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Onde ou aonde

Os advérbios onde e aonde existem na língua portuguesa e estão corretos. São


erradamente utilizados como sinônimos na linguagem coloquial. Apesar de terem
significados parecidos e indicarem um lugar, devem ser usados em situações
diferentes.
A diferença entre aonde e onde está relacionada com indicação ou não de movimento.
Onde não indica movimento. Indica o lugar em que alguém ou alguma coisa está, o
lugar em que está acontecendo alguma coisa.

 Onde você está? \ Onde você mora? \ Está onde? \ Onde fica?\ Vamos ficar
onde?
Aonde indica movimento. Refere-se ao lugar para onde alguém ou alguma coisa
vai. Aonde você vai? \ Aonde ele foi? \ Aonde eles foram? \ Aonde nós iremos? \
Aonde você quer que eu vá?

Quando usar onde?


Onde indica permanência, não sugerindo movimento. Deverá acompanhar verbos que
também indiquem permanência, como estar, ficar, encontrar-se, morar, ser,…
O advérbio onde pode ser substituído pelas expressões: em que lugar; \ em qual lugar;
\ em que parte; \ no lugar em que;

Exemplos com onde: Onde ele mora? \ Onde está o vestido que te dei? \ Você sabe
onde fica essa loja? \ A chave está onde você a deixou.

Quando usar aonde?


Aonde indica movimento, sugerindo a ideia de um destino. Deverá acompanhar verbos
que também indiquem movimentação, como ir, voltar, chegar, dirigir,..
O advérbio aonde pode ser substituído pelas expressões:para onde; \ para que lugar; \
a que lugar.

Exemplos com aonde:Aonde ele foi? \ Aonde você vai usando essa roupa? \ Você
sabe aonde eles foram ontem depois do jantar? \ Ainda não sei aonde iremos.\ Aonde
quer que eu vá, sentirei sua falta!

Por que
1. Interrogativas Diretas:

Por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em Mariana, Minas
Gerais?A forma “por que” é utilizada no início da frase para introduzir uma pergunta,
feita de maneira direta. Note que a palavra “razão” fica subentendida logo após essa
forma interrogativa.

Por que [razão] houve o rompimento das barragens...Mas, atenção: A forma “Por que”
pode ser colocada, também, no meio da frase, mesmo em perguntas diretas:

Matheus não explicou por que não compareceu à aula hoje?

2. Pergunta Indireta:

Ainda não se sabe por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em
Mariana. \ Não sabemos por que Matheus não compareceu à aula hoje.
Observe que o questionamento foi feito de modo indireto, sinalizado pela ausência do
sinal de interrogação.

3. Por que = pelo qual (e variações)

Pode soar um pouco estranho, uma vez que os falantes da língua não a utilizam ou não
o fazem de modo recorrente. No entanto, a forma “por que” pode ser empregada, se
houver preferência por parte do usuário, em substituição à expressão “pelo qual” e suas
variações: Os bairros por que (pelos quais) passamos estavam bastante movimentados.
\ A razão por que (pela qual) aceitei o convite não lhe interessa.

Porque
1. Em afirmações: O desmatamento daquela área cresce vertiginosamente porque não
há fiscalizações efetivas.

Nesse caso, “porque” é colocado no interior da frase, com o objetivo de estabelecer o


elo entre o problema (desmatamento vertiginoso) e a sua causa (inexistência de
fiscalizações efetivas). A forma “porque” apresenta o sentido equivalente ao da palavra
“pois”, introduzindo a ideia de causa.

2. Em respostas: Cheguei atrasada ao trabalho porque (pois) houve um acidente, que


interditou a estrada por três horas.Ao ser perguntada: “Por que se atrasou?”, respondo
por meio da utilização da forma “porque”.

Por quê
Emprega-se “por quê” ao final de frases interrogativas. Nesse contexto, a referida forma
é cercada por um sinal de pontuação (ponto de interrogação ou final):

1. Em interrogativa direta:Durante a reunião com o chefe, eles demonstraram


preocupação por quê?

