado, controlado e melhorado de forma contínua, considerando abordagens
de engenharia industrial, orientado para o atendimento a múltiplas demandas
de natureza e escopo distintos, visando a geração de produtos de software,
conforme os requerimentos documentados dos usuários e/ou clientes, da for-
ma mais produtiva e econômica possível. Com base nessas informações, cite
e comente sobre os três modelos de trabalho para o desenvolvimento de
software.
5. Segundo Romanha (2016), outro fator que pode determinar o sucesso de uma
fábrica de software é a produtividade, pois ela pode ser influenciada por três
grupos de fatores. Complete as lacunas com o nome dos fatores:
linguagens de programação, ferramentas de
projeto, ambientes de desenvolvimento e capacidade dos equipamentos ado-
tados.
processos de trabalho, metodologias, práti-
cas gerenciais, ambiente físico, conforto e bem-estar dos recursos humanos.
perfil, formação, motivação, comprometimento
e capacitação das pessoas.
a) Fatores tecnológicos, Fatores organizacionais, Fatores humanos.
b) Fatores humanos, Fatores organizacionais, Fatores tecnológicos.
c) Fatores tecnológicos, Fatores humanos, Fatores organizacionais.
d) Fatores organizacionais, Fatores humano, Fatores tecnológicos.
e) Fatores humano, Fatores tecnológico, Fatores organizacionais.
46
Analista de Qualidade: responsável pela revisão dos artefatos gerados, pelo controle de
mudanças, a definição e a validação da qualidade do processo utilizado.
Engenheiro de Software: garante que o sistema seja implementado de acordo com as
especificações em sua documentação e seguindo o processo de desenvolvimento de-
finido.
Analista de Testes: realiza o desenvolvimento, a validação e a execução de testes de sof-
tware que visam assegurar a qualidade e integridade do software produzido.
Líder de Equipe: faz a coordenação e a atribuição de tarefas entre os membros da equi-
pe, fornecendo relatórios periódicos ao gerente de projetos sobre o andamento das ati-
vidades.
Em cada equipe de uma Fábrica de Software é recomendado que exista também a figu-
ra do Gerente do Projeto, que é um profissional dedicado exclusivamente a este papel,
o que o habilita a atuar fortemente na interface com o cliente do projeto em questão.
Segundo o PMBOK (2004), os processos de iniciação, planejamento, execução, monito-
ramento, controle e encerramento, devem ser integrados e aplicados pelo gerente de
projeto. Também fazem parte das atribuições desse profissional identificar as necessida-
des; estabelecer objetivos; balancear demandas de qualidade, escopo, tempo e custo,
além de adaptar especificações e planos às necessidades das diversas partes interessa-
das. O gerente ainda deverá atuar de maneira a garantir que o produto final atenda aos
requisitos de qualidade previamente estabelecidos, seguindo métodos e padrões de es-
timativas baseados em históricos; utilizar métricas específicas para estimar tempos pa-
drões de atendimento levando em consideração a tecnologia, o tamanho e o domínio
da demanda; possuir e fazer uso de mecanismos de apuração, apropriação e controle de
custos e manter o controle sobre os níveis de serviço.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, de acordo com os dados divulgados pela
Brasscom – Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comuni-
cação, o setor de Tecnologia da Informação (TI) possui alta demanda por profissionais
por um conjunto de fatores:
cresce historicamente a taxas superiores ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
a TI está inserida em todos os setores da economia moderna, ajudando a aumentar a
competitividade e a produtividade das empresas.
a sociedade utiliza tecnologia cada vez mais intensamente no cotidiano.
novas tecnologias – como computação em nuvem, redes sociais, dispositivos móveis e
segurança da informação – demandam profissionais com novas habilidades.
Fonte: Romanha (2016, p. 26-27).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Fábrica de Software
Fernando Guilherme Tenório e Rogerio Valle
Editora: FGV
Sinopse: a produção de software começa artesanal, sem
regras, nos anos 1960, e hoje é um trabalho ordenado num
esquema produtivo. Os autores fazem um paralelo entre
a produção industrial tradicional, a complexa organização
produtiva que vemos hoje, e o que se deu, nas fábricas de
software, com o processo de sua produção. Há paralelos
entre um e outro desenvolvimento, e a sua extensão é
descrita em minúcias. Texto necessário e pioneiro, porque
pouco se tem escrito, no Brasil, sobre os sistemas de
organização das indústrias de software.
1. Alternativa C.
2. O paradigma de Fábrica de Software busca a obtenção de qualidade e produtivi-
dade no desenvolvimento e manutenção de software por meio de padronização de
processos, reuso de artefatos e controle do sistema de produção.
3. Alternativa D.
4. Podemos citar três modelos em destaque:
Modelo Japonês: foco na alta produtividade e qualidade do software.
Objetivo principal da empresa é tornar a rotina de trabalho simples e
repetitiva, e padronizar os processos de trabalho.
Modelo Europeu: foco na integração de am-
bientes de desenvolvimento de software.
Objetivo na criação de uma arquitetura e um framework para um
ambiente de desenvolvimento de software integrado, por meio de um modelo
genérico de fábrica de software, com ferramentas, componentes e ambientes de
várias áreas de negócios.
Modelo Norte-Americano: foco nas abordagens baseadas na experiência e na
maturidade da empresa. Baseada em experiências onde é possível errar, desde
que sejam extraídas lições e melhorias para os próximos projetos.
5. Alternativa A.
Professora Esp. Janaina Aparecida de Freitas
MODELOS DE FÁBRICAS DE
II
UNIDADE
SOFTWARE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar uma visão geral da Fábrica de software.
■■ Entender como funciona a estrutura organizacional de uma Fábrica
Orientada a Processos.
■■ Entender como funciona a estrutura organizacional de uma Fábrica
Orientada a Produtos.
■■ Compreender o funcionamento e a estrutura organizacional de uma
Fábrica de Projetos.
■■ Conhecer a visão geral do modelo e a estrutura organizacional de
uma Fábrica de Programas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Visão Geral da Fábrica de software
■■ Fábrica de software baseada em Processos
■■ Fábrica de software baseada em Produtos
■■ Fábrica de Projetos
■■ Fábrica de Programas de Software
53
INTRODUÇÃO
Introdução
54 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VISÃO GERAL DA FÁBRICA DE SOFTWARE
o custo do produto. Porém, como reduzir esse custo? Uma forma seria utilizar a
programação Orientada a Objeto ou por Componente, que permite criar obje-
tos reutilizáveis e que possam ser usados em diferentes programas, reduzindo
os custos de desenvolvimento.
Algumas fábricas de software possuem necessidades diferentes, mas podem
ter muitos processos adotados similares. Nestes casos, é importante ter vários
componentes disponíveis em estoque ou contar com funções que ajudem a agi-
lizar o tempo de desenvolvimento do software e, assim, reduzir seus custos. E,
para isso, também é importante maximizar os recursos, ter uma visão clara dos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
definida das atividades, gerenciar os artefatos, executar as ferramentas
para realizar as atividades, facilitar a comunicação entre os atores, cole-
tar dados automaticamente e prover o controle do projeto. Um ADS é
visto como um meio, uma estrutura, composto por processos integra-
dos que abrangem o ciclo de vida de software, incluindo os atores, os
artefatos produzidos e os recursos utilizados. Ferramentas computa-
cionais e procedimentos são recursos utilizados pelos atores, seja para
a realização de atividades, para controle e gerenciamento dos processos
ou para prover a interação entre os atores. Os procedimentos auxiliam
os atores na realização das atividades e no uso de recursos (BORSOI,
2008, p. 29).
Processo de Suporte
Serviços de Serviços de Suporte Serviços de Serviços de
Suporte de de Engenharia de Suporte Suporte
Software Software Instraestrutura Administrativo
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Contingências e de Riscos para a fábrica de software.
■■ Compliance: trata de assegurar que os padrões estabelecidos pela fábrica
estejam sendo seguidos, auditar processos e a operações, propõe mudan-
ças e sugere novos controles, garantindo que qualquer não conformidade
encontrada seja solucionada.
■■ Gestão Financeira: tem por objetivo a manutenção do equilíbrio finan-
ceiro da fábrica de software e, com isso, garante os investimentos e margens
de lucro do negócio.
■■ Gestão da Mudança em Tecnologia e Processos: trata do planejamento de
mudanças nas tecnologias da fábrica em termos de software, implementa-
ções, dispositivos de segurança, servidores, dispositivos de armazenamento
etc.
■■ Gestão da Melhoria: tem por objetivo promover as melhorias nos proces-
sos em todos os níveis da fábrica, em que cada melhoria é tratada como
um projeto e, assim, identificar as causas de baixo desempenho, elimi-
nando essas causas e avaliando os resultados das ações.
■■ Gestão do Desempenho: preocupa-se com o desempenho da fábrica,
conforme as metas estabelecidas. O objetivo é medir o comportamento
de indicadores, conhecer tendências e avaliar o resultado das ações de
melhorias na operação.
■■ Recursos Humanos: trata da gestão de recursos humanos em todos os
setores da fábrica, como: seleção e contratação, avaliação de desempenho
individual, benefícios e avaliações comportamentais.
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fábrica. Também tem a responsabilidade da auditar a operação do forne-
cedor, se esta for crítica para a fábrica.
■■ Controle de Riscos: é o controle do risco da operação e é baseado no
Planejamento de Riscos. Este item deve monitorar riscos, atuar nas ocor-
rências dos riscos, verificar a efetividade dos riscos e da execução do Plano
de contingência.
■■ Projetos de Implementação: referem-se aos projetos relativos a novos
clientes e usuários da fábrica, novas linhas de serviços, novas tecnolo-
gias, novos processos e melhorias dos processos já existentes na fábrica.
■■ Gestão de Contratos: é responsável pelos acordos de contratos em níveis
de serviços com os diversos clientes ou usuários.
■■ Gestão da Qualidade e Produtividade: este item trata dos seguintes
aspectos: gestão da qualidade em sistemas, das certificações de qualidade
e novas tendências relativas à qualidade.
