TERESINA
2018
MARIA DE JESUS RODRIGUES DUARTE
TERESINA
2018
MARIA DE JESUS RODRIGUES DUARTE
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________
Prof.ª Dra. Rosana Evangelista da Cruz
(Orientadora)
_______________________________________________________________
Prof.ª Dra. Marli Clementino Gonçalves
(Membro)
_______________________________________________________________
Prof.ª Dra. Maria do Socorro Soares
(Membro)
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords:
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 09
SEÇÃO 1 CONSTRUÇÃO E FORTALECIMENTO DO CAMPO DAS POLÍTICAS
EDUCACIONAIS ................................................................................................................... 12
1.1 A história da leitura: uma história revolucionária .............................................................. 12
1.2 O Ato de ler ........................................................................................................................ 14
1.3 O perfil do professor da educação básica ........................................................................... 17
2.4 Pensando a prática do professor no processo de desenvolvimento da competência leitora18
SEÇÃO 2 O PERCURSO METODOLÓGICO................................................................... 22
2.1 Caracterização da pesquisa ................................................................................................. 22
2.2 Caracterização do lócus da pesquisa...................................................................................23
2.3 Participantes do estudo........................................................................................................25
2.4 Caracterização dos instrumentos e técnicas da pesquisa....................................................26
2.5 Análise dos dados................................................................................................................27
2.6 Organização dos dados da pesquisa....................................................................................27
SEÇÃO 3 CONTEXTUALIZANDO OS ACHADOS DA PESQUISA ...........................29
3.1 Como se concebe o leitor: concepção do professor............................................................29
3.2 Ações para desenvolver a competência leitora...................................................................32
3.3 Os projetos de leitura e sua importância no subsídio da competência leitora.....................33
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................39
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................41
GLOSSÁRIO
APÊNDICES............................................................................................................................43
ANEXOS
ÍNDICE
14
INTRODUÇÃO
Dessa forma, buscava-se formalizar na lei o que já estava estabelecido em norma pelos
pareceres do Conselho Federal de Educação e pelo Estatuto do Magistério. Nessa perspectiva,
exigia-se dos professores para cursos de Pós-Graduação o título de doutor e outros títulos com
especialização na área (CURY, 2005).
Concomitante a esse período, os estudos sobre política educacional no âmbito da pós-
graduação em educação começam a “emergir como um campo acadêmico específico.”
(STREMEL, 2016, p. 17). É nesse contexto histórico e social que esse campo se desenvolve,
através da expansão de publicações sobre política educacional; da criação de disciplinas na
Graduação e de linhas/grupos de pesquisa na Pós-Graduação; da fundação de associações
científicas; da criação de diversos periódicos da área de educação; da realização das
Conferências Brasileiras de Educação e da luta dos próprios pesquisadores no processo de
formulação de políticas visando a construção e consolidação do referido campo.
Porém, cabe ressaltar que, a partir de 1990, acontece uma expansão do campo
acadêmico nessa temática, impulsionado pelo interesse decorrente das mudanças advindas das
reformas educacionais de caráter neoliberal do governo de Fernando Henrique Cardoso e, a
posteriori, nos governos Lula e Dilma, com a ampliação das políticas e implantação de
programas voltados às várias modalidades de ensino. Surgem, assim, novos objetos de pesquisa
no campo da política educacional (CRUZ, 2009; STREMEL, 2016).
