METODOLOGIA CIENTÍFICA
PALMAS – TO.
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SUMÁRIO
Apresentação
Plano de curso
7 - Técnicas de pesquisa
8 - Citações
10 - O método científico
11 - Texto complementar
12 - O projeto de pesquisa
13 - Atividades
Anexos
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APRESENTAÇÃO
PLANO DE CURSO
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
2. EMENTA
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Conceitos fundamentais sobre método e metodologia
1.1 - Conhecimento científico e outras formas de conhecimento;
1.2 - Conceito, classificação e divisão da ciência;
1.3 - Educação pela pesquisa
1.4 - Enquadramento da contabilidade no âmbito da ciência;
1.5 - Métodos científicos.
2. Procedimentos técnicos e didáticos
2.1 - Técnicas de estudo e apresentação de trabalho;
2.2 - Diretrizes para realização de um seminário;
2.3 - Normas técnicas da ABNT.
2.4 - Tipos de pesquisa:análise quantitativa e qualitativa
3.Trabalhos científicos
3.1 - Fichamento, resumo, artigo, papper, resenha, relatório e ensaio científico;
3.2 - Monografia, dissertação e tese.
4. Projeto de pesquisa
4.1 - Classificação – os tipos de projetos;
4.2 - Formulação de problemas, objetivos e hipóteses;
4.3 - Coleta, análise e interpretação de dados.
5. Temas de seminários
1. Aprendendo a ser pesquisador
2. Questões de metodologia do ensino superior
3. Organizando atividades cientificas.
4. O que é plágio?
5. Por que acontece plágio?
6. Tipos de plágio no âmbito educacional
7. Como o plágio pode ser evitado?
8. Nem tudo é plágio
9. História de vida
10. História oral
6. Filmografia
5.1 – Narradores de Javé
5.2 – Oléo de Lourenzo
5.3 – Trabalhando com projetos
5.4 – Alexandria
5.5 – O nome da rosa
5.6 – Em nome de Deus
6. METODOLOGIA DO TRABALHO
7. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
8. ATENDIMENTO EXTRACLASSE
9. BIBLIOGRAFIA
9.1 Básica
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
______. Como elaborar Projetos de Pesquisa.4.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. 22. Ed. São Paulo: Cortez,
2002.
9.2 Complementar
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1995.
FILHO, Geraldo Inácio. A monografia nos cursos de graduação.3.ed. Uberlânia-MG:EDUFU,
2003.
MARION, José Carlos; DIAS, Reinaldo; TRALDI, Maria Cristina. Monografia para os cursos de
administração, contabilidade e economia. São Paulo: Atlas, 2002.
SANTOS, J. Vandilo. Caderno de Metodologia. Palmas: UFT, 2010.
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da.Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade. São
Paulo:Atlas, 2003.
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1
Professor do curso de Ciências Sociais na URCA – Universidade Regional do Cariri – Crato-Ce., 1999.
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essenciais podem ser substituídas com fins de disponibilizar mais tempo para as
atividades acadêmicas.
O segundo ponto relevante se concentra no aproveitamento das aulas.
Embora muitos alunos menosprezem os períodos em sala de aula, ou seja, não
valorizam o papel do professor, convém ressaltar que é dentro da classe, no
contato com colegas e professores que se procede a aprendizagem sistemática. O
professor com sua metodologia de ensino, expressa em aulas cuidadosamente
preparadas, e os colegas de sala com os questionamentos paralelos entre si,
proporcionam a troca de idéias inteligentes essenciais para o enriquecimento
intelectual do aluno. Não basta, porém, estar na sala ouvindo a explanação do
professor, é necessário estar concentrado, ouvir atentamente os discursos e
levantar questões, participando ativamente. Após o termino da aula, uma
simples revisão do conteúdo através da leitura de anotações e procurando
respostas para as dúvidas que permanecerem, pode garantir uma absorção mais
completa, evitando o acúmulo de perguntas e a conseqüente perda do fio da
meada. Posteriormente é produtivo elaborar uma síntese como reconstrução do
conhecimento abordado.
Segundo Morgan e Deese (apud Galliano, 1986: 66), existe um método
simples, apresentado através de uma formula que tem se mostrado como pratica
de promover melhor aproveitamento no estudo e se resume em:
Examinar = PL2R
Em que, P = perguntar; L = ler; e 2R = repetir e rever.