■■ Logística de Recursos: trata da seleção, aquisição ou contratação e dis-
posição e controle (disponibilidade e consumo) de recursos humanos e
materiais para o projeto.
■■ Controle de Custos: trata do controle de custos de toda a operação, como:
orçamento da operação, monitoramento dos custos de linhas de serviços,
contratos e contas, e avaliação de tendências de custos.
■■ Gestão do Atendimento ao Cliente: refere-se ao acolhimento de cha-
madas relativas às ordens de serviço, suas soluções e acompanhamento
junto ao cliente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
projeto.
■■ Homologação da Ordem de Serviço: tem por objetivo obter o sign-off
da ordem de serviço junto ao cliente. A homologação tem que estar de
acordo para que todos os requisitos da ordem de serviço sejam cumpri-
dos e, assim, o cliente formalize seu recebimento e término. Homologação
significa: encerrar contratos, liberar recursos humanos e demais recur-
sos, arquivos dos documentos e registros, notificar o término da ordem
de serviço e controlar todas as atividades pós-encerramento.
Nos tópicos a seguir, vamos falar sobre os modelos de fábrica de software base-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ados em processos, baseados em produtos, baseados em projetos e baseados em
programas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de software, diferentes processos podem coexistir adequados a diferentes
projetos. A definição de um processo padrão estabelece uma estrutura co-
mum a ser utilizada pela organização nos seus projetos de software e cons-
titui a base para a definição de todos os processos [...]. Assim sendo, o pro-
cesso padrão estabelecido deve ser tomado como referencial no necessário
planejamento e definição das estratégias de cada fábrica e deve ser genéri-
co o suficiente para atender na maioria dos casos.
Fonte: Xavier (2008).
Com isso, força a definição bem clara dos processos bem documentados, das ati-
vidades, metodologias e métricas de produção utilizadas na fábrica de software.
Assim, um processo de desenvolvimento não é genérico para cada fábrica
de software, mas pode ser adequado ao tipo e ao contexto da fábrica, conside-
rando os seguintes fatores:
■■ Finalidade da fábrica de software (pacotes ou software sob encomenda);
■■ Processos básicos de produção de software (desenvolvimento e/ou
manutenção);
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■■ Características do cliente;
■■ Perfil da equipe (conhecimento e experiência);
■■ Disponibilidade de recursos;
■■ Paralelismo de projetos na fábrica;
■■ Diversidade das plataformas de desenvolvimento.
Esses fatores são importantes na escolha das ferramentas automatizadas de apoio
que serão usadas nos processos de desenvolvimento e gestão do software, bem
como nos testes e tratamentos a erros e defeitos, na infraestrutura a ser adotada
e na rede necessária para a fábrica de software.
Para a fábrica de software baseada em processos, vamos considerar que os
processos de software são representados por meio de modelos que são organi-
zados em visões. Essas visões são abstrações de processos, definidas de acordo
com os objetivos e requisitos dos processos. Tais visões são referentes a perspec-
tivas e podem ser categorizadas em:
■■ Visão Funcional: contém elementos do processo que estão sendo reali-
zados e seus fluxos de produtos.
■■ Visão Organizacional: representa onde e quem realiza os elementos do
processo.
■■ Visão Comportamental: representa o tempo gasto na realização dos ele-
mentos do processo.
■■ Visão Informacional: contém as informações das representações dos
produtos implementados pelos elementos do processo.
As visões de processos também podem ser estabelecidas em função dos seus com-
ponentes. Os componentes indicados são: atividade, recursos e produto. As visões
de atividades e de produtos representam os aspectos dinâmicos do processo, e as
visões de recursos humanos são relacionadas aos aspectos estáticos do processo.
Porém, o que seria um componente de processo? Componente de processo
é como um grupo de atividades ou outros componentes que se relacionam por
dependências lógicas e que quando executados fornecem valor ao projeto da
fábrica de software.
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Componentes
Um componente pode ser definido como uma unidade de software inde-
pendente, que encapsula, dentro de si, seu projeto e implementação, e ofe-
rece serviços, por meio de interfaces bem definidas, para o meio externo.
A motivação para componentes não é unicamente relacionada à reutiliza-
ção. As recentes pressões para liberação de produtos no mercado (time-to-
-market), assim como a necessidade de lidar com modificações de maneira
rápida e efetiva, tem contribuído para a relevância de componentes na pro-
dução de software.
Fonte: Gimenes e Huzita (2005).
Modelo do
processo
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para os processos são definidos usando abstrações desse domínio em que são
identificados os atributos, o comportamento, os relacionamentos, os componen-
tes, as ações das atividades e os papéis.
Realizar análise dos requisitos do processo: nesta atividade, os objetos
que representam o processo e os seus componentes, os estados do processo e os
seus componentes, são definidos e organizados de acordo com a classificação
da orientação a objetos.
Definir modelo de processo: nesta atividade, o modelo de processo é espe-
cificado ou construído de maneira a atender aos requisitos da visão que o modelo
representa. Para representar os modelos de processos, utiliza-se linguagens de
modelagem, como a UML (Unified Modeling Language).
Definir a arquitetura de processo: nesta atividade, os modelos de proces-
sos podem ser organizados de forma a compor uma estrutura que chamamos
de arquitetura de processo. Esta atividade é realizada em conjunto à definição
do modelo de processo, porque os modelos são utilizados para definir a arqui-
tetura e as visões dessa arquitetura.
Conforme Borsoi (2008, p. 41), “modelos de processos podem ser represen-
tados por meio de representação formal, modelos gráficos ou descrição textual”.
No entanto, independentemente da forma de representação escolhida, a repre-
sentação de processos vai sempre estar vinculada à linguagem escolhida.
esses objetos.
Fonte: Bezerra (2007, p. 15).
Fábrica
Funcionalidades Erro/Melhorias Funcionalidades
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Equipe Equipe Equipe
Funcionalidades Funcionalidades
Erro/Melhorias Erro/Melhorias
Controle de Versão
O Controle de Versão combina procedimentos e ferramentas para gerenciar
diferentes versões dos objetos de configuração criados durante o processo
de software. O uso de ferramentas para obter o controle de versão é essen-
cial para uma gestão eficaz de alterações.
Fonte: Pressman e Maxim (2016).
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O gerente responsável pela gerência de configuração passa a ter um papel impor-
tante dentro da fábrica de software orientada a produtos. Deve manter o controle
sincronizado das configurações do produto com as configurações de cada pro-
jeto dentro de fábrica.
Com relação à estruturação de uma fábrica de software, o ciclo de vida do
software em desenvolvimento geralmente possuirá como base as seguintes etapas/
fases: planejamento, especificação de requisitos, análise e projeto de requisitos,
construção, implantação e transição. Nas fábricas de software orientadas a pro-
duto, essas etapas/fases deverão tratar o desenvolvimento de novas funcionalidades
para o produto e também controlar as manutenções evolutivas ou corretivas. Isso
significa que na fase de planejamento, por exemplo, devem ser considerados os
projetos de novos produtos em desenvolvimento, como também os pedidos de
mudanças para o produto atual. Para Pressman e Maxim (2016, p. 639), “iden-
tificação, controle de versão e controle de alteração ajudam a manter a ordem
naquilo, de outra forma, seria uma situação caótica”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FÁBRICA DE PROJETOS
Nas fábricas de projeto, não ocorre a preocupação com impactos que possam
ocorrer entre projetos, somente acontece quando os projetos são interdependentes.
Com relação à gerência de configuração e ao controle de versões e plane-
jamento de liberação de versões dos produtos que são gerados pelos projetos
em andamento, independente de sua complexidade, são gerenciados apenas no
domínio de cada projeto. Com isso, cada projeto passa a ter um comportamento
completamente diferente dos outros (Figura 4).
Fábrica
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Fábrica de Projetos
78 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cas orientadas a projeto possibilita facilmente a paralelização dos recursos de
gerência de configuração”. Como toda as características do projeto interferem
apenas no próprio projeto, é possível ter em cada projeto um gerente de confi-
guração dedicado.
Para a estruturação de uma fábrica de software, o ciclo de vida do software
desenvolvido geralmente possuirá como base as seguintes etapas/fases: plane-
jamento, especificação de requisitos, análise e projeto de requisitos, construção,
implantação e transição. Assim, no contexto de fábricas de software orientadas
a projetos, estas etapas/fases passam a ser distribuídas de acordo com o ciclo
de desenvolvimento adotado pela empresa para cada projeto a ser executado.
Segundo Fernandes e Teixeira (2011, p. 198) “a fábrica de projetos tanto tra-
balha com novos desenvolvimentos, como manutenções evolutivas, legais e de
otimização, como pode acolher atendimento a projetos físicos somente”. Tudo
vai depender do contexto do projeto do cliente e seu nível de interface. Pois há
situações em que o cliente faz as especificações do software e a fábrica de proje-
tos executa a parte física.
Dentro da fábrica de projetos, podemos ter a fábrica de programas e a fábrica
de testes, principalmente se a missão da empresa for de desenvolvimento de
software de produtos (pacotes de gestão, controle etc.). A fábrica de projetos
considerada mais simples é aquela que tem o foco somente em novos desenvol-
vimentos e projetos físicos para clientes do mesmo ramo de negócios, em que ela
pode ganhar em função da especialidade. Porém, ela pode se tornar complexa, à
medida que começa a atender clientes de várias indústrias e de segmentos dife-
rentes. Outro fator que aumenta a complexidade da fábrica de projetos são os
Fábrica de Projetos
80 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Regras de Comunicação e de Interfaces com o cliente: em uma fábrica de
projetos, as regras de comunicação e de interfaces com clientes são importan-
tes para um relacionamento bem-sucedido. Do lado do cliente deve haver um
responsável por organizar as informações e demandas e enviá-las à fábrica. Do
lado da fábrica, deve haver um responsável pelo recebimento das informações e
ordens de serviço e pelo envio do produto para o cliente.
