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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ANA PAULA TOMAZ DELFINO

NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAL/DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Práticas Pedagógicas para Docentes com alunos portadores de TDAH
no Processo Ensino-Aprendizagem

Boa Vista
2018
ANA PAULA TOMAZ DELFINO

NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAL/DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Práticas Pedagógicas para Docentes com alunos portadores de TDAH no
Processo Ensino-Aprendizagem

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito
parcial para a obtenção do título de Licenciatura
em Pedagogia

Orientador: Prof. Okçana Battini e Natalia Gomes


dos Santos

Boa Vista
2018
DELFINO, Ana Paula Tomaz Delfino. NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAL/DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: Práticas Pedagógicas para Docentes
com Alunos portadores de TDAH no Processo Ensino-aprendizagem. 2018. Número total de
folhas. Projeto de Ensino Graduação em Pedagogia – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia.
Universidade Norte do Paraná, UNOPAR- Polo Boa Vista, 2018.

RESUMO

Este Projeto de Ensino começou a ser pensado a partir das poucas informações encontradas sobre
TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, voltadas para perspectiva
educacional. Este trabalho surgiu da necessidade de aprofundar os conhecimentos que
auxiliassem o docente quanto a seu trabalho diário dentro da sala de aula com alunos que
apresentam este transtorno. Necessidades Educacionais Especial /Dificuldades de
Aprendizagem: Práticas Pedagógicas para Docentes com Alunos portadores de TDAH no
Processo Ensino-aprendizagem, são assuntos abordados nesse projeto, que inicia-se conhecendo
as NEE e o TDHA , as explicações mais comuns para o mesmo na sociedade atual. Trazendo
sugestões de possíveis estratégias metodológicas para um docente dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental I que poderão ser utilizadas dentro do processo ensino-aprendizagem com um
aluno que apresenta este transtorno, ultrapassando os estigmas que muitos deles carregam
consigo. Por fim, evidenciando que os alunos portadores de TDAH também tem direito a uma
educação de qualidade que ajude a crescer como indivíduo e que o professor deve ter
compromisso e consciência de que cada ser é único, e o docente pode ser um trampolim para que
tais alunos ganhem impulso para saltar na realização acadêmica.
Este projeto de ensino respalda-se em vários autores que ao longo dos anos tem pesquisado e se
dedicado a essa causa, como por exemplo; BENZIK,2000; GOLDSTEIN,1998; LEAL E
NOGUEIRA, 2011; FACION,2007; FERNANDES,2011; entre outros.

Palavras-chave: 1.Necessidades Educativas Especial, 2.TDAH, 3.Docente, 4.Práticas


Pedagógicas.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA .................................................................................... 7
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO ................... 18
3.1 Tema e Linha de Pesquisa .................................................................................. 20
3.2 Justificativa .......................................................................................................... 20
3.3 Problematização .................................................................................................. 21
3.4 Objetivos ............................................................................................................. 21
3.5 Conteúdos ........................................................................................................... 21
3.6 Processo de Desenvolvimento ............................................................................ 21
3.7 Tempo para Realização do Projeto ..................................................................... 33
3.8 Recursos Humanos e Materiais .......................................................................... 33
3.9 Avaliação ............................................................................................................. 34
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 36
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 38
ANEXOS ................................................................................................................... 40
PEDAGOGIA

INTRODUÇÃO

O presente Projeto de Ensino, direcionado a Docência dos Anos Iniciais do Ensino


Fundamental I, visa trazer contribuições reflexivas á compreensão da Educação Especial para
as Necessidades Educacionais Especial e Dificuldade de Aprendizagem. Uma vez que a
legislação Brasileira, considera como “público” da Educação Especial aqueles alunos com
deficiências física, visual, auditiva, mental, múltiplas, transtornos globais de desenvolvimento
(autismo) e altas habilidades/superdotação, para priorização de atendimento de benefícios de
prestação continuada.
Sendo assim os alunos com dislexia, TDAH, transtornos motores, entre outros são
considerados como aqueles que apresentam de certa forma algumas Necessidades Educacionais
Especial, mas não são “público” prioritário á Educação Especial.
É difícil para Docentes no dia-a-dia das escolas brasileiras, lidar em sala de aula comum
com alunos que apresentam Necessidades Educacionais Especial ou alguma Dificuldade de
Aprendizagem com aluno portadores TDAH, dislexia, discalculia, disgrafia e muitos outros
transtornos, quando estes professores precisam atender, muitas das vezes sem capacitação,
informação, recursos adequados em salas de aulas comum, que por sua vez comportam de 25 a
35 alunos.
Pretende-se aqui apresentar a proposta de trabalho voltado para esses alunos, que estão
dentro de uma sala de aula comum, mas tem suas NEE, seus transtornos, e de uma forma mais
especifica e abrangente ao aluno com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade –
TDAH.
O TDAH é ainda um dos grandes desafios na atual conjuntura da Educação, visto que
atrai a atenção e os olhares aos que fazem parte do processo de escolarização e interação social,
que muitas vezes rotulam a criança como indisciplinada e em muitos casos como pouco
inteligente.
Explorar esse tema é uma necessidade, pois certamente será muito comum, encontrar
alunos com esse transtorno, e os professores bem como a escola devem estar preparados para
lidar com tais peculiaridades.
Evidenciar a importância do papel do professor no processo de ensino –aprendizagem da
crianças com TDAH, tanto no seu desenvolvimento afetivo como no cognitivo e motor, através
de práticas pedagógicas capazes de atrair a atenção e estimular o desenvolvimento de
habilidades é primordial para promover uma aprendizagem significativa. Para alcançar os
objetivos, ou seja a formação desses alunos, são necessários o conhecimento e capacitação do

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PEDAGOGIA

professor em relação as dificuldades de aprendizagem.


