7.
-é preciso refinar o olhar; deixar de observar a empresa como ente isolado; pensar em suas relações no
mercado;
8.
-a doutrina erra ao enfatizar o papel isolado da empresa ou empresário e sua capacidade gerencial;
9.
-o comercialista presta especial atenção aos contratos interempresariais; em que empresas fazem parte
da relação; ambos os polos da relação tem sua atividade movida por lucro;
10.
11.
-discussão a respeito do art. 2° do CDC; considera as pessoas jurídicas, quando adquire ou utiliza o
-maximalistas: focam no elemento objetivo: ato de consumo; caso haja isso, trata-se de consumidor,
protegido de forma especial; não importa se bem será empregado na atividade profissional ou se o télos
12.
-há dois aspectos práticos em relação ao direito do consumidor: o ônus da prova que se inverte, a critério
propositura da ação;
-regra geral do CPC: o ônus da prova incumbe ao autor; e ao réu quanto a fato impeditivo, modificativo ou
-ou seja, a defesa para o consumidor é mais acessível e barata; talvez possa beneficiar algumas
empresas;
13.
14.
-a proteção ao pequeno empresário deve-se dar com base no direito mercantil; em regramentos próprios;
econômica; isso se põe quando um dos contratantes é forte o bastante para impor suas condições ao
-entende-se que o abuso ocorre quando gera lucros abusivos ou prejudica a concorrência;
15. a expressão contratos mercantis, como tipos específicos, sempre foi reconhecida no Brasil graças ao
Código comercial;
-a principal característica dessas relações é: nos contratos empresariais, ambas (ou todas) as partes
16. a diferenciação entre o direito civil e comercial foi sendo mitigada com o tempo.
-dinâmicas processuais idênticas e jurisdições também;
-o direito comercial seria constituído somente de exceções aos contratos gerais de direito civil na opinião
de alguns doutrinadores;
17. com isso, havia menor interesse por estudos específicos do direito mercantil;
“Essa postura (não apenas na Itália, mas também entre nós) causa embaraço ao estudo sistemático dos
contratos comerciais; no campo do direito mercantil, é impossível construir teoria geral que explique
19.
-os princípios são diversos, é preciso ter clareza disso, para o bom funcionamento da economia;
-a vulnerabilidade do consumidor e o direito de não ser explorado dão a tônica própria do direito do
consumidor;
20.
-a matéria sofre uma divisão tripartite: 1- contratos civis; 2- contratos com consumidores; 3- contratos
comerciais;
21. a busca do lucro recai sobre uma das partes no contrato de consumo;
-nos contratos civis, muitas vezes, não está presente; ou pelo menos não é o intuito fundamental; ex.
Uma necessária digressão histórica: os cismas das categorias contratuais e a consolidação dos
contratos empresariais
23. no século XII o direito comercial começa a se consolidar como ramo específico;
24. bases do ideal liberal no século XVIII: individualismo, liberdade de contratar e presunção de igualdade
entre as partes;
-antes eram disciplinadas pelo Código Civil de 1916, como prestação de serviços;
26. o principal critério para avaliar essas adequações e separações é o status das partes;
“Os contratos mercantis despregam-se do direito comum porque deles participa um comerciante;
consumidor”.
1.1. É uma norma qualitativa ou delimitativa para determinar o âmbito de incidência de outras normas
específicas para a atividade empresarial. Importante para a questão da concorrência, que interfere no
interesse público.
1.2. Os termos devem ser considerados em sua valoração social-econômica (não há específica definição
jurídica)
1.3. A atividade econômica significa criadora de riqueza (patrimônio): inclui - agricultores, industriais,
1.4. Atividades não-econômicas: cientista, inventor (porém, é empresário quem explora economicamente
a invenção), políticos, religiosos, filantropos, (locador, rentista, pois destinados à mera fruição da riqueza,
1.5. Atividade dirigida para a produção e troca exclui o agricultor que produz para seu consumo, o
proprietário de uma casa que contrata prestador de serviços para reformar o imóvel. “A atividade deve ser
1.6. Elemento de empresa (a exceção que pode tornar a pessoa empresário) é quando a atividade
muda de natureza e leva a uma certa “despersonalização”, gerando questões não reguladas em estatutos
específicos de profissionais.
Observações do professor:
1. Elemento pode ser entendido como parte. Sendo parte da atividade empresarial, é também
Ex. médicos, advogados, atores etc. Há especial regulação dessas profissões, por isso, o tratamento como
exercício, muitas vezes, impedem a produção em massa - com todas suas consequências sociais).
Mesmo quando esses profissionais atuam em sociedade. Ex. orquestras, conjuntos teatrais, sociedade de
Observações do professor:
1. não faz mais sentido falar em profissionais intelectuais (diante da mercantilização) mas em
2. O rol do artigo: intelectual, científica, literária ou artística, não contempla consultorias, por
exemplo. O rol do parágrafo único do art. 966 é taxativo ou exemplificativo? O que fazer?
