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A EPIDEMIOLOGIA NOS SERViÇOS DE SAUDE

Texto extraído do "li Plano Diretor para o Desenvolvimento da Epidemiologia


no Brasil: 1995-1999" da Comissão de Epidemiologia, ABRASCO, Rio de
Janeiro, 1995

A complexidade do quadro miologia, manifestada na abordagem da Vigi-


epidemiológicoda saúdeda populaçãobrasilei- lância Epidemiológica de algumas enfermidades
ra, que congregaproblemasde tão grande di- transmissíveis, contrapõe-se, hoje, a um enfoque
versidadeno nível dos determinantese no da mais globalizante, sendo a lógica epidemiológica
intervenção,colocaenormesdesafiosparao sis- de defInição de perfis de saúde-doença na popu-
tema de saúde.O aumento da expectativade lação utiliZada como parâmetro em documentos
vida da populaçãoimplica necessariamente em oficiais para o processo de gestão do SUS.
um aumentode custos,tanto pelo crescimento Paralelamentea isto, a consolidação do CENEPI
do número de usuáriosquanto pelo aumentoda como órgão de nível central, coordenador das
morbidade,principalmentenos idosos.Porisso, açõesde Epidemiologia no Sistema Nacional de
entendendoque os serviçosde saúdedevemser Saúde do País, dentre outras repercussões, tem
vistos como aliadosda vida e do bem-estardas provocado maior presençada Epidemiologia nos
populações,há que se esperare prever um au- níveis estaduale municipal, explicitando um com-
mento dos custos,decorrenteda maior comple- promisso efetivo com a descentralização das
xidadeque o aumentoda sobrevidatraz. Aliado ações.
a isso,no nossoPaís,o planejamentodasações A maior presençada Epidemiologia na
de saúdesefaz sema utilizaçãode instrumentos estrutura organizacionaldos estadose municí-
básicosde racionalizaçãoe sem a definição de pios, atravésde departamentosou superinten-
prioridades calcadasno perfil de saúde-doença dências,atestaessemovimento. A utilizaçãoda
da população.Nestesentido,há um ~paço em Epidemiologia na organizaçãoe avaliaçãoda
abertoparaa Epidemiologiacolaborar,indican- assistênciamédicahospitalarcomeçaa dar seus
do uma melhor alocaçãode recursose llIna mai- primeiros passos,precisandoserimplementada
or justiça socialna distribuição dos benefícios. e fortalecida.
O processode consolidaçãodo Siste- Estas possibilidadesde ampliação da
ma Único de Saúde(SUS) estálevandoa uma presençada Epidemiologiano sistemade saúde
transformaçãodo papelda Epidemiologia nos têmseconfrontado com asdificuldadespeculia-
serviços,com possibilidadede alteraçõessigni- res àsmarcadasdiferençasque prevalecemen-
ficativas nas práticasepidemiológicas.A atua- tre regiões,estadose municípios. As condições
ção setorizada e particularizada da Epide- prévias em que se encontravamos serviçosde

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Associação
ABRASCO

saúdenos municípios têm influenciado no rit- sileiros de Epidemiologia.