Assim, diante de um livro por exemplo, a varredura mental em busca de
informações já detidas sobre o assunto abordado na obra em forma de
questionamento prévio a leitura (perguntar), se constitui por si só já um estudo. O
segundo passo é a leitura rápida (ler), procurando captar a essência da obra, a
idéia geral do autor. Uma nova reflexão deve ser feita no sentido de tentar cruzar a
idéia do autor com aquilo que já se sabia sobre o assunto. Nesse estagio já é
possível identificar o que pode ser aprendido como o estudo daquela obra. É o
aprofundamento, pois, de retornar a leitura (repetir), agora de forma mais
aprofundada e detalhada, identificando as partes mais importantes (inclusive
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1ª Fase Germinativa
- Definição do problema;
- Busca de informações pertinentes e afins;
- Incubação: tempo necessário para que se possa digerir e combinar os
dados livremente;
- Iluminação (insight): surgimento de novas idéias, geralmente caóticas.
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2ª Fase Prática
- Seleção;
- Crítica;
- Adequação e elaboração de idéias em propostas realizáveis.
- Indutivo – a indução parte de registros menos gerais para enunciados dos mais
gerais;
- Dedutivo – transforma enunciados universais em particulares. O ponto de partida
é a premissa antecedente, em que tem valor universal, e o ponto de
chegada é o conseqüente (premissa particular);
- Dialético – pela etimologia da palavra de origem grega dialektos, que significa
debate, forma de discutir e debater. Consiste na formulação de
perguntas e respostas, e que traz à tona todas as falsas concepções;
- Hipotético-dedutivo – surge o problema e a conjectura, que serão testados pela
observação e experimento.
- Histórico – tem como pressuposto reconstruir o passado objetiva e
acuradamente, em geral relacionando com uma hipótese sustentável;
- Estatístico – é um método de analise, planejado por Quetelet, que permite obter
de conjuntos complexos representações simples e constatar se essas
verificações simplificadas têm relações entre si. Em Contabilidade o uso
da estatística é ferramenta imprescindível para compreender o
fenômeno do patrimonial em seus aspectos quantitativos, com suas
possíveis utilizações; daí ser um dos mais importantes instrumentos
utilizados pela ciência contábil;
- Comparativo – realiza comparações com o objetivo de verificar similitudes e
explicar as divergências no intuito de melhor compreender o
comportamento humano;
- Monográfico – também conhecido como estudo de caso, permite, mediante caso
isolado ou de pequenos grupos, entender determinados fatos, pertindo
do princípio de que qualquer caso que se estude em profundidade pode
ser considerado representativo de muitos outros ou até de todos os
casos semelhantes.
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Introdução
RESUMINDO:
(Adaptado de: COSTA, Cristina. Sociologia. Introdução à ciência da sociedade. 2a. ed. São
Paulo, Moderna, 2001).
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7 - TÉCNICAS DE PESQUISA
ENTREVISTA
QUESTIONÁRIO
FORMULÁRIO
2. ENTREVISTA
- ser discreto
- evitar ser importuno
- deixar à vontade o informante
- dirigir a entrevista e mantê-la dentre dos propósitos dos itens pré-estabelecidos
- ser habilidoso e elegante
-evitar que o diálogo se desvie dos propósitos de sua pesquisa
- deve apenas coletar dados e não discuti-los com o entrevistado
- falar pouco e ouvir muito
- anotar cuidadosamente os informantes coletados
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2. QUESTIONÁRIO
- é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor
exatidão o que se deseja;
1. Perguntas abertas
- destinam-se a obter uma resposta livre
- embora possibilitem recolher dados ou informações mais ricas e
variadas, são codificadas e analisadas com maiores dificuldades.
Ex.: Do que você gosta mais na cidade?
2. Perguntas fechadas
- destinam-se a obter respostas mais precisas, padronizadas, de
fácil aplicação, fáceis de codificar e analisar.
Ex.: Seu nível de escolaridade é:
( ) ensino fundamental
( ) ensino médio
( ) ensino suprior
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2. FORMULÁRIO
Qualidades
1. adaptação ao objetivo de investigação
2. adaptação aos meios que se possui para realizar o trabalho
3. precisão das informações em um grau de exatidão suficiente e satisfatório
para o objetivo proposto.
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8 - CITAÇÕES
CITAÇÃO INDIRETA – texto redigido pelo autor do trabalho, mas que mantém
fielmente a idéia original de outro autor.
capa;
folha de rosto;
folha de avaliações;
dístico ou dedicatória;
agradecimentos;
sumario;
lista de tabelas ou ilustrações;
lista de siglas, abreviaturas e símbolos;
resumo/sinopse;
introdução;
corpo;
conclusão;
anexos/apêndice;
bibliografia;
folha em branco/contracapa.
