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LÍNGUA PORTUGUESA
Sumário
1. Interpretação de textos..........................................................................................................................................6

1.1 Tipologia Textual....................................................................................................................................................6

1.2 Erros Comuns de Interpretação de Textos............................................................................................................7

1.3 Palavra-chave e Ideia-chave..................................................................................................................................7

1.4 Questões de concursos anteriores........................................................................................................................8

2. Fonologia.............................................................................................................................................................16

2.1 Classificação dos Fonemas.................................................................................................................................16

2.1.1 Vogais...............................................................................................................................................................16

2.1.2 Semivogais........................................................................................................................................................17

2.2 Sílaba...................................................................................................................................................................17

2.3 Encontros Vocálicos.............................................................................................................................................17

2.4 Encontros Consonantais......................................................................................................................................18

2.5 Separação Silábica..............................................................................................................................................18

2.6 Acentuação Gráfica..............................................................................................................................................18

2.7 Questões de concursos anteriores......................................................................................................................19

3. Semântica.............................................................................................................................................................20

3.1 Denotação e Conotação......................................................................................................................................21

3.2 Sinonímia.............................................................................................................................................................21

3.3 Antonímia.............................................................................................................................................................21

3.4 Homonímia...........................................................................................................................................................21

3.5 Paronímia.............................................................................................................................................................22

3.6 Polissemia............................................................................................................................................................23

3.7 Hiponímia e Hiperonímia......................................................................................................................................23

3.8 Ambiguidade........................................................................................................................................................24

3.9 Questões de Concursos Anteriores...................................................................................................................24

4. Fatos e Dificuldades da língua Culta.................................................................................................................26

4.1 Por que / Porque / Por quê / Porquê....................................................................................................................26

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4.2 Há / A...................................................................................................................................................................26

4.3 Se não / Senão....................................................................................................................................................26

4.4 Onde / Aonde / Donde.........................................................................................................................................27

4.5 Mal / Mau.............................................................................................................................................................27

4.6 Mais / Mas............................................................................................................................................................27

4.7 Afim / A fim de......................................................................................................................................................27

4.8 Em vez de / Ao invés de......................................................................................................................................27

4.9 Acerca de / Há cerca de / (a) cerca de................................................................................................................27

4.10 De encontro a / Ao encontro de.........................................................................................................................27

4.11 De mais / Demais..............................................................................................................................................28

4.12 Tampouco / Tão pouco......................................................................................................................................28

4.13 A princípio / Em princípio...................................................................................................................................28

4.14 Ao nível de / Em nível de...................................................................................................................................28

4.15 À medida que / Na medida em que....................................................................................................................28

4.16 Questões de concursos anteriores....................................................................................................................28

5. Processo de Formação das palavras.................................................................................................................30

5.1 Derivação.............................................................................................................................................................30

5.1.1. Prefixal.............................................................................................................................................................30

5.1.2 Sufixal...............................................................................................................................................................30

5.1.3. Parassintética (Circunfixação).........................................................................................................................30

5.1.4 Regressiva (Regressão)...................................................................................................................................30

5.1.5. Imprópria (Conversão).....................................................................................................................................31

5.2 Composição.........................................................................................................................................................31

5.2.1. Justaposição....................................................................................................................................................31

5.2.2 Aglutinação.......................................................................................................................................................31

5.3 Onomatopeia........................................................................................................................................................31

5.4 Abreviação (redução)...........................................................................................................................................31

5.5 Hibridismo............................................................................................................................................................31

5.6 Questões de concursos anteriores......................................................................................................................31

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6. Morfologia.............................................................................................................................................................33

6.1 Classes de palavras.............................................................................................................................................33

6.1.1 O Substantivo....................................................................................................................................................33

6.1.2 O Adjetivo..........................................................................................................................................................36

6.1.3 O Verbo.............................................................................................................................................................40

6.1.4 O Pronome........................................................................................................................................................53

6.1.5 A Preposição.....................................................................................................................................................60

6.1.6 A Conjunção......................................................................................................................................................62

6.1.7 A Interjeição......................................................................................................................................................68

6.1.8 O Adbérbio........................................................................................................................................................69

6.1.9 O Artigo.............................................................................................................................................................73

6.1.10 O Numeral.......................................................................................................................................................75

6.1.11 Questões de Concursos Anteriores................................................................................................................76

7. Sintaxe: a função das palavras na frase............................................................................................................80

7.1 Termos essenciais da oração: O Sujeito e o Predicado......................................................................................81

7.2 Classificação do Sujeito.......................................................................................................................................82

7.3 Classificação do predicado...................................................................................................................................85

7.4 Termos integrantes da oração: objetos direto e indireto, complemento nominal e agente da
passiva.......................................................................................................................................................................85

7.5 Termos acessórios da oração: Adjuntos Adnominal e Adverbial e Aposto..........................................................86

7.6 Questões de concursos anteriores.......................................................................................................................89

7.7 Período composto por coordenação.....................................................................................................................90

7.8 Período composto por subordinação....................................................................................................................91

7.9 Questões de concursos anteriores.......................................................................................................................94

8. Concordância Nominal e Concordância Verbal.................................................................................................96

8.1 Concordância Nominal.........................................................................................................................................96

8.2 Concordância Verbal............................................................................................................................................96

8.3 Questões de concursos anteriores.......................................................................................................................98

9. Regência Verbal e Regência Nominal.................................................................................................................99

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9.1 Regência Verbal...................................................................................................................................................99

9.2 Regência Nominal..............................................................................................................................................102

9.3 Questões de concursos anteriores.....................................................................................................................102

10. Crase.................................................................................................................................................................103

10.1 Questões de concursos anteriores...................................................................................................................107

11. Pontuação.........................................................................................................................................................108

11.1 Vírgula..............................................................................................................................................................109

11.2 Ponto e Vírgula.................................................................................................................................................109

11.3 Dois-pontos......................................................................................................................................................109

11.4 Ponto................................................................................................................................................................110

11.5 Ponto de Interrogação......................................................................................................................................110

11.6 Ponto de Exclamação.......................................................................................................................................110

11.7 Travessão.........................................................................................................................................................110

11.8 Parênteses.......................................................................................................................................................111

11.9 Aspas...............................................................................................................................................................111

11.10 Reticências.....................................................................................................................................................111

11.11 Questões de concursos anteriores.................................................................................................................112

12. Figuras de Linguagem.....................................................................................................................................114

12.1 Figuras de Palavras..........................................................................................................................................114

12.2 Figuras de Sintaxe............................................................................................................................................115

12.3 Figuras de Pensamento....................................................................................................................................116

12.4 Figuras Fônicas................................................................................................................................................116

12.5 Questões de Concursos anteriores...................................................................................................................117

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1. Interpretação de Textos dados estatísticos, testemunho de autoridade,


comparação, fato-exemplo, enumeração.
Do latim texere (construir, tecer), “maneira de tecer”, 5º Mais do que isso, observe entre cada par de
“coisa tecida”, “estrutura”. Ao longo do tempo, a parágrafos se há entre eles alguma relação de
evolução semântica da palavra atingiu o significado de esclarecimento, resumo, explicação,
“tecelagem ou estruturação de palavras“, “composição exemplificação, descrição, enumeração, oposição,
literária”. É todo elemento oral, escrito e/ou visual que conclusão (estude os operadores argumentativos
faça sentido, esteja inserido em um contexto e tenha para este fim).
finalidade comunicativa. 6º Importante: se o enunciado mencionar tema ou ideia
Ex.: principal, ele se refere à tese. Vá direto ao(s)
parágrafo(s) de introdução ou conclusão do texto;
sempre há uma reiteração do conteúdo principal do
texto.
7º Não se desespere com palavras técnicas ou não
usuais, pois elas não serão o foco da questão; no
entanto, tente depreender o sentido delas pelo
contexto.
8º Não queira adivinhar o que o autor quis dizer, mas
apegue-se tão somente ao texto, nunca extrapole a
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS visão dele. Seja objetivo, não “viaje”, pois as respostas
são etapas diferentes na leitura. são encontradas no texto! Por isso, procure as “pistas”
espalhadas nele.
Compreensão Interpretação
9º Nas questões, busque o comando delas, e sublinhe,
Leitura objetiva do texto Leitura subjetiva do texto para manter o foco: “Infere-se... Deduz-se... Conclui-
se... A ideia central é...”.
Informação explícita – está no Informação implícita – está
10º MARQUE A QUESTÃO CERTA, POR FAVOR!
texto. além do texto;
“Infere-se/deduz-se/
“Lê-se no texto que...”
depreende-se do texto...”
1.1Tipologia Textual
“O texto diz/informa que...” “A intenção do autor...”
“Está no texto...” “É possível subentender...” Descrição: foto textual, exposição de seres.
Exploração dos sentidos e predomínio semântico dos
PARA ESTUDAR: Método dos “dez mandamentos” adjetivos.
1º Leia o texto despretensiosamente uma primeira vez,
como se quisesse apenas se inteirar do assunto; e Narração: filme textual, exposição de fatos.
uma segunda vez, para confirmar sua primeira Apresenta um enredo de fatos reais ou não,
percepção sobre como ele foi articulado: narração, desenvolvidos por um narrador num tempo, entre
descrição, dissertação... certos personagens. Predomínio verbal.
2º Na segunda vez, sem muita pressa, resuma cada
parágrafo, buscando sempre a ideia mais importante Dissertação: exposição e discussão de ideias.
dele; parafraseie as ideias para ficarem mais claras em Explora a argumentação e a retórica, emprego de
sua mente. Releia quantas vezes forem necessárias conectivos e conjunções.
(administre seu tempo!).
3º Em textos dissertativos, não deixe de sublinhar o
tópico frasal (a frase mais importante) de cada A. Classifique os trechos abaixo. Marque (N)
parágrafo, pois lá estará a opinião ou tese do autor. Narração, (De) Descrição, (Di) Dissertação.
4º Como normalmente os textos das provas de
concurso são dissertativo-argumentativos, observe as a. O rapaz varou a noite inteira conversando com os
estratégias de argumentação do texto: causa-efeito, amigos pela Internet. O pai, quando acordou às 6
horas, percebeu a porta do escritório fechada e a

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luz acesa. O filho ainda estava no computador e


não havia ido dormir. Sem que ele percebesse, Responda à questão, assinalando:
trancou a porta por fora. Meia hora depois, o filho (RC) resposta correta AS erro de redução
queria sair e teve que chamar o pai, que abriu a (E) erro de extrapolação AS erro de
porta. contradição
b. O reality show divide a opinião dos brasileiros,
alimentando uma antiga discussão sobre a O texto nos mostra:
programação de nossas emissoras, especialmente a. ( ) um amante que encontra uma antiga paixão,
no gênero entretenimento. No debate, é costume dos seus tempos de mocidade.
focar-se na questão que envolve a exposição b. ( ) um amante que fica lembrando as emoções no
demasiada da vida dos participantes, apelo sexual papel e confessa que nunca a esqueceu.
e conflitos por uma vaga na final, com a chance de c. ( ) um amante que já está com os cabelos
se faturar uma premiação excepcional em grisalhos em sua fronte.
dinheiro, principal objetivo dos integrantes. d. ( ) um amante pedindo que o amor continue, como
c. Darcy tinha a pele clara, olhos negros e curiosos, antes, senão ele vai ser traído.
lábios finos e trazia em seu rosto marcas de quem e. ( ) a autodescrição do amante, revelando o seu
já deixou sua marca na história, as quais envelhecimento e sua perda de vitalidade.
harmoniosamente faziam-lhe inspirar profunda
confiança. Apesar de diabético e lutar contra dois
cânceres, não fez disso desculpa para o
comodismo ante os seus ideais maiores, ele sabia 1.3 Palavra-Chave e Ideia-Chave
o que queria, e não mediu esforços para consegui-
lo. Palavras-chave são as palavras de maior destaque de
d. Ele morava numa cidadezinha do interior. Tinha cada parágrafo de um texto e que estabelecem
nascido ali, conhecida todo mundo. Era muito referência central à ideia desenvolvida.
dado, dado demais para o gosto da mulher, que Ideia-chave é a síntese das ideias expressas em um
estava sempre de olho nos salamaleques que ele parágrafo.
vivia fazendo para a mulherada do lugar.
Texto:
É universalmente aceito o fato de que sai mais cara a
1.2 Erros Comuns de Interpretação de Textos reparação das perdas por acidentes de trabalho do que
o investimento em sua prevenção.
Extrapolação: apresenta informação que não pode Mas, então, por que eles ocorrem com tanta
ser comprovada pelo texto; nem por dedução lógica, frequência?
coerente. Falta, evidentemente, fiscalização. Constatar tal fato
Redução: a informação, neste caso, está no texto, exige apenas o trabalho de observar obras de
mas o item não apresentará a ideia solicitada na sua engenharia civil, ao longo de qualquer trajeto por
totalidade, como aparece no texto ou na questão. ônibus ou por carro na cidade. E quem poderia suprir
Contradição: o item apresentará informação contrária as deficiências da fiscalização oficial – os sindicatos
àquela do texto. patronais ou de empregados – não o fazem; se não for
por um conformismo cruel, a tomar por fatalidade o que
Vamos praticar! é perfeitamente possível de prevenir, terá sido por
TEXTO: nosso baixo nível de organização e escasso interesse
Já sobre a fronte vã se me acinzenta pela filiação a entidades de classe, ou por desvio
O cabelo do jovem que perdi. dessas de seus interesses primordiais.
Meus olhos brilham menos. Falta também educação básica, prévia a qualquer
Já não tem jus a beijos minha boca. treinamento: com a baixíssima escolaridade do
Se me ainda amas por amor, não ames: trabalhador brasileiro não há compreensão suficiente
Trairias-me comigo. da necessidade e benefício dos equipamentos de
(Ricardo Reis/ Fernando Pessoa).

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segurança, assim como da mais simples mensagem Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada
ou de um manual de instruções. para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei
E há, enfim, o fenômeno recente da terceirização, que a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o
elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia
pode estar funcionando às avessas, ao propiciar o
acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às
surgimento e a multiplicação de empresas fantasmas vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para
de serviços, que contratam a primeira mão de obra chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me
disponível, em vez de selecionar e de oferecer com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão
especialistas. inocente, tornando possível o mundo impossível do
qual eu já começara a me dar conta.
Assinale a opção que apresenta as palavras-chave do
texto. Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na
boca.
a. Aceitação universal – constatação – benefício –
escolaridade.
− E agora que é que eu faço? − perguntei para não
b. Investimento em prevenção – deficiências –
errar no ritual que certamente deveria haver.
entidades – equipamentos.
c. Falta de fiscalização – organização – benefício – − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho
mão de obra. dele, e só depois que passar o gosto você começa a
d. Prevenção de acidentes – fiscalização – educação mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você
– terceirização. perca, eu já perdi vários.
e. Crescimento – conformismo – treinamento –
empresas. Perder a eternidade? Nunca.

O adocicado do chicle era bonzinho, não podia


1.4 Questões de Concursos anteriores dizer que era ótimo. E, ainda perplexa,
encaminhávamo-nos para a escola.
1) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
− Acabou-se o docinho. E agora?
Professor - Língua Portuguesa
− Agora mastigue para sempre.
Medo da eternidade
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa
contato com a eternidade. cinzento de borracha que não tinha gosto de nada.
Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na
Quando eu era muito pequena ainda não tinha verdade eu não estava gostando do gosto. E a
provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco vantagem de ser bala eterna me enchia de uma
deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou espécie de medo, como se tem diante da ideia de
bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha eternidade ou de infinito.
não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu
lucraria não sei quantas balas. Eu não quis confessar que não estava à altura da
eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.
sairmos de casa para a escola me explicou:
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão
− Tome cuidado para não perder, porque esta bala da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no
nunca se acaba. Dura a vida inteira. chão de areia.

− Como não acaba? – Parei um instante na rua, − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em
perplexa. fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar
mais! A bala acabou!
− Não acaba nunca, e pronto.
− Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não
acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite

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a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no b) de uma visão subjetiva, pessoal, de um
sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, acontecimento do cotidiano imediato, muito embora
um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. vivenciado na infância, que acaba dando margem à
reflexão sobre uma questão capaz de interessar a
Eu estava envergonhada diante da bondade de todos.
minha irmã, envergonhada da mentira que pregara
c) de um texto poético, mesmo que em prosa, em que
dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.
os acontecimentos vividos no passado ganham uma
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. tonalidade lírica e, em lugar de serem explicitamente
narrados, são dados a conhecer de modo alusivo e
06 de junho de 1970 sugestivo.
d) da rememoração de um episódio ocorrido na
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de infância e que é narrado tal como foi vivido, sem deixar
Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91) transparecer as crenças e convicções do adulto que
rememora.
As expressões reino de histórias de príncipes e fadas, e) de um texto alegórico, em que a história narrada
elixir do longo prazer e milagre (7°parágrafo) são
mobilizadas pela autora para oculta um sentido que vai muito além dela, servindo
apenas como veículo da expressão de ideias abstratas
a) deixar entrever como a criança, a partir da descrição que os acontecimentos permitem concretizar.
do chiclete pela irmã com palavras que sugerem a sua
imperecibilidade, acabou por associá-lo ao mundo do 3) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
maravilhoso e da fantasia. Professor - Língua Portuguesa
b) ilustrar o modo como, para uma criança pobre, uma Parei um instante na rua, perplexa. (5° parágrafo)
coisa simples e barata como um chiclete pode ser tão Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que
difícil de obter que a sua compra é associada à esfera representava o elixir do longo prazer. (7°parágrafo)
do imaginário ou do miraculoso. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não
c) sugerir o caráter fictício do episódio, que no entanto errar no ritual que certamente deveria haver. (9°
é narrado como se realmente tivesse acontecido, o que parágrafo)
leva ao embaralhamento entre o que seria próprio da As palavras grifadas nessas frases assumem no texto,
ficção e o que pertenceria à realidade. respectivamente, o sentido de:
d) argumentar que, na infância, a imaginação sempre a) atônita – figurava – cerimônia
predomina sobre a realidade, o que faz com que a b) inerme – transcendia – liturgia
criança vivencie situações concretas como se c) atônita – simbolizava – périplo
estivesse no mundo da fantasia. d) desorientada – figurava – imolação
e) enfatizar a desconfiança da criança em relação à e) assustada – transcendia – périplo
veracidade do que é dito pela irmã sobre o chiclete,
pois antes de experimentá-lo não lhe parecia crível a 4) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
existência de uma bala que não se acabava nunca. Professor - Língua Portuguesa
Identifica-se relação de causa e consequência entre
2) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: estes dois segmentos do texto:
Professor - Língua Portuguesa
Considerando o texto da questão 1, responda. a) Eu estava envergonhada diante da bondade de
Ainda que se saiba da liberdade com que Clarice minha irmã / envergonhada da mentira que pregara
Lispector lidava com esse gênero, pode-se assegurar dizendo que o chicle caíra da boca por acaso (20°
que Medo da eternidade é uma crônica na medida parágrafo)
em que se trata b) Quando eu era muito pequena ainda não tinha
provado chicles / Mesmo o dinheiro que eu tinha não
a) de uma dissertação filosófica sobre uma questão dava para comprar (2° parágrafo)
fundamental da vida humana, ainda que a escritora c) Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho
acabe se valendo de sua experiência pessoal para dele / E aí mastiga a vida inteira (10° parágrafo)
ilustrar a tese que se dispõe a defender.

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d) Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que capazes de imaginar está fadado às mudanças
representava o elixir do longo prazer / quase não podia operadas pelo tempo.
acreditar no milagre (7° parágrafo) c) A eternidade é um tema tão complexo que pode ser
e) O adocicado do chicle era bonzinho / não podia dizer discutido profundamente por um filósofo como Platão
que era ótimo (12° parágrafo) apenas na medida em que ele abstrai de todo a vida
humana, não podendo ser concebido pela mente
5) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: infantil, e é daí que advém o medo a que alude Clarice
Professor - Língua Portuguesa Lispector.
Considerando o Texto da questão 1 e o texto abaixo, d) Enquanto o primeiro texto sugere que a eternidade
responda. pode existir mesmo nas coisas mais miúdas e
insignificantes, o segundo texto, baseado nas ideias de
Platão argumenta que o tempo (chrónos) “é a imagem Platão, defende que a eternidade pode ser encontrada
móvel da eternidade (aión) movida segundo o número” nas coisas grandiosas e monumentais da vida
(Timeu, 37d). Partindo do dualismo entre mundo humana.
inteligível e mundo sensível, Platão concebe o tempo e) Se o tema da eternidade é tratado no primeiro texto
como uma aparência mutável e perecível de uma a partir da rememoração de um episódio da infância,
essência imutável e imperecível – eternidade. em que se pôde experimentar o medo da ideia de
Enquanto que o tempo (chrónos) é a esfera tangível eternidade, esse mesmo tema é abordado no segundo
móbil, a eternidade (aión) é a esfera intangível imóbil. texto do ponto de vista do pensamento de um filósofo
Sendo uma ordem mensurável em movimento, o antigo, para quem o tempo é apenas uma imagem
tempo está em permanente alteridade. O seu domínio imperfeita da eternidade.
é caracterizado pelo devir contínuo dos fenômenos em
ininterrupta mudança. 6) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
Posto que o tempo (chrónos) é uma imagem, ele não Professor - Língua Portuguesa
passa de uma imitação (mímesis) da eternidade (aión). Considere o Texto da questão 5, e responda.
Ou seja, o tempo é uma cópia imperfeita de um modelo De acordo com o texto,
perfeito – eternidade. Isso significa que o tempo é uma
mera sombra da eternidade. Considerando que a) o tempo, na visão platônica, não existe senão no
somente a região imaterial das formas puras existe em mundo das ideias, pois a realidade é na verdade
si e por si, podemos dizer que o tempo platônico é uma marcada pela ausência de mudanças, por mais que as
ilusão. Ele é real apenas na medida em que participa aparências insistam em indicar o contrário.
do ser da eternidade. b) tempo e eternidade, segundo Platão, são ambos
ilusórios, já que o tempo apenas imita a eternidade, ao
(DIVINO, Rafael. Sobre O tempo em Platão e Aristóteles, de R. passo que esta não pode ter sua existência
Brague. Disponível em: https://serurbano.wordpress.com/
comprovada pelos sentidos.
2010/02/26/ tempo-em-platao/. Acessado em: 28.12.2015)
c) as transformações vistas por nós ao longo do tempo,
de acordo com Platão, participam do mundo sensível
O confronto entre os dois textos permite concluir
e, desse modo, são apenas reflexo da eternidade que
corretamente:
caracteriza o mundo inteligível.
a) Ao partir da história pessoal de quem escreve, o
d) o dualismo platônico leva o filósofo grego ao
primeiro texto chega a conclusões sobre a eternidade
estabelecimento de uma separação estanque entre o
que não podem ser generalizadas; o segundo texto, ao
tempo, que conhecemos por meio dos sentidos, e o
contrário, partindo das ideias genéricas de um filósofo
devir, que só é alcançado pelas ideias.
antigo sobre esse mesmo tema, chega a ilações que,
e) os fenômenos do mundo sensível e os modelos do
de tão evidentes, não podem ter sua verdade
mundo inteligível, segundo Platão, sofrem a ação do
questionada.
tempo, mas a constatação dessas pequenas
b) Embora o tema da eternidade seja abordado de
mudanças não pode se dar em prejuízo do
maneira muito diversa nos dois casos, tanto o primeiro
reconhecimento da preeminência da eternidade.
como o segundo texto levam o leitor a concluir que a
eternidade está além da capacidade de compreensão
humana, pois tudo o que conhecemos ou somos

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7) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: (ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo,
1995, pp. 47-52. Fragmento. Inclui: A antropofagia ao alcance de
Professor - Língua Portuguesa
todos, por Benedito Nunes.)
Considerado o contexto do Texto da questão 1,
Das análises críticas de Benedito Nunes, qual
responda.
corresponde ao manifesto lido?
O segmento adequadamente expresso em outras
a) O Manifesto Pau-Brasil inaugurou o primitivismo
palavras está em:
nativo, que muito mais tarde, num retrospecto geral do
a) em permanente alteridade (1° parágrafo) = em
movimento modernista, Oswald de Andrade reputaria
ininterrupta alternância
o único achado da geração 22.
b) mera sombra da eternidade (2° parágrafo) = tênue
b) Rompendo com a orientação marxista em 1945,
reflexo do efêmero
proclamava Oswald, dois anos depois, o seu retorno à
c) região imaterial das formas puras (2° parágrafo) =
Antropofagia.
lugar inacessível das figuras etéreas
c) Em 1927, o grupo Anta, nova denominação do
d) uma ordem mensurável (1° parágrafo) = uma
Verdamarelo reformulado, assentou as bases
estrutura passível de ser medida
ideológicas de seu nacionalismo numa “política
e) a esfera tangível móbil (1° parágrafo) = o círculo
brasileira com raízes profundas na terra americana e
soante removível
na alma da pátria”.
d) Pelo primitivismo psicológico, o Manifesto Pau-
8) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
Brasil valorizou estados brutos da alma coletiva, que
Professor - Língua Portuguesa
são fatos culturais e deu relevo à simplificação e à
Só a Antropofagia nos une. Socialmente.
depuração formais que captariam a originalidade
Economicamente. Filosoficamente.
nativa.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os
e) Os aforismos do Manifesto Antropófago misturam,
individualismos, de todos os coletivismos. De todas as
numa só torrente de imagens e conceitos, a
religiões. De todos os tratados de paz.
provocação polêmica à proposição teórica, a piada às
Tupi or not tupi that is the question. (…)
ideias, a irreverência à intuição histórica, o gracejo à
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei
intuição filosófica.
do antropófago. (...)
Queremos a Revolução Caraíba. Maior que a
9) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas
Professor - Língua Portuguesa
eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não
MINISTÉRIO DA CULTURA
teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do
Fundação Biblioteca Nacional
homem. (...)
Departamento Nacional do Livro
Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre
O MULATO (fragmento)
nós. (...)
Aluísio de Azevedo
O instinto Caraíba. (...)
Em todas as direções cruzavam-se homens
Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O
esbofados e rubros; cruzavam-se os negros no carreto
índio vestido de senador do Império. Fingindo de Pitt.
e os caixeiros que estavam em serviço na rua;
Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons
avultavam os paletós-sacos, de brim pardo,
sentimentos portugueses. Já tínhamos o comunismo.
mosqueados nas espáduas e nos sovacos por grandes
Já tínhamos a língua surrealista. A idade de ouro. (...)
manchas de suor. Os corretores de escravos
A nossa independência ainda não foi proclamada.
examinavam, à plena luz do sol, os negros e moleques
Frase típica de D. João VI: − Meu filho, põe essa coroa
que ali estavam para ser vendidos; revistavam-lhes os
na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça!
dentes, os pés e as virilhas; faziam-lhes perguntas
Expulsamos a dinastia. É preciso expulsar o espírito
sobre perguntas, batiam-lhes com a biqueira do
bragantino, as ordenações e o rapé de Maria da Fonte.
chapéu nos ombros e nas coxas, experimentando-lhes
Contra a realidade social, vestida e opressora,
o vigor da musculatura, como se estivessem a comprar
cadastrada por Freud − a realidade sem complexos,
cavalos.
sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias (Disponível em: :
do matriarcado de Pindorama. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn00
0166.pdf)

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Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma


Nesse fragmento, o narrador acentua tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que
a) as intrigas entre as personagens, pelo tema do moravam do outro lado da rua, onde as casas dão
amor, que as tradições impedem de se realizar devido fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a
ao preconceito racial e social. casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de
b) o amor-próprio dos homens e o arbítrio da fortuna nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o
para reconstruir na ficção os labirintos da realidade e rio.
da paisagem natural. Quando começavam as chuvas a gente ia toda
c) os aspectos fisiológicos do homem, seu parentesco manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
com os animais, e o retrata de maneira irônica, lúgubre enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a
e nos seus aspectos sórdidos e vis. altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras,
d) o moralismo, no que se refere à opinião ou atitude vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais
sobre os atos humanos, pois o que importa é o juízo de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu
sobre eles e não os atos em si mesmo. tanto que a família defronte teve medo.
e) os interesses de posição, prestígio e dinheiro Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso
relacionados à libido e à vontade de poder que regem para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas
os passos do homem em sociedade. nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre.
Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam
10) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: muito; como se fazia café e se tomava café tarde da
Professor - Língua Portuguesa noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo
Ensinar o leitor-aluno a fixar objetivos e a ter nosso porão, e me lembro que nós, os meninos,
estratégias de leitura, de modo a perceber que essa torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a
depende da articulação de várias partes que formam favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha
um todo. É, então, um pressuposto metodológico a ser quando, mal saltando da cama, íamos correndo para
considerado. O leitor está inserido num contexto e ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma
precisa considerar isso para compreender os textos traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes
escritos. Em sala de aula, configuram-se como chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do
estratégias de preparação para a leitura as ações de Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas
descobrir conhecimentos prévios dos alunos, discutir o cabeceiras, então dormíamos sonhando que a
vocabulário do texto, explorar a seleção do tema do enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que
texto, do assunto tratado, levantar palavras-chave aquela fosse a maior de todas as enchentes.
ligadas a esse tema/assunto, e exercitar inferências (BRAGA, Rubem. As enchentes de minha infância. In: Ai de ti,
Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962, p. 157)
sobre o texto.
(Espírito Santo (Estado). Secretaria da Educação. Ensino
fundamental: anos finais: área de Linguagens e Códigos / É correto afirmar sobre a crônica:
Secretaria da Educação. Vitória: SEDU, 2009, p. 69. v.1) a) A organização compositiva da narrativa se dá no
momento presente, mas “de repente”, algo surge, que
O ato de “exercitar inferências sobre o texto” faz com que o narrador se recorde de algo que ele
pressupõe desenvolver atividades pedagógicas que viveu em seu passado. A partir do “estalo”, que é
permitam ao leitor-aluno captado pelo narrador a partir de um detalhe, a
a) destacar o que é do seu interesse no texto. narrativa toma outro rumo e incursiona em algum
b) localizar informações explícitas no texto. momento do passado.
c) apreender informações implícitas no texto. b) Após cercar-se dos acontecimentos diários, o
d) produzir novo texto com base no texto lido. narrador dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu
e) Ler em voz alta o texto de leitura. texto elementos como ficção, fantasia e criticismo. A
crônica toma uma forma realista que se plasma com
11) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: essa matéria mesclada do cotidiano, aspirando à
Professor - Língua Portuguesa comunicação humana e fazendo da solidariedade
As enchentes de minha infância social um valor básico.
Rubem Braga c) Prepondera uma atmosfera restauradora de painéis
temporais pretéritos, dispostos na recomposição de

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elementos relacionados à própria experiência de vida 13) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
do autor. O narrador evoca fatos, pessoas, objetos e Professor - Língua Portuguesa
espaços e os resgata à momentaneidade do presente. AquiÁfrica
d) Depois de falar de negócios, família, política e da Treze artistas contemporâneos da chamada África
vida de todo o dia. O narrador volta ao tempo presente Subsaariana − que compreende países ao sul do
e exalta os cantos pitorescos de sua terra, fatos e Deserto do Saara, como Nigéria, Camarões, Congo e
valores substanciais que darão contornos, através do Angola − abordam em suas obras questões sobre
manejo da linguagem, a um quadro de imagens imigração, xenofobia, sistemas de poder e tradições
nostálgicas. culturais. A mostra faz parte do projeto Art for the
e) O narrador ridiculariza e ironiza o fato, tema da World, da curadora suíça Adelina von Fürstenberg, que
crônica, e, sendo, sorrateiramente, corrosivo e aborda os direitos humanos em exposições de arte.
impiedoso, mas sob um tom que não perde o humor, Sesc Belenzinho. Rua padre Adelino, 1000,
fixa um olhar investigativo sobre a confluência de dois Belenzinho. Terça a sexta, 13h às 21h; sábado,
planos temporais primordiais que assinalam a domingo e feriados, 11h às 19h. Grátis. Até 28 de
recordação contemplativa. fevereiro de 2016.
(Exposições. Veja São Paulo. 30 dez. 2015, p. 62)
12) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
Professor - Língua Portuguesa Esse texto é
Assim, a expressão norma culta deve ser entendida a) uma sinopse, que apresenta brevemente um
como designando a norma linguística praticada, em evento cultural.
determinadas situações (aquelas que exigem certo b) um comentário, que visa à qualificação de um
grau de formalidade), por aqueles grupos sociais mais acontecimento paulistano.
diretamente relacionados com a cultura escrita, em c) uma resenha, pois tem finalidade informativa e
especial por aquela legitimada historicamente pelos pertence à esfera cultural.
grupos que controlam o poder social. [...] A cultura d) um sumário, visto que relaciona os principais
escrita, associada ao poder social, desencadeou elementos do fato.
também, ao longo da história, um processo fortemente e) um classificado, que anuncia um evento cultural,
unificador, que visou e visa uma relativa estabilização com finalidade publicitária.
linguística, buscando neutralizar a variação e controlar
a mudança. Ao resultado desse processo, a essa 14) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
norma estabilizada, costumamos dar o nome de Professor - Língua Portuguesa
norma-padrão ou língua padrão. A maioria dos países da América Latina, incluindo o
(FARACO, 2002, p.40) Brasil, só começou a montar seu sistema escolar
Depreende-se da leitura do texto que a quando em muitas outras nações do mundo já existiam
a) norma culta é a língua falada pelos que, detendo universidades bem estruturadas e de qualidade.
maior prestígio social, buscam impô-la aos menos Mesmo assim, era um privilégio para poucos. Apenas
favorecidos. nos anos 1970 e 1980 começou na América Latina a
b) norma culta e a norma–padrão são expressões discussão sobre a educação ser um direito de todos.
sinônimas, pois ambas neutralizam as variedades Mas claramente ainda nos falta a percepção moderna
incultas e populares. de que esse é um fator estratégico para o avanço. Se
c) norma-padrão é escrita e refratária à variação buscamos uma sociedade ancorada no conhecimento,
linguística, pois busca estabilizar a língua, tudo, absolutamente tudo, deve se voltar para a escola.
normatizando-a. (TORO, Bernardo. Veja, 18 nov. 2015, p.17)
d) norma-padrão restringe-se às situações Em relação aos modos de organização textual, esse
comunicativas sociais em que o falante tem texto apresenta, em sequência, a
reconhecido poder social. a) descrição e a narração observadas na recuperação
e) norma-padrão é aquela falada pela maioria da histórica de fatos, em formas verbais do pretérito; a
população em situações que exijam formalidade argumentação, apoiada em argumentos de autoridade,
discursiva. em formas verbais do presente.

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b) descrição de acontecimentos do passado, por meio a) à situação discursivo-comunicativa, ao grau de


de relato histórico, em formas verbais do presente; a conhecimento de mundo do interlocutor e do seu
narração, responsável pela apreciação do autor, em domínio dos elementos linguísticos e textuais.
formas verbais do pretérito. b) à busca de êxito discursivo, condicionada a cada um
c) narração, em formas verbais do pretérito, dos interlocutores, que devem ter o domínio de
fundamentada na descrição de acontecimentos recursos linguísticos e textuais.
históricos, situados no tempo presente. c) ao emprego de modelos textuais adequados que
d) argumentação, no pretérito, sobre acontecimentos considerem o contexto de produção discursiva e o
históricos; a descrição e a narração de argumentos e domínio da norma-padrão.
de pontos de vista, em formas verbais do presente. d) à interpretação muito variável do interlocutor, visto
e) narração de fatos historicamente situados, em que um texto pode manifestar incoerência na
formas verbais do pretérito; a argumentação, superfície linguística.
observada nas opiniões emitidas em formas verbais do e) aos planos individuais de cada um dos
presente. interlocutores, que lhe permitam controlar o processo
comunicativo por meio de estruturas linguísticas.
15) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
Professor - Língua Portuguesa 17) Ano: 2013, Banca: CEPERJ, Órgão: SEDUC-RJ,
De cima, a água laranja do Rio Doce parece estática. Prova: Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos
A lama de rejeitos se move a cerca de 1,2 quilômetro
por hora desde o dia 5, quando aconteceu a tragédia,
e vai percorrer toda a calha de 853 quilômetros entre o
município de Rio Doce, em Minas, até Regência, vila
do município de Linhares, no Espírito Santo, onde
encontra o Oceano Atlântico. A expectativa é que a
onda atinja o oceano neste fim de semana, levando
mais problemas de abastecimento a cidades
capixabas.
(CASTRO, Fábio de; RIBEIRO, Bruno; CARVALHO, Marco
Antônio. Enxurrada de lama tira vida dos ecossistemas. O
Estado de S. Paulo, 15 nov. 2015, p. A25)
Segundo a classificação de tópico frasal e de
desenvolvimento de parágrafo proposta por GARCIA,
em Comunicação em Prosa Moderna (2002), a
construção desse parágrafo dá-se, respectivamente,
por
a) alusão histórica − confronto.
b) omissão de dados identificadores − analogia. A alternativa que mostra uma afirmação inadequada
c) declaração inicial − descrição de detalhes. em relação à charge acima é
d) definição − razão e consequência.
e) divisão − citação de exemplos. a) facebook e compartilhando fazem parte do jargão da
mídia social.
16) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: b) a forma tô registra uma pronúncia corrente do
Professor - Língua Portuguesa português coloquial.
Segundo KOCH e TRAVAGLIA (1995), “a coerência c) a forma a doidado representa um exemplo de gíria.
não é apenas uma característica do texto, mas d) a forma a doidado deveria estar corretamente
depende fundamentalmente da interação entre o texto, grafada adoidado.
aquele que o produz e aquele que busca compreendê- e) a vírgula entre as duas frases do texto tem emprego
lo”. Nesse sentido, para os autores, a coerência está equivocado.
relacionada
18) Ano: 2013, Banca: CEPERJ, Órgão: SEDUC-RJ,
Prova: Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos

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Considerando a charge da questão 17, responda. TEXTO 3


Tendo em vista a situação de produção da charge, O FUTURO DA EDUCAÇÃO PERANTE A NOVA
pode-se dizer que esse texto representa: TECNOLOGIA
a) uma crítica às autoridades da área de saúde. Dias de Figueiredo (org.)
b) uma condenação da atitude de alguns cidadãos. "Será que as novas tecnologias vão ser uma
c) um alerta contra o perigo da dengue no ano próximo. ferramenta, a par
d) um comentário malicioso contra a inutilidade das de outras, para ensinar e aprender?"
redes sociais. Sem dúvida! E serão ferramentas com importância
e) uma ironia contra a falta de democracia na área crescente. Mas importa esclarecer aqui um aspecto em
digital. que a minha visão diverge da habitual. A opinião
comum é que essas ferramentas serão usadas
19) Ano: 2013, Banca: CEPERJ, Órgão: SEDUC-RJ, principalmente nas escolas. A minha visão é que serão
Prova: Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos usadas majoritariamente em casa e em centros de
“O Estado só deveria dar ao indivíduo, como recursos publicamente disponíveis (centros estes que
educação, o aprendizado da leitura”; a única forma de evoluirão a partir das bibliotecas públicas). Esta minha
reescrever-se essa frase do texto que altera o seu opinião baseia-se em três razões principais. Primeiro,
significado original é: as escolas não têm condições financeiras para
a) Como educação, o Estado só deveria dar ao manterem um grande parque de equipamento que se
indivíduo o aprendizado da leitura. torna obsoleto todos os dois ou três anos, nem para
b) O aprendizado da leitura é a única coisa que deveria adquirirem um número significativo de licenças de
ser dada pelo Estado ao indivíduo, como educação. títulos didáticos, sempre em renovação. Segundo, o
c) O aprendizado da leitura só deveria ser dado ao ritmo de evolução das tecnologias torna incomportável
indivíduo, pelo Estado, como educação. em termos financeiros, e insustentável em termos
d) O Estado, como educação, só deveria dar o profissionais, uma formação e reciclagem permanente
aprendizado da leitura ao indivíduo. dos professores “para as tecnologias”.Terceiro, as
e) O Estado só deveria dar, como educação, ao empresas produtoras de suportes e serviços didáticos
indivíduo, o aprendizado da leitura só conseguem encontrar viabilidade econômica para
uma prestação de qualidade se se dirigirem ao
20) Ano: 2013, Banca: CEPERJ, Órgão: SEDUC-RJ, mercado alargado do grande consumo. Já atualmente,
Prova: Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos o mercado doméstico de equipamentos e produtos de
TEXTO 2 software é incomparavelmente mais visível do que o
PENSAMENTOS DO MILLÔR mercado das escolas.
O Estado só deveria dar ao indivíduo, como Não quero dizer com isto que as escolas não
educação, o aprendizado da leitura. Daí em diante o explorarão as novas tecnologias. Nada disso! O que
cidadão seria, do ponto de vista oficial, completamente pretendo dizer é que o farão de forma muito mais
deseducado, o Estado criando apenas vastíssimas moderada do que seria de esperar, em torno de
bibliotecas e centros de informações, onde o cidadão centros de recursos - esses sim, bem equipados, com
pudesse encontrar todas (mas todas mesmo) as um conjunto variado de títulos didáticos, e com uma
tendências culturais existentes. Ao chegar à indispensável ligação às redes eletrônicas. Em
puberdade (14, 15, 16, 17 anos ou quando ele próprio contrapartida, duvido em absoluto da viabilidade (e
decidisse) o cidadão frequentaria centros de justificação) dos cenários, ainda muito defendidos, de
aprendizado técnico, onde lidaria com máquinas e escolas com um terminal para cada aluno e com redes
instrumentos necessários a uma educação técnica, internas por todo o lado.
não abstrata. Os cidadãos interessados apenas em O ponto de contato entre os textos 2 e 3 é:
atividades abstratas – escrever, pintar, psicanalisar ou a) a crítica veemente contra o sistema educacional
politicar – frequentariam, se quisessem, locais de vigente.
discussão – ágoras modernas – mas continuariam, no b) a utilização das novas tecnologias na educação.
sentido atual, totalmente autodidatas. O sistema c) o novo papel do professor nos novos sistemas
educacional vigente é apenas uma maneira de levar a educacionais.
ignorância às suas extremas consequências. (Millôr
Fernandes, Definitivo)

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d) as perspectivas variadas de mudanças na Ex.: cal / Gal / mal / sal / tal...


educação. moço / moça / maço / maça / maçã...
e) o autodidatismo como uma solução para a Com a troca de fonemas, novas palavras surgiram,
educação. com sentidos diferentes.

21) Ano: 2013, Banca: CEPERJ, Órgão: SEDUC-RJ, Letra é um símbolo que representa um som, é a
Prova: Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos representação gráfica dos fonemas da fala. É bom
Com base no texto 3, da questão 20, responda. saber dois aspectos da letra: pode representar mais
“A opinião comum é que essas ferramentas serão de um fonema ou pode simplesmente ajudar na
usadas principalmente nas escolas. A minha visão é pronúncia de um fonema. Como assim? Por
que serão usadas majoritariamente em casa e em exemplo, a letra X pode representar os sons X
centros de recursos publicamente disponíveis (centros (enxame), Z (exame), S (têxtil) e KS (sexo; neste caso
estes que evoluirão a partir das bibliotecas públicas)”. a letra X representa dois fonemas – K e S = KS). Ou
A relação entre esses dois períodos do texto é: seja, uma letra pode representar mais de um fonema.
a) oposição parcial
b) causa e consequência O dígrafo constitui-se de duas letras representando
c) afirmativa e explicação um só fonema. Por exemplo, se dissermos caro, o R
d) tese e argumentação terá um som diferente de RR, em carro.
e) fato e finalidade Há dois tipos:
Consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc,
xs.
GABARITO: Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque,
arrastão, assado, descendente, cresça, excitado.
1–A 6–C 11 – C 16 – A 21 – A Vocálicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de m ou n
2–B 7–D 12 – C 17 – E na mesma sílaba (!)
3–A 8–E 13 – A 18 – B Ex.: campo, anta/empresa, entrada/imbatível,
4–B 9–C 14 – E 19 – C caindo/ombro, onda/umbigo, untar.
5–E 10 – C 15 – D 20 – D Chamamos de dífono o som KS representado pela
letra X. Ex.: tóxico (tóksico), complexo (complekso),
tórax (tóraks)...
2. Fonologia
2.1 Classificação Dos Fonemas
A Fonologia é a parte da gramática que estuda os
sons da língua, sua capacidade de combinação e sua
Os fonemas são de três tipos: vogais, semivogais e
capacidade de distinção. Ela se ocupa da função dos
consoantes.
sons dentro da língua, os quais permitem aos falantes
formar palavras e distinguir significados.
2.1.1 Vogais

Fonema é a menor unidade sonora da palavra e


São fonemas produzidos livremente, sem
exerce duas funções: formar palavras e distinguir uma
obstrução da passagem do ar. São mais tônicos, ou
palavra da outra. É mais simples do que parece:
seja, têm a pronúncia mais forte que as semivogais.
quando os fonemas se combinam, formam palavras,
São o centro de toda sílaba. Podem ser orais (timbre
ou seja, C + A + S + A = CASA. Percebeu? Quatro
aberto ou fechado) ou nasais (indicadas pelo ~, m, n).
fonemas (sons) se combinaram e formaram uma
As vogais são A, E, I, O, U, que podem ser
palavra. Se substituirmos agora o som S por P, haverá
representadas pelas letras abaixo. Veja:
uma nova palavra, certo? CAPA. A combinação de
A: casa (oral), cama (nasal)
diferentes fonemas permite a formação de novas
E: hélio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro
palavras com diferentes sentidos. Portanto, os
(nasal)
fonemas de uma língua têm duas funções bem
I: amigo (oral), índio (nasal)
importantes: formar palavras e distinguir uma
palavra da outra.

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O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado), longe sílabas é falar bem pausadamente a palavra. Exemplo:
(nasal) FO...NO... LO... GI... A. Percebeu?
U: saúde (oral), untar (nasal) Fique sabendo que a base da sílaba é a vogal e, sem
Y: hobby (oral) ela, não há sílaba, ok? Há palavras com apenas uma
vogal formando cada sílaba: aí, que se pronuncia a-í
2.1.2 Semivogais (duas sílabas).
Quanto ao número de sílabas, as palavras
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o classificam-se em:
som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma  Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão.
sílaba). São menos tônicos (mais fracos na pronúncia)  Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga.
que as vogais. São representados pelas letras I, U, E,  Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra.
O, M, N, W, Y. Veja:  Polissílabas (mais de três vogais, mais de três
pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois sílabas): man-guei-ren-se.
está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
mouro: note que a letra U representa uma semivogal, Quanto à tonicidade, há sílaba tônica (alta
pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. intensidade na pronúncia) e átona (baixa intensidade
mãe: note que a letra E representa uma semivogal, na pronúncia). Sempre há apenas uma (1) sílaba
pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na tônica por palavra, ok? Ela se encontra em uma das
mesma sílaba. três sílabas finais da palavra (isto é, se a palavra
pão: note que a letra O representa uma semivogal, apresentar três sílabas). Bizu: se houver acento
pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na agudo ou circunflexo em uma das vogais, aí estará
mesma sílaba. a sílaba tônica da palavra. Quanto à posição da
cantam: note que a letra M representa uma semivogal, sílaba tônica, as palavras só podem ser:
pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na  Oxítonas (última sílaba tônica): condor.
mesma sílaba (= cantãu).  Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): rubrica.
dancem: note que a letra M representa uma  Proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica):
semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma ínterim.
vogal, na mesma sílaba (= dancẽi).
hífen: note que a letra N representa uma semivogal,
pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na 2.3 Encontros Vocálicos
mesma sílaba (= hífẽi).
glutens: note que a letra N representa uma semivogal, Como o nome sugere, é o contato entre fonemas
pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na vocálicos. Há três tipos:
mesma sílaba (= glutẽis). Hiato
windsurf: note que a letra W representa uma Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais,
semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma que acabam ficando em sílabas separadas (V – V),
vogal, na mesma sílaba. porque só pode haver uma vogal por sílaba.
office boy: note que a letra Y representa uma Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-
semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or...
vogal, na mesma sílaba. Ditongo
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou
2.2 Sílaba nasal).
Crescente (SV + V, na mesma sílaba):
A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota
centrados numa vogal. Toda sílaba é expressa numa (oral), quatorze (oral), enquanto
só emissão de voz, havendo breves pausas entre cada (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio (nasal)...
sílaba. Isso fica mais perceptível quando Decrescente (V + SV, na mesma sílaba):
pronunciamos uma palavra bem pausadamente. Por Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra
isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar as (nasal), caule (oral), ouro (oral), veia (oral), fluido
(oral), vaidade (oral)...

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Tritongo Encontros consonantais perfeitos no início de


O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; palavras, normalmente: gno-mo, mne-môni-co, pneu-
pode ser oral ou nasal. má-ti-co, psi-có-lo-go, pro-ble-ma, cni-dá-rio...
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis,
(nasal), averiguou (oral), deságuam (nasal), aguei trans, super, ex, inter etc.), se seguida de consoante,
(oral)... não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-
dân-cia, sub-li-nhar (cai muito em prova!), cis-pla-ti-no,
2.4 Encontros Consonantais trans-por-tar, su-per-ho-mem, ex-car-ce-rar, in-ter-na-
cional...
É a sequência de consoantes numa palavra. Existem
os perfeitos (inseparáveis, pois ficam na mesma
sílaba) e os imperfeitos (separáveis, pois não ficam na 2.6 Acentuação Gráfica
mesma sílaba). Geralmente, os encontros
consonantais perfeitos apresentam consoante + l ou A Acentuação Gráfica trata da correta colocação de
r. sinais gráficos nas palavras. Nas palavras de um
Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-go conceituado gramático, “as regras de acentuação
Vasco (imperfeito) > Vas-co visam sistematizar a leitura dos vocábulos da língua;
assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica,
2.5 Separação Silábica no timbre da vogal, nos padrões prosódicos menos
comuns da língua, na compreensão dos conceitos de
Trata da adequada separação das sílabas de uma encontros vocálicos etc”.
palavra. Lembre-se: toda sílaba tem de apresentar
uma vogal. Sinais Diacríticos
Separam-se: Os sinais diacríticos, também chamados de
Os hiatos: va-ri-a-do, car-na-ú-ba, pa-ra-í-so, ru-í-na, notações léxicas, servem para indicar, dentre outros
cu-ri-o-so, ál-co-ois (ou al-coóis)... aspectos, a pronúncia correta das palavras. Vejamos
Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa- um por um:
ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-so, ex-sicar... – Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o
Os encontros consonantais que não iniciam timbre aberto.
imediatamente as palavras (pç, bd, cc, cç, tn, bm, bst, Ex.: Já cursei a Faculdade de História.
bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ab-di-car, – Acento circunflexo: marca a posição da sílaba
oc-ci-pi-tal, fic-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob- tônica e o timbre fechado.
ten-ção, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-dão, ins-pi-rar, Ex.: Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
cons-purcar, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-né-sia, ab- – Acento grave: marca o fenômeno da crase.
rup-to... Ex.: Sou leal à mulher da minha vida.
A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, Obs.: Esses três primeiros são acentos gráficos. Os
trans, super, ex, inter etc.), quando seguida de vogal, demais são sinais.
junta-se a ela: bi-sa-vó, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, – Til: marca a nasalização das vogais a e o.
ci-sal-pi-no, transa-tlân-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan- Ex.: Amanhã convidarei muitos anciões para a reunião.
gue, in-te-res-ta-du-al... – Cedilha: indica que o C tem som de SS.
Ex.: Toda ação implica uma reação.
Não se separam – Apóstrofo: indica a supressão de uma vogal.
Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o Ex.: Devem-se limpar caixas d’água a cada 6 meses.
(proparoxítona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, pleu-ra, bai- – Trema: marcava a semivocalização do u nos grupos
xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi- gue, gui, que, qui; na nova ortografia, só é usado em
o-te, fei-o-so, plêi-a-de, Cui-abá, boi-a-da, U-ru-guai, i- palavras estrangeiras.
guais, en-xa-guou... Ex.: Linguiça, aguenta e quinquênio; Müller,
Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar- mülleriano, Bündchen, Hübner, hübneriano
cha, quei-jo, guer-ra... Schönberg...

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– Hífen: marca a união de vocábulos, a ênclise, a


mesóclise e a separação das sílabas. Acentos diferenciais
Ex.: Água-de-colônia, hiper-realista, vê-lo, dar-te-ei, Os acentos diferenciais servem para marcar algumas
vai-da-de... distinções de classe gramatical, pronúncia e/ou
OBS.: Acento prosódico (ou tônico) é diferente de sentido entre algumas palavras.
acento gráfico. O primeiro marca a tonicidade, a força 1) Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
com que se pronuncia uma sílaba tônica, portanto está Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito
ligado à pronúncia, à fala. É o mesmo que “sílaba perfeito do indicativo), na 3.a pessoa do singular. Pode
tônica”. O segundo só pertence à escrita, como vimos é a forma do presente do indicativo, na 3.a pessoa do
nos exemplos do tópico anterior. Importante: enquanto singular.
a maioria das palavras da língua possuem acento Ex.: Ontem ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele
tônico, apenas algumas apresentam acento gráfico. pode.
2) Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é
Acentuação das monossílabas tônicas verbo. Por é preposição.
Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s). Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs... 3) Permanecem os acentos que diferenciam o singular
do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus
Acentuação das proparoxítonas derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir,
Todas são acentuadas. advir etc.).
Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, Ele tem duas lanchas. / Eles têm duas lanchas.
náufrago, duúnviro, seriíssimo... Ele vem de Mato Grosso. / Eles vêm de Mato Grosso.
Ele mantém sua palavra. / Eles mantêm sua palavra.
Acentuação das paroxítonas Ele intervém em todas as reuniões. / Eles intervêm
Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou em todas as reuniões.
decrescente (seguido ou não de s), - ão(s) e -ã(s),
tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns,
x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), - 2.7 Questões anteriores de concursos
o(s), -em(-ens). 1) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; Prova: Professor
águam, enxáguem; fácil, glúten, fórum, caráter, A respeito de aspectos de grafia e de pontuação do
prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps. texto acima, julgue o item seguinte.
O acento na forma verbal “têm ” (l. 1) marca a terceira
Acentuação das oxítonas pessoa do plural, de forma a diferenciá-la da forma
Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), - verbal de terceira pessoa do singular do verbo ter.
em(-ens). ( ) Certo ( ) Errado
Ex.: sofá(s), axé(s)*, bongô(s), vintém(éns)...
2) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Acentuação dos hiatos tônicos (i e u) Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U Língua Portuguesa
tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou Com base na grafia dos vocábulos e nas estruturas
seguidas de S na mesma sílaba, quando formam linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte.
hiatos. Vocábulos como “sinônimo” e “rótulo” são acentuados
Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a- por serem proparoxítonos.
ça-í(s)... ( ) Certo ( ) Errado

Acentuação dos ditongos abertos 3) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Acentuam-se os ditongos abertos ÉI, ÉU, ÓI, seguidos Prova: Professor P — Pedagogo
ou não de S.
Ex.: céu, méis, Góis, coronéis, troféu(s), herói(s), Com base nas estruturas linguísticas do texto acima,
Méier, destróier, aracnóideo... julgue o item que se segue.

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As palavras “famílias", “auxílio" e “área" recebem Considerando-se os vocábulos a seguir, assinale a


acento gráfico com base em justificativas gramaticais opção em que as três palavras recebem acento gráfico
diferentes. obrigatoriamente.
( ) Certo ( ) Errado
a) biquinis / ate / hieroglifo.
4) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
b) por / ama-la / chapeu.
Prova: Professor P — Pedagogo
As palavras “patrimônio” e “Amazônia” recebem acento c) numero / vangloria / perpetua.
gráfico com base na mesma regra de acentuação
gráfica. d) historia / magoa / credito.
( ) Certo ( ) Errado
e) teme-laB / heroi / destroier.
5) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Prova: Professor P — Pedagogo
Na palavra “prova” (L.1), há um dígrafo. 10) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM,
( ) Certo ( ) Errado Prova: Professor de Educação Especial – Português

6) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, Assinale a opção que traz a correta classe gramatical
Prova: Professor P — Pedagogo da palavra destacada e a adequada divisão silábica.
As palavras “Matemática” e “péssima” são acentuadas
com base na mesma regra gramatical. a) “O jardineiro despediu-se há tempos” / adjetivo / jar-
( ) Certo ( ) Errado di-nei-ro

b) “A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do


7) Ano: 2008, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
terreno” / substantivo / ca-rro-cin-ha
Prova: Professor - Língua Portuguesa
Nas palavras “espaia”, “naváia”, “faia”, “atrapáia”, c) “Não posso tomar, me dá dispepsia” / substantivo /
observa- se o fenômeno comum nas variedades não- dis-pep- si-a
padrão de realizar semivogal no contexto da consoante
lateral palatal /lh/. d) “O verdureiro já havia saído com a carrocinha” /
( ) Certo ( ) Errado adjetivo / ver-du-re-i-ro

8) Ano: 2014, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDS-TO, e) “A senhora estende o braço, mostra com orgulho a
Prova: Assistente Socioeducativo - Técnico em lavoura” / advérbio / la-vo-u-ra
Enfermagem

Assinale a alternativa em que ambas as palavras


GABARITO:
exigem acento gráfico.
1–C 3–E 5–E 7–C 9–E
a) silenciosa; horriveis
2–C 4–C 6–C 8- D 10 – C
b) historicamente; desaguava

c) solidariamente; tumulo
3. Semântica
d) ingreme; funerária A semântica trata da significação das palavras, que
podem estar isoladas ou contextualizadas. A diferença
entre significado e sentido mais clássica é esta: o
primeiro diz respeito à noção que a palavra apresenta
9) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova:
(Um cachorro atravessou a rua. Comprei um cachorro
Professor - Língua Portuguesa
lindo.); o segundo diz respeito à noção que a palavra
pode apresentar (Ele é chato pra cachorro. Já que tive
um sonho, amanhã vou jogar no cachorro.). As

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palavras não só podem ter uma acepção primária, mas Note que o verbo amanhecer também está no sentido
também diversas acepções; tudo dependerá do figurado, porque dias não amanhecem. O ato de
contexto. amanhecer não depende de ser algum, pois
Vale dizer também que, em nossa língua, amanhecer é um fenômeno natural.
gramaticalmente falando, há inúmeros fatores que
podem alterar o significado das palavras, como: 3.2 Sinonímia
– a acentuação gráfica/prosódia: sábia (mulher Trata de palavras diferentes na forma, mas com
culta) e sabiá (ave); sentidos iguais ou aproximados, ou seja, sinônimos.
– a posição da sílaba tônica: fabrica (paroxítona; Não se iluda: não existe sinônimo perfeito. Tudo
forma do verbo fabricar) e fábrica (proparoxítona); depende do contexto e da intenção do falante.
– o timbre: molho (/ô/; caldo) e molho (/ó/; conjunto de A sinonímia não trata apenas do léxico (palavra ou
objetos unidos); expressão), mas da frase também. Neste sentido, o
– o número: a letra (símbolo gráfico) e as letras uso de sinônimos é muito importante dentro de um
(literatura); texto – com eles, evitamos a repetição de vocábulos,
– o gênero: a rádio (emissora) e o rádio (aparelho); porque eles servem para substituir palavras.
– o acento grave (crase): “Chegou a noite.” (A noite Exemplos de sinonímia vocabular:
chegou.) e “Chegou à noite.” (Alguém chegou à noite.); – A multidão teve de clamar em protesto. Ela só
– a posição de certas palavras: qualquer mulher bradou devido ao descaso dos políticos.
(alguma mulher) e mulher qualquer (mulher sem valor) – Graças a Deus conseguimos extinguir nossas
/ “Eu preciso aprender a ser só, e não a só ser.” dívidas. Se não as saldássemos, não sei o que
(sozinho/somente); faríamos.
– o contexto da conjunção: “Nós estudamos, mas – O jogo vai atrasar em virtude do temporal. Devido
não passamos.” (adversidade, oposição) e “Não só a isso, teremos de aguardar.
jogo vôlei, mas faço natação.” (adição). Ademais, como já foi dito, existe sinonímia frasal, ou
– o contexto da preposição: “Para mim, ele é um seja, uma frase pode ser reescrita com outras palavras
canalha.” (opinião) e “Não dá para sair hoje.” sem alteração de sentido.
(possibilidade); – Ela construiu esta casa. = Esta residência foi
– o contexto do advérbio: “Fale mais!” (intensidade) edificada por ela.
e “Não fale mais!” (tempo). – Parece que tu estás certo sobre o assunto. =
– a pontuação: “Ele voltou logo, fiquei feliz.” (vírgula Aparentemente a verdade sobre a questão está
depois de logo, ideia de tempo) e “Ele voltou, logo contigo.
fiquei feliz.” (vírgula antes de logo, ideia de conclusão);
– a regência: “João sempre implica com ela.” 3.3 Antonímia
(zombar) e “Ela implicou em um assalto o namorado.” Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na
(envolver). forma e com significações opostas, excludentes, ou
seja, antônimos. Normalmente ocorre por meio de
3.1 Denotação e Conotação palavras de radicais diferentes, com prefixo negativo
A essa altura do campeonato, você já percebeu que o ou com prefixos de significação contrária. Veja estes
contexto é determinante para que atribuamos este ou exemplos:
aquele sentido a uma palavra, certo? É por aí que os – O chegar e o partir são dois lados cruciais da vida.
conceitos de denotação e conotação passeiam (usei – Você é meu amigo ou meu inimigo?
o verbo passear com sentido conotativo, percebeu?). – Há menos imigrantes do que emigrantes no Brasil.
A denotação trata do significado básico e objetivo de – Ela se molhou de cima a baixo.
uma palavra; uma palavra com sentido denotativo está Há antonímia frasal, desde que o conteúdo de uma
no seu sentido literal, primário, real. frase ou oração esteja em conflito com o de outra:
– Gosto de estudar à noite. – Por ter ficado calado durante anos, aturando todos
A conotação é o avesso, pois trata do sentido os tipos de maus-tratos, resolveu berrar sem parar
figurado, simbólico, não literal das palavras. em ataque a tudo e a todos.
– Há dias que amanhecem noite.
3.4 Homonímia

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Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, Gosto (timbre fechado: sabor) / Gosto (timbre aberto:
mas com significados diferentes, ou seja, homônimos. forma do verbo gostar)
Veja: Jogo (timbre fechado: recreação) / Jogo (timbre
– São Jorge já foi cantado por muitos artistas. aberto: forma do verbo jogar)
– Os alunos daqui são estudiosos. Pôde (timbre fechado: verbo poder no passado) / Pode
– Finalmente o garoto ficou são. (timbre aberto: verbo poder no presente)
Existem três tipos de vocábulos homônimos: Sábia (mulher com sabedoria) / Sabia (forma do verbo
homófonos, homógrafos e perfeitos. Veja: saber)
Homófonos: apresentam pronúncia igual e grafia
diferente. Perfeitos: apresentam grafia e pronúncia iguais.
Acender (iluminar, pôr fogo em) / Ascender (subir, Casa (lar, moradia) / Casa (forma do verbo casar)
elevar) Janta (refeição) / Janta (forma do verbo jantar)
Caçar (perseguir, capturar a caça) / Cassar (anular, Cedo (advérbio) / Cedo (forma do verbo ceder)
revogar, proibir) Livre (liberto, solto) / Livre (forma do verbo livrar)
Cela (aposento de religiosos ou de prisioneiros) / Sela Lima (ferramenta) / Lima (forma do verbo limar)
(arreio de cavalo) Manga (fruta) / Manga (parte da camisa) / Manga
Censo (recenseamento – estatística) / Senso (juízo (forma do verbo mangar)
claro, percepção) Somem (forma do verbo somar) / Somem (forma do
Cerrar (fechar) / Serrar (cortar) verbo sumir)
Concerto (apresentação musical) / Conserto (ato ou
efeito de consertar, reparar) 3.5 Paronímia
Espectador (aquele que vê) / Expectador (o que está Trata, normalmente, de pares de palavras parecidas
à espera de; expectativa (!)) tanto na grafia quanto na pronúncia, mas com sentidos
Espiar (espreitar, olhar) / Expiar (redimir-se, pagar diferentes. Veja:
uma dívida) Abjeção (baixeza, degradação) / Objeção
Esperto (atento, perspicaz, ativo) / Experto (contestação, obstáculo)
(especialista, perito) Absolver (absolvição) / Absorver (absorção)
Estrato (camada social) / Extrato (extração, resumo) Acidente (ocorrência casual grave) / Incidente
Incipiente (principiante, iniciante) / Insipiente (episódio casual sem gravidade, sem importância)
(ignorante, imprudente) Aferir (conferir) / Auferir (colher, obter)
Seção (parte, divisão, departamento) / Sessão Amoral (descaso com as regras de moral) / Imoral
(reunião de pessoas para um determinado fim) / (contrário à moral)
Cessão (doação, ato de ceder) Arrear (colocar arreios em) / Arriar (abaixar)
Saldar (pagar o saldo de, liquidar contas) / Saudar Cível (relativo ao Direito Civil) / Civil (cortês, civilizado,
(cumprimentar, aclamar) polido; referente às relações dos cidadãos entre si)
Tachar (censurar, acusar, botar defeito em (ideia Comprimento (uma das medidas de extensão –
depreciativa)) / Taxar (estabelecer uma taxa; avaliar largura e altura) / Cumprimento (ato de cumprimentar
positiva ou negativamente) alguém, ou cumprir algo)
Trás (atrás, detrás; após, depois de) / Traz (forma do Cavaleiro (homem a cavalo) / Cavalheiro (homem
verbo trazer) gentil)
Conjetura (suposição) / Conjuntura (momento)
Homógrafos: apresentam grafia igual e pronúncia Deferimento (concessão, atendimento) / Diferimento
diferente. (adiamento, demora, discordância, distinção)
Almoço (timbre fechado: refeição) / Almoço (timbre Delatar (denunciar) / Dilatar (adiar, alargar)
aberto: forma do verbo almoçar) Descrição (ato de descrever) / Discrição (qualidade
Conserto (timbre fechado: reparação, correção) / de quem é discreto)
Conserto (timbre aberto: forma do verbo consertar) Descriminar (inocentar, absolver) / Discriminar
Colher (timbre fechado: verbo) / Colher (timbre aberto: (distinguir, especificar, segregar)
instrumento usado para comer) Destratar (insultar) / Distratar (romper um trato,
Edito (decreto, lei) / Édito (ordem judicial) desfazer um contrato)

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Defeso /ê/ (proibido) / Defesso /é/ (fatigado, cansado) Sesta /é/ (período de descanso) / Cesta /ê/
Desidioso (em que há desídia, preguiçoso, (compartimento)
negligente) / Dissidioso (em que há dissídio, divisão; Soar (emitir som) / Suar (transpirar)
conflituoso, desarmonioso) Sortir (abastecer, prover) / Surtir (ter como
Despercebido (desatento, distraído) / Desapercebido consequência, produzir, acarretar)
(despreparado, desprevenido, desprovido) Sobrescrever ou sobrescritar (pôr nome e endereço
Elidir (suprimir, excluir, eliminar) / Ilidir (rebater, do destinatário) / Subscrever ou subscritar (assinar)
contestar, refutar) Tráfego (movimento ou fluxo, trânsito) / Tráfico
Eludir (evitar ou esquivar-se com astúcia ou com (negócio, comércio ilegal)
artifício) / Iludir (causar ilusão em, enganar, burlar) Vultoso (de grande vulto, nobre, volumoso) / Vultuoso
Emenda (correção de falta ou defeito, alteração) / (inchaço especialmente na face e nos lábios)
Ementa (resumo, síntese – de lei, decisão judicial etc.) Usuário (o que usa alguma coisa) / Usurário (o que
Emergir (vir à tona, surgir, manifestar-se) / Imergir pratica a usura ou agiotagem)
(fazer submergir, mergulhar, afundar)
Emigrar (emigrante) (sair de um país para ir viver em 3.6 Polissemia
outro) / Imigrar (imigrante) (entrar em outro país para Trata da pluralidade significativa de um mesmo
nele viver) vocábulo, que, a depender do contexto, terá uma
Eminente (que se destaca, notável) / Iminente (que significação diversa. Em palavras mais simples: a
está prestes a ocorrer, pendente) palavra polissêmica é aquela que, dependendo do
Flagrante (fato percebido no ato de uma ocorrência) / contexto, muda de sentido (mas não muda de classe
Fragrante (que exala cheiro agradável) gramatical!).
Fluir (transcorrer, passar) / Fruir (usufruir, desfrutar, Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de
gozar) automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és
Inflação (ato de inflar, aumento de preços) / Infração uma boa peça”, “uma peça de carne” etc. Só de
(violação, transgressão) curiosidade: a palavra ponto é a mais polissêmica da
Infligir (aplicar ou determinar uma punição) / Infringir nossa língua! Consulte o dicionário e veja.
(desobedecer, violar, transgredir) Agora, observe mais estes exemplos:
Mandado (incumbência, ordem, missão) / Mandato – Desculpe o bolo que te dei ontem.
(procuração, poder recebido para representar outrem) – Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica.
Pleito (questão em juízo, discussão, eleição; pleitear: – Tenho um bolo de revistas lá em casa.
demandar em juízo; falar a favor de) / Preito
(homenagem, respeito) 3.7 Hiponímia e Hiperonímia
Preceder (anteceder, vir antes) / Proceder (vir, provir, Se você teve infância, com certeza já brincou de
originar-se) “adedaaaaaanha”! Você se lembra de que a gente
Preeminente (que ocupa lugar mais elevado, superior) colocava no alto da folha assim:
/ Proeminente (que sobressai, que vem à frente) Homem | Mulher | Cor | Fruta | Animal | Objeto (...)
Prescrever (prescrição) (preceituar, receitar) / E, em baixo de cada um desses, colocamos nomes de
Proscrever (proscrição) (banir, expulsar, vetar, proibir) homens, mulheres, cores, frutas, animais, objetos etc.
Relegar (pôr em segundo plano; deixar de lado) / Estou falando de hipônimos e hiperônimos; você já
Renegar (renunciar, rejeitar, negar) brincou com hipônimos e hiperônimos na sua vida,
Reincidir (reincidência) (tornar a incidir, recair em, sabia disso? É o seguinte: o hiperônimo é uma
repetir) / Rescindir (rescisão) (tornar nulo – um palavra cuja significação inclui o sentido de diversas
contrato –, cancelar) outras palavras, é uma palavra que se refere a todos
Remição (ato ou efeito de remir “tornar a obter, os seres de uma “espécie”:
resgatar”, liberação de pena ou dívida) / Remissão Animal é hiperônimo de gato, tartaruga, burro, boi etc.
(perdão; ação ou efeito de remeter) Fruta é hiperônimo de laranja, uva, maçã, morango
Repreensão (censura, advertência) / Repressão etc.
(ação de reprimir, contenção, impedimento) Já o hipônimo é uma palavra de significação
Ratificar (confirmar, corroborar) / Retificar (alterar, específica dentro de um campo de sentido:
corrigir) Fernando, José, Saulo são hipônimos de homem.