mo e na qualidade do processo de É preciso assinalarque os instrumen-
municipalizaçãoneles verificado. Por vezes,o tos epidemiológicosnão sãoos únicos válidos e
processode descentralização dasaçõestemocor- legítimos para a definição de prioridades mas,
rido de forma desarticulada e, ao invés da sem dúvida, o reconhecimentoda sua contri-
descentralização, ocorre apenas uma buição significa um enorme avançoe uma rup-
desconcentração de atividades,semo correspon- tura com a lógica da tomada de decisões,utili-
dente fmanciamentonecessárioao desenvolvi- zadaanteriormentepelosserviçosde saúde.Uma
mento dasações. parceriaestreitacom a áreado Planejamentoem
Verjfica-setambémuma certaperplexi- Saúdee coma Administraçãoé fundamentalpara
dadedos Estadosque, passandoaosmunicípios viabilizar estaperspectiva.
as atividades executoras das práticas epide- As exigênciasque a prática nos servi-
miológicas, ainda não assumiramde fato o seu Ç9Sde saúdetêm trazido para as disciplinas da
lugar de prática no Sistemade Saúde:até por- SaúdeColetiva traduzem-se,ainda, no apare-
que,nestemomentode transição,osestadostêm cimento de novos camposdisciplinares,orien-
freqüentemente tido o duplo papel de tados para a abordagemde determinadospro-
supervisores/normatizadores e de executoresde blemas cuja complexidadeexige um olhar de
alguma..~ tarefas,crise esta agravadapela perda múltiplas perspectivas.O enfoquedasquestões
de quadros técnicostradicionais e experientes, de saúdecomo problemascomplexos,que exi-
que têm se dirigido para o trabalho no nível gemabordagenscomplexaspararesolvê-los,co-
municipal, inclusiveatraídospor melhoressalá- loca a Epidemiologia como um campo discipli-
rios. A descontinuidadedos investimentosnos nar importante, mas não suficiente para esse
serviçosde saúdee a falta de uma política ade- enfrentamento.
quada de recursoshumanos têm levado a uma Um outro aspectode destaquena atual
baixa fIXação,ou mesmo à evasãode profissio- conjuntUrade saúdeé a incorporaçãolegal do
nais capacitados. controle social no SistemaÚnico de Saúde.A
Apesardas dificuldadesna redefmição presençadestesatorescolocanovaspossibilida-
formal dos papéisdos váriosníveishierárquicos des e tarefaspara a Epidemiologia. A divulga-
do Sistemade Saúde,pode-sehoje constatara ção de dadosepidemiológicospertinentespara
ocorrência de experiênciasinovadorase criati- os conselhosmunicipais e estaduais,para a im-
vasna prática da Epidemiologia, tanto pela in- prensae paragrupos organizadosda população
clusãoda vigilância de outros agravos-como pode contribuir para a decisãosobre a alocação
asmortalidadesinfantil e materna,os nascimen- de recursose conferir maior transparênciaao
tos de alto risco, entre outros -quanto pela processodecisório.
formaçãode recursoshumanos com uma abor- É portanto vital que sedisponhade sis-
dagem mais aplicadaàs questõese problemas temasde informaçõesatuais,de boa qualidade,
dos serviçosde saúde.A integraçãouniversida- com dadospertinentese de fácil acesso.Embo-
de-serviçoestreitou-sebastantenestesúltimos ra não setenhatodasessasqualidadesjuntas nos
anos, estimulada pelo apoio oferecido pelo nossosbancosde dadosnacionais,e asinforma-
CENEPI a essaexperiência.Sugere-sea ampli- çõesem saúdeexistentesnem sempresejamas
açãoda oferta de cursosdescentralizados para a mais adequadase oportunas para subsidiarefe-
formação em Epidemiologia direcionada aos tivamente as decisões,tem se verificado uma
serviçosde saúde, com um maior esforço de melhoria significativa do Sistemade Informa-
adequaçãoàspráticasdos serviços.Há que se çõesde Mortalidade (SIM), a criaçãode novos
destacaro aumento acentuadoda produção ci- sistemas,como o de NascidosVivos (SINASC)
entífica nos serviços de saúde,verificado nas e outros. Há, entretanto,algumasfontes de da-
apresentações dos trêsúltimos CongressosBra- dos pouco utilizadas,como a Autorizaçãopara