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constituía um dos alicerces da teologia, deveria em sua opinião, ceder lugar a uma
duvida metódica, a fim de possibilitar um conhecimento objetivo da realidade. Para
ele o novo método de conhecimento, baseado na observação e na
experimentação, ampliaria infinitamente o poder do homem e deveria ser
estendido e aplicado ao estudo da sociedade.
O cientista, por meio da experiência, deve recolher informações
suficiente (o material) e, depois, mediante suas faculdades espirituais (a razão),
deve procurar elaborar noções gerais e leis universais.
Bacon divide as ciências em três grupos: as que se baseiam na
memória (historia natural e civil); as que se baseiam na fantasia (poesia em suas
varias formas); as que se baseiam na razão (filosofia e ciências experimentais).
O fim da ciência, segundo Bacon, é prático e não especulativo. A ciência
deve ajudar o homem a adquirir um controle mais perfeito sobre a natureza. O
objeto da ciência é a causa das coisas naturais. Bacon faz o seu principio: saber
verdadeiramente é saber pelas causas.
Não se pode, contudo, fazer uso do método indutivo enquanto a mente
estiver entulhada de preconceito e erros. É necessário, portanto, antes de se
começar a pesquisa cientifica, reduzir a mente a uma tábula rasa, eliminando-se
todos os preconceitos.
Sobre as varias fases do método indutivo, começa com a coleta e a
descrição do material. Para isso serve as tábuas, que são coordenações das
instâncias, isto é, das vezes que um fato se repete.
Recolhido material suficiente, pode-se formular uma primeira hipótese a
respeito, da natureza do fenômeno estudado. É uma hipótese provisória, que guia
o desenvolvimento ulterior da pesquisa. A indução deverá proceder pondo à prova
a hipótese formada em sucessivos experimentos, que Bacon chama de instâncias
prerrogativa ate conhecer a causa verdadeira do fenômeno.
Bacon tem o grande mérito de ter sido o primeiro a pôr-se de modo
sistemático o problema do método próprio das ciências experimentais, do seu
objeto e do seu fim.
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Distinta é aquela percepção que, sendo clara, é tão disjunta e separada de todas
as outras que não contem em si nada alem do que é claro.
Vico em sua critica ao método cartesiano, observou por exemplo, que a
clareza e a distinção são propriedades mais do sujeito do que do objeto, não
constituindo por isso nenhuma garantia de conhecimento verdadeiro. Pascal, por
sua vez, notou que a clareza e a distinção são propriedades de matemática e da
geometria e censurou Descartes por tê-las transferida para outros campos do
saber. Na verdade, Descartes foi vitima das duas disciplinas citadas, às quais ele
mais se comprazia e se enganou pensando que poderia obter resultados
semelhantes na filosofia.
A segunda regra, a da analise, torna possível a intuição das ideias
simples. A originalidade de Descartes consiste em ter atribuído grande importância
à analise com a finalidade de preparar o terreno para a síntese e a dedução. A
duvida metódica, que é um dos pontos mais originais do pensamento cartesiano, é
também um momento essencial da analise.
O erro fundamental de Descartes, erro que Pascal e Vico não tardaram
a mostrar, consiste na supervalorização do racional, na idolatria da razão, elevada
à categoria de medida de todas as coisas.
As duas ultimas regras dizem respeito aos momentos mais importantes
da dedução: a síntese torna possível a enumeração completa de ideias
complexas.
Por outro lado, Isaac Newton (1642-1727) identificou o principio da
gravidade universal e fundamentou seus estudos na ideia de que o Universo é
governado por leis físicas e não dependente de interferência de cunho divino.
Igualmente a Descartes, para explicar os fenômenos naturais, substituiu a religião
pela ciência e a revelação milagrosa pela observação e experimentação
consolidando o racionalismo.
O primeiro e o segundo livros de Newton constituem um tratado de
mecânica e estuda os movimentos retilíneos e curvilíneos dos corpos esféricos e
não esféricos, dos projetos, dos pêndulos, dos líquidos. O terceiro livro da força da
gravidade, pelas quais os corpos tendem para o sol e os respectivos planetas, etc.
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BIBLIOGRAFIA
10 -O MÉTODO CIENTÍFICO
11 - TEXTO COMPLEMENTAR
O método cientifico
Em seu sentido mais geral, método significa a ordem que se deve impor aos diferentes
processos necessários para atingir um objetivo ou um resultado desejado. Em ciência, método é o
conjunto de processos que devem ser empregados na investigação e demonstração da verdade.