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Azul, amarelo, branco são hipônimos de cor. – Fui ao encontro das turmas.
Portanto, o hiperônimo é uma palavra que abarca o
sentido de outras palavras, é mais abrangente; o
hipônimo, por sua vez, tem o sentido mais restrito em 3.9 Questões de Concursos anteriores
relação a um vocábulo de sentido mais genérico. Há 1) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
entre esses conceitos, portanto, uma relação de Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
hierarquia. Língua Portuguesa

3.8 Ambiguidade
Trata da duplicidade de sentidos que pode haver em
uma palavra, em uma expressão, em uma frase ou em
um texto inteiro, em razão do contexto linguístico. A
ambiguidade ou anfibologia pode ser causada por
vários fatores. Veja alguns casos:
Com base no vocabulário utilizado no texto e nos seus
Distinção entre agente (adjunto adnominal) e
aspectos semânticos, julgue o item seguinte.
paciente (complemento nominal)
Os dois primeiros vocábulos do texto constituem caso
– A demissão do ministro causou celeuma. (Ele
de homonímia.
demitiu ou foi demitido?)
( ) Certo ( ) Errado
Mau uso do pronome
– Pedro e Marina vão desquitar-se. (Um do outro ou de
2) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
seus cônjuges?)
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Má colocação de palavras
Língua Portuguesa
– A professora deixou a turma entusiasmada. (Ela ou
Com base no vocabulário utilizado no texto e nos seus
a turma?)
aspectos semânticos, julgue o item seguinte.
Mau uso de pronomes relativos (dois antecedentes
No trecho “educação é dessas coisas que uma
expressos)
geração planta hoje para só os netos colherem os
– Encontrei a menina e o menino de que lhe falei.
frutos sazonados” (l.3-5), a forma verbal “planta” foi
(Falou de quem?)
usada em sentido denotativo.
Não distinção entre pronome relativo e conjunção
( ) Certo ( ) Errado
integrante
– O cliente falou com a advogada que mora perto
3) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
daqui. (Quem mora perto?)
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Indefinição de complementos
Língua Portuguesa
– O pai quer o casamento logo, mas a filha não quer.
Com base no vocabulário utilizado no texto e nos seus
(Não quer casar ou não quer que seja logo?)
aspectos semânticos, julgue o item seguinte.
Mau uso das formas verbo-nominais
– O advogado encontrou o réu entrando no tribunal.
(Quem entrava no tribunal?)
Mau uso dos possessivos
– Chegaram João, Maria e seu filho. (Filho de quem?)
Inversão sintática
– Venceram os flamenguistas os vascaínos. (Quem
perdeu?)
Mau uso dos adjuntos adverbiais
– Depois de difícil disputa, São Paulo vence o Avaí em
casa. (Na casa de quem?)
Polissemia
– O xadrez está na moda. (O jogo ou a roupa?) São, respectivamente, antônimo do vocábulo
Locução prepositiva ou preposição seguida de “sazonados" (l.5) e sinônimo de “patrimônio" (l.13) os
substantivo termos saudáveis e riqueza.

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( ) Certo ( ) Errado c) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão


agora expiar seus crimes.
4) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, d) Em todos os momentos, para agir corretamente, é
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — preciso o bom censo.
Língua Portuguesa e) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato
Com base na estrutura e nas ideias do texto ao lado — de tomate.
Descrição e Prescrição, de Mário A. Perini — Julgue
o item subsequente. 8) Ano: 2015, Banca: CURSIVA, Órgão: CIS - AMOSC
- SC, Prova: Auxiliar Administrativo

Assinale o item em que as palavras completam


adequadamente os espaços abaixo:
I. Trouxeram-me um ramalhete de flores__________.
II. A justiça _________a pena merecida aos
desordeiros.
III. Devemos ser fiéis ao __________do dever.
IV. A _________ de terras compete ao Estado.

O vocábulo “gramáticas" ( l.21 e 22 ), empregado no a) Fragrantes – infligiu – cumprimento – cessão


plural, é polissêmico. b) Fragrantes – infrigiu – comprimento – cessão
( ) Certo ( ) Errado c) Flagrantes – infligiu – cumprimento – cessão
d) Fragrantes – infligiu – comprimento - sessão
5) Ano: 2014, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDS-TO,
Prova: Assistente Socioeducativo - Técnico em 9) Ano: 2015, Banca: CURSIVA, Órgão: CIS - AMOSC
Enfermagem - SC, Prova: Auxiliar Administrativo
O antônimo do termo em destaque no trecho Levando em consideração o significado contextual de
“Anecrofilia da arte /Tem ADEPTOS em toda parte” é: palavras e expressões, assinale a alternativa correta
a) aderentes. em que há relação de polissemia:
b) simpatizantes.
c) opositores a) concertar (combinar) - consertar (ajustar)
d) seguidores. b) espirar (soprar) - expirar (exalar)
c) espiar (observar) - expiar (pagar pena)
6) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova: d) incerto (não certo) - inserto (impreciso)
Professor de Educação Especial – Português
Em “achou a mãe lépida, bem disposta”, o adjetivo 10) Ano: 2015, Banca: IBAM, Órgão: Prefeitura de
destacado pode ser substituído, sem prejuízo de Santo André – SP, Prova: Atendente de Copa
sentido, pelo seu sinônimo Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada foi
a) pacífica. corretamente aplicada.
b) confiante. a) O chefe do tráfego de drogas foi preso ontem.
c) lânguida. b) O mandado político do presidente dura 4 anos.
d) magra. c) Não discrimine ninguém pela cor.
e) alegre. d) Ele sempre está de mal humor.

7) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova:


Professor de Educação Especial – Português GABARITO:
Atento ao emprego dos Homônimos, analise as 1–C 3–E 5–C 7–C 9–C
palavras sublinhadas e identifique a alternativa 2–E 4–C 6–E 8–A 10 – C
CORRETA:
a) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso
é crime!
b) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente.

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4. Fatos e Dificuldades da língua Culta – Preciso que você me explique pelo menos mais dois
porquês, ok?
4.1 Por que / Porque / Por quê / Porquê – Só vou dar este porquê a você; já o porquê de
A forma por que pode ser uma locução adverbial verdade não lhe cabe saber.
interrogativa de causa quando equivale a “por qual
razão/motivo’ ou ‘a razão pela qual”. Pode aparecer em 4.2 Há / A
frases interrogativas diretas (com o sinal “?”) e A forma verbal há, para não ser confundida com a
indiretas (sem o sinal “?”). preposição a, precisa ser entendida como indicadora
– Por que você fez isso? de tempo passado ou decorrido (pode-se substituir por
– Juro que eu não sei por que eu fiz isso. “faz” para facilitar).
A forma por que pode ser apenas a combinação da A preposição a, por sua vez, indica tempo futuro ou
preposição “por” + o pronome indefinido “que”, distância.
equivalendo a “por qual”. – Há meses venho fazendo provas de concurso.
– Começo a entender por que motivo você fez isso. – É por isso que você está a anos luz de mim.
A forma por que pode ser apenas a combinação da
preposição ‘por’, exigida por um termo + a conjunção 4.3 Se não / Senão
integrante “que”. A forma se não é constituída de conjunção condicional
– Eu sempre ansiei por que você me explicasse o se + o advérbio de negação não (iniciando orações
motivo. subordinadas adverbiais condicionais – normalmente
A forma por que também pode ser a combinação da os verbos dessa oração estão no modo subjuntivo e/ou
preposição “por” + o pronome relativo “que”, indicando hipótese).
equivalendo a “pelo qual” (e variações). Bizu: se puder tirar o não da frase, usa-se se não
– O motivo por que você fez isso não é mais surpresa (separado). E mais: podemos, neste caso, substituir se
para ninguém. não por caso não.
– Se não estudar, não passará. (Se estudar, passará.
A forma porque pode ser uma conjunção explicativa / Caso não estude, não passará.)
ou causal (equivalendo a pois, visto que, já que, etc.); A forma se não é constituída de conjunção integrante
para alguns gramáticos, como Luiz A. Sacconi, se + o advérbio de negação não.
Pasquale C. Neto, Ulisses Infante etc., pode ser – Ele perguntou se não iríamos à festa. (Ele perguntou
também uma conjunção final (equivalendo a “para se iríamos à festa.)
que”). A forma senão é usada nos seguintes casos:
– Você fez isso porque (pois) queria dinheiro, não é? – Nada pode derrubar minha confiança senão as
– Só fiz isso porque (para que) conseguisse dar-me palavras de minha amada, pois que coisa sou eu
bem, até porque (pois; ignore o “até”) sou merecedor. senão seu escravo? (= exceto, salvo, a não ser)
– Não quero seu amor, senão sua amizade. (= mas
A forma por quê pode ser usada antes de pausa sim)
representada por sinal de pontuação, em fim de frase – Meu amigo, não só estudo, senão trabalho; não
ou isolada. tenho esta vida fácil. (= mas também)
– Agora você soube por quê, certo? – Ele apontou não só um senão, mas vários senões
– Sem seu esclarecimento, nunca entenderia por quê. na tramitação do processo. (= problema, falha)
– Por quê? – Estude, senão será reprovado! (= do contrário;
Estude, se não estudar, será reprovado)
A forma porquê é um substantivo e vem comumente – Fala três línguas, senão quatro. (= ou; Fala três
acompanhada de um determinante (artigo, pronome, línguas, se não falar quatro)
numeral ou adjetivo/locução adjetiva). Esta “regrinha” Há um caso facultativo: quando o senão, indicando
anula a anterior, ou seja, por mais que a expressão alternativa, incerteza, imprecisão, equivaler a ou.
esteja em fim de frase ou antes de pontuação, se vier Nestes casos, pode-se interpretar que o verbo está
acompanhada de determinante, será escrita “junto subentendido.
com acento”. Pode ir ao plural, uma vez que se trata – É muito difícil, senão (se não (for)) impossível,
de um substantivo. prever o resultado.

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– João é rico, senão (se não (for)) riquíssimo. – Não só fiquei mais contente, mas também
– Comprarei duas TVs, senão (se não (comprar)) três. extremamente realizado. (advérbio de intensidade,
– Compareceu a maioria dos convidados, senão (se conjunção coordenativa aditiva)
não (compareceu)) todos.
4.7 Afim / A fim de
4.4 Onde / Aonde / Donde A forma afim é um adjetivo que significa afinidade,
As duas últimas só ocorrem se houver as combinações semelhança, parentesco; a fim de é uma locução
das preposições a e de (exigidas por um verbo ou por prepositiva que indica finalidade, propósito, intenção.
um nome) + onde. Veja: – Apesar de ele ser meu parente afim, nós não temos
– Estou onde quero na empresa. (advérbio de lugar) ideias afins.
– O Exército, para onde fui, é minha casa. (Pronome – Comecei a estudar a fim de fazer aquela famigerada
relativo. Quem vai (no sentido de ir e permanecer), vai prova.
para algum lugar.) – Está a fim de namorar comigo? (frase própria do
– Donde você saiu para chegar aonde se encontra? registro coloquial)
(Advérbios de lugar. Quem sai, sai de algum lugar e
quem chega, chega a algum lugar.) 4.8 Em vez de / Ao invés de
– A cidade donde venho é muito pequena. (Pronome A forma ao invés de é usada com termos antônimos
relativo. Quem vem, vem de algum lugar.) na frase em que aparece; já em vez de equivale a no
lugar de.
4.5 Mal / Mau – Em vez de estudar para a prova do TSE, estudou
A forma mal pode ser um substantivo, um advérbio para a do AFT.
(antônimo de “bem”) ou uma conjunção subordinativa – Ao invés de ser elogiado pelo que disse, foi vaiado
temporal (equivalendo a “logo que, assim que”). Já efusivamente.
mau pode ser um substantivo ou um adjetivo
(equivalendo a “bom”). 4.9 Acerca de / Há cerca de / (a) cerca de
– O mal de Parkinson é uma doença incômoda. A primeira forma equivale a sobre (assunto); a
(substantivo) segunda indica número aproximado ou tempo
– A pessoa anda mal, fala mal etc. (advérbio, decorrido aproximado; a terceira indica distância
advérbio) aproximada, tempo futuro aproximado ou quantidade
– Engraçado, mal toquei no assunto, eu me lembrei de aproximada.
uma coisa: os maus da humanidade sofreram disso, – Falamos acerca de futebol e de política.
sabia? (conjunção subordinativa temporal, – Há cerca de vinte mil pessoas habitando aquele
substantivo) bairro.
– Tenho um amigo que é muito mau, será que...? – Há cerca de uns anos venho estudando com
(adjetivo) vontade.
– Estou (a) cerca de um mês para a prova.
4.6 Mais / Mas – Cerca de cem amigos presentearam-no quando se
A forma mais (normalmente advérbio ou pronome casou.
indefinido) está ligada à ideia de quantidade,
intensidade ou tempo (neste caso, quando vem depois
de uma negação). Mas é uma conjunção coordenativa 4.10 De encontro a / Ao encontro de
adversativa, quando equivale a porém; é uma A forma de encontro a está ligada à ideia de “choque,
conjunção coordenativa aditiva, quando antes vêm as colisão, divergência, oposição”. A segunda forma (ao
expressões “não só/não apenas/não somente”. encontro de) está relacionada à ideia de “algo
– Sou mais feliz quando estou com você, mas você favorável, aproximação positiva, pensamento
nunca está aqui. (advérbio de intensidade, conjunção convergente”.
coordenativa adversativa) – Nunca fui de encontro às ideias dele, pois são
– Dedique mais tempo a sua esposa, e ela não vai ótimas.
mais cobrar nada de você. (pronome indefinido – – Resolvi ir ao encontro dela, uma vez que valia a
quantidade –, advérbio de tempo) pena.

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4.11 De mais / Demais A locução conjuntiva à medida que indica proporção e


De mais (contrário de ‘de menos’) é uma locução equivale a “à proporção que, ao passo que”. Por outro
adjetiva; normalmente essa expressão se liga a um lado, na medida em que indica causa e equivale a
substantivo. Já demais (equivale a ‘em excesso’ ou “visto que, já que, tendo em vista que”.
‘outros’) é um advérbio de intensidade ou um pronome – À medida que o líder russo crescia no palco político,
indefinido. o mundo ia se habituando à sua personalidade
– Eles têm dinheiro de mais. descomunal.
– O professor fala demais. – Do ponto de vista político, este ato é desastrado, na
– Precisamos explicar os demais assuntos. medida em que exprime um conflito entre o Estado e
a Igreja.
4.12 Tampouco / Tão pouco
Tampouco é, tradicionalmente, um advérbio e 4.16 Questões anteriores de concursos
equivale a “também não, nem”; tão pouco é uma 1) Ano: 2016, Banca: FUNDEP, Órgão: IFN-MG,
expressão formada por advérbio de intensidade + Prova: Psicólogo
advérbio de intensidade/pronome indefinido, indicando Releia o trecho a seguir.
quantidade, normalmente. “E o que acontece com essa menina que engravida
– O que você fez não foi certo, tampouco justo. porque enxerga na maternidade um papel social, uma
– Estudei tão pouco, mesmo assim, por sorte, me forma de justificar sua existência no mundo?”
classifiquei. Assinale a alternativa incorreta em relação à palavra
– Seu aluno faz tão pouco exercício por quê? destacada, de acordo com a norma padrão.
a) Está grafada incorretamente, posto que se trata de
4.13 A princípio / Em princípio uma sentença interrogativa.
A princípio equivale a “no início, inicialmente”. Em b) Confere ao trecho uma ideia de causalidade.
princípio equivale a “em tese, conceitualmente”. Em c) Nesse contexto, pode ser substituída por
alguns momentos, uma ou outra expressão dará conta “porquanto”.
daquilo que se quer transmitir, portanto, nas duas d) Indica algo em razão de que uma determinada
últimas frases abaixo, o propósito do falante no situação ocorre.
discurso vai determinar o uso da expressão. Nenhuma
delas, pois, estará equivocada. Dependerá do 2) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão: IBGE,
contexto. Prova: Agente de Pesquisas por Telefone
– Vou abordar apenas questões gramaticais a No trecho do Texto II “Há sempre um porquê.” (l. 5), a
princípio. palavra destacada está grafada de acordo com a
– Em princípio, as gramáticas de ensino médio não norma-padrão da língua portuguesa.
deveriam polemizar. A palavra ou a expressão destacada aparece
– Em princípio não estamos interessados em vender corretamente grafada em:
este imóvel. a) É difícil entender o porquê de não serem
– A princípio não estamos interessados em vender implementadas políticas mais eficientes para evitar a
este imóvel. degradação de nossos principais biomas.
b) Programas de proteção ambiental têm tentado
4.14 Ao nível de / Em nível de reduzir a pobreza das populações das florestas por
A primeira expressão (ao nível de) tem a ideia de “à quê é uma forma de evitar o desmatamento.
mesma altura”; a segunda (em nível de) exprime c) Por quê tantas pessoas são infelizes e reclamam
“hierarquia”. A expressão “a nível de” é um equívoco. que não conseguem atingir seus objetivos na vida?
– Este artigo está ao nível dos melhores. d) As pressões sociais impedem que as pessoas
– Isto foi resolvido em nível de governo estadual. alcancem a felicidade porquê impõem valores que
– Isto foi resolvido a nível de governo estadual podem não combinar com as aspirações próprias.
(errado!) e) As pessoas devem procurar viver de uma forma
mais relaxada de modo a conhecerem melhor o por
4.15 À medida que / Na medida em que quê de suas atitudes.

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3) Ano: 2016, Banca: UFSC, Órgão: UFSC, Prova: ___ sabem os jovens que o _____ uso do computador
Assistente em Administração pode fazê-lo funcionar muito ________.
Considerando a norma padrão escrita e o uso de
“aonde” e “onde” no Texto 4, atribua verdadeiro (V) a) Mal / mal / mal.
ou falso (F) às afirmativas abaixo.
( ) “Onde” pode ser substituído por “em que” sem b) Mal / mau / mal.
prejuízo de significado.
( ) “Aonde” pode ser substituído por “no qual” sem c) Mau / mau / mal.
prejuízo de significado.
( ) “Onde” exprime ideia de movimento. d) Mal / mau / mau.
( ) “Onde” e “aonde” são preposições.
( ) “Aonde” está acompanhado de um verbo de e) Mau / mau / mau.
movimento.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência
CORRETA, de cima para baixo.
6) Ano: 2016, Banca: CCV-UFC, Órgão: UFC, Prova:
a) V – V – F – F – F
Auxiliar em Administração
b) V – F – F – V – V
c) F – V – V – V – V Assinale a alternativa em que o emprego de “mal” ou
d) F – F – F – V – V “mau” está INCORRETO:
e) V – F – F – F – V a) Os fanáticos por política estão sempre mal-
humorados
4) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão: IBGE, b) Os funcionários públicos não podem atender o povo
Prova: Agente de Pesquisas por Telefone de mau humor
No trecho do Texto II “Há sempre um porquê.” ( . 5), c) Precisas aprender a ser mal, depois de te
a palavra destacada está grafada de acordo com a desconsiderarem tanto
norma- -padrão da língua portuguesa. d) Cuidado, não facilita, pois todos o consideram um
A palavra ou a expressão destacada aparece mau caráter
corretamente grafada em: e) A luta mal começou e já houve um nocaute
a) As pessoas devem procurar viver de uma forma
mais relaxada de modo a conhecerem melhor o por 7) Ano: 2016, Banca: COMVEST UFAM, Órgão: UFAM,
quê de suas atitudes. Prova: Auxiliar em Administração
b) É difícil entender o porquê de não serem
implementadas políticas mais eficientes para evitar a Sobre fenômenos linguísticos do texto, afirma-se:
degradação de nossos principais biomas. I. Na oração “plantaram-se seringueiras em várias
c) As pressões sociais impedem que as pessoas localidades do Vale” (segundo período), o sujeito
alcancem a felicidade porquê impõem valores que simples é seringueiras.
podem não combinar com as aspirações próprias. II. A expressão “Há cerca de quarenta anos”, que dá
d) Programas de proteção ambiental têm tentado início ao terceiro período, não está correta, devendo
reduzir a pobreza das populações das florestas por ser substituída por “Acerca de”.
quê é uma forma de evitar o desmatamento. III. Em “E todos querem saber o por que” observa-se
e) Por quê tantas pessoas são infelizes e reclamam um erro, pois a oração deveria estar redigida assim: “E
que não conseguem atingir seus objetivos na vida? todos querem saber o porquê”.
IV. Em “Foi a indústria da borracha a que mas
5) Ano: 2016, Banca: CCV-UFC, Órgão: UFC, Prova: influenciou” também existe um erro, já que “mas” teria
Auxiliar em Administração de ser grafado como um advérbio: “mais”.

Assinale a alternativa que completa corretamente a Assinale a alternativa correta:


seguinte oração: a) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas
b) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas
c) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas

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d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas tipos de derivação: prefixal, sufixal, parassintética,
e) Todas as afirmativas estão corretas regressiva e imprópria.

8) Ano: 2016, Banca: FGV, Órgão: COMPESA, Prova: 5.1.1. Prefixal


Assistente de Saneamento e Gestão - Assistente de A derivação prefixal se dá quando um prefixo é 1)
Tecnologia da Informação colocado junto à palavra primitiva ou 2) colocado como
Assinale a opção em que a lacuna da frase deve ser último elemento de uma palavra que já havia sofrido
corretamente preenchida com a forma há. algum processo de formação.
– homem > super- + homem > super-homem
a) “Não há profissão mais bela do que _____ de tio da – duque > arqui- + duque > arquiduque
América”. – pôr > com- + pôr > compor
b) “Onde é necessária a astúcia não _____ lugar para
a força”. 5.1.2. Sufixal
c) “O mérito tem seu pudor, como _____ castidade”. Ocorre derivação sufixal quando um sufixo é 1)
d) “Há lugares em que emana _____ inteligência”. colocado junto à palavra primitiva ou 2) colocado como
e) “Não existe pecado, exceto _____ estupidez”. último elemento de uma palavra que já havia sofrido
algum processo de formação.
– pincel > pincel + -ada > pincelada
GABARITO: – cabeça > cabeça + -ear > cabecear
1–A 3–E 5–B 7–C – sutil > sutil + -mente > sutilmente
2–A 4–B 6–C 8–B
5.1.3. Parassintética (Circunfixação)
A derivação parassintética ocorre quando há
5. Processo de Formação das Palavras acréscimo simultâneo de prefixo e de sufixo a uma
palavra primitiva (substantivo ou adjetivo).
Existem algumas maneiras para a formação de novos Normalmente a parassíntese forma verbos (1). Há,
vocábulos na língua, logo esta parte trata justamente entretanto, alguns nomes adjetivos (2) formados por
dos diversos modos como as palavras se formam. Os derivação parassintética. Veja:
principais processos são derivação e composição. 1) abençoar (a + bênção + ar),
amamentar (a + mama + entar),
Palavra primitiva é aquela que não resulta de outra na amanhecer (a + manhã + ecer),
língua portuguesa, isto é, que não sofreu processo de apadrinhar (a + padrinho + ar) etc.
derivação: cadáver, flor, pedra, casa, verde, sol etc. apedrejar (a + pedra + ejar),
Palavra derivada é aquela que resulta de outra na aterrar (a + terra + ar),
língua portuguesa, isto é, que sofreu processo de desterrar (des + terra + ar),
derivação: cadavérico, florista, empedrado, emagrecer (e + magro + ecer),
descasamento, esverdeado, solar etc. embarcar (em + barco + ar),
Palavra simples é aquela que só tem um radical, isto emudecer (e + mudo + ecer),
é, que não sofreu processo de composição: flor, pedra, envelhecer (en + velho + ecer),
casa, verde, sol etc. esfoliar (es + fólio + ar),
Palavra composta é aquela que tem mais de um 2) desalmado (des + alma + ado),
radical, isto é, que sofreu processo de composição: conterrâneo (con + terra + âneo),
flor-amarela, pedra-sabão, casa-comum, verde-água, desbocado (des + boca + ado),
girassol, etc. descampado (des + campo + ado),
envernizado (em + verniz + ado),
5.1 Derivação subterrâneo (sub + terra + âneo),
Como bem diz o Aulete, “um processo de multiplicação
e reaproveitamento de um vocábulo pelo acréscimo 5.1.4. Regressiva (Regressão)
de sufixos e prefixos”. Tradicionalmente há cinco Ocorre derivação regressiva quando um verbo que
indica ação serve de base para a formação de um

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substantivo abstrato. A ideia de regressão (diminuição negro), fidalgo (filho de algo), embora (em + boa +
do vocábulo do ponto de vista estrutural e fonético) hora), aguardente (agua + ardente), petróleo (pedra
ocorre porque o verbo perde sempre sua terminação. + óleo), noroeste (norte + oeste), vinagre (vinho +
Veja alguns exemplos: acre), lobisomem (lobo + homem), planalto (plano +
Verbo (ação) Substantivo (abstrato) alto), pernilongo (perna + longa) etc.
Atrasar Atraso
Demorar Demora 5.3 Onomatopeia
Engasgar Engasgo Este processo é caracterizado por formar palavras
(verbos, substantivos, interjeições) que
5.1.5. Imprópria (Conversão) imitam/reproduzem sons de seres animados ou
A derivação imprópria se dá pela mudança (daí inanimados: bangue-bangue, zum-zum-zum, blá-
conversão) de classificação morfológica de uma blá-blá, tique-taque, pingue-pongue, bem-te-vi,
palavra, a depender do contexto. A palavra não muda nhenhenhém, nheco-nheco, zás-trás, zumbir, rugir,
absolutamente nada na forma; o que muda é sua mugir, miar, cacarejar etc.
classificação morfológica e seu sentido. É por isso que
ela é chamada de imprópria, ou seja, ela não é 5.4. Abreviação (Redução)
propriamente uma derivação, pois não se usam Segundo Celso Cunha, a abreviação ocorre devido à
morfemas (afixos) para mudar a forma da palavra. dinâmica da vida; o ritmo acelerado do dia a dia nos
Ex.: Eu vou amar você e depois vou partir (verbos no influencia a agilizar a comunicação. Na linguagem
infinitivo). / O amar e o partir fazem parte da vida. virtual... nem se fala! Toda palavra que sofre
(substantivos) abreviação é reduzida até certo ponto, de modo que a
Amanhã te ligo. (advérbio) / Espero sempre por um parte restante substitui o todo, mantendo, é claro, seu
amanhã melhor. (substantivo) sentido original. Muitas palavras abreviadas são
próprias do registro coloquial; muitas vezes vêm
5.2. Composição imbuídas de afetividade, preconceito, desprezo etc.
Ocorre composição quando uma palavra é Veja algumas:
constituída por dois ou mais radicais. Há dois tipos de Botequim Boteco
composição: por justaposição e por aglutinação. Cinematógrafo Cinema > Cine
Fotografia Foto
Futebol de salão Futsal
Neurose Neura
5.2.1. Justaposição Otorrinolaringologista Otorrino
Neste tipo de composição, não há perda de elementos Português Portuga
estruturais e fonéticos nos radicais (normalmente Rio de Janeiro Rio
separados por hífen): pontapé (ponta + pé), vaivém Televisão Tevê
(vai + vem), passatempo (passa + tempo),
paraquedas (para + quedas), girassol (gira + sol), 5.5 Hibridismo
dezoito (dez + oito), joão-bobo (João + bobo), É a formação de palavras com morfemas de línguas
abelha-rainha (abelha + rainha), caixa-d’água (caixa diferentes: socio/logia (latim e grego), auto/móvel
+ água)*, guarda-chuva (guarda + chuva), maria vai (grego e latim), tele/visão (grego e latim), buro/cracia
com as outras (maria + vai + outras)*, leva e traz (leva (francês e grego), banan/al (africano e latim),
+ traz)* etc. sambó/dromo (africano e grego), micro-ônibus
*Obs.: As preposições e conjunções não são vistas (grego + latim), report/agem (inglês + latim), bi/cicleta
como radicais, logo ignore-as na análise. (latim + grego), saga/rana (alemão + tupi), ciber/nauta
(inglês + latim) etc.
5.2.2. Aglutinação
Neste tipo de composição, há perda de elementos
estruturais e fonéticos nos radicais (não são separados 5.6 Questões de Concursos anteriores
por hífen): boquiaberto (boca + aberta),
mundividência (mundo + vidência), alvinegro (alvo +

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1) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, A palavra desse segmento que não é formada com um
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — sufixo é
Língua Portuguesa a) autoritários.
Julgue o item a seguir, acerca de aspectos linguísticos b) controle.
do texto acima apresentado. c) populistas.
O verbo “cooperar” (l.3) é formado pelo processo de d) desigualdade.
aglutinação, visto que possui prefixo co- acoplado à e) educação
palavra primitiva operar.
( ) Certo ( ) Errado 6) Ano: 2016, Banca: FUNDES, Órgão: IFN-MG,
Prova: Psicólogo
2) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, Releia o trecho a seguir.
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — “[…] a realidade diária na vida desses jovens
Língua Portuguesa continuará a ser a gravidez na adolescência, a
Julgue o item a seguir, acerca de aspectos linguísticos violência e a criminalidade.”
do texto acima apresentado. Assinale a alternativa em que a palavra destacada não
O advérbio “Infelizmente” (l.17) é formado pelo foi formada pelo mesmo processo de formação de
processo de derivação parassintética, visto que possui palavras daquele que originou a palavra destacada no
prefixo in- e sufixo -mente acoplados à palavra trecho anterior.
primitiva feliz. a) “O pai de Waldik é caminhoneiro e não vivia com a
( ) Certo ( ) Errado mãe.”
3) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova: b) “[…] taxa alarmante que resiste a baixar nas regiões
Professor - Língua Portuguesa mais carentes.”
Entre os processos de formação de palavras há um c) “A criança precisa ter muita autoestima e
denominado de "derivação regressiva". Na verdade, persistência para buscar nesse horizonte nebuloso um
porém, se observarmos exemplos como janta, projeto de vida.”
embarque, canto etc. poderíamos também considerá- d) “A mãe e a avó, nessa família brasileira que cresce
los como casos de cada vez mais matriarcal […].”
a) derivação parassintética
b) abreviação 7) Ano: 2016, Banca: IBFC, Órgão: Prefeitura de
c) derivação sufixal. Jandira - SP, Prova: Técnico de Segurança do
d) derivação prefixal e sufixal. Trabalho
e) palavras primitivas. A partir do vocábulo “aberto”, formou-se “entreaberto”
(5º§) pelo seguinte processo de formação:
4) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova: a) sufixação
Professor - Língua Portuguesa b) justaposição
Assinale a opção que apresenta a palavra cujo prefixo c) aglutinação
tem valor semântico de "quase" d) prefixação
a) Penumbra.
b) Pseudo-sábio 8) Ano: 2016, Banca: INAZ do Pará, Órgão: Prefeitura
c) Autobiografia. de Itaúna - MG, Prova: Técnico de Segurança do
d) Sesquicentenário Trabalho
e) Anfiteatro. Em relação à formação lexical da palavra ensolarado
é correto dizer:
5) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova: a) é um caso de parassintetismo;
Assistente Social b) é uma derivada prefixal e sufixal;
“Autoritários e populistas do passado davam uma c) é uma derivada regressiva;
banana para o custeio – e o controle de qualidade – da d) é um caso de derivação imprópria;
educação básica. Governos democráticos a partir de e) é uma onomatopeia.
1985 fizeram disparar a despesa. Muito da redução na
desigualdade de renda se deve a isso.”

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9) Ano: 2016, Banca: AOCP, Órgão: Prefeitura de Juiz CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO SIGNIFICADO
de Fora - MG, Prova: Contador  Comum
Assinale a alternativa que apresenta a palavra cujo Substantivo comum é aquele que designa os seres de
processo de formação encontrado é o mesmo da uma espécie de forma genérica. Ex.: pedra,
palavra “freudiano”. computador, cachorro, homem, caderno.
a) Cientificamente.  Próprio
b) Reaproximar. Substantivo próprio é aquele que designa um ser
c) Inconsciente. específico, determinado, individualizando-o. O
d) Desmascarar. substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra
e) Surreal. maiúscula. Ex.: André, Londrina, Ester.
 Concreto
10) Ano: 2016, Banca: COSEAC, Órgão: Prefeitura de Substantivo concreto é aquele que designa seres que
Niterói - RJ, Prova: Professor II − Língua Portuguesa existem por si só ou apresentam-se em nossa
imaginação como se existissem por si. Ex.: ar, som,
A palavra em destaque que deriva – como computador, pedra, Ester.
“temporalidade” (§ 3) – de um radical secundário é:  Abstrato
a) TEMPORADA de férias. Substantivo abstrato é aquele que designa prática de
b) reino TEMPORAL. ações verbais, existência de qualidades ou
c) fruto TEMPORÃO. sentimentos humanos. Ex.: saída (prática de sair),
d) emprego TEMPORÁRIO. beleza (existência do belo), saudade.
e) morar TEMPORARIAMENTE.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMAÇÃO
 Primitivo
GABARITO: É primitivo o substantivo que não se origina de outra
1–E 3–C 5–B 7–D 9–A palavra existente na língua portuguesa. Ex.: pedra,
2–E 4–A 6–C 8–A 10 – E jornal, gato, homem.
 Derivado
6. Morfologia
É derivado o substantivo que provém de outra palavra
da língua portuguesa. Ex.: pedreiro, jornalista,
6.1 Classe de palavras
gatarrão, homúnculo.
 Simples
6.1.1 O Substantivo
É simples o substantivo formado por um único radical.
Ex.: pedra, pedreiro, jornal, jornalista.
É a palavra que nomeia os seres. É toda palavra
 Composto
precedida de artigo. É núcleo dos termos sintáticos
É composto o substantivo formado por dois ou mais
nominais (sujeito, objetos direto e indireto, predicativos
radicais. Ex.: pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
do sujeito e do objeto, complemento nominal, agente
 Coletivo
da passiva, adjuntos adnominal e adverbial, aposto e
É coletivo o substantivo no singular que indica diversos
vocativo).
elementos de uma mesma espécie. Ex.: abelha -
enxame, cortiço, colmeia; acompanhante - comitiva,
LOCUÇÃO SUBSTANTIVA
cortejo, séquito; alho - (quando entrelaçados) réstia,
A locução é sempre um grupo de vocábulos que
enfiada, cambada.
equivale a uma palavra só. Dizemos que uma locução
é substantiva caso seja formada por um grupo de
FLEXÃO DE GÊNERO: MASCULINO/FEMININO
vocábulos, com valor de substantivo (não ligados por
Os substantivos, quanto ao gênero, são masculinos ou
hífen): anjo da guarda, dona de casa, estrada de ferro,
femininos. Quanto às formas, eles podem ser:
ponto de vista, cesta básica, papel almaço, fim de
semana, sala de jantar, casa de saúde, Maria das  Biformes
Dores, Vasco da Gama, Cidade Universitária, Belo Substantivos biformes são os que apresentam duas
Horizonte, Nova Iguaçu, etc. formas, uma para o masculino, outra para o feminino,

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com apenas um radical. Ex. menino – menina; traidor - Fazem o plural em -ÃES. Ex.: escrivão, escrivães;
– traidora; aluno – aluna. tabelião, tabeliães; capelão, capelães.
 Heterônimos - Fazem o plural em -ÃOS. Ex.: artesão, artesãos;
Substantivos heterônimos são os que apresentam cidadão, cidadãos; cristão, cristãos; pagão, pagãos;
duas formas, uma para o masculino, outra para o todas as paroxítonas terminadas em -ÃO, como
feminino, mas com dois radicais diferentes. Ex.: bênçãos, sótãos, órgãos.
homem – mulher; bode – cabra; boi - vaca. - Admitem mais de uma forma para o plural: aldeão =
 Substantivos Uniformes aldeões, aldeães, aldeãos; ancião = anciões, anciães,
Substantivos uniformes são os que apresentam anciãos; ermitão = ermitões, ermitães, ermitãos; pião =
apenas uma forma, para ambos os gêneros. Os piões, piães, piãos; vilão = vilões, vilães, vilãos.
substantivos uniformes recebem nomes especiais, que  Terminados em –L
são os seguintes: - Terminados em -al, -el, -ol ou –ul, trocar o L por IS:
- Comum-de-dois: são os que têm uma só forma para Ex.: vogal, vogais; álcool, álcoois; papel, papéis.
ambos os gêneros, com artigos distintos. Ex.: o / a Cuidado: mal, males; cal, cais ou cales; aval, avais
estudante; o / a imigrante; o / a acrobata; o / a agente; ou avales; mel, méis ou meles; cônsul, cônsules.
o / a intérprete; o / a lojista; o / a patriota. - Terminados em -IL
- Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um Palavras oxítonas: trocar a terminação -L por -S.
só artigo para ambos os gêneros. Ex.: o cônjuge, a Ex.: cantil, cantis; canil, canis; barril, barris.
criança, o carrasco, o indivíduo, o apóstolo, o Palavras paroxítonas ou proparoxítonas: trocar a
monstro, a pessoa, a testemunha. terminação -IL por -EIS.
- Epiceno: são os que têm uma só forma e um só Ex.: fóssil, fósseis.
artigo para ambos os gêneros de certos animais,  Terminados em -M
acrescentando as palavras macho e fêmea, para se Trocar o M por NS. Ex.: item, itens; nuvem, nuvens.
distinguir o sexo do animal. Ex.: girafa-macho, girafa-  Terminados em -N
fêmea; andorinha-macho, andorinha-fêmea; águia- Somar S ou ES. Ex.: hífen, hifens ou hífenes; pólen,
macho, águia-fêmea; cobra-macho, cobra-fêmea. polens ou pólenes; espécimen, espécimens ou
especímenes
OBS.: Mudança de gênero com mudança de  Terminados em -R ou -Z
significado Acrescentar ES. Ex.: carácter ou caráter, caracteres;
o caixa = o funcionário; a caixa = o objeto sênior, seniores; júnior, juniores.
o capital = dinheiro; a capital = sede de governo  Terminados em -X
o grama = medida de massa; a grama = a relva, o Ficam invariáveis. Ex.: o tórax, os tórax; a fênix, as
capim fênix.
o guarda = o soldado; a guarda = vigilância,  Terminados em -S
corporação Palavras monossílabas ou oxítonas, acrescentar ES.
o moral = estado de espírito; a moral = ética, conclusão Ex.: ás, ases; deus, deuses; ananás, ananases.
o banana = o molenga; a banana = a fruta. Palavras paroxítonas ou proparoxítonas ficam
invariáveis. Ex.: os lápis; os tênis; os atlas.
FLEXÃO DE NÚMERO: SINGULAR/PLURAL  Só usados no plural
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES As calças; as costas; os óculos; os parabéns; as férias.
Na pluralização de um substantivo simples, há de se
analisar a terminação dele, a fim de acrescentar a PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
desinência nominal de número. Em condições normais, os substantivos, os adjetivos,
 Terminados em vogal os numerais e os pronomes que fazem parte do
Acrescenta-se a desinência nominal de número S. substantivo composto variam em número.
Ex.: saci, sacis; chapéu, chapéus. Ex.: Os tenentes-coronéis (subst. + subst.) foram
 Terminados em -ÃO convidados para a reunião.
- Fazem o plural em -ÕES. Ex.: gavião, gaviões; folião, – Comprei dois cachorros-quentes (subst. + adj.) bem
foliões; questão, questões. saborosos naquela barraca.

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– Os baixos-relevos (adj. + subst.) são bastante Em substantivos formados por onomatopeias, só o


utilizados na decoração arquitetônica. último elemento varia: tique-taques, pingue-pongues,
– Convidaram os surdos-mudos (adj. + adj.) para o bangue-bangues, reco-recos, bem-te-vis...
discurso em LIBRAS.
– Quem não odeia todas as segundas-feiras (num. + Em substantivos compostos formados por frases
subst.)? substantivadas, não haverá pluralização de nenhum
– Dentre os primeiros-ministros (num. + subst.) elemento; só o determinante indicará o plural: as maria
ingleses, Churchill marcou a história. vai com as outras, os bumba meu boi, as leva e traz,
– Fizeram poucos-casos (pron. + subst.) dos rapazes. os entra e sai, os disse me disse, os chove não molha,
as comigo-ninguém-pode (espécie botânica é com
As demais classes gramaticais não variam em número hífen).
(verbo, advérbio, conjunção, preposição, interjeição).
– Nunca se viram beija-flores (verbo + subst.) tão Se o substantivo composto estiver formado por guarda
garbosos como esses. (verbo) + substantivo, só o 2º elemento irá variar; se
– Vamos lutar para os abaixo-assinados (adv. + adj.) guarda (subst.) + adjetivo, ambos variam: guarda-
serem aceitos. chuvas, guarda-roupas, guarda-cartuchos...; guardas-
– Seus cães de guarda (subst. + prep. + subst.) civis, guardas-noturnos, guardas-florestais...
continuam bem ferozes.
– O padre fez os garotos rezarem mais de dez ave- Alguns casos especiais: os arco-íris (os arcos-íris,
marias (interj. + subst.). segundo o VOLP), os sem-terra, os sem-teto, os sem-
dinheiro, os sem-sal, os sem-vergonha (tais vocábulos
Aqueles não separados por hífen seguem as regras não pluralizam, pois são adjetivos compostos
dos substantivos simples: substantivados), os mapas-múndi, claros-escuro(s),
– fidalgos, madressilvas, pontapés, girassóis, xequesmate(s), padre(s)-nossos, salvo(s)-condutos,
mandachuvas, vaivéns, malmequeres (mas: bem-me- mal-estares, bem-estares, micos-leão-dourados ou
quer > bem-me-queres, com hífen). micos-leões-dourados, todo-poderosos (Todo-
poderoso – invariável, Deus).
Se o substantivo composto estiver formado por
substantivo + preposição + substantivo, só o primeiro FLEXÃO DE GRAU: AUMENTATIVO/DIMINUTIVO
irá variar: O substantivo varia em grau quando exprime sua
– pés de moleque, mulas sem cabeça, comandantes dimensão aumentada ou diminuída, a depender do uso
em chefe, pores do sol, bolas ao cesto, calcanhares de de adjetivos e sufixos ligados a ele. Existem dois graus
aquiles, pais dos burros, bichos de sete cabeças, rosas dos substantivos: aumentativo (analítico e sintético) e
dos ventos, mestres de cerimônias etc. diminutivo (analítico e sintético). A forma analítica se
dá por meio do uso de adjetivos que aumentam ou
Os elementos abreviados grã-, grão-, bel-, dom-, são- diminuem o tamanho (ou intensidade) normal que
são invariáveis; o outro elemento varia normalmente: exprime um substantivo. Já a forma sintética se dá,
– grã-duquesas, grã-cruzes, grão-mestres, grão- normalmente, por meio do uso de sufixos. É por isso
priores, bel-prazeres, bel-valenses, domjuanescos, que não se pode falar em flexão em grau dos
dom-rodrigos, são-beneditenses, são-bernardos... substantivos, mas sim derivação, pois na gradação se
usam afixos.
Se o substantivo indicar origem, só o 2º irá variar:
nova-iorquinos, afro-brasileiros, ítalo-americanos,  Aumentativo
anglo-americanos, afro-asiáticos... Forma analítica (adjetivos): celular grande,
Em substantivos compostos por verbos iguais, ambos computador enorme, espaço imenso, engarrafamento
podem variar (em prova de concurso, é normal só o 2o monstro, festa colossal, obra gigantesca, luta
variar): corre(s)-corres, ruge(s)-ruges, pega(s)-pegas, apoteótica, sucesso tremendo, ritmo vertiginoso,
pisca(s)-piscas... mas: lambe-lambes. previsão incrível, atrasos homéricos etc.
Forma sintética (sufixos):
–aço(a): barcaça, louraça, morenaço

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–alho(a): muralha, gentalha, politicalho – únculo(a): questiúncula, molécula


–alhão: grandalhão, facalhão – úsculo(a): corpúsculo, opúsculo
–ama: poeirama, dinheirama
–anzil: corpanzil
–(z)ão: lobão, caldeirão, apertão, bofetão, calorão, 6.1.2 O Adjetivo
bonzão, amarelão, azulão...
–arra: bocarra, bicarra É um caracterizador, um modificador de sentido.
–astro: poetrasto, politicastro Varia em gênero, número e grau. Só exerce duas
–arraz: fatacaz, pratarraz funções sintáticas na frase: adjunto adnominal ou
–ázio: copázio, balázio predicativo (do sujeito ou do objeto).
–az: lobaz, cabronaz
–aréu: fogaréu, povaréu As classes gramaticais modificadas por um adjetivo
–eima: guloseima, boleima são o substantivo (normalmente), o pronome, o
–ento: farturento, corpulento numeral, qualquer palavra de valor substantivo (verbo
–eirão: vozeirão, chapeirão no infinitivo, por exemplo) e até uma oração
–ola: beiçola substantiva. Veja:
–orra: cabeçorra, cachaporra – Rocha Lima e Celso Cunha eram excelentes.
–uço(a): dentuça, dentuço – Eles eram excelentes.
–udo: pançudo, maçudo – Os dois eram excelentes.
–zarrão: homenzarrão, canzarrão – Viver é excelente.
– Acho excelente resolver exercícios de Português.
 Diminutivo
Forma analítica (adjetivos): televisão pequena, cadeira Transformação de um substantivo em adjetivo:
pequenina, sala minúscula, estoque ínfimo, jardim – Seu jeito moleque atrai as mulheres mais novas.
diminuto, apoucado recurso etc. – Esta blusa laranja lembra a da seleção de futebol da
Forma Sintética (sufixos): Holanda.
– acho(a): riacho, fogacho – É preferível ter um cachorro amigo a um amigo
– ebre: casebre cachorro.
– eco(a): jornaleco, soneca, padreco – É muito verdade o que ele nos disse.
– ela: viela, rodela, ruela – David é muito homem!
– (z)elho(a): fedelho, rapazelho Em condições normais, os termos destacados não são
– ejo: lugarejo, vilarejo caracterizadores (adjetivos) mas nomeadores
– ete: artiguete, boquete, falsete (substantivos). No entanto... nessas frases em itálico...
– eto(a): saleta, boceta, folheto o papel deles é caracterizar, por isso se tornam
– ilha: cartilha, esquadrilha adjetivos. Isso também é “adjetivação”. Perceba que,
– icho(a): cornicho, barbicha nos dois últimos exemplos, os nomes verdade e
– (z)ito(a): Manuelito, cãozito, cabrita homem estão sendo modificados por um advérbio
– ino(a): pequenina, violino (muito), logo se tornaram adjetivos.
– im: espadim, flautim
– (z)inho: colherzinha (ou colherinha), florzinha (ou ADJETIVO EXPLICATIVO
florinha), É o adjetivo que denota qualidade essencial do ser,
– isco: asterisco, chuvisco qualidade inerente, ou seja, qualidade que não pode
– oca: engenhoca, bitoca ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem
– ote(a): filhote, serrote, velhote é mortal, todo fogo é quente, todo leite é branco, então
– ola: rapazola, fazendola, portinhola mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em
– usco(a): chamusco relação a homem, fogo e leite.
– ucho(a): gorducho, papelucho
Estes são eruditos (normalmente de origem latina): ADJETIVO RESTRITIVO
– ículo(a): cubículo, gotícula É o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser,
– ulo(a): glóbulo, grânulo ou seja, qualidade que pode ser retirada do

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substantivo. Por exemplo, nem todo homem é Porto Alegre = porto-alegrense


inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é Porto Velho = porto-velhense
enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são Ribeirão Preto = ribeiropretense
adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo e leite. Rio de Janeiro (estado) = fluminense
Obs.: Sempre que o adjetivo estiver imediatamente Rio de Janeiro (cidade) = carioca
após o substantivo qualificado por ele, teremos o Rio Branco = rio-branquense
seguinte: Se ele for adjetivo explicativo, deverá estar Rio Grande do Norte = rio-grandense-do-norte, norte-
entre vírgulas e funcionará sintaticamente como rio-grandense ou potiguar
aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá Rio Grande do Sul = rio-grandense-do-sul, sul-rio-
estar entre vírgulas e funcionará como adjunto grandense ou gaúcho.
adnominal. Rondônia = rondoniano
Ex.: O homem, mortal, age como um ser imortal. Roraima = roraimense
Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica Salvador (BA) = salvadorense ou soteropolitano
uma qualidade essencial do substantivo, por isso está Santa Catarina = catarinense, catarineta ou barriga-
entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto verde
explicativo. Santarém = santarense
Já na frase: O homem inteligente lê mais. Inteligente é São Paulo (estado) = paulista
adjetivo restritivo, pois indica uma qualidade São Paulo (cidade) = paulistano
adicionada ao substantivo, por isso não está entre Sergipe = sergipano
vírgulas e sua função sintática é a de adjunto Teresina = teresinense
adnominal. Tocantins = tocantinense
Países
ADJETIVO PÁTRIO Croácia = croata
É o adjetivo que indica a nacionalidade ou o lugar de Costa Rica= costa-riquense
origem do ser. Observe alguns deles: Curdistão = curdo
Estados e cidades brasileiros Estados Unidos = estadunidense, norte-americano ou
Acre = acreano ianque.
Alagoas = alagoano El Salvador = salvadorenho
Amapá = amapaense Guatemala = guatemalteco
Aracaju = aracajuano ou aracajuense Índia = indiano ou hindu (os que professam o
Amazonas = amazonense ou baré hinduísmo)
Belém (PA) = belenense Irã = iraniano
Belo Horizonte = belo-horizontino Israel = israelense ou israelita
Boa Vista = boa-vistense Moçambique = moçambicano
Brasília = brasiliense Mongólia = mongol ou mongólico
Cabo Frio = cabo-friense Panamá = panamenho
Campinas = campineiro ou campinense Porto Rico = porto-riquenho
Curitiba = curitibano Somália = somali
Espírito Santo = espírito-santense ou capixaba
Fernando de Noronha = noronhense Na formação de adjetivos pátrios compostos, o
Florianópolis = florianopolitano primeiro elemento aparece na forma reduzida e,
Fortaleza = fortalense normalmente, erudita.
Goiânia = goianiense África = afro- / Cultura afro-americana
João Pessoa = pessoense Alemanha = germano- ou teuto- / Competições teuto-
Macapá = macapaense inglesas
Maceió = maceioense América = américo- / Companhia américo-africana
Manaus = manauense Ásia = ásio- / Encontros ásio-europeus
Maranhão = maranhense Áustria = austro- / Peças austro-búlgaras
Marajó = marajoara Bélgica = belgo- / Acampamentos belgo-franceses
Natal = natalense ou papa-jerimum China = sino- / Acordos sino-japoneses

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Espanha = hispano- / Mercado hispano-português – Comi maçãs pela manhã e pela tarde. Elas são
Europa = euro- / Negociações euro-americanas realmente saborosas.
França = franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas – Gostei dos tons lilases usados na sala, ficou bem
Grécia = greco- / Filmes greco-romanos suave.
Índia = indo- / Guerras indo-paquistanesas
Inglaterra = anglo- / Letras anglo-portuguesas Qualquer substantivo usado como adjetivo fica
Itália = ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa invariável: reuniões relâmpago, homens monstro,
Japão = nipo- / Associações nipo-brasileiras moleques piranha, vestidos laranja, ternos cinza,
Portugal = luso- / Acordos luso-brasileiros blusas creme, calças rosa, tintas salmão, escovas
chocolate, paredes gelo, tons pastel...
LOCUÇÃO ADJETIVA
A locução adjetiva é um grupo de vocábulos com valor O adjetivo composto apresenta algumas regrinhas.
de adjetivo formado por preposição/locução > A regra geral é: varia-se apenas o último
prepositiva + elemento do adjetivo composto, concordando com
substantivo/advérbio/pronome/verbo/numeral. o termo de valor substantivo ao qual se refere, em
Tal expressão frequentemente se liga a um gênero e número:
substantivo: briguinha à toa, pizza a lenha (ou à lenha), – As intervenções médico-cirúrgicas foram um
TV em cores, casa sobre rodas, homem sem coragem, sucesso!
vida com limites... – Aquelas canecas vermelho-claras e vermelho-
Cuidado!!! escuras já foram vendidas.
> A maioria das locuções adjetivas pode ser – Foram feitos acordos afro-brasilo-lusitanos.
substituída por adjetivos correspondentes. > Se algum elemento do adjetivo composto for um
Ex.: homem sem coragem (medroso); amor com substantivo, todo o adjetivo composto ficará invariável:
limites (limitado), povo do Brasil (brasileiro); mas: muro – Eram blusas verde-garrafa que ele queria.
de concreto (concretal?), livro do Pestana – Estes cordões amarelo-ouro vão chamar atenção,
(pestaneiro?), pessoa sem graça (desgraçada?). ainda mais sobre os camisões
marrom-café...
FLEXÕES DO ADJETIVO – Prefira ternos cinza-escuro... mais sóbrios.
O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere – Nossas fantasias verde e rosa fizeram sucesso.
em gênero e número (masculino e feminino; singular e > Os adjetivos compostos surdo(a/s)-mudo(a/s),
plural). pele(s)-vermelha(s) e claro(a/s)-escuro(a/s) são
exceções. Variam ambos os elementos.
Variação de Gênero: masculino/feminino > São invariáveis sempre: azul-marinho, azul-celeste,
Existe o adjetivo uniforme (não muda de forma para furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-
indicar gêneros diferentes) e o biforme (muda de forma musgo, cor-de-rosa, zero-quilômetro etc.;
para indicar gêneros diferentes). Os adjetivos de
gênero uniforme são os terminados em -a, -e, -l (exceto
-ol), -m, -r, -s, -z: agrícola, excelente, cruel, útil, ruim Variação de Grau:
(exceção: bom > boa), exemplar, simples, capaz comparativo/superlativo/relativo
(exceção: andaluz > andaluza)... Dizer que um adjetivo varia em grau significa dizer que,
em algumas construções, ele terá seu valor
Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: intensificado – normalmente por um advérbio ou por
atividade lúdico-instrutiva, bandeira verde-amarela, um sufixo. Existem duas situações em que o adjetivo
literatura anglo-americana. Exceção: surdo-mudo > pode variar em grau: em uma estrutura de comparação
surda-muda e claro-escuro > clara-escura. ou em uma de superlativação.
Grau Comparativo
O adjetivo simples varia com o termo a que se refere Compara-se uma qualidade, ou qualificação, entre
(normalmente substantivo). dois seres ou duas qualidades de um mesmo ser. Há
– Herdei casas extraordinárias e carros luxuosos. três tipos, com construções peculiares a elas:

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• de igualdade (tão... quanto/como): Português é tão – magro > macérrimo ou magríssimo (magérrimo é
divertido quanto (ou como) Matemática. forma coloquial, segundo a maioria dos gramáticos)
• de superioridade (mais... (do) que): Português é mais – manso > mansuetíssimo ou mansíssimo
divertido (do) que Matemática. – miúdo > minutíssimo ou miudíssimo
• de inferioridade (menos... (do) que): Português é – negro > nigérrimo ou negríssimo
menos divertido (do) que Matemática. – nobre > nobilíssimo ou nobríssimo
Cuidado!!! – pio > pientíssimo ou piíssimo
> Os adjetivos bom, mau/ruim, grande, pequeno só – pobre > paupérrimo ou pobríssimo
têm formas sintéticas (melhor, pior, maior, menor) no – recente > nupérrimo ou recentíssimo
grau comparativo de superioridade; veja: – sábio > sapientíssimo
– Português é mais bom que Matemática. (Errado!) – sagrado > sacratíssimo
– Português é melhor que Matemática. (Ah, agora sim!) – semelhante > simílimo ou semelhantíssimo
Porém, em comparações feitas entre duas qualidades – soberbo > superbíssimo ou soberbíssimo
de um mesmo ser, devem-se usar as formas analíticas > Nunca os adjetivos são terminados em -ésimo ou
“mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno”. -ssíssimo, como a gente escuta por aí: homem
Por exemplo: elegantésimo, terno carésimo, mulher gostosésima,
– Edmundo foi condenado de novo, mas ele é mais boa pessoa chiquésima, grandessíssimo idiota...
pessoa do que má.
– Minha casa é mais grande que confortável. Grau Relativo
• de superioridade: enaltecimento da qualidade de
Grau Superlativo um ser dentre outros seres, por meio da construção o/a
Ocorre um engrandecimento, uma intensificação da mais + adjetivo + de/dentre. Ex.: João é o mais
qualidade de um só ser; são dois os tipos de inteligente dentre todos da sala.
superlativo de um adjetivo (absoluto e relativo): • de inferioridade: desvalorização/minimização da
Absoluto qualidade de um ser dentre outros seres, por meio da
• Analítico: o adjetivo é modificado por um advérbio construção o/a menos + adjetivo + de/dentre. Ex.:
de intensidade. Ex.: João é muito inteligente e bastante Maria é a aluna menos inteligente do grupo.
humilde, mas extremamente pobre. Cuidado!!!
• Sintético: quando há o acréscimo de um sufixo (- Os adjetivos bom, mau/ruim, grande e pequeno
íssimo, -(r)imo, -(l)imo). Ex.: João é inteligentíssimo, apresentam as seguintes formas no grau superlativo
mas é paupérrimo e humílimo. relativo de superioridade: o/a melhor, o/a pior, o/a
Cuidado!!! maior e o/a menor.
> Os adjetivos bom, mau/ruim, grande e pequeno
apresentam as seguintes formas no grau superlativo
absoluto sintético, respectivamente: ótimo/boníssimo,
péssimo/malíssimo, máximo/grandíssimo,
mínimo/pequeníssimo.
> Veja a forma superlativa absoluta sintética de alguns
adjetivos. A primeira forma é erudita/latina (antiga) e a
segunda é vernacular (atual), sempre terminada em
–íssimo.
VALOR DISCURSIVO
– alto > supremo/sumo ou altíssimo
O adjetivo exerce um papel fundamental dentro do
– ágil > agílimo ou agilíssimo
discurso. Seu objetivo não é apenas caracterizar,
– amargo > amaríssimo ou amarguíssimo
qualificar, descrever um termo. Mais do que isso!
– baixo > ínfimo ou baixíssimo
Dependendo da posição do adjetivo, pode haver
– doce > dulcíssimo ou docíssimo
mudança de sentido e até de classe gramatical.
– frágil > fragílimo ou fragilíssimo
Dependendo da escolha do adjetivo, contextualmente
– frio > frigidíssimo ou friíssimo
a intenção do produtor do texto pode ser revelada.
– humilde > humílimo ou humildíssimo
Chamamos isso de modalização discursiva.

