PLANEJAMENTO
Prof. Herberth Cutrim, Me.
3. Planejar a organização e o gerenciamento das
mudanças
Passo 03
Grupo de Processos Processo Resultado(saída) Área de
conhecimento
Planejamento Desenvolver o Plano de Integração
Plano de organização e
organização e gerenciamento das
gerenciamento das mudanças
mudanças
O sucesso de qualquer projeto será afetado pela forma como ele se mantém
organizado durante todas as suas fases e, ainda, a maneira como todas as
mudanças são feitas.
Nenhum plano de projeto, por melhor que tenha sido elaborado, vai
permanecer intacto ao longo de todo o projeto. Visto que, o contexto
organizacional é dinâmico. Por isto, o próprio plano deve prever como todas as
mudanças que ocorrem serão gerenciadas, a fim de garantir que todos os
membros da equipe sempre tenham em mãos a cópia mais atualizada do plano
a ser seguido, além de uma clara ideia de todo histórico de mudanças que
ocorreram
✓ Organização do projeto:
Neste item deve se deixar claro como cada documento que compõe o projeto
será identificado. Isto pode mudar de projeto para projeto. Mas, a forma de
identificação da documentação deve ser padronizada e conhecida por todos.
Para ver um exemplo, verifique o slide de aula.
Neste campo informa-se também como suas alterações (mudanças) serão
registradas. No P15, como padrão, recomenda-se utilizar um quadro de
alterações em cada documento.
- Defina quem vai avaliar os pedidos de mudanças. Pode ser uma única pessoa
ou até um comitê. O papel da avaliação das solicitações de mudanças é
compreender de que forma a mudança afeta as diversas áreas do projeto,
como por exemplo: se for pedido mais dois meses de prazo para findar o
projeto; pode-se avaliar de que forma isto vai impactar no escopo (produto),
nos custos, na qualidade etc. Esta avaliação deve ser feita por escrita e emitido
um parecer;
- Informe quem autoriza as solicitações de mudanças que, neste caso,
novamente pode ser feita por uma única pessoa ou por um comitê. Isto
depende das necessidades do projeto. A autorização pode seguir nível de
autoridade e é feita com base no parecer que foi emitido na avaliação da
solicitação de mudança;
- Indique, ainda, os procedimentos para registrar as mudanças e quem será o
responsável.
Fique atento:
- Os procedimentos de organização e gerenciamento das mudanças podem
variar de projeto para projeto. O importante é que os mesmos fiquem
formalmente esclarecidos.
4. Definir o escopo
Passo 04
Grupo de Processo Resultado(saída) Área de
Processos conhecimento
Planejamento Definir o Declaração de Escopo
escopo escopo
É importante que fique claro para você o termo escopo. Se der uma olhada no
dicionário, vai perceber que escopo tem haver com limites, abrangência. Ou
seja, este passo do projeto, tem o intuito primário de assegurar que todo o
trabalho do projeto seja feito e somente o trabalho necessário para realizar o
projeto. A ideia é não desperdiçar esforço.
Descreva como o projeto vai ser realizado e como será o produto do projeto
com todos os seus requisitos/características identificados.
Para que os requisitos do projeto sejam descritos a contento. É necessário que
o GP traduza as expectativas e necessidades levantadas que constam no
documento “Registro dos stakeholders” e inclua neste campo as informações
como requisito.
✓ Critérios de aceitação:
✓ Restrições:
As restrições pode ser das mais diversas formas, mas não se limitando a:
tempo, recursos humanos, físicos ou financeiros. Como exemplo, pode-se citar:
cronograma extremamente apertado para ser cumprido, normas e políticas da
organização ou governamentais.
✓ Premissas:
São vitais para entender o contexto do projeto, o que está acontecendo em seu
entorno, de forma que as ações que serão definidas para o projeto, dependem
do entendimento destas premissas. De fato, por meio das premissas, o GP
pode entender o cenário que o projeto está inserido e com isto tomar decisões
acertadas.
Fique atento:
- Não confunda premissas com riscos. Premissas são certezas, ou pelo
menos, condições consideradas verdadeiras pela equipe do projeto,
enquanto riscos são incertezas; Além do que, premissas podem estar no
presente ou no futuro e riscos, apenas, eventos futuros;
5. Criar a Estrutura Analítica do Projeto - EAP
Passo 05
Grupo de Processo Resultado(saída) Área de
Processos conhecimento
Planejamento Criar a EAP EAP Escopo
Dicionário da EAP
A EAP é uma das ferramentas mais importantes para o GP e sua equipe. Pois,
possibilita um entendimento visual do que vai ser feito, de forma que todos
possam compartilhar e compreender o produto que vai ser entregue ao longo
do projeto.