Portanto, o presente trabalho se justifica pela importância dos estudos sobre a construção
do campo política educacional, percebendo-o como espaço de poder e, consequentemente, de
lutas de grupos sociais. Compreendendo o quão amplo e inclusivo é o campo política
educacional nesta pesquisa, adotou-se um recorte, procedendo as análises dos resumos das
dissertações e teses sobre Financiamento da Educação, produzidas nos Programas de Pós-
15
1
Este subprojeto estava vinculado à pesquisa nacional: “A produção acadêmica em políticas educacionais no Brasil:
características e tendências (2000-2010)”, sob a coordenação da professora Márcia Aparecida Jacomini, da
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), vice coordenação de Antônia Almeida Silva, da Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS), e com participação de mais seis pesquisadoras: Fani Quitéria Nascimento
Rehem (UEFS), Isabel Melero Bello (UNIFESP), Marieta Gouvêa de Oliveira Penna (UNIFESP), Rosana
Evangelista da Cruz (UFPI), Syomara Assuite Trindade (UEFS) e Valdelaine da Rosa Mendes, da Universidade
Federal de Pelotas (UFPEL). Cabe ressaltar que este subprojeto foi desenvolvido sob orientação da Prof.ª Dr.ª
Rosana Evangelista da Cruz (Docente no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do
Piauí – UFPI).
2
A partir de um conjunto de palavras-chaves pré-estabelecidas pela equipe de pesquisa, foram extraídos do
Banco de Teses da CAPES, em 2012, os trabalhos sobre política educacional, posteriormente organizados em
nove eixos, a saber: Planejamento e gestão (1); Avaliação (2); Qualidade (3); Estado e reformas educacionais
(4); Políticas de formação de professor e carreira docente (5); Financiamento (6); Abordagens teórico-
metodológicas (7); Análise de programas e projetos (8) e Políticas inclusivas (9).
3
A planilha elaborada pelo projeto nacional organizou um banco de dados com 1283 teses e dissertações coletadas
no Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES), defendidos no
período de 2000 a 2010, em 20 cursos de pós-graduação, cuja nota, na conclusão do triênio em 2010, foi igual ou
superior a cinco na avaliação da CAPES.
16
4
Conforme explicitado no início do trabalho, as análises dos resumos feitas no subprojeto intitulado “A produção
acadêmica em Gestão e Financiamento da Educação” adotava como recorte temporal a produção acadêmica na
conclusão do triênio em 2010 e com nota igual ou superior a cinco na avaliação da CAPES.
17
Não creio que basta reunir um grupo para produzir a reflexão científica, mas
acredito que, com a condição de instaurar uma tal estrutura de troca que traga
em si mesma o princípio de sua própria regulação, podem-se instaurar formas
de reflexão que hoje não têm lugar e que podem ir além de todas as
especulações de especialistas [...] e sobretudo fornecer os instrumentos de
conhecimento que me pareçam indispensáveis à construção de uma
representação verdadeira, portanto útil para a ação (BOURDIEU, 2004, p.
18, grifo nosso).
Assim, a pesquisa, coerente com o arquétipo propagado, adotava modelos que seguiam
uma filosofia tecnicista, inspirados na experiência norte-americana, país que procurava
estabelecer controle sobre as sociedades periféricas. Não obstante, é válido salientar que a
referida hegemonia tinha forte influência do modelo europeu, uma vez que os professores que
vieram ensinar nos primeiros Programas de Pós-Graduação no Brasil, mesmo sendo
americanos, tiveram formação europeia. Importante salientar que esses modelos estrangeiros
não apenas contribuíram na institucionalização da pós-graduação, mas tiveram forte influência
“na constituição/criação autônoma das universidades brasileiras, que se serviram de
intelectuais estrangeiros para implantar ou consolidar cursos de graduação e pós-graduação”
(SANTOS; AZEVEDO, 2009, p.536). Falar mais sobre a expansão da pós...
21
Ainda com base em Stremel (2016), importante destacar que a criação de linhas e grupos
de pesquisas traz contribuições valiosas na constituição do campo acadêmico da política
educacional brasileira, pois é uma forma de demarcação do campo e de maior integração entre
pesquisadores interessados nos estudos específicos dessa temática, o que fortalece e garante a
autonomia do campo.
