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FACULDADE DE SANTA CATARINA

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ELAINE CRISTINA DE SOUZA


JOSEMAR GUILHERME NETO

A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: OS DESAFIOS


DA ENFERMAGEM

São José
2018
Elaine Cristina de Souza
Josemar Guilherme Neto

A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: OS


DESAFIOS DA ENFERMAGEM

Projeto de Trabalho de Conclusão de


Curso apresentado ao Curso de Graduação
em Enfermagem, da Faculdade de Santa
Catarina como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.

Orientadora: Prof.ª. Drª Cladis. L. K.


Moraes

São José
2018
4

.
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Declaramos, para todos os fins de direito, que assumimos total responsabilidade


pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Faculdade de Santa
Catarina – FASC, a Coordenação do Curso de Enfermagem, a Banca Examinadora e o
Orientador (a) de toda e qualquer responsabilidade acerca do tema desenvolvido nesta
pesquisa.

São José, SC, __________ de Dezembro de 2018.

___________________________________ ____________________________________
Elaine Cristina de Souza Josemar Guilherme Neto
Elaine Cristina de Souza
Josemar Guilherme Neto

A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: OS


DESAFIOS DA ENFERMAGEM

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do


título de Bacharel em Enfermagem e aprovado em sua forma final pelo Curso de
Enfermagem, da Faculdade de Santa Catarina, com nota ______ (_______________).

São José,_______ de dezembro de 2018.

________________________________________________
Prof.ª Enf.ª MSc. Tânia Soares Rebello
Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem/FASC

Banca Examinadora:

_______________________________________________
Especialista - Daywson Pauli Koerich
Enfermeiro Hospital Regional

_______________________________________________
Profª Drª Eliani Costa
Docente – Faculdade de Santa Catarina

________________________________________________
Prof.ª Enf.ª MSc. Mayara Rodrigues
Docente – Faculdade de Santa Catarina
Dedicamos este estudo a todos
aqueles que nos apoiaram, nos deram
forças e nos acompanharam nessa
fase de crescimento profissional e
pessoal, contribuindo para a
construção deste trabalho.
AGRADECIMENTOS

Elaine agradece:

Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar este momento grandioso


de conquista.
A minha mãe Rosangela Vieira, que sempre foi uma heroína, por todo amor,
educação, toda a sua sabedoria, que formou dois filhos advogados e agora está
formando a sua filha caçula, que me proporcionou chegar até aqui, me encorajou
para que eu tivesse força de superar todos os obstáculos que pudessem vir, que nunca
esmoreceu mesmo diante das adversidades, pois sem ela, certamente não seria
possível, esse sonho tão esperado se tornar realidade. E sempre que alguém me dizer
que não sou capaz, é só me lembrar de você, que é uma mulher destemida, guerreira
inteligente, batalhadora, vencedora, que é uma excelente profissional, que espero ser
um dia, é uma mãe sem igual, uma mulher que me ensinou todos os valores. Eu te
amo minha mãe!
Aos meus irmãos Evandro Herculano Vieira de Souza e Eduardo Herculano
Vieira de Souza, por todo amor e zelo, e por serem pessoas que me espelho sempre,
minha vó Nair da Conceição, e a todos os meus familiares, que de alguma forma
contribuíram para o meu crescimento pessoal.
A um presente que a vida acadêmica me proporcionou, que certamente irei
levar para vida Josemar Guilherme, pois além de ser meu parceiro de pesquisa, foi
meu incentivador, obrigada meu amigo, por toda essa caminhada juntos, por toda
paciência comigo, mesmo diante de todos os conflitos.
Ao meu namorado Izaias Bispo Vanes, que tem sido importante durante essa
caminhada, sempre acreditando em mim, mais do que eu mesma, e me incentivando
de todos as formas possíveis, e me ajudando, para chegar até aqui. Agradeço
imensamente, por toda sua dedicação, me ajudando a estudar, revisando conteúdos
comigo, entre outras diversas situações, que contribuíram para meu crescimento
acadêmico, sou imensamente grata por todas suas demonstrações de afeto e carinho,
que são de extrema importância para mim.
Josemar agradece:

A meu Orixá dono de do meu ser, meu pai Oxalá Jobokun Otobi, onde sempre
me forneceu paz, tranquilidade e discernimento para entender as situações
complicadas onde sempre vivi e fui rodeado, por sempre me dar calma nos momentos
mais desesperadores, agradeço ao Pai Bará Lanã Açanã, por abrir sempre os meus
caminhos e me dar as oportunidades de vencer na vida, por ter mandado embora
coisas ruins e negativas que pudessem atrapalhar no meu desenvolvimento humano e
pessoal.
Agradeço a meu Pai de santo Clauner de Iyemonja Bomi Iyaba Temy, que me
forneceu a oportunidade de conhecer o sagrado com outros olhos, que sempre me
instruiu, me mostrou os melhores de diversos caminhos, me orientou e me ensinou a
sempre ver o lado bom de todas as situações, e antes de tudo por ter sido um grande
amigo, me abraçando e me acolhendo.
Aos meus pais Edemilson Guilherme e Roselene Schappo Guilherme, que por
todas as dificuldades que enfrentaram em sua vida, tiveram tempo, atenção, amor e
preocupação em criar seus filhos para serem guerreiros e batalhadores e
conseguirem conquistar todos os seus sonhos e fazer com que ninguém nunca diga
que nós não somos capazes e principalmente em nunca desistir!
A uma grande amiga que conheci na faculdade e que vou levar para vida,
Elaine Cristina de Souza, que além de ser minha parceira desta pesquisa, foi uma
amiga confidente, atenciosa, carinhosa e sempre preocupada, ouvindo minhas
aflições e participando das minhas crises de histeria.
Em especial ao meu esposo Dhyego Lima Rodrigues, que sempre acreditou no
meu potencial, me apoiou e me motivou em todas as situações, que nunca em hipótese
alguma me deixou desistir, que além de ser o grande amor da minha vida é meu
melhor amigo. Obrigado por acreditar em mim quando eu não pude acreditar.
Obrigado por abrir meus olhos em milhões de situações onde eu sempre vivi confuso e
perdido. Hoje eu não encontro palavras o suficiente para mostrar o quanto eu sou
grato por você existir na minha vida, somente Eu te amo!
Juntos agradecemos:

Primeiramente a Deus, por nos permitir concluir uma das diversas


caminhadas que vamos percorrer em nossa vida profissional.
Aos nossos Familiares, agradecemos pelas palavras de incentivo, motivação e
por entenderem nossa ausência e impaciência em determinados momentos.
Aos nossos colegas de faculdade, agradecemos pelas experiências e
aprendizados. Vocês nos proporcionaram os melhores momentos durante as aulas, os
estágios e as festas.
À professora, orientadora, Cladis L. K. Moraes, pela atenção, paciência, pelo
convívio, apoio, compreensão е amizade.
Ao corpo docente, pela paciência e por todo conhecimento transmitido durante
toda a graduação, nosso muito obrigado.
“Daqui a vinte anos você estará mais
decepcionado pelas coisas que não
fez do que pelas que fez. Então jogue
fora as amarras. Navegue para longe
do porto seguro. Pegue os ventos da
aventura nas suas velas. Explore.
Sonhe. Descubra!”

Mark Twain
SOUZA, Elaine Cristina de; NETO, Josemar Guilherme. A classificação de risco em
urgência e emergência: os desafios da enfermagem. 2018. 56f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Faculdade de Santa Catarina, São
José-SC, 2018. Orientadora: Prof.ª Drª. Cladis K.Moraes.

RESUMO

Introdução: A classificação de risco permite localizar o fluxo de atendimento ao


publico promovendo a priorização dos pacientes que necessitam de atendimento
prioritário. Objetivo: Conhecer a percepção do profissional enfermeiro frente a
classificação de risco em um Hospital de Referência em Urgência e Emergência em
Traumatologia e Ortopedia de Santa Catarina. Método: Pesquisa qualitativa com
abordagem exploratória descritiva por possibilitar uma melhor investigação sobre a
problemática da pesquisa. Foi utilizada a técnica de entrevista com questionário semi
estruturado para a coleta dos dados. A amostra foi constituída por vinte enfermeiros
que atuam no serviço de emergência. Para a análise dos dados foram utilizados os
preceitos da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: Para melhor descrever os
resultados foram elencadas duas categorias: Dificuldades no Processo de classificação
de risco do qual emergiram duas subcategorias, quais sejam: Dificuldades no processo
de trabalho; Dificuldades Ambientais. Como segunda categoria foi elencada: A
Percepção sobre o processo de classificação que desencadearam também duas
subcategorias: A percepção do enfermeiro classificador; a percepção do enfermeiro
sobre o usuário. A pesquisa mostrou a percepção dos profissionais de enfermagem
frente ao protocolo de classificação de risco, trazendo aspectos como a eficácia do
protocolo, e as dificuldades enfrentadas diariamente pelos profissionais ao tentar
efetuar o protocolo de classificação de risco de maneira fidedigna. Ainda mostrou
dificuldades quanto ao ambiente físico que não se apresenta adequado. No entanto
reconhece a eficácia do protocolo mas percebe que o usuário ainda tem dificuldades
no seu entendimento. Conclusão: Foi possível observar que os profissionais de
enfermagem tem conhecimento sobre o protocolo de classificação de risco, sendo uma
ferramenta necessária para o atendimento fidedigno e agilizado conforme a
necessidade de cada usuário, os profissionais reconhecem a importância dessa
ferramenta.

Palavras-chave: Enfermagem. Emergência. Protocolos. Acolhimento. Classificação.


Serviço Hospitalar de Emergência.
SOUZA, Elaine Cristina de; NETO, Josemar Guilherme. The classification of risk in
urgency and emergency: the challenges of nursing. 2018. 56f. Course Completion
Work (Undergraduate Nursing) - Faculty of Santa Catarina, São José-SC, 2018.
Advisor: Cladis K.Moraes.