1.7.1. Elemento de empresa: na verdade, quando a atividade intelectual der lugar à circulação de bens,
não haverá dúvida de que se trata de elemento de empresa. Ex. departamento de pesquisa científica
Mas em relação aos serviços, deve-se entender, para configurar elemento de empresa, que o agente os
esteja fazendo circular, ou seja, colocando no mercado um serviço que não se caracteriza como de
natureza personalíssima, tendo em vista um cliente individualizado, mas um serviço objetivo, direcionado a
uma clientela indistinta. Ex. clínicas médicas de cirurgia plástica meramente estética (que anuncia seus
atividade. Há também fungibilidade, não interessa ao consumidor ou usuário a pessoa que presta
1.7.2. Empresário individual (não é um tipo de sociedade). Características: patrimônio único; deve se
1.8. Slide 16 - aula 4 - Natureza do contrato de sociedade: é contrato plurilateral (pode ser bilateral,
quando tem dois sócios) - pode ter mais de duas partes. Na compra e venda só há comprador e vendedor
como na compra e venda) as prestações dos sócios se destinam a um mesmo fim (comum). Na compra e
Qualquer sócio pode se retirar da sociedade, sem que ela se dissolva. Após a denúncia, ocorre a
vontade de uma das partes ou de algumas não afetam o contrato em seu todo. Essa é a diferença
no contrato plurilateral.
A associação é gênero das organizações privadas, e a sociedade é espécie. A diferença está no escopo
O objeto de associação e sociedade pode ser o mesmo, mas elas diferem quanto ao objetivo. Além disso,
com a dissolução, a sociedade reparte o lucro entre os sócios, enquanto a associação destina o restante
participação.
A distinção doutrinária era sociedade de fato (sem contrato escrito) e sociedade irregular (com contrato
escrito, mas sem registro). A doutrina considerava que a sociedade que não constituía pessoa jurídica era
2. Sociedade em comum: O contrato de sociedade é ineficaz nas relações entre os sócios e contra
terceiros (precisam provar por escrito, art. 987). Mas, os terceiros podem provar a existência da sociedade
de qualquer forma.
Já há patrimônio especial (bens e dívidas sociais) do qual os sócios são titulares em comum. E esse
patrimônio especial responde pelos atos de gestão praticados por qualquer um dos sócios. Os sócios
respondem de forma ilimitada e solidariamente pelas dívidas sociais, mas há o benefício da ordem
(primeiro executa-se o patrimônio da sociedade, depois dos sócios – não cabe para aquele que
Resultado: não se deve confundir sociedade com pessoa jurídica. Sem o registro, a sociedade é regular
(tem regramento próprio), mas não há patrimônio autônomo em relação aos sócios.
A atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome
individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade (integral). Os demais sócios participam dos
resultados correspondentes. Eles se obrigam apenas perante o sócio ostensivo, nos termos do contrato
social.
Pode-se provar a existência da sociedade em conta de participação por qualquer meio de prova admitido
Os bens da sociedade (do sócio ostensivo e as contribuições do sócio participante) constitui patrimônio
especial.
2.3. Registro: o empresário deve se inscrever no registro público, antes do início de sua atividade.
Seu regramento aplica-se subsidiariamente para as sociedades não personificadas, art. 986.
Na sociedade limitada, a divisão do capital social se dá em quotas, limitando a responsabilidade dos sócios.
Na sociedade anônima, a divisão do capital se dá em ações, limitando a responsabilidade dos sócios. Temos
as S.A.s abertas e as fechadas. Isso em relação à negociação ou não das ações em bolsa.
Características: 1. Há dois patrimônios distintos (pessoa física e pessoa jurídica). 2. O capital integralizado
Benefícios:
previdenciárias ou trabalhistas
atributos
1.1. O empresário ou sociedade empresária precisam fazer sua empresa conhecida pelos elementos que
exercício da empresa, por empresário ou sociedade empresária. Ver art. 1142 a 1149, C.C.
autônomos (podem ser objeto de relações jurídicas próprias) reunidos pela vontade do sujeito
Em oposição aos bens singulares “aqueles que, embora reunidos, são considerados de per si
independentemente dos demais” Ex. prego (singular simples), automóvel (singular composto - resultantes
Universalidade de direito: ex. Patrimônio (complexo de relações jurídicas ativas e passivas de uma pessoa
dotadas de valor econômico). São universalidades por determinação legal (a partir de tipos fixos).
Decretação de falência: a alienação é ineficaz e pode haver a falência, quando empresário aliena o seu
único estabelecimento e fica sem bens (não paga) para honrar os compromissos com credores.
Deve haver: 1. Notificação dos credores (que tacitamente concordam se não se manifestarem em 30 dias)
Responsabilidade pelas dívidas: o adquirente responde pelos débitos anteriores, desde que
Percebe-se, portanto, que o estabelecimento não é composto apenas pelos ativos, mas também
outros profissionais, enquanto relações obrigacionais, dotadas de valor econômico, fazem parte do
Exceção: contratos intuitu personae. Obs. os terceiros podem rescindir o contrato em 90 dias, se houver
justa causa.
