Anda di halaman 1dari 8

Bacia de Camamu

José Maurício Caixeta1, Paulo da Silva Milhomem2, Robson Egon Witzke3,

Ivan Sérgio Siqueira Dupuy3, Guilherme Assunção Gontijo3

Palavras-chave: Bacia de Camamu l Estratigrafia l carta estratigráfica

Keywords: Camamu Basin l Stratigraphy l stratigraphic chart

introdução cam um tratamento diferenciado entre as mesmas,


com destaque na Bacia de Camamu para o papel
subordinado da seqüência evaporítica no que diz
A Bacia de Camamu situa-se na costa leste respeito à presença de halita.
brasileira, entre os paralelos 13° e 14° Sul, ocupan- Em seu registro sedimentar, a Bacia de Ca-
do uma área de 12.929 km2, se considerada sua mamu apresenta quebras marcantes relacionadas
porção emersa e sua porção marinha até a cota ba- a superfícies de discordância que delimitam treze
timétrica de 3.000 m. Ao norte, seu limite com as seqüências estratigráficas. Essas seqüências com-
bacias do Recôncavo e Jacuípe é dado pela Falha da preendem sedimentos jurássicos de uma fase pré-
Barra, uma importante feição regional que corta a rifte, evoluindo para as seqüências de preenchi-
bacia na direção leste-oeste. Ao sul, o limite é ape- mento dos riftes eocretáceos e culminando com a
nas geográfico com a Bacia de Almada, observan- sedimentação marinha. A história evolutiva da
do-se uma continuidade tanto estrutural quanto estra- Bacia de Camamu está marcada mais pelas ero-
tigráfica entre ambas as bacias. Em outras palavras, sões e hiatos deposicionais do que pela continui-
não existe uma feição geológica expressiva ao nível dade da sedimentação, conforme atestam os 41
do embasamento que as delimite. Observam-se, no poços perfurados até agosto de 2006 e os dados
entanto, particularidades estratigráficas que justifi- sísmicos disponíveis.

1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste/Interpretação - e-mail: jmcaixeta@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 455-461, maio/nov. 2007 | 455


embasamento Superseqüência Pré-Rifte
O embasamento cristalino da Bacia de Cama-
mu, assim como o da Bacia do Recôncavo, é carac-
Seqüência J20-K05
terizado por rochas gnáissicas pertencentes ao
Cinturão Proterozóico do Leste da Bahia, constituin- Ao final do Permiano, um importante evento
te do Cráton do São Francisco, cujos terrenos foram regressivo marcaria o fim da sedimentação marinha,
estabilizados a mais de 1.8 Ga (Alkimin, 2004). Na gerando uma discordância no topo da Formação Afli-
realidade, as bacias de Camamu e Jacuípe limitam gidos. Sobre ela foram depositados sedimentos do
o cráton em sua porção leste. Neojurássico, correspondentes ao Grupo Brotas. Pre-
sente nas bacias do Recôncavo, Camamu e Almada,
o Grupo Brotas compreende as formações Aliança e