Estimativas: em uma fábrica de projetos, a estimativa é uma questão com-
plexa, pois ela se refere ao tamanho do software, prazo, esforço e custo. A estimativa
deve ser feita com base na definição do escopo do projeto. Podem ser usadas
algumas técnicas para estimativa de tamanho de software, como: Análise por
Pontos de Função apoiados pelas ferramentas de estimativas COCOMO, Slim,
Estimate Professional etc.
Métricas: a fábrica de projetos deve implementar métricas para a sua ges-
tão. As principais são:
■■ Estimativas em termos de tamanho, prazo, esforço e custo;
■■ Estimativas para a produtividade em termos de pontos de função (pro-
dutividade da manutenção e de novos projetos);
■■ Estimativas de taxas de entrega das ordens de serviço no prazo;
■■ Estimativas de ordens de serviço com problemas de qualidade (erros,
defeitos);
■■ Estimativa para custo médio de uma ordem de serviço;
■■ Estimativas de densidade de defeitos padrão do software;
Fábrica de Projetos
82 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O nível de exigência da fábrica de projetos em termos de componentes é bem
grande em consideração aos demais modelos de fábricas de software. Conforme
o porte da fábrica de projetos, ela deve começar com os seguintes componen-
tes automatizados:
■■ Gestão da demanda;
■■ Workflow do processo (recebimento, planejamento, execução);
■■ Controle de recursos;
■■ Controle de custos e prazos;
■■ Controle dos requisitos;
■■ Modelagem de software;
■■ Ferramentas de produtividade;
■■ Gestão da configuração.
Processo de Suporte
Serviços de Serviços de Serviços de Serviços de
Suporte de Suporte de Enge- Suporte Suporte
Software nharia Software Instraestrutura Administrativo
Fábrica de Projetos
84 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Serviços de suporte administrativos.
COBOL
JAVA
DELPHI
Processo de Suporte
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vel por organizar as informações e demandas e enviá-las à fábrica. Do lado da
fábrica, deve haver um responsável pelo recebimento das informações e ordens
de serviço e pelo envio do produto para o cliente.
Estimativas: é necessário que a fábrica tenha tabelas padrões de estimativas
de tempo de atendimento de uma ordem de serviço (lead time) e de tempos de
esforço efetivo de programação, neste caso, para cada linguagem de programação.
Métricas: a fábrica deve implantar métricas para a sua gestão e as princi-
pais referem-se à:
■■ Exatidão das estimativas (tabela padrão de tempo e esforço efetivo e
prazos);
■■ Produtividade por linha de serviço e de tempo (cliente, linguagem e
plataforma);
■■ Produtividade de cada programador;
■■ Taxa de entrega das OS no prazo;
■■ Taxa de ordens de serviço com defeitos e problemas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Gestão Gestão de Recursos
Segurança
Financeira Desempenho Humanos
Processo de Suporte
Serviços de Serviços de
Suporte de Suporte
Software Administrativo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os modelos de fábrica de software são: Fábrica Orientada a Processos, Fábrica
Orientada a Produtos, Fábrica de Projetos e Fábrica de Programas.
Aprendemos que em uma Fábrica Orientada a Processos, para um funciona-
mento perfeito das atividades da fábrica de software, é importante que se utilize
um processo de desenvolvimento em que as tarefas e os artefatos gerados este-
jam bem definidos.
Vimos que, em uma Fábrica Orientada a Produtos, o desenvolvimento
funciona em torno dos produtos de software, que são desenvolvidos por ela.
Aprendemos também como ela concilia a rotina de manutenção de seus produ-
tos às demandas geradas por diferentes projetos, e como estes resultam em novas
funcionalidades para o produto que está sendo produzido na fábrica.
Depois, aprendemos que, em uma Fábrica de Projetos, temos em funciona-
mento diversos projetos paralelos, todos com começo, meio e fim planejados.
Estes projetos podem ser independentes ou projetos que reutilizem componen-
tes entre si.
E, ao chegar ao fim da unidade, aprendemos sobre a Fábrica de Programas.
Nesta fábrica codificamos e testamos os softwares que são desenvolvidos por ela,
considerando os requisitos e níveis de serviços levantados junto ao cliente, além
das especificações de padrões de programas, critérios de qualidade e tempo de
entrega acordados no contrato.
Na próxima unidade, com o conhecimento que já adquirimos sobre os
modelos de Fábrica de software, vamos nos aprofundar mais em outros mode-
los de fábrica de software. Preparado(a)? Então vamos em frente! Bons estudos!
1. Marque com V para a afirmativa verdadeira e com F para a afirmativa falsa, sobre
Fábrica de software baseado em Produtos:
( ) O desenvolvimento funciona em torno dos produtos de software desen-
volvidos.
( ) A fábrica de software concilia a rotina de manutenção de seus produtos,
com as demandas geradas por diferentes projetos, que resultam no surgi-
mento ou na evolução de funcionalidades no produto.
( ) O produto não é sempre mantido dentro da fábrica, podendo ser comer-
cializado ou vendido para os clientes dos projetos.
Assinale a opção com a sequência correta.
a) V, F, V.
b) F, V, V.
c) V, V, F.
d) F, V, F.
e) F, F, F.
2. Na fábrica de software baseada em processos, os processos de software são re-
presentados por meio de modelos que são organizados em visões. Essas visões
são abstrações de processos, definidas de acordo com os objetivos e requisitos
dos processos. Com base nestas informações, assinale a alternativa correta
sobre essas visões.
I) A Visão Funcional contém elementos do processo que estão sendo realizados
e seus fluxos de produtos.
II) A Visão Organizacional representa onde e quem realiza os elementos do pro-
cesso.
III) A Visão Comportamental representa o tempo gasto na realização dos ele-
mentos do processo.
IV) A Visão Informacional contém as informações das representações dos com-
ponentes implementados pelos elementos do projeto.
V) As visões de processos podem ser estabelecidas em função dos seus produ-
tos. As visões de atividades e de produtos representam os aspectos dinâmicos
do artefato. As visões de recursos humanos são relacionados aos aspectos di-
nâmicos do processo.
92
Material Complementar
REFERÊNCIAS
1. Alternativa C.
2. Alternativa A
3. As diferenças entre um processo de desenvolvimento de software e um proces-
so de manufatura são:
O produto de software é mais complexo do que o produto manufaturado. No
mercado não temos muitos profissionais com conhecimento e experiência para
avaliar e calibrar um processo de desenvolvimento de software. O custo de re-
produzir o software leva a descobertas tardias de problemas. Tangibilidade fica
a dever aos produtos manufaturados. O processo de trabalho é imaterial e não
material, e o cliente não consegue visualizar e externalizar com clareza suas ne-
cessidades.
4. Em uma Fábrica de Projetos podemos terceirizar as seguintes atividades: execu-
ção de treinamentos, auditorias nos sistemas de qualidade, serviços de suporte
em infraestruturas, testes de alguns sistemas específicos e serviços de suporte
administrativos. Já em uma Fábrica de Programas, as atividades que podemos
terceirizar são: auditorias de compliance, auditorias nos sistemas de qualidade,
suporte em engenharia de software, suporte para a elaboração dos planeja-
mentos de tecnologia, estratégico e dos riscos e serviços de suporte em infra-
estrutura.
5. Essas fases na Fábrica de software Orientada a Produtos deverão tratar o desen-
volvimento de novas funcionalidades para o produto e também controlar as
manutenções evolutiva ou corretiva. Isso significa que na fase de planejamento,
por exemplo, devem ser considerados os projetos de novos produtos em de-
senvolvimento, como também os pedidos de mudanças para o produto atual.
Professora Esp. Janaina Aparecida de Freitas
OUTROS MODELOS DE
III
UNIDADE
FÁBRICA DE SOFTWARE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar os principais conceitos sobre a linha de produto de
software.
■■ Conhecer o funcionamento de uma fábrica de testes.
■■ Entender como funciona a estrutura organizacional de uma fábrica
de componentes.
■■ Compreender o funcionamento e a estrutura organizacional de um
modelo de outsourcing de sistemas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Linha de produtos de software
■■ Fábrica de Testes de software
■■ Fábrica de Componentes
■■ Modelo de Outsourcing de Sistemas
101
INTRODUÇÃO
Introdução
102 UNIDADE III
Linha de Produtos de
Software (Software Product
Line) é um conjunto ou
grupo de softwares ou,
ainda, uma família de sis-
temas que compartilham
características ou espe-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cificações comuns que
satisfazem as estratégias
de mercado, um domínio
de aplicação ou missão
(Figura 1), ou seja, são sof-
twares similares, ao invés
de um único software indi-
vidual (CÂMARA, 2011).
Domínio Aplicação/
ma
Estratégia de Mercado
tence
Per É satisfeito por
Compartilham uma
Arquitetura
Produtos
Con
s tru Usada para estrutura
ído
s po
r
Componentes
Plano de Definição de
Arquitetura
Produção Escopo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Desenvolvimento
Desenvolvimento
do Núcleo de
dos Produtos
Artefatos
Gerenciamento
Engenharia de
Engenharia de
Domínio
Aplicações
A seguir, serão descritos os conceitos de cada uma das três atividades essen-
ciais para a LPS.
ENGENHARIA DE DOMÍNIO
ENGENHARIA DE APLICAÇÃO
GERENCIAMENTO DA LPS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Engenharia de Domínio
Análise de Arquitetura Implementação Teste de
Domínio de Domínio de Domínio Domínio
potencial reuso
Ativos Base
Análise sobre
• Plano de negócio
• Informações dos
Implemen- Testes
Produtos Requisitos Arquitetura tação Reusáveis
• Novos requisitos
Engenharia de Aplicação
Análise de Arquitetura Implementação Testes de
Produto
Produto de Produto de Produto Produto
Rastreabilidade
Fluxo de informações
Atividade de Desenvolvimento
Artefatos Reusáveis
A Figura 4 mostra como os dois ciclos de vida interagem entre si, mostrando que
tanto na Engenharia de Domínio quanto na Aplicação são realizadas atividades
de: análise (domínio e de produto), arquitetura (domínio e produto), implemen-
tação (domínio e de produto) e testes (domínio e de produto).