É uma apresentação gráfica de todo o trabalho que vai ser realizado ao longo
do projeto, mostrando suas as fases e sua decomposição em componentes
menores e, portanto, mais fáceis de gerenciar e entender.
É a base para uma série de estimativas, tais como: na criação das atividades
do cronograma e nos custos do projeto.
Para que você possa compreender uma EAP, vou lhe apresentar a forma como
se faz a leitura:
Agora que você já sabe como fazer a leitura de uma EAP, lhe apresentarei
algumas regras que são necessárias compreender, portanto, preste atenção a:
a) Cada componente de uma EAP (os retângulos que representam as fases,
entregas e pacotes de trabalho) deve ser escrito com palavras substantivas.
Quanto menor a expressão usada para descrever o componente, melhor;
b) Uma EAP não precisa obrigatoriamente ter para cada fase o mesmo número
de níveis. Uma fase pode ser decomposta mais de que outra. Por exemplo,
para a fase local, você poderia decompor em dois níveis, já a fase evento
poderia ser decomposta em 5 níveis;
c) Cada componente deve ser decomposto em pelo menos dois ou mais novos
componentes;
Dicionário da EAP
É o documento que tem como finalidade principal explicar a EAP, por meio da
descrição de uma série de informações dos pacotes de trabalho.
Fique atento:
- As atividades que aparecem no cronograma são pensadas com base nos
pacotes de trabalho que constam na EAP. Para cada pacote de trabalho
deve haver duas ou mais atividades no cronograma. De fato, coloque
quantas atividades forem necessárias para que o pacote seja realizado a
contento;
- Note que todos os elementos da EAP são inseridos no cronograma. Em
seguida, inclua as atividades embaixo da linha de cada pacote;
- Nunca use “X” no lugar do gráfico de barras. Isto é um erro. Inclua, apenas,
barras para demonstrar quando as atividades serão realizadas;
7. Determinar o orçamento
Passo 07
Grupo de Processo Resultado(saída) Área de
Processos conhecimento
Planejamento Determinar o Orçamento Custos
orçamento
O orçamento do projeto deve conter todos os custos que serão incorridos. Para
tanto, o GP e sua equipe deve ter como base os custos de cada pacote de
trabalho. Ou seja, para facilitar e melhorar a estimativa de custos, assim como
as atividades que foram retiradas dos pacotes de trabalhos, os custos seguem
os mesmos exemplos. Pois, é mais fácil pensar nos custos olhando para os
componentes decompostos da EAP.
Para cada custo presente no seu orçamento, veja a figura exemplo acima, você
deve incluir os seus gastos levando-se em consideração quando os mesmos
serão, de fato, efetivados. Repare que se somar as linhas horizontais, terá o
custo total por conta e se somar as linhas verticais, terá o custo total por
período.
Fique atento:
- Utilize os pacotes de trabalho da EAP para melhorar a sua estimativa do
orçamento;
- O modelo proposto para uso de orçamento no P15 apresenta uma
formatação simplificada. Para projetos que requeiram mais detalhes, você
pode incluir novas especificação necessárias;
8. Planejar a qualidade
Passo 08
Grupo de Processo Resultado(saída) Área de
Processos conhecimento
Planejamento Planejar a Plano de Qualidade
qualidade gerenciamento da
qualidade
Fique atento:
- Você pode repetir um mesmo aspecto várias vezes e definir para cada um
os seus requisitos de aceitação. Veja o exemplo do palestrante no quadro
acima;
- Reuna (no caso de você ser o GP) com a sua equipe, por meio de um
brainstorming ou ouvindo opinião especializada, para relacionar os principais
aspectos a serem considerados para a qualidade do projeto. Lembre-se de
consultar também outros projetos semelhantes realizados;
9. Desenvolver o plano de recursos humanos
Passo 09
Grupo de Processos Processo Resultado(saída) Área de conhecimento
Planejamento Desenvolver o Plano de Recursos Recursos Humanos -
Plano de Recursos Humanos RH
Humanos - RH
Não existe projeto sem pessoas, isto todos sabem. Mas, muitos planos de
projetos sequer tratam do assunto, ignoram a necessidade de se ter uma plano
para gerenciar adequadamente as pessoas que irão desempenhar suas
atividades no projeto.
✓ Organograma:
Seria importante para o GP saber quando pode contar com cada membro de
seu time? Com certeza, pois a atribuição do trabalho necessário para realizar o
projeto, depende de quando cada um vai poder trabalhar no projeto.