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a Internação Hospitalar (Alli). Uma questão voltadas para a atUaçãodos serviços de saúde: o
importante a ser consideradaé a definição dos estUdo da sitUação de saúde; a vigilância de do-
níveis de complexidadedos sistemasde infor- ençase outros agravos à saúde; e a avaliação dos
maçõesdescentralizados. Algumasexperiências serviços de saúde. Evidentemente, os aspectos
de organizaçãode bancosde dadosmunicipais relativos à determinação do processo saúde-do-
têm mostrado resultadosfavoráveis.Do ponto ença podem eventUalmenteserestUdadosnos ser-
de vista organizacional,é preocupantea criação viços de saúdesem, entretanto, se confundir com
ou a existênciade centros de inf<:>rmações em asquestões que aqui serão tratadas.
saúdecomo unidadesindependentes,desarticu-
O Estudo da Situação de Saúde
ladas dos órgãos de Epidemiologia, sem uma
definição,precisado seupapel. Merece destaque a importância de uti-
E importante aindalembrarque o inte- lizar-se metodologias que possam explicitar as
ressee a relevânciadas informações em saúde desigualdades em saúde, de forma a permitir
não se restringemà sua utilização imediata pe- intervenções diferenciadas sobre os grupos
los serviçosde saúde.Assim, os sistemasde in- populacionais em ftmção de suasespecificidades
formaçõesnão podem seratreladosa certasvi- epidemiológicas, expressas por características
sõesparciaise conjunturais, derivadasdas ne- econômico-sociais e de morbi-mortalidade que
cessidadesparticularesdos serviços. lhes são próprias. Neste sentido, tem sido reco-
A divulgação das informações mendada a utilização de análises que incorpo-
epidemiológicastambémtem papelrelevantena rem a dimensão espacial, tendo em vista a defi-
consolidaçãodessessistemas.A garantiade con- nição de regiões epidemiologicamente homogê-
tinuidade da publicaçãoe distribuiçãodo Infor- neas, que permitam intervenções específicas,di-
me Epidemiológico do SUS, feito pelo ferenciadas e efetivas. Várias são as dificuldades
CENEPI, é importante na veiculação dos de operacionalização dessaproposta, como, por
conhecimentosnecessários ao desenvolvimento exemplo: a variedade de critérios de agregação
da Epidemiologia, Vários estadose alglillSmu- dos dados secundários,dificultando -quando não
nicípios já têm experiênciade publicaçãode in- inviabilizando -a compatibilização; o pouco
forIl}es epidemiológicos,que deve ser amplia- domínio das técnicas que trabalham com peque-
da. E necessário,ainda, descobrirformas de di- nos números; a pouca experiência com o uso de
fusão dos conhecimentos e informações técnicas rápidas de diagnóstico; a escolha e a
epidemiológicasparaa populaçãoe organismos padronização dos indicadores a serem utiliza-
não-estatais,a fim de contribuir para o exercí- dos; e a definição de critérios para desigualdade
cio do controle socialsobre os serviçosde saú- em saúde (se em relação a um padrão, se em
de. relação à mesma população no tempo, se em
Por fim, a Epidemiologia devepartici-parrelação à evitabilidade de agravo, ou outros).
de todas asetapasdo processo,desdea dis-cussão
sobre os sistemasde informações,iden- Vigilância de Doenças e Agravos à
tificando asvariáveismais pertinentes, àsfor- Saúde
masde análise,passandopelaetapada interpre- Uma das principais tarefas da
tação,voltadaparaa avaliaçãoe a ação.Em todo Epidemiologia nos serviços de saúde é o
esseprocesso,é importantebuscarcontribuições monitoramento dascondiçõesde saúdedaspo-
e estabelecerarticulaçõescom outras discipli- pulaçõesde referência.O trabalho no nível 10-
nas,como a Clínica, a Administração,o Plane- cal, a partir de áreasde abrangênciapequenas,
jamento e as Ciências Sociais,efetivando, as- lança novos desafiospara a Epiderniologia na
sim, o princípio da multidisciplinaridade. elaboraçãode métodosde análisee na constru-
Identificam-se,no momento, como as ção de indicadoresde saúdee de qualidade de
principais áreasde prática de Epidemiologia vida.