SUMMARY

Introduction: The risk classification allows to locate the flow of care to the public,
promoting the prioritization of patients who need priority care.Objective: To know
the professional nurse's perception regarding the risk classification in a Hospital of
Reference in Urgency and Emergency in Traumatology and Orthopedics of Santa
Catarina. Methods: Qualitative research with an exploratory approach - descriptive
because it allows a better investigation on the research problematic. The interview
technique was used with semi structured questionnaire for the production of the data
and applied to twenty nurses who work in the emergency service. For the data analysis
the precepts of the Bardin Content Analysis were used. Results: The research showed
the perception of nursing professionals regarding the protocol of risk classification,
bringing aspects such as protocol efficacy, and the difficulties faced daily by
professionals when attempting to carry out the protocol of risk classification in a
reliable way, addressing environmental aspects and even the professional's perception
of the user. Conclusion: It was possible to observe that nursing professionals are
aware of the risk classification protocol, being a necessary tool for reliable and
streamlined care according to the needs of each user, professionals recognize the
importance of this tool.

Keywords: Nursing. Emergency. Protocols. Welcome. Ranking. Emergency Hospital


Service.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 14
2 OBJETIVO 17
2.1 Objetivo Geral 17
2.2 Objetivos Específicos 17
3 APROXIMAÇÃO COM A LITERATURA 18
3.1 Urgência e emergência 18
3.2 Classificações de risco 19
3.3 A enfermagem na classificação de risco 23
4 METODOLOGIA 26
4.1 Tipos de estudo 26
4.2 Locais do estudo 26
4.3 Participantes do estudo 27
4.4 Coletas de dados 27
4.5 Análises dos dados 28
4.6 Aspectos éticos 29
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 31
5.1 Dificuldades no processo de classificação de risco 32
5.1.1 Dificuldades no processo de trabalho 32
5.1.2 Dificuldades ambientais 34
5.2 A percepção sobre o processo de classificação 37
5.2.1 A percepção do enfermeiro classificador 37
5.2.2 A percepção do enfermeiro sobre o usuário 40
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 42
7 REFERÊNCIAS 44
8 APÊNDICES 49
Apêndice a – Roteiro de entrevista semiestruturada 49
Apêndice b – Termo de consentimento livre e esclarecido 50
9 ANEXOS 51
Anexo a – Declaração dos pesquisadores 52
Anexo b – Declaração de autorização 53
Anexo c – Parecer consubstanciado do cep 54
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1 INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Urgência e Emergência foi implementada com objetivo


de organizar os cuidados na Urgência e Emergência e ajudar o trabalho dos
profissionais em saúde, e ofertar aos pacientes um serviço tendo os princípios do SUS,
universalidade, equidade e integralidade. Deverá ser aplicada em unidades de alta e
baixa complexidade, para que essa política de fato possa ser empregada, tem o apoio
de três esferas, que são: federal, municipal e estadual, através delas que é possível
colocar em prática os princípios do SUS, visando promoção e prevenção em saúde
(MURCIA; MARQUES; BETETTI; et al., 2017).
A legislação sugere que a política nacional de urgência e emergência precisa
ser colocada em prática, unida entre as três esferas de Gestão federal, municipal e
estadual, priorizando a organização da assistência e o fluxo de atendimento,
encaminhando os pacientes para o local adequado conforme a sua real necessidade, a
fim de qualificar o atendimento a saúde. Ou seja, a Política Nacional de Urgência e
Emergência tem como objetivo prover a atenção qualificada à saúde de todos, para
que se tenha um atendimento ágil e resolutivo (MURCIA; MARQUES; BETETTI; et
al., 2017).
A emergência se caracteriza como um problema na qual uma dada situação
deve ser resolvida o mais rápido possível, pois o usuário encontra-se num nível
comprometedor, sendo necessário a intervenção rápida e com isso, evitando que o
problema acentue ou traga consequências mais graves. Sendo assim a Emergência é
um atributo extremamente importante, tendo em vista ao conjunto de circunstâncias,
que necessitam de intervenções (JACQUEMOT, 2005).
As situações de emergência e urgência se caracterizam pela necessidade de um
paciente ser atendido em um curtíssimo espaço de tempo. A emergência é
caracterizada com sendo a situação onde não pode haver uma postergação no
atendimento, o mesmo deve ser imediato. Nas urgências o atendimento deve ser
fornecido em um período de tempo que, na maioria das vezes, é considerado como não
superior a duas horas. As situações não urgentes podem ser referidas para o pronto-
atendimento ambulatorial ou para o atendimento ambulatorial convencional, pois não
tem a premência que as já descritas anteriormente (JACQUEMOT, 2005).
15

Portanto, a urgência é definida como qualidade de urgente e a emergência é


definida como ação de emergir. Uma emergência é o surgimento de „alguma coisa‟:
ela é um acontecimento. A emergência é um processo com risco iminente de vida,
diagnosticado e tratado nas primeiras horas após sua constatação reduzindo ou
evitando o risco de vida, e no caso de uma urgência seria um processo agudo clínico
ou cirúrgico, sem risco de vida iminente podendo assim na maioria das vezes,
aguardar para um atendimento. Por isso é tão importante a classificação de riscos na
unidade de urgência e emergência, para justamente identificar os casos de “urgência”
ou “emergência” dando prioridades para os riscos, e otimizando o sistema e
melhorando ainda mais a qualidade do atendimento prestado (JACQUEMOT, 2005).
A classificação de risco tem finalidade prevenir e organizar o fluxo do
atendimento ao público contra agravos aos pacientes que procuram o SUS. Se
configura como uma ferramenta com o propósito de auxiliar os profissionais no
serviço de urgência e emergência sendo de extrema importância, pois permite priorizar
os pacientes que necessitam de um atendimento prioritário (FILHA, 2014).
A classificação de risco é estabelecida a partir de princípios que são utilizados
para classificar se essa pessoa está ou não em situação de risco, ou seja aquelas que
estão suscetíveis a risco, paciente se encontra com problemas clínicos graves, ou
existe um grau de sofrimento/vulnerabilidade elevado, tendo agravos à saúde que
necessitam de uma intervenção imediata. Estes são os requisitos básicos para
incluirmos na classificação de risco, e proporcionar bem-estar ao indivíduo que
necessita e procura esse atendimento. A classificação de risco permite atender melhor
a demanda, reorganizar, priorizar o atendimento para quem precisa imediatamente,
sendo realizada a partir do acolhimento prestado pelo profissional enfermeiro e
posteriormente identificado a classificação de risco (FILHA, 2014).
A Classificação de risco é implementada não por ordem de chegada, por uma
fila. É colocado em prática de acordo com a gravidade do caso, através dessa
classificação é possível identificar quais pacientes estão vulneráveis. È importante
enfatizar que a classificação de risco é privativa do enfermeiro, é dividida por etapas,
sendo por cores e sinais e sintomas, para que assim, seja viável identificar através
dessas classificações o real risco no qual o paciente se encontra (NEVES, 2013).
De acordo com Fitzgerald et al., 2010, a enfermagem se insere neste contexto,
na medida em que o enfermeiro tem sido o profissional mais indicado para classificar
o risco dos pacientes que procuram os serviços de urgência. Tradicionalmente, o
16

processo de acolhimento configura-se como um elemento intuitivo da prática de


enfermeiros de emergência.
No Brasil, o enfermeiro tem sido o profissional responsável por acolher,
avaliar e classificar os pacientes, de acordo com a gravidade da situação apresentada
na chegada aos serviços de urgência (DURO; LIMA; SOUZA et al., 2011). O
profissional enfermeiro de uma unidade de urgência e emergência deve ter uma
variedade de conhecimentos (fisiopatológicos, tecnológicos e de cuidados) e ser capaz
de avaliar, intervir e tratar de forma ágil e rápida refletindo no risco e vida do doente
(NUNES et al, 2008). É o enfermeiro o profissional que realiza o primeiro
atendimento ao usuário, determinando de maneira mais precisa a prioridade na
assistência e tempo de espera (BRASIL, 2009).
Como se percebe na pratica assistencial uma grande demanda de pacientes que
procuram a emergência, pelos mais diversos motivos, justifica-se a pergunta: “será que
o protocolo de classificação de risco é eficaz?”
Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar o cotidiano dos
enfermeiros em suas vivências profissionais do processo de acolhimento com
classificação de risco em um Hospital de Referência em Urgência e Emergência em
Santa Catarina. Levando em consideração esses aspectos, temos como pergunta
norteadora da pesquisa: Qual a percepção do profissional enfermeiro frente a
classificação de risco em um Hospital de Traumatologia de Santa Catarina?
17

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Conhecer a praxis do profissional enfermeiro frente à classificação de risco em


um Hospital de Referência em Urgência e Emergência em Traumatologia e Ortopedia
de Santa Catarina.

2.2 Objetivos Específicos

✓ Identificar a utilidade para a assistência em saúde da classificação de risco


como uma ferramenta de trabalho;

✓ Identificar as fragilidades e potencialidades vivenciadas pelos enfermeiros


na realização da classificação de risco;

✓ Identificar a percepção do enfermeiro na classificação de risco.


18

3 APROXIMAÇÃO COM A LITERATURA

Para melhor compreender a temática estudada, será realizada uma breve


abordagem sobre o tema, com subsidio da literatura, a fim de fundamentar a temática
sobre urgência e emergência, classificação de risco e a enfermagem na classificação de
risco.