✓ Avaliação de desempenho:
Este exemplo acima é, apenas, uma sugestão. Cada projeto deve adaptar os
procedimentos de avaliação de desempenho ao contexto que está inserido.
✓ Remunerações e premiações:
Fique atento:
- Na matriz de responsabilidades, procure deixar claro qual as
responsabilidades de cada um no projeto. Não economize papel, tinta e nem
bateria do seu notebook, escreva detalhadamente. Para tanto, converse com
cada um, analisando as necessidades do projeto.
10. Planejar as comunicações
Passo 10
Grupo de Processos Processo Resultado(saída) Área de conhecimento
Planejamento Planejar as Plano de Comunicações
comunicações gerenciamento das
comunicações
✓ Calendário de reuniões:
É comum, ao iniciar a execução de um novo projeto, que muita das reuniões
que acontecerão sejam previstas. A estas chamamos de reuniões ordinárias.
Sendo assim, crie um calendário específico para informar quando, a pauta, o
responsável e quais os participantes de cada reunião. Pois, com um calendário
previamente criado, as chances de sucesso nas reuniões aumenta
consideravelemnte, pois as datas já estarão devidamenete programadas,
oportunizando a cada participante se preparar com informações necessárias e
se agendar corretamente, diminuindo as possibilidades de ausências
imprevistas. Veja modelo de calendário no slide disponibilizado da aula.
Fique atento:
- Para saber que informação mandar para cada stakeholder, você precisa
conversar com cada um e perguntar. Não existe outro jeito mais eficiente!
Portanto, pergunte, pergunte e depois pergunte novamente. Ajude-o a
descubrir quais informações precisa ao longo do projeto.
11. Planejar o gerenciamento de riscos
Passo 11
Grupo de Processos Processo Resultado(saída) Área de conhecimento
Planejamento Planejar o Plano de Riscos
gerenciamento de gerenciamento de
riscos riscos
Riscos são eventos futuros que podem ou não acontecer e que portanto terão
consequências positivas ou negativas no projeto. Os riscos do projeto são
sempre futuros. Por isto, não confunda com restrições. Estas últimas são
fatores que estão no presente. Já existem.
Talvez, quando você pense em risco, a primeira coisa que venha em sua
mente é uma situação ou evento de cunho negativo. Entretanto, assim como
existem riscos negativos, aqui chamados de ameaças, também existem riscos
positivos, então chamados de oportunidades. Veja abaixo exemplos de riscos
positivos:
Repare que assim como o esforço de mitigar ou evitar que um risco negativo
aconteça, o mesmo esforço deve ser aplicado para aproveitar oportunidades ao
longo do projeto e com isto gastar um pouco menos, ganhar tempo, melhorar a
qualidade e a satisfação do cliente e do sponsor e muitas outras benesses
advindas.
Para que você possa gerenciar os riscos de seu projeto, entenda o conceito de
fatores de ricos, pois eles serão vitais no seu planejamento. Todo risco tem
pelo menos dois fatores importantes a saber: probabilidade e impacto. A
probabilidade tem a haver com a possibilidade do risco acontecer. Vejamos o
caso de um voo de avião, qual a probabilidade de acontecer uma queda? A
resposta poderia ser baixa, média ou alta. Ou ainda, 1%, 5% e assim por
diante. Mas, os riscos além de probabilidade tem outro fator a ser levado em
consideração, o impacto. Se vier a acontecer de que forma vai afetar o
andamento do projeto? Neste caso, de acordo com a avaliação, pode-se dizer:
baixo, médio ou alto. Ou ainda, ser mais específico e dizer que caso o risco X
venha a acontecer terá um impacto nos custos do projeto em 5 mil reais, ou um
impacto no tempo provocando um atraso de 3 meses na atividade Y e assim
por diante.
Nesta parte de seu plano, inclua todos os riscos levantados por você e sua
equipe. Para tanto, comece com a revisão de toda documentação de seu
projeto, procurando por potenciais fontes de riscos, verifique outros projetos
semelhantes e seus riscos incorridos, consulte especialistas da área,
publicações e termine com um brainstorming com sua equipe. Todos os riscos
levantados devem ser postos na matriz de riscos x causas, informando
também, além dos riscos, suas causas-raiz. Ou seja, a situação que pode
ocasionar o risco. Isto será importante mais a frente quando você precisar criar
ações para responder aos riscos.
✓ Matriz de avaliação de riscos:
Como o próprio nome diz, ela serve para que você avalie cada risco registrado
na matriz de riscos x causas, apresentada há pouco.
Pegue cada risco da matriz riscos x causas e juntamente com a sua equipe de
gerenciamento do projeto, identifique a probabilidade (baixa, média ou alta).