1.6. Assunção de dívidas (diferença com a regra geral): não precisa de expressa anuência do credor,
CTN - dívidas tributárias, o adquirente as assume integralmente se o alienante deixa de exercer atividade
industrial, comercial; assume subsidiariamente, se ele voltar a exercer até seis meses após a alienação.
1.7. O estabelecimento não se confunde com o patrimônio também por conter elementos não patrimoniais
Corpóreos - bens móveis e imóveis. O ponto comercial é parte do estabelecimento, mas Verçosa acredita
que a casa não é, mesmo que seja do proprietário, pois é necessário fazer um contrato de compra e venda
Obs. pela lei de locações não residenciais, dá-se ao adquirente o direito à sub-rogação no contrato de
fiador idôneo.
Incorpóreos:
1. Expectativa de lucros (aviamento): -resultado da diferença do valor dos bens que integram o
Clientela: conjunto de pessoas que, de fato, mantêm com o estabelecimento relações continuadas de
A clientela, normalmente está relacionada com as qualidades subjetivas. Enquanto a freguesia, com as
2. Nome empresarial
Tem a mesma função do nome civil, ou seja, a identificação do empresário. Não pode ser objeto de
Exceção: em contrato de trespasse do estabelecimento (entre vivos) as partes podem determinar que o
nome do alienante seja mantido no nome empresarial, precedido do nome do adquirente, com a
qualificação sucessor.
A firma ou razão social corresponde ao empresário individual. Formada pelo nome do empresário
Em sociedades em nome coletivo ou comandita simples, há alguns sócios que têm responsabilidade
ilimitada. Usa-se o nome de um, ou alguns desses sócios nessa condição, mais a expressão cia.
Denominação social: Não contempla necessariamente o nome dos sócios. Usa-se expressão fantasia.
Não pode induzir a erros, estar totalmente dissociada da atividade que exerce. Serve para sociedade
limitada, sociedade cooperativa, sociedade anônima (seguidas de Ltda, cooperativa e s.a. no final)
3. Ponto comercial
trabalho intelectual, encarados principalmente sob o aspecto do proveito material que deles pode resultar”.
Protege-se: 1. Propriedade industrial; 2. Propriedades artísticas e intelectuais; 3. Outras criações sui
generis.
Recompensa pelos esforços e capital despendidos. Pelos benefícios trazidos à sociedade e pela
divulgação da descoberta. É uma propriedade que não garante uso exclusivo (é público) , além disso é
Direito autoral - fundamento nos direitos da personalidade. Proteção independe de registro. Bens móveis,
obras intelectuais. Devem fazer parte do campo das letras, artes ou ciências. Devem ser exteriorizadas e
originais. É vitalício, com transmissão aos herdeiros (70 anos após o falecimento).
5. Insígnia (figura) 6. Título (nome do estabelecimento). Ex, “pão de açúcar” (podem ser objeto de
Ao alienar o estabelecimento, o vendedor não pode abrir negócio na mesma região e ramo. Interdição de
subjetivo)
3. O valor dos bens adquiridos na compra do estabelecimento é inferior à soma despendida. O diferencial
2. A renúncia não se presume. Além disso, deve ser restrita no tempo, no espaço e no objeto.
3. Trata-se de estabelecimento industrial, não comercial. A clientela não é atraída pelas características
pessoais do empresário.
fábrica.
5. A eventual obrigação de não restabelecimento é pessoal e não se transfere aos herdeiros do Conde.
Aula 7: A empresa como instituição. A macroempresa e sua função social. Governança corporativa.
O seu funcionamento afeta os interesses de diversos agentes. Há uma finalidade comum que não se reduz à
mera soma de relações individuais. É ideia de função social da empresa (a matéria não interessa apenas ao
1.1. A organização da empresa envolve qualificadores como: hierarquia, comando, poder e racionalidade
a. O interesse social não inclui nenhum elemento externo. Basta perseguir o interesse dos sócios atuais. A
b. O interesse social inclui o interesse dos sócios futuros. Essa preocupação se torna cada vez mais relevante,
ainda mais diante da estrutura das SAs. O interesse do sócio atual é a maximização do valor de venda das
Entendem que o interesse da empresa, coletivo, não se confunde com a soma dos interesses individuais dos
1. Gerar riqueza para a comunidade. 2. Oferecer trabalho. 3. Melhorar a técnica. 4. Favorecer o progresso
científico.
Considera os pequenos acionistas como os piores inimigos da empresa. São aqueles que menos se importam
Institucionalismo integracionista: o interesse social é o interesse harmônico e comum dos vários sócios e dos
Institucionalismo (EUA) – versão mais moderada. Defendiam que os administradores eram titulares de
deveres e responsabilidade em relação a outros interesses (além dos interesses dos acionistas).
