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LIVRO 1 | HISTÓRIA 2

Resoluções das Atividades


Sumário
Módulo 1 – A conquista da América, a história cultural dos povos indígenas e africanos e a economia açucareira.................................................................................1
Módulo 2 – A mineração no Período Colonial, as atividades subsidiárias e a formação territorial brasileira............................................................................................3
Módulo 3 – As revoltas coloniais, Período Joanino e a transição para a independência...........................................................................................................................5

da madeira para a produção de tintura, que por sua vez era


Módulo 1 utilizada na manufatura de tecidos, em especial para tingir
os tecidos.
A conquista da América, a história cultural dos povos
indígenas e africanos e a economia açucareira
05 A
A resposta é a única possível, apesar do pequeno erro ao
Atividades para Sala mencionar “populações escravas africanas”, pois o qui-
lombo se constitui justamente daqueles que fogem da
01 A escravidão. No entanto, considera-se que a proposta era
A questão analisa o processo de colonização da Amé- destacar o convívio de setores marginalizados, os africanos,
rica enfatizando, de um lado, as iniciativas particulares e, ex-escravos foragidos, com indígenas em situação similar.
de outro, o subentendimento da pouca interferência do Vale lembrar que, apesar de minoritária, houve escravidão
Estado no arranjo da organização econômica, social e cul- nos quilombos, mesmo de pessoas de mesma situação ou
tural nas colônias. origem étnica.

02 B 06 B
O etnocentrismo pressupõe a avaliação de determinado O casamento, de acordo com os ritos religiosos, é defen-
grupo social a partir de valores de outro. Nesse caso, o dido pela Igreja Católica, mas, no enunciado, Guiomar
europeu, partindo de seus valores, analisa as característi-
de Oliveira acusa Antônia Nóbrega de ter lhe oferecido
cas físicas, os costumes e o comportamento do indígena.
uma substância cuja receita teria sido ensinada por dia-
O etnocentrismo não manifesta, necessariamente, o pre-
bos. Do ponto de vista inquisitorial, uma vez reconhecida
conceito de forma acintosa ou explícita.
a presença do demônio, somente o fogo poderia afastá-lo.
Aqueles que se arrependiam eram estrangulados e depois
03 B queimados; os outros eram queimados vivos.
O próprio documento permite perceber que “o coloniza-
dor”, na fala de Pero Vaz de Caminha, pretendeu entender
07 A
os nativos a partir de uma visão exterior, europeia, pois
um dos grandes objetivos da expansão marítima era a O sistema colonial desenvolvido durante a Idade Moderna
obtenção de riquezas, sendo que predominava a cultura enquadra-se no processo de expansão do comércio, res-
metalista. O contato entre as culturas indígena e europeia ponsável por fortalecer o Estado absolutista e possibilitar
se deu, portanto, a partir de bases diferentes e contraditó- o enriquecimento da camada burguesa. Todo o processo
rias, sem a preocupação do colonizador de compreender de exploração colonial tinha como objetivo gerar riqueza,
os povos nativos. acumulada segundo a visão mercantilista de economia.

04 A 08 A
No “sistema cultural” do indígena, a madeira tem uma O engenho representava um diferencial social no mundo
finalidade bastante específica, ser queimada para aquecer desigual que era a sociedade açucareira, em um contexto
as pessoas nos períodos de frio, e, portanto, o índio ancião de economia mercantilista, regida pelo Pacto Colonial e
acredita que, para os europeus, ela deva ter a mesma ser- estruturada no Brasil por meio das relações escravistas de
ventia. No entanto, portugueses e franceses se utilizavam produção.