A vantagem de ter dois ciclos de vida que separam a Engenharia de Domínio
e de Aplicação é que há uma separação de objetivos que são usados para cons-
truir uma plataforma mais robusta e aplicações específicas em um curto espaço
Análise do
domínio Product 1
Arquitetura
Product 2
Projeto
SPL
Product 3
Reativa Nesta abordagem, os ativos bases já existem e temos uma versão da LPS.
Temos uma evolução desta linha e são realizados incrementos à medida
que novos requisitos aparecem.
Product 1
React
Product 1
Iterate Product 2
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Product 2
SPL Product 3
Product 3 SPL
Product 4
Extrativa Nesta abordagem, são analisados os produtos existentes, como eles são
estruturados (variabilidades e comunalidades) para derivar uma versão
inicial da LPS.
Product 1 Product 1
Product 2 Product 2
SPL
Product 3 Product 3
Figura 7 - Abordagem Extrativa
Fonte: adaptada de Nunes (2013).
VARIABILIDADES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
De acordo com Ferreira (2012), um dos grandes desafios para validar uma LPS
deve-se à relação entre diferentes combinações de características (Feature) no
sistema. Em LPS uma característica consiste de um atributo ou uma funciona-
lidade que será visível ao usuário quando este utilizar o sistema.
Características (Feature) é uma funcionalidade que é comum ou variável na
LPS. As Features variáveis são as que distinguem um produto de outro na LPS.
Feature pode ser um conjunto de diagramas de casos de uso ou de classes, ou,
ainda, apenas um método, ou uma classe, ou um trecho de um método, ou função
que diferencie um produto de outro na LPS. O ponto principal é que as caracte-
rísticas dos produtos que os diferenciam de outros produtos são fundamentais
para a representação de variabilidade (MATNEI FILHO, 2015).
Quando se desenvolve uma LPS, os desenvolvedores devem decidir como
será essas combinações de características no sistema, o que irá definir a linha
de produto de software. Considerando todas as combinações de características
escolhidas para um produto, pode-se ter alguma confiança de que foi exercitada
uma ligação entre estas características, mas caso não seja, não se pode garantir
que defeitos não aparecem nestas ligações (FERREIRA, 2012).
Porém, infelizmente, desenvolvedores de LPS não conseguem validar todas
as combinações de característica possíveis em um sistema. Testes em uma LPS é
uma tarefa complexa e dispendiosa, uma vez que a variedade de produtos deri-
vados a partir da plataforma de produto é enorme.
Como garantir a cobertura de testes em LPS? Ferreira (2012) diz que para
garantir a cobertura de testes em LPS seria necessário gerar instâncias de LPS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Variante: são instâncias em um ponto de variação, representam um objeto
de variabilidade dentro dos artefatos do domínio. Uma variante responde a ques-
tão: Como uma variabilidade ou um ponto de variação varia em uma SPL. As
diferentes possibilidades que existem para se resolver um ponto de variação são
chamadas variantes.
Ponto de variação: representação de um objeto da variabilidade, em que se
decide a escolha entre as variantes. Descrevem pontos nos quais existem dife-
renças nos sistemas finais. Um ponto de variação responde a pergunta: O que
varia em uma SPL? Por exemplo, sistemas podem ser diferentes no que diz res-
peito aos sistemas operacionais que dependem.
Um ponto de variabilidade em uma LPS é um ponto de diferenciação entre
produtos. A Figura 8, a seguir, mostra um exemplo de um ponto de variação e
as variantes que podem ser escolhidas para ele.
PV
Tipo de
Câmera
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V V
Preto e
Colorido
Branco
A variação é a forma como duas variáveis diferem entre si. Para saber como
ocorre essa variação, temos o mecanismo de variabilidade, que é responsável por
implementar a variabilidade. Durante a implementação de uma variabilidade, é
necessário verificar as dependências das variantes, que devem ser utilizadas para
denotar as diferentes escolhas da variante no ponto de variação (OLIVEIRA, 2011).
1 *
Variabilidade Ponto de Variação
1 1
* - Opcional
* - Obrigatória
Variante
- Inclusiva
- Exclusiva
Tipos de Variabilidade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
p. 23):
■■ Comum: característica (funcional ou não funcional) que pode ser comum
para todos os produtos da LPS e é implementada na plataforma.
■■ Variável: característica que deve ser comum para alguns produtos, mas
não todos.
■■ Específica do produto: característica que deve ser parte de um produto.
Normalmente com especialidades não exigidas pelo domínio, mas por
clientes individuais.
Office
Escopo Formato
Corretor Ortográfico
Mandatory Alternative
Optional Or
Caso de
Teste
Projeto de
Derivação de Teste
Sistema Parte
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Caso de variável
Teste
Teste de
Implementação unidade
tanto, tal situação é superada com reutilização dos artefatos nos sistemas
desenvolvidos com as plataformas. A facilidade na manutenção decorre do
fato de que se um artefato é modificado em virtude de uma correção ou
atualização, tal mudança deverá ser propagada para os produtos derivados.
Fonte: Brito (2013).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
desenvolvedoras de software.
Outro objetivo de uma fábrica de testes é tentar aplicar o maior volume de
testes no menor tempo possível, ou seja, tentando simular os principais cenários
da regra de negócio do cliente do sistema e tentando avaliar se o mesmo está em
conformidade com o que foi descrito nos requisitos do sistema.
Em uma fábrica de testes, podemos determinar o nível de garantia de qua-
lidade atual para cada sistema, possibilitando evoluir incrementalmente o nível
de qualidade dos sistemas que apresentarem uma maior volatilidade e um alto
risco para a empresa (LOPES; FREITAS, 2012).
MÁXIMO MENOR
DE TESTES PRAZO
Figura 12 - Objetivo de uma Fábrica de Testes
Fonte: a autora.
Especificação
Plano de de Casos
Execução Registro
Testes de Testes de Testes de Testes
Continuamente, uma fábrica de testes deve buscar recursos e meios mais sim-
ples, mais econômicos e mais eficientes para suportar o volume de testes, sem
comprometer o cronograma ou o orçamento dos projetos, ou seja, deve buscar
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conciliar a simplicidade operacional com a agilidade nos testes.
A fábrica de testes dentro de um projeto deve garantir a qualidade do sof-
tware, verificando toda a cadeia de desenvolvimento do sistema, avaliando todos
os artefatos que são produzidos e que podem vir a interferir na qualidade do sis-
tema. Ela deve estar preparada para evoluir junto com o cliente, à medida que a
empresa consiga mensurar resultados positivos e, a partir disso, decida realizar
mais investimentos no controle da qualidade sobre o processo de desenvolvimento.
Checklist de Elaboração de
Fábrica de
Checklist Casos de Casos de
Teste
Testes Teste
Inspeção de Automação de
Smoke Teste Teste Funcional
Código Fonte Teste
Quando uma empresa investe em uma fábrica de testes, o benefício que ela pro-
cura é a Qualidade de Software como meio para minimizar os riscos dos projetos
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Fonte: adaptada de Bartie (2006, on-line)3.
Gerenciamento da Execução
dos Testes
Líder de Analista de Executor de
Testes Testes Testes
Gerenciamento dos Serviços
de Testes
Gerente de Coordenação Auditor de
Serviços de Teste Testes
Gerenciamento de Inovação
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dos Testes
Engenheiro Arquiteto de Automatizador
de Testes Testes de Testes
FÁBRICA DE COMPONENTES
A fábrica de componentes
tem como objetivo produzir
componentes hermetica-
mente fechados, que devem
ser utilizados nas unida-
des de software montadas
pela fábrica de software.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E a fábrica de componen-
tes é baseada totalmente
nos conceitos da LSP
(Software Product Line).
Para Fernandes e Teixeira,
é uma forte quebra de para-
digma porque há:
[...] uma busca pela real ma-
nufatura do software em
termos de produção “custo-
mizada” de massa, que significa produzir software com alta qualidade
e produtividade em virtude da intensa reutilização de componentes.
A fábrica dentro do presente conceito é orientada para o desenvolvi-
mento de novos softwares e evolução dos que estão em manutenção.
A Fábrica de Componentes parte da engenharia da aplicação, quando
os requisitos são estabelecidos e decide-se o que será reutilizado e de-
senvolvido de acordo com a arquitetura do software. A engenharia da
aplicação tem domínio completo da área de negócio atendida pelo sof-
tware, assim como controla o mapa de todas as arquiteturas de software
mantidas pela fábrica (FERNANDES; TEIXEIRA, 2011, p. 227).
Fábrica de Componentes
124 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Existem vantagens na aquisição/construção de cada tipo de componente. Por
exemplo, desenvolver um componente na própria empresa permite organizar
melhor os projetos, a partir da divisão do mesmo em vários componentes, e reu-
tilizá-lo em outros projetos.
Plano de
Produção
Engenharia de Fábrica de
Aplicação Componentes
Teste
Gestão do
Produto Produção
Segundo Fernandes e Teixeira (2011, p. 227), “uma vez que todos os compo-
nentes são integrados conforme a arquitetura do software, parte-se para o teste
do software (sistemas e de aceitação)”. Depois, o sistema pode ser liberado para
o cliente. Na Gestão do Produto, este vai ser evoluído, reiniciando o ciclo do pro-
cesso de software por meio da Engenharia de Aplicação.
Um dos benefícios desse modelo de fábrica de componentes é com relação
à velocidade da construção de softwares inteiros, qualidade associada, pois os
componentes reutilizados já foram testados e, podemos dizer, isentos de defeitos.
Outro benefício, é que a fábrica de componentes pode fazer uso de componen-
tes que já estão disponíveis no mercado e podem ser usados para a geração do
produto de software.
Fábrica de Componentes
126 UNIDADE III
Reuso de Software
Um dos principais objetivos enfatizados no contexto de uma Fábrica de
Software é o reuso de software, termo abrangente que incorpora uma sé-
rie de disciplinas inter-relacionadas, como: Gestão do Conhecimento; Aná-
lise de Domínio; Linha de Produtos de Software; Arquitetura de Software;
Desenvolvimento Baseado em Componentes (DBC); Orientação a Objetos;
padrões; frameworks e ferramentas para suporte ao reuso. Verifica-se que
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existe uma confluência de áreas caminhando em direção à produção em
larga escala e automatizada de software, o que também vai de encontro ao
paradigma de Fábrica de Software.