2. Em interrogativa indireta:Naquele dia, ela não estava se sentindo bem e eu não


sei por quê.

Para comparar: As duas formas “Por que” e “Por quê” são utilizadas em interrogativas,
realizadas direta ou indiretamente. A diferença reside no fato de que a forma com o
acento circunflexo, somente é empregada ao final de frases e, por isso mesmo,
acompanhada por um sinal de pontuação.

Porquê
A grafia “Porquê” funciona como substantivo, uma vez que é precedida pelo artigo
definido “o”, e tem o seu significado equivalente ao da palavra “motivo”:Todos sabem
o porquê (motivo) de sua revolta.

Nota explicativa: qualquer palavra precedida de um artigo definido (o, a, os, as) ou
indefinido (um, uma, uns, umas) passa a funcionar como um substantivo, num processo
gramatical denominado “substantivação”. Veja um exemplo:O alvorecer foi contemplado
por todos os hóspedes daquela pousada.
(artigo “o” + verbo “alvorecer” = substantivo).
Uso da Vírgula

A vírgula é um sinal de pontuação que serve para separar os elementos de um frase


ou para indicar uma pausa. A seguir explicaremos as regras de utilização da vírgula e
quando ela não deve ser usada.

Regras do uso da vírgula

Separação de palavras de mesma função sintática


Palavras de mesma função sintática são separadas por vírgula se não vierem unidos
por e, oue nem. Estas palavras podem ser sujeito, predicado, adjunto adverbial e
adnominal, substantivo, vocativo, aposto, etc. Exemplo:
Comprei livros, revistas, jornais, discos e brinquedos.

Isolamento do aposto
Palavra que explica ou especifica outro termo na oração, o aposto é sempre separado
por vírgula. Exemplo: O resto, os cds, nós colocamos no armário.

Isolamento do vocativo
Palavra usada para nomear a pessoa ou objeto ao qual nos dirigimos, o vocativo
também sempre será separado por vírgula. Exemplo:Ela não te chamou, Mariana.

Isolamento do adjunto adverbial


Adjunto adverbial vem para modificar o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio.
Será sempre separado pela vírgula. Exemplo:Ontem de manhã, ela me ligou.

Isolamento de palavras explicativas ou retificativasTermos como isto é, ou melhor, ou


seja, por exemplo, a saber e sem dúvida serão sempre separados por vírgula.
Exemplo: Aquele papel, isto é, aquele documento, ficou em cima da mesa.

Nesse exemplo temos uma construção diferente: isto é é o termo explicativo, mas
temos uma outra separação para aquele documento, aposto de aquele papel.

Isolamento do nome de um lugar que vem antes de data


Campinas, 27 de julho de 2012.

Separação de orações coordenadas


Seja nas coordenadas sindéticas ou nas assindéticas, sempre utilizaremos vírgulas
para separação de orações coordenadas se elas não estiverem ligadas pela
conjunção e. Exemplo:Pegou o caderno, abriu-o, fez várias anotações.
Se a conjunção e aparecer, a vírgula só será utilizada quando os sujeitos forem
diferentes ou quando a conjunção se repetir. Mesmo assim a vírgula é opcional.
Exemplos: Ela não queria ir ao médico e chorava, e gritava, e esperneava. \
Ela não queria ir ao médico e chorava e gritava e esperneava.

Separação de orações subordinadas


A vírgula será empregada para separar orações subordinadas de orações principais,
no entanto, somente alguns tipos de orações subordinadas terão vírgula, como as
substantivas apositivas, as adjetivas explicativas e as adverbiais.

Oração subordinada substantiva apostiva


São separadas da oração principal não só por vírgulas, mas também por dois pontos.
Exemplo: Seu grande sonho, de viajar pra fora do país, estava distante.

Oração subordinada adjetiva explicativa


Eu desejo conhecer Paris, que é uma cidade com muitos atrativos.