Sergi, estando caracterizado por sedimentos clásticos
arenosos e folhelhos depositados por rios entrelaça-
Superseqüência dos com retrabalhamento eólico, que recobriram os
lagos rasos e as depressões suaves, precursoras do
Paleozóica rifteamento que viria a seguir.
Netto et al. (1994) definiram a Formação Itaípe
para designar os clásticos finos sobrepostos aos areni-
tos da Formação Sergi e sotopostos aos clásticos finos
Seqüência Permiana e grossos da Formação Morro do Barro nas bacias de
Camamu e Almada. No entanto, face à sua praticidade
e constância na forma de ocorrência, principalmente
A Superseqüência Paleozóica engloba sedi-
em águas rasas, onde foi descoberto o campo de gás
mentos continentais e marinhos de idade permiana
de Manati, manteve-se como referência a estratigra-
e correspondentes, em termos litoestratigráficos,
fia do Recôncavo, definida por Viana et al. (1971) e
à Formação Afligidos de Aguiar e Mato (1990),
que se caracteriza pela subdivisão deste intervalo es-
definida na Bacia do Recôncavo e composta pelos
tratigráfico nas formações Itaparica e Água Grande e
membros Pedrão e Cazumba. O primeiro é repre-
no Membro Tauá da Formação Candeias. Deste modo
sentado por arenitos finos de ambiente de
propõem-se, nesta revisão, que sejam retomadas as
supramaré, enquanto que o segundo está relacio-
designações dessas unidades para a caracterização
nado aos siltitos, folhelhos e calcários de ambien-
da parte superior da Seqüência J20-K05, na Bacia de
te lacustre/sabkha continental (Aguiar e Mato,
Camamu. A Formação Itaípe estaria restrita à Bacia
1990), depositados em uma suave sinéclise con-
de Almada, onde não se reconhece a mesma estrati-
temporânea e, talvez, interligada com as bacias
grafia do Recôncavo. O contato basal é transicional
do Paraná, Parnaíba e Alagoas.
com a Formação Sergi e o topo é discordante sob a
Formação Morro do Barro. As análises biocronoestra-
seqüências sedimentares tigráficas com base em ostracodes conferem a este
pacote uma idade Eorrio da Serra. A parte superior
da Seqüência J20-K05 ainda caracteriza a fase pré-
Treze seqüências deposicionais represen- rifte da bacia e sua sedimentação teria ocorrido por
tadas por rochas sedimentares do Jurássico Su- meio de depósitos fluvio-lacustres.
perior ao Neógeno compõem o registro estrati-
gráfico da Bacia de Camamu. Como na Bacia
do Recôncavo, predominam os depósitos rela-
cionados à extensão crustal juro-cretácea, ca-
racterizando os estágios pré-rifte (Neojurássico
Superseqüência Rifte
a Eoberriasiano), rifte (Eoberriasiano a Eoapti-
ano), pós-rifte (Neo-aptiano) e drifte (Albiano A sedimentação rifte teria ocorrido durante
ao Neógeno). o Eocretáceo, mais precisamente entre o Berriasiano