Nesse sentido, o aprofundamento quanto ao tema é o primeiro passo para entender o
mundo da criança com TDAH.
Apresenta-se um breve histórico sobre o TDAH, no intuito de propor ao docente novas
metodologias e práticas pedagógicas capazes de proporcionar o desenvolvimento das
habilidades e competências desses alunos, necessárias ao processo de ensino-aprendizagem.
Aprender a trabalhar com os alunos portadores de TDAH, é um desafio para os docentes
e para a escola de um modo geral, que necessitam criar meios para aprender a trabalhar nessa
perspectiva.
Buscar esses meios levará muitos docentes a diversificarem suas aulas no intuito de
melhor atender a essa população. A grande maioria desses alunos podem apresentar bom
rendimento, tudo vai depender da forma como é atendido em sala do ensino comum. Esta é a
proposta á apresentar.

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PEDAGOGIA

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Esta pesquisa traz maior conhecimento para um Projeto de Ensino, voltado à docência
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental com alunos diagnosticados com Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade, o TDAH.
Trabalhar com tais alunos exige maior competência, espontaneidade e interesses dos
profissionais. Por outro lada, a ideia de que a educação deve centra-se no atendimento das
necessidades dos alunos tem sido abordada de maneira crescente por autores em diversos
contextos. Entende-se que essa pesquisa bibliográfica seja importante para proporcionar uma
educação significativa, numa visão ampla do cotidiano escolar que vivencia-se no momento.

2.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL

A Educação Especial é considerada pela Constituição Brasileira parte inseparável do


direito a Educação. No Brasil, a Constituição Federal estabelece no artigo 208 III, que “É dever
do Estado garantir atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino”. Essa determinação é ratificada por leis
posteriores, como Estatuto da Criança e do Adolescente (em seu artigo 54 III de 1990) que
também afirma que é dever do Estado assegurar a criança e ao adolescente atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência; na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Art.58,de 1996) ; e no Decreto-Lei n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
Mas o que se entende por Educação Especial na atualidade? Uma Educação voltada para
alguns alunos ou um modo diferente de fazer educação?
Para tentar dar respostas a essas perguntas precisamos de uma breve leitura de
fragmentos do texto relativo á educação nas ultimas Leis e Diretrizes e Bases da Educação
Nacional –LDBEN, de forma a refletir sobres seus decretos.
Lei n°4.024, de 20 de dezembro de 1961.
TITULO X
Da Educação de Excepcionais
Art. 88. A educação de excepcionais deve, no que for possível enquadrar no sistema
geral da educação, a fim de integra-los na comunidade.
Lei n° 5.692,de 11 de agosto de 1971
CAPITULO I
Art. 9° Os alunos que apresentem deficiência físicas ou mentais, os que se encontrem
em atraso considerável quanto á idade regular da matricula e os superdotados deverão
receber tratamento especial, de acordo com normas fixas pelos componentes

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PEDAGOGIA

Conselhos de Educação.
Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996
CAPITULO V
Art. 58 Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade na
rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§ 1° Haverá, quando necessário serviços de apoio especializado, na escola regular,
para atender as peculiaridades da clientela da Educação Especial.
§ 2° O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições especificas dos alunos, não for
possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3° A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa
etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Desta forma, as Diretrizes asseguram o atendimento especializado nos contextos de


ensino, conforme apontam os parágrafos dos artigos dessas leis citadas.
Sendo assim pode-se observar um esquema evolutivo das leis educacionais e a situação
de alunos com deficiências.

1961 1971 1996


Excepcionais Deficiências físicas ou Portadores de
mentais e superdotados necessidades especiais
Sistema geral de educação, no Tratamento especial Preferencialmente na rede
que for possível regular de ensino

De acordo com FERNANDES,2011, a LDBEN de 1996. Sintetiza os princípios


filosóficos emanados nos principais documentos inspiradores da educação especial, em nível
mundial, sobretudo o previsto na Declaração de Salamanca (Brasil ,1994-inclusão). A mudança
de enfoque na atenção á deficiência é radical, se considerarmos que na sua origem, no século
XIX, o atendimento voltava-se aos “inválidos”, tratados indistintamente – em instituições e
asilos, motivados pela caridade. O percurso histórico da educação especial, desde então,
denuncia as metamorfoses ocorridas nas concepções e práticas, focadas nas limitações
orgânicas e funcionais dos alunos com deficiências, mediante a organização de serviços
especializados de reabilitação para que, preparados, pudessem buscar um lugar na escola
regular.
Assim sendo, questiona-se, O que é Educação Especial? A que grupo de alunos se destina

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PEDAGOGIA

no contexto atual? Quais os espaços apontados para oferta da Educação Especial


Observa-se então:

Legislação O quê? Para quem? Onde?

Constituição Federal de Atendimento Portadores de Deficiência Preferencialmente na rede


1988 Educacional regular de ensino
Especializado

ECA Capitulo IV-Lei n° Atendimento Portadores de Deficiência Preferencialmente na rede


8.069/1990 Educacional regular de ensino
Especializado

Lei de Diretrizes e Base Educação Especial Educandos portadores de Preferencialmente na rede


da Educação Nacional necessidades especiais regular de ensino, classes
n° 9.394/1996 especiais ou escolas
especiais
Diretrizes da Educação Educação Especial Educandos portadores de Classes comuns, classes
Especial na Educação necessidades especiais especiais ou escolas
Básica- Res. CNE especiais
2/2001

Plano Nacional de Educação Especial Pessoas com necessidades Classes comuns, classes
Educação – PNE, Lei n° especiais especiais ou escolas
10.172/2001 especiais

Politica Nacional de Atendimento Alunos com deficiência, Escolas de rede publica,


Educação Especial na Educacional transtornos globais de centros de atendimento
Perspectiva da Especializado desenvolvimento, e altas educacional especializado
Educação Inclusica – habilidades/superdotação públicos ou conveniados
Res. CNE 4/2009

Fonte: adaptado de Ferreira,2006 a,p 94-97

Para Ferreira (2006), o fato de a responsabilidade dos serviços para alunos com
deficiência/necessidades e especiais estar atrelada á educação especial, reforça o paradigma
dominante deficiência-educação especial, ainda que se faça menção á escola regular.
Assim observa-se também que segundo leis, diretrizes e decretos esses direito se
reservam então aos alunos com deficiência física, visual, auditiva, mental, múltipla, transtornos
globais de desenvolvimento (autismo) e altas habilidades/superdotação.
Neste sentido, onde ficaria ou onde se encaixaria os alunos que não são contemplados
por essas Leis/direitos? O que se reserva aos alunos com Dislexia, Discalculia, Disgrafia,
TDAH? Há uma população representativa com essas dificuldades de aprendizagem citadas, que
não são público alvo para a Educação Especial, porém estão nas salas de aula regular comum.
Pode-se dizer então que os alunos com Dificuldades de Aprendizagem também não são
comtemplados pela legislação?