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ABRASCO

A metodologia da Vigilância portante para padronizar o conjunto de variá-


Epidemiológica, testadacom êxito no controle veis, cujos resultados(efeitos esperadose ines-
de algumasdoençasinfecciosas,tem sido utili- perados)responderãopelo efeito final.
zada apenaspara algumasenfermidadespelos A avaliaçãodo impacto daspráticassa-
serviçosde saúde.Há grande possibilidadede nitárias sobre a saúde da população, por sua
ampliaçãodo usodestametodologiaparaoutras complexidade,não pode serincorporada como
doenças e agravos. A vivência dos atividaderotineira dos serviçosde saúde,cons-
epidemiologistasdos serviçosde saúdena práti- tiruindo-se,maispropriamente,emquestãopara
ca da Vigilância Epidemiológica mostrou que a pesquisaavaliativa.Entretanto, os serviçosde
as atividadesgerenciaisdos programasocupa- saúdedevemincluir, em seutrabalho de rotina,
ram quase todo o tempo dessesprofissionais, formas de monitoramento de indicadores de
resultandoem uma aplicaçãopobre dastécnicas impacto. A avaliaçãode qualidade das práticas
de vigilância disponíveis, bem como em uma sanitáriaspressupõeconsiderar os efeitos das
análisesuperficialdos dadoscoletados.Discute- mesmaspara a populaçãoà qual tais atividades
sequal a áreade abrangênciada Epidemiologia sedestinam.
nos serviçosde saúdee sea intervençãodeveser Concluindo, pode-sedizer que a atual
tambémobjeto do seutrabalho. conjuntura de saúdeabre espaçopara o exercí-
Na atual proposta de "Vigilância em cio da Epidemiologia como uma dascontribui-
Saúde" detecta-sea existência de problemas çõespara a definição de prioridades para o se-
conceituais e operativos. Observa-se a tor. Considerando-sea dramática situação de
concomitânciade concepçõesnão equivalentes, saúde da população brasileira, o processo de
que incluemdesdeo aprimoramentodo sistema municipalização em curso e as dimensões do
de vigilância epidemiológica -passando pela País,reconhece-se que a tarefaé muito grandee
aglutinação das atividades de vigilância vai demandar um enorme esforço dos
epidemiológica e sanitária, com a inclusão de epidemiologistasparatomar efetivoo que já está
outras doençase agravos-até a concepçãomais asseguradoem lei. Seriaingênuo subtrair desta
global da vigilância de problemasdefinidos no análisea determinaçãodas injunções políticas
nível local, incluindo fatores de risco presentes maiores,que definem a possibilidadeconcreta
no ambiente,nascondiçõesde trabalho,nos es- de atuaçãono setor saúde, mas seria descaso
tilos de vida etc. não apostar fortemente nas possibilidadesem
aberto.
Avaliação dos Serviços de Saúde
Tradicionalmente, as avaliações O Estudo da Situação de Saúde
epidemiológicas procuravam analisaro efeito Problema 1: Conhecimento insuficien-
final, quandoo melhorseriaconsiderarcadaeta-
te das condições concretas de saúde
pa de desenvolvimentode um programa. A ava-
liaçãode impacto necessitade uma sériede eta- da população para permitir interven-
pasintermediáriaspara que o conjunto de efei- ções estratégicas, pelos serviços de
tos de um determinadoprogramapossaseraqui- saúde.
latado. As atividadesde avaliaçãorequerema Ponto crítico:
contribuição de diferentesdisciplinas, alémda 1.1. Ausênciade inquéritos de saúdede base
Estatísticae da Epidemiologia, como a Educa-
populacional,de abrangênciaregional e nacio-
ção, o Planejamento,a Psicologia,a Adminis-
nal.
tração e outras.
O olhar epidemiológico nasavaliações Proposição:
de estruturasorganizacionaise dos processosde Incentivo à realizaçãode inquéritos de
elaboraçãoe implantaçãode programasé im- saúdede basepopulacionalnos âmbitosestadu-