456 | Bacia de Camamu - Caixeta et al.


e o Aptiano, abrangendo o intervalo entre os anda- do Recôncavo-Tucano, Penedo e parte inferior da
res Rio da Serra e Alagoas, na cronoestratigrafia Formação Coqueiro Seco, de Sergipe e Alagoas, e
local. Compreende os sedimentos do Grupo Almada com a parte superior da Formação Cricaré, das ba-
e a porção basal do Grupo Camamu, que, por sua cias do Espírito Santo e Cumuruxatiba.
vez, podem ser subdivididos em pelo menos três
seqüências: K10-20, K30 e K40. Essas seqüências
correspondem, na litoestratigrafia vigente, às for-
Seqüência K40
mações Morro do Barro, Rio de Contas e Taipus-
Mirim, respectivamente. A porção inferior do Grupo Camamu, corres-
pondente à Seqüência K40, foi depositada durante o
Aptiano e encerra os últimos sedimentos da fase rifte
Seqüência K10-K20 da bacia. Na cronoestratigrafia local, corresponderia à
sedimentação de grande parte do Andar Alagoas.
A Seqüência K10-K20 é constituída pelos Fácies argilosas predominam em seções de idade
clásticos de granulometria grossa e fina que caracte- Eoalagoas. Grandes espessuras de clásticos grossos
rizam a Formação Morro do Barro, que teriam pro- (arenitos e conglomerados), com intercalações subor-
gradado sobre a seqüência lacustre anteriormente dinadas de folhelhos caracterizam o Neo-Alagoas. No
implantada. A Formação Morro do Barro, conforme poço 1-BRSA-28-BAS, perfurado pela Petrobras, em
definida por Netto et al. (1994), subdivide-se nos 2001, em cota batimétrica de 1.918 m, a seqüência
membros Tinharé, que reúne os clásticos grossos, e clástica possui uma razão A/F superior a 90%, eviden-
Jiribatuba, constituído por clásticos finos. Essas uni- ciando uma sedimentação fluvio-deltaica, provavel-
dades representam uma sedimentação predominan- mente, proveniente de Leste e Nordeste. Gontijo et
temente subaquosa, dominada por fluxos gravitacio- al. (neste volume - Bacia de Almada) definem o Mem-
nais em um lago tectônico. O contato inferior com a bro Itacaré (Formação Taipus-Mirim) para a caracteri-
seção pré-rifte, e, superior, com a Formação Rio de zação dessa expressiva seção de clásticos grossos, de-
Contas, são discordantes (Netto et al. 1994). A For- finição esta que se estende à Bacia de Camamu.
mação Morro do Barro pode ser correlacionada com
a Formação Maracangalha e com o Membro Gomo
da Formação Candeias, do Recôncavo/Tucano, e com
a Formação Feliz Deserto, de Sergipe e Alagoas.
Superseqüência Pós-Rifte
Seqüência K30
A Seqüência K30 reúne os clásticos e carbo-
Seqüência K50
natos da Formação Rio de Contas, representativos
dos leques aluviais, rios e lagos que se instalaram A deposição da Seqüência K50 deu-se no
durante o rifte, entre o Hauteriviano e o Eoaptiano, âmbito de bacia do tipo sag. Em águas rasas, sua
correspondendo aos andares Aratu, Buracica e Jiquiá, porção basal é representada por litologias pertencen-
na cronoestratigrafia local. Na Formação Rio de Con- tes ao Membro Serinhaém da Formação Taipus-Mi-
tas, são reconhecidos os membros Ilhéus, represen- rim, correspondendo a intercalações regulares de are-
tado por folhelhos cinza-esverdeados, cinza-escuros nito cinza claro a escuro, muito fino e folhelho síltico
e acastanhados, associados a arenitos muito finos, e cinza-escuro, castanho e preto, carbonoso, como
Mutá, composto por arenitos cinza-esbranquiçados, apresentado por Netto et al. (1994). Para o topo, o
finos a grossos, conglomeráticos e dolomíticos. Membro Igrapiúna congrega calcários castanhos e
Marga esbranquiçada, biocalcarenito e dolomito amarelados, dolomíticos, folhelhos castanhos e eva-
ocorrem dispersos em sua seção, sendo mais contí- poritos, principalmente anidrita. A ocorrência de halita
nuos na metade inferior da formação (Netto et al. em águas rasas é restrita, embora tenha sido consta-
1994). O contato inferior, com a Formação Morro do tada, em poço, uma espessura de cerca de 200 m.
Barro, e o contato superior, com a Formação Taipus- Nas partes mais profundas da bacia, os dados sísmi-
Mirim, são discordantes. A Formação Rio de Contas cos indicam a presença de halocinese, evidenciada
é cronocorrelata às formações São Sebastião e Pojuca, pelas intensas deformações associadas à fuga do sal