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PEDAGOGIA

2.2 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Definir o conceito de Dificuldade de Aprendizagem, ou como alguns denomina;


Distúrbio, Transtorno de Aprendizagem ou ainda Fracasso Escolar. Há diferenças entre essas
expressões ou são sinônimas? Algumas definições;
Documento elaborado segundo Grupo de Trabalho nomeado pela portaria n° 555/2007,
prorrogada pela Portaria n° 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de
2008, tendo por título Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, a
terminologia adotada dever ser Transtorno Funcionais Específicos. (Brasil,2008).
Segundo esse documento:
Considera-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo,
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas
barreira podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na
sociedade. (...) Dentre os Transtornos Funcionais Específicos estão: dislexia,
disortografia, disgrafia, discaulculia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade,
entre outros. As definições do publico alvo devem ser contextualizadas e não se
esgotam na mera categorização e especificações atribuídas a um quadro de
deficiência, transtornos, distúrbios e aptidões. Considera-se que as pessoas se
modificam continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse
dinamismo exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão,
enfatizando a importância do ambiente heterogêneos, que promovam a aprendizagem
de todos os alunos. (Brasil, 2008, p.15).
Em concordância com essas ideias, os autores Nunes e Silveira também fazem seus
apontamentos;
O conceito de Fracasso Escolar é algo mutável e está profundamente conectado com
os conhecimentos demandados pela sociedade, em um período histórico especifico.
Uma criança que fracassa é alguém que, em determinado momento e na avaliação
escolar, não consegue aprender o que a instituição espera que aprendam os alunos de
sua idade, necessitando de medidas concretas para corrigir a situação. Isso demonstra
que o fracasso escolar não se limita apenas ao não aprender por parte do aluno. É
também o reconhecimento oficial, a legitimação desse não aprender, é o que diz a
escola a esse respeito. (Nunes e Silveira, 2008, p. 176).
Segundo Coelho,2008,p.23;Pode-se considerar o Problema de aprendizagem como um
sintoma, no sentido de que não aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa
numa constelação peculiar de comportamentos...
Já o conceito sobre Dificuldade de Aprendizagem dado por Samuel A. Kirk, em 6 de abril
de 1963, afirma que:

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PEDAGOGIA

Uma Dificuldade ou distúrbio de Aprendizagem refere-se a um atraso, desordem ou


retardo do desenvolvimento em um ou mais processos da fala, leitura, escrita,
aritmética ou outro resultado escolar do sujeito causado por uma desvantagem
psicológica devido a uma possível disfunção cerebral e/ou distúrbio emocional ou
comportamental. Ela não é resultado de retardo mental, privação sensorial ou fatores
culturais e educacionais. (Kirk, 2008, p.263).

Compreende-se a partir das colocações e dos pontos de vistas dos autores, que há uma
variedade de termos quando o assunto é a Dificuldade de Aprendizagem, porém, é necessário
salientar neste momento que todas as nomenclaturas, por mais que possam apresentar formas
diversas de abordar as dificuldade, exigem uma investigação diagnostica clinica aprofundada,
realizada por uma equipe de especialistas que vai desde o psicopedagogo, passando pelo
psicólogo, o neurologista, o fonoaudiólogo etc. Só a partir de uma avaliação dessa equipe
multidisciplinar será possível vislumbrar o não aprender de maneira profissional e acertada para
que não haja julgamentos precipitados e preconceituosos, visto que, em alguns casos, não raros,
alguns alunos taxados como disléxicos, desatentos, preguiçosos, hiperativos ect. não o são.
Segundo Leal e Nogueira;
Os educandores devem proporcionar novos caminhos e alternativas para todo esse
delicado processo de aprender, para que os estudantes não sejam obrigados a se
tornarem copistas que fazem as coisas por fazer ou para passar de ano, cumprindo
uma obrigação desmotivante e castradora. É necessário que o estudante sinta-se bem,
é preciso que ele tenha prazer em aprender. Uma educação voltada para os aprendizes
deve levar em conta o desejo e a curiosidade destes em relação as coisas novas ou que
se quer aprender e procurar desenvolver cada vez mais o espirito crítico e a
consciência autônoma. É necessário que o educador assuma seu papel de
“companheiro de viagem” do educando, abrindo trilhas e apontando caminhos na
busca do conhecimento, mas cabe ao educando escolher seus próprios caminhos.
Nesse caminhar, é importante que os professores, diretores, coordenadores,
estudantes, pais e todos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem
compreendam o que são as dificuldades de aprendizagem e como podem juntos
superá-las. (Leal e Nogueira,2011, p.48-49).

Entende-se assim que a educação não deve estar relacionada simplesmente a transmissão
de conteúdos e ao estabelecimentos de modelos a serem seguidos, há um caminho nesse
processo a ser seguido visando a aprendizagem do aluno e não somente o transmitir conteúdos,
o professor precisar caminhar lado a lado, passo a passo com esse aluno no processo ensino
aprendizagem.

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PEDAGOGIA

2.3 TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Crianças diagnosticadas com TDAH, são crianças com Necessidades Educacionais


Especial ou crianças com Dificuldade de Aprendizagem?