3.1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

A partir da Rede de atenção às urgências, torna-se mais amplo o conceito de


saúde, solicitando assim a interdisciplinaridade na saúde, fornecendo o atendimento de
maneira interdisciplinar e transdisciplinar com todos os profissionais no atendimento.
A urgência é definida por uma situação imprevista de um agravo à saúde, sem risco
iminente de vida, cujo paciente portador do agravo, necessita de assistência imediata.
Já a emergência, é a averiguação do risco iminente de vida, ou de sofrimento intenso,
construída por meio de ações clínicas cuidadoras. Portanto esse departamento, é um
local onde necessita de resposta de maneira agilizada e rápida, de uma equipe
capacitada, que tenha como princípio a facilidade de comunicação e a capacidade de
tomar decisões em situações críticas, uma vez que os mesmos irão prestar os cuidados
de enfermagem de alta complexidade aos pacientes graves (SILVA et al., 2014)
O conceito de urgência e emergência na saúde contribui para a tomada de
decisão para rápida intervenção ou resposta às necessidades de saúde do usuário,
focando desde a prevenção dos agravos, quanto a promoção da saúde, passando por
todas as etapas, sendo elas: diagnóstico, tratamento e recuperação, segundo as normas
do Sistema Único de Saúde ( SUS), devendo abranger todos os níveis de assistência
em todos os níveis de complexidade da Rede de Atenção ( SILVA et al., 2014).
Mundialmente, de maneira gradativa, tem-se percebido um grande aumento
pela procura dos serviços de urgência, levando em consideração a modificação
ocorrida no modelo de assistência. Observando então, esse aumento de maneira
exorbitante, foi-se criado o sistema de acolhimento para identificar a prioridade dos
usuários para o atendimento, facilitando assim, o acesso ao serviço (MARIA,
QUADROS, GRASSI, 2012).
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As unidades hospitalares de urgência e emergência têm características próprias


de organização que são de suma importância para colocá-la em prática a assistência do
trabalho. Os mesmos estão introduzidos no contexto atual de maneira política, e
estruturalmente no sistema de saúde, como parte responsável ao acolhimento de casos
graves em que realmente há risco iminente de morte, e que são necessárias ações
rápidas. Todavia, de maneira prática, essa ferramenta do sistema de saúde, na maioria
das vezes, não é utilizada da maneira correta, tendo em vista, as demandas de
pacientes no qual comparecem à unidade de urgência e emergência, como casos em
que não se representa uma situação de urgência, trazendo assim problemas como
superlotação, filas, sobrecarga de trabalho dos profissionais da saúde e até mesmo a
insatisfação dos usuários pelo serviço prestado (SANTOS; LIMA, 2011).
Os serviços de urgência e emergência na rede pública têm como principal
característica, a superlotação de usuários, a sobrecarga de trabalho e o ritmo acelerado
para os profissionais atuantes na área. Essas características implicam de maneira
subjetiva e objetiva na dinâmica prática de trabalho que é realizada, e como a mesma é
enfrentada pelos usuários e profissionais (PAL; LAUTERT, 2008).

3.2. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Atualmente a maioria das unidades de pronto atendimento ou de urgência e


emergência sofrem com a situação das superlotações e das grandes filas, e até mesmo
pacientes aguardando em macas nos corredores, isso tudo está relacionado,
principalmente, pelo o aumento da violência urbana, e consequentemente a procura
por assistência devido a situações simples, que poderiam ter sido solucionadas caso
houvesse um atendimento de qualidade e eficaz na atenção básica, pois tais problemas
estão relacionados a falta de estruturação nesse nível de atendimento (BRASIL, 2011).
Sendo assim, a maior dificuldade enfrentada, é a quantidade de pessoas que
competem pelo atendimento sem nenhum critério, a não ser o fator da ordem de
chegada, que não delimita ou considera a gravidade dos casos. A não classificação faz
com que ocorra o agravo da própria fila, que na maioria das vezes, pode favorecer a
evolução de um paciente para óbito, pelo fato de não ter sido atendido no tempo
correto (CUNHA, 2018).
Frente a essa situação, o Ministério da Saúde, buscou alternativas para
organizar os atendimentos, tais como o fluxo do próprio atendimento à saúde,
20

propondo que cada serviço, em seu próprio nível de assistência, seja responsável pelas
atividades de sua competência. Por isso, fez-se a estruturação dos sistemas de urgência
e emergência e a relação com toda a rede de assistência, sendo ela do pré-hospitalar ao
hospitalar, capacitando assim e também responsabilizando cada parte a uma parcela da
demanda de urgência, respeitando a resolubilidade e complexidade de cada parte da
rede assistencial (BRASIL, 2002).
Assim, transforma-se em acolhimento com classificação de risco. O
Acolhimento com classificação de risco é utilizado como ferramenta assistencial
possibilitando a reflexão e alterações nas ações de maneira a executar a assistência a
saúde com mais eficácia, tendo em visão o questionamento da clínica no trabalho em
saúde e dos modelos de atenção. Entretanto, é fundamental uma avaliação além dos
riscos, prestando atenção também aos graus de sofrimento físico e psiquiátrico, pois a
ausência de sinais físicos não delimita a gravidade do caso, com, por exemplo, um
paciente que tenha ingerido alguma substância tóxica e que vá deambulando até a
unidade apresentando sinal apenas de aflição (CUNHA, 2018).
Todavia, o acolhimento com classificação de risco, tem como principal
objetivo, melhorar e facilitar o acesso das pessoas aos serviços de saúde, a fim de
fornecer melhorias da forma tradicional da entrada, que seria as filas, e o atendimento
por ordem de chegada, o relacionamento entre os profissionais da saúde e os pacientes
no que se refere ouvi-los em seus problemas; aprimorar o trabalho em equipe com a
integração e complementaridade das funções exercidas por cada profissional; elevar o
grau de vínculo e confiança com os pacientes correlacionado com o aumento da
responsabilização dos profissionais de saúde; olhar o paciente de uma maneira
holística, visando o atendimento com a abordagem além da sua doença ou queixas; e
estabelecer com o paciente a resposta de sua possível demanda, de acordo com o
serviço disponibilizado (BRASIL, 2006).
È importante reforçar que o acolhimento não é um local, mas sim uma postura;
não designa horário ou profissional específico para efetuá-lo, mas aborda
principalmente a transdisciplinaridade dos saberes e aflições. Porém a classificação de
risco é uma função efetuada pelo profissional de nível superior, como graduado em
enfermagem, na maioria das vezes com experiência em serviços de urgência, e após
essa, capacitação específica para a atividade disposta. Sendo assim, a classificação de
risco deve ser efetuada de forma coesa, com amparo e fundamentada nos princípios
éticos e humanitários (BRASIL, 2011).
21

Então, a classificação de risco é uma ferramenta de organização com várias


funções e benefícios entre os quais: Fornecer o atendimento imediato ao paciente com
grau de risco elevado; dar ciência aos usuários sobre o tempo provável que irá
aguardar para o atendimento; motivar o trabalho em equipe, como método de
avaliação contínuo do processo; viabiliza condições melhores de trabalho para os
profissionais de saúde, pela implementação do cuidado horizontalizado; elevar a
satisfação dos pacientes (BRASIL, 2011).
O atual desafio enfrentado, está relacionado a padronização do acolhimento
com a classificação de risco, utilizando medidas semelhantes em âmbito nacional. As
unidades hospitalares brasileiras, que utilizam o acolhimento com a classificação de
risco, utilizaram protocolos a níveis internacionais e conseguiram chegar a ótimos
resultados, aumentando assim o fluxo de atendimento, a resolução dos casos, e a
aceitação da parte dos pacientes pela espera do atendimento e um dos principais
fatores, a diminuição da mortalidade (TOLEDO, 2011).
Tendo em vista as situações supracitadas, o protocolo mais utilizado
atualmente é o de Manchester, que visa à identificação de maneira agilizada e de
conhecimento a nível científico do doente, de acordo com os aspectos clínicos, para
ser determinante na ordem em que o paciente será atendido, levando em consideração
a gravidade de seu caso. É um modelo em que os diversos profissionais enfermeiros,
obtém os mesmos resultados analíticos do paciente, elevando assim a agilidade e a
seguridade nos serviços prestados na unidade de urgência e emergência (CALDEIRA;
MENEZES, 2014).
O Ministério da Saúde indica a implementação do acolhimento com
classificatória de risco, conforme a Portaria nº2. 048 do Ministério da Saúde de 2002
tendo em vista as diretrizes da portaria, a classificação de risco tem que ser feita por
um profissional da saúde, de nível superior, e tem que ter um treinamento específico
para que esteja apto a efetuar a classificação adequada conforme a necessidade cada
paciente, com o intuito de avaliar o nível da urgência desse atendimento e se o
paciente pode ou não esperar, levando em consideração suas queixas, e colocando-os
em ordem de prioridade para o atendimento (MARINA; ALVES; ESPINDULA,
2013).
O Acolhimento com classificação de risco é de extrema importância, não
apenas para detectar o grau de urgência ou priorizar os atendimentos, mas para
organizar o processo de trabalho e solidificar o Sistema Único de Saúde e com isso
22

alcançando resultados satisfatórios, atendendo os princípios do SUS, equidade,


universalidade e integralidade. (MARINA; ALVES; ESPINDULA, 2013).
A implementação do Acolhimento Classificatório de Risco, é uma questão de
humanização e aprendizado mútuo entre os profissionais, com o intuito de buscar
resolutividade ao trabalho prestado em todas as suas esferas, pois é um trabalho em
conjunto/grupo que sempre está em busca de resultados positivos para a equipe e para
o paciente e uma maior resolutividade dos problemas de saúde da população. É um
instrumento útil para os pacientes e equipe de saúde, com o objetivo de organizar,
priorizar e diminuir o fluxo de atendimento para os pacientes que necessitam ou
procuram atendimento nas unidades de urgência e emergência, gerando um
atendimento resolutivo (MARINA; ALVES; ESPINDULA, 2013).
Sendo assim a classificação de risco visa ser capaz de acolher e garantir acesso
ao cidadão que procura o serviço de urgência e emergência, humanizar o atendimento,
e garantir que esse atendimento seja rápido e eficaz sendo esta uma ferramenta de
escuta ativa e qualificada ao cidadão para identificar mediante as queixas os que
necessitam atendimento imediato, para que possa intervir o mais rápido possível e ter
um atendimento satisfatório para ambas a partes, seja o profissional ou o cidadão.
Serve ainda para, arquitetar fluxos de atendimento de urgência e emergência e uma
estratégia para qualificação de todos os atendimentos prestados, sem causar danos para
qualquer cidadão que procura e necessita do atendimento do serviço de
urgência/emergência, identificado. A classificação de risco é uma atividade de
responsabilidade do enfermeiro ou médico, no entanto necessita de apoio de toda a
equipe de saúde (MARINA; ALVES; ESPINDULA, 2013).
Existem vários modelos de classificação de risco que utilizam o sistema de cores
para classificar os níveis de gravidade. Entre todos os modelos propostos o de
Manchester (Manchester Triage System - MTS) é o mais utilizado, e que trabalha com
algoritmos e discriminadores chaves, associados a tempos de espera simbolizados por
cores. Está sistematizado em vários países da Europa. O mecanismo de entrada é uma
queixa ou situação de apresentação do paciente. A Classificação é realizada através de
cores, possibilitando identificação dos pacientes que precisam de atendimento,
seguindo um fluxograma. A cor vermelha: Emergência e necessita de um atendimento
urgente por haver risco iminente de morte. Laranja: muito urgente e necessita de
atendimento em no máximo 10 minutos. Amarelo: urgente e necessita de atendimento
imediato em máximo de 60 minutos. Verde: pouco urgente podendo aguardar por até
23

120 minutos para atendimento ou ser encaminhado para outro serviço de saúde. Azul:
Não urgente e poderá ser encaminhado para outro serviço de saúde (SANTOS 2014).

