COMISSÃO EXAMINADORA
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Prof. Dr. Alysson Helton Bueno
Universidade Federal de São João del-Rei
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Prof. Dr. Nome do Membro da Banca 1
Universidade Federal de São João Del Rei
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Prof. Dr. Nome do Membro da Banca 2
Universidade Federal de São João Del Rei
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Provérbios 9.10
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v
SILVA, Victor Hugo Martins. INFLUÊNCIA DO INIBIDOR DE CORROSÃO, NITRITO
DE SÓDIO 3% E 4%, NA RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO DO
CONCRETO.Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Mecânica.
Universidade Federal de São João Del Rei, 2018.
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
ABSTRACT V
LISTA DE TABELAS Vi
LISTA DE EQUAÇÕES Ix
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 01
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................... 03
2.2.4 Comportamento......................................................................................... 11
2.3 Porosidade................................................................................................. 12
3 METODOLOGIA....................................................................................... 14
3.1 Materiais..................................................................................................... 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................... 22
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 26
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista que o concreto é um material crucial para o mundo atual e que
tem grande diversidade na indústria, ele vem sendo alvo de vários estudos com
intuito de estender sua vida útil.
Quando uma estrutura de concreto é projetada, um dos objetivos é atender as
condições plausíveis de segurança e confiabilidade, além de assegurar que os
custos com manutenção sejam mínimos.
Muitas vezes são realizados estudos sobre a eficácia desses inibidores, porem
as vezes é deixado de lado a interferência deles nas propriedades do concreto,
como a resistência a compressão. Logo este trabalho visa determinar se resistência
a compressão é afetada com o uso de inibidores em diferentes ambientes, com
agressividades específicas.
O primeiro passo consiste em verificar se a resistência mecânica é afetada
com o uso do inibidor Nitrito de Sódio com 3% e 4% em condições normais. Em
seguida a verificação vai ocorrer após o concreto ficar submetido a condições mais
agressivas, como a câmara de salinização para simular uma condição marinha e a
câmara de carbonatação para simular uma grande metrópole com altos índices de
dióxido de carbono.
Além de verificar essa influência do inibidor na resistência mecânica do
concreto, vai ser realizado o ensaio de porosidade, para determinar os índices de
vazios. E desta forma fazer uma análise conciliando os dois resultados.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
corrosão.
Segundo Andrade (1992), inibidores são substancias que conseguem bloquear
a ação anódica, catódica ou ambas em um meio corrosivo. Quando utilizados em
concreto elas devem ser ativas em meios alcalinos, e manter as propriedades
físicas, químicas e mecânicas do mesmo.
Para obter um melhor resultado com a aplicação dos inibidores é necessário
adotar alguns critérios. É importante identificar a causa da corrosão, afim de
identificar qual o melhor método para a utilização do inibidor. Tendo em vista que as
empresas buscam cada vez mais a redução de custos, é crucial uma análise
financeira para identificar a viabilidade do projeto. Mas geralmente os inibidores são
de baixo custo e não exigem mão de obra especializada (GENTIL, 1996; CALLEJA
& ANDRADE,1974).
Um dos cuidados que devem ser adotados é em relação a concentração, pois
muitas vezes, quando utilizados com teores diferentes do ideal, eles tendem a
provocar uma aceleração do processo corrosivo. Logo cada inibidor tem uma
porcentagem específica para apresentar o melhor rendimento possível, em
decorrência destas características eles são chamados de “inibidores perigosos”
(SHREIR, 1979).
Os inibidores podem ser classificados quanto a constituição química,
mecanismo de ação, teor crítico e comportamento. Tendo em vista que essas
características são relevantes para o prosseguir da pesquisa, é importante defini-las
detalhadamente, segue a figura () com as classificações.
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tende a deslocar para a região mais negativa. Os mistos têm um efeito relativo e
provocam variações nos dois sentidos (LIMA,1996; GENTIL1996).
Os inibidores anódicos tem como principal característica impedir ou retardar a
reação do anodo. Eles reagem com o produto da corrosão formando um filme de
passivação na superfície do metal, onde ocorre a polarização anódica. É necessário
um cuidado enorme para a aplicação desses inibidores, pois cada um tem uma
concentração específica para o máximo desempenho. Caso a dosagem do inibidor
não atinja o valor mínimo, não vai acontecer a formação do filme insolúvel e as
chances de corrosão por pite aumentarão consideravelmente. Como exemplo
desses inibidores podem ser citados os nitritos, hidróxidos, carbonatos, silicatos e
entre outros (MEDEIROS, 2002; FREIRE, 2005; GENTIL, 1996; SALVADOR 2002).
Na figura () é possível observar que a polarização anódica é aumentada com o
deslocamento do potencial de corrosão para valores positivos.