Dificuldades de Aprendizagem
Segundo Leal e Nogueira, (2011,p.114) no livro Dificuldades de Aprendizagem, o
TDAH, não é um transtorno especifico da aprendizagem, mas sim um transtorno de
comportamento, que contudo, se não identificado a tempo, causa sérios problemas no processo
de aprendizagem.
O Déficit de Atenção, é um dos transtornos mais preocupantes, pois quando de sua
descoberta, os prejuízos, principalmente nas habilidades cognitivas, já se estenderam
significativamente e ocasionaram sérios comprometimentos no processo de aprendizagem.
O TDAH é um dos Transtornos mais frequentes, distúrbios que ocorrem em crianças e
adolescentes, é um descontrole motor acentuado com movimentos bruscos e mudança de
humor.
Para Valle (2007) são muitas as razões encontradas para as dificuldades de aprendizagem
dentre tantas o transtorno e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma das principais
queixas, seja no âmbito social, quanto no pedagógico, pois a criança não consegue manter a
atenção e a hiperatividade a impossibilita um esforço mental prolongado durante os estudos.
Topczewski (1999) define Hiperatividade como:
A hiperatividade é um sintoma que não tem definição precisa aceita unicamente, mas
todos concordam que compromete de modo marcante o comportamento do indivíduo.
A hiperatividade é um desvio comportamental, caracterizado pela excessiva mudança
de atitudes e de atividades, acarretando pouca consistência em cada tarefa a ser
realizada. Portanto, isto incapacita o indivíduo para se manter quieto por um período
de tempo necessário para que possa desenvolver as atividades comuns do seu dia a
dia. Este padrão de comportamento se mostra incompatível com a organização do seu
ambiente e com determinadas circunstâncias. Crianças e adolescentes hiperativos são
frequentemente considerados como pessoas inconvenientes.(p.21)
Compreende-se que as crianças com hiperatividade tem dificuldades em concentrar-se
em uma única coisa e aborrecem-se ao fim de alguns minutos em torno de uma única tarefa,
são consideradas pessoas inconvenientes, porém antes de taxa-las com tal nomenclatura, deve
observar se junto a hiperatividade há algum outro transtorno acompanhando.

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PEDAGOGIA

Segundo Mattos (2005) o Transtorno do Déficit de Atenção é um problema que deve ser
diagnosticado por um médico ou psicólogo, pois sempre é necessário o uso de medicamentos.
Na escola professores e especialistas se baseiam pelos indicadores durante o ensino
fundamental.
Para Facion (2007), o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade continua sendo
um problema clínico significativo com que se defrontam famílias, médicos, professores,
pedagogos, psicólogos e educadores.
De acordo com Bromberg (2001):
O TDAH é uma deficiência neurobiológica de origem genética que afeta de 3% a 5%
de todas as crianças em idade escolar. Até recentemente, acreditava-se que os
sintomas de TDAH desapareciam na adolescência. Sabe-se que agora muitos sintomas
acompanham o crescimento e 30% a 70% dos portadores podem vir a ter dificuldades
emocionais profissionais e em seus relacionamentos sociais e afetivos na vida adulta
(p.04).
Conforme as ideias de Bromberg (2001), e Facion (2007) as características do TDAH
aparecem na infância, o comportamento é crônico e com duração de no mínimo seis meses. As
principais características para o reconhecimento do TDAH são hiperatividade, o distúrbio de
atenção (ou concentração), a impulsividade e a agitação.
Estes autores afirmam que a criança com TDAH pode ser desatenta, hiperativa, impulsiva,
sendo que esse transtorno é classificado em três tipos clínicos:
-Predominante desatento;
-Predominante hiperativo / impulsivo
-Tipo misto ou Tipo combinado
Predominante Desatento
1- Não presta atenção aos detalhes e comete erros por descuido;
2- Apresenta dificuldades em manter atenção (tanto na escola, e brincadeiras);
3- Parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra;
4- Não segue instruções, dificuldades em terminar tarefas escolares e rotineiras;
5- Apresenta dificuldades com organização;
6- Evita ou reluta em dedicar- se a tarefas que exijam esforço mental;
7- Distrai- se com facilidade, perde objetos necessários;
8- Distrai- se facilmente com estímulos externos, é comum que pais e professores se
queixem de que estas crianças parecem “sonharem acordadas”;
9- Esquece as atividades diárias.

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PEDAGOGIA

Predominante/Hiperativo/Impulsivo
1- Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se mexe muito na cadeira;
2- Dificuldade em permanecer sentada;
3- Corre sem destino em situações inapropriado (em adultos, há um sentimento subjetivo
de inquietação);
4- Dificuldades em engajar- se em atividade silenciosa;
5- Fala excessivamente;
6- Responde perguntas antes de elas serem formuladas;
7- Age como se fosse movido a motor;
8- Dificuldade em esperar sua vez;
9- Interrompe e intromete nas conversas dos outros.

Tipo Misto ou Tipo Combinado


A criança e o adolescente apresentam uma desatenção evidente, sendo acompanhada de
uma hiperatividade e impulsividade, esta é a forma mais comum, no entanto causa mais
problemas para o portador e também para os que convivem com ele.
De acordo com a ideia de Mattos (2005), no que se refere que não existe uma única causa
estabelecida, esse distúrbio existe uma participação genética, em torno de 90%. Alguns
pesquisadores acreditam que à predisposição herdada dos pais podem somar a outros fatores
externos.
Segundo Mattos (2005), outro fator importante são os problemas obstétricos, não
exatamente problemas emocionais e sim o sofrimento do feto na hora do parto.
Facion (2007), afirma a suposição da ocorrência de um distúrbio da função do cérebro na
primeira infância provocado por uma lesão pré, peri ou pós-natal no sistema nervoso central,
podemos citar exemplo do tabagismo e o alcoolismo na fase pré natal.
Em seus estudos Bromberg (2001) relata que uma criança com TDAH apresenta
diversos problemas biológicos e psicológicos e podem contribuir com sintomas similares aos
apresentados pelos portadores. É realizada uma avaliação para determinar a presença ou
ausência de fatores concomitantes. Essa avaliação inclui testes de inteligência e o levantamento
do comportamento acadêmico, social e emocional. Mede-se ainda o nível de impulsividade,
incluindo-se avaliação dos pais e de professores.
Segundo estudos o TDAH é apresentado de forma errônea, como problema de

