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NORMA COMENTADA: ABNT NBR 6118 –

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO –


PROCEDIMENTO

Tire as principais dúvidas sobre uma das normas técnicas que regem o
projeto de estruturas de concreto armado
No que tange à durabilidade de estruturas de concreto armado, a
conformidade do projeto está relacionada aos parâmetros considerados. De
forma geral, a NBR 6118 – Estruturas de concreto armado – Procedimento
(ABNT, 2014) estabelece, principalmente, os aspectos de qualidade do
concreto.
Os principais parâmetros da qualidade que devem ser considerados da
durabilidade da estrutura durante a elaboração do projeto dizem respeito ao
cobrimento das armaduras e à classe de resistência mecânica do concreto.
Com relação à qualidade do concreto de cobrimento, a Norma Técnica NBR
6118 (ABNT, 2014) estabelece uma relação entre o ambiente de exposição do
concreto e a sua qualidade, conforme apresentado na Tabela 1, na qual é
possível observar a classe de agressividade, classificação geral do tipo de
ambiente para efeito de projeto e o risco de deterioração da estrutura.

Tabela 1 – Classes de agressividade ambiental – NBR 6118 (ABNT, 2014)


A partir da determinação da classe de agressividade ambiental, é possível
determinar, a partir da Tabela 2, a relação água/cimento máxima e a classe de
resistência do concreto.

Tabela 2 – Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade


do concreto – NBR 6118 (ABNT, 2014)

De forma análoga, deve-se determinar o cobrimento mínimo nominal (Tabela


3), devendo este parâmetro ser estabelecido como critério de aceitação da
construção. Para garantir o cobrimento mínimo, o projeto deve considerar o
cobrimento nominal, que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de
execução.
Em obras correntes, o valor do cobrimento nominal deve ser igual ou superior a
10 mm, sendo que, quando houver um controle rígido de qualidade, o valor do
cobrimento nominal adotado pode ser de 5 mm.
É importante ressaltar que o cobrimento mínimo sempre está referido à
superfície externa da armadura, ou seja, geralmente, à face externa do estribo.

Tabela 3 – Correspondência entre a classe de agressividade e o


cobrimento nominal – NBR 6118 (ABNT, 2014)
Cuidados para seguir as diretrizes para durabilidade das estruturas de
concreto
Os principais cuidados para garantir a durabilidade das estruturas de
concreto armado durante a execução de seu projeto é que o concreto possua
especificações técnicas claras e que seja dosado de forma racional,
obedecendo aos parâmetros de resistência mecânica e de durabilidade.
Durante a execução da construção é importante que seja respeitado o
cobrimento das armaduras, utilizando-se espaçadores com as dimensões
adequadas.
As formas devem estar limpas, sem a presença de materiais contaminantes e
impregnadas com agente desmoldante, sendo estanques para evitar perda da
nata de cimento. É importante que as formas sejam molhadas antes da
concretagem para evitar que esta absorva a água do concreto.
O concreto deve ser lançado e adensado corretamente, retirando-se o ar
aprisionado e evitando-se ‘bicheiras’ ou ‘nichos de concretagem’. É importante
que o concreto não seja lançado de alturas superiores a 2 metros, evitando-se,
desta forma, segregação.
Após o período de endurecimento do concreto, é necessário que exista um
plano de retirada de formas e cura adequada do concreto. A retirada
inadequada das formas pode ocasionar problemas estéticos e de resistência
mecânica do concreto. Neste sentido, as formas e escoramentos não devem
ser removidos desde que o concreto tenha adquirido resistência suficiente
para:
 Suportar o carregamento imposto ao elemento estrutural;
 Evitar deformações que excedam as tolerâncias especificadas e
 Resistir a danos na superfície durante a remoção.

Deve-se realizar a cura de forma adequada para garantir que o concreto perca
água pela superfície exposta, assegurando a resistência mecânica adequada e
a formação de uma capa superficial durável. A cura adequada garante que o
concreto tenha maior durabilidade perante aos agentes agressivos, pois
impede o ingresso e percolação de materiais deletérios em sua microestrutura.
No entanto, para executar as estruturas de concreto de maneira correta, deve-
se seguir também a ABNT NBR 14931 – Execução de Estruturas de Concreto
– Procedimento. Essa norma define requisitos detalhados para a execução de
obras de concreto, cujos projetos foram elaborados de acordo com a ABNT
NBR 6118 – tema desse artigo.