A lei das SAs determina que o acionista deve usar o seu poder para a empresa realizar o seu objeto e cumprir
Mas é necessário atentar para a complementariedade entre função e estrutura. Para que a empresa possa
Dois argumentos:
1. Direito de propriedade: não se pode desrespeitar o interesse dos sócios. Seria uma violação à sociedade.
(problema: a distinção entre propriedade e controle. Como fazer para garantir a proteção dos acionistas
minoritários).
2. Racionalidade econômica (a busca do interesse individual resulta no interesse comum). A proteção dos
acionistas gera eficiência e melhores resultados para a empresa e consequentemente favorece a todos os
interessados.
Problema: nem sempre haverá harmonia entre interesses internos (sócios) e interesses externos (comuns).
Stakeholder: (preocupação com o interesse comum) foco em todos aqueles interessados na performance da
empresa.
Ex. labor oriented model na Alemanha. Vantagem: redução no custo das transações.
1.5. Exceção ao conflito: empresas estatais. Ela atende o bem comum. Não é criada para satisfazer o
No entanto, para o Direito, capitalista continua sendo igual a empresário. O direito societário continua
disciplinando as relações internas das empresas. Enquanto as relações externas ficam por conta dos
contratos.
Mesmo na Assembleia geral de uma S.A., há uma figura de controle. Portanto, é preciso diferenciar o
controle sobre a propriedade (relação excludente) e o controle gerencial sobre a empresa (poder-função).
Acionista controlador: foi uma criação da Lei das SAs. Determina que é acionista controlador a pessoa
física ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto que na assembleia geral tem
assegurada a maioria de votos nas deliberações e o poder para eleger a maioria dos administradores da
companhia.
Segundo Comparato, o empresário deve servir à empresa, e não o contrário. A empresa passa de objeto para
sujeito de direito.
Maioria da Europa continental e Japão contam com um sistema de capital concentrado. Características:
Estrutura de capital das empresas se caracterizou pela alta concentração. Porém, diferentemente do que
ocorreu na Alemanha, a concentração bancária não implicou uma associação do capital bancário com o
industrial.
A Lei das SAs criou um modelo para descolamento entre propriedade e controle nas empresas brasileiras.
As ações preferenciais (sem direito de voto) e que podiam corresponder a até 2/3 do total das ações. As
A lei n° 10.303/2001 faz uma reforma do direito societário em direção ao tag along (proteção dos acionistas
minoritários).
A BOVESPA cria níveis de proteção para distinguir as formas de governança: nível 1, 2 e novo mercado.
Há várias iniciativas:
ii. reforçar o poder que os acionistas têm de intervir na administração (votar, iniciar ou ratificar decisões)
iii. estratégias de incentivos que busquem recompensar a lealdade dos gestores por meio de retornos
iv. proteção de acionistas minoritários por meio de tratamento igualitário, com a distribuição proporcional de
dividendos; o que faz com que os controladores tentem maximizar os retornos dos minoritários;
v. eliminar conflitos de interesse ex ante, através de agentes desinteressados, públicos ou privados, que,
i. internos: mediante órgãos com atribuições diversas (Assembleia geral, conselho fiscal, conselho de
A lei prevê situações de impedimento para o administrador quando ele tiver interesse conflitante com o da
companhia.
Lei que trouxe mais regulação e fiscalização para as empresas de auditoria. Tentativa de garantir a
independência de auditores. Com multas pesadas e penas de prisão de 10 a 20 anos por fraude corporativa.
2. Novo mercado
Características:
ii. pelo menos 25% das ações devem ser postas em circulação
iii. veda disposições estatutárias como cláusulas pétreas, percentual mínimo para votar, quórum qualificado;
iv. os órgãos de fiscalização da empresa devem se manifestar em questões importantes (por exemplo
aquisição de ações)
vi. concessão de tag along (oferta pública de compra de ações do acionista minoritário) (art. 254-A, lei das
1- Locus artificialis x locus naturalis = entende-se que o mercado não surgiu naturalmente.
2-a economia é moldada pelo direito, que, por sua vez, depende de decisões políticas;
3- as decisões econômicas e os sistemas que se formam são históricos; não existe natural, melhor ou
definitivo;
2.
-argumento: as leis da economia são povoadas de institutos jurídicos; Ex. propriedade privada, autonomia
-tenta dispor como imutável e natural o que foi conquistado em lutas políticas históricas;
-Hayek, a lei da economia como nomos; não surge da vontade de ninguém, mas aplica-se aos casos
3.
-argumento: o mercado não precisaria do direito estatal, pois ele produzir seu próprio direito; trata-se da
-o autor argumenta em oposição: que os institutos são de criação jurídica; sem eles não existe
-o fato é que sempre apelam à força coercitiva do Estado para fazer valer as leis da economia.
4.
politicamente para mudar as regras do jogo em seu favor diante de novas oportunidades;
-estão em disputa: visões de vida, projetos de sociedade, interpretações do passado etc.