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 455-461, maio/nov. 2007 | 457


em direção à Bacia de Almada. No entanto, grandes as formações Urucutuca (folhelhos e turbiditos are-
domos de sal, como aqueles observados nas bacias de nosos), Caravelas (calcários) e Rio Doce (arenitos),
Almada e Jequitinhonha (Caixeta et al. 2008), possuem com idade variando do Turoniano ao Recente.
ocorrências muito subordinadas, restritas ao norte da ba- A partir do Turoniano, teria sido implantado
cia. Essas rochas são o resultado das primeiras ingressões um oceano aberto, onde se depositaram os sedi-
marinhas na bacia, em clima árido, o que propiciou a mentos finos de talude da Formação Urucutuca, com
precipitação de expressivos depósitos evaporíticos. As intercalações de arenitos turbidíticos, identificando
datações disponíveis a partir de palinomorfos permitem erosões associadas a rebaixamentos relativos do
caracterizá-las como de idade Neo-Alagoas. Essa seria a nível do mar. Até o topo do Cretáceo são reconhe-
idade estimada para o surgimento de crosta oceânica cidas, pelo menos, duas seqüências limitadas por
nas partes mais distais da Bacia de Camamu. erosões regionais, aqui designadas K86-K90 e K100-
K130. Como na Bacia de Camamu existe apenas
um poço em águas profundas, todo o reconheci-
mento estratigráfico é consubstanciado em dados
sísmicos. Ainda assim, procurou-se reconhecer que-
Superseqüência Drifte bras importantes no registro sedimentar para o es-
tabelecimento das seqüências deposicionais, o que
é feito, basicamente, por analogia com outras ba-
Seqüência K60-K84 cias, dando-se ênfase a eventos globais.
As seqüências K86-K90 e K100-K130 são cons-
Durante o Albiano e o Cenomaniano, a Bacia tituídas, basicamente, por folhelhos que registram
de Camamu experimentou uma sedimentação franca- um grande afogamento na bacia e arenitos turbidíti-
mente marinha carbonática, representada pela Forma- cos relacionados, provavelmente, aos rebaixamen-
ção Algodões. Mantém-se aqui a designação das Se- tos relativos do nível do mar. Os limites dessas se-
qüências K60-K84 para este intervalo estratigráfico, qüências seriam as discordâncias do Turoniano, na
como proposto por Netto et al. (1994). A Formação base, e do Paleoceno Inferior, no topo. Registra-se,
Algodões subdivide-se nos membros Germânia e ainda, um importante evento erosivo intracampania-
Quiepe, conforme definição de Netto et al. (1994). Esta no. Aparentemente, pelo que se observa na sísmica
unidade designa os carbonatos sotopostos à Formação 3D, as duas seqüências aqui abordadas englobam a
Urucutuca, nas bacias de Jacuípe, Camamu e Almada. maior parte dos depósitos clásticos provavelmente
O Membro Germânia é caracterizado por calcarenito e arenitos turbidíticos.
calcirrudito oolítico e pisolítico, em parte dolomitizado
com ocorrência subordinada de arenitos nas áreas pro-
ximais. O Membro Quiepe é formado por calcilutitos e
Seqüências E10-E30 e
margas com foraminíferos plantônicos. O contato infe- E40-E60
rior, com a Formação Taipus-Mirim, é concordante e o
contato superior, com a Formação Urucutuca, é marca-
A Seqüência E10-E30 é limitada pelas dis-
do por uma importante discordância regional. A For-
cordâncias regionais do Paleoceno Inferior, na base,
mação Algodões é cronocorrelata às formações Macaé,
e do Eoceno Médio, no topo. Essa seqüência en-
da Bacia de Campos; Regência e São Mateus, das ba-
globa o pacote sedimentar representativo de todo
cias do Espírito Santo; Cumuruxatiba e Jequitinhonha e
o Paleoceno e do Eoceno Inferior. Durante esse pe-
Riachuelo, da Bacia de Sergipe e Alagoas, bem como
ríodo, observa-se na Bacia de Camamu uma contí-
às demais unidades carbonáticas albianas das bacias
nua transgressão marinha, com a deposição expressi-
costeiras brasileiras (Netto et al. 1994).
va de folhelhos da Formação Urucutuca e eventuais
depósitos turbidíticos, relacionados, sobretudo, à se-
Seqüências K86-K90 e dimentação paleocênica. É também nesse período
que se observa a maioria dos eventos de natureza
K100-K130 vulcânica nas bacias de Jequitinhonha e Cumuru-
xatiba. Em Camamu, porém, feições vulcânicas são
Os sedimentos sobrejacentes ao Grupo Cama- reconhecidas até o momento apenas através da sís-
mu pertencem ao Grupo Espírito Santo e englobam mica de reflexão, apresentando, provavelmente, a

458 | Bacia de Camamu - Caixeta et al.


mesma idade do vulcanismo de Royal Charlotte (Eo-
ceno Inferior). referências
A tendência transgressiva regional teria se
estendido até o Eo-oligoceno, perdurando, portan-
bibliográficas
to, durante a deposição da Seqüência E40-E60. Nes-
se período, na Bacia de Camamu prevaleceu a de- AGUIAR, G. A.; MATO, L. F. Definição e relações es-
posição de folhelhos e delgadas camadas de calci- tratigráficas da Formação Afligidos nas bacias do Re-
lutitos. A partir dessa idade, marcada pela discor- côncavo, Tucano Sul e Camamu, Bahia, Brasil. In:
dância do Oligoceno Inferior, a sedimentação assu- CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36., 1990,
me o caráter regressivo que caracteriza as seqüên- Natal. Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Ge-
cias mais jovens. ologia, 1990. v.1, p. 157-170.

