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Governo revê regras de junta

orçamentária
Colegiado é responsável por avaliação das contas
públicas para tomada de decisões sobre liberação ou
corte de recursos
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Idiana Tomazelli Adriana Fernandes, Brasília
16 Julho 2017 | 05h00

O governo está sendo obrigado a colocar no papel as regras de


funcionamento da poderosa Junta de Execução Orçamentária, que já
atua na prática, mas sem normas claras. O colegiado é formado pelos
ministros da Casa Civil, da Fazenda e do Planejamento e avalia a
evolução das contas públicas para então tomar decisões fiscais, como
liberação ou cortes de recursos para cumprir a meta de resultado
primário do ano. Nos últimos anos, diante da crise fiscal, a Junta tem
tido papel estratégico e ao mesmo tempo sensível para definições
orçamentárias.

A formalização do colegiado é uma determinação do Tribunal de


Contas da União (TCU), que deu prazo até amanhã para a constituição
das regras. A Casa Civil já solicitou prorrogação por mais 90 dias, mas
a extensão do prazo depende ainda de decisão do relator, ministro
Bruno Dantas.

A estratégia do TCU é dar mais transparência às decisões tomadas pela


Junta. Hoje não é possível distinguir o que foi escolha das áreas
técnicas e o que foi decisão ministerial ou mesmo do presidente da
República. Assim, se algum agente optar por liberar recursos mesmo
diante de queda na arrecadação ou ameaça ao cumprimento da meta
fiscal, o TCU tem dificuldade para identificar.

A corte de contas determinou que a Junta formalize em ata todas as


deliberações relacionadas ao Relatório de Avaliação de Receitas e
Despesas Primárias, documento divulgado a cada dois meses para
acompanhamento das finanças públicas. A ata ainda deve apontar se
uma estimativa de receita ou despesa foi alterada pela Junta ou é
puramente baseada em estudos técnicos.

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Pedaladas. A corte de contas avalia que é preciso dar transparência aos
números e combater a “zona cinzenta” que prevaleceu nos últimos
anos, quando o governo maquiava as estimativas e fazia manobras
contábeis para melhorar artificialmente a situação das contas públicas.
Uma dessas manobras, as chamadas pedaladas fiscais, foi condenada
pelo TCU e custou o cargo da ex-presidente Dilma Rousseff.

O TCU argumenta que as atas da Junta de Execução Orçamentária


darão ao tribunal instrumentos para definir exatamente as
responsabilidades de cada um. Dentro do governo, no entanto, a
determinação é vista com reservas. Um integrante da equipe
econômica argumenta que alguns dados discutidos pelo colegiado são
estratégicos e não deveriam ficar públicos.

Apesar da resistência, o governo não recorreu da decisão feita pelo


TCU e aceitou cumprir a determinação diretamente. A Casa Civil
informou que o tema ainda está em análise pelo corpo técnico e que
não é possível “antecipar conclusões”.

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