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al, regional e nacional.Ação: epidemiológico na definição das prioridades
institucionais.
Constituir grupo de trabalho Proposição:
interinstitucional para elaborar proposta, de Fortalecimentoda articulaçãoentre os
abrangêncianacional, de inquéritos periódicos setores de Planejamento, Administração e
de saúde. Epidemiologia nos serviçosde saúde.
Ponto crítico: Ações:
1.2. Pouco aprofundamento nas discussões Apoiar iniciativas que, no âmbito dos
metodológicasda abordagemdasdesigualdades serviçosde saúde,favoreçamasarticulaçõesen-
em saúdee dificuldade de operacionalizaçãode
tre os setoresde Planejamentoe Administração
investigações, em pequenos grupamentos e a áreade Epidemio.\ogia.
populacionais (população de referência)e na Desenvolvera produçãoteóricareferen-
incorporaçãode técnicasapropriadas. te à utilização de informaçõesepidemiológicas
Proposição: nos processosde tomada de decisões.
Estímulo ao conhecimentoe à aplica- Promover estudoscomparativos, com
çãode técnicasadequadasparao diagnósticoda vistas a identificar o tipo e a quantidade de in-
situaçãode saúdedas populaçõesde referência formações epidemiológicas estratégicas,para a
dos serviçosde saúdeem nível local. tomada de decisão nos diferentes níveis do sis-
tema.
Ações:
Problema 2: Incompatibilidade
Semináriose cursosvoltadosparaa for-mação de al-
de docentese profissionais de serviçosobjetivando
guns sistemas de informação em saú-
a utilização de métodos e técnicas de e dificuldades de acesso às bases
apropriadas. de dados existentes.
Defmir padrões de comparação,que
revelemdesigualdadesfrente ao risco de adoe- Ponto crítico:
cer e morrer, para essaspopulaçõesde referên- 2.1. Organização centralizada dos bancos de
CIa. dadose nívelde agregaçãodasinformaçõesdis-
Capacitar os profissionais de poníveis, dificultando sua utilização em níveis
Epidemiologia nas abordagensde análiseespa- descentralizados do sistemade saúde.
cial e geoprocessamento.
Realizare reproduzir, periodicamente, Proposição:
estudosabrangentes,com coleta simultâneade Modificação da organizaçãoe das for-
informaçõessobrefatoresde risco, morbidade, mas de acesso aosbancosde dadospara permi-
incapacidadee utilização dos serviços, com o tir a utilizaçãodasinformaçõesnos níveisregio-
compromissode ajustaraspolíticasdo setor. nal e local.
Executar estudosespeciais,com vistas Ações:
ao aprofundamentodo conhecimentosobre al- Compatibilizar os conceitose o trata-
guns estratospopulacionais(zona rural, índios, mento dos dadosde modo a atenderasnecessi-
semteto).
dadesde informaçõesde maneiradescentraliza-
Priorizar modelosde avaliaçãodasne- da.
cessidades, na perspectivados sistemaslocaisde
Conformar os bancosde dados àsne-
saúde, buscando a redução das desigualdades
cessidades dosdiferentesníveisorganizacionais.
sócio-sanitárias.
Estudar formas de viabilizar a utiliza-
Ponto crítico: ção de grandes bancos de dados em
1.3. Pouca utilização do conhecimento microcomputadores.

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Ponto crítico:2.2. de, provendo-oscom equipamentos,de acordo