Oração subordinada adverbial


A vírgula nesta oração é obrigatória se essas orações estiverem intercaladas ou
antepostas à oração principal. A única exceção é a adverbial consecutiva. Exemplos:

Como os economistas previram, o dólar subiu.


Se vier após a oração principal, a vírgula é opcional. Ouvia muitas histórias quando
era menino.\ Ouvia muitas histórias, quando era menino.

Não devemos usar a vírgula


Em alguns casos a vírgula é proibida, pois não pode haver a separação que ela
propõe.

Sujeito e verbo
Não podemos usar a vírgula para separar o sujetio e o verbo. Exemplo: Alunos de
várias salas participarão do campeonato.

Verbos e seus complementos


Quando estão juntos, não há separação. Exemplo: Comunicamos aos alunos a
decisão do diretor.
Oração subordinada adverbial consecutiva
Orações que trazem consequência não serão separadas por vírgula, mesmo fazendo
parte do grupo das subordinadas adverbiais. Exemplo: A chuva estava tão forte que
inundou a rua.

Orações subordinadas substantivas


Com exceção das substantivas adverbiais, adjetivas explicativas e substantiva
apositiva, todas as outras orações subordinadas não levam vírgula.

Orações subordinadas adjetivas restritivas


Não levam vírgula, uma vez que este tipo de oração restringe o significado do termo
ao qual se refere, impossibilitando a separação de orações. Exemplo: Os jornais que
encontrei no porão são velhos.

Neste caso, a restrição é feita somente aos jornais encontrados no porão: somente
estes são velhos.

Quando não usar crase?

Não ocorre crase:

Antes de substantivos masculinos: Gosto de andar a pé. \ Este passeio será


feito a cavalo. \ Será estipulado um tipo de pagamento a prazo. \
Escreve a lápis, assim podemos apagar o que for preciso.

Antes de verbos: Não sei se ela chegou a falar sobre esse assunto. \ Meu filho
está aprendendo a cantar essa música na escola. \ O arquiteto está
começando a renovar essa casa. \ Meu irmão se dispôs a ajudar no que fosse
necessário.

Antes da maior parte dos pronomes: Desejamos a todos um bom fim de


semana. \ Você já pediu ajuda a alguém? \ Dei todos os meus carrinhos a ele. \
Refiro-me a quem nunca esteve presente nas reuniões.

Nota: Antes de alguns pronomes pode ocorrer crase. Não entregamos o


trabalho à mesma professora. \ Eu pedi a fatura à própria gerente do
estabelecimento. \ Solicitei à senhora que não fizesse mais reclamações. \ Esta
é a reportagem à qual me referi.

Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam


femininas: \ Estamos estudando as expressões mais usadas pelos falantes no
dia a dia. \ Gota a gota, minha paciência foi enchendo!\ Preciso conversar com
você face a face. \ Por favor, permaneçam lado a lado.
Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a: Este artigo
se refere a pessoas que estão desempregadas. \ A polêmica foi
relativa a mulheres defensoras da emancipação feminina. \ As bolsas de
estudo foram concedidas a alunas estrangeiras.

Nota: Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo


definido as, ocorre crase, dada a contração desse artigo com a preposição a: a + as =
às. Este artigo se refere às pessoas que estão desempregadas.\ A polêmica foi
relativa às mulheres defensoras da emancipação feminina. \ As bolsas de
estudo foram concedidas às alunas estrangeiras.

Antes de um numeral (exceto horas, conforme acima mencionado): \ O número


de concorrentes chegou a quinhentos e vinte e sete. \ O hotel fica a dois
quilômetros daqui.\ O motorista conduzia a 180 km/h.

Quando usar crase?

Ocorre crase:

Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos


que pedem a preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a,
indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a,… \ Aquele
aluno nunca está atento à aula. \ Suas atitudes são idênticas às de sua irmã. \
Não consigo ser indiferente à falta de respeito dessa menina! \ É importante
obedecer às regras de funcionamento da escola.\As testemunhas
assistiram à cena impávidas e serenas.

Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções


conjuntivas: à noite, à direita, à toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à
vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à frente de, à custa de, à semelhança
de, à medida que, à proporção que,… Ligo-te hoje à noite. \ Ele está
completamente à parte do grupo. \ A funcionária apenas conseguiu a
promoção à custa de muito esforço. \ Meu filho mais velho está
completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.

Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma
palavra feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda
de e à maneira de. \ Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves) \
Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)

Antes da indicação exata e determinada de horas: \ Meu filho acorda todos os


dias às seis da manhã. \ Chegaremos a Brasília às 22h. \ A missa
começará à meia-noite.

Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase. \ Estou
esperando você desde as seis horas\ Marcaram o almoço para as duas horas
da tarde.
Em diversas expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de
transmissão de clareza na leitura:Vou lavar a mão na pia.\ Vou lavar à mão a
roupa delicada. \ Ele pôs a venda nos olhos. \ Ele pôs à venda o carro.\ Ela
trancou a chave na gaveta \ Ela trancou à chave a porta. \ Estudei a distância.\
Estudei à distância.

Quando a crase é facultativa?

O uso acento grave indicativo de crase é facultativo:

Antes de pronomes possessivos: Na festa de Natal, fizeram referência a minha


falecida mãe.\ Na festa de Natal, fizeram referência à minha falecida mãe.

Antes de nomes próprios femininos:Enviei cartas a Heloísa.\ Enviei


cartas à Heloísa.

Nota: Não ocorre crase em contexto formal e na nomeação de personalidades ilustres


porque nestes casos, segundo a norma culta, não se usa artigo definido.Em seu
discurso sobre poesia, fez referência a Cecília Meireles.\ A cerimônia foi em
homenagem a Clarice Lispector.

Antes da preposição até antecedendo substantivos femininos: Não


desistiremos, iremos até as últimas consequências. \ Não desistiremos, iremos
até às últimas consequências.

Casos específicos para o uso da crase

Em algumas situações, o uso da crase fica sujeito a verificação:

Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de


localidades que admitam a anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a.
Uma forma fácil de verificar se há anteposição do artigo a é substituir a preposição a
pelas preposições de ou em.

Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à


Contração da preposição de com artigo definido feminino a: de + a = da
Contração da preposição em com artigo definido feminino a: em + a = na

Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá


contração com a preposição a, ficando à:Vim da Bahia. \ Estou na Bahia. \
Vou à Bahia no próximo mês.

Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em,


também não haverá contração com a preposição a, permanecendo a:
Vim de Brasília. \ Estou em Brasília. Vou a Brasília no próximo mês.
Nota: Se houver adjunto adnominal que determine a cidade, ocorre
crase.Cheguei à Brasília dos políticos corruptos. \ Regressei à Curitiba de
minha infância.

Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de
localidade, se esta estiver determinada. Com o sentido de chão, estando
indeterminado, não ocorre crase.Fui à terra onde meu pai nasceu. (localidade
identificada) \ O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida.
(Planeta Terra) \ Os marinheiros chegaram a terra de madrugada. (chão
indeterminado)

Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está
determinada com um adjunto adnominal. Sem a determinação de um adjunto
adnominal não há crase. \ Regresso a casa sempre que posso. (Sem adjunto
adnominal) \ Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto
adnominal)