-argumento: a economia globalizada se despreendeu das formas nacionais de normatização; não precisa
mais dele; possui lógica própria; ela produz seu próprio direito;
-na verdade, isso só parece aumentar a concorrência entre os Estados no objetivo de oferecer regras mais
-os acordos particulares e a lei do mercado não constituem fontes originárias de direito; eles
-os ordenamentos deixam espaços para a autonomia dos particulares; os estados predeterminam os
5.
“Se a estrutura da economia remete às escolhas normativas, e estas ao êxito da luta política, aqui esta
última revela-se como o originário fundamento, a vontade decisiva e conformadora das duas esferas”.
1.
-são novos valores e princípios que de início corrigem os desvios do sistema tradicional, e, posteriormente
se consolidam;
-surgem como regras excepcionais, da práxis processual, situações particulares que se sobrepõem ao
sistema geral.
-na história do direito, essas formas especiais, representam a tentativa própria de combinar a segurança
“Princípios esses que, depois, se estabilizam e estendem seu alcance, acabando afinal por se fundirem no
sistema geral’.
-o fenômeno se revela inicialmente no âmbito processual, por meio de ações, e jurisdições
2.
-um sistema de direito comercial, com normas coordenadas a partir de princípios comuns, surge
-no século XII, destaca-se o desenvolvimento das corporações; havia a jurisdição corporativa;
-existia o foro especial; magistratura para questões comerciais; ligadas às corporações porém com
3.
-a regulação dos negócios pelo direito comercial nascente tem origem consuetudinária (costumes);
-”Essas normas são interpretadas e, portanto, desenvolvidas na jurisdição mercantil, ou seja, pelos
próprios comerciantes”.
em comandita;
-havia, por outro lado, uma série de manuais práticos que orientavam os mercadores;
-o direito comum romano não chega à Inglaterra, por outro lado, o direito comercial se estabelece naquela
comunas italianas;
-motivo: o direito comercial tinha caráter consuetudinário e casuísta, menos sistematizado, o que o
4.
-períodos do direito comercial: 1- século XII até a segunda metade do século XVI. - desenvolvimento de
-a prática comercial exigia liberdade para moldar o contrato; com isso, menos importância para os
requisitos formais de cada espécie, e mais ênfase na causa do contrato; expansão dos contratos
consensuais;
“Por meio da dação de uma soma de dinheiro contra a promessa, por parte do banqueiro que recebe o
dinheiro, de fazer pagar, por intermédio de um seu correspondente em outro lugar e em moeda diversa,
uma soma de moeda equivalente à primeira, segundo uma taxa de câmbio convencionada, ao
-os lucros através de juros eram proibidos; por isso, se realizavam a partir do câmbio, o que trazia uma
-Santo antonio avança. Entende que o devedor pode lucrar com o mútuo, com a utilização do dinheiro
-atividade comercial requer registros, sistemas de contabilidade; com isso, surgem livros de comércio e
5.
-trata-se de um direito de classe; tendo em vista, quer a sua fonte, aplicação ou jurisdição;
-o grande diferencial na elaboração do direito comercial, foi não se apresentar ou formular como algo
“São regras independentes do invólucro corporativo com o qual se originaram, e tendentes a favorecer um
6.
-a elaboração doutrinária inicial, prende-se às necessidades práticas; pouco trata dos aspectos morais ou
teóricas;
-em elaborações teológicas, algumas distinções sutis entre os contratos e negócios são acentuados; isso
por interesse religioso, porém acaba colaborando com o desenvolvimento do instituto, compreensão com
-as comunas italianas perdem importância com as novas rotas marítimas, a partir da descoberta do
território americano;
-a partir da segunda metade do século XVI temos um segundo período na história do direito comercial;
efetivar;
“A sociedade tem que ser modelada de maneira tal a permitir que o sistema funcione de acordo com as
-transformação histórica operou a passagem de mercados isolados para economia de mercado; mercados
mercado; “Isto refuta o mito do século XIX de que o dinheiro foi uma invenção cujo aparecimento
-os mercados normalmente funcionam fora, não dentro de uma economia; são “locais de encontro para
-comércio território = mercado interno; para sua formação há pouca pressão; não é uma necessidade;
-para a teoria clássica (ordem de desenvolvimento das coisas): 1-propensão do indivíduo à troca; 2-
-para o autor, o início se encontra no comércio de longa distância; baseado na divisão geográfica do
-”a origem do comércio numa esfera externa, não relacionada com a organização interna da economia”.
-esse comércio externo começa como ato unilateral, roubo de bens alheios; depois, se torna bilateral,
graças a intervenção dos chefes de tribo, mas aparecem sob a forma de troca de presentes no princípio da
reciprocidade;
-”originalmente, o comércio exterior sempre esteve mais ligado à aventura, exploração, caça, pirataria e
-o comércio exterior é chamado complementar; acaba abastecendo o mercado com o que ele não produz;
- o comércio interno, por outro lado, é essencialmente competitivo; mercadorias similares, de fontes
diferentes, são oferecidas em competição umas com as outras; somente com ele, a competição se torna
-os polos de reunião do comércio externo, as feiras, portos, empórios, não foram responsáveis pela origem
-nem mesmo os mercados locais foram capazes de produzir o outro tipo de mercado; há sociedades com
de proteção social contra a influência da lógica mercadológica sobre as relações sociais; rituais e
-mesmo nas cidades medievais, a economia não ficava totalmente subordinada aos padrões do mercado;
essas cidades tinham a função de conter o mercado, separando-o do interior; diminuir sua influência;
-”Na Europa Ocidental, o comércio interno foi criado, na verdade, por intervenção do Estado”.