Fonte: Nomura (2008, p. 50).
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Gestão Estratégica e Tática
Gestão do
Gestão da Gestão da Gestão da
Desempenho Gestão
Capacidade Qualidade e Segurança e
e Níveis de Financeira
e Demanda Processos Continuidade
Serviços
Gestão da Infraestrutura
Gestão dos Serviços
Solicitação
Planejamento Execução dos Gestão da
de
e Aceitação Serviços Configuração
Serviços
Gestão de Atendimento
Recursos Emergencial
Gestão Operacional
Solicitações Solicitação
Atendidas Emergencial
Etapa da Estruturação
dos Modelos
Etapa de Transição
Operacionais de
e Implantação
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Gestão Estratégica e
Tática
Etapa de Transição
e Implantação
Gestão
Informações Conjunta Diretrizes
Gerenciais de Decisões de Mudanças
Desempenho
Gestão do Gestão da
Desempenho Informações de Qualidade
Desempenho
Projetos de Melhoria
Ações de Melhoria
Operação de Outsourcing
Núcleo de Núcleo de
Outsorcing Outsorcing
B C
Núcleo de Gestão da
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Infraestrutura
Núcleo de Núcleo de
Outsorcing Outsorcing
A N
Executa os Modelos Estratégicos
e Tático e o Processo de Gestão
da Infraestrutura
ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Núcleo de Núcleo de
Gestão das Operações Gestão da
de Outsourcing Infraestrutura
Planejamento e
Distribuição Homologação
Aceitação de Células de
das Ordens das Ordens
Ordens de Produção
de Serviços de Serviços
Serviços
Controle da
Qualidade
Células
Organizadas por
Negócio e por
Tecnologia
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isso deve ser negociado detidamente (FERNANDES; TEIXEIRA, 2011,
p. 225).
A seguir, alguns itens que devem ser considerados quanto à negociação contratual:
■■ Mudanças no volume da demanda obrigarão o aumento no número de
pessoas na operação;
■■ Contrato time&material para garantir o pagamento das horas extras;
■■ Pagamentos diferenciados para o caso de emergências (feriados, fins de
semana, à noite ou de madrugada);
■■ Lista do que não fará parte dos serviços outsourcing;
■■ Política de preços diferenciados para novos desenvolvimentos e
manutenções;
■■ Solicitações além das que estão no contrato deverão ter um aditivo
contratual;
■■ Repasse de custos de atualizações de documentação de sistemas (docu-
mentos são de propriedade do cliente).
Quando for pensar em outsourcing, pense que ele é muito mais do que uma simples
terceirização. Ele deve ser visto como um processo para a transformação estra-
tégica e tem como vantagens a redução de custos e o aumento da produtividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
136
Contratos
Uma das formas de possibilitar que uma organização, ao contratar serviços de TI no mo-
delo de terceirização seja capaz de gerenciar tais contratos, é através do uso de SLA
(Acordo de Níveis de Serviços). Esses acordos especificam o desempenho baseado em
componente de hardware e em técnica. Por exemplo, esses contratos descrevem níveis
de serviço por tempo de resposta de um Help Desk ou percentual do tempo disponível
de um serviço. Esses níveis de serviços são utilizados com o intuito de estabelecer puni-
ções ou premiações nas faturas, de acordo com seu cumprimento ou não (CAVALCANTI,
2007). Segundo Torres (2008), um SLA é um contrato que define parâmetros ou suporte
técnico que o contratado deverá fornecer para seu cliente. Ali devem também ser colo-
cadas as consequências por não atingimento ou falhas apuradas no serviço.
Desenvolvimento de Softwares
O desenvolvimento de software no contexto desse trabalho é uma das partes mais im-
portantes, pois localiza todos os esforços no que diz respeito à sua terceirização. Outro
item importante que deve ser destacado é “onde este software será desenvolvido?”. Um
dos locais mais apropriados para esse desenvolvimento é em uma “Fábrica de Software”.
Segundo Aaen et al. (1997), a definição de “Fábrica de Software” acontece em um con-
texto no qual o desenvolvimento de software torna-se uma profissionalização, em que
os clientes solicitam processos de maneira mais transparente, com maior produtivida-
de e qualidade. Dessa maneira, o termo “fábrica” indica um compromisso por parte dos
prestadores de serviços, de longo prazo e com qualidade acima dos projetos individuais.
Quando uma empresa que não atua diretamente com TI necessitar de sistemas, seja
qual for, é muito interessante que a terceirização seja utilizada para o desenvolvimento
desse sistema, pois caso a mesma o desenvolvesse internamente haveria a necessidade
de contratação de pessoal especializado, gerando assim um custo adicional desnecessá-
rio. Diante disso, é possível deixar uma pergunta: “O que será feito com o pessoal contra-
tado para o desenvolvimento desse sistema após o término do desenvolvimento, uma
vez que o core business da empresa não é esse?”.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
Em: <http://www.sei.cmu.edu/productlines/frame_report/PL.essential.act.htm>.
1
3
Em: <https://imasters.com.br/artigo/4632/software/o-que-caracteriza-uma-ver-
dadeira-fabrica-de-testes/?trace=1519021197&source=single>. Acesso em: 05 dez.
2017.
GABARITO
1. Alternativa C.
2. Alternativa D.
3. Proativa: os ativos bases são construídos primeiro. Considera todos os produtos
a serem gerados previamente, fazendo-se um planejamento inicial completo e
criando um conjunto completo de artefatos é desenvolvido para a LPS. Reativa:
os ativos bases já existem e temos uma versão da LPS. Temos uma evolução
desta linha e são realizados incrementos à medida que novos requisitos apa-
recem. Extrativa: são analisados os produtos existentes, como eles são estrutu-
rados (variabilidades e comunalidades) para derivar uma versão inicial da LPS.
4. Alternativa E.
5. Alternativa C.
Professora Esp. Janaina Aparecida de Freitas
APLICANDO OS MODELOS
IV
UNIDADE
DE FÁBRICA DE SOFTWARE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender como Virtualizar a Fábrica de Software.
■■ Aprender como aplicar os Modelos de Fábrica de Software In-house.
■■ Entender a aplicação da Fábrica de Programas In-house.
■■ Conhecer a Fábrica de Software e os Modelos de Melhores práticas e
certificações.
■■ Entender como estruturar operações de Fábrica de Software Offshore.
■■ Conhecer os requisitos técnicos e comerciais para estruturar uma
Operação Offshore.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Virtualizando a Fábrica de Software
■■ Como Aplicar os Modelos de Fábrica de Software In-house
■■ Aplicação da Fábrica de Programas In-House
■■ Fábrica de Software e Modelos de Melhores práticas e certificações
■■ Estruturando Operações de Fábrica de Software Offshore
■■ Requisitos Técnicos e Comerciais para estruturar uma Operação
Offshore
147
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a)! Esta unidade tem por finalidade mostrar como aplicar os mode-
los de fábrica de software. Além de mostrar conceitos sobre Fábrica Virtual de
Software, como aplicar os Modelos de Fábrica de Software In-house e Fábrica
de Software Offshore.
Vamos iniciar falando sobre como virtualizar a Fábrica de Software. Este é um
conceito novo e totalmente exploratório, que nasceu da necessidade de baratear o
custo de uma Fábrica de Programas, que tem seu foco na plataforma distribuída.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
148 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VIRTUALIZANDO A FÁBRICA DE SOFTWARE
Agora, imagine usar esses profissionais pelo mundo afora em países onde há mão
de obra de qualidade e de baixo custo. Conforme Fernandes e Teixeira (2011,
p. 228), “uma fábrica, de acordo com essa ideia, precisa ter fortíssimo apoio da
internet e resolver algumas questões jurídicas”. O canal principal de recrutamento
e de comunicação entre a fábrica e os profissionais é a internet. As questões jurí-
dicas tratam de assuntos relacionados aos profissionais contratados e como fazer
para que eles cumpram com suas obrigações e sejam pagos por isso.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No ambiente Internet Data Center, encontramos padrões documentados em
vários idiomas e necessários para os programadores executarem suas tarefas.
Os programadores são incentivados a usarem este padrão documentado para
manter a qualidade e o desempenho controlados nos sistemas desenvolvidos.
Porém, deve ser criado um Plano de Contingência para o caso de recebimento
de um sistema com muitos defeitos e que não se tenha tempo hábil para devol-
ver ao programador para consertar.
Caso os programadores não cumprissem com o que era solicitado na tarefa
da ordem de serviço, de forma sistemática, de acordo com o prazo estabelecido
e com qualidade, são automaticamente eliminados dos recursos disponíveis para
a produção e são adicionados à lista negra de profissionais da área.
Para o controle de qualidade é usado uma base com amostras dos progra-
madores, que vão demonstrando certo padrão de qualidade, conforme vão
executando as ordens de serviço. E para os programadores iniciantes, os contro-
les são feitos programas a programas, durante um determinado período, até que
se verifique a consistência e qualidade dos trabalhos do profissional.
É necessário ter um plano de política e instrumentos de segurança para o
caso de invasões ao ambiente de relacionamento com os profissionais. A segu-
rança, nestes casos, deve ser monitorada em tempo real e a todo o momento.
Segundo Fernandes e Teixeira (2011, p. 230), “a estrutura da Fábrica Virtual
seria extremamente enxuta, operacionalmente falando”. Neste modelo, temos:
■■ Pessoal responsável pelo recebimento e análise das ordens de serviço;
■■ O PCP podendo ser totalmente automatizado;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uma empresa não é considerado uma tarefa fácil.
Contudo, por que não é considerada uma tarefa fácil? Porque alguns usuá-
rios estão acostumados com um atendimento com regalias e, ao implantar um
modelo de fábrica, poderão perder, já que o processo de solicitação de serviços
deverá seguir um padrão disciplinado. E conforme o poder do usuário, o pro-
jeto para implantar este modelo pode sofrer bastante.