( FIGURA 1 - Sistema de Acolhimento adaptado do protocolo de Manchester)

3.3. A ENFERMAGEM NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

É de extrema importância que o profissional enfermeiro esteja apto para pôr


em ação com qualidade a classificação de risco, nos serviços de urgência e
emergência, sendo ele importante pelas decisões a serem tomadas, otimização de
tempo, identificar rapidamente os pacientes com risco iminente de óbito e obtendo
com isso resultados mais significativos. É muito importante a classificação de risco,
nos serviços de urgência e emergência tendo em vista a grande procura por esse
atendimento, e através da classificação o enfermeiro consegue organizar a circulação
do fluxo, na qual muitas vezes encontra-se desorganizada (BRASIL,2004).
O Enfermeiro, no atendimento em saúde, deve prezar por uma assistência
eficaz e de qualidade. Baseado em uma classificação de risco realizada de maneira
precisa a fim de organizar o serviço e mudar os planos de assistência, tendo como
principal visão e meta o atendimento humanizado e a promoção de uma assistência de
maneira holística e integralizada (NISHIO; FRANCO, 2011).
De acordo com a Lei nº 7.498/86 do Exercício Profissional de Enfermagem,
cabe ao profissional enfermeiro realizar a classificação de risco, uma vez que incumbe
de maneira privativa ao enfermeiro, a Consulta de Enfermagem e a realização de
técnicas de grau complexo, que demandem conhecimentos científicos adequados, e a
capacidade de tomar decisões de maneira ágil (BRASIL, 2001).
24

A seletividade dos pacientes ocorre a partir de uma análise prévia, no qual um


conjunto de sinais e sintomas é identificado para conceder uma cor ao paciente. A cor
representa o grau de complexidade e de prioridade do paciente e ao tempo de espero
para o atendimento. Sendo assim, com esse protocolo de classificação de risco
utilizando as cores, os serviços de urgência e emergência, atendem de maneira
prioritária, os pacientes com doenças mais graves, e não necessariamente os pacientes
que chegaram antes (COREN SC, 2010).
O papel do enfermeiro na classificação de risco é de extrema importância, pois
existem diversas atribuições deste profissional, avaliação do estado de saúde do
paciente e quais decisões precisam ser tomadas, não é algo fácil, necessita de uma
capacitação para melhor desempenho, aliado ao tempo de experiência. Para ter êxito
na classificação de risco, o profissional enfermeiro, deve organizar o fluxo dos
pacientes, de acordo com a condição na qual o paciente se encontra, sendo necessário
ou não uma intervenção imediata, para não comprometer o estado de saúde e
consequentemente diminuir o tempo na sala de espera pelo atendimento. Sendo o
enfermeiro de extremo valor na realização da classificação de risco nos serviços de
urgência (CAMILO, 2016).
É imprescindível atuação do enfermeiro no atendimento prestado, pois além de
realizar o cuidado eficaz e humanizado, ele promove a escuta, gerando uma assistência
de maneira holística e priorizando a qualidade, sendo assim, enfermeiro é o mais apto
para exercer esta função pois o acolhimento não se trata de diagnóstico, porém de
identificar as prioridades (CAMILO, 2016).
Segundo Ferreira (2006), para que se obtenha sucesso na classificação de risco
é importante capacitar os profissionais, com treinamentos. Para que a classificação de
risco funcione adequadamente, é necessário que as unidades de Pronto Atendimento e
as Unidades de Atenção Primária à Saúde, trabalhem conjuntamente e que a equipe
esteja devidamente capacitada (SILVA; PEIXOTO; FREIAS 2007).
É importante ressaltar a importância do profissional enfermeiro nesse processo,
conforme citamos acima, mesmo com todos os desafios encontrados, o enfermeiro é a
peça chave para que de fato haja o funcionamento positivo, pois a classificação de
risco é de responsabilidade do enfermeiro. Sendo assim, pertence ao enfermeiro
compreender de forma holística tudo que engloba o acolhimento de classificação de
risco (CAMILO, 2016).
Para que haja eficácia da instalação dessa ferramenta é de extrema importância
25

que o enfermeiro tenha controle de tudo que compõe, não apenas para conhecimento,
mas para que seja possível aperfeiçoar e aplicar as técnicas, visando sempre resultados
positivos, contudo não podemos deixar de ressaltar a importância da escuta
qualificada, que ocasiona num atendimento humanizado, sempre visando o bem estar
do paciente, visando sempre um acolhimento por completo, analisando qual a real
necessidade do paciente que procura esse atendimento (BRASIL, 2009).
De acordo com a legislação (COFEN-DF Nº 423/2012) o acolhimento com
classificação de risco é uma atividade privativa do enfermeiro Para executar a
classificação de risco e priorização da assistência, o Enfermeiro deverá estar dotado
dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico
ao procedimento.
26

4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DO ESTUDO

A presente pesquisa é de natureza qualitativa com abordagem exploratória


descritiva, através da técnica de entrevista com os enfermeiros da unidade de Urgência
e Emergência de um Hospital de referência em Traumatologia no sul de Santa
Catarina, esse método escolhido possibilita uma melhor investigação sobre a
problemática da pesquisa, com o objetivo de identificar o conhecimento deste
profissional acerca da classificação de risco.
Segundo Goldenberg (1997), a pesquisa qualitativa, não se preocupa apenas
com a representação em números, mas sim com o entendimento de um determinado
grupo, busca explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito de
maneira mais detalhada.
O estudo exploratório é um tipo de pesquisa de campo, no qual se desenvolve
uma investigação cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com a
finalidade de familiarizar o pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para
modificar ou esclarecer conceitos (MARCONI; LAKATOS, 2010).
Para Gil (2002), a pesquisa descritiva tem como objetivo a descrição das
características de determinada população ou de determinado fenômeno identificados.

4.2 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi desenvolvida no município de São José, na Unidade de


Urgência e Emergência de um Hospital de referência no sul de Santa Catarina.
Trata-se de um hospital geral com vocação para traumatologia e oferece
serviços de maternidade, emergência geral, pediátrica e obstétrica, oftalmologia,
cirurgia geral, ortopedia e neurocirurgia e ambulatório de especialidades diversas.
Localiza-se estrategicamente às margens de uma rodovia federal de alto fluxo e atende
a população da grande Florianópolis e região.
A escolha do local para realização da presente pesquisa, foi baseada na Média
mensal de atendimentos de urgência e emergência realizados que foi de 14.702
segundo as estatísticas do Governo do Estado de Santa Catarina (SES,SC,2013).
27

4.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO

A Emergência conta com 25 enfermeiros que atuam na emergência nos


períodos diurnos e noturnos. Destes participaram do estudo vinte enfermeiros da
Unidade de Urgência e Emergência de um hospital de grande porte da região de São
José. Os critérios de inclusão na pesquisa foram: ser enfermeiro integrante da equipe
de emergência que atuam no período diurno e noturno e que realizam a classificação
de risco, ter no mínimo seis meses de atuação e aceitar participar da pesquisa por meio
da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os critérios de
exclusão foram: os sujeitos que estiverem em período de férias, afastamento por
motivos de saúde e licença.
Tal seleção foi necessária devido à experiência que se busca com a pesquisa do
conhecimento do enfermeiro, como membro da unidade de urgência e
emergência com o papel de utilização do protocolo da classificação de risco para
priorizar os atendimentos dos pacientes que aguardam na sala de espera.

4.4 COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados foi utilizado a técnica de entrevista, por permitir uma
melhor compreensão sobre o entrevistado. Para entrevista foi utilizado um roteiro semi
estruturados (Apêndice A) com perguntas abertas direcionadas, onde os participantes
tinham a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto nos objetivos da pesquisa.
Uma vez aprovado o projeto aprovado pelo comitê de ética, foi realizado
contato de forma pessoal com os participantes a fim de viabilizar a coleta de dados em
local e horário apropriado e de escolha do participante. Inicialmente foi realizado a
apresentação do projeto, e seu objetivo, sobre o sigilo das informações, bem como da
possibilidade de desistência da pesquisa a qualquer momento.
A Coleta de dados foi realizada no local de trabalho, os participantes da
pesquisa responderam o roteiro de perguntas semi estruturado que foi disponibilizado
em um local de livre escolha ou onde fosse mais confortável para o profissional. O
roteiro de perguntas foi entregue aos participantes da pesquisa os quais responderam
por escrito em formulário entregue aos mesmos sem interferir ou prejudicar o seu
trabalho e após o término foi devolvido ao pesquisador. O Formulário de entrevista
28

continha perguntas objetivas e de rápida resposta, não trazendo assim prejuízos para
seu desempenho nas atividades do dia em sua profissão e não trazendo nenhum tipo de
prejuízo a assistência com os pacientes. Assim, como em nenhum momento a
privacidade do participante foi exposta, para isso foi utilizado um codinome, através
de nome de frutas. As entrevistas aconteceram no local de preferência dos
enfermeiros, previamente agendado, em sala privativa.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE B) foi
entregue a cada participante em duas vias e após foi feita a leitura do mesmo a todos,
para conhecimento e consentimento. Após o consentimento de participação
apresentado através da assinatura do TCLE, foi iniciada a coleta de dados através das
entrevistas.