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09 E mesmo após a independência e no início da República,


A invasão holandesa do Nordeste do Brasil, no século sendo a prática da capoeira liberada pelo presidente Vargas.
XVII, foi motivada pelo interesse no controle do lucrativo
comércio do açúcar, do qual os flamengos foram privados 08 C
pela Espanha em razão de conflitos entre holandeses e
Além das mais conhecidas formas de resistência à escra-
espanhóis à época da União das Coroas Ibéricas (1580-
vidão, como as fugas e os quilombos, a resistência cultu-
1640). Sendo a produção realizada basicamente pelo tra-
balho escravo africano, tornava-se também necessário aos ral foi de extrema importância durante o período em que
holandeses controlar o domínio lusitano na África que for- vigorou a escravidão no Brasil. Mesmo sendo batizados
necia os escravos. ao desembarcar no Brasil e obrigados a participar das
celebrações católicas, muitos escravos mantiveram tradi-
ções de seus locais de origem como maneira de resistir
Atividades Propostas ao processo de aculturação que lhes era imposto. Isso era
feito na maioria das vezes com a associação de divinda-
01 A des de origem africana com santos da liturgia católica,
A montagem de fortificações militares em determinados porém não se deve esquecer da Revolta dos Malês, que
pontos da Bacia do Amazonas representava uma estraté- teve como característica fundamental em sua organiza-
gia para conter as incursões estrangeiras. ção a coesão de um grupo de escravos de fé islâmica,
que mantiveram as características fundamentais de sua
02 E religião sem abrir espaço para a influência do catolicismo.
A questão sintetiza com precisão a exploração do pau-brasil
durante o Período Pré-Colonial do Brasil, destacando a 09 D
prática do escambo que os portugueses realizavam junto
O europeu não respeitou a identidade cultural dos povos
aos nativos da terra.
indígenas, mesmo assim, diante de práticas como o geno-
cídio e o etnocídio, a cultura e as nações indígenas ainda
03 A apresentam uma significativa herança para a sociedade
O papel do Governo-Geral era promover apoio militar, brasileira e reivindicam direito e reconhecimento como
financeiro e garantir a colonização em sua máxima, esta- sujeitos da história.
belecendo a centralização administrativa dos negócios
metropolitanos na colônia; dessa monta se confere no
texto a citação ao auxílio às povoações. 10 E
Tanto os indígenas quanto os africanos sofreram atrocida-
04 E des nas relações escravistas às quais foram submetidos.
Contudo, o texto traz uma forte reflexão sobre o escra-
O ato de exploração manifestava os interesses da metró-
vismo e o extermínio de populações indígenas, fato esti-
pole, que, pelos comentários dos exploradores, podia
mulado pela autorização da Guerra Justa, na qual a Coroa
observar a riqueza e a abundância da biodiversidade bra-
sileira, bem como o potencial gerador de riquezas. portuguesa apoiava o combate e a prisão de nativos con-
siderados uma ameaça para os agentes de colonização, o
que levava colonos a cometerem atos criminosos, aprovei-
05 C tando-se das comunidades nativas, sob acusação de que
A atividade exploratória gerou significativo impacto eco- estas eram selvagens.
nômico, esse é um fato inegável, mas, ao mesmo tempo,
essa antiga exploração, que remonta ao século XVI, produ-
ziu no Brasil uma conjuntura social de marginais. 11 B
Mesmo na condição de escravos, os reis africanos, símbo-
06 A los da cultura de suas nações, eram reverenciados e res-
peitados por seus súditos.
O texto destaca a visão capitalista de trabalho, ou seja, a
visão do colonizador, que será imposta aos povos nativos
não só do Brasil, mas da América como um todo. 12 B
O autor expressa de forma inteligente a miscigenação das
07 D etnias que originaram o povo brasileiro. É evidente que
A resposta é interpretação do texto, que destaca o desen- não foi um processo de pleno respeito às identidades cul-
volvimento dessa luta, disfarçada de dança, para burlar a turais, contudo a fusão destas contribuiu para a formação
proibição imposta pelos fazendeiros. Tal visão permaneceu dos brasileiros.