-a ação do Estado se deu nos séculos XV e XVI; o comércio para a ser competitivo, nacional; os
protecionismos, particularismos e outras restrições foram sendo derrubadas; tudo a partir do sistema
mercantil;
-a autoridade social criou uma série de regulamentações para evitar os monopólios, um grande perigo
para as necessidades da sociedade agora envolvida no mercado interno; em muitos casos, cerceando a
competição;
“O remédio encontrado foi a total regulamentação da vida econômica, só que agora em escala nacional e,
1.
-primeira obra doutrinária sobre direito comercial foi editada pelo Visconde de Cairu em 1798
aproximadamente;
2.
-direito comercial surge diante da necessidade de regramento mais célere em comparação com o direito
romano;
-em que casos esse direito de classe poderia ser aplicado a pessoas não vinvuladas às corporações?
-a resposta da teoria estatutária é de que deveria incidir apenas sobre os matriculados nas corporações;
-no século XIV, há uma abrangência; passa a regular todos os que praticam atos próprios da matéria de
comércio;
-período chamado de subjetivo: porque, em regra, o objeto do direito comercial é determinado por
3.
-é o período objetivo; definição do objeto a partir da prática de certos atos (de comércio);
4.
-Brasil; no código comercial de 1850, os que praticam habitualmente a profissão sujeitam-se à jurisdição
comercial;
-tratava-se de sistema misto; aspectos objetivo (disciplina dos atos de comércio) + subjetivo (disciplina dos
comerciantes).
5.
6.
-comércio tem por objetivo satisfazer as necessidades humanas através do transporte e distribuição de
produtos;
-a empresa é a exploração de trabalho alheio, por isso, faz parte dos atos de comércio;
7.
8.
-a autora cita outras definições de direito comercial de autores brasileiros das décadas de 1920 e início de
1930.
9.
1- o direito comercial tem como objeto o ato de comércio, a intermediação, apesar de incluir a empresa em
seu bojo;
produção
10.
-o codice civile - 1942, fascista, deslocou o foco do direito comercial do ato de comércio para a empresa;
11.
-a partir da década de 1950, a doutrina começa a abandonar a noção de intermediação, e colocar no cerne
evidenciada;
-o professor Ruy de Souza traz uma definição de empresa em 1959; para ele era fundamental a passagem
-a sociedade de massas, com seu amplo consumo, representa a necessidade de uma organização
especializada e diferenciada, com uma atividade criadora que não existe na vida civil comum; segundo
12.
-Sylvio Marcondes (1956) aspectos próprios da empresa moderna: 1- distinção entre os possuidores dos
econômicos; 4- busca do maior ganho monetário possível, decorrente da diferença entre o custo de
produção e da venda;
13.
-menções à teoria da empresa no fascismo italiano; basicamente uma exaltação dos empresários como
homens que superam a adversidade; e a empresa tida como parte do interesse público, devendo o Estado
14.
-nos anos 1970, a doutrina ainda considerava estar em fase de transição dos conceitos de comerciante e
-Francisco Campos entendia não ser possível essa transição para a importância da empresa em uma país
subdesenvolvido como o nosso; teriamos apenas atividades individuais, de caráter rudimentar, sem
15.
16.
17.
-temos nessa instituição um espaço de encontro de interesses; harmonizados pela tutela estatal; servir à
-O Estado, muitas vezes, procura apoio nos cartéis; não se interessando pela competição; lógica
colaborativa x competitiva;
18.
interesses nacionais;
-o empresário não é visto como egoísta; na busca de interesses particulares; pelo contrário, é o
protagonista da empresa, que é compreendida a partir dela; ele dirige os fatores de produção
-a empresa teria uma função especialmente política e ética; não apenas especulativa e individualista como
19.
-havia muitos “perigos sociais” a superar; para canalizar os benefícios da atividade empresarial em favor
da sociedade;
20.
-visão fascista de empresa tem origem na Alemanha após a primeira guerra mundial; com o movimento
Hauriou, característica de instituição ou empresa: 1- ideia de que a obra seja realizada em um grupo
social; 2- o poder organizado posto a serviço dessa ideia para sua realização; 3- as manifestações de
-buscavam superar a ideia de que a empresa servia para distribuir lucros para os acionistas; mais
“Nessa prisma, os pequenos acionistas são inimigos da empresa, pois, movidos pelo egoísmo, sacrificam
21.
-a doutrina abranda e desenvolve essas ideias; procura compatibilizar os interesses dos acionistas com o
geral;
-a empresa deve ser administrada estavelmente; há muitos interesses em jogo que merecem tutela;
22.