Assim, a expansão dos Programas de Pós-Graduação em Educação demonstra que a
área da educação ganha amplitude no contexto brasileiro e, por conseguinte, ao produzir um
volume elevado de teses, dissertações, capítulos, artigos e livros, cria uma demanda por
periódicos. Para Stremel (2016, p. 89-90):
Portanto, pode-se afirmar, com base nos autores citados, que nos estudos analíticos, os
pesquisadores detalham mais seus argumentos, evidenciando seu posicionamento
epistemológico, fortalecendo sua argumentação teórica e possibilitando a criação de novos
elementos teóricos a partir dos dados existentes. Ainda para Mainardes e Tello (2016, p. 7) é
possível “constatar que há níveis diferenciados de análise e que o referencial teórico é um
elemento essencial para a construção do processo analítico”.
O terceiro nível de abordagem e abstração é o compreensivo. Nesses estudos os
pesquisadores explicitam seus argumentos e superam o nível descritivo-analítico, alcançando
o nível mais elevado de abstração. Quando a pesquisa alcança o nível da compreensão, ela
apresenta maior riqueza e profundidade nas análises, podendo servir de base para outras
pesquisas, como também a geração de novas teorias. Nesses estudos busca-se abordar a
temática de forma mais abrangente e profunda, mostrando uma forte coerência entre a
perspectiva, o posicionamento epistemológico e o enfoque epistemetodológico.
Importante esclarecer, tomando como base Mainardes e Tello (2016, p. 3), que esses
três componentes analíticos das epistemologias da política educacional consistem em “um
esquema analítico-conceitual que pode ser empregado pelo próprio pesquisador para o
exercício da reflexividade e da vigilância epistemológica”. Então, segundo os autores, a
perspectiva epistemológica é a perspectiva teórica que o pesquisador utiliza em seu processo
de averiguação, como o marxismo, estruturalismo ou pluralismo. Já o posicionamento
epistemológico é a diretriz política que o norteia, se ele é crítico, reprodutivista, neoliberal,
empirista. E por fim, o enfoque epistemetodológico é a maneira como o pesquisador constrói,
metodologicamente a pesquisa, tendo como orientação a perspectiva e o posicionamento
epistemológico (MAINARDES; TELLO, 2016).
Escrever mais sobre os conceitos epistemológicos, buscar Stremel/Santos
24
escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...] quer publicadas, quer
gravadas. (LAKATOS E MARCONI, 2003, p. 183).
Assim, a partir dessa perspectiva de não apenas quantificar, mas também qualificar os
dados necessários à construção da pesquisa, determinou-se diferentes momentos para
sistematização dos 79 resumos de teses e dissertações da temática Financiamento da
Educação, produzidos em Programas de Pós-Graduação que compõe o universo desta
pesquisa, defendidos no período de 2000 a 2017 nas IFES do NE brasileiro.
A primeira etapa do estudo consistiu em fazer o levantamento de todos os resumos das
teses e dissertações que tratassem da temática financiamento da educação nas nove instituições
foco da pesquisa. Utilizamos, para o levantamento, mecanismos de busca online por meio de
consulta aos acervos digitais das bibliotecas das universidades federais do nordeste (Apêndice
A).
As expressões utilizadas para a busca foram: “financiamento da educação”, “controle
social do financiamento da educação”, “gasto público e educação”, “FUNDEF”, “FUNDEB”,
“recursos públicos”, “conselho de acompanhamento”, “controle social do Fundeb”, “conselho
de acompanhamento do Fundef”, “políticas de financiamento da educação básica e superior”,
“planos de carreira e remuneração de professores” e “relações público-privado no
financiamento da educação”. Estas palavras também foram combinadas umas com as outras,
nos sites de busca das instituições, objetivando encontrar mais títulos relacionados ao tema da
pesquisa.
Outro recurso utilizado na busca de mais trabalhos sobre o tema, foi a identificação das
linhas de pesquisa de/sobre políticas educacionais. Por meio de consulta aos sítios das
instituições contempladas no estudo, identificamos as linhas de pesquisa dos PPGEd’s com os
26
respectivos professores orientadores, resultando nos Apêndices...., bem como no Gráfico .... e
Tabela.... apresentados na seção tal e tal.