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13 E
Módulo 2
Questão de interpretação do texto de um grande histo-
riador marxista brasileiro, que adota o conceito de “classe A mineração no Período Colonial, as atividades
social” na análise da estrutura colonial do Brasil, enten- subsidiárias e a formação territorial brasileira
dendo-a dividida entre senhores e escravos, apesar da
existência de setores intermediários. Atividades para Sala

14 D 01 B
A produção de cana-de-açúcar foi determinante na explo- A expressão “reinos estranhos” presente no texto de Anto-
ração do Brasil durante o Período Colonial. Lembremos nil não especifica a quem era remetida a maior parte do
que o Brasil reunia as condições devidas para o desen- ouro extraído nas Minas Gerais do Período Colonial do Bra-
volvimento dessa prática exploratória, que atenderia os sil. No entanto, por associação com a referência ao Tratado
interesses metropolitanos. Foi por causa dos lucros desse de Methuen na alternativa B, chega-se à alternativa cor-
produto que a metrópole organizou a estrutura tradicional reta, pois de fato esse tratado foi o mais expressivo sobre a
de produção, apoiada no latifúndio, na monocultura e no
dependência de Portugal em relação à Inglaterra, iniciada
trabalho escravo.
em 1641, após a chamada Restauração, que pôs fim à União
Ibérica. Pelo Tratado de Methuen, a balança comercial
15 B portuguesa era sempre deficitária, sendo o déficit coberto
Os holandeses foram expulsos de Pernambuco ao final com boa parte do ouro brasileiro remetido a Portugal.
da Insurreição Pernambucana, em 1654, e retiraram seus
investimentos. Passaram a investir capital e conhecimento 02 B
técnico nas Antilhas – conjunto de ilhas do Caribe em
No plano jurídico, Portugal era regido pela Inglaterra, ofi-
poder de franceses, dos ingleses e dos próprios holan-
cialmente por meio de um Pacto Colonial, mas as decisões
deses –, reproduzindo na região a estrutura que havia no
errôneas estabelecidas pela Coroa lusa, em costurar uma
Brasil, porém, obtendo maior produtividade.
política diplomática e comercial que levasse a uma depen-
dência diante da Inglaterra, foi um fato que resultou na
16 E contração de muitas dívidas.
Os holandeses tiveram significativa participação na indús-
tria açucareira, pois financiavam a produção, transporta- 03 C
vam o produto, faziam o refino e promoviam a comerciali-
As imagens referentes a processos econômicos distintos,
zação deste no mercado europeu. O banco de Amsterdã
porém desenvolvidos no mesmo século, permitem estabe-
era o agente de competência do governo holandês nesse
lecer uma relação direta entre as duas situações: a mine-
processo.
ração no Brasil colonial e o desenvolvimento industrial na
Inglaterra. Do ponto de vista da história do Brasil, é bas-
17 B tante comum a ideia de que o ouro aqui explorado foi,
A empresa açucareira instalada no Nordeste da colônia em grande parte, parar na Inglaterra, e isso não se deve
atendia rigorosamente aos interesses mercantilistas, não a contrabando e sim à balança comercial desfavorável a
conservando os lucros obtidos na esfera colonial, sendo Portugal em relação à Inglaterra, devido ao Tratado de
estruturada sob as características já mencionadas anterior- Methuen, conhecido como “tratado de panos e vinhos”.
mente em outros comentários.

04 D
18 E A hegemonia econômica de São Paulo, diante das demais
A ocupação holandesa no Nordeste acabou, estrategi- cidades do país, se deve muito fortemente ao desenvol-
camente, posicionando uma aproximação entre índios e vimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultora
holandeses, por parte dos invasores, como uma forma de e industrial na Região Sudeste, sendo São Paulo um dos
garantir uma maior estabilidade. mais importantes núcleos.