Outro caso é o relacionamento dos analistas de sistemas com alguns usuários,
que era bastante informal e, com a implantação do modelo de fábrica, passará
a ser formal e com um único canal de comunicação. Podem ocorrer pequenas
sabotagens e resistência por parte dos usuários.
Outro problema que pode ocorrer é com o tratamento das demandas con-
flitantes entre as áreas da própria empresa. Ao implantar um modelo de fábrica,
temos a fábrica interna, que geralmente sofre com as restrições de crescimento,
como, por exemplo, de contratação de pessoal para certas áreas. Sobre isso,
Fernandes e Teixeira descrevem:
É preciso criar comitês de usuários para que eles decidam sobre as
prioridades. Essas prioridades devem ser comunicadas à fábrica. As de-
mandas devem ser explicadas em termos de benefícios para o negócio,
ou seja, o próprio usuário é que vai dizer qual o benefício, de acordo
com regras claras e objetivas (FERNANDES; TEIXEIRA, 2011, p. 232).
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Processo de Gestão da Operação
Planejamento e Gestão da Qualidade
Gestão da Demanda
Controle da Produção e Produtividade
Recebimento e Gestão de Projeto de Controle de Controle de
Liberação Problemas Implementações Recursos Custos
Planejamento Gestão da Gestão de Gestão do Atendimento
e Aceitação Configuração Subcontratos ao cliente
Processo de Suporte
Serviços de Serviços de Suporte Serviços de Serviços de
Suporte de de Engenharia de Suporte Suporte
Software Software Instraestrutura Administrativo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
APLICAÇÃO DA FÁBRICA DE PROGRAMAS IN-HOUSE
Com isso, podemos observar que haverá mudanças nos perfis dos profissionais.
O analista agora só vai fazer análise e apenas especificar programas. E o progra-
mador vai desenvolver o código do programa. Isto é, cada um vai desempenhar
as suas funções de acordo com seus perfis (FERNANDES; TEIXEIRA, 2011).
Outro ponto importante a ser observado é que uma fábrica interna funciona
bem quando ela tem muita demanda programada para ser executada, pois ela
é orientada para trabalhar com lotes de especificações e ordens de serviço. Ela
não funciona muito bem quando temos muitas emergências a serem atendidas,
já que, muitas vezes, a emergência era para ontem e o próprio analista acaba
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Podemos ter uma fábrica de projetos que implanta novos módulos e uma fábrica
de programas que faz as customizações. Pensando nisso, o que muda em relação
aos modelos? Praticamente, nada, pois as estimativas de prazo, o esforço e custo
dá para executar de acordo com o histórico de atendimentos das customizações.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Neste tópico, vamos falar sobre a abrangência das melhores práticas e as certi-
ficações em uma Fábrica de Software. Conforme Fernandes e Teixeira (2011),
um dos grandes diferenciais atuais para uma Fábrica de Software é a implanta-
ção de certificações que demonstram sua capacidade adicional e sua qualidade.
O mercado, tanto governamental como o privado, tem exigido para as
empresas de prestação de serviços em TI estas certificações. Outro item que
está começando a ser exigido também é a certificação dos profissionais que tra-
balham nestas Fábricas de Software.
Porém, empresas cuja a finalidade não é o desenvolvimento de software, mas
que possuem uma Fábrica de Software, também começam a pensar em imple-
mentar melhores práticas, mas sem o objetivo da uma certificação. Segundo
Fernandes e Teixeira, temos que:
[...] os modelos de melhores práticas fornecem um guia seguro para
as iniciativas de melhoria da qualidade das operações de Fábricas de
Software, assim como é um elemento de marketing também. Lembra-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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necido pelo Information System Audit and
Control Association & Foundation (Isaca).
CISM Profissional Certifica o profissional como Certified
Information Security Office, também da
Isaca.
Rational Univer- Profissionais A Rational (empresa da IBM) dedica-se
sity de parceiros da ao fornecimento de ferramentas para o
Rational desenvolvimento de software e metodo-
logias. Os certificados são oferecidos tanto
para consultores como para instrutores nas
seguintes áreas: projeto e implementação,
gestão de mudanças e configuração, ges-
tão de requerimentos, processo, teste de
desempenho e teste funcional.
Mercury Interac- Profissionais Mercury Interactive é uma empresa forne-
tive cedora de produtos para teste de softwa-
re e outras em gestão de TI. Possui dois
certificados: O Certified Product Consultant
(CPC) e o Certified Instructor.
Oracle Profissionais A Oracle oferece uma série de certificações
para seus produtos, principalmente no que
tange à administração de banco de dados,
administrador de servidores de aplicações
Web e para o desenvolvimento de aplica-
ções.
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classificação cador. maioria das
empresas.
Aplicável
para quem
tem softwa-
re embutido
nos produ-
tos.
ISO 9001:2000 Não é dife- Elemento de Não é dife- Importante,
rencial classificação em rencial mas pode
licitações ser prescin-
dível.
BS7799 ou ISO Diferencial, Pode ser requeri- Grande dife- Importante
mas não do como elemen- rencial do ponto de
decisivo. to de classifica- vista da área
ção em licitações. de YI em sua
totalidade.
Microsoft Solu- Importante, Pode ser reque- Pode ser Não é im-
tion Provider se uma das rido como item requerido portante.
linhas de de classificação como item
serviço for à habilitação da classificató-
desenvolvi- fábrica nesse -rio para a
men-to para ambiente. habilitação
o ambiente da fábrica
Microsoft. nesse am-
biente.
PMP Diferencial, Elemento de Imprescin- Imprescindí-
decisivo. classificação em dível. vel
licitações.
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não ser na ISO como
indústria. seu sistema
mestre de
qualidade.
Demais cer- Item quali- Pode ser item Diferencial Importante
tificações de ficador se o classificatório de capa- se a empre-
fornecedores cliente tem se o órgão do cidade na sa usar essa
de software a plataforma governo exigir plataforma plataforma.
de software. compatibili- de desenvol-
dade de desen- vimento.
volvi-
mento.
Fonte: Fernandes e Teixeira (2011, p. 240).
[...] software, geralmente faz parte de projetos nos quais estão envolvi-
dos outros componentes, tais como infraestrutura computacional, mu-
danças organizacionais, rede de comunicação e outras frentes de tra-
balho. Esses demais componentes juntamente com o software, fazem
parte do que denominamos anteriormente Fábrica de Projetos amplia-
da. Projetos dessa natureza geralmente são característicos de empresas
integradoras (FERNANDES; TEIXEIRA, 2011, p. 243).
Obras e Contratação
e
Software Interfaces
Instalações URA CTI Servidores Rede
Treinamento de CRM CTI e URA
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ESTRUTURANDO OPERAÇÕES DE FÁBRICA DE
SOFTWARE OFFSHORE
Fronteira geográfica
organização
Fornecimento
Interno Offshoring
Fronteira da Organização
Terceirização Offshore
Doméstica outsourcing
Externamente à
organização
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nizar essas barreiras. Com isso, é importante criar procedimentos, mecanismos
de controle para garantir a qualidade e a eficiência dos processos de trabalho.
Segundo Costa (2011), alguns fatores podem influenciar a tomada de deci-
são, tanto para outsourcing quanto para offshoring. Esses fatores, conforme a
Figura 4, incluem forças econômicas, natureza da atividade a capacidade de ges-
tão da empresa.
Capacidade de gestão:
- Avaliação de risco
- Recursos globais e gestão
de fornecedores
- Pensamento sistêmico
- Agentes de mudança
Natureza da Atividade:
- Complexidade
A Empresa
Fatores Econômicos:
Ambiente
Externo
- Custo do Trabalho
- Capital Humano
- Políticas Nacionais e Incentivos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ENTENDO O CENÁRIO DAS OPERAÇÕES OFFSHORE
PROATIVO ESTRATÉGICO
Estratégia focada em múltiplas fontes de
vantagens competitivas. Centros de outsourcing
offshore desempenham atividades fora do core
business, incluindo novos sistemas e produtos.
Mecanismos de organização de monitoramento
4 de atividades offshore já estão maduros.
Relacionamento com os princípios parceiros de
suprimento de serviços offshore é bastante
estreito.
1 EXPECTADOR
Outsourcing doméstico
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
REQUISITOS TÉCNICOS E COMERCIAIS PARA
ESTRUTURAR UMA OPERAÇÃO OFFSHORE
Centro de
Célula
Produção Cliente
de Ligação
offshore
• Desenvolvimento • Análise • Especificação de
• Manutenção • Requerimento Requerimento
• Teste • Gestão do Projeto • Monitoração
• Controle da • Implantação • Controle da
Qualidade Qualidade
Observação: A célula de ligação pode estar na
casa do cliente ou em instalação próximas ao
cliente.
Figura 6 - Modelo de Execução da Plataforma Offshore
Fonte: Fernandes, 2011, p. 268.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5. Forma de trabalho proativa (conquistar clientes no exterior de maneira
independente).
6. Criação de consórcios de exportação (alianças estratégicas com empre-
sas de mercado vertical).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Olá, aluno(a)! Chegamos ao final de mais uma unidade do livro. Nesta unidade,
aprendemos como aplicar os modelos de fábrica de software e sobre conceitos
importantes, como, por exemplo: Fábrica Virtual de Software, Como Aplicar os
Modelos de Fábrica de Software In-house e Fábrica de Software Offshore.
Iniciamos falando sobre virtualização da Fábrica de Software e como ela
é um conceito novo e totalmente exploratório, e como este conceito surgiu da
necessidade de baratear o custo de uma Fábrica de Programas com foco na pla-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
taforma distribuída.
Aprendemos como é a aplicação dos modelos de Fábrica de Programas
in-house e como o modelo de Fábrica de Projeto pode ser usado para o desen-
volvimento e a manutenção de sistemas ou como um modelo similar ao de
outsourcing, e entendemos que não é fácil implantar um modelo de fábrica para
o desenvolvimento e a manutenção de sistemas em uma empresa.