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PEDAGOGIA

aprendizagem. Sabe-se que crianças e adolescentes com Transtorno de Déficit de Atenção e


Hiperatividade são capazes de aprender, mas tem dificuldades em obter sucesso nos estudos
devido aos sintomas.
Facion (2007), um dos grandes desafios dos pais é a escolha da escola que seu filho deverá
frequentar. O ideal é optar por uma escola inclusiva que acolha, aceite e se preocupe com o
desenvolvimento global do aluno com TDAH, o ideal é perceber seus pontos fracos e tentar
superá-los. A comunicação frequente entre escola e família é muito importante.
Parolin (2010) relata a dúvida entre os professores em revelarem o transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade e o perfil do aluno preguiçoso, em relação ao comportamento de
um aluno agitado e disperso, ele demonstra falta de vontade de estudar terminar as lições,
terminar uma prova. A pergunta frequente é como esses alunos ficam horas e horas na frente
do computador, ou tocando algum instrumento? eles não conseguem nem mesmo memorizar a
tabuada, percebe-se que a criança e o adolescente são inteligentes e muito ágeis naquilo que é
interessante para ela.
O TDAH não afeta a inteligência do aluno, mas a sua aprendizagem, pois em uma
sequencia de exercícios, operações ele possivelmente consiga fazer duas, consequentemente
não veja as outras ou esqueça algum sinal.
A impulsividade do aluno com TDAH é anormal, ele não consegue ficar quieto, diz coisas
fora da hora, seus impulsos colocam em constantes atritos com professores e colegas. Apresenta
descontrole emocional pela irritabilidade, pela agressividade e pelo choro. Algumas crianças e
adolescente são retraídas, inibidas e frustram com facilidade. Com esse quadro os alunos com
os sintomas do TDAH, apresentam suas dificuldades na aprendizagem e são vulneráveis ao
fracasso escolar

Necessidades Educacionais Especiais

De acordo com a LDB nº 9.394/96 em seu Capítulo V, artigo 58:


A educação especial refere-se à modalidade de educação escolar “oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino para educandos portadores de Necessidades
Especiais”. Fundamentada neste artigo, a Resolução nº 95, de 21-11-2000, do C.E.E. do Estado
de São Paulo, no seu artigo 1º, considera: “alunos com necessidades educacionais especiais
aqueles que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais decorrentes
de fatores inatos ou adquiridos, de caráter permanente ou temporário, que resultem em

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PEDAGOGIA

dificuldades ou impedimentos no desenvolvimento do seu processo ensino-aprendizagem.”


Portanto, são crianças que não apresentam características pessoais que fazem parte de um
padrão social, intelectual e comportamental daquelas ditas “normais”.
Há um consenso popular de que a criança cujo desempenho não se aproxima de um
padrão de “normalidade”, seja muito diferente do esperado, daí tornar-se merecedora de atenção
especial, quer da parte dos pais, dos professores ou mesmo dos profissionais da saúde.
Muitos diagnósticos precários e equivocados rotulam e classificam o aluno devido, a
um total desconhecimento por parte dos educadores sobre o que vem a ser distúrbio de
aprendizagem, consequentemente, podendo trazer resultados desastrosos para a criança.
Esses alunos, quando constatado que são portadores de alguma dificuldade de
aprendizagem, num grau leve ou severo provocam ansiedade tanto na família quanto na escola
e nos profissionais de educação, pois estes sabem que tal limitação acarretará problemas de
ajustamento social e pedagógico na base da aprendizagem, visto que a convivência e a vivência
humana se dão por meio da leitura e da escrita. Isso é o que tem sido cultivado pela nossa
cultura.
Segundo Brennan (em Correia, 1999, p. 48) ”Há uma necessidade educativa especial
quando um problema físico, sensorial, intelectual, emocional ou social (…) afeta a
aprendizagem ao ponto de serem necessários acessos especiais ao currículo (…) para que o
aluno possa receber uma educação apropriada.”
A resolução CNECEB n° 2, de 11 de setembro de 2001, do Conselho Nacional de
Educação que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
apresenta a seguinte redação:
Art. 5° Considera-se educandos com Necessidades Educacionais Especiais os que,
durante o processo educacional, apresentarem;
I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares,
compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica
especifica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou
deficiências;
II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos,
demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;
III – altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve
a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
Transtorno específicos que trazem prejuízos para o indivíduo, como TDAH, faz parte do
inciso I desse artigo. Alunos diagnosticados com esse transtorno seria, portanto, público da

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PEDAGOGIA

Educação Especial, e teria direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE).


Entretanto, nos textos que orientam o AEE e o funcionamento da Sala de Recursos
Multifuncionais não há orientações quanto a estratégias que devem ser efetuada junto a esse
público. Também não há categorias para cadastro de alunos com esses transtornos específicos
no Censo Escolar.
Ainda na mesma resolução de 2001 do CNE, o Art. 8 defini que deverá haver:
“Flexibilidade e adaptações curriculares que considerem o significado prático e
instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos
diferenciados e processos de avaliação adequado ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam Necessidades Educacionais Especiais, em consonância com o projeto
pedagógico da escola, respeitada a frequência obrigatória”.
Ou seja, aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais devem ser oferecidos
estratégias didáticas e métodos de avaliação diferenciados a fim de garantir a igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola.
Não existe atualmente lei especifica em âmbito nacional que ampare alunos
diagnosticados com TDAH ou outros transtornos específicos.
Entretanto, um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional busca corrigir essa
carência. É o Projeto de Lei n° 7081, de 2010.
O texto da lei determina que o governo mantenha programa de diagnóstico e tratamento
de estudantes com TDAH e Dislexia por intermédio de equipe multidisciplinar.
Além disso, a lei também estabelece que as escolas de educação básica devem assegurar
o acesso aos recursos didáticos adequados á aprendizagem e desenvolvimento desses alunos,
bem como oferecer aos professores da educação básica cursos sobre o diagnóstico e o
tratamento do TDAH e outros transtornos.
*lembrando: É um Projeto de Lei, ou seja, ainda não aprovado.