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05 C 04 C
Após a chamada Restauração do trono português, em O texto critica fortemente a pesada carga tributária que
1640, surgiram conflitos entre Portugal e Espanha quanto acabava, por seu perfil de injustiça, a estimular o contra-
à definição de seus domínios na América do Sul, sobre- bando. O autor defendia o livre comércio, por meio do
tudo na Região Platina, pois, durante a vigência da União qual pedras e ouro adquiririam seu real valor, uma vez
das Coroas Ibéricas (1580-1640), colonos portugueses se que seriam vendidos aos estrangeiros legalmente, sem a
instalaram além da linha de Tordesilhas, uma vez que se necessidade do descaminho, que burlasse os olhares das
autoridades.
evidenciou a nulidade do tratado de 1494.
O Tratado de Madri, de 1750, anulava o de Tordesilhas
e estabelecia fronteiras posteriormente contestadas em 05 A
outros tratados (El Pardo e San Ildefonso), e depois confir- As relações econômicas entre as Coroas lusa e inglesa,
madas no Tratado de Badajós de 1801, definindo assim os pautadas em parte no Tratado de Methuen, fortaleceu a
domínios portugueses além da linha de Tordesilhas. entrada de produtos importados no Brasil e em Portugal e
a respectiva fuga do ouro aqui explorado, evidenciando a
superioridade inglesa na arte de fazer negócios e a subal-
06 C ternidade portuguesa.
Nos séculos XVII e XVIII, os tropeiros faziam parte da vida da
zona rural e de cidades pequenas dentro do sul do Brasil. 06 C
Vestidos como gaúchos, com chapéus, ponchos e botas, os
Além de ser, naquela época, uma cidade de médio porte;
tropeiros dirigiam rebanhos de gado e levavam bens por geograficamente, a cidade do Rio de Janeiro era próxima
esta região para São Paulo, comercializando-os na feira de ao estado de Minas Gerais e tinha um porto que possuía
Sorocaba. De São Paulo, os animais e mercadorias iam para condições de receber mercadorias e escoar a produção
os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. aurífera.

07 B
Atividades Propostas A interpretação de texto é suficiente para a resolução da
questão, compreendendo-se a expressão “o gentio, mes-
01 C tre e colaborador inigualável nas entradas”. A questão
Em 1763, a capital do vice-reinado foi transferida de Salva- remete à atividade bandeirista praticada em São Paulo
dor para o Rio de Janeiro. A metrópole portuguesa inves- durante o século XVI.
tiu radicalmente na extração do ouro no Brasil, a fim de
obter e acumular riqueza para pagar as suas dívidas com 08 E
a Inglaterra. Com a ascensão da atividade mineradora e a Com a União Ibérica, os limites estabelecidos pelo Tratado
decadência da economia açucareira, o eixo econômico foi de Tordesilhas foram desconsiderados, o que estimulou
transferido do Nordeste para o Centro-Sul. a expansão da ocupação interna do território e o incre-
mento das entradas e bandeiras.
02 C
O escravismo na região de Minas Gerais acompanhou a 09 D
geração de diferentes atividades econômicas, fruto em Lembre-se que as bandeiras eram expedições particula-
parte do fluxo de riquezas e, ao mesmo tempo, da atmos- res que penetravam nos interiores da colônia, tinham o
fera urbana que a acompanhou. Sociedade rural e inter- interesse de buscar metais, drogas do sertão, captura de
câmbio entre escravos e comerciantes nos quilombos não índios e a recaptura de africanos fugitivos. Em meio ao pro-
representou a máxima desse processo. cesso de interiorização do território colonial, as bandeiras
contribuíram para uma incipiente integração, por meio da
comunicação entre as diferentes regiões, do intercâmbio e
03 B do transporte de produtos.
Segundo o texto, a arte produzida em Minas Gerais seguiu
as orientações do Concílio de Trento, ou seja, do movi- 10 C
mento conhecido como Contrarreforma (ou Reforma Cató- O movimento bandeirante foi visto pela história tradicio-
lica). Os efeitos desse movimento foram muito significati- nal como heroico, por sua colaboração no processo de
vos nos países da Península Ibérica e, consequentemente, expansão territorial brasileira, não respeitando os limi-
em suas colônias – como o Brasil –, sendo que a arte sacra tes de Tordesilhas, chegando a fundar povoados, o que
que se desenvolveu nas Minas Gerais se enquadra na ideia contribuiria futuramente para o direito de Portugal sobre
de “barroco tardio”. essas terras, que no passado pertenciam à Espanha.