4.5 ANÁLISE DE DADOS

Na análise de dados qualitativos os dados não estão estruturados e cabe ao


pesquisador realizar a estruturação. A análise qualitativa tem como principais
objetivos: estruturar os dados obtidos; referir as experiências das pessoas estudadas
sob seu olhar e análise, na linguagem e com expressões do pesquisador; compreender
profundamente o contexto que envolve os dados; interpretar e analisar unidades,
categorias, temas e padrões; explanar ambientes, situações, fatos, fenômenos;
reconstruir histórias; buscar sentido aos dados a partir da formulação do problema e
relacionar os resultados obtidos com a análise dos dados (SAMPIERI, 2013).
Dessa forma foi utilizada a análise de conteúdo como forma de interpretação
dos dados coletados, que consiste em um conjunto de técnicas de análise das
comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens (BARDIN, 2002).
Para que a metodologia seja aplicada de maneira coerente, de acordo com o
que Bardin traz em seus pressupostos, devemos ter uma interpretação das mensagens e
dos enunciados. Assim a Análise do Conteúdo deve ter a organização como um ponto
de partida. As diferentes fases da análise de conteúdo organizam-se em torno de três
polos: a pré-análise; a exploração do material; e, por fim, o tratamento dos resultados:
a inferência e a interpretação (BARDIN, 2002, p.95).
A Pré-análise, a primeira etapa da análise de conteúdo, traz como objetivo
principal a sistematização, para que os pesquisadores possam conduzir todas etapas
29

sucessivas de análise. Sendo assim, a missão desta etapa, vai além da escolha dos
documentos a serem analisados, mas também a formulação de hipóteses para a
elaboração de indicadores para a interpretação final (BARDIN, 2002, p.96).
A exploração do material, de acordo com Bardin (2002, p.101) é realizada
atrás de codificação, ou para melhor entendimento, por categorização de
problemáticas, a ponto de analisar os assuntos nos quais foram abordados nas
respostas da maioria dos participantes, e assim catalogar e comparar com a literatura
atual.
Por fim o tratamento dos resultados obtidos, a interpretação e os resultados,
foram tratados de maneira a serem significativos e válidos a fim de realizar
a interferência à luz da literatura para identificar o alcance dos objetivos propostos (
BARDIN, 2002, p.101).

4.6 ASPECTOS ÉTICOS

A presente pesquisa, de acordo com os aspectos éticos específicos da


Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, cumpriu as exigências éticas
com as atividades científicas que envolvem seres humanos (BRASIL, 2012). Os dados
foram coletados somente após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de
Ética em Pesquisa sob o parecer CAAE: 94329.118.1.0000.0113.
Os participantes da pesquisa foram informados por meio do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecidos (Apêndice C) a respeito do título, objetivo,
justificativa, benefícios, riscos e participação voluntária no estudo, assim como a
identificação das pesquisadoras e a forma de contato com as mesmas.
Para o desenvolvimento da pesquisa, o projeto foi apresentado para o
representante legal da instituição de saúde, que autorizou a realização da pesquisa
através da Declaração de Consentimento (ANEXO B), sendo esta realizada apenas
após sua aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob Parecer
nº 2.792.242 e CAAE 94329118.1.0000.0113.
Foi garantido o sigilo das entrevistas e o participante teve o direito de retirar-se
da pesquisa a qualquer momento, sem que isso lhe acarreta quaisquer consequências.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi impresso em duas vias,
permanecendo a primeira em posse das pesquisadoras e a segunda, do participante.
30

Referente aos dados coletados, as entrevistas e os arquivos contendo as falas


dos participantes serão preservados durante os cinco anos subsequentes à realização da
pesquisa, estando sob responsabilidade dos pesquisadores conforme a resolução
466/12 do Conselho Nacional de Saúde. As informações obtidas foram utilizadas para
o trabalho em questão e será mantido o anonimato dos participantes.
31

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir dos dados obtidos com o presente estudo, foi possível identificar a
percepção dos enfermeiros acerca da utilização do protocolo de classificação de risco.
Dos vinte e cinco enfermeiros atuantes na unidade de urgência e emergência,
só foi possível entrevistar vinte profissionais, pois os restantes dos profissionais
estavam afastados devido a férias, atestados e licenças. A caracterização dos vinte
indivíduos apresentados mostrou que os profissionais de saúde que participaram do
estudo eram a maioria do sexo feminino, ou seja, um total de 18.
Quanto à caracterização dos profissionais entrevistados foi possível observar
que quanto ao nível de escolaridade, um participante da pesquisa possuía Mestrado,
doze (60%) participantes possuíam Pós-Graduação, e o demais a Graduação (35%).
Salientamos ainda que a maior parte dos entrevistados, 12 (60%) tinham mais de cinco
anos de formação, e apenas seis (25%) com menos de cinco anos de formados, e dois
não informaram o tempo de formação. Quanto a experiência de atuação como
enfermeiro da classificação de risco, a maioria dos entrevistados possuía mais de cinco
anos de experiência na área, com exceção de apenas seis enfermeiros que possuem
menos de um ano de atuação, e quatro não informaram o tempo de atuação.
Após caracterizar os participantes, foi realizada a análise dos resultados das
entrevistas. Para descrever os resultados obtidos, estes foram analisados e a partir
desta emergiram duas categorias: Dificuldades no processo de classificação de risco
do qual emergiram duas subcategorias, quais sejam: Dificuldades no processo de
trabalho; Dificuldades Ambientais. Como segunda categoria foi elencada: A
Percepção sobre o processo de classificação que desencadearam também duas
subcategorias: A percepção do enfermeiro classificador; a percepção do enfermeiro
sobre o usuário, feito isso para melhor compreensão e entendimento do leitor.

5.1 DIFICULDADES NO PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

A primeira categoria elencada diz respeito as dificuldades observadas durante


o processo de classificação de risco. Como todo ambiente profissional, existem
algumas situações vivenciadas pelos profissionais, que podem interferir com a
qualidade do serviço prestado, tais situações são vivenciadas e observadas diariamente
pelos profissionais atuantes e podem surgir de diversos âmbitos, variando entre,
ambiente de trabalho até a falta de conhecimento e capacitação dos próprios
32

profissionais. Estas dificuldades são perceptíveis até mesmo pelos usuários do serviço
(TAKAHASHI et al., 2008).

5.1.1 Dificuldades no processo de trabalho

Um dos assuntos abordados pelos entrevistados refere-se à fragilidade no


processo de organização do serviço, onde tal situação atrapalha de maneira prática a
execução da enfermagem de maneira fidedigna reflete em diferentes atuações e
condutas de enfermagem. Uma deficiência na padronização do acolhimento com
classificação de risco torna vulnerável o processo de trabalho como discutido na
literatura (ANDRADE, 2005).
Os resultados mostraram que em alguns aspectos o processo de classificação
de risco apresenta vulnerabilidade. Os resultados mostraram a visão dos profissionais
sobre o protocolo e a sua eficácia relatam que não houve mudanças após a inserção do
protocolo na unidade, e também é relatada a falta de capacitação dos profissionais,
como mostram os relatos:

“Não participei desta etapa, quando iniciei recebi orientação


e acompanhei os colegas enfermeiros antes de realmente atuar
sozinha” (KIWI).

“Não, um enfermeiro ensina para o outro. Em 4 anos soube de


um treinamento que não participei” (AMORA).

“Quando eu entrei, não recebi treinamento algum, cara e


coragem” (PERA).

“Recebi treinamento uma vez. Porém nunca mais fui chamada


para um treinamento. Vejo que outros setores, enviam seu
pessoal para cursos. Fiz pós em urgência e emergência em
São Paulo, por sentir necessidade de treinamento, arquei com
os custos” (TOMATE).

“Sim, tem que haver todo um treinamento para que tenha um


bom resultado para a paciente”(MAÇÃ)

Fica evidenciado nas falas dos entrevistados, umas fragilidades no processo do


treinamento que os profissionais atribuem à instituição de saúde, no que se refere à
qualificação dos profissionais antes de inserir o protocolo de classificação de risco, e
demonstra que houve treinamento para alguns. È possível perceber ainda que o
33

processo de comunicação entre os profissionais também apresentou fragilidades no


sentido de ampla divulgação entre as equipes, que retrata a troca de experiência entre
os profissionais sem uma orientação padronizada que alcançasse todos de forma
igualitária e equalizada. Ainda assim, foi possível observar que os participantes
reconhecem a importância de uma capacitação antes de incorporar novos processos de
trabalho.
Uma das maiores fragilidades no processo de classificação de risco é a
ausência de treinamentos e capacitações para que haja um aperfeiçoamento na
assistência ofertada, pois muitos profissionais estão desatualizados e necessitam de
capacitações periódicas. É de extrema importância, capacitar esses profissionais, pois
a finalidade é melhorar a assistência, e para que essa melhora possa de fato acontecer,
existe a necessidade de atualizar esses profissionais constantemente. (DURO et al.,
2017).
Por outro lado, é possível observar no código de ética com relação aos direitos
dos profissionais em seu artigo 2º, que o profissional deve aprimorar seus
conhecimentos técnicos e científicos que dão sustentação a sua prática profissional.
Ainda quanto às responsabilidades e deveres cito no artigo 14 que o profissional deve
aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da
pessoa, família e coletividade e desenvolvimento da profissão. O aprimoramento de
conhecimentos profissionais é, necessariamente, objeto de responsabilidade individual
e coletiva no entendimento da própria Enfermagem, profissão socialmente
comprometida com a vida e saúde da população onde atua (COFEN, 2017).