17
PEDAGOGIA

3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

O conceito de aprender determina o de ensinar, porque ambos constituem uma relação


inseparável. Uma concepção construtiva da aprendizagem deve refletir-se em uma
metodologia ativa que crie condições necessárias para que o aluno seja o verdadeiro
protagonista de seu processo de aprendizagem (Blanco, 1993).
Antes de abordar os aspectos relacionados com as possíveis intervenções na escola para
alunos com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), é importante tratar de
algumas questões que afetam diretamente o desempenho e a adaptação escolar da criança
com TDAH, quais sejam: a) as implicações educacionais e o rendimento escolar do aluno
com TDAH; b) o papel e a função da escola e do professor no processo de identificação e
manejo de crianças com TDAH no sistema educacional.

Rendimento Escolar

Sabe-se que o TDAH tem um grande impacto no desenvolvimento educacional da


criança. Estudos indicam que as crianças com TDAH em ensino regular correm risco de
fracasso duas a três vezes maior do que crianças sem dificuldades escolares e com
inteligência equivalente (Gordon, 1991).
Segundo Goldstein (1990), cerca de 20 a 30% das crianças com TDAH apresentam
dificuldades especificas, que interferem na sua capacidade de aprender. Do total de crianças
indicadas para os serviços de educação especial e de centros de saúde mental, 40% são
portadoras de TDAH (Barkley, 1998).
A desatenção e a falta de autocontrole, características do TDAH, intensificam- se em
situações de grupo, dificultando, ainda mais, a percepção seletiva dos estímulos relevantes, a
estruturação e a execução adequada das tarefas, colocando a criança em grande risco para as
dificuldades escolares, em termos de desempenho acadêmico e interações com adultos e
outras pessoas.
Os sintomas do TDAH, no ambiente escolar, revelam uma dificuldade em terminar o
trabalho de aula na classe ou de participar tranquilamente de uma equipe de esportes.
Geralmente, essa criança se envolve em atividades mais improdutivas durante a aula e o
recreio, se comparada a seus pares. O desempenho acadêmico insatisfatório com frequência
acompanha o TDAH e pode ser uma característica estável do transtorno. Em geral, o professor
observa uma discrepância entre o potencial intelectual da criança e o desempenho acadêmico
da mesma, o que pode ocorrer mesmo entre as crianças com inteligência superior à média
18
PEDAGOGIA

(Benczik, 2002).
Essa situação de fracasso contínuo reverte em uma desvinculação cada vez maior no
processo de aprendizagem do aluno, a não ser que ele encontre, no sistema educacional,
resposta adequada às suas necessidades acadêmicas.

Ao Docente
Rohde e Benczik (1999) apontam que o professor tem papel fundamental no processo
de aprendizagem e na saúde mental de seus alunos. Ao tomar conhecimento das dificuldades
que ocorrem numa família com membros portadores de TDAH, é provável que os professores
comecem a entender a atitude dos pais, da mesma forma que os pais podem sensibilizar-se
com a situação dos professores se souberem das reais dificuldades que seus filhos encontram
na escola.
O objetivo desse insight da situação do outro é fazer com que ambos – pais e professores
– compreendam que devem ser parceiros de uma mesma empreitada, e não rivais de uma
disputa. É necessário que exista estreita colaboração entre os pais e os professores.
A comunicação frequente entre a escola e a família é fator importante a garantir, para
que professores e pais possam trocar experiências relevantes. Saber o que está se passando
durante o tempo que a criança ou o adolescente está no outro ambiente ajuda a compor o
quadro real da situação, e esse confiar no outro é que realmente estabelece a parceria. Nesse
sentido, é muito útil um instrumento de comunicação escrita que seja utilizado diariamente.
Mas é um instrumento a ser usado com bom senso, no sentido da cooperação, não da cobrança
e da rivalidade.
Os professores são, com frequência, aqueles que mais facilmente percebem quando um
aluno está tendo problemas de atenção, aprendizagem, comportamento ou emocionais/afetivos
e sociais. O primeiro passo a ser dado na tentativa de solucionar os problemas é verificar o
que realmente está acontecendo.
É razoavelmente comum professores de crianças com TDAH sentirem tanta frustração
quanto seus pais, pois também eles são seres humanos únicos, com características específicas
e estilos de ensino próprios, e nenhum conjunto isolado de sugestões e estratégias funciona na
inter-relação de todos os professores com todos os alunos.
Algumas vezes, é preciso tentar várias intervenções antes que algum resultado positivo
apareça. Daí a necessidade de se escolher a escola e o método de ensino mais adequado para
o aluno, especialmente aquele com TDAH

19
PEDAGOGIA

Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo aluno com TDAH e sua família é a
realização do dever de casa. Ao passar uma lição para casa, os professores devem lembrar que
o tempo que um estudante com TDAH (e/ou com transtornos de aprendizagem) leva para fazer
essa tarefa pode ser de três a quatro vezes maior que seus colegas.
É necessário fazer adequações para que a quantidade de trabalho não exceda o limite da
possibilidade. Ter sempre em mente que a lição de casa tem o objetivo de revisar e praticar o
que foi aprendido em sala de aula. Pais não devem fazer o papel de professores. Acima de
tudo, o dever de casa não deve ser jamais um castigo ou consequência de mau comportamento
na escola.

3.1 Tema e linha de pesquisa


Necessidades Educacionais Especial /Dificuldades De Aprendizagem: Práticas Pedagógicas
para Docentes com Alunos portadores de TDAH no Processo Ensino-aprendizagem
A abordagem desse tema tem como linha á Docência com alunos portadores de TDHA
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental I.