Coesão Textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam
a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua
organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.
Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora.
A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo,
são qualificadas como endofóricas.
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a
ligação e a harmonia textual.
Algumas Regras
Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:
Referência
 Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João e Maria
casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica)
 Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz
todas as tarefas, com exceção desta: arquivar a correspondência. (Referência
demonstrativa catafórica)
 Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças. Exemplo: Mais
um dia igual aos outros… (Referência comparativa endofórica)
Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as
repetições.
Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.
Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa
especialmente no fato de que a substituição acrescenta uma informação nova ao
texto.
No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal
referencia as pessoas João e Maria, não acrescentando informação adicional ao texto.
Elipse
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido
através da elipse.
Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está
sendo oferecido são ingressos para o concerto.)
Conjunção
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.
Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe. (adversativa)
Coesão Lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado
ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos,
nomes genéricos, entre outros.
Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A
instituiçãoestá literalmente caindo aos pedaços.
Coerência Textual
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua
argumentação - resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da
mensagem.
Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é
um texto incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e
a eficácia da leitura.
Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso
de tempos verbais e da emissão de ideias contrárias.
Exemplos:
 O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora. (processo verbal acabado
e inacabado)
 Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os vegetarianos são assim
classificados pelo fato de se alimentar apenas de vegetais)
Fatores de Coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista
a sua abrangência. Vejamos alguns:
Conhecimento de Mundo
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados
na nossa memória.
São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina
alimentar: café da amanhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal
como jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta).
Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval!
Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é incoerente. Isso porque
“peru, panetone, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à celebração
do Natal e não à festa de carnaval.
Inferências
Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do
pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento.
Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são indianos. (ou
seja, em princípio, esses convidados não comem carne de vaca)
Fatores de contextualização
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza,
como os títulos de uma notícia ou a data de uma mensagem.
Exemplo:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.
Informatividade
Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele
será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com
certeza desvaloriza o texto.
Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.
Princípios Básicos
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios
para se obter um texto coerente:
 Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias
 Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes
 Princípio da Relevância - ideias que se relacionam
Leia também os artigos: Produção de Textos e Redação.
Diferença entre Coesão e Coerência
Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto coeso pode ser
incoerente. Ambas têm em comum o fato de estarem relacionadas com as regras
essenciais para uma boa produção textual.
A coesão textual tem como foco a articulação interna, ou seja, as questões
gramaticais. Já a coerência textual trata da articulação externa e mais profunda da
mensagem.
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) - Uso do Hífen
Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande queixa entre
os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita tem gerado em torno do
seguinte questionamento: “por que mudar uma coisa que a gente demorou um tempão
para aprender?” Bom, para quem já dominava a antiga ortografia, realmente essa
mudança foi uma chateação. Quem saiu se beneficiando foram os que estão
começando agora a adquirir o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental
I.

Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo Acordo


comparando “o antes e o depois”, feito revista de propaganda de cosméticos. O ideal
é que as mudanças sejam compreendidas e gravadas na memória: para isso, é preciso
colocá-las em prática.

Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?

Regra Geral
A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em
"Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:

 pré-história
 anti-higiênico
 sub-hepático
 super-homem

Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.

Anti-inflamatório neoliberalismo

Supra-auricular extraoficial

Arqui-inimigo semicírculo

sub-bibliotecário superintendente

Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:

suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)

minissaia antisséptico

contrarregra megassaia
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.

 Sub-reino
 ab-rogar
 sob-roda

ATENÇÃO!

Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais,
SEPARA.

super-requintado super-realista

inter-resistente

CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN


Depois dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“:
Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , Vizo-rei

Depois de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO.

pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore

pró-africano, pró-europeu, pós-graduação

Depois de "pan-", "circum-", quando juntos de vogais.

Pan-americano, circum-escola

OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”.

NOTA: Veja como fica estranha a pronúncia se não usarmos o hífen:

Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola.

ATENÇÃO!

Não se usa o hífen após os prefixos “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)

Coordenar reedição preestabelecer

Coordenação refazer preexistir

Coordenador reescrever prever

Coobrigar relembrar

Cooperação reutilização

Cooperativa reelaborar
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo menos uma
palavra de cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra, compare-a à palavra que
você já sabe e escreva-a duas vezes: numa você usa o hífen, na outra não. Qual a
certa? Confie na sua memória! Uma delas vai te parecer mais familiar.

REGRA GERAL (Resumindo)


Letras iguais, separa com hífen(-).

Letras diferentes, junta.

O “H” não tem personalidade. Separa (-).

O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se juntam com
consoantes.