5.1.2 Dificuldades Ambientais

A partir dos relatos dos profissionais é necessário ter um olhar holístico, para
pensar na resolutividade do problema. É identificar que existem muitos pontos que
dificultam a assistência prestada, materiais, estrutura física, recursos tecnológicos, até
mesmo da população que não tem compreensão do que de fato é a classificação de
risco, dificultando o fluxo do atendimento.

“Precisamos de uma estrutura melhor, pois não temos macas


para avaliar os pacientes na porta, os pacientes não possuem
o entendimento do que é emergência, isso dificulta a
classificação.” (ACEROLA)
34

“Sim, treinar toda a equipe também, os materiais estão


escassos, como estetos e esfigmos, eletrônicos, sensor
temperatura, macas quebradas e em falta, cadeiras de roda
quebradas, necessita de mais investimento de
certeza.”(TOMATE)

“Não, seria necessário usar mais tecnologia. Para chamar os


pacientes, quem faz é o vigilante, pois grita mais alto. Minha
voz não teria forças para tanto. Se tivesse um alto falante ou
senha aparecendo numa tela ajudaria” (UVA).

“Lidar com a falta de informação das pessoas com relação à


classificação de risco. outra dificuldade é trabalhar com uma
demanda que cresce dia-a-dia. Todos se deslocam para o
hospital, houve uma tarde que eu classifiquei 278 pacientes”
(BANANA).

Na categoria dificuldades ambientais, foram obtidos resultados em relação a


estrutura física do ambiente. Neste aspecto foi possível identificar relatos da maioria
dos entrevistados, dando ênfase na estrutura física do ambiente, e a falta ou ausência
de materiais para melhor desempenho do seu trabalho. Os resultados revelam através
das falas dos participantes falta de opções sistemáticas no protocolo, para caracterizar
o paciente em atendimento, além disso, a desconexão entre o serviço de alta
complexidade e as UPAS e UBS, quanto a notificação sobre os atendimentos
prioritários e os casos verdes ou azuis que devem ser atendido na atenção básica. Ou
seja, a maioria dos entrevistados refere que há lacunas presentes que podem ser
melhoradas.
Os usuários reclamam muito do tempo de espera, não sabem a
diferença entre urgência e emergência, dizem que o posto(UBS) não resolvem
nada(ACEROLA).
Poder referenciar casos verdes e azuis para UPA'S e UBS (CACAU).

De acordo com a literatura, os pontos cruciais ao implementar a classificação


de risco, e a alta demanda de pacientes, a falta de materiais que são indispensáveis
para classificação, ou seja a necessidade de ter recursos materiais, a estrutura física e
recursos humanos são essenciais para se ter êxito. Importante observar a presença de
um número elevado de pacientes não graves, pois eles dificultam o processo de
classificação, para os profissionais e para aqueles usuários que necessitam de
atendimento prioritário. Assim o enfermeiro por vezes se depara com dificuldades em
35

conseguir implementar a classificação de risco, não somente pela estrutura física, falta
de materiais, mas até mesmo pela população que utiliza de forma errônea os serviços
que o SUS disponibiliza (GOMES et al., 2016).
Uma estrutura física adequada e um ambiente favorável com equipamentos
adequados é fundamental para que a classificação de risco seja executada de maneira
apropriada e fidedigna, evitando interferências adversas que prejudiquem o processo
de trabalho. Outro aspecto observado é a grande demanda e a falta de compreensão do
usuário sobre a função de um serviço de alta complexidade, isto faz com que todas as
necessidades de saúde, independente de sua complexidade, acabam por livre demanda
chegando na porta da emergência, ocasionando superlotação, desgaste dos
profissionais e dificuldade de priorizar a real emergência.
No contexto mundial, são observados alguns indicadores da efetividade dos
atendimento hospitalares bem como avaliar também a capacidade das unidades básicas
de saúde no sentido de resolutividade bem como as condições de saúde de seus
usuários. As grandes taxas de internações por motivos simples e de fácil resolução,
podem demonstrar severos problemas de acessibilidade ao serviço primário de saúde e
até mesmo podendo duvidar de seu desempenho efetivo. Uma grande quantidade de
internações é representada como um sinal de alerta, abrindo a possibilidade de estudos
analíticos para averiguar os motivos. A maioria dos estudos demonstram que o grande
motivo da superlotação das emergências é a deficiência de cobertura dos serviços, e a
baixa resolução para os problemas de saúde abordados na atenção básica
(ALFRADIQUE et al., 2009)
Certamente, existem inúmeras fragilidades dentro da classificação de risco,
como dificuldade estrutural, organizacional, não existe uma coerência entre os
serviços de atenção primária e ambulatoriais, filtrando melhor os casos que necessitam
de uma intervenção imediata e consequentemente evitando uma demanda
desnecessária de pacientes. Esses problemas podem também ser reflexos de
fragilidades no treinamentos e capacitações dos profissionais envolvidos no processo
(DURO et al., 2017).
De acordo com a literatura uma das grandes dificuldades encontradas, está
relacionado a falta de conhecimentos teóricos básicos e específicos sobre o assunto,
quando relataram "não ter aprendido, não saber fazer e interpretar". Parte dessas
dificuldades está relacionada ao diagnóstico de enfermagem, por que dependendo da
patologia do paciente a dúvida ficava cada vez maior, deve-se reforçar que as queixas
36

dos pacientes que são abordados pelo profissional de enfermagem, são totalmente
diferentes e divergentes dos abordados pelos médicos, embora as metodologias que
são utilizadas para sua verificação sejam semelhantes (TAKAHASHI et al., 2008).
Encontra-se fragilidades e dificuldades no espaço físico das unidades, que não
estão estruturadas de fato para realizar o acolhimento de maneira eficaz , falta de
materiais, equipamentos e tecnologias, de forma rotineira o que implica em uma
assistência de qualidade e contínua humanizada (DURO et al., 2017).
Um fator a ser considerado, é a limitação de serviços ofertados pela atenção
primária, o que faz com o usuário procure um serviço de atendimento avançado para
solucionar suas dificuldades. A superlotação e a falta de recursos dos profissionais,
interfere em um atendimento mais ágil e eficaz. (MARQUES, 2007).

5.2 A PERCEPÇÃO SOBRE O PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO

Para que possamos ter uma compreensão mais fidedigna sobre a percepção do
profissional enfermeiro, em relação a classificação de risco, é importante atentarmos
para alguns pontos relevantes observados nos resultados. A grande maioria dos
entrevistados afirma a importância da classificação, pela otimização de tempo,
organização do fluxo do atendimento, priorização dos casos que necessitam de uma
intervenção imediata, cujos resultados corroboram com a literatura (MARTINS et al.,
2016).
Ao realizar a análise dos resultados foi possível identificar que o objetivo
proposto promovia a discussão de dois aspectos considerados relevantes pelo
pesquisador e deste modo optou-se por elencar duas sub categorias, que são, a
percepção do enfermeiro classificador e a percepção do enfermeiro sobre o usuário.

5.2.1 A percepção do enfermeiro classificador

Os resultados revelam uma dimensão sobre a percepção do enfermeiro quanto


ao seu papel como classificador. Existem determinadas dificuldades a serem superadas
que frustram as expectativas da atividade podendo contribuir para um esgotamento
profissional. A literatura mostra que apesar das dificuldades encontradas no exercício
da atividade, os profissionais tendem a atender o usuário de forma holística e
humanizada, com universalidade, e com objetivo de buscar resolutividade do
problema (DE OLIVEIRA, GUIMARÃES, 2013).
37

Dessa maneira, podemos ressaltar que os profissionais na sua grande maioria


percebem a importância de atuar como classificador, pois observam que as mudanças
que ocorreram com a implementação da classificação de risco, principalmente no que
diz respeito a priorização do atendimento ao mais grave e que necessita de uma
intervenção imediata. Ainda assim, relatam a importância e percebem deficiência de
capacitações periódicas a fim de aperfeiçoar seu trabalho diariamente, para que junto
com a expertise haja aprimoramento no conhecimento teórico. A promoção de
discussões da prática diária aliada as estudo acadêmico permite que a prática baseada
em evidências favoreça a cientificidade do desempenho profissional do enfermeiro e
equipe de saúde.
As falas retratam a percepção do enfermeiro sobre a classificação de risco
como positiva e ao mesmo tempo apontam as dificuldades operacionais encontradas.

“Antes o atendimento era feito por ordem de chegada. Os


graves não tinham prioridade no atendimento. Com frequência
morriam na espera” (TOMATE).

“Infelizmente ainda me sinto desmotivado, meu desmotivo não


é com relação a classificação de risco, mas sim pelo fluxo e a
falta de organização da instituição, hoje em dia vemos muitos
profissionais (médicos) querendo pular a classificação de
risco, não respeitam a ordem da gravidade, atendem quem
eles querem” ( MELANCIA).

“..... o enfermeiro fica na porta, com a cara a tapa tudo cai em


cima do enfermeiro, a responsabilidade é enorme”
(ACEROLA).

“O enfermeiro tem conhecimento teórico/prático para essa


função e isso vai melhorando com a experiência na
classificação” (LIMÃO).