-para os liberais, a empresa encontra sua utilidade na economicidade, não na prestação de serviços
23.
-no Brasil também procura-se deixar de fazer referências aos fundamentos fascistas; destaca-se a
-por isso, algumas leis brasileiras ainda tem o caráter de privilegiar os interesses da nação sobre os
acionistas;
24.
-os autores defendem que a influência fascista estava mais na forma do que na substância; não podendo
25.
-as atividades de produção e distribuição estão no centro da regulação, não o empresário como no
fascismo;
-a comunidade europeia define a empresa para proibir, por exemplo, acordos entre empresas e decisões
de associações de empresas; pois estes podem implicar prejuízo ao comércio entre os países, à
-o conceito de empresa foi se tornando mais amplo; incluindo profissionais liberais, ordens de
26.
-coube a Fabio Konder Comparato, alertar já em 1970, para a diferença entre a pequena sociedade
-utiliza-se das contribuições de Galbraith; não há mais tanta importância na figura do empresário; há uma
tecnoestrutura”.
27.
Ainda sobre a complementação do conceito de empresa no Brasil. O traçado de sua função social
pela jurisprudência
28.
Semana 3
Perfis da empresa
1. Premissa
- a discussão se inicia em torno do fato de o código civil não ter dado um conceito jurídico de empresa;
-o fenômeno econômico da empresa pode ser enfocado sob diversos ângulos; diante disso, tem-se
-definição: “toda organização de trabalho e de capital tendo como fim a produção de bens ou serviços para
troca”.
-a questão da destinação para troca surge como fundamental; se a estrutura é usada para suprir
acordo com adequadas previsões o modo de atuação da produção e da distribuição de bens; ele corre o
risco técnico e risco econômico da empresa; por isso, recebe os lucros da atividade;
-sendo atividade industrial, comercial, agrícola ou bancária, o autor entende que o empresário emprega
-a empresa no código de 1865, de inspiração napoleônica, era identificado ora como prestação de serviço
-no código comercial, empresa tinha conceito mais relevante, como organização da produção para a troca;
mas não avançou no sentido da profissionalização do empresário, somente era possível como
-legislação infortunística, empresário é aquele que emprega pelo menos 5 operários; mas não importa o
destino da produção.
-diante disso, percebe-se a inovação da legislação corporativa; empresário e empregados como categorias
profissionais; empresa como atividade produtiva voltada para a troca; envolvendo grande, média e
-após o conceito econômico é preciso traduzir para termos jurídicos; função do intérprete;
-apesar do empresário também ser pessoa jurídica, o uso nesse sentido deve ser evitado, segundo o
autor;
6. Noções de empresário
“É empresário quem exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada, tendo por fim a
D- profissionalmente;
Não ocasionalmente;
matéria;
-o autor comenta que essa definição se mantém atual, merecendo com as mudanças adaptação somente
-Na definição de empresa ou empresário, a atividade deve ser constante; repetir-se; negócios ocasionais
-podemos considerar empresa, as sociedades constituídas para um propósito específico, como construir
uma estrada, por exemplo, pois elas desenvolvem uma série de atos concatenados até chegar ao objetivo;
Ato - traz a ideia de exaurimento; completude; atinge a finalidade sem necessidade de outro ato;
Atividade - traz ideia de incompletude; a finalidade só se alcança com o prolongamento de atos no tempo;
empresa;
-importância das distinções: Se, por exemplo, um agente adquiriu mercadorias para revender; o credor
pode requerer a sua falência apenas e tão somente, se ele for considerado comerciante ou empresário;
ora, se ainda não há empresa regularizada, como considerar isso? Se foi a primeira compra não há
Atividade econômica como meio - trata-se da atividade lucrativa praticada por associações ou fundações,
por exemplo; nesse caso, o lucro é revertido para a atividade, não pode ser distribuído para os titulares;
portanto, entende-se, segundo art. 53, C.C., que elas exercem atividade econômica com fins não-
Atividade econômica como finalidade - é própria da empresa, ela distribui o lucro aos titulares (sócios);
-a empresa pública não é considerada empresa para vários institutos do direito comercial; por exemplo,
-o intuito lucrativo do empresário refere-se à atividade como um todo; certos atos podem ser não
lucrativos, e preparatórios para a lucratividade; Ex. vender estoque abaixo do custo para obter capital de
-a produção deve visar/objetivar a circulação de bens ou serviços (mercado); não pode ser para uso
próprio;
-não podem ser consideradas empresas para efeitos jurídicos, as cooperativas, pois tem sentido
mutualístico;
-a atividade deve ser lícita; tráfico de drogas, mesmo sendo profissional, organizada não é empresa;
-a atividade deve ser tomada pelo empresário em seu próprio nome, risco e proveito; correndo o risco pelo
-o fato de atividade ser organizada, não implica que a empresa seja grande ou pequena; ou ainda que