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11 D 04 D
A expansão do movimento bandeirante, na Região Cen- Uma das afirmações mais tradicionais na História do Bra-
tro-Oeste, revelou o potencial aurífero de Goiás, dando sil, apoiada no senso comum, é de que a Independência
importância à figura do bandeirante, como desbravador foi pacífica, sem derramamento de sangue. Essa ideia está
de regiões. baseada na participação ativa das elites agrárias no pro-
cesso de Independência como forma de garantir uma rup-
tura política frente à metrópole, e ao mesmo tempo garan-
12 A tir a preservação da estrutura socioeconômica apoiada no
Espanha e Portugal tiveram conflitos de fronteira e demar- latifúndio e na escravidão.
cação de territórios na América Ibérica durante o Período
Colonial. Os conflitos ocorreram mesmo com a assinatura 05 C
dos tratados e bulas. A grande presença de produtos ingleses no Brasil foi fruto
da abertura dos portos às nações amigas em 1808 e dos
Tratados de 1810. Primeiro, cabe lembrar que já existiam
Módulo 3 produtos ingleses aqui, antes de 1808, porém em pequena
quantidade, pois ainda havia na prática o Pacto Colonial. Os
As revoltas coloniais, Período Joanino e a transição
Tratados de 1810 favoreceram principalmente as importa-
para a independência ções da Inglaterra e não estão relacionados aos produtos
exportados, nem pelo Brasil nem pelas colônias da Espanha.
Atividades para Sala
06 B
01 E
A transferência da Corte portuguesa para o Brasil se insere
A Conjuração Baiana de 1798, posterior à Inconfidência
em um contexto de crise do Antigo Regime na Europa,
Mineira, é normalmente comparada com a sua antecessora.
com o avanço dos interesses capitalistas, principalmente
O movimento baiano é considerado como “popular”, inspi-
ingleses, mas também franceses. A abertura dos portos
rado nos ideais jacobinos de igualdade que pressupunham
às nações amigas favoreceu o comércio e a indústria da
o modelo republicano e os mesmos direitos para todos os
Inglaterra e colocou o Brasil em contato direto com novos
homens. Os baianos defenderam ainda o fim da escravidão.
mercados, eliminando, na prática, o monopólio lusitano.

02 A
Por seu caráter abolicionista, a Independência do Haiti teve Atividades Propostas
grande influência em manifestações dos negros e segmen-
tos populares contrários à sua situação. A Conjuração Baiana 01 E
(Revolta dos Alfaiates) de 1798, que teve caráter popular, além A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana receberam
das influências da independência das Treze Colônias Inglesas, influência das ideias iluministas, presentes na independên-
dos ideais iluministas, republicanos e emancipacionistas difun- cia dos Estados Unidos e na Revolução Francesa. A prega-
didos por uma parte da elite culta, reunida em associações ção libertária baseada nos princípios de liberdade indivi-
como a Loja Maçônica Cavaleiros da Luz, teve forte influência dual, igualdade jurídica e defesa da propriedade privada
do processo de independência do Haiti, ou haitianismo. Os acabou por atender os interessados de diferentes grupos:
revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração populares, classe média e aristocratas, que integraram os
de um governo igualitário (defesa dos méritos e capacidades), referidos movimentos emancipacionistas e se opuseram à
além da instalação de uma República baianense, da liberdade estrutura do sistema colonial.
de comércio e do aumento dos salários dos soldados.
02 A
03 D Comentário de História: O poema denuncia os governantes
Os primeiros ocupantes da Região das Minas foram os e os mercadores usurários, que abusam do poder e dos privi-
paulistas de origem bandeirante, que sonhavam em légios que possuem, como representantes diretos da metró-
enriquecer com o ouro encontrado. No entanto, toda a pole. Pode ser compreendido como expressão do nativismo,
estruturação da exploração aurífera ficou sob controle de que antecede a defesa da independência colonial.
representantes da metrópole, que distribuíram as terras Comentário de Literatura: Gregório de Matos, autor inse-
àqueles que possuíam escravos – normalmente vindos da rido no Barroco brasileiro (1601-1768), não poderia apre-
região açucareira em crise – e privilegiavam mercadores sentar características neoclássicas típicas do estilo subse-
de origem portuguesa, muitos vindos da cidade do Rio de quente, o Arcadismo (1768-1836), muito menos valorizar a
Janeiro. Esses dois grupos, que chegaram posteriormente, estética parnasiana do final do século XIX ou desenvolver
eram vistos como “forasteiros” pelos primeiros ocupantes temática típica do Modernismo brasileiro das primeiras
da região e seus privilégios foram contestados em um décadas do século XX, o que invalida as opções c, d, e.
movimento que resultou em uma guerra, com violenta Embora a preocupação do texto seja claramente a de sati-
repressão sobre os pequenos mineradores. rizar a situação em que na época se encontrava a cidade