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Respeitando a relação de concordância em gênero e serão fatalmente modalizadores. Leia este texto e note
número com o substantivo, o adjetivo pode retomar os adjetivos modalizadores:
termos, dando coesão ao texto. Como se não bastasse a teatralização manipuladora
das novelas globais – exibidas de segunda a sábado –
A mudança de posição do adjetivo pode implicar , a população brasileira passou a conviver, a partir do
mudança de sentido ou de classe gramatical. início de 2002, com uma nova forma de nocivo
– Ele é um pobre homem. (coitado; adjetivo) controle que vai ao ar de segunda a segunda durante
– Ele é um homem pobre. (sem recursos; adjetivo) alguns meses, com um curto intervalo entre um
– Ele é um alto funcionário. (posição; adjetivo) programa e outro: o “Big Brother Brasil”. A
– Ele é um funcionário alto. (comprimento; adjetivo) consequência óbvia de assistir a este câncer é a
– Um belo dia fui visitá-la. (indeterminado; adjetivo) imbecilidade mental, é claro. É muito possível que as
– Ontem foi um dia belo. (bonito; adjetivo) pessoas continuem dando audiência a “isso”, por mais
– Francisca é uma nobre pessoa. (digna; adjetivo) que pessoas inteligentes compartilhem da tese de que
– Francisca é uma pessoa nobre. (aristocrata; adjetivo) é necessário parar de ver, caso contrário
– O bravo capitão venceu muitas batalhas. (corajoso; continuaremos sendo titereados. Lamentável,
adjetivo) asfixiante, surpreendente é dar valor ao mundo da
– O capitão bravo vai nos treinar de novo. TV e seus abjetos e desprezíveis programas.
(sisudo/irritadiço; adjetivo)
– Esta é uma simples questão. (sem importância;
adjetivo) 6.1.3 O Verbo
– Esta é uma questão simples. (fácil; adjetivo)
– Sempre foste um grande homem. (digno; adjetivo) O verbo normalmente indica uma ação ou um
– Sempre foste um homem grande. (dimensão; processo, mas pode indicar estado, mudança de
adjetivo) estado ou fenômeno natural – sempre dentro de
– Elisa é uma nova mulher depois da cirurgia. uma perspectiva temporal. Pode indicar também a
(renovada; adjetivo) noção de existência, volição (desejo), necessidade,
– Elisa é uma mulher nova. (jovem; adjetivo) etc. Veja alguns exemplos:
– Um velho amigo não é o mesmo que um amigo velho. – O aluno estudou muito. (ação/passado)
(antigo/gasto, idoso; adjetivo) – A aluna está feliz. (estado/presente)
– O único sabor que senti no sorvete foi de açúcar. (um – A aluna virou professora. (mudança de
só; adjetivo) estado/passado)
– Este é um sabor único na história dos sorvetes. – Amanhã choverá muito na cidade do Rio de Janeiro.
(singular; adjetivo) (fenômeno natural/futuro)
– Aquele garoto não passa de um falso aluno. – Há dois amores na minha vida. (existência/presente)
(impostor; adjetivo) – Queria o Pestana ao meu lado no dia da prova.
– Aquele garoto não passa de um aluno falso. (fingido, (volição/passado)
desleal; adjetivo) – Precisarei de sua ajuda no próximo capítulo.
(necessidade/futuro)
O adjetivo pode expressar um ponto de vista, um juízo Obs.: Frisei acima a “perspectiva temporal”, porque
de valor, uma avaliação por parte do locutor do texto. substantivos (e adjetivos) podem indicar ação, estado,
Isso é modalização. Nesse sentido, note que, se o fenômeno natural etc.: plantação (ato de plantar),
adjetivo é modalizador, exprime uma opinião, logo morte (estado), chuva (fenômeno natural), satisfeito
pode ser refutado. Por exemplo, se eu digo: “Este (estado).
programa é ótimo.”, o adjetivo ótimo exprime meu
julgamento; não se trata de uma verdade absoluta, O verbo varia em modo, tempo, número e pessoa,
logo você poderia contra-argumentar: “Ah, eu não segundo a gramática tradicional; normalmente, voz é
concordo, acho horrível!”. Neste caso, horrível também conceito analisado em separado. As quatro primeiras
seria um adjetivo modalizador. Perceba que estamos flexões combinadas formam o que chamamos de
no plano da argumentação, logo os adjetivos usados conjugação verbal.

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O verbo é o núcleo do predicado verbal. “Coma este hambúrguer, você não vai querer outro.”
Note que, nessa frase, o verbo pode indicar sugestão,
Para entendermos todas as definições de verbo, ordem, pedido,... dependendo do tom como ele é
vamos analisar esta frase: pronunciado. Um simples “Passe o sal.” pode ser dito
Toda vez que eu penso em você, sinto uma coisa em tom de pedido, se o casal estiver no início do
diferente. relacionamento, mas... se estiver casado há muitos
Note que os vocábulos penso e sinto anos... Dizemos que tal verbo se encontra no modo
1) indicam uma ideia de ação e percepção IMPERATIVO, o modo da ordem, do pedido, da
(sensação ou experimentação); sugestão, da exortação, da advertência, da
2) variaram em modo, tempo, número, pessoa súplica... tudo dependerá do tom!
“saindo” de sua forma nominal (pensar e sentir); ambos
os verbos estão na primeira pessoa do singular do  Tempo: pretérito/presente/futuro
presente do indicativo. O tempo indica o momento em que se dá o fato
3) funcionam como núcleo do predicado verbal, como expresso pelo verbo. Nós – que estamos sempre no
núcleo das orações. tempo presente da linha do tempo REAL – podemos,
pela linha do tempo do DISCURSO, voltar ao
São estes os frequentes em concursos: ser, ir, vir (e passado ou viajar ao futuro. “Como fazemos isso?” Por
derivados), ver (e derivados), pôr (e derivados), ter (e meio dos verbos, ora bolas! Isso é fantástico...
derivados), caber, valer, adequar, haver, reaver, podemos planejar o futuro, transportando-nos para ele
precaver-se, requerer, prover, viger, preterir, eleger, pela imaginação e pelos verbos, se quisermos
impugnar, trazer, os terminados em - ear, -iar (Lembra- verbalizar nossos pensamentos: “Amanhã farei isso,
se do MARIO?), -uar etc. daqui a 30 anos estarei assim, assado...”. Podemos
voltar ao passado: “Meu Deus, como eu era bonita na
década de 70!”.
FLEXÕES DOS VERBOS
 Modo: indicativo/subjuntivo/imperativo  Número: singular/plural
É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na Este é fácil: singular e plural. Eu amo, mas nós
frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. amamos; tu amas, mas vós amais; ele ama, mas eles
Por exemplo, se você come um hambúrguer e gosta, amam. Molezinha!
você exclama: “Nossa! Como isso aqui está gostoso!”.
Percebe que o verbo estar se encontra em uma  Pessoa: primeira/segunda/terceira
determinada forma, indicando certeza, afirmação, Fácil também:
convicção, constatação? Então, dizemos que este 1a pessoa (eu amei, nós amamos);
“modo” como o verbo se apresenta indica que o falante 2a pessoa (tu amaste, vós amastes);
põe certeza, verdade no que diz, certo? Este é o 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).
famoso
modo INDICATIVO, o modo da certeza, do fato, da LOCUÇÃO VERBAL
verdade! É um grupo de verbos que tem uma só unidade de
sentido, como se fosse um só verbo. É por isso que é
Agora, em uma cena parecida, você vê uma pessoa contada como uma só oração na análise sintática.
comendo com vontade e diz: “Espero que esteja Formada por verbo auxiliar (ser, estar, ter, haver...) +
gostoso mesmo.”. Percebe que a forma, o modo, a verbo principal (sempre no gerúndio, no infinitivo ou
maneira como o verbo se apresenta mudou em relação no particípio), a locução verbal representa uma só
ao do indicativo? Por que mudou? Para expressar oração dentro da frase.
outra ideia que o falante quer passar, a saber: dúvida,
suposição, incerteza, possibilidade. Este é o FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS
igualmente famoso modo SUBJUNTIVO, o modo da  O Infinitivo
subjetividade, da incerteza, da dúvida, da hipótese! É a forma verbal que nomeia um verbo. Por exemplo,
quando alguém anda na sua frente e lhe pergunta o

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nome que se dá a essa ação, você diz: “andar”. O banco ainda. Chegou, enfim, ao trabalho. Depois que
infinitivo pode ser pessoal e impessoal. o homem resolveu todas as pendências do dia,
É impessoal quando não admite variação de pessoa: informaram-no “daquela” hora extra. Coitado.
amar, vender, partir (terminando sempre em -ar, -er ou Adoeceu mais vinte anos.
-ir). É pessoal, quando tem como sujeito uma das
pessoas gramaticais.  Voz Passiva
Era para eu cantar. Segundo a gramática tradicional, ocorre voz passiva
Era para tu cantares quando o verbo indica uma ação sofrida ou
Era para ele cantar. desfrutada pelo sujeito. Veja:
Era para nós cantarmos. – Nosso amigo João já está derrotado pelo cansaço
Era para vós cantardes. da rotina, mas (como todo brasileiro) ele não desiste
Era para eles cantarem. fácil. Enfim conseguiu cumprir seu compromisso.
 O Gerúndio Todavia surge a pergunta: será recompensado por
Indica normalmente um processo incompleto, seu patrão? Precisamos crer até o fim que se
prolongado, durativo: recompensam os esforçados. Esta locução verbal é a
– Estava lendo o livro que você me emprestou. marca principal da voz passiva analítica. Há como
(locução verbal) traço de passiva analítica também o agente da
– Ando lutando para mudar minha vida financeira. passiva: pelo cansaço da rotina e por seu patrão,
(locução verbal) normalmente iniciado pela preposição por e, mais
– Tendo feito várias reclamações por escrito que não raramente, pela preposição de, como em “Estava
foram atendidas, resolvi vir pessoalmente aqui. acompanhado de alguns amigos.”.
(locução verbal de tempo composto) No terceiro caso do exemplo do João, ocorre a
– Obtendo a nota exigida na prova, resignou-se. chamada voz passiva sintética, cuja marca principal
(oração reduzida) é a presença do pronome apassivador se; não há
 O Particípio agente da passiva explícito nessa voz, em 99,99% dos
Normalmente indica passado. Veja: casos! A melhor maneira de descobrir se o se é
– Não há nada que possa ser feito. (locução verbal de apassivador é pela reescritura para a voz passiva
voz passiva) analítica:
– Se me tivesses ajudado teríamos conseguido. – Precisamos crer até o fim que se recompensam os
(locução verbal de tempo composto) esforçados. (voz passiva sintética)
– Terminadas as obrigações, precisaremos sair – Precisamos crer até o fim que os esforçados são
depressa. (oração reduzida) recompensados. (voz passiva analítica)
Se essa passagem for possível, você nunca mais
errará a identificação do se apassivador.
VOZ VERBAL Ah! Por favor, não confunda partícula apassivadora
Voz verbal é a forma como o verbo se encontra para (PA) com partícula de indeterminação do sujeito (PIS),
indicar sua relação com o sujeito. Consoante sua hein! Note sempre se o verbo é transitivo direto.
forma, o verbo pode indicar uma ação praticada pelo – Ainda se vive num mundo de incertezas. (PIS: Num
sujeito (voz ativa), uma ação sofrida pelo sujeito (voz mundo de incertezas é vivido?)
passiva) ou uma ação praticada e sofrida pelo sujeito – Ainda se alimenta a esperança. (PA: A esperança
(voz reflexiva). ainda é alimentada.)
– Louva-se a Jesus aqui, irmãos! (PIS: A Jesus é
 Voz Ativa louvado?)
Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação  Voz Reflexiva
praticada pelo sujeito. Veja: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz reflexiva
– João pulou da cama atrasado e resolveu pegar um quando o verbo indica uma ação praticada e sofrida
táxi, mas não tinha dinheiro na carteira. Ele levou um pelo próprio sujeito, ou seja, o sujeito é o agente e o
susto e imediatamente ficou furioso. Precisava de alvo da ação, ao mesmo tempo – a ação que ele
dinheiro também para o almoço. Teve de ir a um pratica reflete em si mesmo. Veja:

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– Eu me barbeei com esmero, mas acabei me 3ª pessoa


ferindo. (é possível barbear alguém e feri-lo) Que eu cante
– Tu te maquiaste muito bem. (é possível maquiar Que ele cante – Cante ele
alguém) Que eles cantem – Cantem eles
– Depois de muito sofrer, João se deu o direito de tirar
umas férias. (é possível dar algo a alguém) Já o imperativo negativo é a cópia do presente do
– Nunca mais se atribua o título de Presidente. (é subjuntivo: Ctrl + C + Ctrl + V. As formas do imperativo
possível atribuir algo a alguém) negativo sempre vêm antecedidas de termos
– Infelizmente, às vezes, colocamo-nos em situação negativos (não, nem, tampouco, nunca...). Não existe
de risco. (é possível colocar alguém em situação de a primeira pessoa do singular, pois não é possível, em
risco) tese, dar uma ordem para si mesmo.
Há outro tipo de voz reflexiva, segundo a tradição 2ª e 3ª pessoas
gramatical, que se chama voz reflexiva recíproca. Que eu cante
Ocorre quando o verbo se encontra no plural Que tu cantes – Não cantes tu
(normalmente) e há pelo menos dois seres Que ele cante – Não cante ele
praticando a mesma ação verbal, um no outro. Que vós cantais – Não cantais vós
– Eles não se cumprimentaram nem se falaram mais. Que eles cantem – Não cantem eles
– Nós nos beijamos efusiva e languidamente.
– Espero que vós vos abraceis em cena.
– Por que as pessoas não acreditam que a gente se EMPREGO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS
ama? O MODO INDICATIVO
– Foi péssimo quando o casal se xingou na frente de Presente
todos. 1) Indica um fato que ocorre no momento em que
– Eles se entreolharam. se fala.
– Ouço vozes estranhas que vêm lá de fora...
Segundo o grande mestre José Carlos de Azeredo: “O – Estou ouvindo música, e você?
paradigma da chamada voz ativa é comum à ampla – O Brasil está jogando contra a Argentina agora.
classe dos verbos, sejam eles transitivos ou 2) Indica um fato habitual, corriqueiro, frequente.
intransitivos, já as formas passiva e reflexiva são – Aos domingos, vou à missa.
típicas apenas dos verbos transitivos.”. – O galo sempre canta às 5 horas aqui perto.
Logo: – Você sabia que Pedro fuma?
Voz ativa – Ele fugiu ontem à noite. / Ele lavou o rosto. 3) Indica um fato atemporal, uma verdade absoluta
/ Ele respondeu às perguntas. / Ele forneceu ajuda aos ou tomada como tal (aparece muito em ditados,
necessitados. máximas, leis etc.).
Voz Passiva – Ele foi eliminado do programa. / – Morre todos os dias uma pessoa a cada 5 segundos.
Reprovou-se o aluno. – Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Voz Reflexiva – Ele embelezou-se. – Deus é fiel!
Voz Reflexiva Recíproca – Eles ofenderam-se 4) Indica um fato que já se iniciou e dura até o
mutuamente. presente momento da declaração.
– Os cientistas estudam a cura da AIDS ainda.
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO E UNIFORMIDADE – A homofobia vem proliferando nas grandes
DE TRATAMENTO cidades.
O imperativo afirmativo se forma a partir da 2a – Por que você, desde a madrugada, assiste a tantos
pessoa do singular e do plural do presente do programas de celebridades?
indicativo sem o s da 3a pessoa do singular e das 1a
e 3a pessoas do plural do presente do subjuntivo. Pretérito Perfeito
2ª pessoa 1) Indica um fato ocorrido e concluído antes do
Eu canto momento em que se fala.
Tu cantas – cantas-s – Canta tu – O Rock’n Rio foi um sucesso.
Vós cantais – cantais-s – Cantai vós – Comi uma pizza deliciosa na zona sul.

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– Nossa seleção conquistou mais um título mundial. 2) Indica um fato passado vago.
2) Indica um fato já ocorrido cujos efeitos – O aluno obtivera nota dez na prova, mas
perduram até o presente. pensáramos que isso era impossível.
– A televisão me deixou confuso com tanta notícia 3) Indica desejo, vontade, em frases optativas.
conflitante. – Quem me dera passar na prova!
– Foi na Igreja que eu aprendi a diferença entre o sim – Quisera eu conquistar aquela vaga!
e o não. – Tomara que todos nos aceitem como funcionários.
– Naquele instante eu soube que você era a mulher da
minha vida. Futuro do Presente
3) Indica um fato atemporal, habitual (normalmente 1) Indica um fato posterior ao momento da fala,
em máximas e ditados) mas certo de ocorrer
– Quem comeu a carne, que roa os ossos. – Passarei na prova. Fato!
– Aquele que nasceu para a forca não morre afogado. – Tu te classificarás tão logo, meu nobre.
– Quem pariu Mateus que o balance. – Serei um homem mais sério ao seu lado, mulher.
2) Indica um fato futuro incerto, hipotético (em
Pretérito Imperfeito perguntas, normalmente).
Na lição de Celso Cunha, “Por expressar, – Serão pessoas felizes as que moram na periferia?
normalmente, um fato inacabado, impreciso, em – Suportará Maria toda a traição de João? Não perca
contínua realização na linha do passado para o no próximo capítulo.
presente, o imperfeito é o tempo que melhor se presta – Ela terá seus quarenta anos, no máximo.
a descrições e narrações.”.
1) Indica um fato passado que então era presente, Futuro do Pretérito
mas não concluído, incompleto, ou que apresenta 1) Indica um fato posterior (normalmente
certa duração. hipotético) a um fato no passado
– Betinho lutava pela erradicação da fome. – Disseram (fato passado) que ela chegaria (fato
– Estávamos conversando animadamente, mas futuro) logo.
fomos interrompidos. – Você me prometeu que passaria de ano.
– Ao passo que subia o morro, ia admirando a – Jamais trairíamos nossos amigos, mesmo depois da
paisagem. falha deles.
2) Indica um fato passado em curso que indica 2) Indica uma consequência hipotética, atrelada a
simultaneidade, concomitância a outro fato. uma condição, que não chegou a realizar-se.
– A velhinha foi atropelada quando eu atravessava a – Eu levaria uma bronca se não fizesse os exercícios.
rua. – Faríamos os exercícios caso não fôssemos
– À medida que as sombras cobriam o dia, eu largava interrompidos.
o trabalho. – Se encomendassem os nossos produtos, não
– Enquanto eu estudava, ela me atrapalhava. estariam reclamando.
3) Indica um fato habitual, repetitivo, uma ação 3) Indica incerteza sobre fatos passados ou futuros
contínua. (normalmente em perguntas).
– Impressionante! Eu chegava, ela saía. – Seria o sol o causador destas queimaduras?
– Eu fazia musculação todo santo dia. – O homem aguentaria mais esta decepção causada
– Em toda despedida, era uma choradeira. pelo filho?
– Haveria dez bandidos envolvidos no assalto.
Pretérito Mais-Que-Perfeito
1) Indica um fato passado anterior a outro fato
também passado. O MODO SUBJUNTIVO
– Depois que ela me pedira um favor, tive de sair de Presente
casa. Geralmente utilizado quando desejamos expressar
– Todos já almoçaram quando chegamos. desejos, possibilidades, suposições, conselho,
– Mal entráramos, todos fizeram aquela cara de oposição, cuja concretização pode depender da
espanto. realização de um outro acontecimento.

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– Deus te guie.
– Nada de cerimônias: pensem que estão em sua
casa. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
– Talvez a realidade seja mais forte que a ficção. A classificação dos verbos depende de suas
– Receio que aconteça o pior. características morfossintáticas. Entenda melhor:
– É provável que surja outra oportunidade. REGULARES
Seguem um paradigma (modelo) em que o radical e
Pretérito Imperfeito as desinências permanecem inalterados. A maioria
Este tempo, que expressa normalmente uma hipótese dos mais de 11.000 verbos são regulares.
(no passado, presente ou futuro), se usa nas orações Ex.: Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós
subordinadas. Expressa uma condição não realizável amais, eles amam.
quando vem junto a uma ideia condicional: IRREGULARES
– Como fizesse (= fazia) parte da família há muito Não seguem um paradigma (modelo) regular.
tempo, cometia certos abusos*. Percebe-se a irregularidade normalmente na 1ª
– Ainda que cobrisse todas as despesas da casa, a pessoa do singular do presente do indicativo, pois o
mulher reclamava. radical ou as desinências são alterados.
– Não admitia que se fizesse greve. Ex.: Eu caibo (radical alomórfico), tu cabes, ele cabe,
– Qualquer pessoa que refletisse votaria em outro nós cabemos, vós cabeis, eles cabem. / Eu estou
candidato. (desinência número-pessoal alomórfica), tu estás, ele
está, nós estamos, vós estais, eles estão (desinência
Futuro número-pessoal alomórfica). / Eu quis, tu quiseste, ele
Exprime uma ocorrência futura possível, eventual, quis, nós quisemos, vós quisestes, eles quiseram.
normalmente. É um tempo verbal que ocorre sobretudo Cuidado!!! Alguns irregulares famosinhos, dos quais
com orações iniciadas com conjunção temporal ou você precisa conhecer a conjugação: requerer, polir,
condicional, mas pode aparecer nas orações sortir, estar, fazer, dar, vir, pedir, poder, ter, pôr, caber,
adverbiais que exprimem conformidade ou ferir* (Eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris,
proporcionalidade (simultaneidade): eles ferem). * Conjugam-se como ferir: aderir, advertir,
– Quando puderes, vem visitar-nos. competir, convergir, divergir, despir, digerir, expelir,
– Assim que ele se desocupar, virá atendê-lo. gerir, impelir, mentir, perseguir, repelir, sugerir,
– Se (ou caso) ele puder, trará o livro. transferir, vestir.
– Escrevam como quiserem. ANÔMALOS
Apresenta mais de um radical diferente; existem
dois apenas: ser e ir. O verbo ser tem origem nos
O MODO IMPERATIVO verbos latinos esse e sedere, e, por isso, apresenta
O uso do imperativo depende muito do tom de voz. O radicais diferentes. Já o verbo ir provém de outros
que pode parecer às vezes polido, como “Faz o favor verbos latinos, como ire e vadere. Os iniciados com f-
de chegares aqui.”, pode, dependendo da entonação, sofreram alomorfia.
implicar deboche ou outro aspecto. Ex.: Eu sou, tu és... eu fui... eu era... (que) eu seja...
Usado para expressar ordens, conselhos, (se) eu fosse... (quando) eu for...
exortações, pedidos, súplicas etc. DEFECTIVOS
– Faça já o dever de casa! São aqueles que não apresentam conjugação
– “Que é que estava lendo?” “Não diga, já sei, é o completa. Tal “defeito” ocorre no presente do
romance dos Mosqueteiros.” (Machado de Assis) indicativo e do subjuntivo e no imperativo. Por isso,
– Estude mais, isso fará seu futuro melhor. mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado
– Perdoai as nossas ofensas, assim como... inteiramente nos outros tempos e modos verbais.
– Por favor, venha comigo! ABUNDANTES
Exemplo inesquecível de verbo no imperativo é aquele Possuem duas ou mais formas na mesma parte da
da propaganda do chocolate Baton: conjugação. Geralmente isso ocorre no particípio.
“COMPRE BATON, COMPRE BATON, COMPRE
BATON, SEU FILHO MERECE BATON!”

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Ex.: havemos ou hemos, haveis ou heis (haver); 3) Não são poucos os estudiosos a dizer que os verbos
construis ou constróis (construir); destruis ou destróis pagar, ganhar e gastar podem ficar na forma regular
(destruir); comprazi ou comprouve (comprazer-se) etc. ou irregular depois de ter ou haver:
Sobre os particípios duplos: – Eu tinha pagado/pago.
As formas regulares (particípio terminado em -ado ou – Eu tinha ganhado/ganho
-ido) são empregadas na voz ativa com os verbos
auxiliares ter ou haver: PRONOMINAIS
Eu havia pagado o banco. Um verbo pronominal é aquele que está sempre
O banco havia aceitado o cheque. acompanhado de um pronome. Os essencialmente
Já havíamos limpado a casa. pronominais são verbos que não podem ser
Tenho aceitado trabalhos demais este ano. conjugados sem a presença do pronome oblíquo
Ainda não tínheis acendido a vela. átono com função de parte integrante do verbo. É
Ele tinha me salvado uma vez. como se este pronome fizesse parte do radical. Por
Ela tinha pegado pena perpétua. exemplo, segundo a norma culta, ninguém diz: “Ele
O padre havia benzido o lugar. queixou do patrão.”, mas sim “Ele queixou-se do
Você podia ter imprimido o material antes. patrão.”. Percebeu? Não é possível conjugar um verbo
Tínheis entregado vossa dignidade a outrem? pronominal sem sua parte integrante: arrepender-se,
As formas irregulares (particípio não terminado em - atrever-se, candidatar-se, dignar-se, engalfinhar-se,
ado ou -ido) são usadas na voz passiva com os esforçar-se, persignar-se, queixar-se, refugiar-se,
auxiliares ser, estar ou ficar, normalmente, ou com a suicidar-se etc.
locução de tempo composto na voz passiva (ter/haver REFLEXIVOS
+ sido + particípio irregular); podem variar em gênero Os verbos reflexivos são um subtipo de verbos
e número: pronominais, porque são conjugados com um
Eu sou pago pelo banco. pronome oblíquo átono também. Segundo Bechara, o
O cheque foi aceito pelo banco. verbo reflexivo “faz refletir sobre o sujeito a ação que
A casa ficou limpa pela empregada. ele mesmo praticou”: “Ela sempre se anula.”. “Eles se
Meus trabalhos foram aceitos pela agência. falam por e-mail.”.
A vela será acesa pelo coroinha. VICÁRIOS
O homem estava salvo por ele. Verbos vicários são aqueles que substituem outros
O ladrão foi pego em flagrante. verbos, evitando a repetição. Normalmente são
O fiel era bento pelo padre. vicários os verbos ser e fazer. Normalmente vêm
Aquele documento enfim ficou impresso. acompanhados de um pronome demonstrativo o.
Vossa dignidade tinha sido entregue por vós a Entenda:
outrem? – João vinha muito aqui, mas há anos que não o faz.
(o faz = vem aqui)
Informações Importantes – Se você não luta é porque tem medo. (é = não luta)
1) Os verbos trazer, chegar, abrir, cobrir e escrever não
são abundantes. Logo, as únicas formas no particípio PARADIGMAS (MODELOS) DE CONJUGAÇÃO
são, respectivamente: trazido, chegado, aberto, VERBAL
coberto, escrito. As formas trago e chego não são Na conjugação dos verbos, normalmente há esta
admitidas no registro culto da língua. estrutura: radical + vogal temática + desinência
– Ele tinha chegado tarde. E não: Ele tinha chego modo-temporal + desinência número-pessoal. Não
tarde. obstante, alguns desses elementos não aparecem em
– O pacote foi trazido na hora certa. E não: O pacote toda a conjugação. Baseie a conjugação de todo e
foi trago na hora. qualquer verbo regular pelos verbos amar (1a
2) O verbo vir tem como particípio vindo, a mesma conjugação), vender (2a conjugação) e partir (3a
forma que seu gerúndio, assim como seus derivados: conjugação).
advindo, intervindo, provindo, sobrevindo. Como você já sabe, o verbo pôr e seus derivados
(apor, repor, compor, propor, pospor, antepor,
sobrepor, impor, depor etc.) pertencem à segunda

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conjugação porque pôr é verbo de 2a conjugação, 2) Verbos terminados em -ear


pois origina-se da forma latina ponere > poer (cuja No presente do indicativo, do subjuntivo e no
vogal temática é e). imperativo, recebem a letra i nas formas rizotônicas
(sílaba tônica no radical). Trocando em miúdos, o i vem
após o e, exceto na 1a e 2a pessoas do plural. Pentear
VERBOS NOTÁVEIS é um exemplo:
1) Verbos terminados em -uar Presente do indicativo: penteio, penteias, penteia,
São verbos regulares da 1a conjugação. Como penteamos, penteais, penteiam.
apaziguar, por exemplo, conjugam-se averiguar, Pretérito perfeito do indicativo: penteei, penteaste,
aguar, enxaguar, obliquar etc. De acordo com o novo penteou, penteamos, penteastes, pentearam.
acordo ortográfico, não há mais trema nem acento Pretérito imperfeito do indicativo: penteava,
agudo nos grupos gue, gui, que, qui. As formas penteavas, penteava, penteávamos, penteáveis,
rizotônicas são pronunciadas apazigu-e, apazigu- penteavam.
es... ou pronunciadas e escritas apazígue, Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: penteara,
apazígues... pentearas, penteara, penteáramos, penteáreis,
Presente do indicativo: apaziguo, apaziguas, pentearam.
apazigua, apaziguamos, apaziguais, apaziguam. Futuro do presente do indicativo: pentearei,
Pretérito perfeito do indicativo: apaziguei, pentearás, penteará, pentearemos, penteareis,
apaziguaste, apaziguou, apaziguamos, apaziguastes, pentearão.
apaziguaram. Futuro do pretérito do indicativo: pentearia,
Pretérito imperfeito do indicativo: apaziguava, pentearias, pentearia, pentearíamos, pentearíeis,
apaziguavas, apaziguava, apaziguávamos, penteariam.
apaziguáveis, apaziguavam. Presente do subjuntivo: penteie, penteies, penteie,
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: penteemos, penteeis, penteiem.
apaziguara, apaziguaras, apaziguara, apaziguáramos, Pretérito imperfeito do subjuntivo: penteasse,
apaziguáreis, apaziguaram. penteasses, penteasse, penteássemos, penteásseis,
Futuro do presente do indicativo: apaziguarei, penteassem.
apaziguarás, apaziguará, apaziguaremos, Futuro do subjuntivo: pentear, penteares, pentear,
apaziguareis, apaziguarão. pentearmos, penteardes, pentearem.
Futuro do pretérito do indicativo: apaziguaria, Imperativo afirmativo: penteia, penteie, penteemos,
apaziguarias, apaziguaria, apaziguaríamos, penteai, penteiem.
apaziguaríeis, apaziguariam. Imperativo negativo: não penteies, não penteie, não
Presente do subjuntivo: apazigue/apazígue, penteemos, não penteeis, não penteiem.
apazigues/apazígues, apazigue/apazígue, Infinitivo pessoal: pentear, penteares, pentear,
apaziguemos, apazigueis, apaziguem/apaziguem. pentearmos, penteardes, pentearem.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: apaziguasse, Gerúndio: penteando.
apaziguasses, apaziguasse, apaziguássemos, Particípio: penteado.
apaziguásseis, apaziguassem.
Futuro do subjuntivo: apaziguar, apaziguares, 3) Verbos terminados em -iar
apaziguar, apaziguarmos, apaziguardes, Os verbos dessa terminação são regulares, ou seja,
apaziguarem. seguem a conjugação de amar. Um exemplo é o verbo
Imperativo afirmativo: apazigua, apazigue/apazígue, variar (radical vari-): eu vario, tu varias, varia,
apaziguemos, apaziguai, apaziguem/apaziguem. variamos, variais, variam. Nada de “Eu vareio, tu
Imperativo negativo: não apazigues/apazígues, não vareias, ele vareia...”.
apazigue/apazígue, não apaziguemos, não Mas... como nem tudo são flores... há pelo menos seis
apazigueis, não apaziguem/apazíguem. verbos terminados em -iar que recebem a letra e
Infinitivo pessoal: apaziguar, apaziguares, apaziguar, antes do i nas formas rizotônicas (formas em que a
apaziguarmos, apaziguardes, apaziguarem. sílaba tônica recai no radical), do presente do
Gerúndio: apaziguando. indicativo e presente do subjuntivo, exceto na 1a e 2a
pessoas do plural. Suas iniciais formam o anagrama

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M-A-R-I-O (Conhece? Piada inevitável...): Mediar, Pretérito perfeito do indicativo: abençoei,


Ansiar, Remediar, Intermediar/Incendiar e Odiar. abençoaste, abençoou, abençoamos, abençoastes,
Vejamos a conjugação de um deles, o mais cabuloso, abençoaram.
que serve, não obstante, de modelo para os demais: Pretérito imperfeito do indicativo: abençoava,
Presente do indicativo: intermedeio, intermedeias, abençoavas, abençoava, abençoávamos,
intermedeia, intermediamos, intermediais, abençoáveis, abençoavam.
intermedeiam. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
Pretérito perfeito do indicativo: intermediei, abençoara, abençoaras, abençoara, abençoáramos,
intermediaste, intermediou, intermediamos, abençoáreis, abençoaram.
intermediastes, intermediaram. Futuro do presente do indicativo: abençoarei,
Pretérito imperfeito do indicativo: intermediava, abençoarás, abençoará, abençoaremos, abençoareis,
intermediavas, intermediava, intermediávamos, abençoarão.
intermediáveis, intermediavam. Futuro do pretérito do indicativo: abençoaria,
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: abençoarias, abençoaria, abençoaríamos,
intermediara, intermediaras, intermediara, abençoaríeis, abençoariam.
intermediáramos, intermediáreis, intermediaram. Presente do subjuntivo: abençoe, abençoes,
Futuro do presente do indicativo: intermediarei, abençoe, abençoemos, abençoeis, abençoem.
intermediarás, intermediará, intermediaremos, Pretérito imperfeito do subjuntivo: abençoasse,
intermediareis, intermediarão. abençoasses, abençoasse, abençoássemos,
Futuro do pretérito do indicativo: intermediaria, abençoásseis, abençoassem.
intermediarias, intermediaria, intermediaríamos, Futuro do subjuntivo: abençoar, abençoares,
intermediaríeis, intermediariam. abençoar, abençoarmos, abençoardes, abençoarem.
Presente do subjuntivo: intermedeie, intermedeies, Imperativo afirmativo: abençoa, abençoe,
intermedeie, intermediemos, intermedieis, abençoemos, abençoai, abençoem.
intermedeiem. Imperativo negativo: não abençoes, não abençoe,
Pretérito imperfeito do subjuntivo: intermediasse, não abençoemos, não abençoeis, não abençoem.
intermediasses, intermediasse, intermediássemos, Infinitivo pessoal: abençoar, abençoares, abençoar,
intermediásseis, intermediassem. abençoarmos, abençoardes, abençoarem.
Futuro do subjuntivo: intermediar, intermediares, Gerúndio: abençoando.
intermediar, intermediarmos, intermediardes, Particípio: abençoado.
intermediarem.
Imperativo afirmativo: intermedeia, intermedeie, 5) Verbos querer e requerer
intermediemos, intermediai, intermedeiem. Apesar de parecido, não é derivado do verbo querer,
Imperativo negativo: não intermedeies, não principalmente no presente do indicativo e no presente
intermedeie, não intermediemos, não intermedieis, não do subjuntivo. Os demais tempos seguem o modelo
intermedeiem. regular de vender.
Infinitivo pessoal: intermediar, intermediares, Veja a conjugação de querer e requerer,
intermediar, intermediarmos, intermediardes, respectivamente:
intermediarem. Presente do indicativo: quero, queres, quer,
Gerúndio: intermediando. queremos, quereis, querem.
Particípio: intermediado. Pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis,
quisemos, quisestes, quiseram.
4) Verbos terminados em -oar Pretérito imperfeito do indicativo: queria, querias,
Saiba que agora o acento circunflexo de ôo, abençôo, queria, queríamos, queríeis, queriam.
não mais existe, pelo novo acordo ortográfico vigente. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera,
Conheça o modelo dos verbos terminados em -oar quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.
pela conjugação de abençoar: Futuro do presente do indicativo: quererei,
Presente do indicativo: abençoo, abençoas, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão.
abençoa, abençoamos, abençoais, abençoam.

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Futuro do pretérito do indicativo: quereria,


quererias, quereria, quereríamos, quereríeis, 6) Verbo precaver(-se)
quereriam. Não é derivado do verbo ver nem do verbo vir. É
Presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, defectivo, logo, no presente do indicativo, só se
queiramos, queirais, queiram. (Radical diferente do conjuga nas 1a e 2a pessoas do plural: nós nos
presente do indicativo.) precavemos, vós vos precaveis. Não há o presente
Pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, do subjuntivo, pois não há a 1a pessoa do singular do
quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, presente do indicativo, donde deriva o presente do
quisessem. subjuntivo, logo não há o imperativo negativo. No
Futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, imperativo afirmativo, só há a 2a pessoa do plural. Os
quisermos, quiserdes, quiserem. demais tempos seguem o modelo de conjugação de
Imperativo afirmativo: quer(e), queira, queiramos, vender.
querei, queiram. Este verbo é normalmente pronominal, de modo que
Imperativo negativo: não queiras, não queira, não podemos conjugá-lo com o pronome oblíquo átono ou
queiramos, não queirais, não queiram. não. Para facilitar, vou conjugar sem o pronome.
Infinitivo pessoal: querer, quereres, querer, Presente do indicativo: precavemos, precaveis.
querermos, quererdes, quererem. Pretérito perfeito do indicativo: precavi, precaveste,
Gerúndio: querendo. precaveu, precavemos, precavestes, precaveram.
Particípio: querido. Pretérito imperfeito do indicativo: precavia,
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, precavias, precavia, precavíamos, precavíeis,
requeremos, requereis, requerem. precaviam.
Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
requereu, requeremos, requerestes, requereram. precavera, precaveras, precavera, precavêramos,
Pretérito imperfeito do indicativo: requeria, precavêreis, precaveram.
requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, Futuro do presente do indicativo: precaverei,
requeriam. precaverás, precaverá, precaveremos, precavereis,
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: precaverão.
requerera, requereras, requerera, requerêramos, Futuro do pretérito do indicativo: precaveria,
requerêreis, requereram. precaverias, precaveria, precaveríamos, precaveríeis,
Futuro do presente do indicativo: requererei, precaveriam.
requererás, requererá, requereremos, requerereis, Presente do subjuntivo: –
requererão. Pretérito imperfeito do subjuntivo: precavesse,
Futuro do pretérito do indicativo: requereria, precavesses, precavesse, precavêssemos,
requererias, requereria, requereríamos, requereríeis, precavêsseis, precavessem.
requereriam. Futuro do subjuntivo: precaver, precaveres,
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem.
requeira, requeiramos, requeirais, requeiram. Imperativo afirmativo: precavei.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, Imperativo negativo: –
requeresses, requeresse, requerêssemos, Infinitivo pessoal: precaver, precaveres, precaver,
requerêsseis, requeressem. precavermos, precaverdes, precaverem.
Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, Gerúndio: precavendo.
requerermos, requererdes, requererem. Particípio: precavido.
Imperativo afirmativo: requer(e), requeira,
requeiramos, requerei, requeiram. 7) Verbos haver e reaver
Imperativo negativo: não requeiras, não requeira, Reaver é derivado do verbo haver, quando em sua
não requeiramos, não requeirais, não requeiram. conjugação houver a letra v. Logo você tem de saber
Infinitivo pessoal: requerer, requereres, requerer, a conjugação de um verbo para saber a do outro. No
requerermos, requererdes, requererem. presente do indicativo, só existem as formas da 1a e
Gerúndio: requerendo. 2a pessoas do plural: reavemos, reaveis.
Particípio: requerido. Consequentemente, não há o presente do subjuntivo

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nem o imperativo negativo. No imperativo afirmativo, Futuro do subjuntivo: reouver, reouveres, reouver,
só há a 2ª pessoa do plural, que vem do presente do reouvermos, reouverdes, reouverem.
indicativo. Os demais tempos seguem a conjugação de Imperativo afirmativo: reavei.
haver. Vejamos ambos os verbos, respectivamente: Imperativo negativo: –
Presente do indicativo: hei, hás, há, Infinitivo pessoal: reaver, reaveres, reaver,
havemos/hemos, haveis/heis, hão (hemos e heis são reavermos, reaverdes, reaverem.
formas antigas). Gerúndio: reavendo.
Pretérito perfeito do indicativo: houve, houveste, Particípio: reavido.
houve, houvemos, houvestes, houveram.
Pretérito imperfeito do indicativo: havia, havias, 8) Verbos ver e prover
havia, havíamos, havíeis, haviam. Prover não é derivado de ver, apesar de coincidir a
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: houvera, conjugação no presente, no pretérito imperfeito, no
houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, futuro do presente, no futuro do pretérito do indicativo
houveram, e no presente do subjuntivo. O resto da conjugação de
Futuro do presente do indicativo: haverei, haverás, prover é igual a vender.
haverá, haveremos, havereis, haverão. Presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes,
Futuro do pretérito do indicativo: haveria, haverias, veem*.
haveria, haveríamos, haveríeis, haveriam. Pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos,
Presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, viestes, viram.
hajais, hajam. Pretérito imperfeito do indicativo: via, vias, via,
Pretérito imperfeito do subjuntivo: houvesse, víamos, víeis, viam.
houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras,
houvessem. vira, víramos, víreis, viram.
Futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver, Futuro do presente do indicativo: verei, verás, verá,
houvermos, houverdes, houverem. veremos, vereis, verão.
*Imperativo afirmativo: haja, hajamos, havei, hajam. Futuro do pretérito do indicativo: veria, verias, veria,
Imperativo negativo: não hajas, não haja, não veríamos, veríeis, veriam.
hajamos, não hajais, não hajam. Presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos,
Infinitivo pessoal: haver, haveres, haver, havermos, vejais, vejam.
haverdes, haverem. Pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, visses,
Gerúndio: havendo. visse, víssemos, vísseis, vissem.
Particípio: havido. Futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes,
Presente do indicativo: reavemos, reaveis. virem. (Cai muito em prova!)
Pretérito perfeito do indicativo: reouve, reouveste, Imperativo afirmativo: vê, veja, vejamos, vede,
reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. vejam.
Pretérito imperfeito do indicativo: reavia, reavias, Imperativo negativo: não vejas, não veja, não
reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam. vejamos, não vejais, não vejam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: reouvera, Infinitivo pessoal: ver, veres, ver, vermos, verdes,
reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, verem.
reouveram. Gerúndio: vendo.
Futuro do presente do indicativo: reaverei, reaverás,
reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão. Última dica: fique ligado nos verbos derivados de ver:
Futuro do pretérito do indicativo: reaveria, prever, antever, rever...
reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, Presente do indicativo: provejo, provês, provê,
reaveriam. provemos, provedes, proveem.
Presente do subjuntivo: – Pretérito perfeito do indicativo: provi, proveste,
Pretérito imperfeito do subjuntivo: reouvesse, proveu, provemos, provestes, proveram.
reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, Pretérito imperfeito do indicativo: provia, provias,
reouvessem. provia, províamos, províeis, proviam.

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Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: provera, Futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser,


proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram. pusermos, puserdes, puserem.
Futuro do presente do indicativo: proverei, proverás, Imperativo afirmativo: põe, ponha, ponhamos,
proverá, proveremos, provereis, proverão. ponde, ponham.
Futuro do pretérito do indicativo: proveria, Imperativo negativo: não ponhas, não ponha, não
proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, ponhamos, não ponhais, não ponham.
proveriam. Infinitivo pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes,
Presente do subjuntivo: proveja, provejas, proveja, porem.
provejamos, provejais, provejam. Gerúndio: pondo.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: provesse, Particípio: posto.
provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
provessem. 10) Verbos vir e ter
Futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, Os verbos vir e ter (e derivados) caem
provermos, proverdes, proverem. muuuuuuuuuuuuito em provas diversas, em questões
Imperativo afirmativo: provê, proveja, provejamos, de acentuação gráfica, conjugação verbal e
provede, provejam. concordância verbal. Principalmente na 1a pessoa do
Imperativo negativo: não provejas, não proveja, não plural e na 3a pessoa do plural do presente do
provejamos, não provejais, não indicativo, na 3a pessoa do singular do pretérito
provejam. perfeito do indicativo e em todo o pretérito imperfeito
Infinitivo pessoal: prover, proveres, prover, do subjuntivo. Se eu fosse você, eu decoraria essas
provermos, proverdes, proverem. conjugações. Fica a dica!
Gerúndio: provendo. Fique ligado também na conjugação de seus
Particípio: provido. derivados: avir-se, advir, convir, intervir, provir,
sobrevir...; abster-se, ater-se, conter, deter, entreter,
9) Verbo pôr manter, obter, reter…
Este verbo, junto de ter e vir, é um dos que mais caem Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos,
em provas de concurso público. Principalmente seus vindes, vêm.
derivados: apor, antepor, compor, depor, dispor, Pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio,
entrepor, expor, impor, interpor, justapor, pospor, viemos, viestes, vieram.
propor, repor, sobpor, sobrepor, sotopor, subpor, Pretérito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas,
superpor... vinha, vínhamos, vínheis, vinham.
DE-CO-RE! Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera,
Presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram.
pondes, põem. Futuro do presente do indicativo: virei, virás, virá,
Pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, pôs, viremos, vireis, virão.
pusemos, pusestes, puseram. Futuro do pretérito do indicativo: viria, virias, virias,
Pretérito imperfeito do indicativo: punha, punhas, viríamos, viríeis, viriam.
punha, púnhamos, púnheis, punham. Presente do subjuntivo: venha, venhas, venha,
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, venhamos, venhais, venham.
puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram. Pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses,
Futuro do presente do indicativo: porei, porás, porá, viesse, viéssemos, viésseis, viessem.
poremos, poreis, porão. Futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos,
Futuro do pretérito do indicativo: poria, porias, poria, vierdes, vierem.
poríamos, poríeis, poriam. Imperativo afirmativo: vem, venha, venhamos, vinde,
Presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, venham.
ponhamos, ponhais, ponham. Imperativo negativo: não venhas, não venha, não
Pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, venhamos, não venhais, não venham.
pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, Infinitivo pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
pusessem. Gerúndio: vindo.

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Particípio: vindo (é isso mesmo, o gerúndio e o Futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes,
particípio são iguais). forem.
Presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, Imperativo afirmativo: sê, seja, sejamos, sede,
tendes, têm. sejam.
Pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve, Imperativo negativo: não sejas, não seja, não
tivemos, tivestes, tiveram. sejamos, não sejais, não sejam.
Pretérito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas, Infinitivo pessoal: ser, seres, ser, sermos, serdes,
tinha, tínhamos, tínheis, tinham. serem.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: tivera, Gerúndio: sendo.
tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram. Particípio: sido.
Futuro do presente do indicativo: terei, terás, terá,
teremos, tereis, terão. 12) Verbo ir
Futuro do pretérito do indicativo: teria, terias, teria, Este verbo anômalo é tão importante quanto o ser.
teríamos, teríeis, teriam. Conheça sua conjugação:
Presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha, Presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides,
tenhamos, tenhais, tenham. vão.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse, tivesses, Pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos,
tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem. fostes, foram.
Futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, tivermos, Pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, íamos,
tiverdes, tiverem. íeis, iam.
Imperativo afirmativo: tem, tenha, tenhamos, tende, Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora,
tenham. foras, fora, fôramos, fôreis, foram.
Imperativo negativo: não tenhas, não tenha, não Futuro do presente do indicativo: irei, irás, irá,
tenhamos, não tenhais, não tenham. iremos, ireis, irão.
Infinitivo pessoal: ter, teres, ter, termos, terdes, Futuro do pretérito do indicativo: iria, irias, iria,
terem. iríamos, iríeis, iriam.
Gerúndio: tendo. Presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades,
Particípio: tido. vão.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses,
11) Verbo ser fosse, fôssemos, fôsseis, fossem.
Um dos verbos mais polêmicos da língua portuguesa. Futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes,
Não poderia deixar de lado... Eis sua conjugação forem.
anômala (cuidado com algumas igualdades de Imperativo afirmativo: vai, vá, vamos, ide, vão.
conjugação com o verbo ir e observe as segundas Imperativo negativo: não vás, não vá, não vamos,
pessoas do imperativo afirmativo): não vades, não vão.
Presente do indicativo: sou, és, é, somos, sois, são. Infinitivo pessoal: ir, ires, ir, irmos, irdes, irem.
Pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, Gerúndio: indo.
fostes, foram. Particípio: ido.
Pretérito imperfeito do indicativo: era, eras, era,
éramos, éreis, eram. 13) Verbo estar
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora, Não há mistérios na conjugação deste verbo irregular,
foras, fora, fôramos, fôreis, foram. mas não o menospreze, pois muitos pensam estar
Futuro do presente do indicativo: serei, serás, será, certa a forma de presente do subjuntivo “esteje”. Não
seremos, sereis, serão. caia nessa! Outra vacilação que alguns cometem é
Futuro do pretérito do indicativo: seria, serias, seria, esta: “Se eu tivesse lá em Nova York, teria comprado
seríamos, seríeis, seriam. um monte de coisas, mas eu não tô lá.”. Na fala do dia
Presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos, a dia, às vezes a gente suprime pedaços da
sejais, sejam. conjugação do verbo estar e de outros verbos.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, Cuidado! Essa frase deveria estar assim, para atender
fosse, fôssemos, fôsseis, fossem. à norma culta: “Se eu estivesse lá em Nova York, teria

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comprado um monte de coisas, mas eu não estou lá.”. Para entendermos todas as definições de pronome,
Veja a conjugação culta agora: vamos analisar esta frase:
Presente do indicativo: estou, estás, está, estamos, Tu não sabias quem era aquela mulher a qual minha
estais, estão. mãe certa vez me apresentara?
Pretérito perfeito do indicativo: estive, estiveste, Note que os vocábulos Tu, quem, aquela, a qual,
esteve, estivemos, estivestes, estiveram. minha e certa
Pretérito imperfeito do indicativo: estava, estavas, - indicam uma ideia de pessoa (Tu), uma ideia de
estava, estávamos, estáveis, estavam. pessoa indefinida (quem), uma ideia de referência a
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: estivera, alguém (aquela e a qual), uma ideia de posse (minha)
estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis, estiveram. e uma ideia indefinida (certa);
Futuro do presente do indicativo: estarei, estarás, - variaram (só os quatro últimos pronomes) de forma:
estará, estaremos, estareis, estarão. aquela (mulher), a qual, minha (mãe), certa (vez). Tu
Futuro do pretérito do indicativo: estaria, estarias, (2a pessoa; pronome substantivo), quem (3a pessoa;
estaria, estaríamos, estaríeis, estariam. pronome substantivo), aquela (3a pessoa; pronome
Presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja, adjetivo), a qual (3a pessoa; pronome substantivo),
estejamos, estejais, estejam. minha (1ª pessoa; pronome adjetivo), certa (3a
Pretérito imperfeito do subjuntivo: estivesse, pessoa; pronome adjetivo);
estivesses, estivesse, estivéssemos, estivésseis, - funcionam como adjunto adnominal (o terceiro, o
estivessem. quinto e o sexto), como sujeito (o primeiro), como
Futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, predicativo do sujeito (o segundo) e como objeto
estivermos, estiverdes, estiverem. direto (o quarto).
Imperativo afirmativo: está, esteja, estejamos, estai,
estejam. Resumindo: pronome é o vocábulo que substitui
Imperativo negativo: não estejas, não esteja, não ou acompanha o substantivo, relacionando-o às
estejamos, não estejais, não estejam. três pessoas do discurso.
Infinitivo pessoal: estar, estares, estar, estarmos,
estardes, estarem. IDENTIFICAÇÃO
Gerúndio: estando. Como vimos, há dois tipos de pronomes: pronomes
Particípio: estado. substantivos e pronomes adjetivos. O pronome
substantivo substitui um substantivo. Para que você
identifique um pronome substantivo, basta perceber
6.1.4 O Pronome que ele tem o papel de substituir um substantivo (e não
de acompanhá-lo) dentro do discurso.
Pronome serve para indicar as pessoas do discurso: - Estes documentos são nossos, não teus.
1ª (falante), Note que os pronomes nossos e teus se referem ao
2ª (ouvinte) e substantivo documentos, substituindo-o, por isso são
3ª (assunto). pronomes substantivos.
O pronome pode apresentar inúmeros sentidos, a Já o pronome adjetivo tem o papel de acompanhar
depender do contexto: posse, indefinição, um substantivo, determinando-o, como se fosse um
generalização, questionamento, apontamento, adjetivo.
aproximação, afetividade, ironia, depreciação etc. - Os vossos amores não mais vivem para vós.
É uma classe de palavras normalmente variável em Note agora que o pronome vossos se refere ao
gênero e número e que se refere a elementos dentro substantivo amores, acompanhando-o, por isso é um
e fora do discurso. É um determinante quando pronome adjetivo.
acompanha o substantivo (neste caso, é chamado de
pronome adjetivo, pois tem valor de adjetivo). É claro que, para você identificar um pronome, não
Quando substitui o substantivo, é chamado de basta saber que ele tem valor de substantivo ou de
pronome substantivo, pois tem valor de substantivo. adjetivo, é preciso que você os conheça pelo que
verdadeiramente são, isto é, eles podem ter seis (6)

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classificações: pessoais, possessivos, indefinidos, adnominal (raramente). Por sua vez, os pronomes
interrogativos, demonstrativos e relativos. átonos o, a, os, as só exercem função de objeto direto
(normalmente) ou sujeito (raramente).
PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais são aqueles que designam as COLOCAÇÃO PRONOMINAL
três pessoas do discurso, no singular e no plural. São Também chamada de Topologia ou Sínclise
sempre pronomes substantivos e se dividem em dois Pronominal, é o nome que se dá à parte da Gramática
tipos. São chamados de retos porque exercem, que trata, basicamente, da adequada posição dos
normalmente, função de sujeito, e oblíquos porque pronomes oblíquos átonos (POA) junto aos verbos:
exercem, normalmente, função de complemento próclise (POA antes do verbo), ênclise (POA depois
verbal ou nominal. do verbo) e mesóclise (POA no meio do verbo).
PRONOMES PESSOAIS
PRÓCLISE é o nome que se dá à colocação
Oblíquos
pronominal antes do verbo. É usada nestes casos:
Número Pessoa Retos Átonos (usar Tônicos (usar
Palavra de sentido negativo antes do verbo*
sem preposição) com preposição)
– Não se esqueça de mim.
1ª Eu me mim, comigo * não, nunca, nada, ninguém, nem, jamais, tampouco,
Singular 2ª Tu te ti, contigo sequer etc.
3ª ele/ela o, a, lhe, se si, ela, ele, consigo Obs.: Após pausa (vírgula, ponto e vírgula... entre
qualquer palavra atrativa e o verbo), usa-se ênclise:
1ª Nós nos nós, conosco
Não; esqueça-se de mim!
2ª Vós vos vós, convosco Advérbio ou palavra denotativa antes do verbo*
Plural
si, eles, elas, – Agora se negam a depor.
3ª eles/elas os, as, lhes, se
consigo * já, talvez, só, somente, apenas, ainda, sempre,
talvez, também, até, inclusive, mesmo,
 Pronomes Retos exclusive, aqui, hoje, provavelmente, por que, onde,
1a pessoa: eu (singular), nós (plural). como, quando etc.
2a pessoa: tu (singular), vós (plural). Obs.: Se houver pausa (vírgula, ponto e vírgula...)
3a pessoa: ele/ela (singular), eles/elas (plural). após o advérbio, usa-se a ênclise:
Esses pronomes normalmente conjugam verbos, por “Agora, negam-se a depor”. Segundo o gramático
isso comumente exercem função de sujeito, mas Rocha Lima, se houver repetição de
também podem exercer função de predicativo do pronomes átonos após pausas, em estrutura de
sujeito, vocativo, aposto e, raramente, objeto direto. coordenação, pode-se usar a próclise (ou
CUIDADO: por via de regra, o pronome reto não pode a ênclise): “Ele se ajeitou, se concentrou, se arrumou
ocupar a posição de complemento do verbo, ou seja, e se despediu.” Quando o pronome
não pode exercer função de objeto direto. O pronome tem funções sintáticas diferentes ou quando se quer
que se ocupa disso é o oblíquo. dar ênfase, a repetição é obrigatória:
“Eu o examinei e lhe receitei um remédio.”
 Pronomes Oblíquos Átonos Conjunções e locuções subordinativas antes do verbo
1a pessoa: me (singular), nos (plural). – Soube que me negariam.
2a pessoa: te (singular), vos (plural). * que, se, como, quando, assim que, para que, à
3a pessoa: se (singular ou plural), lhe, lhes, o, a, os, medida que, já que, embora, consoante
as. etc.
Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem Pronomes relativos antes do verbo*
exercer função de sujeito (raramente), objeto direto – Identificaram-se duas pessoas que se encontravam
(normalmente), objeto indireto (normalmente), desaparecidas.
complemento nominal (raramente) e adjunto * que, o qual (e variações), cujo, quem, quanto (e
adnominal (raramente). Já lhe(s) pode exercer função variações), onde, como, quando.
de objeto indireto (normalmente), sujeito (raramente), Pronomes indefinidos antes do verbo*
complemento nominal (raramente) e adjunto – Poucos te deram a oportunidade.

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* alguns, todos, tudo, alguém, qualquer, outro, outrem


etc. MESÓCLISE É o nome que se dá à colocação
Pronomes interrogativos antes do verbo* pronominal no meio do verbo (extremamente formal);
– Quem te fez a encomenda? ela é usada nos seguintes casos:
* que, quem, qual, quanto. Verbo no futuro do presente do indicativo sem palavra
Entre a preposição em e o verbo no gerúndio atrativa
– Em se plantando tudo dá. – Realizar-se-á, na próxima semana, um grande
Com certas conjunções coordenativas aditivas e certas evento em prol da paz no mundo.
alternativas antes do verbo* Obs.: O POA sempre ficará entre o r do verbo e a
– Ora me ajuda, ora não me ajuda. terminação do verbo: “Daremos um beijo no teu rosto.
– Não foi nem se lembrou de ir. = Dar-te-emos um beijo no rosto.” Com palavra
* nem, não só/apenas/somente... mas/como atrativa, a próclise é obrigatória: “Talvez se realizará,
(também/ainda/senão)..., tanto... na próxima semana, um grande evento.”
quanto/como..., que, ou... ou, ora...ora, quer... quer..., Verbo no futuro do pretérito do indicativo sem palavra
já... já... atrativa
Orações exclamativas e optativas (exprimem desejo) – Não fosse o meu compromisso, acompanhá-la-ia
– Quanto se ofendem por nada, rapazes! nesta viagem.
– Deus te proteja, meu filho, e que bons ventos o Obs.: Com palavra atrativa: “Mesmo não havendo
tragam logo. compromisso, nunca te acompanharia nesta viagem.”
Com o infinitivo flexionado precedido de preposição
– Foram ajudados por nos trazerem até aqui. Casos Facultativos
Com formas verbais proparoxítonas Pronomes demonstrativos antes do verbo sem palavra
– Nós lhes desobedecíamos sempre. atrativa.*
Com o numeral ambos – Aquilo me deixou triste / Aquilo deixou-me triste.
– Ambos te abraçaram com cuidado. * este (e variações), isto; esse (e variações), isso;
aquele (e variações), aquilo.
ÊNCLISE é o nome que se dá à colocação pronominal Conjunções coordenativas (exceto aquelas
depois do verbo; ela é basicamente usada quando não mencionadas nos casos de próclise) antes do verbo
há fator de próclise; veja: sem palavra atrativa.
Verbo no início da oração sem palavra atrativa – Ele chegou e dirigiu-se a mim. / Ele chegou e se
– Vou-me embora daqui! dirigiu a mim.
Obs.: Com palavra atrativa: “Já me vou embora daqui!” – Corri atrás da bola, mas me escapou. / Corri atrás da
Pausa antes do verbo sem palavra atrativa bola, mas escapou-me.
– Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. Sujeito explícito com núcleo pronominal (pronome
Obs.: Com palavra atrativa: “Se eu ganho na loteria, pessoal reto e de tratamento) antes do verbo sem
tão logo me mudo.” palavra atrativa.
Verbo no imperativo afirmativo sem palavra atrativa – Ele se retirou. / Ele retirou-se.
– Quando eu der o sinal, silenciem-se todos. – Eu te considerarei. / Eu considerar-te-ei.
Obs.: Com palavra atrativa: “Enquanto eu não avisar, – Sua Excelência se queixou de você. / Sua
jamais vos silenciem.” Excelência queixou-se de você.
Verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa Obs.: Com verbos monossilábicos, a eufonia ordena
– Machucar-te não era minha intenção. que se use a próclise, segundo bem nos lembra
Obs.: Os POAs “-lo, -la, -los, -las” virão sempre Manoel Pinto Ribeiro: “Eu a vi ontem, e não Eu vi-a
enclíticos aos infinitivos não flexionados antecedidos ontem.”
da preposição a: “Estou inclinado a perdoá-lo. / Apesar Sujeito explícito com núcleo substantivo (ou numeral)
de tudo, continuo disposto a ajudá-la.” antes do verbo sem palavra atrativa.
Verbo no gerúndio sem palavra atrativa – Camila te ama ou Camila ama-te. / Os três se amam
– Recusou a proposta, fazendo-se de desentendida. ou Os três amam-se.
Obs.: Com palavra atrativa: “Recusou a proposta, não
se fazendo de desentendida.”

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Infinitivo não flexionado precedido de “palavras fosse sujeito de um verbo: “Entre eu sair e tu saíres,
atrativas” ou das preposições “para, em, por, sem, de, saio eu!”. Certo é que, nessa estrutura de
até, a”. reciprocidade, com a preposição entre, podemos usar
– Meu desejo era não o incomodar. / Meu desejo era mim, ti, nós, vós, ele(a/s) e quaisquer pronomes de
não incomodá-lo. tratamento.
– Calei-me para não contrariá-lo. / Calei-me para não
o contrariar.
– Corri para o defender. / Corri para defendê-lo. PRONOMES DE TRATAMENTO
– Acabou de se quebrar o painel. / Acabou de quebrar- São pronomes muito usados no tratamento cortês e
se o painel. cerimonioso.
– Sem lhe dar de comer, ele passará mal. / Sem dar- Vossa Alteza V. A. Príncipes, duques
lhe de comer, ele passará mal. Vossa Eminência V. Ema.(s) Cardeais
– Até se formar, vai demorar muito. / Até formar-se, vai
Vossa
demorar muito. Reverendíssima
V. Revma.(s) Sacerdotes e bispos
– Erro agora em lhe permitir sair? / Erro agora em
Altas autoridades e
permitir-lhe sair? Vossa Excelência V. Ex.ª (s)
oficiais-generais
– Por se fazer de bobo, enganou a muitos. / Por fazer- Reitores de
se de bobo, enganou a muitos. Vossa Magnificência V. Mag.ª (s)
universidades
– Estou pronto a te acompanhar. / Estou pronto a Vossa Majestade V. M. Reis e rainhas
acompanhar-te.
Vossa Majestade
V. M. I. Imperadores
Imperial
 Pronomes oblíquos tônicos Vossa Santidade V. S. Papa
1a pessoa: mim, comigo (singular);
Tratamento
nós, conosco (plural). Vossa Senhoria V. S.ª (s)
cerimonioso
2a pessoa: ti, contigo (singular);
Vossa Onipotência V. O. Deus
vós, convosco (plural).
3a pessoa: si, consigo (singular ou plural);
ele(a/s) (singular ou plural). Sobre as palavras “senhor, senhora, senhorita, dom,
São sempre precedidos de preposição! Podem exercer dona, madame” (e outros termos que servem de títulos
função sintática de objeto direto, objeto indireto, ou que são meramente respeitosos), elas podem ser
complemento nominal, agente da passiva, adjunto meros substantivos (Ela é dona de si.) ou formas de
adnominal, adjunto adverbial, dativo de opinião*. tratamento (e não pronomes de tratamento): Dona
– Convidou-me e a ela também. (objeto direto – Carlota Joaquina era polêmica! Por isso, neste último
preposicionado) exemplo, Dona tem valor de substantivo e não de
– Ela não só aludiu a mim como a vós também. (objeto pronome, tais palavras têm valor discursivo de
indireto) pronome de tratamento (são dirigidas a pessoas de
– Estamos preocupados contigo. (complemento prestígio na sociedade em situações formais) e valor
nominal) morfológico de substantivo (pertence a essa classe
– É muito bom quando a Argentina é derrotada por gramatical).
nós. (agente da passiva)
– A casa deles é enorme. (adjunto adnominal) Sobre você, os dicionários (inclusive o vocabulário
– Ontem eu saí convosco por causa dela. (adjunto VOLP) e as gramáticas o colocam na lista dos
adverbial) pronomes de tratamento. Pertencem a essa classe
– Para mim, ele não presta. (dativo de opinião) gramatical mesmo! No entanto, tal pronome tem um
Mim valor discursivo um pouco diferente, pois é usado em
– Nunca houve nada entre mim e ti. contextos informais.
Está adequado à norma culta ou não este uso do
pronome? Adequadíssimo! Não estaria se estivesse Obs.: Com as formas ou pronomes de tratamento –
assim: “Nunca houve nada entre eu e você.”, como já apesar de femininas em sua formação –, faz-se a
vimos. O eu só poderia vir após a preposição se concordância com o sexo das pessoas a que se

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referem: Vossa Senhoria está convidado (homem) a vário vária vários várias algo
assistir ao Seminário. tanto tanta tantos tantas cada
outro outra outros outras
quanto quanta quantos quantas
Qualquer pronome de tratamento, apesar de se
referir à 2a pessoa do discurso, exige que verbos e
pronomes estejam na forma de 3a pessoa. qualquer quaisquer
– Sua Alteza estuda tanto para poder um dia governar
sua nação.