Para o mesmo risco, indentifique o seu impacto (baixo, médio ou alto) e cruze
traçando uma linha imaginária na vertical para a probabilidade e na horizontal
para o impacto. O quadrante que as linhas imaginárias se encontrarem, você
terá o nível de risco. Vamos ao exemplo: No caso do risco de acidente no voo
de avião discutido anteriormente; suponha que sua probabilidade seja baixa
(como de fato é mesma) e que o seu impacto é alto (imagine o porquê do
impacto ser alto ), ao cruzarmos as linhas imaginárias, o quadrante que as
linhas se encontram infoma que o nível deste risco é “baixo risco”. Então, repita
o procedimento para cada risco identificado e inclua as respostas no “quadro
de análise de riscos” que vou explicar, em seguida.
Se, de fato, houver alguma curiosidade dentro de você. Daquelas que trazemos
desde a infância, estaria me perguntando por que não respondemos a riscos
de baixo nível? E a reposta à sua curiosidade é mais simples ainda: se for
respondido todos os riscos de nível baixo existentes para um projeto, os
recursos gastos com ele serão maiores que os benefícios advindos. Muito
tempo e esforço serão empregados para pouco resultado. Então, como técnica
adequada para lidar com eles, por ora, simplesmente, esqueça-os!
Seguindo em frente, para que possa responder aos riscos de nível médio e
baixo, é necessário conhecer os tipos de estratégias disponíveis que podem
ser usadas:
a.1) Mitigar: quando não é possível evitar que um risco ocorra, pode-se pelo
menos trabalhar arduamente para reduzir (mitigar) as suas probabilidades de
ocorrência ou os danos de seu impacto;
a.2) Evitar: esta estratégia é usada quando é possível, por meio de ações
proativas diretamente nas causas do riscos, evitar que ele aconteça;
a.5) Aceitar ativamente: é uma estratégia de, simplesmente, deixar que o risco
o ocorra, mas tendo pensado na ação que será desempenhada, logo após seu
impacto.
a.3) Compartilhar: é uma forma de unir esforços com terceiros para que o risco
ocorra e seus resultados sejam benéficos a ambos;
a.5) Aceitar ativamente: é uma estratégia de, simplesmente, deixar que o risco
o ocorra, mas tendo pensado na ação que será desempenhada, logo após seu
impacto.
Para preencher a matriz de respostas aos riscos, incluar os riscos, seu nível, o
tipo de estratégia que será adotada e a respectiva ação que combine com a
estratégia adotada.
Depois da matriz de respostas aos riscos tiver sido elaborada. Volte ao seu
cronograma e inclua as ações de respostas ao riscos. Para tanto, Crie uma
fase em sua EAP chamada “Gerenciamento do projeto” e inclua o pacote
“Riscos”, dentro dele, no cronograma, coloque as respostas como atividades,
definindo os seus respectivos responsáveis.
Fique atento:
- Nunca inclua riscos de nível baixo na sua matriz de respostas aos riscos;
- Lembre-se que o quadro de análise de riscos e feito com base nos riscos
avaliados na matriz de avaliação de riscos. Ou seja, enquanto você está
utilizando a matriz de avaliação para cada risco, concomitantemente vá
preenchendo o quadro de análise de riscos.
12. Planejar as aquisições
Passo 12
Grupo de Processo Resultado(saída) Área de
Processo conhecimento
Planejamento Planejar as Plano de Aquisições
aquisições gerenciamento
das aquisições
Sendo assim, não basta apenas informar que deve ser adquirido, por exemplo,
um computador desktop, é necessário indicar cada detalhe da aquisição, tais
como: tipo de processador, placa mãe, vídeo, o HD e a sua capacidade,
memória, drives, acessórios e muitas outras informações determinantes para
que o responsável pelas aquisições possa fazer da forma correta. Lembre-se
que as aquisições incluem tanto equipamento, material quanto serviço.
✓ Condições de fornecimento:
Ter a relação do que será adquirido e suas especificações, sem dúvida, é meio
caminho andado, mas não é suficiente. É preciso, ainda, deixar claro quais são
as condições de fornecimento das aquisições. Por exemplo, não basta dizer
que tipo de computador será adquirido, Também e necessário deixar claro
que a aquisição deve atender às condições de fornecedores com mais de 10
anos na praça, com loja física na cidade, garantia de 2 anos, assistência
técnica em 24 horas em caso defeito etc.
Fique atento:
- Levante todos as aquisições necessárias e detalhe suas especificações de
forma a não deixar dúvida quanto aos atributos do que vai ser adquirido. E,
lembre-se, as condições de fornecimento são tão importantes quanto.