Materiais e Estrutura
É importante que os materiais utilizados na construção estejam dentro dos
parâmetros normatizados. Para isso, é preciso realizar todos os controles
tecnológicos e ensaios necessários para a averiguação da sua qualidade e de
seu desempenho.
A qualidade, o desempenho e a vida útil de uma construção possui relação
direta com os materiais que a compõe e com os métodos executivos
empregados. Quanto maior a qualidade dos materiais empregados e melhores
as técnicas construtivas utilizadas, seguindo um projeto adequado, melhor será
o resultado do produto final, atendendo às expectativas do usuário no que
tange à operação, manutenção e vida útil da construção.
Já a análise estrutural de estruturas de concreto armado deve ser realizada
seguindo as diretrizes da norma técnica NBR 6118 – Projeto de estrutura de
concreto – Procedimento (ABNT, 2014). Esta norma prescreve que a análise
estrutural deve ser realizada a partir de um modelo estrutural adequado ao
objetivo da análise, sendo que o modelo deve apresentar a geometria dos
elementos estruturais, os carregamentos atuantes, as condições de contorno,
as características e respostas dos materiais.
É importante salientar que análises complementares devem ser realizadas em
estruturas em que hipóteses planas não se aplicam e no caso em que ocorre a
não linearidade introduzida pela fissuração.
Hipóteses planas não se aplicam quando a estrutura apresentar não
linearidades de deformações, como no caso em que a estrutura apresentar
descontinuidades bruscas de geometria ou de carregamentos, como, por
exemplo, em cargas concentradas de furos e aberturas em lajes, vigas-parede,
regiões de variação na altura de vigas e de nós de pórticos.
Para o dimensionamento estrutural, é importante que as hipóteses básicas
apresentadas a seguir sejam respeitadas:
 Condições de equilíbrio: As condições de equilíbrio podem ser empregadas
com base na geometria indeformada da estrutura (teoria da 1ª ordem),
exceto para os casos que o deslocamento altere, de maneira significativa,
os esforços internos (teoria de 2ª ordem), como, por exemplo, no caso de
dimensionamento de pilares;
 Condições de compatibilidade: Sempre que as condições de
compatibilidade não forem verificadas, devem ser adotadas medidas que
garantam a ductilidade adequada da estrutura no estado-limite último,
resguardando o desempenho adequado no estado-limite de serviço;
 Carregamento monotônico: No estado limite considerado, é importante que
em ciclos de carga e descarga, em serviço, o concreto não sofra tensões de
compressão superiores a 0,5 fck.

Atualmente programas como o SAP2000 e Strap são empregados para a


elaboração de modelos estruturais. No entanto, é de extrema importância que o
calculista estrutural siga prescrições normativas para a elaboração do modelo,
sendo de suma importância que a entrada e a análise dos dados sejam
avaliadas de forma rigorosa, interpretando-se desde os esforços solicitantes
gerados pelo modelo e, em casos em que o modelo gera as armaduras das
estruturas, a sua disposição.
Nos casos em que o modelo gere as armaduras dos elementos estruturais, é
importante verificar, principalmente, as disposições construtivas das armaduras
de cada elemento.
Para finalizar, o projeto deve ser a diretriz central para a execução da
construção. Ele deve conter todas as informações necessárias para que a
construção seja corretamente executada e que seja durável durante a sua vida
útil. A manutenção é um parâmetro importante que deve ser rigorosamente
tratado no que tange a estruturas de concreto armado. Para isso, inspeções
periódicas visando avaliar as condições devem ser realizadas.
Um plano de inspeção e de manutenção deve ser elaborado pelos projetistas
para garantir que a estrutura alcance a vida útil para a qual foi projetada.

Autor: Valdir Moraes Pereira, engenheiro civil e colaborador do Laboratório de


Materiais de Construção Civil do IPT

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