Figura 3 – Diagrama de polarização: (a) com inibidor anódico, (b) sem inibidor.
Figura 4 – Diagrama de polarização: (a) ação do inibidor catódico, (b) sem inibidor.
aptos para proteger tanto a área anódica como a catódica. Como exemplo podem
ser citados os colóides, aldeídos, compostos heterocíclicos nitrogenados,
polifosfatos e entre outros (CARDOSO,2005; GENTIL 1996).
2.2.4 Comportamento
2.3 Porosidade
A porosidade é a propriedade do concreto que determina os índices de vazios,
que podem ocorrer devido a diversos fatores, principalmente, no seu processo de
fabricação. Quando o concreto está em processo da reação química, que ocorre na
hidratação, tem uma redução de volume e logo o surgimento de poros (PINHEIRO,
2004).
A estrutura interna do concreto é bastante heterogênea, onde é composta por
grãos de agregado graúdo e miúdo. Envolto por grandes quantidades de poros e
capilares, que proporciona o retimento de água que não entrou na reação química,
assim como vapor d’água e ar. Fisicamente o concreto é um material que não
apresenta continuidade de massa, composto por três estados físicos: sólido, líquido
e gasoso (PINHEIRO, 2004).
Um dos processos que podem ser utilizados para a determinação da
porosidade é a determinação do percentual de absorção de água, que inclusive foi
utilizado experimentalmente nesta pesquisa. Um concreto que apresenta uma
porcentagem muito grande de poros, está propicio ao surgimento da corrosão
precocemente. Isto ocorre em decorrência dos íons de cloreto dissolvidos na água,
que penetram na estrutura geralmente por absorção capilar pelos poros do concreto
(SILVA,2006).
A porosidade também está diretamente relacionada com a resistência a
compressão do concreto. Quando existem o menor número de poros possíveis, a
resistência tende a ser maior, uma vez que que a ligação agregado-matriz é mais
homogênea. Logo a determinação da porosidade do concreto é crucial para
determinar a sua durabilidade, bem como em relação a sua resistência a
compressão, como também a sua resistência a corrosão (ASSIS,****).
3 METODOLOGIA
Este Tópico tem como objetivo relatar todo o processo de fabricação e
realização de ensaios nos corpos de prova de concreto. Para facilitar a compressão
é importante dividir as etapas do processo em subtópicos. No qual primeiramente
vai ser relatado os procedimentos referentes a caracterização dos materiais, traços
e cura. Em seguida a parte experimental, que vai abordar as etapas do ensaio que
o concreto foi submetido para avaliar a influência dos inibidores no mesmo.
Tendo como base que que este trabalho é classificado como uma pesquisa
experimental, foi utilizada o espaço físico da UFSJ (Universidade Federal de São
João del Rei), especificamente, os laboratórios do DEMEC (Departamento de
Engenharia Mecânica).
3.1 Materiais
O primeiro passo para iniciar uma pesquisa de forma satisfatória é buscar
informações em normas que padronizam o processo. Desta forma verificou-se que
era necessário escolher as dimensões do molde para o corpo de prova e determinar
o traço para a fabricação do concreto. Logo, vai ser apresentado nesta etapa as
normas utilizadas e as principais peculiaridades da caracterização e fabricação dos
corpos de prova.
3.1.1 Confecções dos Moldes
Antes de iniciar a confecção dos moldes para os corpos de prova é primordial
escolher uma norma que padronize as dimensões dos mesmos. Em decorrência da
falta de verba, optou-se por uma norma que viabilizasse a utilização de um molde
menor. Logo para a fabricação dos moldes foi utilizada a ASTM-C39. Que
específica que para corpo de prova cilíndricos, que é utilizado para o ensaio de
compressão, a altura deve ser o dobro do diâmetro, sendo o diâmetro mínimo de 5
cm. Segue uma imagem dos moldes no tamanho padrão.
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Para a realização dos cálculos, existem três massas diferentes, sendo elas:
M1: É a massa seca do corpo de prova após a passagem pela estufa e dessecador
M2: É a massa do corpo de prova após a passagem pela câmara de vácuo
M3: É a massa do corpo de prova após a passagem pela câmara de vácuo, porém
imerso em água.
Para este trabalho o foco principal vai ser na absorção de água, já que a mesma
mostra resultados bastante significativos referente aos espaços vazios do concreto.
Para cada corpo de prova, a absorção de água é expressa como porcentagem e é
calculada usando a seguinte equação:
Fonte: BS_EN_ISO_10545.
que como já foi dito foi de 28 dias de acordo com a “NBR 5738”.
Toda a metodologia feita no ensaio de compressão foi de acordo com a “NBR
5739 – Concreto – Ensaio de Compressão de corpos-de-prova cilíndricos”.