PRONOMES INTERROGATIVOS
O pronome você não pode ser “misturado” com
Os pronomes interrogativos exprimem
verbos ou pronomes de 2a pessoa no mesmo
questionamento direto (com ponto de interrogação)
contexto; é preciso haver uniformidade de
ou indireto (sem ponto de interrogação) em um
tratamento; no entanto, o que mais ocorre é a
contexto que sugere desconhecimento ou vontade de
“desuniformidade” de tratamento, note:
saber.
– Entre por essa porta agora e diga que me adora,
Que Quem Qual (Quais) Quanto (a/s)
você tem meia hora pra mudar a minha vida, vem,
– Que é isso? (pergunta direta)
vambora... (Adriana Calcanhoto). A forma verbal vem
– Quero saber que é isso. (pergunta indireta: Que é
está na 2a pessoa do singular (vem tu); deveria ser:
isso?)
venha (venha você).
– Quem é esse rapaz? (pergunta direta)
– Não sabemos quem é esse rapaz. (pergunta indireta:
Quem é esse rapaz?)
PRONOMES POSSESSIVOS
– De qual pintura você está falando? (pergunta direta)
Os pronomes possessivos estabelecem relação de
– Pergunta-se qual é a altura dela. (pergunta indireta:
posse (normalmente) entre seres e conceitos e as
Qual é a altura dela?)
pessoas do discurso.
– Por quanto você vende esta garrafa? (pergunta
1a pessoa: meu(s), minha(s) / nosso(a/s).
direta)
2a pessoa: teu(s), tua(s) / vosso(a/s).
– Verificaram quanto custava o conserto. (pergunta
3a pessoa: seu(s), sua(s).
indireta: Quanto custava o conserto?)
Eles variam (concordam) em gênero e número com o
substantivo a que se ligam (João deixou uma herança
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
vultosa para suas mulheres.) ou a que se referem
Os pronomes demonstrativos marcam a posição
(Filhos? Sempre estou atento aos meus.).
temporal ou espacial de um ser em relação a uma
Os pronomes de tratamento exigem os
das três pessoas do discurso, fora do texto
possessivos na 3a pessoa:
(exófora/dêixis) ou dentro de um texto (endófora –
– Vossa Senhoria deve encaminhar suas
anáfora ou catáfora).
reivindicações ao diretor.
Não fique pasmo com esses nomes bonitinhos
(exófora, dêixis, endófora, anáfora, catáfora), pois os
conceitos deles são de facílima digestão.
PRONOMES INDEFINIDOS
Eis os principais demonstrativos:
Os pronomes indefinidos referem-se à 3a pessoa do
1a pessoa: este(a/s), isto.
discurso de forma vaga, imprecisa ou genérica.
2a pessoa: esse(a/s), isso.
3a pessoa: aquele(a/s), aquilo.
Variáveis
Além desses, há outras palavras que são classificadas
Singular Plural Invariáveis como pronomes demonstrativos:
Masculino Feminino Masculino Feminino  Função espacial
Este (a/s), isto: refere-se a um ser que está próximo
algum alguma alguns algumas alguém
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas ninguém do falante ou que o falante toma como tal ou em
todo toda todos todas outrem referência à correspondência que enviamos.
muito muita muitos muitas tudo – Esta camisa aqui do Flamengo é minha.
pouco pouca poucos poucas nada
– Este documento segue anexo aos demais.

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Obs.: Pode ser usado após o substantivo para reiterar


Esse(a/s), isso: refere-se a um ser que está próximo uma ideia: “Li bons romances nas minhas viagens de
do ouvinte ou que o falante toma como tal avião, romances esses que me fazem falta.”
– Essa camisa aí é tua?
– Saia do meio dessa rua, garoto!
Obs.: Às vezes, pode haver dois demonstrativos para PRONOMES RELATIVOS
especificar melhor um substantivo: Essa (ou Esta) Este é o campeão de aparições nas provas!
moça é aquela de que falei agora há pouco. O pronome relativo é um elemento conector de
Aquele(a/s), aquilo: refere-se a um ser que está caráter anafórico, isto é, refere-se a um termo
distante do ouvinte e do falante ou de algo que se antecedente explícito (substantivo (normalmente!),
encontra na pessoa de quem se fala pronome substantivo, numeral substantivo, advérbio,
– Aquela camisa lá é dele. verbo no infinitivo ou oração reduzida de infinitivo),
– Aquele país onde ele mora não presta. substituindo-o. Sintaticamente falando, todo pronome
– Aquele temperamento do Mano fez o Brasil perder a relativo (sempre!) refere-se a um termo de outra
Copa. oração ao introduzir oração subordinada adjetiva
 Função temporal (restritiva ou explicativa).
Este(a/s): presente, passado recente ou futuro (dentro – O homem (apesar de certos contratempos) que veio
de um espaço de tempo). aqui era o Presidente.
– Esta é a hora da verdade. – Ninguém que esteve no Brasil desapontou-se.
– Esta noite foi sensacional. – Apenas um, que compareceu à festa, estava bem
– Este fim de semana será perfeito, pena que ainda é trajado.
segunda. – Ali, onde você mora, não é o melhor lugar do mundo.
Esse(a/s): passado recente ou futuro. – Estudar que é bom ninguém acha legal.
– Ninguém se esquecerá desse carnaval. – Procurar aprender Língua Portuguesa, que é
– Depois da reunião, sei que esses dias serão importante, você não quer.
diferentes.
Aquele(a/s): passado ou tempo distante (vago). Emprego dos pronomes relativos
– Foi em 1500, naquele ano, o Brasil surgiu. QUE (substituível pelo variável o qual)
– Naquele dia, no Seu dia, Deus fará justiça. • É invariável.
 Função distributiva • Refere-se a pessoas ou coisas.
Este, referindo-se ao mais próximo ou citado por • É chamado de relativo universal, pois pode –
último. Aquele, referindo-se ao mais afastado ou geralmente – ser utilizado em substituição de todos os
citado em 1o lugar. Ambos são anafóricos, pois outros relativos.
substituem termos anteriores. – As mulheres, que (=as quais) são geniosas por
– Todos nós conhecemos Lula e Dilma. A imagem natureza, permanecem ótimas.
desta tem como reflexo aquele. – Para rimar, o Mengão, que (= o qual) sempre será
 Função referencial meu time de coração, é pentacampeão.
Este(a/s), isto referem-se normalmente a algo que – Minha sogra, a que (= à qual) tenho grande aversão,
será dito ou apresentado (valor catafórico). Pode está viva ainda.
também retomar um termo ou ideia antecedente (valor – O Flamengo é o que (= aquilo) preocupa os
anafórico), segundo ensinam Bechara e Celso Cunha. vascaínos.
– Esta sentença é verdadeira: “A vida é efêmera.”. E – Os dois, que (= os quais) você ajudou, já estão
nisto todos confiam. recuperados.
Obs.: Usa-se nisto também quando equivale a “então” – Há uma boa variedade de atividades de que (= das
ou “nesse momento”: “Saí de casa cedo. Nisto, minha quais) o professor também é um observador.
mulher me ligou.”
Esse(a/s), isso referem-se sempre a algo já dito ou QUEM
apresentado (valor anafórico). • É invariável.
– Isso que você disse não está certo, amigo. É por • Refere-se a pessoas ou a algo personificado.
essas e outras que nada funciona neste país.

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• A preposição a precederá o relativo quem – Aqui há tantos movimentos quantos se podem


normalmente, exceto se o verbo ou um nome da esperar.
oração subordinada adjetiva exigir outra preposição. – Explico tantas vezes quantas sejam necessárias.
De qualquer forma, vem sempre preposicionado. Obs.: É importante dizer que o quanto pode ser
– A Justiça a quem devo obediência é meu guia. conjunção, pronome interrogativo ou indefinido em
– Eis o homem a quem mais admiro. outros contextos.
– Conheci uma musa, por quem me apaixonei.
– Deus, perante quem me ajoelho, é importantíssimo. ONDE
• É invariável.
CUJO • Aparece com antecedente locativo real ou virtual.
• É um pronome adjetivo que vem, geralmente, entre • Substituível por em que, no qual (variações).
dois nomes substantivos explícitos, entre o ser • Pode ser antecedido, principalmente, pelas
possuidor (antecedente) e o ser possuído preposições a, de, por e para. Aglutina-se com a
(consequente). preposição a, tornando-se aonde, e com a preposição
• É variável, logo concorda em gênero e número com de, tornando-se donde.
o nome consequente, o qual geralmente difere do – A cidade onde (= em que/na qual) moro é linda.
antecedente. – Meu coração, onde tu habitas, é teu e de mais
• Nunca vem precedido ou seguido de artigo, é por isso ninguém.
que não há crase antes dele. – O sítio para onde voltei evocava várias lembranças.
• Geralmente exprime valor semântico de posse. – As praias aonde fui eram simplesmente fantásticas.
• Equivale à preposição de + antecedente, se invertida – O lugar donde retornei não era tão bom quanto aqui.
a ordem dos termos. – A casa por onde passamos ontem era minha.
– O Flamengo, cujo passado é glorioso, continua – O adversário invadiu sua mente – onde ninguém
alegrando. (O passado do Flamengo...) antes havia entrado.
– Esta é uma doença contra cujos males os médicos
lutam. (... contra os males da doença) COMO
– Vi o filme a cujas cenas você se referiu. (... às cenas • É invariável.
do filme) • Precedido pelas palavras modo, maneira, forma e
– O telefone, cuja invenção ajudou a sociedade, é útil. jeito.
(A invenção do telefone...)* • Equivale a “pelo qual”, normalmente.
– O registro formal, em que o grau de prudência é – Acertei o jeito como fazer as coisas.
máximo, e cujo conteúdo é mais elaborado e – Encontraram o modo como resolver a questão.
complexo é o preferido dos professores de língua – A maneira como você se comportou é elogiável.
portuguesa. (... o conteúdo do registro formal...) – Gosto da forma como aqueles atores contracenam.
Obs.: *Aqui não há relação de posse, mas sim valor Obs.: É digno de nota que o vocábulo como pode ser
passivo. Os gramáticos que corroboram esta análise classificado de diferentes formas a depender do
são estes: Maria Helena de Moura Neves e Ulisses contexto.
Infante. Por isso, neste caso, ele é analisado
sintaticamente como complemento nominal. QUANDO
• É invariável.
QUANTO • Retoma antecedente que exprime valor temporal.
• É variável. • Equivale a “em que”.
• Aparece sempre após os pronomes “tudo, todo (e – Ele era do tempo quando se amarrava cachorro pelo
variações) e tanto (e variações)” seguidos ou não de rabo.
substantivo ou pronome. Exerce função de sujeito e – É chegada a hora quando (= em que) todos devem
objeto direto apenas. se destacar.
– Ele encontrou tudo quanto procurava. Obs.: Lembre-se de que este vocábulo (quando) pode
– Bebia toda a cerveja quanta lhe ofereciam. ser uma conjunção temporal ou um advérbio
– Todas quantas colaborarem serão beneficiadas. interrogativo, em outro contexto.

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6.1.5 A Preposição 2) não variam;


3) participam na construção dos adjuntos adverbiais
A preposição estabelece determinadas relações de de tempo (Desde o ano passado) e de meio (por
sentido, mas tudo dependerá do contexto, pois, em videoaulas); no sistema de transitividade do verbo
tese, elas são vazias de sentido fora de contexto. Note simpatizar, exige objeto indireto iniciado pela
como o sentido da frase vai mudar com o uso diverso preposição com (com o método).
de preposição:
– Falou a Lucas. Identificação
– Falou ante Lucas. Identificar uma preposição é fácil. Basta, primeiro,
– Falou após Lucas. decorar as preposições – que são poucas! – e,
– Falou com Lucas. segundo, perceber em que contextos elas aparecem.
– Falou contra Lucas. O fato é que as preposições ligam palavras entre si,
– Falou de Lucas. palavras a orações ou orações entre si, podendo estar
– Falou em Lucas. entre elas ou deslocadas:
– Falou para Lucas. – Devemos visar a cargos públicos que pagam bem.
– Falou perante Lucas. – Para saber a verdade sobre esta questão, é preciso
– Falou por Lucas. muito estudo.
– Falou sem Lucas.
– Falou sobre Lucas. A
Tempo: Daqui a cinquenta anos, quero estar com
Do ponto de vista morfológico, a preposição é uma muita saúde.
palavra invariável que tem o papel de conector (ou Lugar: Saí do Japão para chegar a seu coração, meu
conectivo), isto é, cumpre a função de ligar palavras amor.
entre si, palavras a orações ou orações entre si. Noção: As crianças africanas morrem à fome. (causa)
– Até amanhã, vou ficar em Paris.* / Só desenhava a lápis. (instrumento) / Oferecemos
– Sairemos com você hoje. produtos a granel. (modo) / Comi um bife à milanesa.
– Ai de mim! (modo/conformidade) / Pouco a pouco, fui me
– Quem de nós dois... aproximando dela. (modo, e não tempo) / A margem
– Estudo muito Português para passar logo! de erro varia de 1% a 3%. (limite = até) / Comprei a
cem reais aquele terno. (preço) / Depois do susto, ele
Do ponto de vista sintático, a preposição nunca correu a ajudar os alunos. (finalidade, antes de
exerce função sintática, mas participa no sistema de infinitivo) / Curto muito barco à vela. (tipo) / Percorri
transitividade, introduzindo complementos (verbais ou quinhentos quilômetros a cavalo. (meio) / Nada como
nominais), ou na construção de adjuntos (adnominais um quadro a óleo. (matéria) / Estou a 200 m do curso.
ou adverbiais). Muitos verbos, substantivos, adjetivos (distância) / Nada como uma comidinha a quilo.
e advérbios exigem complemento preposicionado, por (medida)
isso ela é um conectivo subordinativo:
– Não concordo com atitudes precipitadas. ANTE
– Tenho admiração por quem é solidário. Lugar: Refrescou-se ante o ar-condicionado.
– Bebida alcoólica é imprópria para menores. Noção: Ante a falta de dinheiro, teve de voltar a
– Paralelamente às apresentações, o cantor se trabalhar. (causa)
destacou.
APÓS
Pois bem... para entendermos todas as definições de Tempo: Após aquele pesadelo, decidiu ficar
preposição, vamos analisar esta frase: acordada.
Desde o ano passado, decidi estudar por Lugar: Há um riacho após a cidade.
videoaulas, pois simpatizei com o método.
Note que os vocábulos Desde, por e com ATÉ
1) indicam uma ideia de tempo (desde) e meio (por), Tempo: Eu sei que vou te amar até o último suspiro.
respectivamente; com nada significa, no contexto; Lugar: O terreno vai até aquela cerca.

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Noção: Já escalaram montanhas de até 4.000 m. agente da passiva) / Provaste do meu macarrão?
(limite) (partição)
COM
Tempo: Com mais alguns minutos, a carne estará DESDE
assada. Tempo: Brahma, fabricada desde o século 19.
Lugar: Há um pote de ouro nas mãos de um gnomo Lugar: Seguiram o fugitivo desde a Inglaterra até o
com o fim do arco-íris. Chile.
Noção: Todo o gado sofreu com a seca. (causa) / Vá Noção: Desde o mais alto ao mais baixo puderam
com Deus! (companhia) / Com 90 anos, ainda quer entrar no evento. (gradação) / Fazia-se de tudo
fazer mais uma faculdade. (concessão) / Eu abri a naquele lugar: desde faxina até lavagem de roupa.
porta com a chavemestra. (instrumento) / Só com (enumeração)
carro se sai daqui. (meio) / Este vinho foi feito com a
uva certa. (matéria) / Ninguém a trata com carinho. EM
(modo) / Só entrará com autorização. (condição) / Tempo: E o mundo não acabou em 2012.
Com sua família, tudo é diferente. (referência) / Lugar (real ou virtual): Brincavam nas árvores quando
Comprei uma bola com diâmetro aproximado de 20 crianças, hoje brincam nos corações alheios.
cm. (medida) / Papai Noel trouxe um saco com vários Noção: Comprei uma TV em cores. (tipo/qualidade) /
presentes dentro. (conteúdo) / Preciso de um fuzil com Eu a pedi em casamento. (finalidade) / Fechou as
alavanca. (tipo) / Nada melhor que uma mulher com mãos em conchas. (semelhança) / Nunca fui bom
caráter. (qualidade) aluno em Matemática. (assunto/referência) / Só se
paga em cheque aqui. (meio) / O preço da casa foi
CONTRA estimado em 200 mil reais. (preço) / Tirou na guitarra
Lugar: Levei a mão contra o rosto. um som originalíssimo. (instrumento) / De grão em
Noção: Fui contra a corrente e me cansei. (direção) / grão a galinha enche o papo. (sucessão) / A mudança
Nada tenho a dizer contra isso. (oposição/objeção) / da água em vinho foi o 1o milagre de Cristo. (alteração)
Sou contra a pena de morte. (oposição) / Apostou dez / A peça é em três atos. (distribuição) / Fique em paz
contra um. (proporção/escala) / O candidato da (estado).
esquerda teve mil votos contra dois mil do adversário
da direita. (comparação) / Tenho seguros contra
incêndios. (tipo) ENTRE
Tempo: Entre 1982 e 2012, havia evoluído como
DE homem.
Tempo: De pequenino é que se torce o pepino. Lugar (real ou virtual): Estou entre os arbustos. / Estou
Lugar: Venho de Cipó, lá em Maranhão. entre os aprovados.
Noção: Não mais se falou de futebol no recinto. Noção: Entre o louro e o moreno, ela escolheu o
(assunto) / Você falou aquilo de propósito! (modo) / Só segundo. (alternativa) / Discutiram a relação entre si.
batia de chicote. (instrumento) / Viajei de trem pela (reciprocidade) / Ele tecla entre cem e cento e quinze
Europa. (meio) / Ficaste comovido de me ver? (= por; letras por minuto. (quantidade) / Viva entre os índios
causa) / Era tanto assédio de meter medo (lugar/companhia)
(consequência) / A porcentagem varia de 30% a 60%.
(limite) / Comi um prato de nhoque. (conteúdo) / Sou PARA
uma pessoa de coragem. (tipo) / Esta corrente de ouro Tempo: Vou deixar para a outra semana a explicação,
é cara. (matéria) / De fato, ela é uma excelente atriz. ok?
(constatação) / Ela tinha olhos de gata. (semelhança) / Lugar (direção): Vá para o inferno! (indica estada
Vendi uma TV de segunda. (qualidade) / Comprei um permanente)
caderno de um real. (preço) / O amor dela é intenso. Noção: Estou muito satisfeito com meu plano para
(posse) / Tenho um carro de passeio e um de trabalho. mudar novamente. (= a ponto de; consequência) /
(finalidade) / Comi um queijo de Minas delicioso. Nasci para trabalhar. (finalidade) / Estou para o
(origem/lugar) / Subi em uma torre de 20 m. Português assim como vocês estão para a
(dimensão) / Ele está queimado do sol. (agente – Enfermagem. (proporção) / Para mim, ela está

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mentindo. (opinião) / Para estudantes interessados Noção: O lugar sobre o qual ele discorria era
como os nossos, precisaremos trocar de professor. apaixonante. (assunto) / A lealdade é o mais
(delimitação) / Dá para calar a boca? (possibilidade) / importante sobre todos os demais sentimentos.
Gosto de música para dançar. (adequação/tipo) / A (comparação) / Fomos multados em 30% sobre
coleta para os pobres valeu. (destino/favor/proveito) nossos salários. (referência) / Cobrava-se imposto
sobre serviço. (causa) / Eles fazem asneiras sobre
PERANTE asneiras. (sucessão/acumulação) / Ele veio sobre nós
Lugar (real ou virtual): Só sossega perante a mulher. com ódio. (oposição/direção)
/ Perante a lei, todos são iguais.
TRÁS
POR Segundo os gramáticos, tal preposição é arcaica, só
Tempo: Você ficou desacordado por alguns minutos. sendo usada nas locuções adverbiais para trás, por
Lugar: Arrastaram-no pelo campo. trás e na locução prepositiva por trás de: Ele ficou para
Noção: Envio por e-mail ainda hoje meus dados. trás, chegou por trás e ficou por trás de todos.
(meio) / Como Jack, o Estripador, vamos por partes. Segundo Celso Cunha, “o sentido originário desta
(modo) / Falei aquilo por brincadeira. (finalidade) / Fui preposição era ‘além de’, que subsiste nos compostos
preso por vadiagem. (causa) / Fiz a cópia pelo original. Trás-os-Montes e trasanteontem”.
(conformidade) / Nunca morrerei pela pátria. (= a favor
de; favor) / Comemos por quilo ontem. (medida) / Outras considerações válidas:
Vendi o livro por dois reais. (preço) / O Flu perdeu por I. Os verbos chegar, ir, voltar, levar e dar não são
5 a 1 do Fla. (quantidade) / Não compre gato por lebre. usados com a preposição em, quando indicam lugar,
(substituição) / Olho por olho, dente por dente. mas sim com a: chegar à casa; ir ao supermercado;
(compensação) / Por ela, ninguém precisaria estudar. voltar à escola; levar à praia etc.
(opinião) / Sagarana foi escrito por Guimarães Rosa. II. “Nos domingos vou à missa.” (errado), pois é o a que
(agente; agente da passiva) / Dez por dois é igual a indica repetição de um fato. “Aos domingos vou à
vinte. (relação aritmética). missa.” (certo)
III. Verbo ter/haver + de/que + infinitivo: Eu tenho
SEM de/que viajar amanhã. Privilegia-se a 1ª forma, com de.
Noção: Como consegue viver sem dinheiro, mesmo IV. Usa-se indiferentemente à/na página: O clímax
trabalhando? (ausência, privação) / Sem dinheiro, começa à/na página 415. Usa-se ainda a páginas: O
entrei no clube. (concessão) / Sem dinheiro, não entra clímax começa a páginas 415. O mesmo vale para
no clube. (condição) / Chegou sem avisar. (modo) datas: Em/A catorze de julho, vou à Bahia.
V. Normalmente, as preposições por/para/a/sem/ao +
SOB verbo no infinitivo indicam, respectivamente,
Tempo: Sob o reinado de Luís XV, tudo era diferente. causa/finalidade/condição/concessão ou
Lugar (real ou virtual): O homem foi encontrado sob condição/tempo: Por ser exato, o amor não cabe em
os escombros. / Ficávamos quietos sob o olhar atento si. / Para passar, precisa estudar. / A persistirem os
do professor. sintomas, o médico deverá ser consultado. / Sem
Noção: Saiu do palco sob vaias. (modo) / estudar, não passará./ Sem estudar, passei. / Ao fazer
Confessaram sob tortura. (meio/modo) / Todo metal se os exercícios, preocupei-me em acertar os mais fáceis.
dilata sob a ação do calor. (causa) / Havia muitos
soldados sob seu comando. (sujeição) / Está inscrito
sob o número 10. (designação/modo) 6.1.6 A Conjunção

SOBRE Do ponto de vista semântico, a conjunção é uma


Tempo: Sobre um período de oito meses, a gramática palavra que traz embutida um sentido (ou mais de
ficou pronta. um). Do ponto de vista morfológico, a conjunção é
Lugar (real ou virtual): Viajava sobre as nuvens uma palavra que não muda de forma, portanto é
sempre que podia. / Amo a Deus sobre todas as invariável. Do ponto de vista sintático, a conjunção
coisas. não exerce função sintática alguma, mas participa

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de construções coordenadas e subordinadas, ligando – Tudo concluído enfim; podemos, pois, comemorar
normalmente termos de mesma função sintática, até o dia seguinte!
orações, períodos e parágrafos, numa relação lógica. – Ora atrapalha o professor, ora atrapalha a classe.
– Não só mudamos a perspectiva de enxergar o
Pois bem... para entendermos todas as definições de mundo mas também o mudamos.
conjunção, vamos analisar este texto: – Tanto me empenho no trabalho quanto nos estudos.
A mulher e o homem se complementam, mas essa LOCUÇÃO CONJUNTIVA
relação é (não raro) cercada de desavenças. Por isso A locução conjuntiva é formada por um grupo de
ocorrem muitas separações, resultando em vocábulos (muitas vezes terminados em que)
dificuldades emocionais, financeiras e até físicas. Não desempenhando o mesmo papel das conjunções.
obstante, o quadro não é só pessimista; muitos casais Eis algumas locuções conjuntivas: não obstante, no
conseguem viver em harmonia e com amor durante entanto, só que, por conseguinte, em vista disso, por
toda a sua vida. isso, sendo assim, assim como, com isso, pois que,
Note que os termos e, mas, Por isso, Não obstante, visto que, já que, ao passo que, para que, logo que,
e assim que, a menos que, a fim de que, à medida que...
1) apresentam, respectivamente, valores semânticos Trabalha-se muito a substituição e a equivalência entre
de adição, oposição, conclusão, oposição e adição; conjunções e locuções conjuntivas nas provas, todo
observe a relação lógica e semântica entre as partes ano.
do texto;
2) não variam de forma; CLASSIFICAÇÃO
3) ligam termos de mesma função sintática Existem dois tipos de conjunção: coordenativas (em
coordenados, orações coordenadas, períodos, princípio, ligam orações ou termos sintaticamente
parágrafos e termos de mesma função sintática independentes) e subordinativas (em princípio, ligam
coordenados. orações sintaticamente dependentes).
Para você entender isso melhor, observe estas frases
IDENTIFICAÇÃO com conjunções coordenativas:
Identifica-se uma conjunção por saber qual é a função – Em grandes livrarias, são vendidos livros, CDs e
dela na língua. Seu objetivo é conectar partes do DVDs.
texto: vocábulos, orações, períodos... Veja alguns – Um temporal está chegando, portanto fique atento!
exemplos: Note que as duas conjunções (e e portanto) têm o
– Farei exames pré e pós-operatórios. (liga prefixos) papel apenas de ligar, podendo ser retiradas das
– Paradoxalmente, Vítor está contra e a favor do novo frases, pois elas ligam partes independentes entre si.
acordo ortográfico. (liga preposição a locução Veja como ficaria possível a reescritura delas:
prepositiva) – Em grandes livrarias, são vendidos livros, CDs,
– Uma luz bruxuleante mas teimosa continuava a DVDs.
brilhar nos seus olhos. (liga vocábulos, termos de – Um temporal está chegando – fique atento!
mesma função sintática) Observe agora duas frases com conjunções
– Nós esperamos que você estude mais. (liga orações) subordinativas:
– Fale com ela assim que chegar de viagem. (liga – Não sei se tudo mudará depois das eleições.
orações) – Nunca desista da vida, embora ela esteja difícil.
– Desejo que venha comigo. E desejo ainda mais que Note que as duas conjunções (se e embora) têm a
se deixe seduzir. (liga períodos) função de ligar as duas orações seja completando,
É bom dizer desde já que muitas conjunções podem seja determinando. Logo, não podem ser retiradas das
mudar de posição na frase. Em tese, se ela liga, frases, pois elas ligam partes independentes entre si.
deveria vir no meio dos termos ou das orações, certo? Veja como ficaria “estranha” (ou, tecnicamente
Errado! Veja alguns exemplos de inversões das falando, “agramatical”) a reescritura delas:
conjunções: – Não sei tudo mudará depois das eleições. (?!)
– Podem sair; voltem às onze, porém. – Nunca desista da vida, ela esteja difícil. (?!)
– Enquanto as coisas não se resolverem por aqui,
jamais te deixarei só.  Coordenativas

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Fiquem atentos às conjunções sublinhadas! Como não Adversativas: indicam essencialmente uma ideia de
são usuais, as bancas exploram-nas para dificultar sua adversidade, oposição, contraste; também ressalva,
vida. quebra de expectativa, compensação, restrição; elas
Aditivas: exprimem ideia de soma, acréscimo, adição; realçam o conteúdo da oração que introduzem.
o e exprime outros valores. mas não obstante
e porém só que
nem... (= e não) contudo senão (= mas sim)
nem... nem todavia agora
tampouco entretanto antes
não só... mas (também)* no entanto ainda assim
não só... mas (ainda) – Não para de comer, mas nunca fica satisfeito.
não só... (bem) como – Fuja daqui, porém tome cuidado!
bem como – O filme agradou ao público, contudo não foi louvado
não só... como (também). pelos críticos.
não só... como (ainda) – Perdi todos os meus bens, todavia me alegrei com
não só... senão (também) a separação.
não só... senão (ainda) – Paixão não me faz bem, entretanto não vivo sem
tanto... quanto ela.
tanto... como – Ele está cansado, no entanto terá de trabalhar
mais (em linguagem matemática ou coloquial) amanhã cedo.
* Os parênteses indicam que tais palavras podem ou – Sorria sem pudor, não obstante se aquietava diante
não aparecer. No lugar de não só, pode aparecer não do pai.
somente ou não apenas, nas conjunções correlativas – Atendeu a todas as exigências, só que não foi
aditivas. convocado no fim do processo.
– Estudo e trabalho. – Não se dizia um professor, senão um reprodutor de
– Não estudo nem trabalho. informações.
– Nem eu nem você estudamos. – Falar de mim é fácil, agora ser como eu é difícil.
– Não estudo, tampouco trabalho. – O rapaz não estudava, antes devorava os livros.
– Não só estudo mas também trabalho. – O livro é ruim, ainda assim preciso lê-lo até o fim.
– Não apenas estudo bem como trabalho.
– Não somente estudo senão ainda trabalho. Cuidado!!!
– Tanto estudo quanto trabalho. 1) O mas pode apresentar matizes de sentido:
– Dois mais dois são quatro. Por isso, nós mais vocês – Os fariseus oprimiam o povo, mas Jesus exercia seu
formamos um quarteto. amor a eles. (contraste/contraposição)
Cuidado!!! – Amor, eu sei que eu te traí, mas saiba que eu te amo.
1) Sobre o e: Além de apresentar a ideia de adição, (compensação)
também pode ter outros valores semânticos, como – Casou-se, mas não com a primeira namorada.
adversidade (mas, porém) ou (restrição)
conclusão/consequência (portanto, por isso, então). – Foi em direção ao beijo, mas desistiu por timidez.
– Choveu intensamente, e a cidade ficou inundada. (quebra de expectativa)
(portanto, por isso – conclusão/consequência) – Outra pessoa, mas não eu, deverá cobrir a
– Cumpra suas obrigações e será recompensado. reportagem. (ressalva)
(portanto, por isso – conclusão/consequência) – Entre, mas sem fazer barulho. (realce/ressalva)
– Nós acordamos cedo, e chegamos, infelizmente,
atrasados. (mas, porém – adversidade/oposição) Alternativas: exprimem ideia de exclusão, alternativa
– Fazemos muitas dietas, e não conseguimos (opção/escolha), alternância (ação ou resultado de
emagrecer. (mas, porém – adversidade/oposição) alternar), inclusão, retificação etc.
– Depois de ontem, vou chamar-lhe e dar-lhe uma ou seja...seja
bronca (= para – finalidade) ou...ou já... já
ora...ora umas vezes... outras vezes

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quer...quer talvez... talvez – Foi pega roubando, então teve de ser despedida.
– Você quer suco ou deseja tomar refrigerante? – O mal é irremediável, em vista disso tente se
(alternativa/exclusão) conformar.
– Ou faço a festa ou pago a viagem. (sempre exclusão)
– Ora assiste à TV, ora cuida dos filhos. (sempre Explicativas: exprimem ideia de explicação,
alternância) justificativa; normalmente vêm após verbos no
– Quer estude, quer trabalhe, é bem-sucedido. imperativo.
(alternância) porque que
– Seja neste mês, seja no próximo, iremos saldar as porquanto pois (antes do verbo)
dívidas. (exclusão) – Os funcionários já chegaram, porque as luzes estão
– Já sobe nas árvores, já brinca com o cão, você nunca acesas.
para? (alternância) – Estude, que valerá a pena.
– O dinheiro umas vezes traz felicidade, outras vezes – Ela devia estar com frio, porquanto tremia.
traz desgraça. (alternância) – Come a sopa toda, pois está muito boa.
– Talvez chore, talvez ria, não saberemos.
(exclusão/alternância)  Subordinativas
Fiquem atentos às conjunções sublinhadas, pois elas
Cuidado!!! não são usuais! Por isso mesmo o “homem da banca”
1) A conjunção ou pode ter matizes de sentido: vai querer usá-las ardilosamente.
– Ou sobe, ou desce. (exclusão) Integrantes: introduzem orações subordinadas
– O Flamengo ou o Vasco continuam sendo bons substantivas; conectam uma oração incompleta a uma
times. (inclusão/adição; = e) oração que, por sua vez, vai completá-la; um antigo e
– O Brasil tem 25 estados, ou 26. (retificação; = ou válido bizu nos diz que se conseguirmos substituir uma
melhor) oração iniciada por uma das integrantes (que ou se)
– A parte da frente do navio, ou proa, está avariada. por isto/isso, tais conectivos serão conjunções
(precisão/sinonímia) subordinativas integrantes.
– Abram a porta ou todos serão repreendidos – Não sei se devo estudar mais. (“Não sei” o quê? Isto:
severamente! (exclusão-condição/ exclusão- “se devo estudar mais”.)
consequência; = senão – muitos dicionários dizem que – Verifiquei se faltava água aqui. (“Verifiquei” o quê?
“senão” é conjunção alternativa neste caso) Isto: “se faltava água aqui”.)
– Eu o informei de que a prova será amanhã. (“Eu o
Conclusivas: exprimem ideia de conclusão ou informei” de quê? Disto: “de que a prova será
consequência. amanhã”.)
logo pois – Percebe-se que ela é uma boa aluna. (O que “se
portanto por conseguinte percebe”? Isto: “que ela é uma boa aluna”.)
por isso então
assim em vista disso Vejamos as conjunções subordinativas adverbiais.
– Preciso sair depressa, logo me ligue mais tarde. São chamadas assim porque introduzem orações
– A adoção nunca deixará de ser um gesto nobre. subordinadas adverbiais.
Portanto, abracemos a causa!
– Ele não passou no concurso dessa vez, por isso terá Causais: exprimem a causa, a razão de um efeito.
de conciliar o estudo com o trabalho. porque dado que
– Você não pode engordar, assim evite comer de uma que visto que
em uma hora. porquanto visto como
– Você cumpriu sua palavra; terá, pois, sua pois já que
recompensa. (= portanto; vem separada por vírgula(s), uma vez que sendo que
depois do verbo ou no fim da frase: Ele te protege; sê- pois que (uso mais literário) na medida em que
lhe grato, pois. (José Oiticica)) como (= visto que; só no início da oração)
– Ele não fez boa redação, por conseguinte foi
desclassificado.

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– Nós brigamos não apenas porque temos – Gosto de cinema tal e qual teatro. (comparativo de
personalidades diferentes mas também porque não igualdade)
nos amamos mais. – Corria qual um touro. (comparativo de igualdade)
– Se não nos amamos mais, é porque nunca abrimos – É excelente esportista, tal como o irmão.
concessões. (comparativo de igualdade)
– Não é porque eu não te amo que eu vou me separar – Viva o dia de hoje como se fosse o último.
de você. (comparativo de igualdade)
– Porque eu te amo intensamente, muitas pessoas – Casa é mais confortável do que apartamento.
sentem ciúmes de nós. (comparativo de superioridade)
– Nunca mataria ninguém, que não é de sua índole. – Apartamento é menos confortável que casa.
– Não almoçou porquanto não tinha fome. (comparativo de inferioridade)
– A menina não comprou o vestido, pois era muito – Este apartamento é maior que aquela casa.
caro. (comparativo de superioridade)
– Como estudamos/estudássemos dia e noite, – Esta casa é menor do que aquele apartamento.
alcançamos o êxito. (o verbo após o como causal pode (comparativo de superioridade)
ficar no indicativo ou, menos usualmente, no pretérito – Tu sempre serás melhor que minha ex-esposa.
imperfeito do subjuntivo) (comparativo de superioridade)
– Preciso amar-te, pois que sem ti nada sou. – Ela sempre será pior pessoa que você. (comparativo
– Dado que a metade da população vive na pobreza, de superioridade)
precisamos ajudar. – A programação da TV aberta é tão interessante
– Não participarei da aula, visto que não gosto deste como/quanto a da TV a cabo.
professor. (comparativo de igualdade)
– Visto como não podia entrar na prefeitura, fez um – Nenhum atleta treinou tanto ao longo da vida como
protesto. o Ricardo. (comparativo de igualdade)
– Já que lhe ficou proibida a participação, teve de se – Acho-o submisso como um cão. (comparativo de
resignar. igualdade)
– Ele deixou de estudar uma vez que teve de começar – Assim como chegou, partiu: em silêncio.
a trabalhar. (comparativo de igualdade)
– Na medida em que não conseguiu resolver a prova,
ficou bem nervoso. Concessivas: exprimem contrariedade, ressalva,
– Sendo que a classe política perde credibilidade a oposição a uma ideia sem invalidá-la.
cada dia, aumenta a tendência do voto nulo nas embora se bem que
eleições deste ano. malgrado posto que
conquanto nem que
Comparativas: exprimem comparação, analogia, ainda que/quando apesar de que
tanto qualitativamente como quantitativamente. mesmo que em que (pese)¹
tal qual (tão)... como/quanto por (mais, menos, melhor, pior, maior, menor, muito)
tal e qual tanto... como que (indica grau)
qual como – Embora viaje o mundo inteiro, nunca conhecerá sua
tal como assim como terra profundamente.
como se – Malgrado haja problemas em casa, não os leve para
*(mais, menos, maior, menor, melhor, pior)... (do) o trabalho.
que – Conquanto eu trabalhe, nunca paro de estudar.
* As conjunções comparativas em si são as que não – Ainda que/quando ela faça tudo por você, não se
estão entre parênteses; os termos entre cansa em rejeitá-la, não é?
parênteses só participam da correlação. Outra coisa: – Conseguiu chegar ao cume do morro, mesmo que
lembre-se de que do é facultativo antes se sentisse fraco.
do que. – Nunca iremos esmorecer, em que pese a falta de
– Os homens, tal qual as mulheres, são sentimentais. incentivo deles.
(comparativo de igualdade)

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– O comportamento da turma é satisfatório, se bem tamanho... que de modo que


que alguns alunos continuem a perturbar as aulas. tal... que de maneira que
– A taça foi para outros, posto que se achassem de tal modo/maneira... que de forma que
capazes para ganhar o campeonato. a tal ponto... que
– Iremos ao jogo, nem que caia um temporal. * As locuções de sorte que, de modo que, de maneira
– Tornou-se um ótimo professor, apesar de que seu que, de forma que são sinônimas.
carisma não fosse grande. – Meu filho é tão inteligente que passou em 1o lugar
– Por mais que o tempo mude, não mudarão seus no ITA.
planos para hoje. – Estudei tanto o famigerado Português que acabei
– Não desista, por pior que esteja sua vida! tendo uma estafa.
– Por muito que chamasse sua atenção, não era – Tamanha foi a sua coragem que pulou no mar em
possível ser notado. ressaca.
– Tal foi sua postura antes da prova que conseguiu um
Condicionais: exprimem condição, hipótese. bom resultado.
se desde que (seguido de subjuntivo) – Sua apresentação aconteceu de tal modo que todos
caso a menos que não paravam de rir.
contanto que a não ser que – Ambos ligaram-se a tal ponto ao longo da amizade
exceto se sem que (= se não) que pareciam o mesmo ser.
salvo se uma vez que (seguido de subjuntivo) – Eles não se prepararam para a competição, tanto
– Se tu parares de estudar, precisarás trabalhar. assim que ficaram em último lugar.
– Caso eu fizesse suas vontades, certamente mudaria – Não gostava de estudar, mas queria se estabilizar na
seu jeito comigo. vida, de sorte que começou a investir nos livros.
– O mundo mudará contanto que as pessoas mudem.
– Os produtos daqui não poderão ser exportados, Finais: exprimem finalidade, objetivo, intuito,
exceto se houver prévio acordo. propósito, fim.
– Salvo se meu livro não for publicado por uma grande para que
editora, publicá-lo-ei independentemente. a fim de que
– Desde que você estude, obterá êxito. porque (= para que; não usual)
– Ele chegará até nós, a menos que você o impeça! de modo/maneira/forma/sorte que (= para que; não
– Estude, a não ser que pretenda trabalhar. usual)
– Sem que se aproxime do diretor, não conseguirá – Estou estudando para que eu melhore a vida.
ascender na empresa. – A fim de que as pessoas se amem de verdade, é
– Uma vez que você aceite a proposta, assinaremos o preciso incluir Deus na vida.
documento. – Ore porque não caia em tentação.
– Viaja sempre à janela do ônibus de maneira que
Conformativas: exprimem acordo, maneira, pegue uma brisa.
conformidade.
conforme consoante (não usual) Proporcionais: exprimem proporcionalidade,
segundo como (= conforme) simultaneidade, concomitância.
– Você enfim agiu conforme nós acordamos. à proporção que
– Consoante falamos, dedique-se ao estudo. à medida que
– Segundo havíamos combinado, você inicia o curso ao passo que
amanhã. quanto mais/menos/menor/maior/melhor/pior...*
– Como se pode ver, é impossível tirar o cinturão deste (tanto) mais/menos/menor/maior/melhor/pior
lutador. * As locuções conjuntivas iniciadas por quanto (quanto
mais, quanto menos...) estão em correlação com as
Consecutivas: exprimem resultado, efeito, expressões que as seguem (tanto mais, tanto
consequência. menos...).
tão... que tanto assim... que – A temperatura sobe à proporção que o verão se
tanto... que de sorte que* aproxima.

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– O meio ambiente sofre à medida que a população – Desde que essas explicações chegaram à minha
ignora os impactos do progresso. vida, nunca mais fui o mesmo estudante.
– Ao passo que estudava o assunto, mais dúvidas lhe
apareciam.
– Quanto mais conheço os homens, mais estimo 6.1.7 A Interjeição
meus cachorros.
– Quanto mais estudo Matemática, menos a entendo. Do ponto de vista semântico, a interjeição pode
(inversamente proporcional) apresentar muitos valores. Basicamente a interjeição
– Quanto menos esforço fizer, tanto melhor será. exprime determinados estados emocionais,
– Quanto maior é o tamanho, pior é a queda. sensações ou estados de espírito do falante. Como as
– Quanto melhor for seu tempo, mais chance terá de conjunções, as interjeições podem ser classificadas de
se classificar. acordo com a expressividade ou o sentimento que
traduzem. Do ponto de vista morfológico, a
Temporais: exprimem tempo. interjeição é uma palavra que não muda de forma,
quando assim que portanto é invariável. Do ponto de vista sintático, a
enquanto agora que interjeição não exerce função sintática alguma.
mal (= logo que) todas as vezes que Pois bem... para entendermos todas as definições de
cada vez que depois que interjeição, vamos analisar este poema:
INTERJEIÇÃO
ao mesmo tempo que antes que Ah! Lá vem ela bela
Oh! Ri meu coração de satisfação
sempre que até que Olá! Dizem meus lábios a ela
logo que Olé! Diz a presença a solidão.
primeiro que (= antes que; não usual)
apenas (= logo que; não usual) Avante! Avante! Coragem! Coragem!
desde que (verbo no indicativo) Cala meu medo, fala meu coração
– Quando respeitamos nossos pais, isso nos identifica Viva! Que maravilha de paisagem
como pessoas de honra. Psiu! É ela chamando minha atenção.
– No início do século passado, as mulheres ficavam Chi! Tomou-me paixão
em casa, enquanto os homens ficavam na rua. Pudera! Estava diante de meu desejo
– Mal entrei em sala, começaram os aplausos! Silêncio! Era demais a emoção
– Ela me reconheceu apenas apertei sua mão. Bis! Acabara de receber um beijo.
– Depois que a sala de cinema ficou lotada, ninguém
quis sair de lá. Te amo, disse sua boca
– Antes que o mundo acabe, quero marcar meu nome Não resisti à vontade louca
na história. Gritei alto: ooooooooooooooba!
– Ficas excitada sempre que Augusto te olhas? (Karl Marx Valentim Santos)
– Logo que os índios viram os portugueses, 1) Note que os vocábulos destacados são interjeições,
assustaram-se. pois apresentam, respectivamente, valores
– Assim que você acordar, peço que me ligue, semânticos de admiração/alegria, admiração/desejo,
urgentemente. saudação/chamamento, satisfação, encorajamento
– Agora que vocês chegaram, podemos ir. (todas as palavras do 5o verso), alegria, chamamento,
– Todas as vezes que dançam bolero, os velhinhos espanto/surpresa, expectativa, ordem, pedido,
sentem-se realizados. alegria/excitação;
– Cada vez que a Lua completa uma volta no céu, o 2) não variam de forma (oba variou de forma por
Sol muda de signo. razões estilísticas, uma vez que se trata de um
– Come ao mesmo tempo que lê. poema);
– Primeiro que falecesse, deixou um legado. 3) não exercem função sintática alguma, exceto
– Até que se cumpram suas palavras, continuarei “ooooooooooooooba!”, que, por servir de
confiando em ti. complemento do verbo gritar, se torna um substantivo.

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• Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!,


IDENTIFICAÇÃO vamos!, eia!
A interjeição é facilmente identificada porque é uma • Aprovação: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
palavra seguida de ponto de exclamação (!). E, • Admiração: ah!, chi!, xi!, ih!, oh!, uh!, uf!, ué!, puxa!,
ainda que isso não ocorra, a entonação sempre uau!, caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!,
indicará um sentimento expresso por ela. horra!, nossa!
– Meu Deus! é um anjo aquela menina!* • Agradecimento: graças a Deus!, obrigado!,
– Ah, mulheres fúteis, quando ireis mudar vossa obrigada!, agradecido!
postura? • Aprovação, concordância: ok!
– Ih... elas não vão sequer te cumprimentar. • Chamamento, invocação: alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!,
* Obs.: Depois de interjeição seguida de exclamação socorro!, oi!, ei!, eh!, ô!
numa frase igualmente exclamativa, usa-se letra • Desculpa: perdão!
minúscula após o ponto. Qualquer palavra proferida • Desejo: oh!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem
em tom exclamativo, como substantivo, adjetivo, me dera!, oxalá!
pronome, verbo e advérbio, pode-se tornar uma • Despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
interjeição: • Dor ou prazer: ai!, ui!, au!
– Cuidado!, Atenção!, Silêncio!, Rua!, Céus!, • Dúvida: hum?, hein?, hem?, hã?
Misericórdia! etc. • Desapontamento, desprezo: puxa!, aff!
– Boa!, Bravo!, Coitado!, Ótimo!, Grato! etc. • Espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!,
– Nossa!, Isso!, Qual! etc. caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, vixi!, terremoto!,
barbaridade!, meu Deus!, menino Jesus!, Jesus!
LOCUÇÃO INTERJETIVA • Estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!,
Assim como todas as locuções, a locução interjetiva firme!, força!, upa!
é uma expressão que vale por uma interjeição. Veja • Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
algumas: • Medo: credo!, cruzes! uh!, ui!, socorro!
Meu Deus!, Meu Deus do céu!, Santo Deus!, Jesus • Ordem: silêncio!, alto!, basta!, chega!, quietos!, rua!
Cristo!, Nossa Senhora!, Valha-me Deus!, Pelo amor • Saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
de Deus!, Virgem Maria!, Nossa mãe!, Graças a Deus!, alô!, oi!
Eita-ferro!, Ora bolas!, Bom dia!, Vapt-vupt!, Vuco- • Saudade: ah!, oh!
vuco!, Macacos me mordam!, Pelas barbas do profeta!, • Silêncio, ordem: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem
Raios te partam!, Cruz-credo!, Puxa-vida!, Muito bem!, demorado), psit!
Alto lá!, Ai de mim!, Ó de casa!, Ô de casa!, Muito • Surpresa: puxa!, nossa!, ué!, putz!, ai!, ui!, meu
obrigado!, Que bom!, Pobre de mim!, Que droga!, Que Jesus!, meu Deus!, caramba!, pô!, cacete!, uau!
horror!, Credo em • Suspensão: alto!, alto lá!
cruz!, Com todos os diabos!, Que diabos!, Quem dera! • Terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!,
etc. fogo!, barbaridade!

CLASSIFICAÇÃO
A classificação de uma interjeição se dá por seu valor 6.1.8 Advérbio
semântico no contexto. Na fala, a entonação “diz tudo”. É um modificador ou ampliador de sentido de certos
• Aplauso, louvação: bis!, bem!, bravo!, viva!, fiufiu!, vocábulos ou estruturas e, nessa relação, pode indicar
hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns! algumas circunstâncias (ou valores semânticos), como
• Afugentamento: arreda!, fora!, passa!, sai!, roda!, afirmação, acréscimo, negação, modo, lugar,
rua!, toca!, xô!, xô pra lá! tempo, dúvida, intensidade, causa, concessão,
• Advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, conformidade, finalidade, condição, meio,
fogo! instrumento, assunto, companhia, preço, ordem
• Alegria: oba!, eba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh!, gol!, que etc.
bom!, iupi!, irra!
• Apelo, invocação: alô!, olá!, ó! O advérbio não se flexiona em gênero nem em
• Alívio: ufa!, uh!, ah!, ainda bem!, arre! número, por isso é chamado de palavra invariável.

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No entanto, o que mais vemos no dia a dia são as 1) apresenta uma circunstância (valor semântico) de
pessoas falando e escrevendo: tempo;
– A menina está meia chateada. 2) é invariável: não existe sempres ou sempra, por
– A filha sempre foi menas paciente que a mãe. exemplo;
– Ela está toda preocupada. 3) funciona como adjunto adverbial do verbo ajudar.
– Os policiais devem se manter alertas o tempo todo.
Baseando-nos na visão ortodoxa, que é a que mais Identificação e Particularidades
tem adeptos, o advérbio está sempre invariável, logo Identificamos que um advérbio é um advérbio
as frases acima deveriam ser construídas assim: basicamente pela sua relação com outros vocábulos,
– A menina está meio chateada. como verbos, adjetivos ou advérbios, normalmente.
– A filha sempre foi menos paciente que a mãe. Por exemplo, jamais diríamos que o vocábulo que é um
– Ela está todo preocupada. pronome ou uma conjunção na frase abaixo:
– Os policiais devem se manter alerta o tempo todo. – Que tolo você é por ter acreditado nas palavras de
As duas últimas soam estranho, não é? Deixa quieto... uma pessoa nitidamente volúvel.
Do ponto de vista sintático, tradicionalmente falando, Percebe que o vocábulo que está ligado ao adjetivo
o advérbio se refere a um verbo, a um adjetivo (ou tolo? Aí eu pergunto: Que palavra modifica um
locução adjetiva), a outro advérbio (ou locução adjetivo? Só conheço uma: ad-vér-bio. Logo, esse que
adverbial) ou a uma oração inteira, exercendo apenas é um advérbio de intensidade, equivalendo a “quão”.
uma função sintática na frase: adjunto adverbial. Sobre Advérbios Terminados em -mente
– Sempre acordou cedo. (modifica o verbo) É bom dizer que os advérbios terminados em -mente
– Continuo bastante disposto. (modifica o adjetivo) são derivados de adjetivos (normalmente femininos),
– Arrematou-se num leilão um carro muito fora de cujos acentos gráficos “caem” nesse processo, pois as
moda. (modifica a locução adjetiva) sílabas tônicas mudam de posição com o acréscimo do
– Dormiram mais tarde, porque não treinariam sufixo. Outra coisa: nem todos os advérbios
amanhã. (modifica o advérbio) terminados em -mente são de modo.
– Ninguém esperava que ele surgisse tão de repente. – Primeiramente, pretendo falar de advérbio. (ordem,
(modifica a locução adverbial) sequência, segundo Celso Cunha)
– Semestralmente fazemos concursos. (modifica a – Faço provas bimestralmente. (tempo)
oração inteira; normalmente os advérbios terminados – Ele provavelmente não retornará. (dúvida)
em -mente, iniciando uma oração, incidem sobre toda – Tomei uma cerveja estupidamente gelada.
ela)* (intensidade)
Tradicionalmente falando, os gramáticos dizem que – Certamente o Brasil será um país desenvolvido.
advérbios que modificam adjetivos ou outros advérbios (afirmação)
são sempre de intensidade. E é assim que costuma O advérbio absolutamente pode ser de intensidade,
cair em prova! de afirmação ou de negação, segundo Napoleão M. de
– Sou razoavelmente discreto. Almeida. Estes dois últimos podem ser reforçados
– Continuas muito arisca, menina! pelos advérbios “sim” e “não”:
No entanto, estudos modernos dizem que isso não – Estou absolutamente melancólico hoje.
procede: (intensidade)
– Tenho cabelos quimicamente tratados. (modo) – “Vai à praia hoje?” “Absolutamente (não)! Odeio
– Não raramente estudo Português. (negação) mar, areia...” (negação)
– Ainda existem muitas doenças sexualmente – “Vai à praia hoje?” “Absolutamente (sim)! Amo mar,
transmissíveis. (meio) areia...” (afirmação)
Aparecendo vários advérbios na frase terminados em
Para entendermos bem todas estas definições de -mente, prefere-se, por concisão, que só o último
advérbio, vamos analisar por último esta frase: receba o sufixo, no entanto, quando se quer dar ênfase
Os amigos das horas certas sempre ajudam os à sentença, a repetição do sufixo não gera incorreção
amigos das horas incertas. gramatical nem mudança do sentido:
Note que a palavra sempre – O Brasil cresceu econômica, política e
administrativamente.

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– O Brasil cresceu economicamente, politicamente entrementes (enquanto isso), hoje, jamais, nunca,
e administrativamente. sempre, outrora (em tempos passados), tarde, já,
Note que, apesar de os advérbios “econômica” e mais, doravante (de agora em diante), logo, embora,
“política” aparentarem forma feminina (semelhante a quando, anteontem, breve, então...
adjetivos), não há variação em gênero – o sufixo está Locuções adverbiais: ao vivo, à noite, à tarde, de dia,
implícito. Lembre-se de que o sufixo -mente forma de manhã, pela madrugada, em breve, de tempos em
advérbios derivados de adjetivos, normalmente tempos, de vez em quando, um dia, certa vez, esta
femininos. Ok? semana, no entretanto...
Terminados em -mente: atualmente, constantemente,
imediatamente, provisoriamente, sucessivamente,
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS eventualmente, concomitantemente,
Afirmação esporadicamente, oportunamente, terminantemente (=
Advérbios: sim, decerto, certo, mesmo, deveras... de vez), normalmente/geralmente (frequência),
Locuções adverbiais: com efeito, sem dúvida (alguma), temporariamente, provisoriamente, transitoriamente,
com certeza, na realidade, de fato, por certo... semestralmente, bimestralmente, semanalmente,
Terminados em -mente: certamente, positivamente, finalmente...
fatalmente, indubitavelmente, efetivamente,
incontestavelmente, indiscutivelmente, Lugar
verdadeiramente, realmente, seguramente... Advérbios: aqui, cá, ali, aí, lá, acolá, abaixo, acima,
adentro, adiante, avante, afora, além, aquém, algures
Negação (em algum lugar), alhures (em outro lugar), nenhures
Advérbios: não, tampouco (= também não; carrega (em nenhum lugar), atrás, fora, dentro, embaixo, longe,
uma ideia de inclusão + negação), nem, sequer... perto, detrás, defronte...
Locuções adverbiais: de modo algum, de maneira Locuções Adverbiais: em domicílio (com verbos ou
alguma, de forma alguma, de modo nenhum, por nada, nomes estáticos), a domicílio (com verbos ou nomes
de nada, em hipótese alguma... dinâmicos), de longe, de perto, por detrás, por perto, à
Terminados em -mente: absolutamente. direita, à esquerda, ao lado, de dentro, à distância,
Modo entre a cruz e a espada...
Advérbios: assim, bem, mal, tal, como, depressa, Terminados em -mente: externamente, internamente,
devagar, adrede (de propósito, intencionalmente), interiormente, proximamente, lateralmente...
debalde (inutilmente, em vão), outrossim (do mesmo
modo, igualmente; dá ideia de acréscimo ou inclusão, Dúvida
equivalendo a “também”), melhor, pior, alerta, máxime Advérbios: acaso, porventura, talvez, quiçá...
(especialmente, principalmente)... Locuções adverbiais: por ventura, por acaso (Celso
Locuções adverbiais: com acinte, de propósito, à toa Cunha coloca ‘por acaso’ entre as de modo)...
(também pode ser locução adjetiva), à vontade, ao Terminados em -mente: possivelmente,
contrário, com amor, de cor, em vão, gota a gota, por provavelmente, supostamente...
acaso, alto e bom som, grosso modo, a torto e a direito, Intensidade
aos trancos e barrancos, a olhos vistos, a esmo, à Advérbios: assaz, bastante, demais, mais, meio, todo,
francesa, pouco a pouco, a pé, a cavalo... (há uma menos, nada, muito, tão, tanto, quanto, quão, quase,
infinidade delas) algo, pouco, sobremodo, sobremaneira, que, como...
Terminados em -mente: talqualmente, Locuções adverbiais: de todo, de muito, de pouco,
deliberadamente, bondosamente, generosamente, em excesso, por completo...
cuidadosamente, paulatinamente, gradualmente, Terminados em -mente: demasiadamente,
igualmente, especialmente e muitos outros terminados completamente, totalmente, extremamente, altamente,
em -mente... obviamente, absolutamente (a maioria dos advérbios
modificadores de outros advérbios e adjetivos são de
Tempo intensidade).
Advérbios: afinal, agora, amanhã, amiúde
(frequentemente), antes, ontem, cedo, depois, enfim, Causa

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– De tanto amor aos homens, Jesus deu sua vida. – A respeito dos problemas educacionais do país,
– Ele estuda por necessidade. nada tendo a dizer.
– O homem suava com aquele calor carioca. – Todos os brasileiros se arvoram na posição máxima
– Graças ao sotaque nordestino, pude reconhecê-lo. de falar de futebol.
– Nada disse acerca de seus planos.
Concessão– Ele sempre chega, apesar do trânsito.
– A despeito dos problemas, tivemos êxito. Companhia
– Não obstante seu hercúleo esforço, o fim foi – Contigo eu vou a qualquer lugar, mas com quem
trágico. você vai preferir jantar hoje?
– Mesmo moribundo, teve seu último desejo – Passeei à noite com minha namorada pelo parque.
realizado. – O Presidente terá de viajar sem seus ministros.
– Com ou sem você, preciso prosseguir em minha
Conformidade jornada.
– Segundo a moda atual, devemos nos vestir
livremente. Preço
– Faça tudo conforme os regulamentos. – Só vendo minha honra por novecentos octilhões
– Consoante a dica do professor, devemos decorar de dólares.
apenas a matéria da prova. – Meu carro não custou caro.
– Em conformidade com o dito, nada mais tenho a – Paguei barato por aquele relógio.
acrescentar. – Aqui você compra três por um real.

Finalidade Quantidade
– Ele viajou a negócios. – Meu time nunca perdeu por três a zero.
– Só estudo por uma boa nota. – Foi reduzida a quatro por cento a taxa sobre o valor
– Para a alegria da nação rubro-negra, o camisa dez dos prédios.
decidiu ficar. – O salário deve aumentar entre dois e cinco reais.
– Esta menina só estuda a fim do primeiro lugar. – Foram desafiados triplamente pelos americanos,
mas não cederam.
Condição
– Na dúvida, não ultrapasse. Referência
– Sem educação, não há progresso. – Comigo as broncas são sempre intensas.
– Só entrará com autorização. (Bechara) – Com sua esposa, aconteceu tudo diferente?
– Nunca fui bom aluno em Matemática.
Meio – Quanto a meu projeto, vai indo muito bem.
– Já viajei muito de trem quando eu trabalhava em
Nova Iguaçu. Ordem
– Por meio da pesquisa, novos resultados foram – Meu aluno se classificou em segundo lugar.
alcançados. – Primeiro, queremos dizer a todos que vamos viajar.
– Prefiro ir de ônibus a pegar avião. – Em terceiro lugar, o esporte é igualmente
– Com o sangue de Jesus, os cristãos têm acesso ao importante para a socialização.
reino dos céus. – Por último, só tenho a desejar o melhor a todos
vocês.
Instrumento
– Cortei o pão com a faca. Medida
– Escrevi quinhentas páginas a caneta. – O homem mede dois metros.
– Machucou-se com o martelo. – Nossa empresa cava poços até vinte metros.
– Fomos expulsos a pedrada. – O atleta percorreu dez quilômetros.
– Aqui você come por quilo.
Assunto
– Ele só fala sobre política. Peso

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– O homem pesa cem quilos.