., ,
Ausênciade critérios de validaçãodos da- com as necesslaaaes.
dos existentes. Ações:
Proposição: Implantar um nó INTERNET no
Criaçãode critérios para validaçãodos CENEPI.
dadosdispoIÚveis. Disseminar equipamentos de
informática nos serviços,favorecendoa ligação
Ação: direta destescom asbasesde dados.
Realizar estudos de validação, por Ponto crítico:
amostragem,dosdadosdisponíveisnossistemas
SIM, SIVAN, SINASC, AlH e outros. 2.6. Insuficiênciade recursoshumanos capaci-
tadospara gerir e analisarSistemasde Informa-
Ponto crítico:
çõesem Saúde.Proposição:
2.3. Custo elevadopara obtençãodas informa-
ções específicas, isto é, que demandem
Formaçãode equipescapacitadasa pro-
tabulaçõesespeciais. duzir, analisare gerir sistemasde informações
Proposição: em saúdeem cadanível hierárquico do sistema
Promoçãode acordosentre asinstitUi- de saúde.Ação:
çõesgeradorase consumidorasde informações
em saúde,de forma a ter custosmais acessíveis
para os serviçospúblicos e pesquisadores. Cursos, assessorias e treinamento em
serviço,objetivando a constitUiçãoe manuten-
Ação: ção dasequipesnos diferentesníveis.
Grupo de trabalho,reunindo produto-
Vigilância de Doenças e Agravos à Saú-
res e consumidoresde informações,para defi-
nir formas de acessomais exeqüíveis.
de
Ponto crítico:2.4. Problema 3: Necessidade de ampliar
o escopo dos programas de Vigilância
Divulgaçãoinsuficienteda existência,pos-
Epidemiológica, conforme previsto
sibilidade de acesso,nível de agregaçãodos da-
pela Lei 8080.
dos e uso dos sistemasde informações
Proposição: Ponto crítico:
Democratizaçãodo acessoàsinforma- 3.1. Restriçãodos programasde vigilância aos
ções, transformando-as em um instrumento problemase agravosà saúdede notificaçãoco~-
gerenciale de efetivo controle social. pulsória.
Ações: Proposição:
Articular com o GT de Informaçõesem C'TMantiada continuidadee da melhoria
SaúdeAbrascoABEP. das ações de controle dos programasde vigilân-
Articular com os profissionais de ciajá implantados e inclusão de novos agravose
informática, comunicação,educaçãoe saúde. doenças.
Ponto crítico: Ações:
2.5. Baixa utilização de equipamentos de Ampliar o elencode doençase agravos
informática pelosserviçosde saúde. sob vigilância, de acordo com o perfil de saúde
local.
Proposição: Incluir a participação de epide-
Estimulo à implementação do miologistasno monitorarnentode diversospro-
processamentoeletrônico nos serviçosde saú- blemasde saúde.

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Integrar as atividades de vigilância Ponto crítico:
epidemiológicae sanitária,com baseno enfoque 3.4. Insuficiênciade recursose de articulação
de risco. gerencial,entre os diferentesníveis hierárqui-
Ponto crítico: cos do sistemade saúde,nas açõesde vigilân-
3.2. Difi(.-uldadede definir e implantar sistemas cia epiderniológica.
de monitoramento dos fatoresde risco, no nível
Proposição:
local.
Promoçãode formas de articulaçãoe
Proposição: apoio institucional aos programasde vigilân-
Fomento à criaçãoe implantaçãode sis- CIa.
temasde monitoramento.
Ações:
Ações: Definir formasde financiamentopara
Identificar formas inovadoras de abor- as atividades de rotina de vigilância
dar as populações de maior risco de adoecer e epiderniológicae dos seusprocedimentos.
morrer, utilizando técnicas de consenso, evento- Incorporar o conceitoampliadode vi-
sentinela, diagnósticos rápidos, geoprocessamento gilância epidemiológica, evitando a
etc. compartimentalizaçãoentre os programas de
Capacitaros profissionaisno uso dessas vigilânciae monitoramento.
novasabordagens. Construir propostas de
Ponto crítico: descentralização compatíveis com as funções
dosváriosníveishierárquicosdo sistemae com
3.3. Acumulaçãoexcessivade dados relativos à
as características
epiderniológicasdas doenças
ocorrênciados eventos,sempreocupaçãocom a e agravosconsiderados.
qualidade,a análisee o uso efetivo dasinforma-
ções. Avaliação dos Serviços de Saúde
Proposição: Problema 4: Insuficiência de estudos
Estímulo ao usoracionaldosdadospro- epidemiológicos que permitam avali-
duzidos pelos programas de vigilância e ar a necessidade, adequação e
monitoramento. efetividade dos serviços prestados.
Ações: Ponto crítico:
Otimizar a etapa de coleta de dados,
4.1. Desconhecimentodo graude implantação,
padronizando conceitos, de forma a garantir emtermosquantitativose qualitativos,dasações
comparabilidadee agregaçãoparaa análisee para programáticasnos serviçosde saúde.
a tomada de decisões.
Avaliar a qualidadedos sistemasde vigi- Proposição:
lânciaregionaise locais,considerandoos critéri- Realização,no nível local e regional,
os de simplicidade, oportunidade, repre- de análiseda implantaçãodos programase sua
sentatividadee confiabilidade das informações correlaçãocom indicadoresde impacto.
obtidas. Ação:
Facilitar a utilização da informática no Estudos locais e regionais relativos à
processamento e análisedosdados,promovendo implantaçãoe acompanhamento dosprogramas.
treinamentosem computação. Ponto crítico:4.2.
Estimular a manurençãodosinstrumen- Dificuldadesde obtençãode informações
tos de divulgaçãoexistentes,bemcomo a criação relativasaos serviçosde saúdeque permitam
de novosinstrumentos. aquilatar seufuncionamentoe o atendimento