3.2 Justificativa
A justificativa pela escolha do tema dá-se devido a escassez de trabalhos relacionados a
esta área, e por ser um tema de grande importância no cenário da educação atual. Também
compartilho da angustia de pais que tem filhos com necessidades especiais em sua
aprendizagem, mas por um descaso, estão ignorados dentro da sala de aula comum e estigmados
por seus professores e colegas.
A escola regular vem recebendo com frequências cada vez maiores, alunos com
Necessidades Educacionais Especial e Dificuldades de Aprendizagem, e estão presentes em
sala de aula comum os alunos portadores de TDAH, os quais são o foco desse projeto, e que
muitos docentes hoje não sabem como contribuir de maneira mais efetiva para o desempenho
acadêmico desses alunos, algumas questões emergem principalmente da docência e uma
educação significativa, em face das novas demandas que a escola enfrenta.
Transtorno do Déficit de Atenção Hiperatividade é uma das grandes dificuldades no
processo de ensino-aprendizagem enfrentadas pelas escolas, tendo em vista que nem sempre
ocorrem revisões de conceitos e aperfeiçoamentos por parte dos docentes
A atuação do profissional da educação nesse contexto deve ser, portanto, repensada com
bases nas novas realidades e exigências da contemporaneidade.

20
PEDAGOGIA

3.3 Problematização
Os alunos com TDAH não são público alvo das Salas de Recursos Multifuncionais, no
entanto, apresenta suas Necessidades Educacionais Especiais, as quais não podem ser
ignoradas. São alunos presentes, juntamente com outros 25 a 35 alunos em uma sala de ensino
comum, e em sua maioria apenas um docente por turma.
Constituindo assim um grande desafio ao docente, o desafio de interagir, de
contextualizar conhecimentos, fazer adequações, ensinar de forma significativa, não
discriminar mas incluir.

3.4 Objetivos
- Promover um breve estudo sobre dificuldades de aprendizagem, a partir de pesquisa
realizada sobre o tema de Necessidades Educativas Especial/Dificuldades de Aprendizagem,
voltando o olhar especificamente para alunos portadores de TDAH.
- Provocar reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem, bem como sobre o pouco
que se faz, uma vez que, geralmente todos os alunos são trabalhados e avaliados da mesma
forma, sem que se considere as diferenças individuais das crianças que apresentam TDAH.
- Oferecer sugestões e subsídios, como contribuição para que se desenvolva um trabalho
de apoio pedagógico aos alunos com portador desse transtorno, visando a incentivar seu
desempenho e a melhorar sua autoestima de tal forma que, mesmo a passos lentos, aprender se
torne algo significativo, prazeroso, com sabor de conquista

3.5 Conteúdos
Orientações para o professor melhor desempenhar seu papel no processo ensino-
aprendizagem para com o aluno diagnosticado com TDAH.
Práticas Pedagógicas para auxiliar no Déficit de Atenção
O lúdico na aprendizagem das crianças com TDAH
Um plano de aula para uma sala comum com presença de alunos portadores de TDHA.

3.6 Processo de desenvolvimento


Para desenvolver esse Projeto de Ensino e alcançar os objetivos propostos foi
desenvolvido pesquisa bibliográfica onde é abordada a importância do estudo, pois o tema
TDAH é significativo para contribuir com os profissionais da área da educação.

21
PEDAGOGIA

O embasamento deste trabalho se deu através de referenciais Bibliográficos e de uma


pesquisa qualitativa descritiva, analisando os vários fatores que podem influir nas dificuldades
de aprendizagem dos alunos com TDAH, objetivando melhor compreensão e proximidade com
o assunto e buscando soluções para o mesmo.
Este trabalho constitui-se em um estudo sobre os vários aspectos desse transtorno,
viabilizando uma maior compreensão dos sintomas, apresentando uma proposta para a
educação de crianças com TDAH e práticas pedagógicas que poderão ajudá-las, para que seja
integrada na escola, alertando da necessidade do conhecimento sobre o assunto por parte dos
educadores

Orientações para o professor com aluno TDAH:


Conforme a Associação Brasileira de TDAH (ABDA,2017) para que o aluno fique focado
maior tempo da aula, faz-se necessário:
Buscar sempre ter uma postura pró-ativa. Antecipar as possíveis dificuldades de
aprendizado que possam surgir e estruturar as soluções. Identificar no ambiente de
sala de aula quais são os piores elementos distratores (situações que provocam maior
desatenção) na tentativa de manter o aluno o mais distante possível deles e,
consequentemente, focado o maior tempo possível na tarefa em sala de aula .

Assim, educadores podem ajudar o aluno com TDAH a se organizar, facilitando a sua
aprendizagem. Bem como:
• Oferecer apoio, incentivo e ajuda pessoal para alunos que têm dificuldades de
comportamento. Reconhecer e validar os pensamentos e sentimentos dos alunos. Tentar ser o
mais compreensivo possível.
• Providenciar assistência individual a alunos com dificuldades. Conversar com o
professor anterior e tentar saber o máximo possível sobre o que funciona ou não com eles.
Perguntar para os próprios alunos como eles acham que podem aprender melhor. Combinar
sinais discretos para chamar a atenção ou lembrar acordos.
• Ao dar uma punição, fazê-lo brevemente, sem sermão, de maneira calma,
imediatamente após a manifestação do comportamento inadequado. Criticar o comportamento,
jamais o aluno. Não enfatizar o fracasso.
• Permitir que o aluno que está ficando agitado ou zangado tenha um tempo para se
acalmar, mesmo que não seja na sala de aula. Não é mesmo que mandar para fora de sala de
aula como punição, isto deve ser tornado bem claro.
• Discutir as situações difíceis individualmente, longe dos colegas, de maneira calma e

22
PEDAGOGIA

com voz tranquila. Usar o humor para difundir uma situação difícil e mostrar apoio ao aluno.
Evitar o sermão, o “pegar no pé”, a crítica e o sarcasmo. Olhar sempre nos olhos para “trazê-lo
de volta”.
• Manter contatos frequentes com os pais, evitando que isso seja feito apenas em
períodos de crise, quando a situação já estiver insustentável e irremediável.
• Utilizar sempre o reforço e o encorajamento como meios de garantir o “estar atento” e
o aproveitamento escolar. Estimular o interesse e a motivação da criança para aprender.
• Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto
ou prova.