Falamos também sobre a abrangência das melhores práticas e as certifica-
ções em uma Fábrica de Software, além de como o mercado tem exigido que as
empresas de prestação de serviços em TI tenham estas certificações e também
para os profissionais que trabalham nestas Fábricas de Software.
Outro tópico importante que aprendemos foi como estruturar as operações
de uma Fábrica de Software e como os serviços Offshore de desenvolvimento de
software, sob a análise da ótica econômica internacional, constituem um fenô-
meno recente, que há poucos anos passaram a chamar a atenção de empresários
e de analistas, devido a expressivos resultados exibidos pelas fábricas de software.
E por fim, vimos os requisitos técnicos e comerciais considerados mais impor-
tantes para a estruturação de uma operação Offshore, além de como é essencial
para uma Fábrica de Software as condições de qualidade e custos competitivos,
mas que isso não é tudo no mercado, considerado atraente.
Preparado(a) para continuar? Então, vamos seguir para a próxima unidade.
Boa leitura e bons estudos!
Considerações Finais
176
Infraestrutura técnica
A abertura do mercado de telecomunicações permitiu uma atualização bastante
rápida na infraestrutura de comunicações, permitindo que a comunicação de voz e da-
dos seja feita de forma rápida e eficiente com países que mais necessitam de serviços
de offshore em TI. O hardware e o software utilizados no país possuem o mesmo nível
de atualização que os utilizados nos países de maior demanda por estes serviços, isto
garante um alto grau de compatibilidade técnica com os clientes.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
COSTA, Rejane Beatriz Godoy da. Uma Análise sobre a Integração de Provedores
Brasileiros em Projetos de Empresa Internacionais na Cadeia de Tecnologia da
Informação. São Leopoldo: UNISINOS, 2011.
FERNANDES, Aguinaldo Aragon; TEIXEIRA, Descartes de Souza. Fábrica de Softwa-
re: implantação e gestão de operações. São Paulo: Atlas, 2011.
GARFINKEL, Alexandre. Análise da Desverticalização e das Condições Favoráveis
À Produção “In House”. Rio de Janeiro: FGV, 2002.
OKUYAMA, Maurício Yoshihiro. Offshore Outsourcing em Tecnologia de Informa-
ção: Fatores Críticos de Sucesso e Análise dos principais países provedores de
serviço - 2. Contecsi – Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas
de Informação / Internacional Conference on Information Systems and Technology
Management. São Paulo, Jun. 2005..
WATANUKI, Hugo Martinelli. Desempenho de Equipes Virtuais no Multisourcing
de Serviços de Tecnologia da Informação. São Paulo: USP, 2014.
183
GABARITO
1. Alternativa C.
2. Caso os programadores não cumprissem com o que era solicitado na tarefa da
ordem de serviço, de forma sistemática, de acordo com o prazo estabelecido e
com qualidade, são automaticamente eliminados dos recursos disponíveis para
a produção e são adicionados à lista negra de profissionais da área.
3. Porque alguns usuários estão acostumados com um atendimento com regalias
e, ao implantar um modelo de fábrica, poderão perder, já que o processo de so-
licitação de serviços deverá seguir um padrão disciplinado. E conforme o poder
do usuário, o projeto para implantar este modelo pode sofrer bastante.
4. A terceirização outsourcing pode ser classificada em: on-site e off-site. Onde:
On-site: quando as tarefas da equipe do fornecedor são executadas dentro da
empresa dos clientes. Off-site: define as tarefas da equipe do fornecedor sen-
do executadas remotamente. Pode ser classificada como onshore, nearshore e
offshore. Onshore é quando a localização do fornecedor é a mesma do cliente;
nearshore, quando ocorre a migração de serviços para um fornecedor de país
vizinho; e offshore é a migração para um fornecedor de fora do país.
5. Alternativa C.
Professora Esp. Janaina Aparecida de Freitas
IMPLANTANDO A FÁBRICA
V
UNIDADE
DE SOFTWARE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer as estratégias da implantação da Fábrica de Software.
■■ Entender planejamento da implantação da Fábrica de Software.
■■ Conceituar o WBS do Projeto de Fábrica de Software.
■■ Entender gerenciamento da implantação da Fábrica de Software.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Estratégia da Implantação da Fábrica de Software
■■ Planejamento da Implantação da Fábrica de Software
■■ WBS do Projeto de Fábrica de Software
■■ Gerenciamento da Implantação da Fábrica de Software
187
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a)! Estamos chegamos ao final do nosso livro e, nesta unidade, vamos
aprender sobre a implantação de uma Fábrica de Software, seus conceitos e
estratégias. Nesta unidade, uniremos alguns dos conceitos que foram estudados
durante o livro e aplicaremos na implantação da fábrica.
Vamos iniciar falando sobre as estratégias da implantação da Fábrica de
Software. Ao escolher as estratégias para a implantação, partimos do pressuposto
de que as questões de estrutura e infraestrutura já foram decididas anteriormente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
188 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESTRATÉGIA DA IMPLANTAÇÃO DA FÁBRICA DE
SOFTWARE
Determinação da
Determinação da Estrutura
infraestrutura da
da Operação
Operação
Especificação da Fábrica
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na primeira vez que implantamos uma Fábrica de Software, o processo é con-
siderado complexo e de risco, e a estratégia pode ser documentada ou não. O
ideal é que a estratégia seja formalmente documentada e que tenha um controle
rígido de configuração. Para Fernandes e Teixeira (2011), a estratégia deve con-
siderar os seguintes pontos:
■■ Como será a estruturação dos deliverables do WBS?
■■ A estratégia de desenvolvimento vai ser de toda a fábrica? Ou vai ser
desenvolvida por terceiros (parte ou integralmente)?
■■ Os fornecedores de tecnologia irão participar ativamente do projeto?
■■ Qual será o Ciclo de Vida adotado para o projeto?
■■ Qual a estratégia de entrega dos produtos ou das funcionalidades
requeridas?
■■ Como será o plano de qualidade do projeto?
■■ Como será a estrutura organizacional do projeto?
■■ Como será o plano de risco?
■■ Como será a comunicação do projeto?
■■ Como será o envolvimento das pessoas chaves durante o desenvolvi-
mento do planejamento?
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Definir os requisitos para o Plano de Comunicação do Projeto, considerando
meios usuais de comunicação e relatórios já empregados pela empresa ou em
função das características da audiência, identificar os meios adequados em vista
da cultura da empresa.
Definir qual a estratégia básica de envolvimento das pessoas-chaves no projeto.
Definir a alocação de recursos para a elaboração do planejamento do projeto.
Definir as datas limites de encerramento das atividades previstas no planejamen-
to do projeto.
Definir os pontos de revisão dos produtos do planejamento do projeto antes das
apresentações para os stakeholders e gestor do projeto.
Definir a estratégia de homologação evolutiva dos produtos do planejamento
junto aos stakeholders e gestor do projeto.
Documentar a estratégia de desenvolvimento.
Fonte: adaptado de Fernandes e Teixeira (2011, p. 281).
Com relação aos itens que a documentação da estratégia conterá e que irá guiar o
planejamento do projeto, conforme Fernandes e Teixeira (2011), pela ordem são:
■■ Estrutura básica do WBS;
■■ Alternativas de aquisição;
■■ Ciclos de vida selecionados;
■■ Estratégia de liberação de produtos;
■■ Requisitos de Plano da Qualidade;
■■ Requisitos para o Plano Organizacional;
■■ Estratégia de homologação.
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é uma estrutura hierárquica, podendo ser representada na forma gráfica,
(semelhante a um organograma), ou como uma lista indentada.
Fonte: Siqueira (2007).
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WBS DO PROJETO DE FÁBRICA DE SOFTWARE
Projeto Implementação da
Fábrica de Software
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As atividades requeridas para a geração de cada produto tem base no WBS. Por
exemplo, de acordo com Fernandes e Teixeira (2011), para o treinamento, as
atividades para cada produto são: preparação do programa de treinamento, vali-
dação do programa, desenvolvimento do material de treinamento, validação do
material de treinamento, programação do treinamento e de sua logística, exe-
cução do treinamento e avaliação do treinamento. A precedência vai depender
da estratégia de entrega.
Ao elaborar a lista de atividade, o ideal é determinar quais as atividades serão
consideradas como pontos de controle do projeto. Os pontos de controle, con-
forme Fernandes e Teixeira (2011, p. 286), “são estabelecidos para a avaliação
do progresso do projeto”. As atividades são geralmente de verificação e valida-
ção de produtos considerados críticos para o sucesso do projeto, ou seja, são os
produtos que estão no caminho mais crítico do projeto.
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sidiar a elaboração do cronograma. As estimativas de recursos, por sua
vez, envolve a determinação de quais recursos (pessoas, equipamentos,
materiais e serviços) e sua respectiva quantidade serão necessários para
o desempenho do projeto. O tempo de uso do recurso ou a quantidade
de consumo de recursos nas atividades do projeto irão determinar a es-
timativa de custo do projeto (FERNANDES; TEIXEIRA, 2011, p. 287).
Alguns aspectos devem ser considerados durante a realização das estimativas, como:
■■ A estimativa deve ser desenvolvida com a equipe do projeto.
■■ Selecionar pessoas certas para participar das estimativas.
■■ Para aprimorar as estimativas, procurar usar conhecimento especialista
interno e/ou externo.
■■ Utilizar o histórico de projetos do mercado para verificar o que dá certo
e o que não dá certo para estimar prazos e recursos.
■■ Não comprometer-se com estimativas instantâneas.
■■ Não fazer estimativas sem as contribuições da Especificação Técnica da
Fábrica.
■■ Levar em considerar os riscos preliminares do projeto nas estimativas.