– A criança pesa cerca de vinte quilos.
– Sobrecarregamos em trinta quilos o elevador.
– Um avião comercial, que deve pesar em torno de VARIAÇÃO EM GRAU
uma tonelada, voa com facilidade. O advérbio é intensificado (grau) por outro advérbio ou
por um afixo. São dois tipos: o comparativo e o
Matéria superlativo.
– Uma espécie de vinho foi feito com maçã. O comparativo pode ser de:
– Fabricamos com plástico esses copos. • Igualdade: Aquela menina escreve tão depressa
– Esta mesa é feita de mármore. quanto/como eu.
– Casas litorâneas vêm sendo construídas, por incrível • Superioridade: Aquela menina escreve mais
que pareça, de bambus. depressa (do) que eu.
• Inferioridade: Aquela menina escreve menos
Proporção depressa (do) que eu.
– A novela está para o Brasil assim como o cinema Obs.: Os advérbios bem e mal, no grau comparativo
está para os Estados Unidos. de superioridade, ficam melhor e pior:
Reciprocidade Aquela menina escreve melhor/pior do que eu.
– Entre mim e ti sempre houve amor.
O grau superlativo pode ser apenas absoluto
Substituição (sintético ou analítico):
– Tive de assinar o recibo pelo chefe, porque ele não • Sintético (uso de sufixo -íssimo ou -issimamente):
estava presente. Ex.: Ele estava muitíssimo bêbado. / Ele acordou
– João compareceu à solenidade em lugar de Maria. apressadissimamente.
– Abandonou suas convicções por privilégios. • Analítico (uso de advérbio de intensidade
– Não compre gato por lebre. modificando outro advérbio, sem sufixo):
Ex.: Eu corri muito bem naquela prova. / Ela corre
Favor bem mal.
– Por obséquio, saia daqui!
– Agora o advogado vai falar pelo réu. Cuidado!!!
– Sempre trabalhamos em favor do povo. 1) Os advérbios bem e mal, no grau superlativo
– Acordo cedo todos os dias em prol do meu ideal. absoluto sintético, viram ótimo e péssimo: Eu corri
ótimo/otimamente naquela prova. / Ela corre
Exclusão péssimo/pessimamente.
– Todos os alunos saíram para o intervalo, exceto
Mário.
– Dedica-se exclusivamente à música. 6.1.9 O Artigo
– Afora essa questão, concordamos em tudo.
– Só responderemos a uma pergunta. É a palavra variável em gênero e número que
precede um substantivo, determinando-o de modo
Inclusão preciso (artigo definido – o, a, os, as) ou vago (artigo
– Tu, que és pai, és amigo também. indefinido – um, uma, uns, umas). Os definidos se
– Até tu Brutus? Por que me trais? antepõem ao substantivo para indicar, normalmente,
– Preencha todos os seus dados, inclusive telefone. que se trata de um ser já conhecido pelo falante e pelo
– Ela não gosta de estudar, de mais a mais não é ouvinte, individualizando-o (a escola). Os indefinidos
afeita ao trabalho. se antepõem ao substantivo para indicar,
normalmente, que se trata de um ser desconhecido,
Consequência/Conclusão indeterminando-o ou generalizando-o (uma escola).
– O consumo aumentou e,
consequentemente/conseguintemente, a produção Vale dizer também que os artigos se combinam ou
e as vendas subiram. se contraem com certas preposições: a, de, em e

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por, resultando em: ao/aos, à/às*, do/dos, da/das, – A pesquisa não se refere a mulher casada, a homem
dum/duns, duma/dumas, no/nos, na/nas, num/nuns, casado, mas tão somente a solteiros. (qualquer mulher
numa/numas, pelo/pelos, pela/pelas. A contração de casada, qualquer homem casado; o a é só uma
preposição com artigo indefinido não é uma preposição)
incorreção, como se diz. Pode-se dizer corretamente
“Morou em um lugar perigoso” ou “Morou num lugar O artigo é usado antes de horas, em expressões
perigoso”. adverbiais de tempo:
* A fusão da preposição a com o artigo a(s), resultando – Os pescadores não devem pescar ao meio-dia, por
em à(s), se chama crase. É um termo que funciona causa do sol; a melhor pesca começa a partir das seis
sempre como adjunto adnominal. horas da manhã.
Obs.: Se a expressão de horas não tem valor
Para entendermos bem todas as definições de artigo, adverbial, o artigo é dispensado: “Já é meio dia e
vamos analisar por último esta frase: meia”.
Os leitores desta Gramática sabem que ela não é uma
gramática... é A Gramática. O artigo só é usado antes da palavra “casa” quando
Note que ela vem especificada por um adjetivo, locução adjetiva
1) o primeiro vocábulo individualiza o substantivo ou oração adjetiva; quando significa estabelecimento
leitores, o segundo apresenta tom depreciativo sobre comercial, também há artigo.
o substantivo gramática, o terceiro determina, com tom – Enfim conseguimos visitar a linda casa do bairro da
apreciativo e qualificador o substantivo Gramática; qual todos falaram.
2) variaram de forma, em gênero e número: “Os – Eles finalmente arrumaram o restaurante. A casa
leitores... uma gramática... A Gramática”; ficou linda e será um sucesso.
3) são adjuntos adnominais. Obs.: Se a palavra casa não vier especificada ou tiver
IDENTIFICAÇÃO sentido vago, genérico, o artigo é dispensado:
Identificar um artigo é tarefa aparentemente boba, o “Chegamos a casa eu e ela por volta das sete horas da
problema é que ele pode ser confundido com 1) noite.” (o a é só uma preposição exigida pelo verbo
pronome oblíquo átono, 2) pronome demonstrativo, 3) chegar); “Costumo morar em casa alugada”; “Sempre
preposição e 4) numeral. Uma coisa é certa: o artigo me
vem antes do substantivo. Ponto pacífico! chamam para ir a casas noturnas, mas sou um pai de
Normalmente o artigo vem antes do substantivo e família, ora!” (o a é só uma preposição exigida pelo
normalmente torna qualquer classe gramatical um verbo ir). Só de curiosidade: a presença do artigo na
substantivo. expressão
– O brasileiro é, antes de tudo, um forte! (O adjetivo foi “dona de casa” torna o sentido e a classificação
substantivado.) morfológica diferente: a dona de casa
– Estou entre o sim e o não. (Os advérbios foram (profissão/locução substantiva), a dona da casa
substantivados.) (proprietária/subst.)
– O professor perguntou ao aluno: “Na frase ‘A língua
é coisa muito complexa’, o a da frase é um artigo?” (O O artigo só vem antes da palavra “terra” se ela não
artigo foi substantivado.) estiver em oposição a bordo, se vier especificada ou
– O Aí eu vou pra galeeeeeera! é um bordão se referir ao planeta:
inesquecível. (A frase foi substantivada.) – Da terra vieste, à (a + a) terra voltarás. (A palavra
terra não está em oposição a bordo.)
– Depois que os navegantes retornaram a terra, cada
3.2. EMPREGOS MAIS COBRADOS EM PROVA um foi para a terra natal matar a saudade de todos os
O artigo é dispensado quando atribui um sentido parentes. (O primeiro a é só uma preposição exigida
genérico ao substantivo, mesmo quando este é pelo verbo retornar; o segundo a é um artigo, pois a
especificado: palavra terra vem especificada pelo adjetivo natal.)
– Certos membros religiosos não vão a festas. – Os astronautas chegaram à (a+a) Terra hoje de
(qualquer tipo de festa; o a é só uma preposição) manhã.

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Diante de nome de pessoas, só se usa artigo para O numeral indica, essencialmente, quantidade
indicar afetividade, familiaridade, intimidade: absoluta (cardinal), quantidade fracionária
– Mandei uma carta a Fernando Henrique, na época (fracionário), quantidade multiplicativa
em que ele era presidente. (multiplicativo) e ordem, sequência, posição
– Os Portinaris tornam minha casa ainda mais chique. (ordinal), de coisas ou pessoas. É uma classe
– O João é uma ótima pessoa. normalmente variável em gênero e número.

O artigo é usado antes de alguns topônimos Para entendermos bem todas as definições de
(nomes de lugares: países, regiões, continentes, numeral, vamos analisar por último esta frase:
montanhas, vulcões, desertos, constelações, rios, Uma cerveja é pouco, duas é bom, três é... bom
lagos, oceanos, mares e grupos de ilhas), mas não é demais!
usado antes de outros. Como existem milhões de Note que os vocábulos Uma, duas e três
topônimos, não é possível colocá-los todos aqui. Por - indicam quantidade absoluta, logo são cardinais;
isso, vai aqui uma dica para identificar quando se usa - variaram (os dois primeiros) de forma: “Uma cerveja...
ou não o artigo antes de algum topônimo: crie uma duas é bom...”; o primeiro numeral é adjetivo, pois
frase como esta: Gosto muito de ______. Faça um acompanha um substantivo e os demais são numerais
teste. Coloque os topônimos na lacuna. I) Se puder ser substantivos, pois substituem um substantivo
usado artigo antes do topônimo, maravilha! II) Não se (cerveja);
esqueça de um detalhe: se o topônimo vier - funcionam como adjunto adnominal (o primeiro) e
especificado, o artigo antes dele é obrigatório. III) Vale como sujeitos (o segundo e o terceiro).
dizer que o artigo é facultativo antes destes topônimos:
África, Ásia, Europa, Espanha, França, Holanda,
Inglaterra, Escócia, Recife, Alagoas. CLASSIFICAÇÃO
I: Gosto muito do Cairo, do Rio de Janeiro, da Bahia, Nossos numerais são de origem árabe, por isso são
do Porto, do Brasil, de Portugal, de Paris, de São algarismos arábicos. Há também os algarismos
Paulo, de Copacabana, enfim... sou muito viajado. romanos. Veja alguns correspondentes:
II: Minha esposa só retornou ao Portugal dos avós dela Arábicos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15,
depois de 20 anos. 16, 17, 18, 19, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 200,
III: (O) Recife é um lugar extremamente aconchegante 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900, 1000.
e caloroso. Romanos: I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII,
Obs.: Não se usa artigo antes de nomes de planetas e XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXX, XL, L, LX, LXX,
estrelas: Urano, Plutão, Sírius, Canópus, Mercúrio etc. LXXX, XC, C, CC, CCC, CD, D, DC, DCC, DCCC, CM,
Exceções: a Terra e o Sol. M.
Cardinal: É o numeral que indica a quantidade de
seres.
3.3. EMPREGO DOS ARTIGOS INDEFINIDOS Ordinal: É o numeral que indica a ordem de sucessão,
Só para relembrar, os artigos indefinidos são um, uns, a posição ocupada por um ser numa determinada
uma, umas. Servem para indicar desconhecimento série.
ou generalização, basicamente: Multiplicativo: É o numeral que indica a multiplicação
– Uma paciente sua passou aqui hoje de manhã, de seres.
doutora. Fracionário: É o numeral que indica divisão, fração.

Revelam quantidade aproximada, ênfase,


depreciação: Existem também os numerais coletivos, os quais
– Engordei uns dez quilos. indicam o número exato de seres ou objetos de um
– Estou com uma fome! conjunto, flexionando em número, quando necessário:
– Ele é o homem, eu sou só uma mulher. dúzia, cento, milhar, par, milheiro, dezena, centena,
novena, grosa, lustro, década... Normalmente vêm
6.1.10 O numeral especificados por uma locução adjetiva iniciada pela
preposição de: “Comeram uma dúzia de bananas”.

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II. Em Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita


Importante: O numeral fracionário meio (= metade) (15° parágrafo), a repetição do verbo “mastigar”, cujo
concorda em gênero com o substantivo a que se refere início ecoa ainda na conjunção Mas que inicia a frase
e pode ser numeral adjetivo ou numeral substantivo: seguinte, busca sugerir no campo da própria
“Comprou meio quilo de feijão.”; “Cortou meia laranja- expressão o que havia de repetitivo nessa atividade e
pera para comer.”; “Finalizou a luta em um minuto e o aborrecimento que já advinha do mascar da goma
meio (minuto).”; “Terminou a disputa depois de duas insossa.
horas e meia (hora).”; “Enfim, já é meio-dia e meia III. Em – Olha só o que me aconteceu! – disse eu em
(hora).”. fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar
Também pode ser um substantivo quando mais! A bala acabou! (18° parágrafo), o reiterado
acompanhado de determinante(s): “Estamos no meio emprego do sinal de exclamação sugere o exagero
do verão.”. próprio do fingimento.
Pode ser um advérbio de intensidade quando modifica Está correto o que se afirma APENAS em
um adjetivo ou outro advérbio: “Ela está meio a) I e II.
chateada, porque já está meio tarde.”. “Meia chateada” b) I e III.
não existe porque advérbio não varia. c) I.
O verbo pode concordar com milhão (no singular) ou d) III.
com seu especificador (no plural): “Um milhão de reais e) II e III.
foi (foram) gasto (gastos) na construção da casa.”.
Os vocábulos “último, penúltimo, antepenúltimo, 3) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
derradeiro, posterior, anterior” etc. não são Professor - Língua Portuguesa
considerados numerais, e sim meros adjetivos. Um dos elementos mais importantes na organização
do texto de Clarice Lispector é o advérbio de tempo,
6.1.11 Questões de concursos anteriores como o que se encontra grifado em:
I. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato
1) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: com a eternidade. (1°parágrafo)
Professor - Língua Portuguesa II. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de
E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, aparência tão inocente, tornando possível o mundo
eu já perdi vários. (10° parágrafo) impossível do qual eu já começara a me dar conta. (7°
parágrafo)
No trecho acima, retirado de uma das falas da irmã da III. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não
autora, o segmento grifado poderia ser substituído errar no ritual que certamente deveria haver. (9°
corretamente por: parágrafo)
IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem
a) A exceção que parar. (16° parágrafo)
b) Antes que Atende ao enunciado APENAS o que consta de
c) A não ser que a) I, II e IV.
d) Assim que b) II e IV.
e) Ainda que c) II e III.
d) I e III.
2) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: e) I, III e IV.
Professor - Língua Portuguesa
Atente para as afirmações abaixo. 4) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
I. Em Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático Professor - Língua Portuguesa
contato com a eternidade (1°parágrafo), os adjetivos
empregados para qualificar esse contato visam CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
estabelecer um contraste com os acontecimentos que Cárcere das Almas
serão efetivamente narrados, deixando entrever a Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
sugestão da autora de que esses fatos, aparentemente Soluçando nas trevas, entre as grades
importantes, seriam na verdade banais e corriqueiros. Do calabouço olhando imensidades,

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Mares, estrelas, tardes, natureza. são verdadeiras operações de produção de sentido,


que envolvem sujeitos situados nas mais variadas
Tudo se veste de igual grandeza circunstâncias de interação social”.
Quando a alma entre grilhões as liberdades II. ABREU (2003) alerta que construções denominadas
Sonha e, sonhando, as imortalidades “gerundismo” envolvendo futuro + gerúndio justificam-
Rasga no etéreo Espaço da Pureza. se “apenas quando a ação do verbo apresentar
aspecto durativo”.
Ó almas presas, mudas e fechadas III. FIORIN (2011) explica que “quando uma forma
Nas prisões colossais e abandonadas, linguística atende a uma necessidade de
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo! comunicação, ela se difunde. Eis o caso do
gerundismo. Os operadores de telemarketing
Nesses silêncios solitários, graves, descobriram que era útil. Porque soa como uma forma
Que chaveiro do Céu possui as chaves polida de falar, tal como o futuro do pretérito é usado
Para abrir-nos as portas do Mistério?! por quem quer ser gentil, e dá uma ideia de
descompromisso e desobrigação: ‘vou estar enviando’
(CRUZ E SOUZA. Obras Completas. Rio de não é tão afirmativo quanto ‘vou enviar’”.
Janeiro: José Aguilar, 1961)
Considere as afirmativas abaixo. O enunciado em que o emprego das formas verbais
I. No primeiro quarteto, há uma afirmação de ordem com gerúndio está correto por ter aspecto durativo
geral: “toda a alma” (o que pode ser entendido como prolongado é
qualquer alma, todas as almas de todos). a) Certamente vou estar denunciando o seu atraso
II. Há no poema várias metáforas como, por exemplo, para a chefia.
“alma presa num cárcere”. b) Penso que ela deveria estar fazendo o almoço,
III. O uso das iniciais maiúsculas em substantivos quando bateram à porta.
comuns (Dor, Céu, Mistério) acentua o aspecto c) Desejaria estar recebendo sua confirmação pelo
simbólico dos vocábulos. SMS amanhã.
IV. Há no poema a presença de elementos antitéticos d) O importante é estar garantindo que ela vai estar
como, por exemplo, “grilhões / liberdades”. aceitando esse convite.
V. O segundo terceto denota a presença do indivíduo e) O doutor vai estar marcando sua consulta em
na exclamação enfática, num vocativo de preocupação seguida.
e angústia.
Do ponto de vista da análise sintático-semântica do 6) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
poema, está correto o que se afirma APENAS em Professor - Língua Portuguesa
a) I, III e IV.
b) II, IV e V.
c) I, II, III e IV.
d) I e V.
e) II, III, IV e V.

5) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:


Professor - Língua Portuguesa
Considere as seguintes proposições:
I. VARGAS, em Verbo e práticas discursivas (2011)
explica que um fenômeno recente no português é o
uso de “construções com o verbo ir no presente,
acompanhado do verbo estar e de uma forma de
gerúndio, dando origem ao que se convencionou
chamar de ‘gerundismo’”. Para a autora “os usos das
formas verbais e suas respectivas marcas de
subjetividade, de temporalidade e de aspectualidade

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7) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova:


Professor – Ciclo Regular
Perfume de mulher hoje, no SBT

Um estudante, atendendo a um anúncio, vai trabalhar


como acompanhante de um coronel. De um coronel
cego. De um coronel cego e inflexível. De um coronel
cego, inflexível e aventureiro. De um coronel cego,
inflexível, aventureiro e, no momento, em crise. De um
coronel cego, inflexível, aventureiro, no momento em
crise – mas que dança tango maravilhosamente bem.
Faça como Chris O'Donnell, o estudante do filme.
Atenda a esse anúncio. Assista a Tela de Sucessos
hoje, às nove e meia da noite, no SBT. E descubra um
coronel cego, inflexível, aventureiro, no momento em
crise, que dança tango maravilhosamente bem e que
ainda por cima tem a cara do Al Pacino.

(JB, 19 de setembro de 1997)


“De um coronel cego. De um coronel cego e inflexível.
De um coronel cego, inflexível e aventureiro. De um
coronel cego, inflexível, aventureiro e, no momento,
em crise. De um coronel cego, inflexível, aventureiro,
no momento em crise – mas que dança tango
maravilhosamente bem."
A última frase do texto é introduzida pela conjunção
“mas" porque
a) há uma oposição lógica entre dançar e ser cego.
b) ocorre uma incoerência entre estar em crise e
dançar.
c) introduz uma qualidade inesperada do personagem.
d) mostra uma contradição entre o pensamento e a
ação do personagem.
e) indica uma intromissão do autor do texto no tema
tratado.

8) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova:


Professor – Ciclo Regular
Se colocarmos as formas de imperativo – faça, atenda,
assista, descubra – na forma negativa, mantendo-se a
pessoa gramatical, as formas adequadas serão:
a) não faça, não atenda, não assista, não descubra.
Em relação aos enunciados dos quadrinhos, a b) não faz, não atende, não assiste, não descobre.
conjunção “ou” introduz, no quarto quadrinho, c) não faças, não atendas, não assistas, não
a) uma justificativa. descubras.
b) uma contradição. d) não fazes, não atendes, não assistes, não
c) uma certeza. descobres.
d) outra possibilidade. e) não faze, não atenda, não assiste, não descubra.
e) outra explicação.

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8) Ano: 2015, Banca: NUCEPE, Órgão: SEDUC-PI, Em “Requer, sim, dar-lhes” (l.6), é facultado, segundo
Prova: Professor as normas gramaticais, o emprego do pronome oblíquo
O trecho que NÃO apresenta, no destaque, verbo em proclítico ao verbo, devido à presença do advérbio
uma das suas formas nominais é “sim”
a) ... significa compreender o trabalho como princípio ( ) Certo ( ) Errado
educativo, ..
b) ...equivale dizer que o ser humano é produtor de 13) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
sua realidade ... Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
c) ... a relação econômica vai se tornando Língua Portuguesa
fundamento da profissionalização. Julgue o item a seguir, acerca de aspectos linguísticos
d) ... ela incorpora valores ético-políticos e do texto acima apresentado.
conteúdos históricos ... No período “O despreparo dos jovens, portanto, é
e) ... formar profissionalmente não é preparar patente” (l.13), as palavras “despreparo” e “patente”
exclusivamente para o exercício do trabalho, ... têm a mesma classificação morfológica.
( ) Certo ( ) Errado
10) Ano: 2015, Banca: NUCEPE, Órgão: SEDUC-PI,
Prova: Professor 14) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
A opção em cujo trecho a forma ou locução verbal Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
destacada agrega sentido de ações em processo ou Língua Portuguesa
em andamento é
a) O trabalho também se constitui como prática
econômica,...
b) ... porque nós garantimos nossa existência,...
c) ... a relação econômica vai se tornando
fundamento da profissionalização.
d) ... a profissionalização se opõe à simples formação
para o mercado de trabalho.
e) ... ela incorpora valores éticos-políticos...

11) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,


Prova: Professor

A respeito das estruturas linguísticas do texto acima,


julgue o próximo item.
A conjunção “mas” (l.7) introduz uma oração que
Em relação às ideias e estruturas do texto acima, estabelece, com o que se afirma anteriormente no
julgue o item a seguir. período, uma relação de oposição.
( ) Certo ( ) Errado
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se
substituir o segmento “é realizado” (l.20 ) por realiza- 15) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
se. Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
( ) Certo ( ) Errado Língua Portuguesa
A partir do texto acima e considerando seus aspectos
12) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, gramaticais, julgue o item subsequente.
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Língua Portuguesa No trecho “recebido por um manobrista, que, na saída,
Julgue o item a seguir, acerca de aspectos linguísticos leva as sacolas até o carro" (l. 10-11), o termo
do texto acima apresentado. sublinhado é um pronome relativo e inicia uma oração
adjetiva.

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( ) Certo ( ) Errado
A cantora começa a ensaiar assim que a platéia a
16) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, ovaciona" — As partículas a, na ordem em que
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — aparecem no período, são classificadas,
Língua Portuguesa respectivamente, como: artigo, pronome, artigo,
preposição.
( ) Certo ( ) Errado

19) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,


Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Língua Portuguesa
No próximo item, é apresentado um segmento de
texto, ao qual se segue uma assertiva a ser julgada no
que diz respeito à análise gramatical desse segmento
ou ao emprego de um de seus elementos.

“Minha mãe achou-a meio triste, com ar desolado" —


Nesse trecho, o termo sublinhado é classificado como
advérbio.
( ) Certo ( ) Errado
Com base na grafia dos vocábulos e nas estruturas
linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte. 20) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
A forma verbal “produzidos” (l. 13) está flexionada no Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
plural para concordar com “gorduras de boa qualidade, Língua Portuguesa
poli-insaturadas e monoinsaturadas” ( l.10-11) e No próximo item, é apresentado um segmento de
“ácidos graxos essenciais, como o ômega 3 e o ômega texto, ao qual se segue uma assertiva a ser julgada no
6 ” (l.1 1-12). que diz respeito à análise gramatical desse segmento
( ) Certo ( ) Errado ou ao emprego de um de seus elementos.

17) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, “Ele iniciou o discurso inflamado, assim que eu
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — cheguei" — A conjunção sublinhada introduz uma
Língua Portuguesa oração de valor explicativo.
No próximo item, é apresentado um segmento de ( ) Certo ( ) Errado
texto, ao qual se segue uma assertiva a ser julgada no
que diz respeito à análise gramatical desse segmento
ou ao emprego de um de seus elementos.
GABARITO:
“Não estou bem certo, mas deve fazer cinco anos que 1–C 6–D 11 – E 16 – E
não a vejo" — Nesse trecho, também seria correto, 2–E 7–C 12 – E 17 – E
segundo as normas gramaticais, o emprego da forma 3–D 8–A 13 – E 18 – E
verbal devem, no plural, caso em que esta concordaria 4–C 9–D 14 – C 19 – C
“com cinco anos". 5–B 10 – C 15 – C 20 – E
( ) Certo ( ) Errado

18) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,


Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — 7. Sintaxe: a função das palavras na frase
Língua Portuguesa
No próximo item, é apresentado um segmento de Sintaxe é a parte da gramática que trata da ordem, da
texto, ao qual se segue uma assertiva a ser julgada no relação e da função das palavras na frase. Sintaxe
que diz respeito à análise gramatical desse segmento da língua envolve a disposição, a sequência, a
ou ao emprego de um de seus elementos. organização das palavras dentro da frase.

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FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO – Sim! E não deixe de ir. (frase declarativa


afirmativa/frase imperativa)
FRASE é qualquer enunciado (curto ou longo) que – Tomara que a Ju esteja lá. (frase optativa)
estabelece comunicação. Toda frase deve ser – A Ju nunca falta. (frase declarativa negativa)
inteligível. Tradicionalmente, ela pode ser nominal – Que bom! (frase exclamativa)
(sem verbo) ou verbal (com verbo).
1) Declarativa: o enunciado é afirmativo ou negativo; Uma ORAÇÃO não é nada mais que uma frase
termina em ponto (.) ou reticências (...). verbal; seu núcleo é um verbo (ou uma locução
– Eu sou você amanhã. verbal).
– Você nunca será como eu.
– Venda de antiguidades aqui. PERÍODO é uma frase que possui uma ou mais
Obs.: É praxe encontrar palavras de sentido negativo orações; começa com letra maiúscula, apresenta um
em frases declarativas negativas: não, nunca, jamais, verbo (ou locução verbal) e termina em ponto, ponto
nada, nenhum... de interrogação, ponto de exclamação ou reticências.
2) Interrogativa: o enunciado apresenta um Há dois tipos:
questionamento direto ou indireto; termina em Simples: constituído de uma oração, logo todo
ponto de interrogação (?) se a indagação for direta; em período simples é uma oração absoluta.
ponto, se for indireta. – Estudo hoje com apenas uma gramática .
– Aonde você pretende chegar? – Muitos professores do curso continuam
– Não sei onde ela pode estar. escrevendo artigos para seus alunos!
Obs.: Para perceber uma interrogativa indireta, ignore – Seria esta a resposta certa?
o “Não sei” e se dará conta de que é possível fazer Composto: constituído de mais de uma oração; pode
uma pergunta direta com o restante da frase: “onde ela ser formado por coordenação, subordinação ou
pode estar (?)”. coordenação e subordinação (período misto); as
3) Exclamativa: o enunciado exprime um sentimento conjunções, os pronomes relativos e certas
e termina em ponto de exclamação (!). preposições normalmente aparecem para ligar as
– Que pena! (lamento) orações deste tipo de período.
– Deus ouviu as minhas preces! (alegria) – Os resultados foram ótimos, por isso ficamos
Obs.: O que realmente determina uma frase satisfeitos. (duas orações/coordenação)
exclamativa é a expressão de uma emoção, por isso o – Pedi que todos viessem preparados. (duas
contexto é determinante. orações/subordinação)
4) Imperativa: o enunciado apresenta um tom de – Para salvar a economia, é preciso planejamento.
ordem, pedido, súplica, exortação, advertência (duas orações/subordinação)
etc.; verbos no imperativo (afirmativo ou negativo) – A mão que balança o berço é a mão que mata. (três
marcam tal tipo de frase; termina em ponto, ponto de orações/subordinação)
exclamação ou reticências. – Sei que eles passaram e que se estabeleceram na
– Volte! profissão. (três orações/coordenação e subordinação)
– Seja mais razoável.
– Não faça isso...
5) Optativa: o enunciado exprime um desejo; termina 7.1 Termos essenciais da oração: O Sujeito e o
em ponto ou ponto de exclamação, normalmente. Predicado
– Bons ventos o tragam.
– Deus te ouça, meu filho! SUJEITO é não só o termo que representa o ser ou o
– Boa sorte! fato sobre o qual se declara alguma coisa, mas
Obs.: Alguns gramáticos consideram a optativa (com também o termo que faz o verbo ser conjugado. É por
tom de maldição, praga) como frase imprecativa: Vá isso que o verbo/locução verbal concorda em número
para o inferno, e que o Diabo o carregue! e pessoa com o sujeito. Cada sujeito está ligado a um
(1) verbo, por isso fique de olho na relação entre o
Para ilustrar os tipos de frase, veja este diálogo: verbo e o seu sujeito.
– Você vai à festa hoje? (frase interrogativa) – As casas da vila estavam à venda.

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– Nós ficamos casados por sete anos. acompanhamento e manutenção. (O que será bem-
– Sua Majestade foi flagrada às escondidas com o sucedido? O procedimento médico.)
amante. – Escondeste minha bolsa onde? (Fica fácil perceber
– Ninguém deveria apoiar campanhas a favor das que o sujeito oculto é o tu, pois a
drogas. desinência/terminação do verbo é de 2a pessoa do
– Quem nunca pecou nesta vida? singular, ou seja, “Tu escondeste a minha bolsa
– Quem são aquelas ali? onde?”.)
– Morreu este mês o homem o qual revolucionou o
mundo moderno. (o homem: sujeito de morreu; o qual: Composto
sujeito de revolucionou) Apresenta mais de um núcleo explícito.
– Dois dos meus amigos passaram na prova da – Minha chave, minha bolsa, minha moto foram
EsPCEx. roubadas.
– Ler nunca deixou de ser uma prática das pessoas – Indignados ficaram os moradores da zona oeste e
inquietas. os da zona sul com o descaso.
– Quem não tem cão caça com gato. – Tanto a felicidade como a tristeza são estados de
– Está um pouco amarelado o branco dos olhos dela. espírito.
Uma boa maneira de identificarmos o sujeito de uma
oração é fazer a pergunta “o que...?” ou “quem...?” Indeterminado
antes do verbo. Observe os exemplos anteriores (um Este tipo de sujeito é interessante, pois se assemelha
por um): ao oculto. Só que, apesar de o verbo indicar que houve
– O que estava à venda? Resposta: as casas da vila. uma ação praticada por alguém, a identidade do
– Quem ficou casado por sete anos? Resposta: nós. sujeito é indeterminada. Indetermina-se o sujeito
– Quem foi flagrado às escondidas com o amante? normalmente por três motivos: 1) por não se saber sua
Resposta: Sua Majestade. identidade, 2) por querer torná-lo desconhecido ou 3)
– O que está um pouco amarelado? Resposta: o por generalização. Existem três construções com
branco dos olhos dela. sujeito indeterminado na língua culta.
1) Verbo na 3a pessoa do plural sem sujeito
explícito.
7.2 Classificação do Sujeito – Criticaram-nos na reunião de ontem. (Alguém
Já que sabemos o que é um sujeito e como identificá- criticou, mas quem?)
lo, vamos ver os tipos de sujeito. – Normalmente falam pelas costas por ser mais
conveniente. (Alguém fala, mas quem?)
Simples – Esconderam minha bolsa. (Alguém escondeu, mas
Apresenta somente um núcleo explícito. quem?
– Alguém escondeu a minha bolsa. 2) Verbo (de ligação, intransitivo, transitivo
– Quem foram os beneficiados pelo projeto indireto, transitivo direto seguido de preposição)
esportivo? na 3a pessoa do singular + partícula de
– As despesas das casas de praia e de campo indeterminação do sujeito se, indicando uma ideia
ficaram por minha conta. de generalização/indefinição.
– Só se é feliz neste lugar por causa de vocês. (Quem
Oculto é feliz? Todos que são de lá.)
Apresenta um núcleo implícito, elíptico, mas facilmente – Vive-se bem quando há paz e segurança. (Quem
identificável pelo contexto ou pela desinência do verbo. vive bem? Todos.)
Por isso, este tipo de sujeito é chamado de oculto, – Tratava-se de doenças gravíssimas naquela clínica.
implícito, elíptico, desinencial etc. (Quem tratava? Alguém.)
– Não consigo deixar as responsabilidades de lado. – Ama-se a Deus nesta Igreja. (Quem ama a Deus?
(Quem não consegue? Eu. Percebe-se isso pela Todos que a frequentam.)
desinência do verbo.) 3) Verbo no infinitivo impessoal.
– Todo procedimento médico deve ser bem – Para conquistar sua confiança, é necessário
programado; só será bem-sucedido se houver trabalhar arduamente. (= Para (alguém) conquistar

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sua confiança, é necessário (esse alguém) trabalhar Lembre que as bancas são maliciosas, logo “pedaços”
arduamente.) que compõem o predicado poderão estar “espalhados”
Já na frase “Nós estamos destinados a passar na pela frase. Veja:
prova.”, apesar de o verbo não estar flexionado, ele – Em 2009, sofreu a língua portuguesa uma reforma
tem pessoa, ele tem sujeito, o sujeito oculto de passar ortográfica polêmica.
tem como referente o sujeito de estar, isto é: nós. Nas orações sem sujeito, tudo é predicado, por um
motivo muito óbvio: não há sujeito.
Oração sem Sujeito (sujeito inexistente) – Pode haver até duzentos alunos em sala de aula
As orações sem sujeito sempre apresentam verbos em um aulão de véspera. (só há predicado)
impessoais, os quais, por sua semântica, não
apresentam um sujeito promovendo a ação verbal. Às vezes, o verbo do predicado aparece implícito. Note
Tais verbos são usados na 3a pessoa do singular que há dois predicados na frase abaixo:
(exceto o engraçadinho do ser). – Meu irmão comeu três maçãs, e eu, duas. (Meu
De todos os verbos impessoais, muita atenção ao irmão comeu três maçãs, e eu comi duas.)
verbo haver. Todo ano cai uma questão sobre ele, Para o reconhecimento dos tipos de predicado,
seja em oração sem sujeito, seja em concordância. precisamos entender o conceito de predicação verbal
É incrível a tara que as bancas têm com esse verbo. ou transitividade verbal, afinal, não existe
1) Haver com sentido de existência, ocorrência ou predicado sem verbo. O verbo tem um papel muito
tempo decorrido. importante, pois mantém relações com os outros
– Havia poucas pessoas aqui. (Existiam poucas...) termos da frase.
– Houve duas confusões ali. (Ocorreram duas...)
– Abandonei o cigarro há três meses. (... faz três
mês...)
2) Fazer, parecer, ficar, estar indicando tempo ou PREDICAÇÃO VERBAL/TRANSITIVIDADE VERBAL
aspectos naturais. Predicação verbal (ou transitividade verbal) é a
– Não a vejo faz dez meses. relação entre o verbo e outros termos da oração,
– Aqui fez invernos rigorosos ano passado. principalmente dentro do predicado. E, quanto à
– Parecia tarde da noite. predicação, diz-se que os verbos podem ser de
– Ficou escuro do nada. ligação, intransitivo, transitivo direto, transitivo
– Estava frio naquele dia. indireto e transitivo direto e indireto.
Existem dois grupos de verbos: os nocionais
Oracional (intransitivos e transitivos) e os relacionais (de
O sujeito é oracional quando vem em forma de oração. ligação, normalmente: ser, estar, ficar, permanecer,
O verbo do sujeito oracional fica sempre na 3a pessoa continuar, parecer, tornar-se, encontrar-se,
do singular. transformar-se, converter-se...). Obs.: É bom dizer
– Quem semeia vento colhe tempestade. que, em locuções verbais, o verbo principal é o que
– Não é saudável, embora seja delicioso, comer “carrega” o valor nocional ou relacional: “Você
frituras todos os dias. precisa ficar bom.” (verbo relacional) / “Você precisa
– Viu-se que ela tem grande potencial na música. estudar mais.” (verbo nocional).

Verbo de Ligação
PREDICADO O verbo de ligação relaciona o sujeito ao seu
O predicado é a soma de todos os termos da oração, predicativo (atributo que indica estado, qualidade ou
exceto o sujeito e o vocativo. É tudo o que se declara condição do sujeito). Os verbos de ligação não indicam
na oração referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). ação alguma por parte do sujeito, por isso são
Sempre apresenta um verbo. tradicionalmente “vazios” de significado, indicando
– A língua portuguesa sofreu uma reforma apenas estado, e por isso o núcleo do predicado,
ortográfica polêmica em 2009. somente neste caso, não é o verbo, mas sim o
predicativo.
– João é alegre. (estado permanente)

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– João está alegre. (estado transitório) – Comprei uma blusa para mim. (Compra-se algo para
– João ficou alegre. (estado mutatório) alguém)
– João permanece alegre. (estado continuativo) – Minha mãe só conseguiu me dar à luz depois de
– João parece alegre. (estado aparente) muito esforço. (me é objeto direto e à luz, objeto
indireto)
Intransitivo
O verbo intransitivo é aquele que contextualmente
não exige complemento, por ter sentido completo.
Segundo a visão tradicional, consideram-se verbos PREDICATIVO DO SUJEITO E DO OBJETO
intransitivos também aqueles que, indicando Vamos entender agora o que é o predicativo, porque
deslocamento ou moradia, normalmente vêm este conhecimento servirá para entendermos os tipos
acompanhados de uma expressão adverbial (de lugar, de predicado melhormente.
principalmente).
– No dia 5 de outubro de 2011, morre o famoso Predicativo é o termo sintático que expressa estado,
inventor Steve Jobs. qualidade ou condição do ser ao qual se refere, ou
– Encerraram-se as sessões de cinema às 22h. seja, é um atributo. Normalmente aparece ligado ao
– Todos chegaram ao teatro à noite. sujeito por um verbo de ligação, mas não pense que só
há predicativo do sujeito com verbo de ligação. Esse
Transitivo Direto termo sintático pode ocorrer em orações com verbos
O verbo transitivo direto é aquele que intransitivos e transitivos. Seu núcleo é representado
contextualmente exige um complemento sem por um adjetivo (normalmente), um substantivo,
preposição obrigatória (objeto direto). Uma maneira um numeral, um pronome, uma palavra
de saber se o verbo é transitivo direto se dá por meio substantivada, um advérbio (segundo Bechara e
da passagem de voz ativa para passiva. Se isso Sacconi) ou uma oração.
ocorrer, o verbo é de fato transitivo direto (99,99% das
vezes). Existem dois tipos, segundo os gramáticos
– Por que os homens destroem assim a natureza? tradicionais:
(Destrói-se algo/alguém) 1) Predicativo do sujeito: refere-se ao sujeito,
– Sabemos que o mercado imobiliário está em caracterizando-o; não necessariamente aparece só
ascensão. (Sabe-se algo) com verbo de ligação.
– Consideramo-las pessoas realmente idôneas. – (Nós) Estamos felizes.
(Considera-se alguém/algo) – O ônibus da seleção chegou atrasado para o jogo.
– Ele foi nomeado supervisor pelo gerente.
Transitivo Indireto – Definiu-se o caso como impossível.
O verbo transitivo indireto é aquele que – O caso foi definido como impossível.
contextualmente exige um complemento com – Eles assistiram nervosos à partida.
preposição obrigatória (objeto indireto). – Eles deram, muito ansiosos, um presente ao irmão.
– Concordo com você, realmente tenho de acreditar – Meu filho se tornou um grande médico.
em Deus, pois aqueles que lhe desobedecem sofrem – Nós somos dez lá em casa.
graves consequências. (Concorda-se com – Eu serei você amanhã.
algo/alguém/Acredita-se em – Meu Brasil é o verde das matas e o amarelo do
algo/alguém/Desobedece-se a alguém/algo) ouro.
– Nós parecemos que estamos sempre nos
Transitivo Direto e Indireto intrometendo na vida dos outros?
Também chamado de bitransitivo, o verbo transitivo 2) Predicativo do objeto direto: normalmente é uma
direto e indireto exige dois complementos, um sem característica dada pelo sujeito ao objeto direto; enfim,
preposição (objeto direto) e outro com preposição é um termo sintático que modifica o objeto direto. Note
(objeto indireto). que predicativo do objeto é uma característica
– A comissão parlamentar comunicou o problema a atribuída, e não inerente ao ser.
todos. (Comunica-se algo a alguém) – O povo elegeu-o presidente pela segunda vez.

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– Tu tens de me agradecer eternamente, pois eu te – O povo reelegerá Dilma presidenta daqui a


tornei um homem famoso. poucos anos?
– O fraco rei faz fraca a forte gente. (Camões) – Nós nos aliamos a ele desconfiados.
– Faço as suas palavras as minhas. – Emocionados, convidaram o professor para a
– Deixei-a preocupadíssima. despedida.¹
– Irritadíssima, largou o namorado no meio da rua e – Como professor, tive de fornecer um vultoso
saiu em disparada. material aos alunos.²
3) Predicativo do objeto indireto: refere-se ao objeto ¹ Tudo é o predicado; o sujeito está indeterminado.
indireto, caracterizando-o. ² Tudo é o predicado; o sujeito está oculto (eu).
– Gosto de vocês quietinhos.
– Eu preciso do meu marido consciente, doutor!
– No início do século XX, as filhas obedeciam aos pais 7.4 Termos integrantes da oração: objetos direto e
– sempre austeros. indireto, complemento nominal e agente da
– As muralhas não resistiram aos ataques passiva
extremamente ferozes.
Os termos integrantes da oração servem para
completar o sentido de certos verbos e certos nomes
7.3 Classificação do predicado para que a oração fique plena, por isso são chamados
São três tipos de predicado: nominal, verbal e verbo- de complementos verbais (objeto direto e objeto
nominal. indireto), complemento nominal e agente da
passiva.
1) Nominal: o nome, o predicativo do sujeito, é a parte Objeto Direto
mais significativa do predicado; é constituído sempre O objeto direto é um termo que estabelece uma
de verbo de ligação + predicativo do sujeito. relação sintática com um verbo transitivo direto ou
– Os alunos parecem bem interessados transitivo direto e indireto, complementando seu
ultimamente. sentido. Normalmente o objeto direto é o alvo da ação
– Esses moradores continuam sem moradia! verbal e não vem preposicionado.
– É de chorar esse programa de comédia. – De um modo completo mas didático, ensinei
– Já são vinte e duas horas? (tudo é predicado gramática aos alunos.
nominal, pois não há sujeito) – Gostaria de vê-lo no topo do mundo, meu filho.
2) Verbal: expressa ideia de ação/movimento e tem – Quem vocês conhecem deste lugar?
como núcleo um verbo; constituído de qualquer verbo, – Libertaram os demais, pois não haviam feito nada
exceto o de ligação; não há predicativo algum. de ilícito.
– Meus alunos não estão em sala de aula. (verbo – Aqueles eu tolero, mas estes jamais irei tolerar.
intransitivo) – O técnico convocou somente os do Brasil. (os =
– Devido ao frio, tivemos de nos agasalhar até o aqueles)
conserto do aquecedor.¹ (verbo transitivo direto) – Nos últimos dias, Deus começará o despertar de um
– Houve esquema de compra de votos segundo o novo mundo.
relator da CPI.² (verbo transitivo direto) – Deixamos o nosso filho perceber as dificuldades
– Todos nós visamos a uma carreira estável. (verbo da vida sozinho.
transitivo indireto) Como se vê, seu núcleo pode ser representado por
– O rapaz informou sua classificação ao mestre. substantivo, pronome, numeral, palavra
(verbo transitivo direto e indireto) substantivada ou oração.
¹ Tudo é o predicado; o sujeito está oculto (nós).
² Oração sem sujeito: tudo é o predicado. Objeto Indireto
3) Verbo-nominal: é a mistura dos dois anteriores; O objeto indireto é um termo que estabelece uma
composto de um verbo qualquer que não seja de relação sintática com um verbo transitivo indireto ou
ligação + um predicativo (do sujeito ou do objeto). transitivo direto e indireto, complementando seu
– A relação do casal, inicialmente caótica, sentido. Normalmente o objeto indireto é um
amadureceu. complemento que representa o ser beneficiado ou o

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alvo de uma ação e vem sempre preposicionado, a não que o nome dado ao termo diz muita coisa, portanto
ser que venha em forma de pronome oblíquo átono um agente da passiva é um termo que age, ou seja,
(me, te, se, nos, vos, lhe(s)). Os objetos indiretos são é um termo que pratica uma ação, só que na voz
iniciados pelas preposições a, com, contra, de, em, passiva. Tanto isso é verdade que, quando se passa
para, por. o agente da passiva para a voz ativa, ele vira um
– Sempre dou graças a Deus por minhas realizações. sujeito agente.
– Gosto de ti, meu nobre. – O gramático ficou rodeado de admiradores.
– Só depende dos dois resolver essa pendência. – Os governantes serão repreendidos pelo povo.
– Não troque o certo pelo duvidoso. – O livro vai ser cuidadosamente revisado por quem?
– Vamos insistir em promover o novo romance de – Era conhecida dos dois professores.
ficção. – Tínhamos sido surpreendidos pelo brilhante azul do
Como se vê, seu núcleo pode ser representado por mar.
substantivo, pronome, numeral, palavra – Eles estavam dominados por quem os coordenava.
substantivada ou oração. Como se vê, seu núcleo pode ser representado por
substantivo, pronome, numeral, palavra
Complemento Nominal substantivada ou oração.
Assim como os verbos, os nomes também podem ser
“transitivos”, uma vez que exigem complementos. Na
boa... o que seria um complemento no-mi-nal senão 7.5 Termos acessórios da oração: Adjuntos
um com-ple-men-to de um no-me? O próprio nome Adnominal e Adverbial e Aposto
dado a esse termo sintático diz o que ele é, ora. O
complemento nominal é um termo que estabelece uma O adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o
relação sintática com um nome (substantivo, adjetivo aposto formam o conjunto de termos acessórios. São
ou advérbio de base adjetiva, terminado em -mente), chamados assim, pois (em tese) são dispensáveis à
complementando seu sentido. Normalmente, o construção de uma oração.
complemento nominal é um termo de valor Obs.: O vocativo não é um termo acessório, nem
semântico passivo e vem sempre preposicionado. integrante, nem essencial, porque não se liga ao verbo
– Temos certeza da vitória. (substantivo exigindo CN) nem ao nome, também não faz parte do sujeito nem do
– Contra fatos, não há argumentos. (substantivo predicado, mas, por razões didáticas, é
exigindo CN) tradicionalmente colocado neste capítulo.
– Esta sala vive cheia de verde. (adjetivo exigindo CN)
– O júri votou favoravelmente ao réu. (advérbio Adjunto Adnominal
exigindo CN) O adjunto adnominal é um termo sintático que
– Foi feito um investimento de capital em tecnologia. determina, restringe o sentido de um substantivo,
(um substantivo exigindo dois CNs) caracterizando-o. O próprio sentido da expressão
– Independentemente disso, volte para mim. (advérbio “ad/junto adnominal” indica que é um termo que vem
exigindo CN) ao lado, junto do nome. As classes gramaticais que
– A Bíblia é útil a nós. (adjetivo exigindo CN) podem funcionar como ADN são:
– A lembrança dos três ocorreu de repente. Pronome
(substantivo exigindo CN) Locução adjetiva
– Sigo com medo de que a prova venha em um nível Adjetivo
difícil. (substantivo exigindo CN) Numeral
Como se vê, seu núcleo pode ser representado por Artigo
substantivo, pronome, numeral, palavra – O homem de negócios comprou só um imóvel:
substantivada ou oração. aquela bela casa.
– Já se encontraram ambos os meninos em certas
Agente da Passiva vielas escuras com pedras de crack.
O agente da passiva é o complemento de um verbo – O primeiro dia de aula cativou alguns alunos
na voz passiva analítica; sempre precedido da estudiosos.
preposição por (ou de, mais raramente). Lembre-se de

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CUIDADO: Adjunto Adnominal X Complemento Modo: Agiu de coração, mas foi sabotado.
Nominal Tempo: Anteontem foi o melhor dia da minha vida.
Antes de qualquer coisa, saiba que só há dificuldade Lugar: Cheguei à sala na hora certa, mas entrei
em reconhecer o CN ou o ADN quando o termo atrasado no assunto.
preposicionado pela preposição de estiver ligado a um Dúvida: A velhice talvez tenha cura.
substantivo abstrato. Portanto, preste atenção à Intensidade: Ficou absolutamente realizado.
diferenciação e siga os critérios para não errar mais! Causa: O homem suava com aquele calor carioca.
1a Dica: Será sempre CN a expressão ligada a Concessão: A despeito dos problemas, tivemos
substantivo abstrato antecedida de qualquer êxito.
preposição, exceto a preposição de. Conformidade: Faça tudo conforme os
– Fiz menção a você ontem. regulamentos.
– Tenho amor pelo meu filho. Finalidade: Ele viajou para negociar.
– Nossa fé em Deus é transcendente. Condição: Sem educação, não há progresso.
2a Dica: Será sempre ADN se a expressão Meio: Prefiro ir de ônibus a pegar avião.
preposicionada estiver ligada a substantivo concreto. Instrumento: Escrevi quinhentas páginas a caneta.
– Comprei o material de um site famoso. Assunto: Ele só fala de política.
3a Dica: Normalmente o ADN mantém uma relação de Companhia: Com ou sem você, preciso prosseguir
posse com o substantivo; a preposição tem valor em minha jornada.
nocional. Preço: Meu carro não custou caro.
– A atitude do professor foi justa. (A atitude pertence Matéria: Fabricamos com plástico esses copos.
ao professor, é dele.) Reciprocidade: Entre mim e ti sempre houve amor.
4a Dica: O CN tem valor paciente (normalmente o seu Aposto
núcleo não é um ser animado nem personificado, mas O aposto é um termo sempre de valor substantivo
o alvo de uma ação) e encontra respaldo na reescritura (nunca adjetivo!) que explica, esclarece, desenvolve,
de voz passiva analítica. Já o ADN tem valor agente resume outro termo sintático antecedente.
(normalmente o seu núcleo é um ser animado ou – Nós voltamos a estudar, minha namorada e eu,
personificado, que pratica uma ação) e encontra depois de dois anos. (aposto do sujeito)
respaldo na reescritura de voz ativa. – Ela era a famosa Regina Duarte – grande atriz da
– A resolução da questão foi ótima. (CN/A questão foi televisão brasileira. (aposto do predicativo do sujeito)
resolvida/valor paciente) – Considerei-o como o novo Chacrinha: grande
– A resolução do professor foi ótima. (ADN/O apresentador do século XX. (aposto do predicativo
professor resolveu/valor agente) do objeto)
– Duas propostas tenho de lhe fazer: uma positiva e
Adjunto Adverbial outra negativa. (aposto do objeto direto)
Se você sabe identificar um advérbio e uma locução – Disse aos meus filhos Pedro e João que iria viajar.
adverbial numa frase, sensacional! Pois todo advérbio (aposto do objeto indireto)
e locução adverbial exercem função sintática de – João estava ansioso pela chegada de uma de suas
adjunto adverbial. Além do advérbio e da locução primas, que demorou muito, a Maria. (aposto do
adverbial, o pronome relativo e o pronome pessoal complemento nominal)
também podem exercer função sintática de adjunto – O atual presidente foi muito criticado pelo ex-
adverbial: presidente, Carlos da Silva. (aposto do agente da
– A sobreloja, onde ele também morava, estava em passiva)
estado calamitoso. (adjunto adverbial de lugar) – O monumento da cidade do Rio de Janeiro foi
– Os rapazes saíram conosco, pois iríamos tombado. (aposto do adjunto adnominal)
apresentar-lhes as moças. (adjunto adverbial de – Peguei o carro lá na oficina às dezoito horas, a hora
companhia) do rush. (apostos dos adjuntos adverbiais)
Vejamos alguns adjuntos adverbiais mais cobrados (e – O senhor Arnaldo, dono da academia de jiu-jítsu (a
outros nem tanto): mais completa arte marcial) é faixa preta e vermelha.
Afirmação: Certamente passarei na prova. (aposto do aposto)
Negação: Não vou desistir de meus sonhos.

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– Pai, meu melhor amigo, estou precisando de seja, em “presidenta Dilma”, Dilma é o quê? Uma
dinheiro para sair. (aposto do vocativo) presidenta. Existem vários presidentes, e a palavra
Obs.: Por inferência, notamos que há aposto simples, especificadora Dilma aponta qual presidente é.
composto e oracional. Basta ficarmos de olho no(s) - Interessante: a semântica, a sintaxe e a vírgula
núcleo(s). (aposto explicativo e aposto especificativo):
– Esses dois são relapsos. (simples: um núcleo) – Disse aos meus filhos, Pedro e João, que iria viajar.
– Elas, Lúcia e Regina, são irmãs. (composto: mais de (o falante tem dois filhos apenas)
um núcleo) – Disse aos meus filhos Pedro e João que iria viajar.
– Tenho um sonho: presenciar a justiça de Deus. (o (existe a possibilidade de o falante ter mais filhos)
aposto é oracional, pois apresenta um verbo em sua 3) Distributivo
constituição) – Tenho dois filhos: um baixinho, outro altinho.
Só de curiosidade: O plural de aposto é apostos – Mussolini e Hitler foram dois cruéis ditadores, aquele
(pronuncia-se aPÓStos). com o sistema fascista e este com o sistema
Classificação do Aposto nazista.
Diz-se que o aposto é um termo de valor substantivo B Obs.: Neste caso, normalmente os apostos vêm
que reitera um termo A, numa “fórmula” A = B. retomando dois ou três termos anteriores.
Trocando em miúdos: o “aposto” é sempre igual ao 4) Enumerativo
“anteposto”. – Atenderemos a todos: homens, mulheres, velhos e
– Carmen Miranda, a Pequena Notável, fez sucesso crianças.
no Brasil e no mundo. – Apenas três coisas me tiravam do sério, a saber,
A=B preconceito, antipatia e arrogância.
Há 6 tipos de aposto, cujo núcleo pode ser um – Alguns países da Europa não são banhados pelo mar
substantivo, um pronome, um numeral, uma palavra – por exemplo, Áustria, Suíça, Vaticano etc.
substantivada ou uma oração. Vamos a eles! Obs.: Note que os apostos podem ser iniciados por
1) Explicativo expressões explicativas, como isto é, ou seja, a saber,
– Carolina, uma ótima pessoa, e seu amigo, um por exemplo...
idiota, estavam íntimos demais. 5) Resumitivo/Recapitulativo
– Algo o incomodava frequentemente: suas brigas – Brasil, Costa Rica, México, Uruguai, isto é, nenhum
com a esposa. é um país desenvolvido.
– Deus – o grande assunto dos embates entre ateus – Irei a Macau, Cabo Verde, Angola e Timor-Leste,
e crentes – analisa o coração. lugares onde se fala português.
– Pelé (o Rei do Futebol) será um dia superado? Obs.: Normalmente este tipo de aposto é representado
– Machado de Assis, como grande romancista pelos pronomes indefinidos nada, ninguém, nenhum,
brasileiro, nunca foi superado. tudo, todo(a/s).
Obs.: Como se viu, este aposto sempre vem separado 6) De uma Oração
por pontuação: vírgula, dois-pontos, travessão ou Pode se referir a uma oração inteira por meio das
parênteses. Note também que o aposto pode ser palavras sinal, coisa, fato, motivo, razão.
iniciado pela preposição acidental como. – As nuvens estão chegando, o que pode aborrecer a
2) Especificativo todos. (ou seja, “isso – o fato de as nuvens estarem
– No mês de novembro, a presidenta Dilma foi eleita chegando – pode aborrecer a todos”)*
e usou a palavra satisfação no seu discurso. – O noticiário disse que amanhã fará muito calor –
– Dona Carlota Joaquina causou muita polêmica ao ideia que muito me agrada.
vir para o Brasil. * Esse tipo cai muito em prova!
– Nós todos somos seus fãs.
– Convidaram nós três para escrever um livro de Vocativo
Gramática, Literatura e Redação. O vocativo é o termo que põe em evidência algum ser
Cuidado!!! a quem se dirige; indica a invocação de alguém ou
- Note que o aposto especificativo não vem separado algo; vem sempre separado por vírgula; pode se
por pontuação alguma e é um termo que tem o mesmo deslocar pela oração. Muito encontrado em textos
valor semântico da palavra especificada anterior, ou

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injuntivos, em que o locutor do texto se dirige A partir do texto acima e considerando seus aspectos
diretamente ao interlocutor. gramaticais, julgue o item subsequente.
– Só tem uma garrafa, mãe! O termo “a maior referência de comércio” (l.2) exerce
– Ó querida, não faça isso comigo... (todo termo será a função sintática de predicativo do sujeito na oração
um vocativo se acompanhado de ó) em que ocorre.
( ) Certo ( ) Errado
Vocativo X Aposto
O vocativo não mantém relação sintática com nenhum 2) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,
termo de uma oração, diferente do aposto. Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
– Solte os rapazes, senhor, urgentemente. (vocativo; Língua Portuguesa
não se refere a termo algum da oração) A partir do texto da questão 1 e considerando seus
– Os rapazes, amigos entre si, são honestos. (aposto; aspectos gramaticais, julgue o item subsequente.
refere a “os rapazes”) O trecho “nome tradicional de lojas mais sofisticadas”
Obs.: Pode haver ambiguidade entre vocativo e ( l .8-9) funciona como aposto do vocábulo “butiques”.
aposto; só o contexto desfará a ambiguidade: ( ) Certo ( ) Errado
“Aqueles candidatos, meus alunos, passaram na
prova”. 3) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,
Às vezes, a vírgula faz toda a diferença para Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
diferenciarmos o vocativo do sujeito: Língua Portuguesa
– Marcos, o professor de História chegou. (vocativo) A partir do texto da questão 1 e considerando seus
– Marcos, o professor de História, chegou. (sujeito) aspectos gramaticais, julgue o item subsequente.
Note também que a segunda vírgula tornou o sujeito A referência do sujeito de “recebem telefonemas
da primeira frase em aposto da segunda. regulares” ( l.13) e do sujeito de “podem olhar” (l.14) é
a mesma.
( ) Certo ( ) Errado
7.6 Questões de concursos anteriores
1) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES, 4) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Língua Portuguesa Língua Portuguesa
Com base na grafia dos vocábulos e nas estruturas
linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte.

No trecho “especialistas liberam o alimento da fama de


vilão" (l.7-8), a form a verbal é transitiva direta.
( ) Certo ( ) Errado

5) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,


Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Língua Portuguesa
No próximo item, é apresentado um segmento de
texto, ao qual se segue uma assertiva a ser julgada no
que diz respeito à análise gramatical desse segmento
ou ao emprego de um de seus elementos.

“Precisam-se de operários com experiência


comprovada" — A forma verbal sublinhada está
corretamente flexionada no plural porque concorda
com o sujeito cujo núcleo está no plural.
( ) Certo ( ) Errado

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6) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,


Prova: Professor P — Pedagogo
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos
aspectos linguísticos do texto acima.

O segmento “É preciso” (L.13) exerce a função de


predicado.
( ) Certo ( ) Errado

11) Ano: 2008, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,


O emprego de vírgula após “apresentações" (l.18) Prova: Professor - Língua Portuguesa
justifica-se por isolar adjunto adverbial de lugar. A estrutura “lhe permite” (L.15) equivale a permite a
( ) Certo ( ) Errado ele, pois “lhe” funciona como objeto indireto.
7) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES, ( ) Certo ( ) Errado
Prova: Professor P — Pedagogo
12) Ano: 2008, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,
Prova: Professor - Língua Portuguesa

A expressão “a Amazônia” (L.13) exerce a função de


vocativo.
( ) Certo ( ) Errado

8) Ano: 2010, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES, Em “se tornam” (L.5), o “se” indica sujeito
Prova: Professor P — Pedagogo indeterminado.
( ) Certo ( ) Errado

A expressão “a Coréia do Sul” (L.19) exerce a função


GABARITO
de vocativo.
1–C 3–C 5–E 7–E 9–C 11 – C
( ) Certo ( ) Errado
2–C 4–E 6–E 8–E 10 – C 12 – E
9) Ano: 2008, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES,
7.7 Período Composto por Coordenação
Prova: Professor P — Pedagogo
A coordenação trata da relação de independência
entre termos e orações. Quando você lê uma frase
com duas orações (período composto), é certo que
Na linha 5, a locução verbal “consegue ler” está no elas mantêm algum tipo de relação. No caso da
singular para concordar com “população do país”. coordenação, percebemos que as orações estão
( ) Certo ( ) Errado simplesmente uma ao lado da outra (coordenadas),
com uma estrutura sintática completa, de modo que
10) Ano: 2008, Banca: CESPE, ÓRGÃO: SEDU-ES, uma oração não depende da outra. Falar que uma
Prova: Professor - Língua Portuguesa oração tem estrutura sintática completa significa dizer
que ela tem sujeito (explícito ou implícito) + predicado
(explícito ou implícito).
– Os alunos se encontram muito ansiosos; já as
alunas estão tranquilas.

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Note que a primeira oração (Os alunos se encontram – O homem enriqueceu muito; continuou a defender
muito ansiosos) tem sujeito e predicado, logo está as classes mais desfavorecidas, não obstante.
completa. Perceba também que seria até possível
colocar um ponto (.) no fim dela para visualizarmos que Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas
ela, de fato, está completa. O mesmo ocorre com a Exprimindo ideia de alternância, exclusão, sempre
segunda oração (já as alunas estão tranquilas). são iniciadas pelas conjunções coordenativas
Concluindo: uma oração não depende da outra, porque alternativas. Dê uma olhada no capítulo de conjunções
cada uma tem sua estrutura completa, uma não coordenativas.
precisa da outra sintaticamente. É o seguinte: as – A mulher ora o agradava, ora o ofendia.
orações coordenadas podem ser separadas por – Quer chovesse, quer fizesse sol, tinha de sair.
vírgula, ponto e vírgula (exemplo já visto), dois- – Ou o prefeito da cidade executa o projeto
pontos ou travessão. Veja: anunciado, ou os cidadãos do município não mais
- Os alunos se encontram muito ansiosos, já as alunas lhe darão crédito.
estão tranquilas. – Você vai ou não?
- Os alunos estão se esforçando muito: com certeza
serão classificados. Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas
- Tirei a ansiedade de um só aluno – não fui bem- Exprimindo ideia de conclusão, consequência,
sucedido com os outros. sempre são iniciadas pelas conjunções coordenativas
conclusivas.
Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas – O povo não consegue alimentar-se bem; é um fato,
Falarei agora de dois tipos de orações coordenadas: pois, a necessidade de empregos.
as assindéticas e as sindéticas. Não há mistério – Vocês são especiais em minha vida, por isso não
algum nisso, beleza? As assindéticas são justapostas vivo sem vocês.
(ou seja, postas uma ao lado da outra), não iniciadas – Ele estuda todo dia, logo resolverá facilmente as
por síndeto (=conjunção)! Adivinha quais são as questões.
sindéticas? Ora, são as iniciadas por síndeto – Não me sinto preparado ainda, prestarei concurso
(=conjunção). só no próximo ano, portanto.

Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas


Exprimindo ideia de soma, adição, sempre são Exprimindo ideia de explicação, justificativa, sempre
iniciadas pelas conjunções coordenativas aditivas. são iniciadas pelas conjunções coordenativas
– Dezenove sem-terra morreram no local, e dois, a explicativas.
caminho do hospital. – A necessidade de empregos é um fato, pois o índice
– Eu não tinha estes olhos sem brilho nem tinha aumenta a cada dia.
pensamentos amargos. – A criança devia estar doente, porquanto chorava
– Tanto leciona quanto advoga. muito.
– Não só os parentes das vítimas ficaram chocados – Amai, porque amor é tudo. – Quisera saber bem o
com o massacre, como o povo externou sua fúria Português, que eu iria passar em todas as provas.
contra os culpados pela chacina.

Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas 7.8 Período Composto por Subordinação


Exprimindo ideia de adversidade, oposição, sempre
são iniciadas pelas conjunções coordenativas A subordinação trata da relação de dependência
adversativas. entre termos e orações. Quando você lê uma frase
– Os economistas estão empolgados com o cenário com duas orações (período composto), é certo que
atual, mas isso durará pouco. elas mantêm algum tipo de relação. No caso da
– A polícia invadiu a comunidade; o tiroteio, porém, subordinação, percebemos que uma oração está
continuava. “presa” à outra, porque uma delas (chamada de
– O conhecimento enfuna, todavia é uma subordinada) completa a estrutura sintática da outra
necessidade. (chamada de principal), ou simplesmente depende da

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outra (da principal) para ampliar a sua estrutura. Logo, tendo em mente a análise das três orações,
Trocando em miúdos, a oração subordinada sempre concluímos que existem orações subordinadas
mantém uma relação de dependência com a oração completando a principal (a primeira, destacada) e
principal. existem orações subordinadas acessórias,
- Os alunos estavam temerosos de que a prova ampliando/determinando a principal (a segunda e a
viesse em um nível difícil. terceira, destacadas).
- Os alunos que mantêm constância nos estudos Resumindo: existem três tipos de orações
sentem-se confiantes. subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as
- Quando eles precisam de ajuda, o professor adverbiais.
sempre busca ajudá-los.
As orações destacadas são subordinadas. Vamos ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
analisar uma por uma. Note que a primeira (de que a
prova viesse em um nível difícil) completa a As orações subordinadas substantivas são
estrutura sintática da oração principal (Os alunos chamadas assim porque exercem função sintática
estavam temerosos). Eu digo que completa, porque própria de substantivo em relação à oração principal.
“quem está temeroso, está temeroso de alguma Isto é, elas exercem função sintática de sujeito,
coisa”. Percebe que o adjetivo temeroso exige um predicativo, objeto direto, objeto indireto,
complemento? Então, o complemento dele vem em complemento nominal, aposto etc. São iniciadas
forma de oração (de que a prova viesse em um nível pelas conjunções integrantes que ou se. Segundo o
difícil). Logo, a primeira oração está “presa” à oração famoso bizu, podem ser substituídas por isto/isso.
principal, porque completa sua estrutura sintática. Quero que você perceba sempre o seguinte: as
Imagine... eu chego até você e digo: “Aí, os alunos orações substantivas exercem função típica de
estão temerosos.” Você responde: “Ah, ok.”? Claro que substantivo, por isso a correspondência entre uma
não! Você vai me perguntar: “Estão temerosos de oração substantiva e um termo substantivo é visível.
quê?” Aí eu respondo: “Ah, eles estão temerosos de
que a prova venha difícil”. Percebe, então, que a Veja:
oração principal precisa de um complemento? Por sua 1) Sujeito
vez, a oração subordinada exerce função sintática de – Hoje se anunciou sua aposentadoria. = Hoje se
complemento nominal (um termo integrante, anunciou que ele se aposentará.
lembra-se?), completando a principal. Essa relação é 2) Predicativo
de dependência, portanto... subordinação! – O anúncio lamentável era a aposentadoria dele. =
Notou que a oração destacada é acessória? O anúncio lamentável era que ele se aposentaria.
“Hmmm... acessória... isso me lembra termos 3) Objeto direto
acessórios da oração... adjunto adnominal, adjunto – Ninguém desejou sua aposentadoria. = Ninguém
adverbial... Ah! Entendi!”. A oração destacada exerce desejou que se aposentasse.
função de adjunto adnominal, pois está determinando 4) Objeto indireto
um substantivo (alunos). Percebeu também que a – Avisei-o de sua aposentadoria. = Avisei-o de que
oração principal não depende dela? Por outro lado... a deveria aposentar-se.
subordinada depende da principal, pois ela é como 5) Complemento nominal
um termo acessório, isto é, – Estava receoso de sua aposentadoria. = Estava
depende da existência da principal para ampliar sua receoso de que se aposentasse.
estrutura. 6) Aposto
A terceira oração também funciona sintaticamente – Hoje o atleta só deseja isto: sua aposentadoria. =
como um termo acessório, mais especificamente Hoje o atleta só deseja isto: que se aposente.
como um adjunto adverbial de tempo. Note que Portanto, segundo a gramática tradicional, são seis
também podemos colocar uma tarja e perceber que a tipos de orações substantivas (subordinadas, em
oração principal não depende dela, mas sim o negrito).
contrário:
Quando eles precisam de ajuda, , o professor
sempre busca assisti-los. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

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Vou dar os mesmos três exemplos, só que, dessa vez,


As orações subordinadas adjetivas são chamadas as orações serão separadas por pontuação para se
assim porque exercem função sintática própria de tornarem explicativas. Veja:
adjetivo em relação à oração principal. Isto é, segundo – Os candidatos, que participaram das aulas extras,
a tradição gramatical, elas exercem tão somente a não encontraram dificuldade na prova.
função de adjunto adnominal, pois funcionam como
um acessório em relação à oração principal. São ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
iniciadas pelos pronomes relativos que, o qual, quem, As orações subordinadas adverbiais são chamadas
cujo, quanto, onde, como, quando. assim porque exercem função sintática própria de
Quero que você entenda o seguinte: por mais que advérbio em relação à oração principal. Isto é, elas
algumas orações adjetivas sejam separadas por exercem a função de adjunto adverbial. São iniciadas
pontuação (vírgula, travessão ou parênteses), elas pelas conjunções subordinativas (já decorou?) Quero
equivalem a um adjetivo que exerce função de adjunto que você perceba o seguinte: as orações adverbiais
adnominal. exercem função típica de advérbio, por isso a
É fácil perceber a correspondência entre uma oração correspondência entre uma oração adverbial e um
adjetiva e um termo adjetivo. Veja: adjunto adverbial é visível. Veja:
– O advogado, ambicioso por novos clientes, – O candidato esquerdista não conseguiu ir para o
trabalha mais de 12 horas por dia. segundo turno por falta de popularidade.
– O advogado, que ambiciona novos clientes, – O candidato esquerdista não conseguiu ir para o
trabalha mais de 12 horas por dia. segundo turno porque não tinha popularidade.
Perceba que ambicioso por novos clientes tem o
mesmo valor que a oração adjetiva que ambiciona ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
novos clientes, isto é, modifica um substantivo CAUSAIS
(advogado). Outro exemplo: Exprimindo ideia de causa, são iniciadas pelas
– Vinha relutando há muito tempo para pintar aquela conjunções subordinativas causais.
parede sem cor. – Um analista de sistemas esfaqueado 38 vezes e
– Vinha relutando há muito tempo para pintar aquela deixado para morrer sobreviveu porque estava acima
parede que estava sem cor. do peso.
Perceba, novamente, que a locução adjetiva sem cor – Como estivesse ferido gravemente, não suportou
tem o mesmo valor que a oração adjetiva que estava a cirurgia.
sem cor, isto é, modifica um substantivo (parede). – A entrevista foi alvo de críticas dos opositores do
presidente, visto que sua pauta focalizou a gestão
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS macroeconômica do governo.
RESTRITIVAS
As orações subordinadas adjetivas restritivas têm o ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
papel de limitar a parte de um conjunto, restringindo o CONSECUTIVAS
sentido do termo antecedente. Por via de regra, não Exprimindo ideia de consequência, são iniciadas pelas
vêm separadas por pontuação. conjunções subordinativas consecutivas.
Vou dar três exemplos cujas orações são introduzidas – Nesta cidade, chove que é o Diabo! (tanto não
pelo pronome relativo que, pois é definitivamente o expresso antes do que)
mais cobrado em provas de concurso público. Veja: – Isso é tão prazeroso que me vicia.
– Os candidatos que participaram das aulas extras – O presidente não melhorou a vida da população, de
não encontraram dificuldade na prova. modo que se sentiu enganada pelas promessas.
Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas
As orações subordinadas adjetivas explicativas ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
têm o papel de modificar um termo, generalizando-o ou CONDICIONAIS
simplesmente tecendo um comentário extra sobre ele. Exprimindo ideia de condição, são iniciadas pelas
Vêm sempre separadas por pontuação (vírgulas, conjunções subordinativas condicionais.
travessões ou parênteses). – Chegaremos hoje, salvo se houver imprevistos.
– Tudo ficará bem, desde que façamos nossa parte.