A adoção do protocolo de classificação de risco pela Instituição de saúde


favorece bons resultados entre os quais a redução da taxa de mortalidade, redução da
fila de espera dos pacientes na recepção, a priorização do atendimento aos pacientes
mais graves promovem um atendimento médico mais ágil e organizado. Antes da
instituição do protocolo de classificação de risco, os pacientes eram atendidos por
ordem de chegada em detrimento dos mais graves, o que gerava maior número de
agravos. Ainda assim, é possível identificar que a emergência continua com
superlotação com grande a fila de espera comprometendo o rigor do tempo de
38

atendimento de acordo com a classificação por cores. Como visto anteriormente


mesmo os enfermeiros que atuam a mais de dez anos na instituição tem dificuldade de
descrever todos os benefícios que a classificação deveria proporcionar, pois não
somente o ato da classificação deve ser reconhecido mas também a resolutividade nas
consultas, exames, procedimentos e encaminhamento médico como seguimento do
protocolo.
Um aspecto interessante observado nos resultados é a dedicação e proatividade
dos enfermeiros no sentido de se sentirem capazes e aptos para desempenhar bem essa
tarefa, com amor e dedicação pela profissão, desprendendo esforço pessoal,
promovendo a interação entre a equipe como apoio nas dificuldades e dúvidas, com o
objetivo de melhor atender a população. Percebem que são necessários ajustes,
promover a reavaliação do processo de trabalho, discutir e interagir com a equipe
multiprofissional a fim de desempenhar e qualificar cada vez mais o trabalho,
prestando um atendimento com qualidade a população que procura o serviço.
Os resultados apontam fortemente a necessidade de apoio no que se refere a
qualificação e treinamento. O aprimoramento em determinado processo de trabalho
pode se dar com treinamentos direcionados para classificação de risco, através de troca
de experiências da prática diária ou ate mesmo por discussões cientificas de forma
multiprofissional para que o exercício da atividade seja considerado uma fonte
promovedora e retroalimentadora da qualificação do processo de Classificação de
risco. Desta forma percebe-se pelas falas dos participantes a falta de segurança em
desempenhar o papel de classificador, este possa identificar o processo de
aprimoramento desenvolvido em equipe, como um aspecto favorável para exercer com
mais segurança o papel de classificador.
É possível observar nas falas dos participantes o sentimento de gostar ou não
de desempenhar o papel de enfermeiro classificador, e na maioria das vezes identifica-
se uma percepção negativa na função desempenhada, o enfermeiro não sente prazer,
uma vez que sinalizam um desgaste psicológico e até mesmo físico. Outros
participantes que relatam prazer em atuar como classificador e relacionam esse
sentimento a possibilidade de poder conversar com os pacientes e realmente entender
o que se passa com o mesmo, para então poder oferecer um auxílio melhor e mais
eficaz.
39

Em relação a eficácia do protocolo de classificação de risco, a maior parte dos


participantes, informa que sim, o protocolo é eficaz, com algumas ressalvas, mas
apontam o aspecto positivo.
É inegável que houve uma melhora com a implementação da Classificação de
Risco nas unidades de urgência e emergência, principalmente quanto a priorização dos
casos que necessitam de uma intervenção imediata. No entanto, há muito que ser
melhorado para que os profissionais enfermeiros estejam capacitados a exercer sua
função, como, por exemplo, a estrutura física, capacitações, equipamentos adequados
e estrutura organizacional (DURO, LIMA, WEBER, 2017).
A literatura corrobora (DURO et al., 2014) com os resultados encontrados no
que diz respeito a necessidade de organização estrutural para o atendimento, no
entanto a classificação de risco favorece melhorias na processo de atendimento nas
emergências e na admissão dos pacientes, assim como favorece a priorização dos
atendimentos com grande potencial de risco e agravos nas unidades. Ainda foi
identificado que a classificação de risco permite fornecer uma previsão antecipada do
motivo do atendimento aos pacientes. Sendo assim a maior parte dos enfermeiros,
afirmam que a classificação de risco, assegura o atendimento conforme a necessidade
de cada paciente, trazendo maior segurança, fator essencial para a classificação.
Ao efetuar a classificação de risco, os enfermeiros promovem a educação em
saúde, ao orientar os pacientes sobre a acessibilidade aos serviços de atenção básica à
saúde, uma vez que a maior parte dos atendimentos é de responsabilidade da atenção e
básica de saúde. Os enfermeiros entendem a importância do protocolo de classificação
de risco, e de sua necessidade nas instituições para realmente reorganizar todo o
processo de atendimento dos usuários, mas infelizmente a maioria relata e aponta
diversas dificuldades enfrentadas para colocar o protocolo em prática (DURO, LIMA,
WEBER, 2017).

5.2.2 A percepção do enfermeiro sobre o usuário

Dentro de todas as dificuldades da classificação de risco, os enfermeiros


relatam falta de eficácia e êxito no processo de classificação de risco pela falta de
compreensão dos usuários. Relatam que a população não compreende a dinâmica do
processo de classificação de risco e por outro lado acredita que a unidade de urgência
e emergência oferece maior resolutividade gerando super lotação, demanda maior do
que a capacidade oferecida e instalada da instituição que frustra o desempenho do
40

enfermeiro classificador. Por isso a importância de educar, informar, e o mais


importante, conscientizar a população sobre a classificação de risco em serviços de
urgência e emergência é imperativo (HILSENDEGER et al., 2010).
Desta forma os resultados mostraram que o enfermeiro percebe no ato de
classificar a falta de compreensão dos usuários frente o processo de classificação de
risco, dado a solicitação do usuário de atendimento prioritário. A dificuldade em
compreender a diferença de urgência e emergência, o risco iminente de óbito ou
paciente com quadro clínico mais grave do que o seu próprio muitas vezes dificulta o
processo de trabalho do classificador. Outro fator relatado pelos participantes é de que
a população não procura UBS ou UPA. Pois existe uma cultura popular centrada no
imediatismo e de que não há resolutividade nas unidades de saúde e sim numa
instituição de urgência e emergência.
Os resultados mostraram ainda a partir dos relatos dos participantes a
percepção do usuário frente a qualidade do serviço prestado, e até mesmo ao
questionar a capacidade dos enfermeiros para o desempenho de suas funções, quando
eram abordados pelos usuários sobre diversas situações e acontecimentos, durante o
processo de classificação de risco, como relatam abaixo:

“Que há muita demora, eles não entendem a diferença, e


querem prioridade no atendimento”(BANANA).

“às vezes o paciente se decepciona quando é chamado para a


classificação, porque acha que já é o atendimento médico, no
geral os pacientes entendem sim”( KIWI).

“Os pacientes não compreendem a classificação de risco,


querem que sejam atendidos rapidamente. Percebo que a
maioria dos pacientes não se importa com a gravidade dos
demais, pensam apenas em si mesmos”( MELANCIA).

“Reclamam devido ao tempo, pois poderiam procurar a UPA


ou posto, ocorrendo a superlotação, eles olham o próprio
umbigo” (AMEIXA).

É possível observar pelas falas dos enfermeiros de que os usuários não


compreendem o objetivo real do processo de classificação de risco e questionam o fato
de estarem esperando um longo prazo para serem atendidos, ou seja, não há uma
compreensão da população no que diz respeito ao tempo de espera, do motivo da
demora no atendimento, da função da classificação, pois acham que ao serem
41

chamados para classificação logo terão atendimento médico. A literatura mostra que
para o usuário que esta grave a classificação de risco traz benefícios, mas para aqueles
que na sua percepção necessitam do atendimento, mas sem apresentar maior gravidade
discordam da classificação de risco estabelecida pelos profissionais (OLIVEIRA et al.,
2017)
Frente a grande demanda de trabalho, e a necessidade de um atendimento mais
agilizado, a classificação de risco é bastante objetiva pois necessita ser realizada no
menor tempo possível afim de não causar danos ao usuário pela demora na
classificação. Desta forma os usuários relatam falta de humanização e desrespeito. O
enfermeiro sabe a responsabilidade do ato de classificar no sentido de agilizar o
processo de classificação compreendem que é uma ferramenta para direcionar os
usuários para os setores especializados, para que cheguem ao serviço de acordo com
suas queixas (CAVALCANTE et al., 2013).
Os usuários que passaram pela classificação de risco apontam vantagens e
discordâncias e apontam o que poderia ser aprimorado, reconhecem o esforço e a
contribuição dos profissionais para efetuar um acolhimento humanizado. Os usuários
relatam sobre a grande demanda e sobrecarga de trabalho para os profissionais
enfermeiros, e como há uma grande demanda na unidade hospitalar, esta deveria
investir mais no quantitativo de profissionais para diminuir assim, a superlotação e as
filas intermináveis que comprometem cada vez mais a qualidade do atendimento
(CAVALCANTE et al., 2013).
42

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A classificação de risco é uma ferramenta que possibilita uma melhora na


assistência prestada aos pacientes e a instituição. Assim, mesmo diante de todas as
adversidades e desafios encontrados, é indispensável para um processo de trabalho
dinâmico e satisfatório, com o intuito de uma assistência contínua. Com a
classificação de risco é realmente possível prestar um cuidado ao paciente que
necessita de uma intervenção imediata, ao selecionar os casos que correm risco
iminente de óbito ou os casos mais graves, de acordo com o protocolo de Manchester,
que permite resolutividade, e organização do fluxo dos atendimentos, e auxilia na
organização e na resolutividade das demandas. O profissional enfermeiro é de extrema
importância para realizar o papel de classificador de maneira holística. Importante
ressaltarmos, que existe a necessidade de alguns ajustes a respeito da classificação de
risco, com o intuito de melhorar sempre, e prestar um atendimento com qualidade.
Sendo assim, é indispensável que os pontos de atenção estejam interligados para que
possam de fato ter mais resolutividade, e atender as demandas conforme necessário, e
de acordo com o quadro clínico de cada paciente.
Mesmo com toda a eficácia e utilidade dessa ferramenta tão importante para
organizar o processo de trabalho, pode-se observar e identificar que os participantes
encontraram algumas dificuldades ao colocar em prática o protocolo de classificação
de risco. Dentre as diversas dificuldades relatadas pelos profissionais, foram
destacadas: infraestrutura falta de compreensão do usuário, fragilidade no processo de
treinamento.
Mas isso não foi levado em consideração de um modo generalizado, pois
muitos profissionais relataram que se capacitaram para realizar o processo de
classificação de risco, ao mesmo tempo que profissionais relataram as dificuldades,
diversos profissionais mostraram que o protocolo ao ser introduzido na unidade
hospitalar, trouxe diversos benefícios para melhorar o atendimento ao usuário,
benefícios como: otimização do tempo de atendimento (mesmo com a superlotação
ainda ocorrendo), organização do processo de trabalho, e principalmente a priorização
do atendimento aos pacientes mais graves, os quais necessitam de um atendimento
urgente, de modo imediato, que facilita o trabalho de todos os profissionais na unidade
de urgência e emergência.
43