Após a aplicação das técnicas, os resultados que estão fora da média podem ser
novamente discutidos para saber a razão das variações. Então, de acordo com
Fernandes e Teixeira (2011, p. 288), “é feita outra rodada de estimativas em
função das observações dos indivíduos que estavam fora da média”. Após os
resultados, novamente são tabulados e as variações discutidas e, assim, sucessi-
vamente, até chegar a uma estimativa final. Outra forma de aplicar esta técnica
é usar o conhecimento dos especialistas e confrontar os resultados tabulados da
equipe, para aprimorar as estimativas.
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que um grupo de especialistas e pesquisadores dê sua contribuição para
algum problema mais complexo de pesquisa.
Fonte: Rozados (2015, p. 64).
■■ Técnica dos Três Pontos: esta técnica supõe que a duração da tarefa é algo
aleatório, mesmo considerando as mesmas condições de projeto. Conforme
Fernandes e Teixeira (2011, p. 288), “reúne-se a equipe do projeto e soli-
cita-se que cada indivíduo faça três estimativas acerca do projeto; uma
otimista, outra pessimista e outra mais provável”. No caso da estimativa
pessimista, esta é dada se tudo ocorrer errado, e a mais provável é gerada
a partir da experiência individual de cada membro da equipe.
onde:
E = estimativa de duração
EO = estimativa otimista
EM = estimativa mais provável
EP = estimativa pessimista
40
t=1 mo t=3 mo
D F
t=3 mo t=2 mo
10 30 50
A E
t=4 mo B C t=3 mo
20
Figura 3 - Exemplo Gráfico de rede PERT para um projeto de 7 meses com cinco marcos (10 até 50) e seis
atividades (A até F)
Fonte: Wikipédia ([2017], on-line)1.
Quando se inicia um projeto, seja ele qual for, pode envolver alguns ritu-
ais pessoais, como uma caminhada, ou algo mais estruturado, como alguns
questionários ou uma entrevista com o cliente. Outros aplicam o Brainstor-
ming (Brainstorming é o nome dado a uma técnica grupal – ou individu-
al – na qual são realizados exercícios mentais com a finalidade de resolver
problemas específicos), na busca incansável de ideias inovadoras, uma for-
ma de melhorar o processo de pensar criativo. O Brainstorming é uma ferra-
menta poderosa, que aborda a criação em grupo para desenvolver ideias e
soluções durante a etapa de geração de ideias e soluções.
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Fonte: a autora.
Falamos sobre estimativas de prazos e recursos. Agora vamos falar sobre estima-
tiva de custos. Para Fernandes e Teixeira, a estimativa de custo é:
[...] o processo de desenvolver uma estimativa aproximada de custos
dos recursos necessários para completar o projeto. Para tanto, é neces-
sário quantificar em valores monetários o orçamento de recursos do
projeto, assim como definir alternativas de custo se houver restrições
orçamentárias colocadas para a equipe do projeto (FERNANDES; TEI-
XEIRA, 2011, p. 289).
Contudo, quando usar a estimativa de custo? Ela vai ser usada quando ocorrer
a elaboração do Orçamento de Custo do Projeto, quando for feita a apropriação
dos custos estimados para cada tarefa a ser desenvolvida. Assim, a estimativa de
custo depende da estimativa de prazo e recurso.
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Determinar o cronograma de alocação e remoção de recursos humanos do
projeto.
Definir o processo de solicitação e movimentação de recursos humanos.
Definir os critérios de liberação dos recursos humanos.
Fonte: adaptado de Fernandes e Teixeira (2011, p. 290).
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Definir a frequência de distribuição da informação.
Definir como as informações serão obtidas e tratadas.
Definir os métodos de acesso aos documentos.
Definir o método de distribuição da informação.
Definir os privilégios de acesso.
Definir os eventos de disparos dos documentos e da comunicação.
Fonte: adaptado de Fernandes e Teixeira (2011, p. 292).
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PLANO DO PROJETO DA FÁBRICA DE SOFTWARE
CONTEÚDO
Título do projeto
Escopo do projeto
WBS do projeto
Estratégia de desenvolvimento
Cronograma mestre e milestones
Orçamento de custo
Organização da gestão do projeto
Riscos do projeto
Respostas aos riscos
Retornos do investimento
ANEXOS
Plano de gerenciamento do escopo
Plano de gerenciamento do cronograma
Plano de gerenciamento do custo
Plano de gerenciamento da qualidade
Plano de gerenciamento da aquisição
Plano de gerenciamento da comunicação
Plano organizacional
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GERENCIAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DA FÁBRICA
DE SOFTWARE
VERIFICAÇÃO DO ESCOPO
Obter a aceitação formal do escopo do projeto pelos stakeholders.
Rever os produtos previstos, visando verificar se estão aderentes aos requisitos
funcionais e não funcionais requeridos.
Medir o progresso da entrega do escopo.
Identificar mudanças que devem ser feitas no escopo.
Registrar os defeitos do produto no não atendimento aos requisitos funcionais e
não funcionais do projeto.
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CONTROLE DO RISCO
Determinar se as respostas ao risco foram implementadas.
Determinar se as respostas ao risco são efetivas, ou se novas respostas devem ser
desenvolvidas.
Determinar se as premissas do projeto ainda são válidas.
Determinar se a exposição ao risco mudou.
Determinar se um risco está ocorrendo.
Determinar se a política e os procedimentos estão sendo seguidos.
Determinar novos riscos.
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CONTROLE DA MUDANÇA
Acolher solicitações de mudança a serem avaliadas.
Avaliar o impacto das mudanças solicitadas.
Submeter as mudanças para as aprovações.
Efetivar as mudanças aprovadas.
Acompanhar atualizações requeridas no plano do projeto em função das mu-
danças aprovadas.
GERENCIAMENTO INTEGRADO
Prazos.
Custos.
Atendimento ao escopo.
Problemas e incidentes.
Desempenho do plano da qualidade.
Desempenho do plano de aquisição.
Desempenho do plano organizacional.
Desempenho do plano de qualidade.
Desempenho do plano de risco.
Controle de mudanças.
Fonte: adaptado de Fernandes e Teixeira (2011, p. 296).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
214
5. Afinidades entre indivíduos, grupos de trabalho, entre empresas e entre países, por
razões geográficas, culturais, linguísticas ou étnicas.
6. Infraestrutura tecnológica.
7. Fontes externas ou internas de capital.
8. Características da indústria, incluindo efeitos de clusters, número de empresas, o ta-
manho dessas empresas, as associações que organizam estas firmas, as marcas e os pa-
drões que as empresas buscam alcançar.
Perspectiva para as Fábricas de Software no Brasil.
Grandes empresas de tecnologia têm distribuído seus centros de produção de softwa-
re em países onde seja possível reduzir custos e aumentar a competitividade. Por este
motivo, o Brasil também tem atraído empresas estrangeiras do ramo. O investimento
externo proporciona o surgimento de parques tecnológicos, que surgem por meio de
associações de empresas com universidades e órgãos governamentais. O crescimento
de um ambiente de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico como este é ex-
tremamente benéfico para o país. Bastos (2012) constatou que a isenção fiscal foi o prin-
cipal fator para atrair investimentos de grandes empresas multinacionais de tecnologia
para o país, como a americana IBM, que hoje possui umas das mais modernas fábricas de
software do país. Desta forma, é importante incluir esta estratégia no planejamento que
visa o aumento da competitividade do país, mantendo os investimentos já realizados e
atraindo novos.
Em termos gerais, a Indústria Brasileira de TI está posicionada em 7º lugar no ranking
mundial, com um investimento de US$ 60 bilhões em 2014. O estudo aponta que o
Brasil é o 1º lugar no ranking de investimentos no setor de TI na América Latina, re-
presentando 46% desse mercado que, só em 2014, somou US$ 128 bilhões. Um fato a
se considerar é a ainda baixa representação das exportações no mercado de software
nacional, cerca de 2%, ou US$225 milhões, segundo estudo publicado em 2014, pela
ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o que pode indicar uma boa
oportunidade para as Fábricas de Software nacionais.
Fonte: Romanha (2016).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIA ON-LINE
Em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/PERT#/media/File:Pert_chart_colored.gif>.
1
Caro(a) aluno(a), assim terminamos nossa jornada. Foram cinco unidades da disci-
plina de Tópicos Especiais em Engenharia de Software I. Espero que sua leitura te-
nha sido agradável e que o conteúdo visto tenha contribuído para seu crescimento
pessoal e profissional.
Inicialmente, na primeira unidade, falamos sobre as Fábricas de Software, apresen-
tamos um panorama geral do paradigma, seus conceitos e tipos de software, que
podem ser desenvolvidos em uma Fábrica de Software.
Na Unidade II, vimos uma visão geral da Fábrica de Software e como funciona a es-
trutura organizacional dos vários modelos, como: a Fábrica Orientada a Processos, a
Fábrica Orientada a Produtos, a Fábrica de Projetos e a Fábrica de Programas.
Na sequência, estudamos, na Unidade III, os outros modelos de Fábrica de Softwa-
re, como: Linha de Produto de Software, Fábrica de Testes de Software, Fábrica de
Componentes e o Modelo de Outsourcing de Sistemas. Apresentamos os conceitos
básicos e os princípios sobre a Linha de Produto de Software (LPS).
A Unidade IV tem por finalidade mostrar como aplicar os modelos de Fábrica de
software. Aprendemos os conceitos sobre Fábrica Virtual de Software, como aplicar
os modelos de Fábrica de Software In-house e Fábrica de Software Offshore e os
modelos de melhores práticas e certificações, além de como estruturar operações
de Fábrica de Software Offshore e conhecemos os principais requisitos técnicos e
comerciais que são utilizados nestes modelos.
E, por fim, na Unidade V aprendemos sobre as estratégias da Implantação da Fábrica
de Software, como escolher as estratégias para a implantação e como utilizá-las no
desenvolvimento do projeto de implementação e na sua execução. Aprendemos
como fazer o Planejamento da Implantação da Fábrica de Software e como ele é
constituído por especificações técnicas e pela estratégia de desenvolvimento.
Espero que você coloque em prática tudo o que aprendeu ao longo das unidades e
continue estudando, praticando e pesquisando. Assim, não pare por aqui! Desejo a
você muito sucesso, sempre!