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– O candidato disse que, se eleito, cumprirá as ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


promessas. (o verbo auxiliar da locução verbal da PROPORCIONAIS
oração condicional está implícito; = ... se for eleito...) Exprimindo ideia de proporcionalidade, são iniciadas
pelas conjunções subordinativas proporcionais.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS – Entre as revistas, X e Y mostram perfis engajados,
CONCESSIVAS ao passo que Z é ligeiramente desviante.
Exprimindo ideia de concessão, são iniciadas pelas – À medida que o Brasil acelera, os limites impostos
conjunções subordinativas concessivas. pelo real valorizado aparecem.
– Por pior que esteja sua vida, não desista de – Quanto menos as pessoas comem e bebem, mais
estudar. elas pensam e teorizam.
– Tínhamos de comer sempre um pouco de tudo,
conquanto isso fosse uma tarefa difícil. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
– Sortudo que fosse nos relacionamentos, não se TEMPORAIS
casou com uma mulher virtuosa. Exprimindo ideia de tempo, são iniciadas pelas
conjunções subordinativas temporais. Não deixe de
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS dar uma olhada no capítulo de conjunções
CONFORMATIVAS subordinativas.
Exprimindo ideia de conformidade, são iniciadas pelas – Já se sentiu sozinho enquanto havia 300.000
conjunções subordinativas conformativas.– Como pessoas ao seu redor?
todos sabemos, o Brasil já é autossuficiente em – Desde que essas explicações chegaram à minha
petróleo. vida, nunca mais fui o mesmo estudante.
– A revelação dos contatos do lobista com a empresa – Depois que ela adormecer, iremos fugir deste lugar.
portuguesa deixou clara, consoante relevou uma Orações Subordinadas Adverbiais Modais
revista famosa, a participação dele na “jogada”. É iniciada pela locução conjuntiva sem que.
– Segundo foi noticiado por nós, a reunião da sexta- – Os alunos saíram da sala de aula sem que a
feira 13 era esperada desde há muito. professora percebesse.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


COMPARATIVAS 7.9 Questões anteriores de concursos
Exprimindo ideia de comparação, são iniciadas pelas 1) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
conjunções subordinativas comparativas. Não deixe
Língua Portuguesa
de dar uma olhada no capítulo de conjunções
subordinativas.
– Amo-o como a um filho. (= como amo a um filho)
– O professor hoje é mais didático do que nunca. (=
do que nunca foi)
– Sua sabedoria é tão intrigante quanto sua
humildade. (= quanto sua humildade é)

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS FINAIS


Exprimindo ideia de finalidade, são iniciadas pelas
conjunções subordinativas finais. Não deixe de dar
uma olhada no capítulo de conjunções subordinativas.
– Entre em silêncio para que as crianças não
acordem.
– Tudo fiz porque ela se casasse comigo. A respeito das estruturas linguísticas do texto acima,
– Estudem mais a fim de que resolvam bem as julgue o próximo item.
questões. Em ambas as ocorrências na linha 2, a conjunção “e”
introduz oração coordenada sindética aditiva.
( ) Certo ( ) Errado

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2) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, “Por mais que a gente saiba que aquilo é anúncio de
Prova: Professor P — Pedagogo sabonete, fica sempre aquela dúvida...” (§ 3)
Com base nas estruturas linguísticas do texto acima,
julgue o item que se segue. A1ª oração do fragmento transcrito acima introduz no
período o sentido de:
a) concessão.
b) causa.
c) consequência.
d) comparação.
O emprego de vírgula logo após “aconselhamento
familiar" (l.18-19) justifica-se para isolar oração 8) Ano: 2014, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDS-TO,
explicativa subsequente. Prova: Analista Socioeducador – Direito
( ) Certo ( ) Errado “A técnica é chatear tanto até ficarem em nosso
subconsciente..." (§ 1)
3) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Prova: Professor P — Pedagogo A 2ª oração do fragmento acima exprime em relação à
1ª o sentido de:
a) causa.
b) condição.
c) consequência.
O emprego da vírgula após “ambiente” (L.21) justifica- d) oposição.
se por isolar oração subordinada adjetiva explicativa.
( ) Certo ( ) Errado 9) Ano: 2014, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDF, Prova:
Analista Socioeducador – Direito
4) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, No trecho “... COMO é contemporânea de todos os
Prova: Professor P — Pedagogo povos...”, o termo destacado estabelece com o trecho
anterior uma relação de:
a) causa.
b) oposição.
O emprego da vírgula logo após “choca” (L.1) justifica- c) adversidade.
se por isolar oração subordinada adjetiva explicativa. d) conclusão.
( ) Certo ( ) Errado
10) Ano: 2006, Banca: CESPE, Órgão: SEDS-TO,
5) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, Prova: Professor – Sociologia
Prova: Professor P — Pedagogo Considerando o texto acima, julgue os itens que se
seguem.

A oração “que avalia jovens de 15 anos” (L.16) é


subordinada adjetiva explicativa e, por isso, vem
isolada por vírgulas.
( ) Certo ( ) Errado

6) Ano: 2008, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,


Prova: Professor – Língua Portuguesa
A oração “que já conseguiram garantir o acesso
universal à educação básica” (l.2-3) não se apresenta
entre vírgulas por tratar-se de subordinada adjetiva
restritiva, sendo, portanto, indispensável à
compreensão do enunciado.
O emprego de vírgula logo após “pluralidade” (L.3) ( ) Certo ( ) Errado
justifica- se para isolar oração subordinada adjetiva
explicativa subseqüente.
( ) Certo ( ) Errado GABARITO

7) Ano: 2010, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDS-TO, 1–E 3–E 5–C 7–A 9–A
Prova: Analista Socioeducador – Direito 2–C 4–E 6–E 8–C 10 – C

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8. Concordância Nominal e Concordância Verbal Não variam quando advérbios: caro, barato,
bastante, meio, junto. Entretanto, quando
A concordância diz respeito à conformidade de adjetivos, variam normalmente.
palavras que mantêm relações entre si. – A gasolina não custa caro, nem barato. (advérbios)
– As carnes estão cada vez mais caras, mas as
8.1 Concordância Nominal bebidas continuam baratas. (adjetivos)
A concordância nominal trata da adequada variação – Está meio nervosa, porque trabalhamos bastante.
em gênero e número dos determinantes (artigos, (advérbios)
adjetivos, numerais e pronomes) com o substantivo, – Depois de comer meia fruta daquela barraca,
pois tais classes dependem dele e relacionam-se com comprou frutas bastantes para uma ceia farta.
ele! (adjetivos)
– Elas procuram resolver junto seus problemas.
Concordância Nominal com Adjetivos (advérbio)
De acordo com a regra geral, os determinantes artigo, – Elas procuram resolver juntas seus problemas.
pronome, numeral, adjetivo (e o particípio) concordam (adjetivo)
em gênero e número com o substantivo (ou outra
palavra de valor substantivo). A concordância atrativa Todo (advérbio) pode sofrer concordância atrativa,
é frequente, por isso olho vivo! mas a concordância gramatical é própria da norma
As minhas três belas casas vão ser vendidas porque culta.
fui à falência. – Encontrei os portões todo(s) abertos.
a) Quando um só adjetivo se refere a um substantivo, – Ela ficou todo(a) religiosa depois do culto.
concorda com ele normalmente.
– O aluno sempre foi muito atento, mas a aluna nunca Não variam nunca os substantivos que se tornam
foi tão atenta quanto ele. adjetivos pelo contexto: padrão, fantasma,
b) Quando o adjetivo é composto, só o último termo relâmpago, pirata, monstro, surpresa etc. Certos
varia com o substantivo. Esta é a regra geral. Para vocábulos e expressões tomadas como adjetivos
mais detalhes, consulte o capítulo de Adjetivo. também não variam: menos, alerta*, salvo, exceto,
– As intervenções médico-cirúrgicas foram um pseudo, a olhos vistos (e qualquer outra locução
sucesso! adverbial)...
c) Quando o adjetivo se referir a mais de um – Fizeram duas festas monstro anteontem na zona sul
substantivo, concordará com todos os substantivos ou da cidade.
com o mais próximo. – Existem muitas firmas fantasma por aqui.
– Os alunos e as alunas atentos entenderam tudo. – Nossos times conquistaram vitórias relâmpago no
– Os alunos e as alunas atentas entenderam tudo. fim do campeonato.
d) Se o adjetivo vier antes dos substantivos, a – Sempre realizamos festas surpresa na empresa.
concordância será feita obrigatoriamente com o mais – Compre menos farinha, menos frutas, menos
próximo. alface... compre livros também.
– Comprei as velhas gramáticas e manuais de que – Os soldados brasileiros devem sempre estar alerta.
precisava para uma pesquisa. – Salvo/Exceto elas, ninguém mais chamou a atenção
e) É obrigatória a concordância com o substantivo mais do diretor da peça.
próximo quando o sentido exige ou quando os – És uma pseudoprofetisa!
substantivos são sinônimos, antônimos ou em – Seus filhos estão crescendo a olhos vistos.
gradação.
– Eu comprei frango e carne bovina. (o sentido exige)
– Você tem ideias e pensamentos fixos. (sinônimos) 8.2 Concordância Verbal
– Neste lugar, é sempre calor e frio absurdo. Na concordância verbal, o conceito de concordância
(antônimos) se mantém. O que ocorre nesse caso é a relação entre
– O sorriso, o riso, a gargalhada solta era sua maior o verbo e o sujeito. Assim, a concordância verbal trata
característica. (gradação) da adequada flexão, em número e pessoa, de um
verbo com seu sujeito.

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1) O núcleo do sujeito é uma palavra de sentido concordar com o especificador dele. Se o numeral vier
coletivo. precedido de determinante, o verbo concordará
O verbo fica no singular. apenas com o numeral.
– A multidão gritou entusiasticamente o nome do – Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe o que é
jogador. viver bem.
– O grupo, ontem à noite, decidiu que iria ao – Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é
congresso. viver bem.
2) O sujeito é o pronome relativo que. – Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem.
Neste caso, o verbo posterior ao pronome relativo – Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem.
(com função de sujeito!) concorda com o antecedente – Os 30% da população não sabem o que é viver mal.
do relativo. 7) Sujeito em voz passiva sintética.
– Depois de participar da promoção, presentearam a O verbo concorda com o sujeito paciente. Passe
mim, que jamais ganhei um “par ou ímpar”. sempre para a voz passiva analítica para “enxergar” o
– Quais são os limites do Brasil continental que se sujeito mais facilmente.
situam mais próximos e mais distantes do Meridiano? – Vendem-se casas de veraneio aqui. (Casas de
3) O sujeito é o pronome indefinido quem. veraneio são vendidas aqui.)
Por via de regra, o verbo fica na 3a pessoa do singular – Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão
concordando com quem. interessada. (Pessoa tão interessada nunca foi vista
– Fomos nós quem resolveu a questão. em parte alguma.)
4) O sujeito é formado de palavras pluralizadas, 8) Núcleos do sujeito constituídos de pessoas
normalmente topônimos, como: gramaticais diferentes.
Amazonas, Alpes, Andes, Alagoas, Campinas, Para haver concordância adequada, segue-se a ordem
Campos, Buenos Aires, Emirados Árabes Unidos, de prioridade: a 1a pessoa prevalece sobre a 2a, que
Filipinas, Marrocos, Minas Gerais, Montes Claros, prevalece sobre a 3a.
Patos, Vassouras, etc. – Eu e ele (= Nós) nos tornaremos pessoas melhores
Se o sujeito vier antecedido de artigo no plural, o verbo depois desses ensinamentos.
ficará no plural. Se o sujeito não vier antecedido de – Tu e ele (= Vós) vos tornareis pessoas melhores
artigo (ou de artigo no plural), o verbo ficará no depois desses ensinamentos.
singular. 9) Os núcleos do sujeito são sinônimos e estão no
– Os Estados Unidos continuam sendo a maior singular.
potência mundial. O verbo pode ficar no singular ou no plural.
– Santos fica em São Paulo. – A angústia e a ansiedade não o ajudava a se
– O Marrocos foi dominado pelos árabes no século concentrar.
VIII. – A angústia e a ansiedade não o ajudavam a se
– Férias faz bem à saúde. concentrar.
– Vozes verbais diz respeito, basicamente, a três 10) Gradação entre os núcleos do sujeito.
formas diferentes do verbo. O verbo fica no singular ou no plural.
– As vozes verbais são tradicionalmente divididas – Seu cheiro, seu olhar, seu toque bastou para me
em ativa, passiva e reflexiva. seduzir.
5) O sujeito é formado pelas expressões mais de – Seu cheiro, seu olhar, seu toque bastaram para me
um, cerca de, perto de, menos de, coisa de, obra de seduzir.
etc. 11) Sujeito constituído pelas expressões um e
O verbo concorda com o numeral. outro, nem um nem outro.
– Mais de um aluno não compareceu à aula. O verbo fica no singular ou no plural.
– Mais de cinco alunos não compareceram à aula. – Um e outro já veio/vieram aqui.
6) Sujeito formado de número percentual ou – Nem um nem outro já veio/vieram aqui.
fracionário.
O verbo concorda com o numerador (o número antes Concordância Verbal do Ser
da barra da fração) ou com o número inteiro (o número Aí, a essa altura do campeonato eu pergunto: “Quando
antes da vírgula na porcentagem), mas pode o verbo ser não é especial?” Não poderia ser diferente

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na concordância! O fato é o seguinte: ora o verbo ser a) o pronome relativo “quem” é sujeito do verbo “criou”.
concorda com o sujeito, ora com o predicativo do b) os dois verbos estão fexionados na mesma pessoa
sujeito. gramatical.
Vejamos as regras desse verbo todo especial. c) se fosse usado “que” no lugar de “quem”, não
1) O verbo ser concorda com o sujeito (pronome haveria alteração na concordância.
pessoal reto). d) o pronome “eu” é sujeito das duas orações.
– Nós somos unha e carne.
2) O verbo ser concorda com o sujeito (pessoa). 3) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova:
– Fernando Pessoa foi muitos poetas; basta conhecer Psicólogo
seus heterônimos. “Mais de 90 milhões de brasileiros, quase metade da
3) Quando, em predicados nominais, o sujeito for população atual, não eram nascidos quando o último
representado por um dos pronomes tudo, nada, general-presidente, João Figueiredo, deixou o Palácio
isto, isso, aquilo ou “coisas”, o verbo ser do Planalto”.
concordará com o predicativo (preferencialmente) Assinale a opção que mostra uma afirmação correta
ou com o sujeito. sobre a concordância verbal desse período.
– No início, tudo é/são flores. a) A forma verbal “eram nascidos” concorda com “90
– Tua Palavra sempre foi/foram as Sagradas milhões” ou “brasileiros”.
Escrituras. b) A forma verbal “eram nascidos” apresenta erro, pois
– Vestidos, sapatos e bolsas são/é assunto de deveria concordar com “população”.
mulher. c) A forma “eram nascidos” deve, obrigatoriamente,
4) Em indicações de horas, datas, tempo, distância concordar com “brasileiros”.
(predicativos), o verbo concorda com o d) A forma “eram nascidos” deve, obrigatoriamente,
predicativo. concordar com “90 milhões”
– São nove horas. e) A forma verbal correta seria “era nascida”,
– É frio aqui. concordando com “metade”.
– Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas?
– Daqui à Cidade são só dez quilômetros. 4) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova:
Psicólogo
“políticas públicas social-democratas”
8.3 Questões de concursos anteriores
1) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, Sobre a concordância entre os termos presentes nesse
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio — segmento do texto, assinale a afirmativa correta.
Língua Portuguesa a) Uma outra forma igualmente correta do adjetivo
No próximo item, é apresentado um segmento de “social- democrata” seria “sociais-democratas”.
texto, ao qual se segue uma assertiva a ser julgada no b) Uma outra forma igualmente correta do adjetivo
que diz respeito à análise gramatical desse segmento “social- democrata” seria “sociais-democrata”.
ou ao emprego de um de seus elementos. c) Uma outra forma igualmente correta do adjetivo
“social- democrata” seria “sociodemocrata”.
“Na reunião realizada no último mês, coordenador e d) A única forma de concordância correta do adjetivo
secretária adjuntos discordaram entre si, o que “social- democrata” é a presente no texto.
prejudicou a votação" — Nesse período, o termo e) O adjetivo “públicas” poderia ser empregado da
“adjuntos" poderia ser empregado também no feminino forma “público”.
singular, o que atenderia às normas gramaticais, mas
tornaria o trecho ambíguo. 5) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova:
( ) Certo ( ) Errado Psicólogo
“Até então, Florescu era um homem austero,
2) Ano: 2014, Banca: IBFC, Órgão: SEDS-MG, Prova: especialista em Leste europeu e autor de livros sérios,
Agente de Segurança Socioeducativo um deles sobre as relações diplomáticas anglo-turcas.
Ao observar a concordância verbal em “Fui eu quem O estouro de 'Em Busca de Drácula' mudou sua vida.
criou a terra”, conclui-se que: De repente - e até o fim - , ele passou a viver de

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palestras muito bem pagas em universidades, às quais c) Cerca de 20% da mata foi destruído.
comparecia usando uma capa de vampiro." d) Deve ter entrado, no teatro, mais de duzentas
pessoas.
Nesse segmento do texto, os termos que estão em e) A maioria dos moradores gostam de passear na
concordância nominal ou verbal são Lagoa do Taquaral.
a) especialista e europeu.
b) diplomáticas e anglo-turcas. 9) Ano: 2016, Banca: FUMARC, Órgão: Câmara de
c) mudou e sua vida. Lagoa da Prata - MG, Prova: Agente Administrativo
d) capa e de vampiro. A concordância verbal está correta, EXCETO em:
e) homem e especialista. a) ele quem perdeu a carteira ontem.
b) Fazem dez anos que não o vejo.
6) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, Prova: c) Mais de um jogador foi expulso no último domingo.
Assistente Social d) Houve diversas reclamações sobre o assunto.
“Mais de 90 milhões de brasileiros, quase metade da
população atual, não eram nascidos quando o último 10) Ano: 2016, Banca: CONED, Órgão: SESC-PA,
general-presidente, João Figueiredo, deixou o Palácio Prova: Encarregado Administrativo
do Planalto”. A concordância nominal feita em: “Eu só não caio
porque estou meio resfriado.” é a mesma em:
Assinale a opção que mostra uma afirmação correta a) Bastaram só dois quilos e meio de arroz
sobre a concordância verbal desse período. b) Era um homenzinho de meio metro de altura
a)A forma verbal “eram nascidos” concorda com “90 c) Aquelas velhas andam meio maluquinhas por
milhões” ou “brasileiros”. músicas pop
b) A forma verbal “eram nascidos” apresenta erro, pois d) Só existe um meio de se chegar à felicidade:
deveria concordar com “população”. amando
c) A forma “eram nascidos” deve, obrigatoriamente, e) O avião continua sendo o meio mais rápido de
concordar com “brasileiros”. transporte entre os continentes
d) A forma “eram nascidos” deve, obrigatoriamente,
concordar com “90 milhões”.
e) A forma verbal correta seria “era nascida”, GABARITO
concordando com “metade”. 1–C 3–A 5–E 7–C 9–B
2–A 4–D 6–A 8–E 10 – C
7) Ano: 2016, Banca: MPE-GO, Órgão: MPE-GO,
Prova: Secretário Auxiliar
Assinale a alternativa em que a palavra “bastante(s)” 9. Regência Nominal e Regência Verbal
está empregada corretamente, de acordo com a norma
culta da Língua. Regência é a maneira como o nome ou o verbo se
relacionam com seus complementos, com preposição
a) Os rapazes eram bastantes fortes e carregaram a ou sem ela. Quando um nome (substantivo, adjetivo
caixa. ou advérbio) exige um complemento preposicionado,
b) Há provas bastante para condenar o réu. dizemos que este nome é um termo regente e que
c) Havia alunos bastantes para completar duas salas. seu complemento é um termo regido. Por um motivo
d) Temos tido bastante motivos para confiar no chefe. muito simples: há uma relação de dependência entre o
e)Todos os professores estavam bastantes confiantes. nome e o seu complemento.

8) Ano: 2016, Banca: MPE-GO, Órgão: MPE-GO, 9.1 Regência Verbal


Prova: Secretário Auxiliar
Assinale a alternativa cuja concordância verbal VERBOS COM MAIS DE UMA REGÊNCIA SEM
obedece às normas gramaticais. MUDANÇA DE SENTIDO
a) Não podem haver rasuras na prova de redação. Tais verbos costumam ser indistintamente transitivos
b) Águas de Lindóia estão a 180 Km de São Paulo. diretos ou indiretos:

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– O rei abdicou o trono. / O rei abdicou do trono. Facilitar (VI)


– A secretária atendeu o telefone. / A secretária – Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda. (dito popular)
atendeu ao telefone. Auxiliar (VTD)
– A noite antecede o amanhecer. / A noite antecede – Deus ajuda quem cedo madruga. (dito popular)
ao amanhecer. Auxiliar (VTI – em)
– Acredito que Deus existe. / Acredito na existência – Ele sempre ajuda na reforma da Igreja.
de Deus. Auxiliar (VTDI (OD: “pessoa” / OI: “coisa” – em)
– Na prova, atente o que estiver diante de seus – Os irmãos não se ajudam em nada.
olhos. / Na prova, atente a/em/para o que estiver Apelar
diante de seus olhos. Interpor recurso judicial à instância superior, recorrer
– Anseio/Almejo uma vida estável. / Anseio/Almejo (VTI – de)
por uma vida estável. – O advogado apelou da decisão.
– Durante uma semana, eu cogitei aquela vingança. Pedir socorro/ajuda (VTI – a, para)
/ Durante uma semana, eu cogitei naquela vingança. – Aquela mulher feia teve de apelar para o santo
– Como o patrão consente tantos erros? / Como o casamenteiro.
patrão consente em tantos erros? Aspirar
– Declinou o cargo. / Declinou do cargo. Respirar, inspirar, sugar (VTD)
– Desfrutemos o bom da vida! / Desfrutemos do – Em regiões muito altas, é difícil aspirar o ar.
bom da vida! Almejar, pretender alcançar (VTI – a)
– Desdenho tua sabedoria. / Desdenho de tua – Nunca mais aspirarei a amores impossíveis.
sabedoria. Assistir
– “Na penumbra da noite deparei um vulto estranho.” Morar, residir, habitar (VI – em)
(Cegalla) / Na penumbra da noite deparei com um – Assisto em Copacabana há 15 anos.
vulto estranho. – O professor assistia frequentemente a aluna com
– Ele goza sua melhor forma. / Ele goza de sua dificuldade.
melhor forma. – O professor assistia-lhe (a ela) frequentemente.
– Não necessitam/precisam defesa de ninguém. Ver (e ouvir), presenciar, observar (VTI – a)
(forma rara atualmente) / Não necessitam/precisam – Quando namorávamos, assistíamos a vários shows.
da defesa de ninguém. – Não lhe (a você) assiste dizer se isto é certo ou
– O nascimento do filho obstou a viagem. / O errado.
nascimento do filho obstou à viagem. Chamar
Convocar, convidar (VTD)
– O técnico brasileiro chamou o novo talento para a
VERBOS QUE NORMALMENTE MUDAM DE seleção.
SENTIDO DEVIDO À REGÊNCIA Invocar para auxílio ou proteção, normalmente
Agradar apelando (VTD ou VTI (por))
Acariciar, fazer carinho (VTD) – Chamaram (por) Jeová quando em extrema
– A mãe agradou seu filho no colo. dificuldade.
Satisfazer, alegrar, contentar (VTI – a) Classificar, qualificar, nomear (VTD ou VTI – a)
– Este espetáculo sempre agrada ao público. – Chamei o professor (de) inteligente. / Chamei-o (de)
Agradecer inteligente.
VTD (complemento “coisa”) – Chamei ao professor (de) inteligente / Chamei-lhe
– Alguns sem-teto agradeceram nosso auxílio. (de) inteligente.
VTI (complemento “pessoa”; acompanhado ou não de Chegar
adjunto adverbial de causa) Tradicionalmente VI (vem acompanhado de adjunto
– Devemos agradecer a Deus (quem crê, é claro) pelas adverbial de lugar, iniciado sempre pela preposição a,
bênçãos diárias. nunca por em)
VTDI (OD (“coisa”) / OI (“pessoa”) – a) – Nosso time nunca chegou a uma posição decente na
– Agradeceste-lhe (a ele) o elogio? tabela.
Ajudar Conferir

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Examinar (VTD) – Eu o desculpo e desculpo o erro de seus irmãos, mas


– Conferimos a redação do candidato, a qual estava esta é a última vez.
excelente. VTDI (de/a)
Atribuir, imprimir certa característica (VTDI – a) – Peço que a desculpe dessas falhas.
– O júri conferiu prêmios aos melhores concorrentes. – Peço que lhe (a ela) desculpe essas falhas.
– Os pormenores conferiam verossimilhança à história. Esquecer / Lembrar
Estar de acordo (VI ou VTI – com) VTD (quando não pronominais)
– O laudo confere. – O aluno esqueceu a informação da aula anterior.
– A descrição do suspeito não confere com o – O aluno lembrou a informação da aula anterior.
depoimento da testemunha. Obs.: No sentido de “ser semelhante” também é VTD:
Constar O filho lembra muito o pai.
Ser composto de, consistir em, conter; estar incluído VTI (quando pronominais (de); o se é uma parte
(VTI – de) integrante do verbo)
– A epopeia consta de dez cantos. – O aluno esqueceu-se/lembrou-se da informação
Estar incluso (VTI – de/em) anterior.
– Este consta da/na antologia do poeta Drummond. VTI (a)
Ser sabido (VTI (a) – o sujeito da frase é normalmente – Esqueceu-me/Lembrou-me a informação anterior.
uma oração) VTDI (só o lembrar – de/a)
– Não me (a mim) constava que ela passou na prova. – O professor lembrou o aluno da informação.
Custar – O professor lembrou a informação ao aluno.
Indicando preço, valor (VI; acompanhado de adjunto Implicar
adverbial de preço) Zombar, troçar, provocar rixa, amolar, hostilizar (VTI –
– Nosso carro custou duzentos mil reais. com)
Demorar (VI) – O pai vive implicando com o filho.
– Custaram, mas chegaram, enfim. Envolver (alguém ou a si mesmo), comprometer (VTDI
Causar, provocar, acarretar, resultar (VTDI – a) – em)
– A arrogância pode custar-lhe (a ele) o emprego. – O policial se implicou na conspiração. (este se é
Ser custoso, difícil (VTI – a) reflexivo)
– Nós custamos a aprender Português (construção Acarretar, produzir como consequência (VTD)
coloquial) – Segundo uma das leis de Newton, toda ação implica
– Custou-nos(a) aprender Português (construção uma reação de igual ou maior intensidade, na mesma
culta) direção e em sentido contrário.
Dar Informar
Tornar-se (VL) Tanto informar quanto avisar, aconselhar, anunciar,
– O ex-atleta deu um bom empresário. advertir, alertar, certificar, cientificar, dizer,
Bastar (VI) comunicar, informar, impedir, incumbir, noticiar,
– Esse dinheiro não dá. notificar, prevenir, proibir são VTDIs, normalmente,
Registrar, emitir, informar... (VTD) admitindo duas possíveis construções:
– A mídia deu a notícia ontem. Informar algo a alguém.
Bater, topar... (VTI – com) ou
– O homem deu com o joelho na escada rolante. Informar alguém de algo.
Entregar, ceder... (VTDI – a/para/em) – Advertimos aos tripulantes (OI) que não nos
– A mãe deu à luz um filho lindo. responsabilizamos por furtos ou roubos (OD).
– Só dou conselhos bons para ele porque desejo que – Advertimos os tripulantes (OD) de que não nos
ele seja um bom filho. responsabilizamos por furtos ou roubos (OI).
– A mão lhe (nele) deu muitas bofetadas ao longo da Namorar
vida. VTD
Desculpar – Namoro Maria há cinco anos. (registro culto)
VTD – Namoro com Maria há cinco anos. (registro
coloquial)

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Obedecer / Desobedecer inserção em, inerente em/a, descrente de/em,


VTI (a) desiludido de/com, desesperançado de, desapego
– Como filhos, devemos obedecer a nossos pais. de/a, convívio com, convivência com, demissão,
– Meu pai, ao qual vivia desobedecendo, era um demitido de, encerrado em, enfiado em, imersão,
homem superamoroso. imergido, imerso em, instalação, instalado em,
Pagar / Perdoar interessado, interesse em, intercalação, intercalado
VTD quando o complemento é coisa. VTI (a) quando o entre, supremacia sobre etc.
complemento é pessoa (física ou jurídica). VTDI
quando um complemento é coisa (OD) e o outro é
pessoa (OI). 9.3 Questões de concursos anteriores
– Perdoei o erro. / Paguei a dívida. 1) Ano: 2014, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDS-TO,
– Perdoei a meu pai. / Paguei ao banco. Prova: Analista Socioeducador - Direito
– Perdoei-lhe (a ele) a dívida. / Paguei-lhe (a ele) a
dívida. “... VAI à geladeira e bebe um copo de água.” (§ 2)
Preferir
Das substituições feitas a seguir no verbo em destaque
Veja a única regência adequada:
no fragmento acima, pode-se afirmar que a regência
– Prefiro Língua Portuguesa a Matemática.
verbal apresenta desvio em relação às normas da
Pode ser só VTD
língua culta em:
– Entre Português e Matemática, prefiro Português.
Responder a)chega à geladeira e bebe um copo de água.
Falar, declarar (VTD)
– Ele sempre responde que vai passar na prova. b) atinge à geladeira e bebe um copo de água.
Dar resposta a uma pergunta (VTI – a)
– Fique tranquila, pois ele vai responder aos e-mails c) prolonga-se até à geladeira e bebe um copo de
enviados. água.
Dar uma resposta a alguém (VTDI – a)
d) dirige-se à geladeira e bebe um copo de água.
– Respondeu-lhe (a ela) todas as indagações.
Visar
Mirar, fitar, apontar; pôr visto em (VTD) 2) Ano: 2014, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDS-TO,
– O soldado visou o peito do inimigo. Prova: Analista Socioeducador – Direito
– O inspetor federal visou todos os diplomas. “... qualquer um pode adquirir quase de graça,
Almejar, pretender, objetivar, ter como fim (VTI – a) pagando como puder...” (§ 8)
– Este trabalho visa ao bem-estar geral.
Das alterações feitas a seguir na redação do fragmento
acima, pode-se afirmar que a flexão do verbo “poder”
9.2 Regência Nominal está em desacordo com as normas da língua culta em:
Como já dito, alguns nomes (substantivos, adjetivos e a) ele pôde adquirir quase de graça, pagando como
advérbios) exigem complementos preposicionados. pudesse.
b) eu posso adquirir quase de graça, pagando como
1) Advérbios terminados em -mente possa.
Os advérbios derivados de adjetivos seguem, c) eles poderão adquirir quase de graça, pagando
normalmente, a regência dos adjetivos: como poderem.
análoga/analogamente a; contrária/contrariamente a; d) vós podíeis adquirir quase de graça, pagando como
compatível/compativelmente com; pudésseis.
diferente/diferentemente de; favorável/favoravelmente
a; paralela/paralelamente a; próxima/proximamente 3) Ano: 2016, Banca: IBFC, Órgão: SES-PR, Prova:
a/de; relativa/relativamente a (...) Administrativo
2) Preposições e prefixos verbais O título do texto, “Aquilo por que vivi”, apresenta a
Alguns nomes regem preposições semelhantes a seus preposição “por” em função de uma exigência. Trata-
“prefixos”: dependente, dependência de, inclusão, se de uma exigência de:

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a) concordância
b) colocação pronominal 8) Ano: 2016, Banca: FEPESE, Órgão: Prefeitura de
c) regência Florianópolis - SC, Prova: Auxiliar de Sala
d) estilística Assinale a alternativa que apresenta incorreção na
regência verbal de acordo com a norma culta:
4) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão: IBGE, a) Quero a Pedro.
Prova: Supervisor de Pesquisas - Tecnologia de b) Custou-lhe aceitar a verdade
Informação e Comunicação c) Eles se referiram sobre o outro governo.
Observa-se obediência à norma-padrão, no que se d) Esta é a cidade com a qual sonhamos.
refere à regência verbal, em: e) Assisti à conferência e não gostei.
a) A pobreza implica em muito sofrimento.
b) Os governantes devem assistir aos pobres, 9) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão:
diminuindo seu sofrimento. TRANSPETRO, Prova: Auditor Jr
c) Todos aspiram a uma vida mais justa. O período em que a regência do verbo em destaque
d) A população não raro esquece dos menos está adequada à norma-padrão é:
favorecidos. a) O homem aspirava o mar como quem deseja o
e) É importante desejarmos ao fim da pobreza. impossível.
5) Ano: 2016, Banca: Serctam, Órgão: Prefeitura de
Quixadá - CE, Prova: Assistente Jurídico b) O menino se lembrou que a mãe também amava o
Com o uso do verbo preferir, é correta a regência mar.
verbal em c) O menino preferia o mar do que o rio.
a) Meu irmão prefere peixe à carne cozida. d) Não duvidava que o pai conhecesse bem o mar.
b) É preferível ler do que assistir a jogos na televisão. e) Santiago Kovadloff queria muito bem ao filho.
c) Marília prefere mais carne assada do que a peixe.
d) Marília prefere mais carne assada à peixe. 10) Ano: 2016, Banca: MOURA MELO, Órgão:
e) Prefiro que chova, todos os dias do que enfrentar Prefeitura de Cajamar - SP, Prova: Agente
tanto calor. Administrativo
Em relação à regência dos termos, indique a
6) Ano: 2016, Banca: Câmara de Mongaguá - SP, alternativa errada:
Órgão: Câmara de Mongaguá - SP, Prova: Procurador a) Nós temos grande afeição por você.
Jurídico b) Meu consultório se localiza próximo a quitanda.
A regência está incorreta em: c) Prefiro ficar com fome a comer salsicha.
a) Atirem nos inimigos quando o general ordenar. d) Ele investiu um bom dinheiro naquela fazenda.
b) Chamavam o cientista, maluco.
c) Estimava bastante as obras de Jorge Amado.
d) Custam aos advogados esses recursos. GABARITO:
e) Aspiro o cargo de presidente há muito tempo. 1–B 3–C 5–A 7–C 9–E
2–C 4–C 6–E 8–C 10 – B
7) Ano: 2016, Banca: COSEAC, Órgão: Prefeitura de
Niterói - RJ, Prova: Professor II − Língua Portuguesa
10. Crase
Ao se substituir por um nome o verbo da oração
adjetiva de: “Tudo isso deve ser comparado a outros A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira
poemas que o leitor conheça.” (§ 2), comete-se, no vogal a é uma preposição, a segunda vogal a é um
português padrão, ERRO de regência nominal em: artigo ou um pronome demonstrativo.
a) com que o leitor mantenha contato.
b) em que o leitor se veja espelhado. Existem quatro situações básicas. Veja abaixo:
c) que o leitor tenha conhecimento.
d) pelos quais o leitor guarde admiração. a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s)
e) sobre os quais o leitor viva debruçado. É impossível resistir à lasanha da minha mãe.

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Quem nunca resiste... nunca resiste a + a (lasanha) = A bebida é sempre nociva àqueles que se
à (lasanha). embriagam.
BIZU: 1) Para sabermos se haverá crase (a+a=à), Procurou explicar-se àquela comissão, mas ela
basta colocarmos o artigo antes do substantivo e criar não tolerou seu erro.
uma frase hipotética, colocando-o como sujeito da Depois de todo o terror, assistir àquilo foi a gota
frase: “A d’água.
lasanha da minha mãe é ótima.”. Percebe que a O que é nocivo, é nocivo a + aqueles = àqueles. Quem
ausência do artigo tornaria a frase estranha: “Lasanha se explica... se explica a + aquela = àquela. Quem
da minha mãe é ótima.”? O artigo serve para assiste (= ver), assiste a + aquilo = àquilo.
determinar, especificar a palavra lasanha. Este método
é ótimo para perceber se há ou não artigo antes de um a (preposição) + a qual, as quais (pron. relativo) =
substantivo. à qual, às quais
2) Outro método que normalmente dá certo é trocar a Lembre-se: se um verbo ou um nome exigindo
palavra feminina por uma masculina. Se no lugar do à preposição vier depois do pronome relativo, a
puder ser ao, a crase estará 99% das vezes certa: “É preposição ficará obrigatoriamente antes do pronome
impossível resistir ao nhoque da minha mãe.”. relativo.
Todas as professoras de Língua Portuguesa às
Veja outro exemplo: quais me dirigi eram capazes.
Minha mãe deu à luz um bebê lindo em 1982: eu. A explicação à qual tenho direito finalmente me foi
O verbo dar, como se sabe, é bitransitivo (VTDI). Logo, dada pelo mestre.
um bebê lindo é objeto direto, e à luz, o objeto indireto. No primeiro caso, o verbo pronominal dirigir-se exige a
Dá-se algo a alguém (a “luz” está em sentido preposição a, que se aglutina com as quais (pronome
conotativo, equivalendo a “vida”, “ao mundo”). relativo), formando às quais. No segundo caso, o
Eu cheguei à Brasil, mas, como de costume, ela nome direito também exige a preposição a, que se
estava engarrafadíssima! aglutina com a qual (pronome relativo), formando à
Às vezes, o substantivo vem implícito. Você deveria qual.
ter CASOS OBRIGATÓRIOS
visto assim: “Eu cheguei à (avenida) Brasil...”. Ou seja, Além dos casos clássicos de crase, já vistos
quem chega, chega a + a avenida. anteriormente, há dois casos obrigatórios de crase.
Vejamos:
a (preposição) + a(s) (pron. demonstrativo) = à(s) 1) Locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivas e
Há basicamente dois casos em que o vocábulo a pode prepositivas com núcleo feminino
ser um pronome demonstrativo, equivalendo ao A crase ocorre porque a preposição a que inicia tais
pronome “aquela”: antes de pronome relativo que e locuções se funde com o artigo a que vem antes do
antes de preposição de: A (= aquela) que chegou era núcleo feminino. O acento grave é fixo!
minha filha. / Sua filha é linda, mas a (= aquela) dele é – Um policial à paisana trocou tiros com três homens
muito mais. que tentavam roubar um banco.
Agora sim, o princípio da crase é o mesmo. Veja: – Cheguei às cinco horas da tarde.
Nós nos referimos à que foi 01 do concurso para – À medida que estudo, fico mais seguro.
Analista Judiciário. – Einstein estava à frente de seu tempo.
Sempre procuro fazer alusão às lições do Bechara 2) Locução prepositiva implícita “à moda de, à
e às do Celso Cunha. maneira de”
No primeiro caso, quem se refere, se refere a + a = à. Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente
No segundo caso, quem faz alusão, faz alusão a + as usado nas locuções prepositivas com núcleo feminino
= às. iniciadas por a: “Os frangos eram feitos à moda da
casa imperial.”. Às vezes, porém, a locução vem
a (preposição) + aquele(s), aquela(s), aquilo (pron. implícita antes de substantivos masculinos, o que pode
demonstrativos) = àquele(s), àquela(s), àquilo fazer você pensar que não rola a crase. Mas... há
Lembre-se: crase é a fusão de duas vogais idênticas. crase, sim!
– Comi uma caça à espanhola anteontem.

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– Ontem jantei um bacalhau à Gomes de Sá. III - antes dos pronomes demonstrativos aquele(a/s),
– Hoje comerei um filé à Osvaldo Aranha. aquilo, mesma(s), própria(s), tal: “Dedicou-se à própria
– Talvez amanhã eu coma um tutu à mineira... vida, esquecendo as outras pessoas que o rodeavam.”
– Depois da indigestão, farei uma poesia à IV - antes do pronome relativo a qual: “A fórmula à qual
Drummond, vestir-me-ei à Versace e entregá-la-ei à a economia brasileira está subordinada não passa de
tímida aniversariante. uma regra básica.”
6) Antes de numerais não determinados por artigo
CASOS PROIBITIVOS – O professor só conseguiu explicar o assunto a uma
1) Antes de substantivos masculinos aluna; as três não quiseram esperar para tirar suas
– Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter dúvidas.
andado a pé. – O político iniciou visita a duas nações europeias.
2) Antes de substantivo (masculino ou feminino, 7) Antes de verbos no infinitivo
singular ou plural) usado em sentido generalizador – A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a
(Veja Casos Especiais!) trabalhar.
– Depois do trauma, nunca mais foi a festas. 8) Depois de outra preposição qualquer (essencial
– Não foi feita menção a mulher, nem a criança, ou acidental)
tampouco a homem. – Fui para a Itália.
3) Antes de artigo indefinido “uma” – A Fundação Casa é uma instituição que atua em
– Iremos a uma reunião muito importante no domingo. casos de extrema gravidade, mediante a determinação
Obs.: Diante do numeral indicando hora, crase na judicial.
cabeça: Chegarei à uma (hora). Cuidado – Serão encaminhados após a sessão os documentos
com há (indicando existência ou tempo decorrido): Há exigidos.
(existe) uma hora em que – O futuro mártir se colocou contra a medida adotada
precisamos mudar de opinião. / Há (faz) uma hora pelo governo.
fechamos um contrato milionário. 9) Entre palavras repetidas que formam uma
Veja Casos Especiais. locução
4) Antes de pronomes pessoais, pronomes – Quero que você fique cara a cara e diga a verdade.
interrogativos, pronomes indefinidos, pronomes – Nosso dia a dia nunca mais foi o mesmo após o
demonstrativos e pronomes relativos furacão.
– Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. 10) Antes de qualquer expressão ou frase
– A quem vocês se reportaram no Plenário? substantivada
– Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um – A expressão “Não vou beber” está ligada por uma
crítico. ideia de causa a “A água está muito gelada”.
– Entreguei o livro a esta editora, mas ela desprezou a – O conectivo “se” às vezes equivale a “já que”.
obra.
– A atriz brasileira a cuja peça aludi já ganhou dois CASOS FACULTATIVOS
prêmios internacionais. 1) Antes de pronomes possessivos adjetivos
Obs.: Não obstante, pode haver crase: femininos
I - antes das “formas de tratamento” senhora, – Enviamos cartas a (à) nossa filha que está no
senhorita, dona*, dama, madame, doutora etc.: Canadá.
“Destes teu coração à senhorita, e, ainda assim, ela te 2) Depois da considerada locução prepositiva até a
ignoraste?” / “À dama não respondeu por vergonha ou Quando não houver crase, leia-se até a como
falta de educação.” preposição + artigo.
II - antes dos pronomes indefinidos pouca(s), muitas, – Vá até a geladeira e pegue um pedaço de torta para
demais, outra(s) e várias: “O doutor atendeu às poucas seus avós. (até + a)
mulheres que hoje foram à sua clínica.” / “BC equipara – Vá até à geladeira e pegue um pedaço de torta para
crédito consignado às demais operações.” / “De uma seus avós. (até a + a)
geração à outra, tudo pode mudar.” 3) Antes de nomes próprios femininos
– A (À) Juliana tenho conseguido manter-me fiel, o
que tem surpreendido a todos.

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4) Diante de certos topônimos, como Europa, Ásia, 3) Não há crase antes da palavra casa, exceto se
África, França, Inglaterra, Espanha, vier especificada por um adjetivo, uma locução
Holanda, Escócia, Recife... adjetiva ou uma oração adjetiva.
– O técnico português já prevê volta a (à) Inglaterra – Fui a casa resolver um problema.
para conduzir o melhor time do – Fui à casa dela resolver um problema.
país à vitória. – O bom filho a casa torna.
– O bom filho à casa dos pais torna.
CASOS ESPECIAIS – Só volta à casa de quem o trata com mimos.
1) Na correlação (ou simetria de construção) das 4) Não há crase antes da palavra terra (em
preposições “de... a”, se houver determinante oposição a bordo, no contexto frasal). Se estiver
(artigo ou pronome) contraído com “de”, haverá especificada, há crase sempre. Afora isso, pode
artigo contraído com a preposição “a”, resultando haver crase.
na crase. – Os marinheiros retornaram a terra.
– A loja funciona de segunda à quinta, de 8h às 18h. – Os marinheiros retornaram à terra natal.
(inadequado) – O amor à Terra deve imperar, pois é nosso lar.
– A loja funciona da segunda à quinta, das 8h às 18h. – Viemos da terra e à terra voltaremos.
(adequado) 5) Paralelismo
– De 01/03 à 30/08, haverá dois cursos para a área Ocorre paralelismo quando duas ou mais estruturas
militar. (inadequado) apresentam semelhança em sua construção. Em
– De 01/03 a 30/08, haverá dois cursos para a área outras palavras, se o primeiro termo de uma
militar. (adequado) enumeração ou comparação vier determinado, o
– Ela se molhou dos pés a cabeça. (inadequado) segundo e os demais também deverão vir
– Ela se molhou dos pés à cabeça. (adequado) determinados. Entenda:
– Trabalho só deste domingo a sexta; depois, férias! – Não tenho dúvidas de que é preferível virtude a
(inadequado) desonestidade.
– Trabalho só deste domingo à sexta; depois, férias! – Não tenho dúvidas de que é preferível a virtude à
(adequado) desonestidade.
2) Com as locuções adverbiais indicativas de Quando dois ou mais elementos estão coordenados e
“hora” (do relógio), há crase. o primeiro está introduzido por preposição, há apenas
Há crase, pois junta-se a preposição a (que inicia a quatro possibilidades corretas de construção:
locução adverbial) ao artigo a ou ao pronome – Todo brasileiro tem direito a saúde, educação e
demonstrativo iniciado por “a” (que concorda com hora segurança. (preposição)
e a determina). Por mais que a palavra hora esteja – Todo brasileiro tem direito a saúde, a educação e a
elíptica, a crase é obrigatória. Um bizu é substituir a segurança. (preposição)
expressão por “ao meio-dia”. Se puder, crase na – Todo brasileiro tem direito à saúde, educação e
cabeça. segurança.(preposição + artigo)
– Nesta última eleição, o TSE bateu o recorde – Todo brasileiro tem direito à saúde, à educação e à
histórico, alcançando a totalização de 90% dos votos segurança. (preposição + artigo)
às 19h. 6) Antes de topônimos (nomes de lugar) que
– Às 21h15min, já haviam sido apuradas 99% das aceitam artigo
urnas. Bizu em forma de versinho:
– À zero hora, todo fim de ano, soltam-se fogos. “Quando venho da, quando vou crase há
– Àquela hora todos já estavam de pé? Quando venho de, crase pra quê?”
– Costuma-se acordar às quatro nos quartéis. – Fui à Bahia nas minhas férias de início de ano.
– Os lutadores de MMA se enfrentarão às dezenove (Venho da Bahia, vou à Bahia.)
deste domingo. – Fui a Ipanema. (Venho de Ipanema, vou a Ipanema)
– Diga a ela que esteja aqui à uma hora para 7) Antes de substantivo feminino singular com
conversarmos a respeito do projeto. sentido genérico
Coloquei este caso como especial, pois a presença do
artigo feminino singular antes de substantivo feminino

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singular com sentido genérico, além de implicar presença de artigo definido feminino plural antes de
mudança de sentido, implica a crase. O Cespe/UnB “principais".
adora esse tipo de questão! Veja, pelos exemplos,
como o assunto é interessante: ( ) Certo ( ) Errado
Tudo está sujeito a degeneração.
Tudo está sujeito à degeneração.
3) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Na primeira frase, a pergunta que se faz é: “Que tipo
Prova: Professor P — Pedagogo
de degeneração?”. Não se sabe. Logo, o sentido é
Com base nas estruturas linguísticas do texto acima,
genérico. Na segunda frase, trata-se de uma
julgue o item que se segue.
degeneração já mencionada ou conhecida dos
participantes do ato comunicativo: locutor e
interlocutor.
O homem deve ser submetido a cirurgia tão logo.
O homem deve ser submetido à cirurgia tão logo.

O emprego de acento grave em “às drogas" (l.4)


10.1 Questões de concursos anteriores justifica-se pela regência de “trabalho" (l.3) e pela
presença de artigo definido feminino.
1) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: ( ) Certo ( ) Errado
Professor
Estava à toa na vida meu amor me chamou
Pra ver a banda passar tocando coisas de amor. 4) Ano: 2016, Banca: FUMARC, Órgão: Câmara de
(HOLANDA, Chico Buarque de. A Banda, 1966) Lagoa da Prata - MG, Prova: Agente Administrativo
A crase é obrigatória em:
A ocorrência de crase na locução “à toa” no texto a) Não vai a clubes aos domingos.
explica-se como b) Não vá a pé para casa.
a) emprego metafórico do substantivo feminino “toa”, c) Estava disposto a falar.
cabo que reboca um barco. d) Ele veio a Bahia de trem.
b) omissão de parte da locução, no caso à (moda de)
toa, um tipo de embarcação. 5) Ano: 2016, Banca: IESES, Órgão: SERGAS, Prova:
c) alteração de gênero provocado pelo uso popular do Engenheiro – Planejamento
substantivo masculino (o)“toa”. Assinale a alternativa que completa corretamente os
d) exigência de preposição a pelo verbo “estar”, espaços no período a seguir:
situado à esquerda do artigo a (toa).
e) uso facultativo do artigo a diante do substantivo ____ pessoa, é imposta a obrigação de obedecer ____
feminino “toa”, tipo de barco. regras, mesmo _____ revelia de seus princípios.
a) a – às – a
2) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, b) à – à – à
Prova: Professor P — Pedagogo c) à – a – à
d) a – as – a
Em relação às ideias e estruturas do texto acima,
julgue o item a seguir. 6) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão: IBGE,
Prova: Supervisor de Pesquisas - Tecnologia de
Informação e Comunicação
O acento grave está empregado de acordo com a
norma-padrão em:
a) Frente à desigualdades sociais, temos de ser
solidários.
Na linha 23, o emprego do acento grave em “às b) Os catadores são submetidos à um sofrimento
principais" justifica-se pela regência de imenso.
“concomitantemente", que exige preposição a, e pela

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c) São terríveis às condições de trabalho dos


catadores. GABARITO
d) À classe dos catadores de lixo devemos respeito. 1–A 3–E 5–C 7–C
e) Os governos precisam atender à vítimas da 2–C 4–D 6–D 8–A
desigualdade.

7) Ano: 2016, Banca CCV-UFC, Órgão: UFC, Prova:


Auxiliar em Administração 11. Pontuação
Está correta quanto ao uso do acento grave, indicativo
de crase, a frase da alternativa: Campanha dos 100 anos da ABI
a) Com o tempo, o computador deixa de obedecer à (Associação Brasileira de Imprensa)
comandos básicos.
b) Os jovens usuários não resistem à tantas novidades Vírgula, aquele sinal incômodo que às vezes sobra,
no mundo digital. às vezes falta, e outras vezes muda o
c) Alguns aplicativos dão início, automaticamente, à sentido do texto.
própria instalação. A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
d) Algumas empresas não dão assistência técnica à Não, espere.
computadores antigos. Não espere.
e) A atenção à cuidados básicos pode evitar problemas Ela pode sumir com seu dinheiro.
nos computadores. 23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
7) Ano: 2016, Banca: FUMARC, Órgão: Câmara de Aceito, obrigado.
Lagoa da Prata - MG, Prova: Agente Administrativo Aceito obrigado.
A frase em que o sinal indicativo de crase está Pode criar heróis.
empregado corretamente é: Isso só, ele resolve.
a) O crítico fez referência à algumas telas que Clarice
Lispector havia pintado. Isso só ele resolve.
b) Gaugin ofereceu um quadro à seu amigo Van Gogh E vilões.
em que este estava representado. Este, juiz, é corrupto.
c) Em seu texto, o crítico José Castello relaciona a Este juiz é corrupto.
criação artística à loucura. Ela pode ser a solução.
d) O autor associou a arte à certa contaminação para, Vamos perder, nada foi resolvido.
em seguida, refutar essa hipótese.
Vamos perder nada, foi resolvido.
e) Vários autores se dedicaram à essa problemática
que envolve a relação entre arte e loucura. A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
8) Ano: 2016, Banca: FUMARC, Órgão: Câmara de Não, queremos saber.
Lagoa da Prata - MG, Prova: Agente Administrativo Isto serve para nos lembrar que vírgula não é
problema de gramática, mas de informação.
Acostumou-se desde criança __ luta, ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude
Ao sol de fogo e __ aventura brava.
uma vírgula
Vivia __ trabalhar heroica e resoluta
Armazenando tudo o que ganhava. da sua informação.
Vamos aos sinais de pontuação tradicionalmente
De acordo com a linguagem normativa da língua usados nos textos de nossa língua:
portuguesa, as lacunas do fragmento do texto são • Vírgula [ , ]
preenchidas, correta e respectivamente, com • Ponto e Vírgula [ ; ]
a) à / à / a. • Dois-pontos [ : ]
b) à / à / à
c) a / à / a. • Ponto [ . ]
d) a / a / à • Ponto de Interrogação [ ? ]
e) à / a / à. • Ponto de Exclamação [ ! ]
• Travessão [ – ]
• Parênteses [ ( ) ]

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• Aspas [ “ ” ] – Eu estudei, Pestana, toda a aula de ontem, ok?


• Reticências [ ... ] 3) Sujeito + verbo + complemento, ..., adjunto
adverbial
– O professor explicou Pontuação, que é minha maior
11.1 Vírgula dificuldade, magistralmente.
A vírgula pouco ou nada tem a ver com prosódia, mas 4) Locução verbal de voz passiva, ..., + agente da
tem muito a ver com sintaxe. Estou insistindo nisso passiva
porque algumas pessoas colocam vírgulas por causa – Fui homenageado, ontem à noite, por alguns alunos
de pausas feitas na fala. A vírgula, na escrita, não e amigos.
necessariamente é uma pausa na fala, tampouco é
usada para pausar quando se lê um trecho virgulado.
Assim, vale dizer que o importante é, primeiro, saber 11.2 Ponto e Vírgula
em que situações gerais não se usa a vírgula. O ponto e vírgula é usado para marcar uma pausa
1) A vírgula não pode ser usada entre o sujeito e maior do que a da vírgula. Seu objetivo é colaborar
logo após o seu verbo. com a clareza do texto. O ponto e vírgula serve para:
– Todos os alunos daquele professor, entenderam a 1) Separar orações coordenadas assindéticas,
explicação. normalmente entre trechos já separados por
2) A vírgula não pode ser usada entre o verbo e vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando
logo após o seu complemento (objeto direto, uma enumeração.
indireto (em forma de oração, inclusive)) ou – As leis, em qualquer caso, não podem ser infringidas;
predicativo do sujeito. mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem ser
– Os alunos entenderam, toda aquela explicação do respeitadas.
professor sobre vírgula. – Em criança, era um menino tímido mas inteligente;
– Os alunos precisam, de uma explicação detalhada quando moço, era esperto e alegre; agora, como
sobre vírgula. homem maduro, tornou-se um chato.
– Os alunos entenderam, que precisam estudar bem a – Por que Deus permite terremotos (como os que
vírgula. ocorreram
– Os alunos precisam de, que os professores os 2) Separar vários itens de uma enumeração
ajudem. (frequente em leis).
– Os alunos ficaram, satisfeitos com a explicação. Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela
3) A vírgula é facultativa entre o complemento de união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
um verbo e logo após um adjunto adverbial. Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
– Nossos alunos ficaram exercitando questões de de Direito e tem como fundamentos:
vírgula ontem à noite. I – a soberania;
– Nossos alunos ficaram exercitando questões de II – a cidadania;
vírgula, ontem à noite. III – a dignidade da pessoa humana;
4) A vírgula não pode ser usada entre um IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
substantivo e seu complemento nominal ou 4) Separar orações coordenadas adversativas e
adjunto adnominal. conclusivas com conectivo deslocado.
– Todos os alunos, daquele professor entenderam a – Ficarei com esta; não posso pagá-la à vista, porém.
explicação. – Finalmente vencemos; fiquemos, pois, felizes com
nossa conquista!
Normalmente as vírgulas são colocadas entre termos
que interrompem a estrutura S V C A. Veja: 11.3 Dois-pontos
1) Sujeito, ..., verbo + complemento + adjunto Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em
adverbial frase ainda não concluída. Em termos práticos, este
– O professor do curso, Fernando Pestana, ministra sinal é usado para:
aulas de Português. 1) Introduzir uma citação (discurso direto).
2) Sujeito + verbo, ..., complemento + adjunto – Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um homem
adverbial mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”

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2) Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, 1) Frase interrogativa direta.


distributivo ou uma oração subordinada – O que você faria se só lhe restasse um dia?
substantiva apositiva. 2) Entre parênteses para indicar incerteza sobre o
– Amanda tinha conseguido finalmente realizar seu que se disse.
maior propósito: seduzir Pedro, que, por sua vez, – Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho que
amara três pessoas: Magda, Luana e, principalmente, havia palavra melhor naquele contexto.
a si mesmo. 3) Combinado com o ponto de exclamação para
– Em nosso meio, há bons profissionais: professores, denotar surpresa, admiração etc.
jornalistas, médicos... – Você não conseguiu chegar ao local de prova?!
3) Introduzir uma explicação ou enumeração após (ou!?)
as expressões por exemplo, isto é, ou seja, a saber, 4) Em interrogações retóricas (sentença que é uma
como etc. interrogação na forma, mas que expressa uma
– Adquirimos vários saberes, como: Linguagens, afirmação ou gera uma reflexão com resposta
Filosofia, Ciências... subentendida).
4) Marcar uma pausa entre orações coordenadas – E o que tenho eu com isso? (Ou seja: “Não tenho
(normalmente a relação semântica entre elas é de nada com isso.”)
oposição, explicação/causa ou consequência). – Pessoas morrem de fome de 5 em 5 segundos no
– Ele já leu muitos livros: pode-se dizer que é um mundo. Jogaremos comida fora à toa? (Ou seja: “Claro
homem considerado culto. que não jogaremos comida fora à toa.”)
– Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com
cautela. 11.6 Ponto de Exclamação
5) Marcar a invocação em correspondências. O ponto de exclamação é empregado para marcar o
– Prezados senhores: fim de qualquer frase com entonação exclamativa,
indicando altissonância, exaltação de espírito.
11.4 Ponto 1) Normalmente exprime admiração, surpresa,
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim assombro, indignação, ordem etc.
de uma frase declarativa de um período simples ou – Coitada dessa menina!
composto. Pode substituir a vírgula quando o autor – Que linda mulher!
quer realçar, enfatizar o que vem após (evita-se isso – Saia daqui!
em linguagem formal). 2) Vem após as interjeições usualmente.
– Posso ouvir o vento assoprar com força. Derrubando – Nossa! Deus do céu! Como não vimos isso antes?
tudo! Oh! Isso é fantástico!
O ponto é também usado em quase todas as 3) É usado para substituir as vírgulas em vocativos
abreviaturas: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = enfáticos.
rodovia, etc. = et cætera. – Minha mãe me dizia quando eu era criança:
O ponto do etc. termina o período, logo não pode haver “Fernando José! onde estava até esta hora?”.
outro ponto: “..., feijão, arroz, etc..”. Absurdo também é 4) É repetido (duas ou mais vezes) quando a
usar etc. seguido de reticências: “... feijão, arroz, intenção é marcar uma ênfase, uma intensidade na
etc....”. voz.
Chama-se ponto parágrafo aquele que encerra um – Neymar driblou um, driblou dois, ficou de cara para o
período e a ele se segue outro período em linha gol e... perdeu!!! Inacreditável Futebol Clube!
diferente. Esse último ponto agora (antes do Esse) é
chamado de ponto continuativo, pois a ele se segue 11.7 Travessão
outro período no mesmo parágrafo. Ponto final é este O travessão é um sinal bastante usado na narração,
que virá agora. na descrição, na dissertação e no diálogo, portanto,
figura repetida em qualquer prova; é um instrumento
11.5 Ponto de Interrogação eficaz em uma redação. Pode vir em dupla, se vier
O ponto de interrogação marca uma entoação intercalado na frase. Veja seus usos:
ascendente (elevação da voz) com tom questionador. 1) Indica a mudança de interlocutor no diálogo
Usa-se nestes casos: (discurso direto).