Após tirar os corpos de prova da condição de cura é importante ficar atento a
determinadas peculiaridades. É necessário que as bases estejam uniformes, logo
foi feito um faceamento em ambas as bases. Antes de iniciar o ensaio é preciso
inserir alguns dados de entrada na máquina, são eles a altura e diâmetro exato de
cada corpo de prova, porem a norma especifica que devem ser retiradas três
medidas de cada e fazer a média.
Feito tudo isso, o próximo passo consiste em secar os corpos de prova antes
do ensaio e entrar com a velocidade de ensaio, que é de 0,45 MPa/s e a velocidade
deve ser mantida durante todo o processo. Depois de um tempo, a máquina mostra
o pico de força e da resistência a compressão máxima. Segue a imagem do ensaio:
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este tópico tem como objetivo mostrar e discutir os resultados obtidos na
pesquisa, independente se eles foram encontrados conforme o esperado. Sendo
assim, cada resultado vai ser explicado conforme embasamento científico e
orientações de especialista.
Absorção de Água
Corpos de Prova-Branco 9,73%
Branco-NaCl 8,69%
Corpos de Prova-3% 9,66%
3%-NaCl 8,62%
Corpos de Prova-4% 9,63%
4%-NaCl 8,87%
Fonte: Autoria própria.
Como já se sabe, este tópico desta tese teve como objetivo avaliar como a
resistência a compressão do concreto é alterada com o uso de inibidores de
corrosão. Porém, com o decorrer da pesquisa, foram obtidos alguns resultados não
esperados.
Tendo por base que foi escolhido um traço para uma resistência a
compressão de 25 MPa, esperava-se que o corpo de prova branco apresentasse no
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mínimo esta resistência. Mas os resultados obtidos foram bem abaixo do esperado,
desta forma buscou-se revisar a literatura e normas para ver se a metodologia do
processo estava de acordo com as especificações.
Após uma minuciosa revisão repetiu-se o processo de fabricação, cura e
ensaio. Pois poderia ter ocorrido algum erro ao longo do processo, mas os
resultados persistiram e continuavam bem abaixo do especificado. Depois de muita
persistência, optou-se por mudar o traço, pois as vezes o erro poderia ser no
mesmo. O traço escolhido foi o de 40 MPa, foi feito todo o processo prescrito pela
norma e o resultado dos corpos de prova branco continuavam dando abaixo do
especificado pelo traço. Durante esta longa jornada de trabalho buscou-se a ajuda
de diversos pesquisadores e especialistas na área, porém não foi encontrado um
possível erro. Desta forma, já que existia resultados comparativos entre corpos de
prova branco e com inibidor, mas com resistência a compressão abaixo do
especificado. Optou-se por colocar nesta pesquisa uma relação percentual entre os
respectivos corpos de prova.
Como já se sabe, foram ensaiadas três amostras para cada condição, e o
resultado será apresentado com base na média obtida. Segue alguns gráficos
gerados durante o ensaio de compressão referentes ao corpo de prova branco e
com o inibidor.
Figura 13 – Gráfico ensaio de compressão (Inibidor)
Como já se sabe, nesta pesquisa foi utilizado o inibidor nitrito de sódio com
3% e 4% na condição normal e também na condição de um ambiente com cloreto de
sódio (para representar uma orla marinha). Segue uma tabela com os respectivos
resultados, tendo por base a média das amostras.
Com esta tabela é possível observar que aconteceu uma queda cerca de
34,5% do corpo de prova branco para o de 3% de NTS nas condições normais, que
é uma perda considerável, que em nível de projeto pode ocasionar grandes danos. A
variação entre os inibidores de 3% e 4% nas condições normais foi muito pequena,
em torno de 5,4%. Também foi possível observar que para um mesmo inibidor, que
em média a resistência cai em torno de 21% da condição normal para a condição de
ambiente com cloreto de sódio. Uma possível explicação para o decaimento da
resistência a compressão com ou uso dos inibidores, é que eles retardaram o
processo de hidratação do concreto e assim afetando diretamente na sua
resistência.
Desta forma a conclusão da pesquisa é que o referido inibidor tem muita
influência na resistência mecânica do concreto, e que estudos mais aprofundados
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são necessários para detectar a causa raiz desta diminuição. Mas de certo,
empresas da área de construção civil devem ficar atentas aos inibidores de corrosão
utilizados. Pois muitas vezes eles cumprem a sua função principal, de inibir a
corrosão, mas podem interferir em outros fatores, como observado nesta pesquisa,
com a diminuição da resistência a corrosão.
26
REFERÊNCIAS
HELENE, P.R.L. Vida útil das estruturas de concreto. Boletim Técnico. 2004.
PINHEIRO, L. M., MUZARDO, C. D., SANTOS, S. P., CATOIA, T., CATOIA, B.,
2010, Estruturas de concreto, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo,
Brasil.