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da Bahia, não se pode afirmar que o texto faça apologia da 09 B


independência brasileira, como é afirmado em b.
É verdade que, pelos tratados de 1810, o governo por-
Nem todas as motivações foram iguais, pois a Conjuração tuguês concedeu ao comércio e aos cidadãos britânicos
Baiana almejava a abolição da escravidão. condições privilegiadas para atuar no Brasil. Mas outra não
poderia ser a atitude lusitana, tendo em vista a fragilidade
03 B da posição de Portugal em face de seu poderoso aliado.
Em função da exploração exagerada da Metrópole, ocor-
reram várias revoltas e conflitos nesse período. 10 A
No Brasil, as novas sobre a Revolução do Porto tiveram
boa aceitação, tanto entre a aristocracia rural como entre
04 E os comerciantes portugueses aqui radicados. D. João VI,
No século XVIII, podemos observar que algumas revoltas confrontado com uma grande manifestação popular, jurou
foram fruto da incompatibilidade de interesses existen- respeitar a Constituição que iria ser feita em Portugal.
tes entre os colonos e os portugueses. Algumas vezes, a
situação de conflito não motivou uma ruptura radical com
11 A
a ordem vigente, mas apenas a manifestação por simples
reformas que se adequassem melhor aos interesses locais. Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir
o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A
principal beneficiada com a medida foi a Inglaterra, que
05 D passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio
Mesmo preconizando os ideais iluministas e liberais, as com o Brasil.
revoltas acontecidas no Brasil eram cercadas por uma série
de limites. O mais visível deles se manifestava na conserva- 12 C
ção da ordem escravocrata e a limitação do poder político
Em janeiro de 1808, Portugal estava prestes a ser inva-
aos membros da elite econômica local.
dido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão
Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os fran-
06 E ceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu
Até a primeira metade do século XVIII, diversos movimen- transferir a Corte portuguesa para sua mais importante
tos nativistas realizaram-se no Brasil. O que caracterizou colônia, o Brasil. Contou, nesse empreendimento, com a
esses movimentos foi a negação dos abusos portugueses ajuda dos aliados ingleses.
sem, no entanto, contestar o domínio luso. Baseavam-
-se, portanto, na defesa dos interesses locais e regionais,
porém, sem questionar o Pacto Colonial.
Já os movimentos emancipacionistas, ocorridos da
segunda metade do século XVIII ao primeiro quartel do
XIX, trataram-se de revoltas contra a subordinação da
Colônia ao poder da Coroa portuguesa.

07 C
O governo de D. João VI no Brasil tomou diversas pro-
vidências no intuito de estabilizar a administração do
Império colonial luso; dentre elas está a abertura dos
portos às nações amigas, o que tornou o Rio de Janeiro
um porto internacional para intercâmbio com a Europa,
principalmente no que concernia à Inglaterra, liderança
industrial e comercial privilegiada no Brasil por acordos
comerciais com Portugal, os quais concediam à potência
inglesa tarifas preferenciais e liberdade de comércio nos
portos brasileiros.

08 C
De um modo geral, a aristocracia rural brasileira aceitou de
bom grado a administração joanina. Tal avaliação, porém,
não se aplica a Pernambuco. Acrescentem-se a esse qua-
dro o aumento de impostos para sustentar a Corte portu-
guesa no Brasil e a crise nas exportações do açúcar.

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