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– Que gente é aquela, seu Alberto? – Mattoso Câmara (1977:91) afirma que, às vezes, os
– São japoneses. preceitos da gramática e os registros dos dicionários
– Japoneses? E... é gente como nós? são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser
– É. O Japão é um grande país. A única diferença é admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser
que eles são amarelos. posto de lado.
– Mas então não são índios? (Ferreira de Castro) 3) Indicar marcações cênicas numa peça de teatro.
2) Coloca em relevo certos termos, expressões ou João – Você vai aonde?
orações; substitui nestes casos a vírgula, os dois- Pedro – Devo ir à praia.
pontos, os parênteses ou os colchetes. João – Vou com você. Tchau, mãe! (sai pela esquerda)
Marlene Pereira – sem ser artificial ou piegas – lhe
perdoou incondicionalmente. (oração adverbial modal) 11.9 Aspas
Um grupo de turistas estrangeiros – todos muito As aspas são usadas comumente em citações, mas
ruidosos – invadiu o saguão do hotel no qual também há outras funções bem interessantes.
estávamos hospedados. (predicativo do sujeito) Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo
Os professores – amigos meus do curso carioca – vão frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são
fazer videoaulas. (aposto explicativo) empregadas:
Como disse o poeta: “Só não se inventou a máquina 1) Antes e depois de citações textuais.
de fazer versos – já havia o poeta parnasiano”. – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a
(orações coordenadas assindéticas – conectivo editora de opinião do jornal Correio Braziliense e
implícito) especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64.
A decisão do ministério foi a seguinte – que todos se 2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos,
unissem contra o mosquito transmissor da dengue. arcaísmos, gírias e expressões populares ou
(oração substantiva apositiva) vulgares, conotativas.
O Brasil – que é o maior país da América do Sul – tem – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia,
milhões de analfabetos. (oração adjetiva explicativa) que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)
Meninos – pediu ela –, vão lavar as mãos, que vamos – Não me venham com problemática, que tenho a
jantar. (oração intercalada) “solucionática”. (Dadá Maravilha)
Ela é linda – linda! (travessão usado como mero – O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que
realce) desejava.
– Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd”. (Jornal
11.8 Parênteses Meia Hora)
Os parênteses, muito semelhantes aos travessões e – Anderson Silva “passou o carro” no adversário.
às vírgulas, são empregados para: 3) Para realçar uma palavra ou expressão
1) Colocar em relevo certos termos, expressões ou imprópria; às vezes com objetivo irônico ou
orações; substitui nestes casos a vírgula ou os malicioso.
travessões. – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não”
– Marlene Pereira (sem ser artificial ou piegas) lhe sonoro.
perdoou incondicionalmente. (oração adverbial modal) – Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!
– Um grupo de turistas estrangeiros (todos muito – Se ela fosse “minha”...
ruidosos) invadiu o saguão do hotel no qual estávamos 4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc.
hospedados. (predicativo do sujeito) – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.
– Os professores (amigos meus do curso carioca) vão – “Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.
fazer videoaulas. (aposto explicativo)
– O Brasil (que é o maior país da América do Sul) tem 11.10 Reticências
milhões de analfabetos. (oração adjetiva explicativa) As reticências são empregadas para:
– Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos 1) Assinalar interrupção do pensamento.
jantar. (oração intercalada) – O Presidente da República está ciente...
2) Incluir dados informativos sobre bibliografia – Um aparte, por favor...
(autor, ano de publicação, página etc.).

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– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre o que causou "grande distúrbio da paz" e deixou
Deputado. (Manual de Redação da Câmara dos testemunhas "aterrorizadas".
Deputados) Até então guardado em segurança pelo National
2) Indicar partes que são suprimidas de um texto Archive, o arquivo do Reino Unido, o documento é uma
(pode vir entre parênteses ou colchetes). das peças que serão exibidas ao público no centro
– O primeiro e crucial problema de linguística geral que cultural londrino Somerset House, a partir de fevereiro
Saussure focalizou dizia respeito à natureza da de 2016, ano em que se completam quatro séculos da
linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... morte do Bardo.
(ou (...), ou [...]) Considerava a linguística, portanto, (VIANA, Rodolfo. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/12/1718868-
com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência
documentos-sobre-shakespeare-vandalo-saoabertos-ao-
dos signos... (Mattoso Câmara Jr.) publico.shtml. Acesso em 16/12/2015)
3) Para sugerir o prolongamento da fala.
4) Para indicar hesitação, suspense ou breve No texto, a função dos travessões em “− tábua por
interrupção de pensamento. tábua, prego por prego −” é destacar
– Eu não a beijava porque... porque... eu tinha a) o modo de realização da ação verbal.
vergonha! b) a locução adverbial temporal.
5) Para realçar uma palavra ou expressão, c) a expressão nominal retificadora.
normalmente com malícia, ironia ou outro d) o duplo adjunto adnominal.
sentimento. e) a conclusão da ação verbal.
– Ela é linda...! Você nem sabe como...! (lê-se assim,
prosodicamente: “Ela é liiiiinda... você nem sabe 2) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova:
como...”). Professor - Língua Portuguesa
O inventário dos prejuízos sociais e ambientais ainda
está apenas começando, mas, de acordo com
11.11 Questões de Concursos Anteriores especialistas, os ecossistemas atingidos estão
1) Ano: 2016, Banca: FCC, Órgão: SEDU-ES, Prova: irreversivelmente comprometidos.
Professor - Língua Portuguesa (CASTRO, Fábio de; RIBEIRO, Bruno; CARVALHO, Marco
Documentos sobre Shakespeare 'vândalo' são Antônio. Enxurrada de lama tira vida dos ecossistemas. O
abertos ao público Estado de S. Paulo, 15 nov. 2015, p. A25)
Em 1596, William Shakespeare e seus atores
tiveram de deixar o teatro isabelino The Theatre, A reescrita em que a alteração na ordem das palavras
localizado em Shoreditch, em Londres, até então o mantém o sentido do enunciado e em que está correta
recanto da dramaturgia inglesa. O período de 21 anos a pontuação é:
de concessão do terreno ao ator e empresário James a) Irreversivelmente comprometidos estão os
Burbage havia chegado ao fim, e o senhorio exigia as ecossistemas atingidos. Entretanto, ainda está apenas
terras de volta. Desolados, Shakespeare e os homens começando, o inventário dos prejuízos sociais e
de sua companhia, Lord Chamberlain's Men, se uniram ambientais, de acordo com especialistas.
para roubar o teatro − tábua por tábua, prego por prego b) O inventário dos prejuízos sociais e ambientais
− e reconstruí-lo em outro lugar. ainda está apenas começando, de acordo com
A história ocorrida em 28 de dezembro de 1598 não especialistas. Mas os ecossistemas atingidos estão,
é inédita e consta em diversas biografias de irreversivelmente, comprometidos.
Shakespeare. Agora, contudo, chegou o momento de c) Os ecossistemas atingidos estão irreversivelmente
ouvir o outro lado da ação: a justiça. De acordo com a comprometidos de acordo com especialistas; mas,
transcrição do processo judicial de 1601, ainda está apenas começando o inventário dos
Shakespeare, seus atores e amigos (incluindo prejuízos sociais e ambientais.
Burbage) foram "violentos" em uma ação d) Ainda está apenas começando o inventário dos
"desenfreada" que destruiu o The Theatre. O prejuízos sociais e ambientais; no entanto os
documento diz que o dramaturgo e seus cúmplices ecossistemas atingidos, de acordo com especialistas,
estavam armados com punhais, espadas e machados, estão irreversivelmente comprometidos.
e) De acordo com especialistas os ecossistemas
atingidos estão, irreversivelmente comprometidos;

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apesar de o inventário dos prejuízos sociais e A respeito de aspectos de grafia e de pontuação do


ambientais, ainda estar apenas começando. texto acima, julgue o item seguinte.
No vocábulo “loucuras” ( l.3 ) e no trecho “É uma
3) Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: SEDUC-AM, questão muito séria, (...) são diferentes também ” (l.4-
Prova: Professor – Ciclo Regular 8) as aspas foram empregadas com a mesma
“De um coronel cego. De um coronel cego e inflexível. finalidade.
De um coronel cego, inflexível e aventureiro. De um ( ) Certo ( ) Errado
coronel cego, inflexível, aventureiro e, no momento,
em crise." 6) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
O emprego de pontos nesse segmento do texto Prova: Professor
obedece a um critério Com base no texto da questão 5, responda.
a) gramatical. A respeito de aspectos de grafia e de pontuação do
b) lógico. texto acima, julgue o item seguinte.
c) estilístico. Os travessões empregados nas linhas 2 e 3 poderiam
d) semântico. ser substituídos por vírgulas, sem prejuízo para os
e) sintático. sentidos do texto.
( ) Certo ( ) Errado
4) Ano: 2015, Banca: NUCEPE, Órgão: SEDUC-PI,
Prova: Professor 7) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Em: o que não significa “aprender fazendo”, nem é Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
sinônimo de formar para o exercício do trabalho., as Língua Portuguesa
aspas são usadas em “aprender fazendo”, para No próximo item, é apresentado um segmento de
texto, ao qual se segue uma assertiva a ser julgada no
a) sinalizar que se trata de uma expressão citada por que diz respeito à análise gramatical desse segmento
alguém, anteriormente. ou ao emprego de um de seus elementos.
b) enfatizar o sentido irônico atribuído à expressão em
destaque. “Os padrinhos esperam angustiados, a notícia do
c) ratificar a natureza de uma expressão que é nascimento da criança" — Nesse período, a vírgula foi
mostrada pela primeira vez. empregada corretamente.
d) realçar o valor significativo da expressão que ( ) Certo ( ) Errado
pretende destacar, no contexto.
e) indicar veementemente uma negação, no contexto. 8) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Prova: Professor P — Pedagogo
5) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
Prova: Professor Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos
aspectos linguísticos do texto acima.

O segmento “durante todo o mês de fevereiro" (l.2)


está escrito entre vírgulas por tratar-se de expressão
apositiva.
( ) Certo ( ) Errado

9) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,


Prova: Professor P — Pedagogo
Com base nas estruturas linguísticas do texto acima,
julgue o item que se segue.

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– Evanildo Bechara – uma fera da gramática – é o


melhor atualmente.
– A fera do Bechara tem obras importantíssimas sobre
a língua.
– Bechara?! Que fera!
– O Bechara vai “desmatando o amazonas de minha
Os sinais de ponto e vírgula das linhas 24, 26 e 27
ignorância”.
podem, sem prejuízo para a correção gramatical e para
a clareza do texto, ser substituídos por vírgulas.
Comparação
( ) Certo ( ) Errado
Não confunda metáfora com “comparação” (ou símile)
porque na metáfora não há conectivo explicitando a
10) Ano: 2008, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
relação de comparação. Na comparação (ou símile)
Prova: Professor – Língua Portuguesa
sempre há um conectivo ou uma expressão
estabelecendo a relação de comparação:
– Ela é gorda como uma vaca.
– “Meu coração tombou na vida tal qual uma estrela
Na linha 21, a substituição do travessão por vírgula
ferida pela flecha de um caçador.” (Cecília Meireles)
prejudica a correção gramatical do período.
– Este lutador tem postura semelhante aos deuses
( ) Certo ( ) Errado
nórdicos.

Metonímia
GABARITO
Segundo o Aulete, é uma “figura de linguagem
1–A 3–C 5–E 7–E 9–E
baseada no uso de um nome no lugar de outro, pelo
2–D 4–D 6–C 8–E 10 – E
emprego da parte pelo todo, do efeito pela causa, do
autor pela obra, do continente pelo conteúdo etc.”. Ou
seja, ocorre a substituição de uma palavra por outra
12. Figuras de Linguagem porque há entre elas uma relação de todo e parte.
– O bronze (sino) repicava na torre da igreja. (a
A estilística é a parte da gramática que trata das matéria pelo objeto)
– Essa juventude (os jovens) está perdida. (o abstrato
estratégias artísticas/criativas usadas na língua
(principalmente as figuras de linguagem). Tais pelo concreto)
– Vivo do suor (trabalho) do meu rosto. (o efeito pela
recursos – os quais têm o objetivo de sugerir, provocar,
causa)
embelezar a forma e/ou o conteúdo do texto –
– Gostaria de ter um Picasso (um quadro) em casa. (o
promovem determinados efeitos expressivos. Os
autor pela obra)
termos “linguagem figurada”, ou “simbólica”, ou
Catacrese
“figurativa”, ou “conotativa” ou “recurso estilístico ou
expressivo”, em geral, são o mesmo que figura de É um tipo de metáfora que se cristalizou na cultura
linguagem. popular, caracterizada pela falta de um termo
adequado a um ser ou por ignorância,
12.1 Figuras de Palavras desconhecimento da comunidade linguística sobre um
Nas figuras de palavras ou figuras de estilo, as termo exato.
– Ele enterrou uma farpa no dedo.
palavras passam a assumir sentidos ampliados,
– Com os dentes do serrote, ele serrou a perna da
diversos, consoante o contexto.
cadeira.
– Estou com coceira no céu da boca.
Metáfora
Trata do emprego da palavra fora do seu sentido
Perífrase
básico, recebendo nova significação por uma
comparação entre seres de universos distintos. Consiste no uso de maior quantidade de palavras para
– Evanildo Bechara é uma fera da gramática. exprimir o que poderia ser dito com menos palavras.

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– O poeta dos escravos escreveu poemas – Médica, ela nunca o será.


condoreiros. (Castro Alves) – Chorou um choro de profundo lamento.
– A terra dos faraós é ainda um lugar misterioso. Obs.: O pleonasmo vicioso diz respeito à repetição
(Egito) inútil e desnecessária de algum termo ou ideia na
– A rainha dos baixinhos continua fazendo sucesso. frase. Nesse caso não é uma figura de linguagem, e
(Xuxa) sim um vício de linguagem.
– O rei dos animais é até mais respeitado pelos
homens. (leão) Anacoluto
É a quebra da estrutura lógico-sintática, ficando um
Sinestesia termo sem função sintática na frase; normalmente no
Ocorre quando há uma combinação de diversas início dela, como um tópico.
impressões sensoriais (visuais, auditivas, olfativas, – A lua, os poetas sempre cantaram esse tema.
gustativas e táteis) entre si, e também entre as – Nosso amor, tudo não passou de frenesi efêmero.
referidas sensações e sentimentos. – Revolução Francesa, hoje falaremos sobre
– “O aroma (olfato) endoideceu, upou-se em cor insurreições ocorridas na França.
(visão), quebrou / Gritam-me sons de cor e de – “O homem, chamar-lhe mito não passa de
perfumes (audição, visão, olfato).” (Mário de Sá anacoluto.” (Carlos Drummond de Andrade)
Carneiro)
– Sua voz aveludada (audição, tato) me tornou um de Elipse
seus fãs. É a omissão de um termo ou de uma expressão.
– O cheiro gostoso (olfato, paladar) daquela comida – Saímos ontem à noite.
entrava por meu nariz como um néctar divino. – Na sala de espera, apenas dois ou três pacientes;
dentro do consultório, um.
– Espero tão logo encontre seu par.
12.2 Figuras de Sintaxe Obs.: Explicitando o termo elíptico: Nós saímos ontem
Nas figuras de sintaxe ou figuras de construção, as à noite. / Na sala de espera, havia apenas dois ou três
palavras sofrem mudanças na ordem sintática comum pacientes; dentro do consultório, havia um. / Espero
dentro da oração para provocar determinados sentidos que tão logo encontre seu par.
ou tornar belo o discurso.
Zeugma
Hipérbato Tal figura não é frequente em provas de concurso, logo
Consiste na inversão violenta da ordem normal dos a ideia de uma supressão de um termo
membros de uma frase. anteriormente expresso tem se aplicado também à
– Se o penhor dessa igualdade / Conseguimos elipse. Em outras palavras, os concursos costumam
conquistar com braço forte, / Em teu seio, ó liberdade, analisar o zeugma como elipse, o que não deixa de ser
/ Desafia o nosso peito a própria morte! verdade, pois a diferença entre elas é que a elipse é a
Na ordem direta: Se conseguimos conquistar o penhor omissão de um termo sem referência no texto; já o
dessa igualdade com braço forte, nosso peito desafia zeugma é a omissão de um termo ocorrido
a própria morte em teu seio, ó liberdade! anteriormente no texto.
– Estranha, de mãos dadas vinha a mulher com ele. – Meu irmão passou em dois concursos; eu, em um só.
Na ordem direta: A mulher estranha vinha com ele de – Corremos 5 km, eu em 30 minutos, ele em 25.
mãos dadas. – Ele é muito estudioso e a irmã também é.
Traduzindo: Meu irmão passou em dois concursos; eu
Pleonasmo passei em um só. / Corremos 5 km, eu corri em 30
Trata da repetição de significação de vocábulo ou de minutos, ele correu em 25 minutos. / Ele é muito
termos oracionais. estudioso e a irmã também é estudiosa.
– “Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os
olhos eu quis ver de perto / Quanto em visão com os Assíndeto
da saudade via.” (Alberto de Oliveira) Omissão do conectivo coordenativo, que liga orações
– Ao pobre nada lhe peço, ao rico nada lhe devo. coordenadas.

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– Acordei, comi, saí, trabalhei, voltei, dormi. – O carro voava pela rodovia.
– Já falei mil vezes para você calar a boca!
Polissíndeto
Repetição do conectivo coordenativo, que liga termos Gradação
ou orações coordenadas. Enumeração que denota crescimento ou diminuição
– Ela não era assim, tão frágil, e boba, e inocente, e (clímax ou anticlímax).
fácil. – É um pássaro, é um avião, não... é o super-homem.
Anáfora – O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha
Repetição de vocábulo ou expressão no início de cada a gula do milionário.
verso ou frase. – O amor é esfuziante, grande, perturbador, uma
– “Quando não tinha nada, eu quis / Quando tudo era tragédia.
ausência, esperei / Quando tive frio, tremi / Quando
tive coragem, liguei...” (Chico César) Eufemismo
– “Era uma estrela tão alta! / Era uma estrela tão fria! Suavização de uma ideia negativa.
/ Era uma estrela sozinha / Luzindo no fim do dia.” – Agora ele foi para o andar de cima. Descansou.
(Manoel Bandeira) (relativo à noite)
Obs.: Não confunda anáfora, figura de linguagem, com – Ela trabalha higienizando locais contendo detritos
anáfora, processo de coesão. Nesta, um vocábulo tem orgânicos. (fezes e urina)
o papel de retomar outro já mencionado. – Por ser uma pessoa de cor, naquela época, vivia de
caridade pública. (negro, esmola)

12.3 Figuras de Pensamento Ironia


São recursos estilísticos que tornam a expressão mais Consiste em declarar o oposto do que realmente se
incisiva, provocando forte impressão. Aqui, exploram- pensa ou do que é, com tom de deboche,
se mais as ideias do que as palavras em si ou a normalmente.
disposição delas na frase. – Ela é ótima pessoa, afinal vive judiando das
crianças.
Antítese – Que motorista excelente você, quase me
É o contraste entre duas palavras (antônimas), atropelou.
expressões ou pensamentos, provocando uma relação – Professor, olha como meu boletim está excelente,
de oposição. só há uma nota acima da média.
– Metade de mim te adora, a outra metade te odeia. Obs.: As aspas muitas vezes marcam uma ironia:
– Não há vida sem alegrias e sobressaltos. Quando a “linda” funcionária entrava na empresa,
– Transformou sua vida de água a vinho. começavam os risos sarcásticos.

Oxímoro (Paradoxo) Prosopopeia (Personificação)


Duas ideias contrárias que coexistem, que ocorrem ao Atribuição de características humanas a seres não
mesmo tempo, implicando falta de lógica. humanos. Dizer que a personificação é a atribuição de
– Amor é fogo que arde sem se ver, / É ferida que dói características de seres animados a seres inanimados
e não se sente, / É um contentamento descontente, é uma definição ruim, pois quando, numa história, um
/ É dor que desatina sem doer. (Camões) animal fala, ele não é um ser “inanimado”, afinal todo
– Que música silenciosa ele toca! animal tem vida e, portanto, é um ser “animado”.
– “Foi sem querer querendo.” (Chaves) – “A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há
Obs.: Nas provas, não há diferença entre oxímoro e / Quando cai, cai sem vontade.” (Vinícius de Moraes)
paradoxo. – A Amazônia chora devido ao desmatamento.

Hipérbole 12.4 Figuras Fônicas


Ideia que denota exagero. Nas figuras de som, explora-se a camada sonora da
– Se eu não passar na prova, vou dar um tiro na linguagem, a fim de produzir determinados efeitos.
cabeça.

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Aliteração Ainda com base no texto, julgue o item a seguir, acerca


Repetição sistemática de uma determinada consoante. de tipologia textual e de funções e figuras de
– “Em horas inda louras, lindas / Clorindas e Belindas, linguagem.
brandas / Brincam nos tempos das Berlindas / As
O termo “antigos" (l.22) designa uma metonímia.
vindas vendo das varandas” (Fernando Pessoa)
– O rato roeu a roupa do rei de Roma. ( ) Certo ( ) Errado

Assonância
Repetição sistemática da vogal tônica ou do encontro 2) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES,
vocálico na sequência da frase. Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
– Como é escuro e profundo o mundo obscuro dos Língua Portuguesa
surdos e mudos.
– “Juro que não acreditei / Eu te estranhei / Me Com base na estrutura e nas ideias do texto ao lado
— Descrição e Prescrição, de Mário A. Perini —
debrucei / Sobre o teu corpo e duvidei” (Chico
Julgue o item subsequente.
Buarque)

Paranomásia
Também chamada de paronomásia, é a aproximação
de palavras de um texto pela sua semelhança na forma
ou na pronúncia (parônimos).
– “Exportar é o que importa.” (Delfim Netto)
– “Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às
primícias.” (Padre Antônio Vieira)
Ocorre elipse, ou zeugma, em “o linguista se interessa
Onomatopeia pela língua como ela é, e não como deveria ser” (l.11 -
Consiste no uso de palavras que imitam sons em geral. 12 ).
– “Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois
dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava ( ) Certo ( ) Errado
sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando
sozinha: / Nhemnhem- nhem-nhem-nhem...” (Cecília
Meireles) 3) Ano: 2014, Banca: IBFC, Órgão: SEDS-MG, Prova:
Agente de Segurança Socioeducativo
Paralelismo
No verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber
Repetição de palavras ou estruturas sintáticas maiores a presença de uma figura de linguagem denominada:
(frases, orações, sintagmas etc.) de forma igual ou a) ironia
parecida que se correspondem quanto ao som.
– “Começou a circular o expresso 2-2-2-2 / que parte b) pleonasmo
direto de Bonsucesso / pra depois. Começou a
c) comparação
circular o expresso 2-2-2-2 / da Central do Brasil / que
parte direto de Bonsucesso / pra depois do ano 2000.” d) metonímia
(Gilberto Gil)

4) Ano: 2014, Banca: FUNCAB, Órgão: SEDS-TO,


12.5 Questões de Concursos anteriores
Prova: Assistente Socioeducativo - Técnico em
1) Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: SEDU-ES, Enfermagem
Prova: Professor B — Ensino Fundamental e Médio —
Língua Portuguesa No trecho “... a Morte também se diverte.”, nota-se a
seguinte figura de linguagem:

a) prosopopeia.

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b) catacrese. Assinale a opção que indica o pensamento em que


não ocorre uma estruturação com base numa antítese
c) eufemismo.
a) De nada serve ao homem conquistar a Lua, se
d) metonímia. acaba por perder a Terra.

b) Modernidade é a tensão entre o efêmero e o eterno.


5) Ano: 2016, Banca: CONED, Órgão: SESC-PA, c) Meios poderosos, mas objetivos confusos: essa é a
Prova: Encarregado Administrativo nossa época.
A figura de linguagem que o trecho contém: “, você é d) Não foi o mundo que piorou. As coberturas
que teve um acesso de burrice, meu filho!” é jornalísticas é que melhoraram muito.
a) hipérbole e) Um a um somos todos mortais. Juntos, somos
eternos.
b) metonímia

c) anacoluto
8) Ano: 2016, Banca: FGV, Órgão: COMPESA, Prova
d) metáfora Analista de Gestão - Administrador de Banco de Dados
e) aliteração Assinale a opção que indica a frase que apresenta uma
metáfora cuja comparação está explicada.

a) “Não gosto nem um pouco do campo; é uma espécie


6) Ano: 2016, Banca: COPEVE-UFAL, Órgão: UFAL, de sepultura saudável”.
Prova Técnico em Assuntos Educacionais
b) “A casa de um homem é o seu castelo, assim como
A cruz da estrada a esposa é sua rainha”.
Castro Alves
c) “Uma casa é uma máquina de morar, ou um
[...] Quando, à noite, o silêncio habita as matas, esconderijo conveniente”.

A sepultura fala a sós com Deus. d) “O ciúme é um latido que atrai os ladrões”.

Prende-se a voz à boca das cascatas, e) “Um marido é um emplastro que cura todos os males
das moças”.
E as asas de ouro aos astros lá nos céus”

[...]
9) Ano: 2016, Banca: FUNRIO, Órgão: IF-PA, Prova
A frase e a expressão destacadas são exemplos, Assistente em Administração
respectivamente, de
“Quero um poema ainda não pensado, / que inquiete
a) paradoxo e catacrese. as marés de silêncio da palavra ainda não escrita nem
pronunciada, / que vergue o ferruginoso canto do
b) pleonasmo e metonímia. oceano / e reviva a ruína que são as poças d’água. /
Quero um poema para vingar minha insônia.” (Olga
c) pleonasmo e eufemismo. Savary, “Insônia”)

d) prosopopeia e catacrese. Nesses versos finais do poema, encontramos as


seguintes figuras de linguagem:
e) prosopopeia e eufemismo.
a) silepse e zeugma

b) eufemismo e ironia.
7) Ano: 2016, Banca: FGV, Órgão: COMPESA, Prova
Analista de Gestão - Administrador de Banco de Dados c) prosopopeia e metáfora.

d) aliteração e polissíndeto.

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e) anástrofe e aposiopese.

10) Ano: 2016, Banca: FUNRIO, Órgão: IF-PA, Prova


Assistente em Administração

“Eu sou de lá / Onde o Brasil verdeja a alma e o rio é


mar / Eu sou de lá / Terra morena que eu amo tanto,
meu Pará.” (Pe. Fábio de Melo, “Eu Sou de Lá”)

Nesse trecho da canção gravada por Fafá de Belém,


encontramos a seguinte figura de linguagem:

a) antítese.

b) eufemismo.

c) ironia

d) metáfora

e) silepse.

GABARITO:

1–C 3–B 5–D 7–C 9–C


2–C 4–A 6–D 8–E 10 – D

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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL


SUMÁRIO

1. Lei nº9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional………………….....…………………121


1.1 Questões de concursos anteriores……………………………………………………………………………145

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1. Lei Nº 9394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da XII - consideração com a diversidade étnico-
Educação Nacional racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

TÍTULO I TÍTULO III

Da Educação Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 1º A educação abrange os processos formativos Art. 4º O dever do Estado com educação escolar
que se desenvolvem na vida familiar, na convivência pública será efetivado mediante a garantia de:
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive
sociedade civil e nas manifestações culturais. para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se II - progressiva extensão da obrigatoriedade e


desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, gratuidade ao ensino médio;
em instituições próprias.
II - universalização do ensino médio gratuito; (Redação
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo dada pela Lei nº 12.061, de 2009)
do trabalho e à prática social.
III - atendimento educacional especializado gratuito
TÍTULO II aos educandos com necessidades especiais,
preferencialmente na rede regular de ensino;
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, crianças de zero a seis anos de idade;
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro)
desenvolvimento do educando, seu preparo para o aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da
exercício da cidadania e sua qualificação para o seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
trabalho. 2013)

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
seguintes princípios:
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de
I - igualdade de condições para o acesso e 2013)
permanência na escola;
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
a cultura, o pensamento, a arte e o saber; II - educação infantil gratuita às crianças de até 5
(cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; 12.796, de 2013)

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; III - atendimento educacional especializado gratuito


aos educandos com deficiência, transtornos globais do
V - coexistência de instituições públicas e privadas de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
ensino; transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
oficiais;
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental
VII - valorização do profissional da educação escolar; e médio para todos os que não os concluíram na idade
própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma
desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade
IX - garantia de padrão de qualidade; de cada um;
X - valorização da experiência extra-escolar; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
condições do educando;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e
as práticas sociais.

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VII - oferta de educação escolar regular para jovens e III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
adultos, com características e modalidades adequadas freqüência à escola.
às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-
se aos que forem trabalhadores as condições de § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder
acesso e permanência na escola; Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao
ensino obrigatório, nos termos deste artigo,
VIII - atendimento ao educando, no ensino contemplando em seguida os demais níveis e
fundamental público, por meio de programas modalidades de ensino, conforme as prioridades
suplementares de material didático-escolar, constitucionais e legais.
transporte, alimentação e assistência à saúde;
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas artigo tem legitimidade para peticionar no Poder
da educação básica, por meio de programas Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da
suplementares de material didático-escolar, Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário
transporte, alimentação e assistência à saúde; a ação judicial correspondente.
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, competente para garantir o oferecimento do ensino
definidos como a variedade e quantidade mínimas, por obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de
aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento responsabilidade.
do processo de ensino-aprendizagem.
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de de ensino, o Poder Público criará formas alternativas
ensino fundamental mais próxima de sua residência a de acesso aos diferentes níveis de ensino,
toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) independentemente da escolarização anterior.
anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a
Art. 5º O acesso ao ensino fundamental é direito matrícula dos menores, a partir dos sete anos de
público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de idade, no ensino fundamental.
cidadãos, associação comunitária, organização
sindical, entidade de classe ou outra legalmente Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a
constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade,
Poder Público para exigi-lo. no ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº
11.114, de 2005)
§ 1º Compete aos Estados e aos Municípios, em
regime de colaboração, e com a assistência da União: Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a
matrícula das crianças na educação básica a partir dos
I - recensear a população em idade escolar para o 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº
ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele 12.796, de 2013)
não tiveram acesso;
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas
Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é as seguintes condições:
direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão,
grupo de cidadãos, associação comunitária, I - cumprimento das normas gerais da educação
organização sindical, entidade de classe ou outra nacional e do respectivo sistema de ensino;
legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público,
acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada II - autorização de funcionamento e avaliação de
pela Lei nº 12.796, de 2013) qualidade pelo Poder Público;

§ 1o O poder público, na esfera de sua competência III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o


federativa, deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, previsto no art. 213 da Constituição Federal.
de 2013)
TÍTULO IV
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes
em idade escolar, bem como os jovens e adultos que Da Organização da Educação Nacional
não concluíram a educação básica; (Redação dada
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
pela Lei nº 12.796, de 2013)
Municípios organizarão, em regime de colaboração, os
II - fazer-lhes a chamada pública; respectivos sistemas de ensino.

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§ 1º Caberá à União a coordenação da política educação superior e os estabelecimentos do seu


nacional de educação, articulando os diferentes níveis sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004)
e sistemas e exercendo função normativa,
redistributiva e supletiva em relação às demais § 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho
instâncias educacionais. Nacional de Educação, com funções normativas e de
supervisão e atividade permanente, criado por lei.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de
organização nos termos desta Lei. § 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a
IX, a União terá acesso a todos os dados e
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) informações necessários de todos os
estabelecimentos e órgãos educacionais.
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os § 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser
Municípios; delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde
que mantenham instituições de educação superior.
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e
instituições oficiais do sistema federal de ensino e o Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
dos Territórios;
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e
III - prestar assistência técnica e financeira aos instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o II - definir, com os Municípios, formas de colaboração
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, na oferta do ensino fundamental, as quais devem
exercendo sua função redistributiva e supletiva; assegurar a distribuição proporcional das
responsabilidades, de acordo com a população a ser
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o atendida e os recursos financeiros disponíveis em
Distrito Federal e os Municípios, competências e cada uma dessas esferas do Poder Público;
diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os III - elaborar e executar políticas e planos
currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a educacionais, em consonância com as diretrizes e
assegurar formação básica comum; planos nacionais de educação, integrando e
coordenando as suas ações e as dos seus Municípios;
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e
procedimentos para identificação, cadastramento e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de
atendimento, na educação básica e na educação educação superior e os estabelecimentos do seu
superior, de alunos com altas habilidades ou sistema de ensino;
superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de
2015) V - baixar normas complementares para o seu sistema
de ensino;
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a
educação; VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com
prioridade, o ensino médio.
VI - assegurar processo nacional de avaliação do
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com
superior, em colaboração com os sistemas de ensino, prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem,
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação
qualidade do ensino; dada pela Lei nº 12.061, de 2009)

VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede
e pós-graduação; estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)

VIII - assegurar processo nacional de avaliação das Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as
instituições de educação superior, com a cooperação competências referentes aos Estados e aos
dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este Municípios.
nível de ensino;
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e
instituições oficiais dos seus sistemas de ensino,

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integrando-os às políticas e planos educacionais da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de
União e dos Estados; 2009)

II - exercer ação redistributiva em relação às suas VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao
escolas; juiz competente da Comarca e ao respectivo
representante do Ministério Público a relação dos
III - baixar normas complementares para o seu sistema alunos que apresentem quantidade de faltas acima de
de ensino; cinqüenta por cento do percentual permitido em
lei.(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os
estabelecimentos do seu sistema de ensino; Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
V - oferecer a educação infantil em creches e pré- I - participar da elaboração da proposta pedagógica do
escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, estabelecimento de ensino;
permitida a atuação em outros níveis de ensino
somente quando estiverem atendidas plenamente as II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
necessidades de sua área de competência e com proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
recursos acima dos percentuais mínimos vinculados
pela Constituição Federal à manutenção e III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
desenvolvimento do ensino.
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede alunos de menor rendimento;
municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de
31.7.2003) V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
além de participar integralmente dos períodos
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
por se integrar ao sistema estadual de ensino ou desenvolvimento profissional;
compor com ele um sistema único de educação básica.
VI - colaborar com as atividades de articulação da
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as escola com as famílias e a comunidade.
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão
a incumbência de: Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da
gestão democrática do ensino público na educação
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais
e financeiros; I - participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-
aula estabelecidas; II - participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes.
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de
cada docente; Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às
unidades escolares públicas de educação básica que
V - prover meios para a recuperação dos alunos de os integram progressivos graus de autonomia
menor rendimento; pedagógica e administrativa e de gestão financeira,
observadas as normas gerais de direito financeiro
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, público.
criando processos de integração da sociedade com a
escola; Art. 16. O sistema federal de ensino
compreende: (Regulamento)
VII - informar os pais e responsáveis sobre a
freqüência e o rendimento dos alunos, bem como I - as instituições de ensino mantidas pela União;
sobre a execução de sua proposta pedagógica.
II - as instituições de educação superior criadas e
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus mantidas pela iniciativa privada;
filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a
frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre III - os órgãos federais de educação.
a execução da proposta pedagógica da

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Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do pais, professores e alunos, que incluam em sua
Distrito Federal compreendem: entidade mantenedora representantes da comunidade;
(Redação dada pela Lei nº 11.183, de 2005)
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente,
pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; II - comunitárias, assim entendidas as que são
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma
II - as instituições de educação superior mantidas pelo ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas
Poder Público municipal; educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua
entidade mantenedora representantes da comunidade;
III - as instituições de ensino fundamental e médio (Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009)
criadas e mantidas pela iniciativa privada;
III - confessionais, assim entendidas as que são
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma
Federal, respectivamente. ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação
confessional e ideologia específicas e ao disposto no
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de inciso anterior;
educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa
privada, integram seu sistema de ensino. IV - filantrópicas, na forma da lei.
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino TÍTULO V
compreendem:
Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de
educação infantil mantidas pelo Poder Público CAPÍTULO I
municipal;
Da Composição dos Níveis Escolares
II - as instituições de educação infantil criadas e
mantidas pela iniciativa privada; Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

III – os órgãos municipais de educação. I - educação básica, formada pela educação infantil,
ensino fundamental e ensino médio;
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis
classificam-se nas seguintes categorias II - educação superior.
administrativas: (Regulamento) (Regulamento)
CAPÍTULO II
I - públicas, assim entendidas as criadas ou
incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Público;
Seção I
II - privadas, assim entendidas as mantidas e
administradas por pessoas físicas ou jurídicas de Das Disposições Gerais
direito privado.
Art. 22. A educação básica tem por finalidades
Art. 20. As instituições privadas de ensino se desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
enquadrarão nas seguintes comum indispensável para o exercício da cidadania e
categorias: (Regulamento) (Regulamento) fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores.
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as
que são instituídas e mantidas por uma ou mais Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância
apresentem as características dos incisos abaixo; regular de períodos de estudos, grupos não-seriados,
com base na idade, na competência e em outros
II - comunitárias, assim entendidas as que são critérios, ou por forma diversa de organização, sempre
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma que o interesse do processo de aprendizagem assim o
ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de recomendar.
professores e alunos que incluam na sua entidade
mantenedora representantes da comunidade; § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive
II – comunitárias, assim entendidas as que são quando se tratar de transferências entre
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo
ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de como base as normas curriculares gerais.

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§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de


peculiaridades locais, inclusive climáticas e preferência paralelos ao período letivo, para os casos
econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados
sem com isso reduzir o número de horas letivas pelas instituições de ensino em seus regimentos;
previsto nesta Lei.
VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola,
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e conforme o disposto no seu regimento e nas normas
médio, será organizada de acordo com as seguintes do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência
regras comuns: mínima de setenta e cinco por cento do total de horas
letivas para aprovação;
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas
horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de VII - cabe a cada instituição de ensino expedir
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado históricos escolares, declarações de conclusão de
aos exames finais, quando houver; série e diplomas ou certificados de conclusão de
cursos, com as especificações cabíveis.
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto
a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: Parágrafo único. A carga horária mínima anual de que
trata o inciso I do caput deverá ser progressivamente
a) por promoção, para alunos que cursaram, com ampliada, no ensino médio, para mil e quatrocentas
aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria horas, observadas as normas do respectivo sistema de
escola; ensino e de acordo com as diretrizes, os objetivos, as
metas e as estratégias de implementação
b) por transferência, para candidatos procedentes de estabelecidos no Plano Nacional de
outras escolas; Educação. (Incluído pela Medida Provisória nº 746,
de 2016)
c) independentemente de escolarização anterior,
mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades
de desenvolvimento e experiência do candidato e responsáveis alcançar relação adequada entre o
permita sua inscrição na série ou etapa adequada, número de alunos e o professor, a carga horária e as
conforme regulamentação do respectivo sistema de condições materiais do estabelecimento.
ensino;
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão ensino, à vista das condições disponíveis e das
regular por série, o regimento escolar pode admitir características regionais e locais, estabelecer
formas de progressão parcial, desde que preservada a parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.
seqüência do currículo, observadas as normas do
respectivo sistema de ensino; Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio
devem ter uma base nacional comum, a ser
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com complementada, em cada sistema de ensino e
alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de estabelecimento escolar, por uma parte diversificada,
adiantamento na matéria, para o ensino de línguas exigida pelas características regionais e locais da
estrangeiras, artes, ou outros componentes sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
curriculares;
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino
V - a verificação do rendimento escolar observará os fundamental e do ensino médio devem ter base
seguintes critérios: nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar,
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do por uma parte diversificada, exigida pelas
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos características regionais e locais da sociedade, da
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do cultura, da economia e dos educandos. (Redação
período sobre os de eventuais provas finais; dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos § 1º Os currículos a que se refere o caput devem
com atraso escolar; abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua
portuguesa e da matemática, o conhecimento do
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
mundo físico e natural e da realidade social e política,
mediante verificação do aprendizado;
especialmente do Brasil.
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

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§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela
abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
portuguesa e da matemática, o conhecimento do
mundo físico e natural e da realidade social e política, III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que,
especialmente da República Federativa do Brasil, em situação similar, estiver obrigado à prática da
observado, na educação infantil, o disposto no art. 31, educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de
no ensino fundamental, o disposto no art. 32, e no 1º.12.2003)
ensino médio, o disposto no art. 36. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 746, de 2016) IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de
outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de
§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular 1º.12.2003)
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica,
de forma a promover o desenvolvimento cultural dos V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de
alunos. 1º.12.2003)

§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793,
expressões regionais, constituirá componente de 1º.12.2003)
curricular obrigatório nos diversos níveis da educação
básica, de forma a promover o desenvolvimento § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as
cultural dos alunos. (Redação dada pela Lei nº contribuições das diferentes culturas e etnias para a
12.287, de 2010) formação do povo brasileiro, especialmente das
matrizes indígena, africana e européia.
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas
expressões regionais, constituirá componente § 5º Na parte diversificada do currículo será incluído,
curricular obrigatório da educação infantil e do ensino obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de
fundamental, de forma a promover o desenvolvimento pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja
cultural dos alunos. (Redação dada pela Medida escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro
Provisória nº 746, de 2016) das possibilidades da instituição.

§ 3º A educação física, integrada à proposta § 5º No currículo do ensino fundamental, será


pedagógica da escola, é componente curricular da ofertada a língua inglesa a partir do sexto
Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às ano. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746,
condições da população escolar, sendo facultativa nos de 2016)
cursos noturnos.
§ 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas
§ 3o A educação física, integrada à proposta não exclusivo, do componente curricular de que trata o
pedagógica da escola, é componente curricular § 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.769, de
obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às 2008)
faixas etárias e às condições da população escolar,
§ 6o As artes visuais, a dança, a música e o teatro são
sendo facultativa nos cursos noturnos. (Redação
as linguagens que constituirão o componente
dada pela Lei nº 10.328, de 12.12.2001)
curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Redação
§ 3o A educação física, integrada à proposta dada pela Lei nº 13.278, de 2016)
pedagógica da escola, é componente curricular
§ 7o Os currículos do ensino fundamental e médio
obrigatório da educação básica, sendo sua prática
devem incluir os princípios da proteção e defesa civil e
facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº
a educação ambiental de forma integrada aos
10.793, de 1º.12.2003)
conteúdos obrigatórios. (Incluído pela Lei nº
§ 3º A educação física, integrada à proposta 12.608, de 2012)
pedagógica da escola, é componente curricular
§ 7º A Base Nacional Comum Curricular disporá sobre
obrigatório da educação infantil e do ensino
os temas transversais que poderão ser incluídos nos
fundamental, sendo sua prática facultativa ao
currículos de que trata o caput. (Redação dada pela
aluno: (Redação dada pela Medida Provisória nº 746,
Medida Provisória nº 746, de 2016)
de 2016)
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a
constituirá componente curricular complementar
seis horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de
integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a
1º.12.2003)

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sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e
mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 2014) indígena brasileira e o negro e o índio na formação da
sociedade nacional, resgatando as suas contribuições
§ 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à nas áreas social, econômica e política, pertinentes à
prevenção de todas as formas de violência contra a história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº
criança e o adolescente serão incluídos, como temas 11.645, de 2008).
transversais, nos currículos escolares de que trata o
caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei no 8.069, § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão
Adolescente), observada a produção e distribuição de ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
material didático adequado. (Incluído pela Lei nº especial nas áreas de educação artística e de literatura
13.010, de 2014) e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº
11.645, de 2008).
§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares
de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica
Curricular dependerá de aprovação do Conselho observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro
de Estado da Educação, ouvidos o Conselho Nacional I - a difusão de valores fundamentais ao interesse
de Secretários de Educação - Consed e a União social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito
Nacional de Dirigentes de Educação - ao bem comum e à ordem democrática;
Undime. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de
2016) II - consideração das condições de escolaridade dos
alunos em cada estabelecimento;
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se III - orientação para o trabalho;
obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-
Brasileira. (Incluído pela Lei nº 10.639, de IV - promoção do desporto educacional e apoio às
9.1.2003) práticas desportivas não-formais.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput Art. 28. Na oferta de educação básica para a
deste artigo incluirá o estudo da História da África e população rural, os sistemas de ensino promoverão as
dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura adaptações necessárias à sua adequação às
negra brasileira e o negro na formação da sociedade peculiaridades da vida rural e de cada região,
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas especialmente:
áreas social, econômica e política pertinentes à
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas
História do Brasil. (Incluído pela Lei nº 10.639, de
às reais necessidades e interesses dos alunos da zona
9.1.2003)
rural;
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-
II - organização escolar própria, incluindo adequação
Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o
do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às
currículo escolar, em especial nas áreas de Educação
condições climáticas;
Artística e de Literatura e História
Brasileiras. (Incluído pela Lei nº 10.639, de III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
9.1.2003)
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo,
§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de indígenas e quilombolas será precedido de
9.1.2003) manifestação do órgão normativo do respectivo
sistema de ensino, que considerará a justificativa
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino
apresentada pela Secretaria de Educação, a análise
fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação
torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
da comunidade escolar. (Incluído pela Lei nº
brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº
12.960, de 2014)
11.645, de 2008).
Seção II
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este
artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura Da Educação Infantil
que caracterizam a formação da população brasileira,
a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da
da história da África e dos africanos, a luta dos negros educação básica, tem como finalidade o

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desenvolvimento integral da criança até seis anos de Do Ensino Fundamental


idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual
e social, complementando a ação da família e da Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de
comunidade. oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá
por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da
educação básica, tem como finalidade o Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública a
anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual partir dos seis anos, terá por objetivo a formação
e social, complementando a ação da família e da básica do cidadão mediante: (Redação dada pela
comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, Lei nº 11.114, de 2005)
de 2013)
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com
Art. 30. A educação infantil será oferecida em: duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública,
iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças objetivo a formação básica do cidadão,
de até três anos de idade; mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de
2006)
II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos
de idade. I - o desenvolvimento da capacidade de aprender,
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura,
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 da escrita e do cálculo;
(cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013) II - a compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores
Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á em que se fundamenta a sociedade;
mediante acompanhamento e registro do seu
desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo III - o desenvolvimento da capacidade de
para o acesso ao ensino fundamental. aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo e valores;
com as seguintes regras comuns: (Redação dada
pela Lei nº 12.796, de 2013) IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços
de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do que se assenta a vida social.
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o
fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) ensino fundamental em ciclos.

II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão
horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) regular por série podem adotar no ensino fundamental
dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº o regime de progressão continuada, sem prejuízo da
12.796, de 2013) avaliação do processo de ensino-aprendizagem,
observadas as normas do respectivo sistema de
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) ensino.
horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas
para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em
de 2013) língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas a utilização de suas línguas maternas e
IV - controle de frequência pela instituição de educação processos próprios de aprendizagem.
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60%
(sessenta por cento) do total de horas; (Incluído § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o
pela Lei nº 12.796, de 2013) ensino a distância utilizado como complementação da
aprendizagem ou em situações emergenciais.
V - expedição de documentação que permita atestar os
processos de desenvolvimento e aprendizagem da § 5o O currículo do ensino fundamental incluirá,
criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das
crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei
Seção III no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto

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da Criança e do Adolescente, observada a produção e Seção IV


distribuição de material didático adequado. (Incluído
pela Lei nº 11.525, de 2007). Do Ensino Médio

§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação
incluído como tema transversal nos currículos do básica, com duração mínima de três anos, terá como
ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de finalidades:
2011).
I - a consolidação e o aprofundamento dos
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, conhecimentos adquiridos no ensino fundamental,
constitui disciplina dos horários normais das escolas possibilitando o prosseguimento de estudos;
públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem
ônus para os cofres públicos, de acordo com as II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania
preferências manifestadas pelos alunos ou por seus do educando, para continuar aprendendo, de modo a
responsáveis, em caráter: ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento
I - confessional, de acordo com a opção religiosa do posteriores;
aluno ou do seu responsável, ministrado por
professores ou orientadores religiosos preparados e III - o aprimoramento do educando como pessoa
credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades humana, incluindo a formação ética e o
religiosas; ou desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
II - interconfessional, resultante de acordo entre as
diversas entidades religiosas, que se IV - a compreensão dos fundamentos científico-
responsabilizarão pela elaboração do respectivo tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a
programa. teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é Art. 36. O currículo do ensino médio observará o
parte integrante da formação básica do cidadão e disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes
constitui disciplina dos horários normais das escolas diretrizes:
públicas de ensino fundamental, assegurado o
respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, Art. 36. O currículo do ensino médio será composto
vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários
dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) formativos específicos, a serem definidos pelos
sistemas de ensino, com ênfase nas seguintes áreas
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os de conhecimento ou de atuação
procedimentos para a definição dos conteúdos do profissional: (Redação dada pela Medida Provisória
ensino religioso e estabelecerão as normas para a nº 746, de 2016)
habilitação e admissão dos professores. (Incluído pela
Lei nº 9.475, de 22.7.1997) I - destacará a educação tecnológica básica, a
compreensão do significado da ciência, das letras e
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, das artes; o processo histórico de transformação da
constituída pelas diferentes denominações religiosas, sociedade e da cultura; a língua portuguesa como
para a definição dos conteúdos do ensino religioso. instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento
(Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) e exercício da cidadania;

Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental I - linguagens; (Redação dada pela Medida Provisória
incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo nº 746, de 2016)
em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o
período de permanência na escola. II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que
estimulem a iniciativa dos estudantes;
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das
formas alternativas de organização autorizadas nesta II - matemática; (Redação dada pela Medida
Lei. Provisória nº 746, de 2016)

§ 2º O ensino fundamental será ministrado III - será incluída uma língua estrangeira moderna,
progressivamente em tempo integral, a critério dos como disciplina obrigatória, escolhida pela
sistemas de ensino. comunidade escolar, e uma segunda, em caráter
optativo, dentro das disponibilidades da instituição.

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III - ciências da natureza; (Redação dada pela Medida adotar um trabalho voltado para a construção de seu
Provisória nº 746, de 2016) projeto de vida e para a sua formação nos aspectos
cognitivos e socioemocionais, conforme diretrizes
IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como definidas pelo Ministério da Educação. (Incluído pela
disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino Medida Provisória nº 746, de 2016)
médio. (Incluído pela Lei nº 11.684, de 2008)
§ 6º A carga horária destinada ao cumprimento da
IV - ciências humanas; e (Redação dada pela Medida Base Nacional Comum Curricular não poderá ser
Provisória nº 746, de 2016) superior a mil e duzentas horas da carga horária total
do ensino médio, de acordo com a definição dos
V - formação técnica e profissional. (Incluído pela sistemas de ensino. (Incluído pela Medida Provisória
Medida Provisória nº 746, de 2016) nº 746, de 2016)
§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de § 7º A parte diversificada dos currículos de que trata
avaliação serão organizados de tal forma que ao final o caput do art. 26, definida em cada sistema de
do ensino médio o educando demonstre: ensino, deverá estar integrada à Base Nacional
Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que histórico, econômico, social, ambiental e
presidem a produção moderna; cultural. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de
2016)
II - conhecimento das formas contemporâneas de
linguagem; § 8º Os currículos de ensino médio incluirão,
obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão
III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de
ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter
Sociologia necessários ao exercício da
optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com
cidadania. (Revogado pela Lei nº 11.684, de
a disponibilidade de oferta, locais e horários definidos
2008)
pelos sistemas de ensino. (Incluído pela Medida
§ 1º Os sistemas de ensino poderão compor os seus Provisória nº 746, de 2016)
currículos com base em mais de uma área prevista nos
§ 9º O ensino de língua portuguesa e matemática será
incisos I a V do caput. (Redação dada pela Medida
obrigatório nos três anos do ensino médio. (Incluído
Provisória nº 746, de 2016)
pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 2º O ensino médio, atendida a formação geral do
§ 10. Os sistemas de ensino, mediante
educando, poderá prepará-lo para o exercício de
disponibilidade de vagas na rede, possibilitarão ao
profissões
aluno concluinte do ensino médio cursar, no ano letivo
técnicas. (Regulamento) (Regulamento) (Re
subsequente ao da conclusão, outro itinerário
gulamento) (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)
formativo de que trata o caput. (Incluído pela Medida
§ 3º Os cursos do ensino médio terão equivalência Provisória nº 746, de 2016)
legal e habilitarão ao prosseguimento de estudos.
§ 11. A critério dos sistemas de ensino, a oferta de
§ 3º A organização das áreas de que trata o caput e formação a que se refere o inciso V do caput
das respectivas competências, habilidades e considerará: (Incluído pela Medida Provisória nº 746,
expectativas de aprendizagem, definidas na Base de 2016)
Nacional Comum Curricular, será feita de acordo com
I - a inclusão de experiência prática de trabalho no
critérios estabelecidos em cada sistema de
setor produtivo ou em ambientes de simulação,
ensino. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746,
estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando
de 2016)
aplicável, de instrumentos estabelecidos pela
§ 4º A preparação geral para o trabalho e, legislação sobre aprendizagem profissional;
facultativamente, a habilitação profissional, poderão e (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de
II - a possibilidade de concessão de certificados
ensino médio ou em cooperação com instituições
intermediários de qualificação para o trabalho, quando
especializadas em educação
a formação for estruturada e organizada em etapas
profissional. (Revogado pela Lei nº 11.741, de
com terminalidade. (Incluído pela Medida Provisória
2008)
nº 746, de 2016)
§ 5º Os currículos do ensino médio deverão
considerar a formação integral do aluno, de maneira a

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§ 12. A oferta de formações experimentais em áreas III - atividades de educação técnica oferecidas em
que não constem do Catálogo Nacional dos Cursos outras instituições de ensino; (Incluído pela Medida
Técnicos dependerá, para sua continuidade, do Provisória nº 746, de 2016)
reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de
Educação, no prazo de três anos, e da inserção no IV - cursos oferecidos por centros ou programas
Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de ocupacionais; (Incluído pela Medida Provisória nº
cinco anos, contados da data de oferta inicial da 746, de 2016)
formação. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de
2016) V - estudos realizados em instituições de ensino
nacionais ou estrangeiras; e (Incluído pela Medida
§ 13. Ao concluir o ensino médio, as instituições de Provisória nº 746, de 2016)
ensino emitirão diploma com validade nacional que
habilitará o diplomado ao prosseguimento dos estudos VI - educação a distância ou educação presencial
em nível superior e demais cursos ou formações para mediada por tecnologias. (Incluído pela Medida
os quais a conclusão do ensino médio seja Provisória nº 746, de 2016)
obrigatória. (Incluído pela Medida Provisória nº 746,
de 2016) Seção IV-A

§ 14. A União, em colaboração com os Estados e o Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio
Distrito Federal, estabelecerá os padrões de (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
desempenho esperados para o ensino médio, que
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste
serão referência nos processos nacionais de
Capítulo, o ensino médio, atendida a formação geral
avaliação, considerada a Base Nacional Comum
do educando, poderá prepará-lo para o exercício de
Curricular. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de
profissões técnicas. (Incluído pela Lei nº 11.741,
2016)
de 2008)
§ 15. Além das formas de organização previstas no
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho
art. 23, o ensino médio poderá ser organizado em
e, facultativamente, a habilitação profissional poderão
módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas
ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de
com terminalidade específica, observada a Base
ensino médio ou em cooperação com instituições
Nacional Comum Curricular, a fim de estimular o
especializadas em educação
prosseguimento dos estudos. (Incluído pela Medida
profissional. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Provisória nº 746, de 2016)
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível
§ 16. Os conteúdos cursados durante o ensino médio
médio será desenvolvida nas seguintes
poderão ser convalidados para aproveitamento de
formas: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
créditos no ensino superior, após normatização do
Conselho Nacional de Educação e homologação pelo I - articulada com o ensino médio; (Incluído pela
Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Medida Provisória nº 746, de 2016)
II - subseqüente, em cursos destinados a quem já
§ 17. Para efeito de cumprimento de exigências tenha concluído o ensino médio. (Incluído pela Lei
curriculares do ensino médio, os sistemas de ensino nº 11.741, de 2008)
poderão reconhecer, mediante regulamentação
própria, conhecimentos, saberes, habilidades e Parágrafo único. A educação profissional técnica de
competências, mediante diferentes formas de nível médio deverá observar: (Incluído pela Lei nº
comprovação, como: (Incluído pela Medida Provisória 11.741, de 2008)
nº 746, de 2016)
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes
I - demonstração prática; (Incluído pela Medida curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho
Provisória nº 746, de 2016) Nacional de Educação; (Incluído pela Lei nº 11.741,
de 2008)
II - experiência de trabalho supervisionado ou outra
experiência adquirida fora do ambiente II - as normas complementares dos respectivos
escolar; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de sistemas de ensino; (Incluído pela Lei nº 11.741,
2016) de 2008)

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III - as exigências de cada instituição de ensino, nos estudos no ensino fundamental e médio na idade
termos de seu projeto pedagógico. (Incluído pela própria.
Lei nº 11.741, de 2008)
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os
médio articulada, prevista no inciso I do caput do art. estudos na idade regular, oportunidades educacionais
36-B desta Lei, será desenvolvida de apropriadas, consideradas as características do
forma: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames.
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha
concluído o ensino fundamental, sendo o curso § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso
planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação e a permanência do trabalhador na escola, mediante
profissional técnica de nível médio, na mesma ações integradas e complementares entre si.
instituição de ensino, efetuando-se matrícula única
para cada aluno; (Incluído pela Lei nº 11.741, de § 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-
2008) se, preferencialmente, com a educação profissional,
na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino 11.741, de 2008)
médio ou já o esteja cursando, efetuando-se
matrículas distintas para cada curso, e podendo Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e
ocorrer: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) exames supletivos, que compreenderão a base
nacional comum do currículo, habilitando ao
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as prosseguimento de estudos em caráter regular.
oportunidades educacionais disponíveis; (Incluído
pela Lei nº 11.741, de 2008) § 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-
ão:
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se
as oportunidades educacionais I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para
disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) os maiores de quinze anos;

c) em instituições de ensino distintas, mediante II - no nível de conclusão do ensino médio, para os


convênios de intercomplementaridade, visando ao maiores de dezoito anos.
planejamento e ao desenvolvimento de projeto
pedagógico unificado. (Incluído pela Lei nº 11.741, § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos
de 2008) educandos por meios informais serão aferidos e
reconhecidos mediante exames.
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação
profissional técnica de nível médio, quando CAPÍTULO III
registrados, terão validade nacional e habilitarão ao
prosseguimento de estudos na educação DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
superior. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Da Educação Profissional e Tecnológica
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)
técnica de nível médio, nas formas articulada
Art. 39. A educação profissional, integrada às
concomitante e subseqüente, quando estruturados e
diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência
organizados em etapas com terminalidade,
e à tecnologia, conduz ao permanente
possibilitarão a obtenção de certificados de
desenvolvimento de aptidões para a vida
qualificação para o trabalho após a conclusão, com
produtiva. (Regulamento) (Regulamento) (
aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma
Regulamento)
qualificação para o trabalho. (Incluído pela Lei nº
11.741, de 2008) Parágrafo único. O aluno matriculado ou egresso do
ensino fundamental, médio e superior, bem como o
Seção V
trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a
Da Educação de Jovens e Adultos possibilidade de acesso à educação profissional.