A partir desse processo inicial, todas as produções localizadas foram sistematicamente
organizadas em um banco de dados e a partir dele iniciamos as leituras e classificação dos
resumos, identificando os relacionados à financiamento da educação. Essa leitura, em muitos
casos, não foi suficiente para a identificação correta da temática em estudo, sendo necessário
recorrermos ao texto na íntegra.
Após a classificação dos resumos já sistematizados, passamos a análise e construção dos
gráficos, quadros e tabelas considerando os seguintes elementos: número de dissertações e
teses; quantidade de trabalhos por ano; percentual de teses e dissertações produzidas no período;
quantidade de trabalhos por instituição; número de orientadores e trabalhos por orientador no
referido tema e palavras-chaves.
Para a próxima etapa, tínhamos como objetivo analisar a qualidade dos resumos. No intuito
de atender essa demanda, elaboramos pequenas planilhas utilizando como base os dados
sistematizados inicialmente, nas quais condensamos os campos: base teórica, autores citados,
qualidade dos resumos, observações sobre a base teórica e outra, em separado, com as
estratégias metodológicas para quantificar o número de vezes em que cada procedimento foi
citado nos resumos. UTILIZOU ALGUM MÉTODO ESPECÍFICO DE ANÁLISE?
(ANÁLISE DE CONTEÚDO, DO DISCURSO) NÃO É OBRIGADO, MAS SE UTILIZOU
COLOCAR.
Objetivando maior assertividade no momento de agrupar as diversas técnicas
mencionadas nos resumos, recorremos a autores que trabalham com a pesquisa social e
metodologias científicas para que pudessem fornecer definição adequada e esclarecedora para
os diversos termos citados no percurso metodológico dos resumos das teses e dissertações
analisadas.
Dentre os autores pesquisados, temos Lakatos e Marconi (2003, p. 155) que reconhecem
na pesquisa um “procedimento formal, com método de pensamento reflexivo” e que a
“investigação pressupõe uma série de conhecimentos anteriores e metodologia adequada”. As
autoras ainda caracterizam as técnicas de pesquisa como a parte prática da coleta de dados
dividindo-as em dois grandes eixos: a documentação indireta, que abrange a pesquisa
bibliográfica e a documental; e documentação direta que se subdividem em observação direta
intensiva e extensiva (LAKATOS; MARCONI, 2003).
Cabe destacar que, para considerar o conhecimento como científico é “necessário
identificar as operações mentais e técnicas que possibilitam sua verificação”, ou seja, o método
27
Assim, são esses pressupostos ontológicos que definem o ponto de vista do pesquisador
em relação ao mundo que o rodeia e proporciona as bases do seu trabalho científico. “É
absolutamente necessário que possam ser identificados os pressupostos do pesquisador em
relação ao homem, a sociedade e o mundo em geral” (RICHARDSON, 2012, p. 33). Portanto,
é a partir da perspectiva epistemológica do pesquisador que se determinará método,
metodologia e técnica utilizados na pesquisa.
Depreende-se, então, a partir das leituras comparativas dos conceitos postos por
Richardson (2012), Lakatos e Marconi (2003), Gil (2008) e Minayo (2007) que, apesar de
divergirem em alguns aspectos do caminho metodológico da pesquisa, todos são unânimes ao
definir que a aplicação de questionários, entrevistas e observação são técnicas de coleta de
dados. (REVER!)
28
Escreve novamente....
Quadro 4 – Nome dos 9 programas, com nota igual ou superior a cinco no triênio da
Capes (2000-2010) por IES, ano de criação e linhas de pesquisas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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campo científico. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
CRUZ, Rosana Evangelista da; JACOMINI, Márcia Aparecida. Produção Acadêmica sobre
Financiamento da Educação (2000-2010) características gerais. In: ANAIS DO 3º
ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA EM FINANCIAMENTO
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Grande do Sul, 2015, p. 737-755. ISBN 978-85-92615-00-0
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RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social – métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo:
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36
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Brasil, a pesquisa em educação e os estudos sobre a política educacional os contornos
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APÊNDICES