As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para


tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de
quem os utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As
figuras de linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo,
exploram o sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e
até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura
gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de
linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de
construção e figuras de palavras ou semânticas.

Para dominarmos o uso das figuras de linguagem de maneira correta, estudaremos, de


modo sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.

Denotação

Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal,


referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária.

Já é a quinta vez que perco as chaves do meu armário

Aquela sobremesa estava muito azeda, não gostei.

ConotaçãoOcorre a conotação quando a palavra é empregada em sentido figurado,


associativo, possibilitando várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a
propriedade de atribuir às palavras significados diferentes de seu sentido original.

A chave da questão é você ser feliz independente do momento

Margarida é uma mulher azeda, está sempre de péssimo humor.

Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos
quais encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia
que o emissor quis transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em
atribuir novos significados ao sentido denotativo da palavra.

Figuras de som ou sonoras


As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da
linguagem para reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração,
assonância, paronomásia e onomatopeia.

Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.


“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de
dentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)

Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.


“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando
Pessoa)

Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de


significados distintos. “Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e
das maçãs”. (Almir Sater e Renato Teixeira)

Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma
figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los. Chega de blá-blá-blá-blá!

É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras.
Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e
onomatopeia.

Figuras de construção ou sintaxe


As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na
construção normal do período. Elas ocorrem na concordância, na ordem e na
construção dos termos da oração. São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo,
assíndeto, polissíndeto, anacoluto, hipérbato, hipálage, anáfora e silepse.

Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto. Na sala,


apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)

Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste
na elipse de um termo que antes fora mencionado. Nem ele entende a nós, nem nós a
ele. (omissão do termo entendemos)

Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem. “E rir meu riso
e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)

Assíndeto: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados “Todo coberto


de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles) Acordei, levantei, comi, saí,
trabalhei, voltei.

Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou


elementos do período. “...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)

Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque
se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra. “Eu, que me
chamava de amor e minha esperança de amor.”

“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo
Castelo Branco)
Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a
frase, não cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.

Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das


orações no período. Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.

São como cristais suas lágrimas \ Batia acelerado meu coração.\ Na ordem direta, as
frases dos exemplos expostos seriam \ Suas lágrimas são como cristais \ Meu coração
batia acelerado.

Hipálage: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a
outra da mesma frase: Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)

Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações,


períodos ou versos. “Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)

Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que
está implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:

De gênero: Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa


representada pelo pronome)

De número: Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural,


gritavam concorda com “gente”)

De pessoa: Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p.


do plural) somos, 1º p. do plural “concorda” com “somos”)

Figuras de palavras ou semânticas


Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja,
num sentido conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese,
metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação, hipérbole,
prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia. Conotação: Significado e
exemplos de frases.

Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre


dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal
qual, assim como, que nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e
a metáfora é a presença dos nexos comparativos. “E flutuou no ar como se fosse um
príncipe.” (Chico Buarque)

Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com


base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na
metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito,
toma-se outro por empréstimo. Ele comprou dois dentes de alho para colocar na
comida.

O pé da mesa estava quebrado \ Não sente no braço do sofá.


Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja,
uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido.
Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum
relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega: A causa pelo efeito: vivo do
meu trabalho (do produto do trabalho = alimento) \ O efeito pela causa: aquele poeta
bebeu a morte (= veneno) \ O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no
pátio = repórteres).

Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato
que a tornou notória. A cidade eterna (em vez de Roma)

Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes


órgãos sensoriais. Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e
sensação tátil)

Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

Os jardins têm vida e morte.

Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante. Ele


sempre faltava com a verdade (= mentia)

Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia. Porque
gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.

Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. Estou morrendo de
sede! \ Não vejo você há séculos!

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados


características próprias dos seres humanos. O jardim olhava as crianças
sem dizer nada.

Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se


mutuamente, mas, no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Estou cego, mas agora consigo ver.

Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas
características ou atributos. O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)

Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.“Senhor Deus


dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)

Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa. Que
pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.

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