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Para dirimir as dúvidas que os contribuintes Mesmo diante deste impasse, o Poder Judiciário
vinham enfrentando, a Lei nº 12.995/2014, de Minas Gerais proferiu decisão em ação
publicada em 20 de junho de 2014, estabeleceu judicial patrocinada pelo Almeida Advogados
claramente que a alíquota para fins de retenção impedindo que uma empresa do ramo de
da Contribuição Previdenciária das empresas de construção civil sofresse a arbitrária retenção de
construção civil enquadradas na desoneração 11% e determinou que o montante a ser retido
da folha de pagamentos é de 3,5%. deveria respeitar a atual sistemática tributária
que impõe 3,5%.
Para o setor de construção civil, a desoneração
da folha de pagamento foi gradualmente Não podendo der diferente, com o advento da
disciplinada pela legislação e diversas Lei nº 12.995/20141, foi expressamente
manifestações da Receita Federal do Brasil determinado que a alíquota da retenção da
(“RFB”) foram proferidas, o que, Contribuição Previdenciária sobre a Receita
consequentemente, gerou muitas dúvidas e Bruta das empresas de construção civil é de
transtornos para os contribuintes. 3,5%, seja com relação aos serviços prestados
mediante cessão de mão de obra, seja para fins
Isto porque, na antiga sistemática de tributação, de elisão de responsabilidade solidária.
os tomadores de serviços retinham e recolhiam
aos cofres públicos 11% sobre o valor da nota Como se vê, a Lei nº 12.995/2014 afastou
fiscal ou fatura de prestação de serviços. Ocorre completamente a aplicação da ilegal IN nº
que com a desoneração da folha de pagamento, 1.436/2013 no que concerne a retenção da
os tomadores de serviço de construção civil Contribuição Previdenciária sobre a Receita
passaram a ser obrigados a reter tão somente Bruta das empresas de construção civil, vetando
3,5%.
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