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de cumprimento dos objetivos da educação nacional,
integra-se aos diferentes níveis e modalidades de
educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da

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tecnologia. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de abertos à comunidade, condicionada a matrícula à
2008) capacidade de aproveitamento e não necessariamente
ao nível de
§ 1o Os cursos de educação profissional e tecnológica escolaridade. (Regulamento) (Regulamento)
poderão ser organizados por eixos tecnológicos,
possibilitando a construção de diferentes itinerários Art. 42. As instituições de educação profissional e
formativos, observadas as normas do respectivo tecnológica, além dos seus cursos regulares,
sistema e nível de ensino. (Incluído pela Lei nº oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade,
11.741, de 2008) condicionada a matrícula à capacidade de
aproveitamento e não necessariamente ao nível de
§ 2o A educação profissional e tecnológica abrangerá escolaridade. (Redação dada pela Lei nº 11.741,
os seguintes cursos: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
de 2008)
CAPÍTULO IV
I – de formação inicial e continuada ou qualificação
profissional; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

II – de educação profissional técnica de nível Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do
III – de educação profissional tecnológica de espírito científico e do pensamento reflexivo;
graduação e pós-graduação. (Incluído pela Lei nº
11.741, de 2008) II - formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para a inserção em setores
§ 3o Os cursos de educação profissional tecnológica profissionais e para a participação no desenvolvimento
de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
que concerne a objetivos, características e duração, de contínua;
acordo com as diretrizes curriculares nacionais
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação. III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação
(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) científica, visando o desenvolvimento da ciência e da
tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em modo, desenvolver o entendimento do homem e do
articulação com o ensino regular ou por diferentes meio em que vive;
estratégias de educação continuada, em instituições
especializadas ou no ambiente de IV - promover a divulgação de conhecimentos
trabalho. (Regulamento)(Regulamento) (Re culturais, científicos e técnicos que constituem
gulamento) patrimônio da humanidade e comunicar o saber
através do ensino, de publicações ou de outras formas
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação de comunicação;
profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de
avaliação, reconhecimento e certificação para V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento
prosseguimento ou conclusão de cultural e profissional e possibilitar a correspondente
estudos. (Regulamento) (Regulamento) (R concretização, integrando os conhecimentos que vão
egulamento) sendo adquiridos numa estrutura intelectual
sistematizadora do conhecimento de cada geração;
Parágrafo único. Os diplomas de cursos de educação
profissional de nível médio, quando registrados, terão VI - estimular o conhecimento dos problemas do
validade nacional. (Revogado pela Lei nº 11.741, mundo presente, em particular os nacionais e
de 2008) regionais, prestar serviços especializados à
comunidade e estabelecer com esta uma relação de
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação reciprocidade;
profissional e tecnológica, inclusive no trabalho,
poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e VII - promover a extensão, aberta à participação da
certificação para prosseguimento ou conclusão de população, visando à difusão das conquistas e
estudos. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de benefícios resultantes da criação cultural e da
2008) pesquisa científica e tecnológica geradas na
instituição.
Art. 42. As escolas técnicas e profissionais, além dos
seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais,

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VIII - atuar em favor da universalização e do § 2º No caso de empate no processo seletivo, as


aprimoramento da educação básica, mediante a instituições públicas de ensino superior darão
formação e a capacitação de profissionais, a prioridade de matrícula ao candidato que comprove ter
realização de pesquisas pedagógicas e o renda familiar inferior a dez salários mínimos, ou ao de
desenvolvimento de atividades de extensão que menor renda familiar, quando mais de um candidato
aproximem os dois níveis escolares. (Incluído preencher o critério inicial. (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 13.174, de 2015) 13.184, de 2015)

Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes § 3º O processo seletivo referido no inciso II do caput
cursos e programas: (Regulamento) considerará exclusivamente as competências, as
habilidades e as expectativas de aprendizagem das
I - cursos seqüenciais por campo de saber, de áreas de conhecimento definidas na Base Nacional
diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos Comum Curricular, observado o disposto nos incisos I
que atendam aos requisitos estabelecidos pelas a IV do caput do art. 36. (Incluído pela Medida
instituições de ensino; Provisória nº 746, de 2016)
I - cursos seqüenciais por campo de saber, de Art. 45. A educação superior será ministrada em
diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos instituições de ensino superior, públicas ou privadas,
que atendam aos requisitos estabelecidos pelas com variados graus de abrangência ou
instituições de ensino, desde que tenham concluído o especialização. (Regulamento) (Regulamento)
ensino médio ou equivalente; (Redação dada
pela Lei nº 11.632, de 2007). Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos,
bem como o credenciamento de instituições de
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham educação superior, terão prazos limitados, sendo
concluído o ensino médio ou equivalente e tenham renovados, periodicamente, após processo regular de
sido classificados em processo seletivo; avaliação. (Regulamento) (Regulamento) (Vide
Lei nº 10.870, de 2004)
III - de pós-graduação, compreendendo programas de
mestrado e doutorado, cursos de especialização, § 1º Após um prazo para saneamento de deficiências
aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos eventualmente identificadas pela avaliação a que se
diplomados em cursos de graduação e que atendam refere este artigo, haverá reavaliação, que poderá
às exigências das instituições de ensino; resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e
habilitações, em intervenção na instituição, em
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam suspensão temporária de prerrogativas da autonomia,
aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas ou em
instituições de ensino. descredenciamento. (Regulamento) (Regul
amento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004)
Parágrafo único. Os resultados do processo seletivo
referido no inciso II do caput deste artigo serão § 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo
tornados públicos pelas instituições de ensino responsável por sua manutenção acompanhará o
superior, sendo obrigatória a divulgação da relação processo de saneamento e fornecerá recursos
nominal dos classificados, a respectiva ordem de adicionais, se necessários, para a superação das
classificação, bem como do cronograma das deficiências.
chamadas para matrícula, de acordo com os critérios
para preenchimento das vagas constantes do Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular,
respectivo edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos
de 2006) dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo
reservado aos exames finais, quando houver.
§ 1º. Os resultados do processo seletivo referido no
inciso II do caput deste artigo serão tornados públicos § 1º As instituições informarão aos interessados, antes
pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória de cada período letivo, os programas dos cursos e
a divulgação da relação nominal dos classificados, a demais componentes curriculares, sua duração,
respectiva ordem de classificação, bem como do requisitos, qualificação dos professores, recursos
cronograma das chamadas para matrícula, de acordo disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a
com os critérios para preenchimento das vagas cumprir as respectivas condições.
constantes do respectivo edital. (Incluído pela Lei
nº 11.331, de 2006) (Renumerado do parágrafo § 1o As instituições informarão aos interessados, antes
único para § 1º pela Lei nº 13.184, de 2015) de cada período letivo, os programas dos cursos e
demais componentes curriculares, sua duração,

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requisitos, qualificação dos professores, recursos V - deve conter as seguintes


disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a informações: (Incluído pela lei nº 13.168, de
cumprir as respectivas condições, e a publicação deve 2015)
ser feita, sendo as 3 (três) primeiras formas
concomitantemente: (Redação dada pela lei nº a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição
13.168, de 2015) de ensino superior; (Incluída pela lei nº 13.168,
de 2015)
I - em página específica na internet no sítio eletrônico
oficial da instituição de ensino superior, obedecido o b) a lista das disciplinas que compõem a grade
seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) curricular de cada curso e as respectivas cargas
horárias; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter
como título “Grade e Corpo Docente”; (Incluída c) a identificação dos docentes que ministrarão as
pela lei nº 13.168, de 2015) aulas em cada curso, as disciplinas que efetivamente
ministrará naquele curso ou cursos, sua titulação,
b) a página principal da instituição de ensino superior, abrangendo a qualificação profissional do docente e o
bem como a página da oferta de seus cursos aos tempo de casa do docente, de forma total, contínua ou
ingressantes sob a forma de vestibulares, processo intermitente. (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
seletivo e outras com a mesma finalidade, deve conter
a ligação desta com a página específica prevista neste § 2º Os alunos que tenham extraordinário
inciso; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio
de provas e outros instrumentos de avaliação
c) caso a instituição de ensino superior não possua específicos, aplicados por banca examinadora
sítio eletrônico, deve criar página específica para especial, poderão ter abreviada a duração dos seus
divulgação das informações de que trata esta cursos, de acordo com as normas dos sistemas de
Lei; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) ensino.

d) a página específica deve conter a data completa de § 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores,
sua última atualização; (Incluída pela lei nº 13.168, salvo nos programas de educação a distância.
de 2015)
§ 4º As instituições de educação superior oferecerão,
II - em toda propaganda eletrônica da instituição de no período noturno, cursos de graduação nos mesmos
ensino superior, por meio de ligação para a página padrões de qualidade mantidos no período diurno,
referida no inciso I; (Incluído pela lei nº 13.168, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições
de 2015) públicas, garantida a necessária previsão
orçamentária.
III - em local visível da instituição de ensino superior e
de fácil acesso ao público; (Incluído pela lei nº Art. 48. Os diplomas de cursos superiores
13.168, de 2015) reconhecidos, quando registrados, terão validade
nacional como prova da formação recebida por seu
IV - deve ser atualizada semestralmente ou titular.
anualmente, de acordo com a duração das disciplinas
de cada curso oferecido, observando o § 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão
seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por
instituições não-universitárias serão registrados em
a) caso o curso mantenha disciplinas com duração universidades indicadas pelo Conselho Nacional de
diferenciada, a publicação deve ser Educação.
semestral; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por
b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do universidades estrangeiras serão revalidados por
início das aulas; (Incluída pela lei nº 13.168, de universidades públicas que tenham curso do mesmo
2015) nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos
internacionais de reciprocidade ou equiparação.
c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo
docente até o início das aulas, os alunos devem ser § 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado
comunicados sobre as alterações; (Incluída pela expedidos por universidades estrangeiras só poderão
lei nº 13.168, de 2015) ser reconhecidos por universidades que possuam
cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados,

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na mesma área de conhecimento e em nível III - estabelecer planos, programas e projetos de


equivalente ou superior. pesquisa científica, produção artística e atividades de
extensão;
Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão
a transferência de alunos regulares, para cursos afins, IV - fixar o número de vagas de acordo com a
na hipótese de existência de vagas, e mediante capacidade institucional e as exigências do seu meio;
processo seletivo.
V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão em consonância com as normas gerais atinentes;
na forma da lei. (Regulamento)
VI - conferir graus, diplomas e outros títulos;
Art. 50. As instituições de educação superior, quando
da ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas VII - firmar contratos, acordos e convênios;
disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que
demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos
mediante processo seletivo prévio. de investimentos referentes a obras, serviços e
aquisições em geral, bem como administrar
Art. 51. As instituições de educação superior rendimentos conforme dispositivos institucionais;
credenciadas como universidades, ao deliberar sobre
critérios e normas de seleção e admissão de IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma
estudantes, levarão em conta os efeitos desses prevista no ato de constituição, nas leis e nos
critérios sobre a orientação do ensino médio, respectivos estatutos;
articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas
de ensino. X - receber subvenções, doações, heranças, legados
e cooperação financeira resultante de convênios com
Art. 52. As universidades são instituições entidades públicas e privadas.
pluridisciplinares de formação dos quadros
profissionais de nível superior, de pesquisa, de Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-
extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que científica das universidades, caberá aos seus
se caracterizam colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos
por: (Regulamento) (Regulamento) recursos orçamentários disponíveis, sobre:

I - produção intelectual institucionalizada mediante o I - criação, expansão, modificação e extinção de


estudo sistemático dos temas e problemas mais cursos;
relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural,
II - ampliação e diminuição de vagas;
quanto regional e nacional;
III - elaboração da programação dos cursos;
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com
titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; IV - programação das pesquisas e das atividades de
extensão;
III - um terço do corpo docente em regime de tempo
integral. V - contratação e dispensa de professores;
Parágrafo único. É facultada a criação de VI - planos de carreira docente.
universidades especializadas por campo do
saber. (Regulamento) (Regulamento) Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público
gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são para atender às peculiaridades de sua estrutura,
asseguradas às universidades, sem prejuízo de organização e financiamento pelo Poder Público,
outras, as seguintes atribuições: assim como dos seus planos de carreira e do regime
jurídico do seu
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e
pessoal. (Regulamento) (Regulamento)
programas de educação superior previstos nesta Lei,
obedecendo às normas gerais da União e, quando for § 1º No exercício da sua autonomia, além das
o caso, do respectivo sistema de atribuições asseguradas pelo artigo anterior, as
ensino; (Regulamento) universidades públicas poderão:
II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e
observadas as diretrizes gerais pertinentes; administrativo, assim como um plano de cargos e

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salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os Art. 58. Entende-se por educação especial, para os
recursos disponíveis; efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
II - elaborar o regulamento de seu pessoal em para educandos com deficiência, transtornos globais
conformidade com as normas gerais concernentes; do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796,
III - aprovar e executar planos, programas e projetos de 2013)
de investimentos referentes a obras, serviços e
aquisições em geral, de acordo com os recursos § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio
alocados pelo respectivo Poder mantenedor; especializado, na escola regular, para atender às
peculiaridades da clientela de educação especial.
IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes,
V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às escolas ou serviços especializados, sempre que, em
suas peculiaridades de organização e funcionamento; função das condições específicas dos alunos, não for
possível a sua integração nas classes comuns de
VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, ensino regular.
com aprovação do Poder competente, para aquisição
de bens imóveis, instalações e equipamentos; § 3º A oferta de educação especial, dever
constitucional do Estado, tem início na faixa etária de
VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras zero a seis anos, durante a educação infantil.
providências de ordem orçamentária, financeira e
patrimonial necessárias ao seu bom desempenho. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos
educandos com necessidades especiais:
§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão
ser estendidas a instituições que comprovem alta Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos
qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com educandos com deficiência, transtornos globais do
base em avaliação realizada pelo Poder Público. desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796,
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em de 2013)
seu Orçamento Geral, recursos suficientes para
manutenção e desenvolvimento das instituições de I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
educação superior por ela mantidas. organização específicos, para atender às suas
necessidades;
Art. 56. As instituições públicas de educação superior
obedecerão ao princípio da gestão democrática, II - terminalidade específica para aqueles que não
assegurada a existência de órgãos colegiados puderem atingir o nível exigido para a conclusão do
deliberativos, de que participarão os segmentos da ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
comunidade institucional, local e regional. aceleração para concluir em menor tempo o programa
escolar para os superdotados;
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes
ocuparão setenta por cento dos assentos em cada III - professores com especialização adequada em
órgão colegiado e comissão, inclusive nos que nível médio ou superior, para atendimento
tratarem da elaboração e modificações estatutárias e especializado, bem como professores do ensino
regimentais, bem como da escolha de dirigentes. regular capacitados para a integração desses
educandos nas classes comuns;
Art. 57. Nas instituições públicas de educação
superior, o professor ficará obrigado ao mínimo de oito IV - educação especial para o trabalho, visando a sua
horas semanais de aulas. (Regulamento) efetiva integração na vida em sociedade, inclusive
condições adequadas para os que não revelarem
CAPÍTULO V capacidade de inserção no trabalho competitivo,
mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
como para aqueles que apresentam uma habilidade
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os superior nas áreas artística, intelectual ou
efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, psicomotora;
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas
para educandos portadores de necessidades
sociais suplementares disponíveis para o respectivo
especiais.
nível do ensino regular.

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Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro I – professores habilitados em nível médio ou superior
nacional de alunos com altas habilidades ou para a docência na educação infantil e nos ensinos
superdotação matriculados na educação básica e na fundamental e médio; (Redação dada pela Lei
educação superior, a fim de fomentar a execução de nº 12.014, de 2009)
políticas públicas destinadas ao desenvolvimento
pleno das potencialidades desse alunado. (Incluído II - aproveitamento da formação e experiências
pela Lei nº 13.234, de 2015) anteriores em instituições de ensino e outras
atividades.
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos
com altas habilidades ou superdotação, os critérios e II – trabalhadores em educação portadores de diploma
procedimentos para inclusão no cadastro referido no de pedagogia, com habilitação em administração,
caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo planejamento, supervisão, inspeção e orientação
cadastramento, os mecanismos de acesso aos dados educacional, bem como com títulos de mestrado ou
do cadastro e as políticas de desenvolvimento das doutorado nas mesmas áreas; (Redação dada
potencialidades do alunado de que trata o caput serão pela Lei nº 12.014, de 2009)
definidos em regulamento.
III – trabalhadores em educação, portadores de
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino diploma de curso técnico ou superior em área
estabelecerão critérios de caracterização das pedagógica ou afim. (Incluído pela Lei nº 12.014,
instituições privadas sem fins lucrativos, de 2009)
especializadas e com atuação exclusiva em educação
especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo III - trabalhadores em educação, portadores de
Poder Público. diploma de curso técnico ou superior em área
pedagógica ou afim; e (Redação dada pela Medida
Parágrafo único. O Poder Público adotará, como Provisória nº 746, de 2016)
alternativa preferencial, a ampliação do atendimento
aos educandos com necessidades especiais na IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos
própria rede pública regular de ensino, respectivos sistemas de ensino para ministrar
independentemente do apoio às instituições previstas conteúdos de áreas afins à sua formação para atender
neste artigo. (Regulamento) o disposto no inciso V do caput do art. 36. (Incluído
pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
Parágrafo único. O poder público adotará, como
alternativa preferencial, a ampliação do atendimento Parágrafo único. A formação dos profissionais da
aos educandos com deficiência, transtornos globais do educação, de modo a atender às especificidades do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação exercício de suas atividades, bem como aos objetivos
na própria rede pública regular de ensino, das diferentes etapas e modalidades da educação
independentemente do apoio às instituições previstas básica, terá como fundamentos: (Incluído pela Lei
neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, nº 12.014, de 2009)
de 2013)
I – a presença de sólida formação básica, que propicie
TÍTULO VI o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais
de suas competências de trabalho; (Incluído
Dos Profissionais da Educação pela Lei nº 12.014, de 2009)

Art. 61. A formação de profissionais da educação, de II – a associação entre teorias e práticas, mediante
modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e estágios supervisionados e capacitação em
modalidades de ensino e às características de cada serviço; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
fase do desenvolvimento do educando, terá como
fundamentos: (Regulamento) III – o aproveitamento da formação e experiências
anteriores, em instituições de ensino e em outras
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação atividades. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
escolar básica os que, nela estando em efetivo
exercício e tendo sido formados em cursos Art. 62. A formação de docentes para atuar na
reconhecidos, são: (Redação dada pela Lei nº educação básica far-se-á em nível superior, em curso
12.014, de 2009) de licenciatura, de graduação plena, em universidades
e institutos superiores de educação, admitida, como
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive formação mínima para o exercício do magistério na
mediante a capacitação em serviço; educação infantil e nas quatro primeiras séries do

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ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere
modalidade Normal. (Regulamento) o inciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de
conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou
Art. 62. A formação de docentes para atuar na superior, incluindo habilitações
educação básica far-se-á em nível superior, em curso tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de
de licenciatura, de graduação plena, em universidades 2013)
e institutos superiores de educação, admitida, como
formação mínima para o exercício do magistério na Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada
educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do para os profissionais a que se refere o caput, no local
ensino fundamental, a oferecida em nível médio na de trabalho ou em instituições de educação básica e
modalidade normal. (Redação dada pela Lei nº superior, incluindo cursos de educação profissional,
12.796, de 2013) cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos
e de pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 12.796,
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os de 2013)
Municípios, em regime de colaboração, deverão
promover a formação inicial, a continuada e a Art. 63. Os institutos superiores de educação
capacitação dos profissionais de manterão: (Regulamento)
magistério. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).
I - cursos formadores de profissionais para a educação
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos básica, inclusive o curso normal superior, destinado à
profissionais de magistério poderão utilizar recursos e formação de docentes para a educação infantil e para
tecnologias de educação a distância. (Incluído as primeiras séries do ensino fundamental;
pela Lei nº 12.056, de 2009).
II - programas de formação pedagógica para
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério portadores de diplomas de educação superior que
dará preferência ao ensino presencial, queiram se dedicar à educação básica;
subsidiariamente fazendo uso de recursos e
tecnologias de educação a distância. (Incluído III - programas de educação continuada para os
pela Lei nº 12.056, de 2009). profissionais de educação dos diversos níveis.

§ 4o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Art. 64. A formação de profissionais de educação para
Municípios adotarão mecanismos facilitadores de administração, planejamento, inspeção, supervisão e
acesso e permanência em cursos de formação de orientação educacional para a educação básica, será
docentes em nível superior para atuar na educação feita em cursos de graduação em pedagogia ou em
básica pública. (Incluído pela Lei nº 12.796, de nível de pós-graduação, a critério da instituição de
2013) ensino, garantida, nesta formação, a base comum
nacional.
§ 5o A União, o Distrito Federal, os Estados e os
Municípios incentivarão a formação de profissionais do Art. 65. A formação docente, exceto para a educação
magistério para atuar na educação básica pública superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo,
mediante programa institucional de bolsa de iniciação trezentas horas.
à docência a estudantes matriculados em cursos de
licenciatura, de graduação plena, nas instituições de Art. 66. A preparação para o exercício do magistério
educação superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, superior far-se-á em nível de pós-graduação,
de 2013) prioritariamente em programas de mestrado e
doutorado.
§ 6o O Ministério da Educação poderá estabelecer
nota mínima em exame nacional aplicado aos Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por
concluintes do ensino médio como pré-requisito para o universidade com curso de doutorado em área afim,
ingresso em cursos de graduação para formação de poderá suprir a exigência de título acadêmico.
docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educação -
CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a
valorização dos profissionais da educação,
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos
e dos planos de carreira do magistério público:
§ 8º Os currículos dos cursos de formação de
docentes terão por referência a Base Nacional Comum I - ingresso exclusivamente por concurso público de
Curricular. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de provas e títulos;
2016) (Vide Medida Provisória nº 746, de 2016)

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II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive receita resultante de impostos, compreendidas as


com licenciamento periódico remunerado para esse transferências constitucionais, na manutenção e
fim; desenvolvimento do ensino público.

III - piso salarial profissional; § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida


pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
IV - progressão funcional baseada na titulação ou Municípios, ou pelos Estados aos respectivos
habilitação, e na avaliação do desempenho; Municípios, não será considerada, para efeito do
cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a
V - período reservado a estudos, planejamento e transferir.
avaliação, incluído na carga de trabalho;
§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de
VI - condições adequadas de trabalho. impostos mencionadas neste artigo as operações de
crédito por antecipação de receita orçamentária de
§ 1o A experiência docente é pré-requisito para o impostos.
exercício profissional de quaisquer outras funções de
magistério, nos termos das normas de cada sistema de § 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes
ensino. (Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006) aos mínimos estatuídos neste artigo, será considerada
a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada,
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de
§ 8o do art. 201 da Constituição Federal, são créditos adicionais, com base no eventual excesso de
consideradas funções de magistério as exercidas por arrecadação.
professores e especialistas em educação no
desempenho de atividades educativas, quando § 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas
exercidas em estabelecimento de educação básica em e as efetivamente realizadas, que resultem no não
seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios,
exercício da docência, as de direção de unidade serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do
escolar e as de coordenação e assessoramento exercício financeiro.
pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.301, de 2006)
§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do
§ 3o A União prestará assistência técnica aos Estados, caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
ao Distrito Federal e aos Municípios na elaboração de Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão
concursos públicos para provimento de cargos dos responsável pela educação, observados os seguintes
profissionais da educação. (Incluído pela Lei nº prazos:
12.796, de 2013)
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de
TÍTULO VII cada mês, até o vigésimo dia;
Dos Recursos financeiros II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao
vigésimo dia de cada mês, até o trigésimo dia;
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à
educação os originários de: III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao
final de cada mês, até o décimo dia do mês
I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, subseqüente.
do Distrito Federal e dos Municípios;
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a
II - receita de transferências constitucionais e outras correção monetária e à responsabilização civil e
transferências; criminal das autoridades competentes.
III - receita do salário-educação e de outras Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e
contribuições sociais; desenvolvimento do ensino as despesas realizadas
com vistas à consecução dos objetivos básicos das
IV - receita de incentivos fiscais;
instituições educacionais de todos os níveis,
V - outros recursos previstos em lei. compreendendo as que se destinam a:

Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os e demais profissionais da educação;
Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta
nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da

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II - aquisição, manutenção, construção e conservação Disposições Constitucionais Transitórias e na


de instalações e equipamentos necessários ao ensino; legislação concernente.

III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o
ao ensino; Distrito Federal e os Municípios, estabelecerá padrão
mínimo de oportunidades educacionais para o ensino
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por
visando precipuamente ao aprimoramento da aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.
qualidade e à expansão do ensino;
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este
V - realização de atividades-meio necessárias ao artigo será calculado pela União ao final de cada ano,
funcionamento dos sistemas de ensino; com validade para o ano subseqüente, considerando
variações regionais no custo dos insumos e as
VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de diversas modalidades de ensino.
escolas públicas e privadas;
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos
VII - amortização e custeio de operações de crédito Estados será exercida de modo a corrigir,
destinadas a atender ao disposto nos incisos deste progressivamente, as disparidades de acesso e
artigo; garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino.
VIII - aquisição de material didático-escolar e § 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a
manutenção de programas de transporte escolar. fórmula de domínio público que inclua a capacidade de
atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo
Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor
desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com: da manutenção e do desenvolvimento do ensino.
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de § 2º A capacidade de atendimento de cada governo
ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de será definida pela razão entre os recursos de uso
ensino, que não vise, precipuamente, ao constitucionalmente obrigatório na manutenção e
aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão; desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno,
relativo ao padrão mínimo de qualidade.
II - subvenção a instituições públicas ou privadas de
caráter assistencial, desportivo ou cultural; § 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e
2º, a União poderá fazer a transferência direta de
III - formação de quadros especiais para a
recursos a cada estabelecimento de ensino,
administração pública, sejam militares ou civis,
considerado o número de alunos que efetivamente
inclusive diplomáticos;
freqüentam a escola.
IV - programas suplementares de alimentação,
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser
assistência médico-odontológica, farmacêutica e
exercida em favor do Distrito Federal, dos Estados e
psicológica, e outras formas de assistência social;
dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área de
V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI
beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, em número
inferior à sua capacidade de atendimento.
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da
educação, quando em desvio de função ou em Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no
atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do artigo anterior ficará condicionada ao efetivo
ensino. cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios do disposto nesta Lei, sem prejuízo de
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e outras prescrições legais.
desenvolvimento do ensino serão apuradas e
publicadas nos balanços do Poder Público, assim Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às
como nos relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
da Constituição Federal. comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:

Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, I - comprovem finalidade não-lucrativa e não


prioritariamente, na prestação de contas de recursos distribuam resultados, dividendos, bonificações,
públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da participações ou parcela de seu patrimônio sob
Constituição Federal, no art. 60 do Ato das nenhuma forma ou pretexto;

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II - apliquem seus excedentes financeiros em II - manter programas de formação de pessoal


educação; especializado, destinado à educação escolar nas
comunidades indígenas;
III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao III - desenvolver currículos e programas específicos,
Poder Público, no caso de encerramento de suas neles incluindo os conteúdos culturais
atividades; correspondentes às respectivas comunidades;

IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos IV - elaborar e publicar sistematicamente material
recebidos. didático específico e diferenciado.

§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser § 3o No que se refere à educação superior, sem
destinados a bolsas de estudo para a educação prejuízo de outras ações, o atendimento aos povos
básica, na forma da lei, para os que demonstrarem indígenas efetivar-se-á, nas universidades públicas e
insuficiência de recursos, quando houver falta de privadas, mediante a oferta de ensino e de assistência
vagas e cursos regulares da rede pública de domicílio estudantil, assim como de estímulo à pesquisa e
do educando, ficando o Poder Público obrigado a desenvolvimento de programas
investir prioritariamente na expansão da sua rede local. especiais. (Incluído pela Lei nº 12.416, de 2011)

§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e Art. 79-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639,
extensão poderão receber apoio financeiro do Poder de 9.1.2003)
Público, inclusive mediante bolsas de estudo.
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de
TÍTULO VIII novembro como ‘Dia Nacional da Consciência
Negra’. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
Das Disposições Gerais
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a e a veiculação de programas de ensino a distância, em
colaboração das agências federais de fomento à todos os níveis e modalidades de ensino, e de
cultura e de assistência aos índios, desenvolverá educação continuada. (Regulamento)
programas integrados de ensino e pesquisa, para
oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aos § 1º A educação a distância, organizada com abertura
povos indígenas, com os seguintes objetivos: e regime especiais, será oferecida por instituições
especificamente credenciadas pela União.
I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos,
a recuperação de suas memórias históricas; a § 2º A União regulamentará os requisitos para a
reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização realização de exames e registro de diploma relativos a
de suas línguas e ciências; cursos de educação a distância.

II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o § 3º As normas para produção, controle e avaliação de
acesso às informações, conhecimentos técnicos e programas de educação a distância e a autorização
científicos da sociedade nacional e demais sociedades para sua implementação, caberão aos respectivos
indígenas e não-índias. sistemas de ensino, podendo haver cooperação e
integração entre os diferentes
Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas. (Regulamento)
sistemas de ensino no provimento da educação
intercultural às comunidades indígenas, § 4º A educação a distância gozará de tratamento
desenvolvendo programas integrados de ensino e diferenciado, que incluirá:
pesquisa.
I - custos de transmissão reduzidos em canais
§ 1º Os programas serão planejados com audiência comerciais de radiodifusão sonora e de sons e
das comunidades indígenas. imagens;

§ 2º Os programas a que se refere este artigo, I - custos de transmissão reduzidos em canais


incluídos nos Planos Nacionais de Educação, terão os comerciais de radiodifusão sonora e de sons e
seguintes objetivos: imagens e em outros meios de comunicação que
sejam explorados mediante autorização, concessão ou
I - fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua permissão do poder público; (Redação dada
materna de cada comunidade indígena; pela Lei nº 12.603, de 2012)

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II - concessão de canais com finalidades § 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação


exclusivamente educativas; desta Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o
Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder para os dez anos seguintes, em sintonia com a
Público, pelos concessionários de canais comerciais. Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
Art. 81. É permitida a organização de cursos ou § 2º O Poder Público deverá recensear os educandos
instituições de ensino experimentais, desde que no ensino fundamental, com especial atenção para os
obedecidas as disposições desta Lei. grupos de sete a quatorze e de quinze a dezesseis
anos de idade.
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as
normas para realização dos estágios dos alunos § 2o O poder público deverá recensear os educandos
regularmente matriculados no ensino médio ou no ensino fundamental, com especial atenção para o
superior em sua jurisdição. grupo de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e de
15 (quinze) a 16 (dezesseis) anos de
Parágrafo único. O estágio realizado nas condições idade. (Redação dada pela Lei nº 11.274, de
deste artigo não estabelecem vínculo empregatício, 2006) (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013)
podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar
segurado contra acidentes e ter a cobertura § 3º Cada Município e, supletivamente, o Estado e a
previdenciária prevista na legislação União, deverá:
específica. (Revogado pela nº 11.788, de 2008)
I - matricular todos os educandos a partir dos sete anos
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as de idade e, facultativamente, a partir dos seis anos, no
normas de realização de estágio em sua jurisdição, ensino fundamental;
observada a lei federal sobre a
matéria. (Redação dada pela Lei nº 11.788, de I – matricular todos os educandos a partir dos seis
2008) anos de idade, no ensino fundamental, atendidas as
seguintes condições no âmbito de cada sistema de
Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, ensino: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de
admitida a equivalência de estudos, de acordo com as 2005)
normas fixadas pelos sistemas de ensino.
a) plena observância das condições de oferta fixadas
Art. 84. Os discentes da educação superior poderão por esta Lei, no caso de todas as redes
ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa escolares; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)
pelas respectivas instituições, exercendo funções de
monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano b) atingimento de taxa líquida de escolarização de pelo
de estudos. menos 95% (noventa e cinco por cento) da faixa etária
de sete a catorze anos, no caso das redes escolares
Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação públicas; e (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)
própria poderá exigir a abertura de concurso público de
provas e títulos para cargo de docente de instituição c) não redução média de recursos por aluno do ensino
pública de ensino que estiver sendo ocupado por fundamental na respectiva rede pública, resultante da
professor não concursado, por mais de seis anos, incorporação dos alunos de seis anos de
ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da idade; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)
Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. § 3o O Distrito Federal, cada Estado e Município, e,
supletivamente, a União, devem: (Redação dada
Art. 86. As instituições de educação superior pela Lei nº 11.330, de 2006)
constituídas como universidades integrar-se-ão,
também, na sua condição de instituições de pesquisa, I – matricular todos os educandos a partir dos 6 (seis)
ao Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, nos anos de idade no ensino fundamental; (Redação
termos da legislação específica. dada pela Lei nº 11.274, de 2006) (Revogado
pela lei nº 12.796, de 2013)
TÍTULO IX
a) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274,
Das Disposições Transitórias de 2006)

Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar- b) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274,
se um ano a partir da publicação desta Lei. de 2006)

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c) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua
de 2006) publicação.

II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs
e adultos insuficientemente escolarizados; 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de
novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131,
III - realizar programas de capacitação para todos os de 24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de
professores em exercício, utilizando também, para isto, dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs 5.692, de 11
os recursos da educação a distância; de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982,
e as demais leis e decretos-lei que as modificaram e
IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino quaisquer outras disposições em contrário.
fundamental do seu território ao sistema nacional de
avaliação do rendimento escolar. 1.1 Questões de concursos anteriores

§ 4º Até o fim da Década da Educação somente serão 1) Ano: 2016, Banca: IF SUL – MG, Órgão: IF SUL –
admitidos professores habilitados em nível superior ou MG, Prova: Técnico em Assuntos Educacionais
formados por treinamento em
serviço. (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013) Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), uma das finalidades da educação
§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando superior é “formar diplomados nas diferentes áreas de
a progressão das redes escolares públicas urbanas de conhecimento, aptos para a inserção em setores
ensino fundamental para o regime de escolas de profissionais e para a participação no desenvolvimento
tempo integral. da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
contínua” e, de acordo com o Art. 44, da LDB n.
§ 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao 9394/1996, abrange:
Distrito Federal e aos Municípios, bem como a dos
Estados aos seus Municípios, ficam condicionadas ao a) Cursos de graduação e extensão.
cumprimento do art. 212 da Constituição Federal e
dispositivos legais pertinentes pelos governos b) Cursos de graduação e pós-graduação.
beneficiados.
c) Cursos de graduação e pós-graduação, exceto
Art. 87-A. (VETADO). (Incluído pela lei nº 12.796, cursos lato sensu.
de 2013)
d) Cursos sequenciais por campo de saber, cursos de
Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os graduação, cursos de pós-graduação e extensão.
Municípios adaptarão sua legislação educacional e de
ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de
um ano, a partir da data de sua
publicação. (Regulamento) (Regulamento) 2) Ano: 2016, Banca: COSEAC, Órgão Prefeitura de
Niterói - RJ, Prova: Professor II − Língua Portuguesa
§ 1º As instituições educacionais adaptarão seus
estatutos e regimentos aos dispositivos desta Lei e às De acordo com o Artigo 13 da Lei de Diretrizes e Bases
normas dos respectivos sistemas de ensino, nos da Educação Nacional (Lei 9.394/96), dentre as várias
prazos por estes estabelecidos. incumbências dos docentes está a de:

§ 2º O prazo para que as universidades cumpram o a) coletar, analisar e disseminar informações sobre
disposto nos incisos II e III do art. 52 é de oito anos. educação.

Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que b) administrar pessoal e recursos financeiros.
venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos,
a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao c) assegurar o ensino fundamental e oferecer o ensino
respectivo sistema de ensino. médio.

Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o d) garantir o cumprimento dos dias letivos e da carga
regime anterior e o que se institui nesta Lei serão horária.
resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou,
e) colaborar com as atividades de articulação da
mediante delegação deste, pelos órgãos normativos
escola com as famílias e a comunidade.
dos sistemas de ensino, preservada a autonomia
universitária.

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3) Ano: 2016, Banca: COSEAC, Órgão Prefeitura de d) currículo escolar / as Diretrizes Curriculares
Niterói - RJ, Prova: Agente de Administração Nacionais para a Educação Básica / as Normas
Educacional Básicas de Transferência.

O Sistema Municipal de Ensino de Niterói organiza o e) núcleo de desenvolvimento / os Parâmetros


ensino fundamental da seguinte maneira: Curriculares Nacionais (PCN) / as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Básica.
a) I Ciclo: 3 anos / II Ciclo: 2 anos / III Ciclo: 2 anos / IV
Ciclo: 2 anos.

b) Ciclo: 1º, 2º e 3º anos / Ano escolar: 4º ao 9º ano. 5) Ano: 2016, Banca: COSEAC, Órgão Prefeitura de
Niterói - RJ, Prova: Agente de Administração
c) Ciclo: 1º, 2º ano / Ano escolar: 3º ao 9º ano. Educacional
d) Ciclo I: 2 anos / Ciclo II: 3 anos / Ano escolar: 6º ao O documento individual do aluno que registra toda a
9º ano. vida escolar, indicando as séries/anos, ciclos ou
etapas cursadas, o rendimento e a frequência, sendo
e) Ciclo I: 4 anos / Ciclo II: 1 ano / Ano escolar: 6º ao também o documento oficial para efeito de
9º ano. transferência, é denominado:

a) Histórico Escolar.
4) Ano: 2016, Banca: COSEAC, Órgão Prefeitura de b) Ficha Branca.
Niterói - RJ, Prova: Agente de Administração
Educacional c) Ficha individual.

Leia o texto abaixo. d) Certidão de Nascimento.

O conceito de ___________ abrange o conjunto das e) Ficha de Matrícula.


atividades educativas nucleares desenvolvidas pela
escola. Significa todas as atividades educativas
planejadas e executadas pela escola, visando ao
desenvolvimento, completo e harmonioso, da 6) Ano: 2016, Banca: CS-UFG, Órgão Prefeitura de
personalidade integral do educando; é o caminho que Goiânia - GO, Prova: Auxiliar de Atividades Educativas
a escola oferece a seus alunos a fim de que sejam
alcançados os objetivos da educação. O MEC, visando De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais
a constituir um referencial para as escolas e para a Educação Básica, os projetos político-
professores no exercício de suas práticas educativas, pedagógicos das unidades de educação infantil,
elaborou _______________ e o CNE publicou conforme disposto nos artigos 12 e 13 da Lei de
______________________ um conjunto articulado de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) Lei
princípios, critérios e procedimentos que devem ser n. 9.394/1996 e no Estatuto da Criança e do
observados, obrigatoriamente, pelos sistemas e pelas Adolescente, Lei n. 8.069/1990, devem ser definidos
próprias escolas na organização e no planejamento, na
execução e na avaliação de seus cursos e respectivos a) pelas secretarias de educação do município.
projetos pedagógicos. Os termos que completam
b) pelas próprias unidades de educação infantil.
corretamente o texto acima são, respectivamente:
c) pela equipe pedagógica do Ministério da Educação.
a) planejamento / as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Básica / as Normas Básicas de d) pela secretaria de educação do estado.
Transferência.

b) planejamento participativo / os Parâmetros


Curriculares Nacionais (PCN) / as Normas Básicas de 7) Ano: 2016, Banca: FUNRIO, Órgão IF-PA, Prova:
Transferência. PEDAGOGO
c) currículo escolar / os Parâmetros Curriculares A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº
Nacionais (PCN) / as Diretrizes Curriculares Nacionais 9.394/96) e suas alterações, em seu Capítulo V, Do
para a Educação Básica. Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho,
no Art. 67, diz: Ao adolescente empregado, aprendiz,

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em regime familiar de trabalho, aluno de escola e) I, II e V.


técnica, assistido em entidade governamental ou não-
governamental, é vedado trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um 9) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão UNIRIO,
dia e as cinco horas do dia seguinte; Prova: Assistente em Administração

II - perigoso, insalubre ou penoso; Uma autoridade competente na área de educação de


um município teve comprovada a sua negligência para
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e garantir o oferecimento do ensino obrigatório. Nesse
ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e caso, de acordo com a Lei no 9.394/1996, e suas
social; alterações, poderá ocorrer a imputação dessa
autoridade por crime
IV - realizado em horários e locais que permitam a
frequência à escola; a) real

V - matutino, realizado fora do perímetro geográfico da b) pessoal


escola frequentada pelo adolescente.
c) culposo
São verdadeiras apenas as alíneas
d) de responsabilidade
a) I, II e IV.
e) de estelionato
b) I, II e III.

c) II, III e IV.


10) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão UNIRIO,
d) II, III e V. Prova: Assistente em Administração

e) III, IV e V. Em uma entidade de ensino, alguns alunos têm


responsáveis que não são os genitores.

No caso de informação sobre a frequência e


8) Ano: 2016, Banca: FUNRIO, Órgão IF-PA, Prova: rendimento dos alunos, bem como sobre a execução
PEDAGOGO da proposta pedagógica da escola, nos termos da Lei
no 9.394/1996, e suas alterações, caberá à instituição
A formação básica ou inicial de professores, ao fornecer essas informações à(ao)
contrário da formação continuada, é oferecida por
a) mãe, somente
I. cursos superiores de Pedagogia;
b) mãe, se convivente com o filho
II. licenciaturas do ensino superior;
c) pai, somente
III. cursos oferecidos pelas secretarias de educação;
d) pai, se convivente com o filho
IV. cursos de nível médio oferecidos pelos Institutos
Superiores de Educação; e) pai e à mãe, independentemente da convivência ou
não com o filho
V. Programas do Ministério da Educação, como Pro
Infantil e Pro Formação.

São corretos apenas os itens 11) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão UNIRIO,
Prova: Assistente em Administração
a) I, II e III.
Na primeira reunião do ano, a diretora de uma escola
b) II, III e IV. municipal planejou com sua equipe o trabalho a ser
desenvolvido com as turmas de Educação Infantil,
c) III, IV e V. discutindo especialmente as formas de avaliação das
crianças e a distribuição de carga horária pelos dias de
d) I, II e IV.
trabalho educacional.

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Nessa reunião, eles verificaram que, conforme o A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
disposto na Lei no 9.394/1996 e suas alterações (LDB nº 9.394/1996) informa, no artigo 48, que “os
posteriores, a avaliação deve ser feita mediante diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando
registrados, terão validade nacional como prova da
a) realização de provas subjetivas, com o objetivo de formação recebida por seu titular”.
promoção para o acesso ao Ensino Fundamental, e
carga horária mínima anual de 700 horas, distribuídas Quando os diplomas de graduação são expedidos por
por um mínimo de 200 dias de trabalho educacional. universidades estrangeiras, estes devem ser
revalidados por
b) realização de provas objetivas visando à promoção
para o acesso ao Ensino Fundamental e Médio, e a) universidades que tenham curso do mesmo nível e
carga horária mínima anual de 900 horas, distribuídas área ou equivalente, respeitando-se os acordos
por um mínimo de 250 dias de trabalho educacional. internacionais de reciprocidade ou equiparação.

c) acompanhamento e registro do desenvolvimento b) universidades privadas que tenham curso do


das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os
para o acesso ao Ensino Fundamental, e carga horária acordos internacionais de reciprocidade ou
mínima anual de 800 horas, distribuídas por um equiparação.
mínimo de 200 dias de trabalho educacional.
c) universidades públicas que tenham curso do mesmo
d) acompanhamento e registro do desenvolvimento nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos
das crianças, e provas objetivas, com a finalidade de internacionais de reciprocidade ou equiparação.
promoção para o acesso ao Ensino Fundamental, e
carga horária anual de, no mínimo, 850 horas, d) universidades públicas ou privadas que tenham
distribuídas por um mínimo de 200 dias de trabalho curso do mesmo nível e área ou equivalente,
educacional. respeitando-se os acordos internacionais de
reciprocidade ou equiparação.
e) acompanhamento e registro do desenvolvimento
das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo e) qualquer Instituição de Ensino superior,
para o acesso ao Ensino Fundamental, e carga horária respeitando-se os acordos internacionais de
mínima anual de 700 horas, distribuídas por um reciprocidade ou equiparação.
mínimo de 180 dias de trabalho educacional.

14) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão UNIRIO,


12) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão UNIRIO, Prova: PEDAGOGO
Prova: PEDAGOGO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Conforme o artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da (LDB no 9394/1996), nos artigos de 8 a 12, define as
Educação Nacional (LDB nº 9394/1996), o ensino será incumbências da União, Estados, Municípios e
ministrado com base nos seguintes princípios, à estabelecimentos de ensino na organização da
EXCEÇÃO de: educação nacional.

a) articulação entre a educação escolar e a orientação É incumbência da União:


para o trabalho técnico
a) elaborar e executar políticas e planos educacionais,
b) valorização profissional de educação escolar em consonância com as diretrizes e planos nacionais
de educação, integrando e coordenando as suas
c) pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas ações e as dos seus municípios.

d) respeito à liberdade e apreço à tolerância b) coletar, analisar e disseminar informações sobre a


educação.
e) igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola c) oferecer a educação infantil em creches e pré-
escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental.

d) assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-


13) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão UNIRIO, aula estabelecidas.
Prova: PEDAGOGO

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e) articular-se com as famílias e a comunidade, criando 17) Ano: 2016, Banca: FUNRIO, Órgão: Prefeitura de
processos de integração da sociedade com a escola. Trindade - GO, Prova: Professor P − III (Pedagogo)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


(LDB) atribui ao Estado deveres com a educação
15) Ano: 2016, Banca: CESGRANRIO, Órgão UNIRIO, escolar pública. A alternativa que apresenta uma das
Prova: PEDAGOGO garantias da LDB é:
O acesso à educação é direito público subjetivo e deve a) Oferta de ensino noturno, apenas para a aceleração
ser obrigatório, de acordo com a Lei de Diretrizes e de estudos.
Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/1996),
com redação dada pela Lei nº 12.796/2013, na idade b) Educação infantil obrigatória e gratuita às crianças
de de até 5 anos de idade.

a) 4 a 14 anos c) Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental


e médio para todos que não os concluíram na idade
b) 4 a 17 anos própria.

c) 5 a 17 anos d) Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17


anos, assim organizada: educação infantil e ensino
d) 7 a 14 anos fundamental.
e) 7 a 17 anos e) Atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
preferencialmente em instituições criadas para tal.
16) Ano: 2016, Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro -
RJ, Órgão: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ, Prova:
Professor de Ensino Fundamental – Matemática
18) Ano: 2016, Banca: FUNRIO, Órgão: Prefeitura de
Em uma determinada escola, no início do ano, Trindade - GO, Prova: Professor P − III (Pedagogo)
professores se organizavam para planejar a proposta
pedagógica para o ano letivo. Um grupo de Na LDB, uma das regras de organização comum aos
professores entregou à Coordenação Pedagógica sua níveis fundamental e médio está apresentada na
listagem de conteúdos que seriam desenvolvidos ao seguinte alternativa:
longo do ano e preparava-se para ir embora. A direção
da escola solicitou que permanecessem para a reunião a) Possibilidade de aceleração de estudos para alunos
de planejamento com todo o corpo docente. A diretora com defasagem idade/série.
tomou essa iniciativa baseada na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação nº 9394, de 20 de novembro de b) Frequência mínima exigida de 75% do total de horas
1996, que anuncia em seu Art. 13, que docentes letivas, porém não para fins de aprovação.
incumbir-se-ão de:
c) Estudos de recuperação obrigatórios, devendo
a) ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, ocorrer preferencialmente no final do período letivo.
além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao d) Ano letivo regular com 200 dias de efetivo trabalho
desenvolvimento profissional escolar, incluindo o tempo reservado aos exames
finais.
b) ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
além de participar facultativamente dos períodos e) Admitida a classificação em qualquer série ou etapa,
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao exceto a primeira do ensino fundamental, mediante
desenvolvimento profissional pela escola, desde que condicionada a escolarização
anterior.
c) elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo sua
proposta pedagógica, garantindo assim a autonomia
pedagógica do docente
19) Ano: 2016, Banca: NC-UFPR, Órgão: Prefeitura de
d) elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a Curitiba - PR, Prova: Docência I
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e) de formação inicial e continuada ou qualificação


9394/96 disciplina a educação escolar, que se profissional; de educação profissional técnica de nível
desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, básico; de educação profissional tecnológica de
graduação e pós-graduação.
em instituições próprias. De acordo com as definições
contidas nessa lei, assinale a alternativa correta.

a) Cabe aos municípios ofertar com prioridade, a 21) Ano: 2016, Banca: IF-PE, Órgão: IF-PE, Prova:
Educação Infantil em creches e pré-escolas; o Ensino Assistente de Alunos
Fundamental e o Ensino Médio.
Marque a alternativa que reproduz corretamente o
b) A oferta de Educação Especial, dever constitucional Artigo 58 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB (Lei nº 9.394/96), o qual trata da
do Estado, tem início na faixa etária de quatro anos,
educação especial.
quando é possível realizar diagnósticos durante a
Educação Infantil. a) Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
c) Os docentes devem participar da elaboração da preferencialmente na rede regular de ensino, para
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino e educandos com deficiência mental, transtornos globais
elaborar e cumprir plano de trabalho, zelando pela da atenção e altas habilidades ou superdotação.
aprendizagem dos alunos.
b) Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
d) As normas da gestão democrática do ensino público
preferencialmente na rede especializada de ensino,
na Educação Básica serão definidas a partir de para educandos com deficiência, transtornos globais
critérios comuns aos diferentes sistemas de ensino, do desenvolvimento e altas habilidades ou
tendo como objetivo a participação da comunidade superdotação.
escolar na escolha da equipe gestora.
c) Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para
20) Ano: 2016, Banca: IF-PE, Órgão: IF-PE, Prova: educandos com deficiência física, transtornos globais
Assistente de Alunos do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.
Em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - LDB (Lei nº. 9.394/96), a d) Entende-se por educação especial, para os efeitos
educação profissional e tecnológica abrangerá os desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
seguintes cursos: preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com deficiência, transtornos globais da
a) de formação inicial e continuada ou qualificação atenção e altas habilidades ou superdotação.
profissional; de educação profissional técnica de nível
médio; de educação profissional tecnológica de e) Entende-se por educação especial, para os efeitos
graduação e extensionistas. desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para
b) de formação inicial e continuada ou qualificação educandos com deficiência, transtornos globais do
profissional; de educação profissional técnica de nível desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
médio; de educação profissional tecnológica de
graduação e pós-graduação.

c) de formação inicial e continuada ou qualificação 22) Ano: 2016, Banca IDECAN, Órgão: UFPB, Prova:
científica; de educação profissional técnica de nível Auxiliar em Assuntos Educacionais
médio; de educação profissional tecnológica de
graduação e pós-graduação. De acordo com a LDB, Capítulo IV da Educação
Superior, é INCORRETO afirmar que
d) de formação inicial e continuada ou qualificação
profissional; de educação profissional técnica de nível a) a autorização e o reconhecimento de cursos, bem
superior; de educação profissional tecnológica de como o credenciamento de instituições de educação
graduação e pós-graduação. superior, terão prazos ilimitados.

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b) a educação superior será ministrada em instituições Olímpicos. Carla, uma aluna do 9º ano do ensino
de ensino superior, públicas ou privadas, com variados fundamental da Rede Pública Municipal de Ensino está
graus de abrangência ou especialização. muito animada e vê, nas aulas de educação física, uma
excelente oportunidade de participar ativamente do
c) os diplomas de cursos superiores reconhecidos, clima da cidade. Entretanto, Carla possui uma filha de
quando registrados, terão validade nacional como nove meses. Segundo a Lei 9394/96, a aluna:
prova da formação recebida por seu titular.
a) poderá participar das aulas de educação física
d) na educação superior, o ano letivo regular, assistindo e desenvolvendo relatórios sobre as aulas
independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos assistidas, visto que alunos com prole não têm
dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo permissão para participar das atividades nas aulas de
reservado aos exames finais, quando houver. educação física

b) poderá participar normalmente das aulas, pois a


educação física é componente curricular obrigatório da
23) Ano: 2016, Banca UFMA, Órgão: UFMA, Prova: educação básica, sendo sua prática facultativa ao
PEDAGOGO aluno que possuir prole
O artigo 26 da LDB determina que a construção dos c) não poderá participar das aulas, pois a educação
currículos, do Ensino Fundamental e Médio, precisa física é um componente curricular facultativo, sendo
articular “com uma Base Nacional Comum, a ser sua prática proibida ao aluno que tenha prole
complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar”. Sobre a Base Nacional d) não poderá participar das aulas, pois a educação
Comum, assinale a opção correta. física não é componente curricular obrigatório da
educação básica, pois sua prática é facultativa ao
a) (...) A Base Nacional Comum contém em si a aluno que possuir prole
dimensão de preparação para o prosseguimento de
estudos, caminhando no sentido da construção de
competências e habilidades básicas, e não de acúmulo
de esquemas resolutivos pré-estabelecidos, como 25) Ano: 2016, Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura de
objetivo do processo de aprendizagem. Natal - RN, Prova: Psicólogo

b) (....) Na Base Nacional Comum, o estudo da Língua “O acesso à educação básica obrigatória é direito
Portuguesa e da Matemática deve ser prioritário e público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de
preceder o conhecimento do mundo físico e natural e cidadãos, associação comunitária, organização
da realidade social e do ensino da arte. sindical, entidade de classe ou outra legalmente
constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o
c) (...) O conteúdo da Base Nacional Comum deve poder público para exigi-lo.”
contemplar mais a parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade e da (Art. 5º – Lei de Diretrizes e Bases.)
cultura.
De acordo com o exposto, o poder público, na esfera
d) (...) A Base Nacional Comum não deve trazer em si de sua competência federativa, deverá, EXCETO:
a dimensão de preparação para o trabalho.
a) Zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
e) (...) A competência requerida no exercício frequência à escola.
profissional, seja ela psicomotora, socioafetiva ou
cognitiva, não é um afinamento das competências b) Recensear anualmente as crianças e adolescentes
básicas e não deve ser prioritário na dimensão da Base em idade escolar.
Nacional Comum.
c) Recensear a cada biênio os jovens e adultos que
não concluíram a educação básica.

24) Ano: 2016, Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - d) Fazer a chamada pública a todas crianças e
RJ, Órgão: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ, Prova: adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e
Professor de Ensino Fundamental - Educação Física adultos que não concluíram a educação básica.

A população da Cidade do Rio de Janeiro tem


comentado com frequência a dimensão olímpica da
cidade, uma vez que esta, em 2016, sediará os Jogos

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26) Ano: 2016, Banca: FEPESE, Órgão: Prefeitura de I. O ano letivo regular, independente do ano civil, tem,
Florianópolis - SC, Prova: Professor Auxiliar de no mínimo, duzentos e vinte dias de trabalho
Educação Infantil acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos
exames finais, quando houver.
Analise o texto abaixo:
II. As instituições informarão aos interessados, antes
No artigo 6° da Resolução CNE/CEB n° 4, de de cada período letivo, os programas dos cursos e
13/07/2010, consta que na Educação Básica é demais componentes curriculares, sua duração,
necessário considerar as dimensões .......................... , requisitos, qualificação dos professores, recursos
em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a disponíveis e critérios de avaliação, obrigando‐se a
função social desse nível da educação, a sua cumprir as respectivas condições.
centralidade, que é o educando, pessoa em formação
na sua essência humana. III. Os alunos que tenham extraordinário
aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio
Assinale a alternativa que completa corretamente a de provas e outros instrumentos de avaliação
lacuna do texto. específicos, aplicados por banca examinadora
especial, poderão ter abreviada a duração dos seus
a) lúdicas e intelectuais cursos, de acordo com as normas dos sistemas de
ensino.
b) corporais e emocionais
IV. É obrigatória a frequência de alunos e professores,
c) afetivas e comportamentais incluindo os programas de educação a distância.
d) formativas e disciplinares V. As instituições oferecerão, no período noturno,
cursos de graduação nos mesmos padrões de
e) do educar e do cuidar
qualidade mantidos no período diurno, sendo
obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas,
garantida a necessária previsão orçamentária.
27) Ano: 2016, Banca: IDECAN, Órgão: SEARH - RN,
Prova: Professor - Pedagogia - Anos Iniciais Estão corretas as afirmativas

De acordo com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de a) I, II, III, IV e V.


1996, em seu Art. 32, explicita que terá por objetivo a
b) I, II e III, apenas.
formação básica do cidadão, mediante, EXCETO:
c) II, III e V, apenas.
a) O desenvolvimento da capacidade de aprender,
tendo como meios básicos a alfabetização. d) III, IV e V, apenas.
b) O fortalecimento dos vínculos da família, dos laços
de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
que se assenta a vida social. 29) Ano: 2016, Banca: IDECAN, Órgão: SEARH - RN,
Prova: Professor de Ensino Religioso
c) A compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores Analise os trechos correlatos.
em que se fundamenta a sociedade.
I. “A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9.394/1996)
d) O desenvolvimento da capacidade de declara que a finalidade da educação é o pleno
aprendizagem, tendo em vista a aquisição de desenvolvimento do educando, seu preparo para o
conhecimento e habilidades e a formação de atitudes exercício da cidadania e sua qualificação para o
e valores. trabalho. E, ainda, no Art. 3º, que o ensino deva ser
ministrado com observância de princípios de:
igualdade de condições para acesso e permanência na
escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
28) Ano: 2016, Banca: IDECAN, Órgão: SEARH - RN,
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
Prova Professor de Ensino Religioso
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº respeito à liberdade e apreço à tolerância; coexistência
9.394/1996, em seu Art. 47, que trata da educação de instituições públicas e privadas de ensino;
superior, analise. gratuidade do ensino público nos estabelecimentos
oficiais; valorização do profissional da educação

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escolar; gestão democrática do ensino público na A primeira escola em regime de período integral do
forma dessa lei e da legislação dos sistemas de Brasil data da década de 50 do século passado. De lá
ensino; garantia de padrão de qualidade; valorização para cá, o debate sobre a educação em tempo integral
da experiência extraescolar; vinculação entre a tem se intensificado, principalmente a partir da década
educação escolar, o trabalho e as práticas sociais." de 80. Mas é somente com a aprovação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (n.º
9.394/96) que se observa um avanço nas discussões
e retomadas do assunto, pois seu art. 34, parágrafo 2.º,
ASSIM recomenda que o Ensino Fundamental passe
progressivamente a ser ministrado em tempo integral,
II. “A educação como direito social, conforme o Art. 6º, com a ampliação gradativa do período de permanência
da Constituição Federal, deverá ser garantido para do estudante na escola. A partir desse contexto e das
todos e de forma equânime, por isso os princípios do orientações da Rede Municipal de Educação de
direito à educação constante na LDB, nos Arts. 2º e 3º. Curitiba para a Educação Integral, é correto afirmar:
Com a nova Lei nº 12.796, de 2013, incluiu‐se nova
redação ao Art. 3º, onde acrescenta como uns dos a) A Educação Integral diz respeito à ampliação do
princípios, a consideração com a diversidade étnico‐ tempo de permanência dos estudantes na escola, de
racial." modo que sua interferência se limita aos tempos
escolares.
Assinale a alternativa correta.
b) A Educação Integral exige a organização do espaço
a) Os trechos I e II são falsos. e do currículo para integrar a busca pelo
desenvolvimento intelectual e emocional dos
b) O trecho I é verdadeiro e o II, falso.
estudantes e o seu bem-estar com relação à
c) O trecho I é verdadeiro e II complementa o I. alimentação, higiene, segurança e proteção.

d) O trecho I é verdadeiro e II não complementa o I. c) Para a organização do tempo ampliado, devem ser
tomados como critérios de organização aspectos como
nível de escolaridade e turma de referência do turno
contrário.
30) Ano: 2016, Banca: IDECAN, Órgão: SEARH - RN,
Prova: Professor de Ensino Religioso d) As atividades desenvolvidas no contraturno devem
ser uma continuidade das que ocorrem no período
A Lei nº 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação regular da aula.
Nacional, de 20 de dezembro de 1996, é a que
estabelece a finalidade da educação no Brasil, como
esta deve estar organizada, quais são os órgãos
administrativos responsáveis, quais são os níveis e 32) Ano: 2016, Banca: IDECAN, Órgão: SEARH - RN,
modalidades de ensino, entre outros aspectos em que Prova: Especialista de Educação - Suporte
se define e se regulariza o sistema de educação Pedagógico
brasileiro com base nos princípios presentes na
A Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394/1996) definiu
Constituição. De acordo com o Art. 21 da Lei n.º
princípios e objetivos curriculares gerais para o ensino
9.394/1996, a educação escolar é composta pela
fundamental e médio; entre esses aspectos estão a
educação básica e ensino superior. Acerca das outras
base nacional comum e parte diversificada. Acerca do
modalidades brasileiras de ensino, e de acordo com a
exposto, analise as afirmativas, marque V para as
LDB, assinale a alternativa INCORRETA.
verdadeiras e F para as falsas.
a) Educação infantil.
( ) Entende‐se por base nacional comum, os
b) Educação especial. conhecimentos, saberes e valores produzidos
culturalmente, expressos nas políticas públicas e que
c) Educação a distância. são gerados nas instituições produtoras do
conhecimento científico e tecnológico; no mundo do
d) Educação de jovens e adultos. trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas
atividades desportivas e corporais; na produção
artística; nas formas diversas e exercício da cidadania;
e, nos movimentos sociais.
31) Ano: 2016, Banca: NC-UFPR, Órgão: Prefeitura de
Curitiba - PR, Prova: Docência I

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( ) A parte diversificada prevê o estudo das c) Educação básica é formada pelo ensino
características regionais e locais da sociedade, da fundamental e ensino médio.
cultura, da economia e da comunidade escolar.
Perpassa todos os tempos e espaços curriculares d) educação básica, formada pela educação infantil,
constituintes do ensino fundamental e do médio, ensino fundamental e ensino médio e o ensino
independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos superior.
tenham acesso à escola.

( ) A parte diversificada é organizada em temas gerais,


em forma de áreas do conhecimento, disciplinas, eixos 34) Ano: 2015, Banca: FUNIVERSA, Órgão: Secretaria
temáticos, selecionados pelos sistemas educativos e da Criança - DF, Prova: Especialista Socioeducativo -
pela unidade escolar, colegiadamente, para serem Serviço Social
desenvolvidos de forma transversal.
Beatriz, seis anos de idade, não está matriculada na
( ) A base nacional comum interage com a parte escola e sua mãe, Janete, não possui vínculo
diversificada, no âmago do processo de constituição empregatício. Apesar de Janete ter disponibilidade
de conhecimentos e valores das crianças, jovens e para cuidar da filha em período integral, ela procurou a
adultos, evidenciando a importância da participação de escola para matricular Beatriz, com a intenção de que
todos os segmentos da escola no processo de a criança pudesse se socializar. Na escola e,
elaboração da proposta da instituição que deve nos posteriormente, na coordenação regional de ensino de
termos da lei, utilizar a parte diversificada para sua região administrativa, Janete recebeu a notícia de
enriquecer e complementar a base nacional comum. que não havia vagas para a inserção de Beatriz na
educação básica.
( ) Tanto a base nacional comum quanto a parte
diversificada são fundamentais para que o currículo Considerando a situação hipotética e a Lei n.º
faça sentido como um todo, entretanto a base nacional 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e as bases da
comum e a parte diversificada constituem em dois educação nacional, e as respectivas alterações dessa
blocos distintos, com disciplinas específicas para cada lei, assinale a alternativa correta.
uma dessas partes.
a) Beatriz não necessita ir para a escola, pois Janete
A sequência está correta em tem disponibilidade para cuidar da filha em período
integral.
a) F, V, V, F, F.
b) A educação básica deve ser gratuita e não
b) V, V, V, V, F. obrigatória, por isso o Estado não está obrigado a
ofertar a vaga para Beatriz.
c) V, V, F, F, V.
c) Constatando-se a falta de vagas na escola pública,
d) F, V, V, F, V. é obrigatória a inserção de Beatriz na educação básica
da rede privada.

d) Nessa faixa etária, Beatriz deveria estar inserida na


33) Ano: 2015, Banca: EXATUS-PR, Órgão: Prefeitura pré-escola, que tem como finalidade o
de Nova Friburgo - RJ, Prova: Auxiliar de Creche desenvolvimento do aspecto social da criança.
Todos nós cidadãos temos o direito a uma educação e) Janete tem o dever de matricular Beatriz na escola
escolar pública de qualidade, mesmo não tendo e, caso não consiga a vaga, poderá recorrer ao
acesso a ela em idade própria podemos terminar Ministério Público.
nossos estudos ou concluir no mínimo a Educação
básica. Em referência a Lei 9.394/96 quais as
modalidades de ensino compõem a educação básica
escolar? 35) Ano: 2015, Banca: FUNIVERSA, Órgão: Secretaria
da Criança - DF, Prova: Especialista Socioeducativo -
a) educação básica, formada pela educação infantil, Pedagogia
ensino fundamental e ensino médio.
De acordo com as bases legais da educação nacional
b) Educação básica é formada pela educação infantil, — a Constituição Federal da República de 1988 (CF),
ensino fundamental. Lei n.º 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) e os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) — é necessário que a educação

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básica contribua para a formação da autonomia dos 37) Ano: 2015, Banca: UNA Concursos, Órgão:
educandos. Considerando essa informação, assinale a Prefeitura de Flores da Cunha - RS, Prova: Professor
alternativa correta. Ensino Fundamental - Artes

a) Para que a autonomia seja valorizada no contexto Responda a questão com base na Lei Nº 9.394/1996 -
escolar, é necessário abolir a autoridade dos Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e suas
educadores. alterações.

b) Formar um sujeito autônomo significa desvalorizar a Assinale a alternativa incorreta:


capacidade de questionar e propor mudanças.
a) A carga horária mínima anual será de oitocentas
c) É preciso valorizar a autonomia pura como horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de
capacidade absoluta de um sujeito isolado. efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado
aos exames finais, quando houver.
d) A autonomia é um dos princípios da democracia e
pressupõe diferentes valores e análise crítica a b) Nos estabelecimentos que adotam a progressão
respeito destes. regular por série, o regimento escolar pode admitir
formas de progressão parcial, desde que preservada a
e) Para implantação da autonomia, é preciso escolher sequência do currículo, observadas as normas do
alguns valores, evitando-se o conflito e as discussões. respectivo sistema de ensino.

c) Poderão organizar-se classes, ou turmas, com


alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de
36) Ano: 2015, Banca: UNA Concursos, Órgão: adiantamento na matéria, para o ensino de línguas
Prefeitura de Flores da Cunha - RS, Prova: Professor estrangeiras, artes, ou outros componentes
Ensino Fundamental - Artes curriculares.
Responda a questão com base na Lei Nº 9.394/1996 - d) O controle de frequência fica a cargo da escola,
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e suas conforme o disposto no seu regimento e nas normas
alterações. do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência
mínima de cinquenta por cento do total de horas letivas
a) O dever do Estado com educação escolar pública para aprovação.
será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro)


aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da 38) Ano: 2015, Banca: BIO RIO, Órgão: IF-RJ, Prova:
seguinte forma: pré-escola, ensino fundamental e PEDAGOGO
ensino médio e ensino superior;
A educação profissional e tecnológica, no
II - educação infantil gratuita às crianças de até 6 (seis) cumprimento dos objetivos da educação nacional,
anos de idade; integra-se aos diferentes níveis e modalidades de
educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da
III - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental, tecnologia. De acordo com o art. 39 da Lei 9394/ 96, a
médio e superior para todos os que não os concluíram educação profissional e tecnológica abrangerá os
na idade própria; cursos de:
IV– vaga na escola pública de educação infantil ou de a) formação inicial e continuada ou qualificação
ensino fundamental mais próxima de sua residência a profissional, educação profissional técnica de nível
toda criança a partir do dia em que completar 3 (três) médio, e de educação profissional tecnológica de
anos de idade. graduação e pós-graduação.
Estão corretas: b) educação profissional técnica de nível médio,
educação na modalidade de Jovens e Adultos e de
a) Todas estão corretas.
formação inicial e continuada ou qualificação
b) Apenas I, II e III. profissional.

c) Apenas II, III e IV. c) educação profissional técnica de nível médio e de


educação profissional tecnológica de graduação e pós-
d) Nenhuma está correta.

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graduação e educação na modalidade de Jovens e apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta


Adultos. por cento do percentual permitido em lei.

d) educação profissional técnica de nível médio, de


educação profissional tecnológica de graduação e pós
graduação e educação técnica básica em nível 41) Ano: 2015, Banca: NUCEPE, Órgão: SEDUC-PI,
fundamental. Prova: PROFESSOR

e) educação profissional técnica de nível médio e Segundo a LDBN nº 9.394/96, organizar, manter e
fundamental, de educação profissional tecnológica de desenvolver órgãos e instituições oficiais dos seus
graduação e de formação inicial e continuada ou sistemas de ensino; assegurar o ensino fundamental e
qualificação profissional. oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que
o demandarem, são incumbências da(os)

a) União.
39) Ano: 2015, Banca: NUCEPE, Órgão: SEDUC-PI,
Prova: PROFESSOR b) Estados.

O artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação c) Municípios.


Nacional nº 9.394/96, assegura que o ensino deve ser
ministrado com base nos seguintes princípios, d) Estabelecimentos de Ensino.
EXCETO,
e) Docentes.
a) igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola.

b) liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar 42) Ano: 2015, Banca: NUCEPE, Órgão: SEDUC-PI,
a cultura, o pensamento, a arte e o saber. Prova: PROFESSOR

c) pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas. De acordo com a LDBN nº 9.394/96, as instituições de


ensino dos diferentes níveis classificam-se nas
e) respeito à liberdade e apreço à tolerância. seguintes categorias administrativas:

e) coexistência apenas de instituições públicas de a) Particulares e comunitárias.


ensino.
b) Particulares e confessionais.

c) Públicas e privadas.
40) Ano: 2015, Banca: NUCEPE, Órgão: SEDUC-PI,
Prova: PROFESSOR d) Privadas, comunitárias e confessionais.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da e) Públicas, comunitárias e confessionais.


Educação Nacional nº 9.394/96, os docentes estão
incumbidos de

a) prover meios para recuperação dos alunos de


menor rendimento. GABARITO:
b) zelar pela aprendizagem dos alunos. 1–D 8–E 15 – B 22 – A 29 – C 36 – D
c) articular-se com as famílias e a comunidade, criando 2–E 9–D 16 - A 23 – A 30 – A 37 – D
processos de integração da sociedade com a escola. 3–A 10 – E 17 – C 24 – B 31 – B 38 – A
4–C 11 – C 18 – A 25 – C 32 – B 39 – E
d) informar pai e mãe, conviventes ou não com seus 5–A 12 – A 19 – C 26 – E 33 – A 40 – B
filhos e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a 6–B 13 – C 20 – B 27 – A 34 – E 41 – B
frequência e rendimento dos alunos. 7–B 14 – B 21 – E 28 – C 35 – D 42 – C

e) notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz


competente da Comarca e ao respectivo representante
do Ministério Público a relação dos alunos que

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