O método não se inventa. Depende do objeto da pesquisa. Os sábios da Antiguidade tiveram
o cuidado de anotar os passos percorridos e os meios que os levaram aos resultados descritos.
Outros, depois deles, analisaram tais processos e justificaram ou não a sua eficácia. Assim, os
processos empíricos transformaram-se gradativamente em métodos verdadeiramente científicos.
(Procure o verbete empírico no Dicionário básico de Sociologia.)
A época do empirismo passou. Hoje em dia não é mais possível improvisar quando se trata
de entender e explicar um fenômeno ou um fato social. A atual fase é a técnica, da precisão, da
previsão, do planejamento. Ninguém se pode dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se
colhe algum êxito inesperado.
Devem-se excluir das investigações o capricho e o acaso, adaptar o esforço às exigências
do objeto a ser estudado, selecionar os meios e processos mais adequados. Tudo isso é dado pelo
método. Assim, o bom método torna-se fator de segurança e economia.
Muita vezes, um espírito medíocre guiado por bom método faz mais progressos nas ciências
que outro mais brilhante que vai ao acaso.
Fontenelle exaltou o método: “A arte de descobrir a verdade é mais preciosa que a maioria
das verdades que se descobrem”.
Evidentemente, o método não substitui o talento e a inteligência do cientista. O método
também tem seus limites: não ensina a encontrar as grandes hipóteses, as idéias novas e
fecundas, que dependem mais dos esforços de compreensão e reflexão do cientista e, em alguns
casos, de sua genialidade.
O método cientifico segue o caminho da dúvida sistemática, metódica, que não se confunde
com a dúvida universal dos céticos. O cientista, sempre que lhe falta a evidência, precisa
questionar e interrogar a realidade.
Toda investigação nasce de algum problema observado ou sentido, de tal modo que não
pode prosseguir, a menos que se faça uma seleção da matéria a ser tratada. Essa seleção requer
alguma hipótese ou pressuposição que irá guiar e, ao mesmo tempo, delimitar o assunto a ser
investigado. Daí o conjunto de processos ou etapas de que se serve o método cientifico, tais como:
a observação e coleta de todos os dados possíveis; as hipóteses que procuram explicar
provisoriamente toadas as observações de maneira simples e viável; a experimentação que dá ao
método cientifico também o nome de método experimental; a indução da lei que fornece a
explicação ou o resultado de todo o trabalho da investigação a teoria que insere o assunto tratado
num contexto mais amplo.
O método cientifico aproveita ainda a analise e a síntese e os processos mentais de dedução
e indução, comuns a todo tipo de investigação quer experimental, que racional.
Método e processo
12 - O PROJETO DE PESQUISA
- Etapas do projeto:
1. Justificativa
Nesta seção, o orientador deve identificar e delimitar o problema para que possa
ser executado dentro do prazo previsto, mostrar a importância do problema no
contexto a ser estudado. Por se tratar de um programa de iniciação científica, o
projeto proposto deve ter “um começo, meio e fim”. O problema deve ser
delimitado de tal forma que garanta o seu desenvolvimento dentro do prazo de
vigência da bolsa de iniciação científica, que é de um
ano. Esta seção pode fazer parte da introdução ou ser apresentada em capítulo
separado.
3. Hipóteses
4. Objetivos
5. Metodologia
6. Cronograma de Execução
2006
Fevereiro
Janeiro
Março
ATIVIDADES Junho
Julho
Maio
Abril
1. Revisão Bibliográfica x x x
2. Elaboração do instrumental x
3. Pesquisa Campo x
4. Tabulação dos Dados x
5. Análise dos Dados x x
6. Redação x
7. Revisão x
8. Apresentação dos Resultados x
58
7. Orçamento
TOTAL 8000,00
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª ed. São Paulo : Atlas, 1999.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia. 24. ed. São Paulo : Àtica,
2001.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 20ª ed. São Paulo : Cortez,
1996.
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro. Metodologia da Pesquisa Aplicada à Contabilidade. São Paulo :
Atlas, 2003.
ZUKOWSKI JR, Joel Carlos; DIAS, Jucylene Maria C. S. Borba. Manual para Apresentação de
Trabalhos Acadêmicos e Relatórios Técnicos.Palmas-TO: Ceulp, 2003.
59
13 - ATIVIDADE
QUESTÕES