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àsnecessidadesde saúde,visto que asinforma- intervenções.


ções disponíveis geralmente são de caráter
Proposição:
contábil.
Busca de formas de superaçãodessa
Proposição: desarticulação.
Desenvolvimentode formas de obten-
Ações:
çãode informaçõesque permitam avaliara dis-
Efetuar análisesintegradasdos dadps
ponibilidade quantitativa e os aspectosquali-
produzidos no nível local e regional.
tativos da assistênciaprestada.
Articular, nasanálisesepidemiológicas,
Ações: informaçõesextra-setoriaisque tenham reper-
&tabelecerprojetosde credenciamento cussão,direta ou indireta, nascondiçõesde saú-
hospitalar, visando a definição de incentivos de e na organi~ção dos serviços.
institucionais baseadosna garantiade qualida- Ponto crítico:4.5.
de, e não apenasna produtividade.
Definir critérios de qualidade para as Pequenainserçãodasinstituições acadêmi-
açõespreventivas,a classificaçãodiagnósticae cas na pesquisaavaliativada resolutividade das
os procedimentos terapêuticosessenciais,em práticas assistenciais.
nível ambulatoriale hospitalar. Proposição:
Realizarestudospara validaçãodases- Fomento às pesquisas relativas à
tatísticas utilizadas pelos serviços visando a resolutividadedos serviços.
melhoriae acomparabilidadedosdadosproduzi-
dos Ações:
Ponto crítico: Apoiar os núcleosde pesquisainteres-
sadosna avaliaçãodos programasde saúde.
4.3. Insuficiente utilização dastécnicase estra- Sistematizare divulgar, periodicamen-
tégiasde monitoramento de processona execu-
te, bibliografia comentadada produçãocientífi-
ção das açõesprogramáticas,nos diferentesní-
ca da área.
veis hierárquicosdo sistema.
Ponto crítico:
Proposição:
4.6. Ausênciade abordageminterdisciplinar e
Estímulo ao monitoramento dos pro-
cessoscomo etapaimprescindívelpara a avalia- multidisciplinar paradesenvolvimentode inves-
ção dos serviços. tigaçõesnos sistemase serviçosde saúde.

Ações: Proposição:
Realizar cursos e divulgação dos conhe- Estímulo à abordagemmultidisciplinar.
cimentos disponíveis. Ação:
Promover a articulação institucional Promovera formaçãode grupos de es-
entre as áreas responsáveis pela avaliação.
tudo e fóruns de discussãointerdisciplinar, para
Ponto crítico:4.4. a formaçãoou reciclagemde docentese pesqui-
Desarticulação entre os diferentes níveis de sadores,com ênfasena discussãode modelos
atenção e instituições locais, dificultando a pos- teórico-práticosaplicadosao estudo da eficácia
sibilidade de se avaliar produtos e impacto das organizacionale à avaliaçãode programas.

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