tenha empregados; um empresário individual trabalhando unicamente com robôs pode ser considerado
-o empresário organiza os fatores de produção na busca do lucro: natureza, capital, trabalho e tecnologia;
-está excluído da definição de empresário, aquele que, mesmo com colaboradores, exerce atividade
puramente intelectual, científica, literária ou artística; salvo se o exercício da profissão constituir elemento
de empresa;
-as questões da empresa não recebem tratamento unificado do direito; os vários contratos que regem a
atividade empresarial não estão contemplados por uma teoria geral que lhes dê unidade;
-requisitos: 1. A atividade deve ser efetiva, não apenas potencial (intenção de agir); anunciar o início de
uma empresa não constitui a pessoa como empresário; 2. Aspecto temporal e lucrativo - a atividade se dá
3. Voluntariedade e consciência do comportamento - o sujeito deve ser de criar uma empresa; ela não
pode surgir acidentalmente, ou com uma vontade dirigida para outra finalidade;
regulares de tempo; por exemplo, um hotel que sempre e tão somente abre no final do ano, exerce
Não existe “empresa ocasional” resultante da atividade daquele que vendo circunstância favorável, realiza
um negócio lucrativo;
5. Monopólio das informações (sobre o mercado, risco, produto etc.) o autor não considera como um
elemento da profissionalização no mundo atual, tendo em vista a maior publicidade dos atos, e maior
3.1.5. Atividade destinada à “produção de bens e/ou serviços”. Produção para o mercado. O
-a produção, circulação e consumo de massa, fez surgir a inadequação dos institutos de direito comum
-houve mudança quantitativa (volume e velocidade dos negócios) assim como qualitativa - exigindo maior
Resultado: surgem novos contratos, novos títulos de crédito e novos valores mobiliários, novas técnicas de
negociação;
Ele crítica a concepção naturalística de mercado (fisiocratas) - o mercado como lugar da espontaneidade e
liberdade de atuação dos agentes (mão invisível). Para essa teoria, o Estado não precisa intervir legislativa
ou administrativamente.
Para Irti, o mercado é um lugar artificial, que a lei constrói, governa, orienta e controla. É sempre
Estrutura do mercado- é caracterizada pelo anonimato; não importa, na maioria das vezes, as pessoas
Funções básicas exercidas pelo mercado: 1. É o lugar (em sentido amplo) no qual o empresário exerce
sua atividade; não precisa ser fisicamente determinado; 2. É a estrutura social, econômica e jurídica que
-o mercado é o lugar de conflito e paz; pois os contratos são aceitos pelas partes após intensa disputa de
interesses;
-o mercado como lugar físico é uma ideia superada diante das novas tecnologias;
-segundo Irti, o Direito não disciplina o mercado, mas os mercados de determinados bens e categorias de
bens; com normas cogentes ou dispositivas, com maior ou menor autonomia privada, impondo ônus e
controle etc.
-estabilidade e segurança jurídica são requisitos para o funcionamento do mercado e negócios; caso
-a livre concorrência traz menor preço e maior qualidade, em uma palavra, eficiência;
-o autor destaca o fato de que o novo código civil tentou unificar o direito privado; com o direito comercial e
2. Perfil funcional - empresa como atividade organizada para a produção ou circulação de bens ou de
serviços no mercado;
3. Perfil objetivo - empresa como estabelecimento, a saber, complexo de bens que o empresário dispõe
4. Perfil corporativo ou institucional - empresa como organização de pessoas e bens, tendo em vista um
-empresa é um fenômeno jurídico poliédrico, ou seja, que assume no direito diversos perfis;
-o novo código civil não define empresa stricto sensu; apenas define empresário e estabelecimento; mas
pela conjugação de dois artigos é possível encontrar uma definição para empresa;
-atividade não é mera sequência de atos; para que haja atividade é necessário que os atos sejam
direcionados para determinada finalidade (no caso do empresário: produzir bens ou serviços). Quem
exerce a atividade de empresário, está sujeito ao regime jurídico do empresário (independentemente de
Distinção: regime do ato jurídico (procura proteger o agente) x regime jurídico da atividade (procura
proteger a coletividade).
-são bens corpóreos e incorpóreos. São bens heterogêneos encarados unitariamente pelo Direito;
-o estabelecimento é coisa dinâmica; não pode ser, por exemplo, bens abandonados em depósito;
-estabelecimento é bem coletivo ou universal; porque os bens pertencem a uma pessoa e tem destinação
de riqueza pela produção ou circulação de bens ou serviços 2. Atividade organizada com coordenação dos
fatores de produção; 3. Exercício de modo habitual e sistemático, profissionalmente; com ânimo de lucro;
-não se considera empresário quem exerce profissão intelectual (advogado, médico) de natureza
científica, literária ou artística; ainda que tenha concurso de colaboradores ou auxiliares, salvo se o
-não é empresário, pois o esforço produtivo está na mente do autor, sem interferência exterior de
-elemento de empresa: ex. Um hospital é uma sociedade que exerce atividade empresarial, e a prestação