CURITIBA
2016
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CURITIBA
2016
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RESUMO
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Noções básicas
2.1. O que é a violência sexual
2.2. Os tipos de deslocamento forçado
3. Violência sexual em situações de deslocamento forçado
3.1. Como ocorre
3.2. Consequências da violência sexual
4. Proteções gerais contra a violência sexual
5. O trabalho das organizações internacionais
4.1. Medidas de prevenção e resposta
4.2. A responsabilidade das organizações
6. Conclusão
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1. INTRODUÇÃO
2. NOÇÕES GERAIS
1UNICEF. Female Genital Mutilation/Cutting: A global concern, 2016. – Disponível em:
https://www.unicef.org/media/files/FGMC_2016_brochure_final_UNICEF_SPREAD.pdf
[...] as pessoas que tenham fugido dos seus países porque a sua vida,
segurança ou liberdade tenham sido ameaçadas pela violência
generalizada, a agressão estrangeira, os conflitos internos, a violação
maciça dos direitos humanos ou outras circunstâncias que tenham
perturbado gravemente a ordem pública.
4 ACNUR. Ibid.
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que podem levar à apatridia, mas isso ocorre principalmente quando um Estado
deixa de existir, ou um Estado é ocupado e não reconhece certas minorias, ou até
mesmo quando a pessoa é banida de seu país de origem. O ACNUR5 estima que
cerca de 10 milhões de pessoas se encontram no estado de apátrida.
5 ACNUR. Ibid.
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Além disso, com os refugiados representando uma parcela cada vez maior da
população, sua saúde mental é refletida na sociedade, devendo ser do interesse de
todos sua preservação. Se levarmos em conta que o período da infância é o um dos
mais importantes na formação da pessoa, e quando esse período é marcado por
violência e abusos, os riscos de desenvolver problemas mentais duradouros são
altos. Antes de conseguir o refúgio, e até mesmo depois, as crianças e mulheres têm
que lidar com a depressão, estresse pós-traumático e outros problemas mentais,
nos campos de refugiados ou outros locais que quase não oferecem tratamento e
auxílio especial necessários. Tendo em mente a importância desse assunto, ele será
melhor abordado num próximo capítulo.
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Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual
proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer
incitamento a tal discriminação.
O ACNUR coloca que para prevenir a violação sexual, é preciso entender suas
causas e fatores que contribuem para sua perpetração. Assim, a política utilizada é
de se informar sobre a situação relativa ao abuso sexual em diversas regiões, para
poder adotar medidas realmente eficientes. Buscando trabalhar em conjunto com
organizações e governos locais, as principais medidas do ACNUR são de
transformar as normas socioculturais, a fim de educar e empoderar as mulheres e
crianças. As organizações também procuram envolver não só as mulheres, mas
também os homens, uma vez que compõem a maior parte dos perpetradores, sua
reeducação também é fundamental. As organizações internacionais também focam
em construir laços comunitários e familiares que possam fornecer apoio, assim como
construir instalações com serviços que possam prover informação e educação, a fim
de diminuir o grau de vulnerabilidade dessas pessoas, e incentivar que relatem
qualquer caso de abuso. É somente a partir dos relatos que as ONGs podem
monitorar as violações sexuais e planejar melhores respostas, além disso, elas
procuram certificar-se de que os governos atendam as normais internacionais de
direitos humanos.
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6. CONCLUSÃO
Após tentar oferecer uma introdução sobre o que é a violência sexual e suas
características principais, e trazer informações sobre os diferentes tipos de
deslocamento forçado, o artigo pôde abordar as diferentes facetas do abuso sexual,
como casamento forçado, tráfico humano, prostituição, entre outros citados.
Buscando trazer também os motivos pelos quais ocorre, assim como a
consequência pela qual as vítimas enfrentam, sejam físicas, psicológicas ou sociais.
Mas o principal ponto era ilustrar que o sistema de proteção, como os tratados
mencionados ou a ação das organizações internacionais está longe de ser
adequado. Os tratados não possuem valor legal e as organizações só têm
capacidade de atingir uma pequena parcela dos afetados pela violência sexual.
Portanto, é imprescindível que o tema seja cada vez mais discutido, a fim de gerar
conscientização nas pessoas, para que possam contribuir, cada um de sua forma,
para que o auxílio às vítimas possa chegar o mais perto do ideal possível.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARE. Guidance for Gender Based Violence (GBV) Monitoring and Mitigation within
Non-GBV Focused Sectoral Programming – 2014.