Ao realizar a pesquisa, ficou evidenciado, que a maioria dos enfermeiros são


aptos e capacitados tanto de maneira prática quanto de maneira teórica para realizar o
processo de classificação de risco. Inclusive as maiorias dos enfermeiros sentem-se
satisfeitos com a ferramenta, pois facilita o atendimento ao usuário. Sendo assim a
maioria dos enfermeiros, tem consciência e sabe da importância da implementação da
classificação de risco, mesmo com algumas dificuldades do processo de trabalho,
cabendo, no entanto alguns ajustes.
Ainda há muitos pontos a serem repensados na classificação de risco, para
aperfeiçoar as ações da assistência ali já implementada, praticando outras ações, com
objetivo de otimizar o tempo, prestar uma assistência de maneira íntegra e universal,
visando sempre atender o paciente de forma holística. Implementar capacitações
periódicas, com o intuito de sempre aperfeiçoar o olhar clínico do classificador,
materiais adequados que auxiliem na assistência, recursos tecnológicos, equipe
multiprofissional, materiais educativos para os usuários. Para que estes compreendam
a importância da classificação de acordo com a gravidade. No entanto ressaltamos que
conforme já abordado no texto, as discussões multiprofissionais da equipe da
emergência aliando a expertise com as evidências cientificas.
Ao realizar a pesquisa, os enfermeiros foram receptivos, no sentido de
colaborar com a sua realização. É importante destacar a atenção que foi concedida
para que esta pesquisa pudesse ser realizada com êxito, e obter os resultados
fidedignos e esclarecedores.
Tivemos algumas dificuldades durante esse processo, tais como: o tempo de
espera de cada entrevista, pois a obtenção das respostas demorava de acordo com o
fluxo de atendimento, o que demandava um tempo de espera maior do que havíamos
planejado indisponibilidade de atendimento imediato, a troca de plantão da instituição.
Mesmo diante de algumas adversidades, foi possível finalizar e obter informações
relevantes para uma melhor compreensão sobre a classificação de risco.
Acreditamos que em uma perspectiva futura, o acolhimento com classificação
de risco seja introduzido em todas unidades hospitalares e em pronto atendimento,
fazendo com que a identificação dos agravos seja mais eficaz. O protocolo só tem a
melhorar e ser ainda mais eficaz ao decorrer dos anos, pois a cada dia que passa as
instituições se adaptam e aderem ao protocolo por trazer mais resolutividade e
organização de trabalho.
44

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de Enfermagem, v. 9, n. 2, p. 86-90, 2001.
49

8 APÊNDICES

FACULDADE DE SANTA CATARINA


GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA

CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS ACERCA DO PROTOCOLO DE


CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Identificação: Será utilizado nome de frutas.

Nome:
Tempo de Formação:
Pós-graduação: Mestrado: Doutorado:
Tempo de atuação na Classificação de Risco:

Roteiro de entrevista da Pesquisa:

1. Você acha que o protocolo é eficaz?

2. O que poderia ser melhorado na classificação de risco para torná-lo mais eficiente?

3. O que mudou depois que a instituição de saúde adotou o protocolo de classificação de


risco?

4. Quais os relatos dos pacientes frente a espera para o atendimento? Os usuários entendem a
diferença entre urgência e emergência?

5. Houve um treinamento específico para que o profissional enfermeiro esteja apto a efetuar a
classificação adequada conforme a necessidade cada paciente?

6. Você acha que o enfermeiro é o profissional mais indicado para classificar o risco dos
pacientes que procuram os serviços de urgência?

7. Qual a sua percepção como enfermeiro frente a classificação de risco?

8. Você gosta de ser classificador?

9. Você se sente capaz e apto de desempenhar esta tarefa?

10. A estrutura física do ambiente está apta para que possa ter êxito no Acolhimento de
Classificação de Risco?

11. Você acha que necessita de algum tipo de apoio para desempenhar melhor a função de
classificador?

12. Quais as maiores dificuldades de sua atuação como classificador?


50

FACULDADE DE SANTA CATARINA


COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM
CAMPUS I – Av. salvador Di Bernardi, 503 – Campinas – São José/SC.
CEP: 88101-260. Tel.: (48)3878-2000

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidada a participar de uma pesquisa sobre a classificação de risco,
onde ao assinar este documento estou afirmando meu consentimento em participar da pesquisa
intitulada “A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: OS
DESAFIOS DA ENFERMAGEM” que será coordenada por uma professora colaboradora da
Faculdade Santa Catarina (FASC), Dra. Cladis L. K. Moraes e pelos acadêmicos participantes
Elaine Cristina de Souza e Josemar Guilherme Neto, acadêmicos do último ano do curso de
graduação em enfermagem.
Estou ciente de que participarei de uma pesquisa que tem como objetivo Conhecer a
percepção do profissional enfermeiro frente a classificação de Risco na unidade de urgência e
emergência do hospital, e que o mesmo poderá proporcionar reflexões nos profissionais de
saúde sobre ações de melhorias na assistência prestada. Para tanto minha colaboração será
responder algumas perguntas de um questionário semiestruturado sobre qual a importância de
utilizar o Protocolo de Classificação de Risco nas unidades.
Os pesquisadores irão realizar a abordagem em local reservado e sigiloso no ambiente
hospitalar, no qual, irá respeitar minha disponibilidade e os horários sinalizados por mim, para
o início da pesquisa. Será garantindo o respeito aos meus valores culturais, morais e religiosos.
Estou esclarecido de que o questionário que será aplicado tem informações que irão identificar
a necessidade e a importância da aplicação do protocolo de classificação de risco. As dúvidas
que são destacadas pelas pessoas, os comentários, as impressão do entrevistador, as
adaptações efetuadas no processo educativo serão descritos no diário de campo do
pesquisador.
O conjunto de dados coletados nesta pesquisa será analisado em apenas uma única
modalidade. O questionário será analisado, após o mesmo ter sido efetuado com sucesso por
meio das perguntas, com o objetivo de obter dados concretos. Estou ciente que durante todo o
processo de pesquisa será mantido o sigilo e o anonimato das minhas informações, as mesmas,
somente serão utilizadas no propósito da pesquisa. O conjunto destas informações adquiridas
na pesquisa será utilizado em publicações em livro, artigos científicos ou divulgação em
eventos de caráter científico, mas sem que seu nome ou qualquer outra informação que o (a)
identifique seja revelado.
Fui informado de que a pesquisa não me trará ônus e terei direito a indenização diante
de eventuais danos ou custos decorrentes da mesma. Nas entrevistas podem ocorrer
desconfortos em relação a algumas perguntas, mas estou ciente de que posso me negar a
responder. Terei direito a receber assistência física, mental ou emocional se as entrevistas
provocarem alguma necessidade. Esta pesquisa trará como contribuição a construção de
conhecimentos que poderá ajudar os profissionais de saúde a melhorar a assistência prestada a
pacientes em procedimentos cirúrgicos, assegurando segurança.
Assinarei este documento, que terá duas vias, sendo que uma ficará comigo e outra
ficará com a pesquisadora principal. Em caso de dúvida em relação ao estudo, antes ou
durante seu desenvolvimento, ou se eu desistir de fazer parte dele, entrarei em contato com a
pesquisadora responsável, professora Dra. Cladis L. K. Moraes no endereço: Av. Salvador Di
51

Bernardi, 503 – Campinas – São José/SC – CEP:88101-260, ou através do telefone


(480387820000, ou pelo e-mail: taniasr@gmail.com.

Destacamos que o projeto foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
do ICSC (telefone (48) 32719000 – endereço: Rua Adolfo Donato da Silva, s/n - Praia
Comprida, São José - SC, 88103-901. Desde já agradecemos a sua participação.

Eu_________________________________________________________________________
declaro através deste instrumento meu consentimento para participar como sujeito da
pesquisa: “A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: OS
DESAFIOS DA ENFERMAGEM ”. Declaro que estou ciente de seus objetivos, método,
potenciais riscos, incômodos e benefícios que a pesquisa pode acarretar e bem como de meu
direito de desistir a qualquer momento, sem penalização alguma e/ou prejuízo.

Nome: ____________________________________________________________________

Assinatura: __________________________________ RG:___________________________

______________________________________
Prof.ª Dra. Cladis L. K. Moraes
Pesquisadora responsável/orientadora

________________________________________
Elaine Cristina de Souza
Acadêmico

______________________________________
Josemar Guilherme Neto
Acadêmico

São José, 26 de Dezembro de 2018.


52

9 ANEXOS

ANEXO A – DECLARAÇÃO DOS PESQUISADORES

Nome dos Pesquisadores: Elaine Cristina de Souza, Josemar Guilherme Neto

Nome do Orientador: Drª Cladis. L. K. Moraes

Título do Projeto: A classificação de risco em urgência e emergência : os desafios da


enfermagem.

DECLARAÇÃO

Declaro para os devidos fins, que assumo o compromisso de cumprir os termos


das resoluções 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e suas complementares para
a realização da pesquisa acima intitulada. comprometo-me a utilizar os materiais e
dados coletados no Hospital Regional Homero de Miranda Gomes exclusivamente
para os fins previstos neste protocolo. Declaro ainda que não há conflitos de interesses
entre os pesquisadores e participantes da pesquisa. Aceito as responsabilidades pela
condução científica do projeto em questão

São José, 10/07/2018

_______________________________________
Elaine Cristina de Souza

_______________________________________
Josemar Guilherme Neto

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Prof.ª. Drª Cladis. L. K. Moraes
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ANEXO B – DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO


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ANEXO C – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP


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