ALKIMIM, F. F. O que faz de um cráton um cráton? O


Seqüências E70-N10 e cráton do São Francisco e as relações almeideanas
N20-N50 ao delimitá-lo. In: MANTESSO-NETO, V.; BARTORELLI,
A.; CARNEIRO, C. D. R.; BRITO-NEVES, B. B. (Org.).
Geologia do continente sul americano: evolução
As seqüências E70-N10 e N20-N50 ocor-
e obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. São
rem a partir do Eo-oligoceno e se caracterizam
Paulo: Beca, 2004. p. 17-35.
pela progradação das fácies proximais represen-
tadas pelas formações Caravelas e Rio Doce so-
CAIXETA, J. M.; RANGEL, H. D.; FLORES, J. L.; NAS-
bre a sedimentação pelítica da Formação Urucu-
CIMENTO, M. M.; GALVÃO, M. V. G.; MACHADO,
tuca. Ressalta-se nessas seqüências a presença
E. C. V. Tectônica de sal na Bacia de Jequitinhonha.
marcante de fácies de calcilutitos intercaladas aos
In: MOHRIAK, W.; SZATMARI, P.; ANJOS, S. M. C.
folhelhos durante os períodos de afogamentos
(Org.). Sal geologia e tectônica: exemplos das ba-
globais, a exemplo do Marco Azul da Bacia de
cias brasileiras. São Paulo: Beca, 2008. p. 272-283.
Campos, de idade eo-oligocênica. Destaca-se,
também, uma importante discordância erosiva do
Mioceno Médio, que, em águas profundas, omi- NETTO, A. S. T.; WANDERLEY FILHO, J. R.; FEIJÓ, F. J.
te grande parte dos sedimentos oligocênicos atra- Bacias de Jacuípe, Camamu e Almada. Boletim de
vés de cânions submarinos. Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1,
A Formação Barreiras, depositada entre o p. 173 -175, jan./mar. 1994.
Burdigaliano e o Recente, é comum às bacias costei-
ras brasileiras, mas, curiosamente, está praticamen- VIANA, C. F.; GAMA JUNIOR, E. G.; SIMÕES, I. A.;
te ausente na Bacia de Camamu. As falésias do Are- MOURA, J. A.; FONSECA, J. R.; ALVES, R. J. Revisão
nito Barreiras do sul do Estado da Bahia dão lugar às estratigráfica da Bacia do Recôncavo/Tucano. Bole-
escarpas da Formação Sergi (pré-rifte) e a terras ar- tim Técnico da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 14, n.
rasadas recobertas diretamente pelos sedimentos de 3-4, p. 157-192, 1971.
praia e aluviões do Holoceno-Pleistoceno.

Seqüência N60
A Seqüência N60 diz respeito aos sedimen-
tos de praias e aluviões (SPA) do Pleistoceno e do
Holoceno, que compõem a fisiografia atual da Ba-
cia de Camamu. São areias e argilas da planície
de inundação dos rios Jiquiriçá e Jaguaripe, bem
como depósitos da foz desses rios. Insere-se, tam-
bém, a sedimentação de argilas, ainda inconsoli-
dadas, que recobrem toda a extensão da porção
submersa da bacia.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 455-461, maio/nov. 2007 | 459


BACIA DE CAMAMU

SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE

E
MA

C
EO ZAN C LE AN O

O
NEÓGENO

OR

D
ME S S I N I AN O

IO

S
NEO

AF
T OR T O N IA N O

LA
R
AT

VE
S E R R AVAL IA N O

PL

RA
MESO
LAN G H I AN O

CA
UD
B U R D I GAL IA N O
EO

L
TA
AQ U I TAN IA N O

NEO C HAT T IAN O

EO R U P E L IA N O

E SPÍRITO SANTO
NEO P R I AB O N I AN O
PALE ÓG E NO

BAR T O N I AN O
EOCENO

MESO
L UT E T I AN O

URUCUTUCA
EO Y P R E S I AN O
PALEOCENO

T HAN E T I AN O
NEO
S E LAN D I AN O

EO DAN I AN O
( SEN ON IANO )

CAM PAN IAN O


NEO

SAN T O N I AN O

C O N I AC I AN O

T U R O N I AN O

C E N O MA N IA N O
ALGODÕES

GERMÂNIA

QUIEPE
CRETÁCEO

PL IN
AT TE

CAMAMU
AF R N

AL B I AN O
O A
(GÁLICO)

RM
A

IGRAPIÚNA/
TAIPUS-

SERINHAÉM
MIRIM

ALAGOAS
APTIANO
ITACARÉ
EO

JIQUIÁ
CONTAS

MUTÁ
RIO DE

BARRE- BURACICA MUTÁ


MIANO
ALMADA

ILHÉUS
( NE OC OM IANO )

ARAT U
HAUTE-
RIVIANO

VALAN- TINHARÉ
GINIANO RIO MORRO DO
DA BARRO JIRIBATUBA
BERRIA- SERRA
SIANO CANDEIAS
T AU Á
AGUA GRANDE
ITAPARICA
DOM SERGI
TITHO- CAPIAN GA
JOÃO
NIANO ALIANÇA

CAZUMBA
AFLIGIDOS

E MBASAME NTO

460 | Bacia de Camamu - Caixeta et al.


B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 455-461, maio/nov. 2007 | 461

Anda mungkin juga menyukai