Práticas pedagógicas para auxiliar no Déficit de Atenção:

Organização da sala de aula:


Até mesmo alunos bem-comportados e bem-sucedidos academicamente apresentam
variação no seu desempenho de acordo com fatores existentes no meio ambiente. Alunos com
TDAH necessitam de uma estrutura externa bem definida, já que têm dificuldades com a
organização e o planejamento. Portanto, o ambiente escolar propício para esses alunos é uma
sala de aula bem-estruturada, preferencialmente com um ambiente rígido, tradicional; ao
contrário, pode ser criativa, colorida, ativa e estimulante (Jones, 1991). Mas é importante achar
um meio-termo entre a escassa motivação visual e estímulos em excesso, que podem ajudar a
distrair a atenção.
Propõe-se uma organização que seja dinâmica e flexível, que facilite o processo ensino-
aprendizagem e a participação ativa de todos os envolvidos nesse processo. Arrumar a sala de
modo a haver acesso e boa visibilidade para todos, evitando-se que as carteiras estejam sempre
dispostas em fila, ou que as atividades sejam sempre as mesmas para todos, utilizando-se do
mesmo livro, no mesmo momento. Quando o professor escolhe os grupos de trabalho, a
disposição do espaço, do tempo e dos móveis, deve ter em mente as necessidades especificas
desses alunos, de modo que favoreça, ao máximo, sua participação total na dinâmica da aula.
O aluno com TDAH deverá sentar-se próximo, ou ao alcance do olhar direto do professor,
distante da janela ou da porta, num local onde tenha menor possibilidade de se distrair, longe
de colegas antagonistas, no meio de colegas tranquilos e que possam ajudá-lo. Como necessita
constantemente de ser lembrado a respeito das atividades, das regras, das diretrizes e da
organização, é importante dispor na sala de aula alguns cartazes com orientações.

23
PEDAGOGIA

O professor deve circular pela sala com frequência, usando a proximidade física para
controlar a disciplina ou o foco de atenção, bem como avisar os alunos de algo anteriormente
combinado, fazendo um contato de olhar, colocando a mão no ombro ou um toque na carteira.
Retirar dos alunos objetos que possam distraí-lo, embora algumas crianças com TDAH
precisem manusear um objeto para ajudar a focalizar a atenção. Permitir o uso de algo que passe
o mais despercebido possível, como uma bolinha de exercício.
Os alunos com TDAH devem ser supervisionados e ajudados na organização do lugar de
trabalho, do material, das escolhas e do tempo a ser destinado para uma atividade. Proporcionar
oportunidades para movimentação dentro da sala de aula e intervalos entre as atividades.
O professor do aluno que apresenta TDAH deve modificar sua metodologia em sala,
sendo que: A didática em sala de aula deve buscar meios que melhorem a concentração deste
aluno: começar a aula com algum tipo de motivação (uso de quiz ou perguntas que devem ser
respondidas ao final após a transmissão do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada
uma nota que se somará à média final), associar o assunto da aula a alguma situação do contexto
que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática, utilizar–se de estímulos audiovisuais
ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização, ser mais emocional na transmissão
da aula, menos cópia e menos texto. O método de ensino é importantíssimo, mas se a avaliação
não for adaptada às condições do aluno, este não terá êxito e perderá sua motivação.

Em relação aos meios de avaliação


O professor pode variar e enriquecer as formas de averiguar se este aluno absorveu ou
não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos,
pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. As provas devem
ser enxutas, objetivas, curtas, sem pegadinhas. Como este aluno se distrai e se perde nos
detalhes, é importante ao final da prova que seja dado um tempo complementar para que reveja
as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou
refazer a questão. Alguns alunos podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes
de iniciá-las, pois podem compreender melhor as questões ouvindo-as. Nem sempre uma
criança ou adolescente inquieto consegue aprender por meio de metodologias tradicionais.
Adaptações de objetivos, conteúdos, métodos, técnicas, espaço e tempo deverão ser planejadas
para que o aluno TDAH possa aprender.
Muitas vezes espera-se que os gestores municipais ou estaduais promovam modificações
para que a escola consiga trabalhar com os alunos que necessitam de alternativas diferenciadas

24
PEDAGOGIA

para aprender. Porém, existem adaptações que são de responsabilidade do professor planejá-las
e colocá-las em prática.

Estrutura da aula:
• Estabelecer uma rotina diária clara, com períodos de descanso definidos. Ambiente
escolar previsível e organizado ajuda a criança a manter o controle emocional. As regras e
expectativas do professor e da escola para o grupo devem ser claramente definidas. Usar
esforços visuais e auditivos para definir e manter essas regras e expectativas, como calendários,
cartazes e músicas. As instruções e orientações devem ser dadas de forma direta, clara e curta.
• Estabelecer consequências razoáveis e realistas para o não-cumprimento de tarefas e
das regras combinadas, que devem ser compreendidas por todos. Aplicá-las com consistência e
bom senso. Implementar um sistema de controle do comportamento (verbal e escrito) que seja
conhecido previamente e compreendido pelos alunos, pais, professores auxiliares e
funcionários da escola. Modelar o comportamento e habilidades sociais que se espera dos
alunos. As recompensas e consequências devem ser sempre coerentes com a ação que as motiva.
• Focalizar mais o processo (compreensão de um conceito) que o produto (concluir 50
exercícios). Certifica-se que as atividades são estimuladoras e que os alunos compreendem a
relevância da lição. Utilizar técnicas eficientes de questionamento.
• Adotar uma atitude positiva, como elogios e recompensas para comportamentos
adequados. Alunos com TDAH sempre têm sua atenção chamada para o que fazem de errado –
deve-se, então, especificar e reforçar positivamente aquilo que fazem certo. Ter sempre presente
a lista de seus pontos fortes e capitalizar em cima deles, seja para motivar para uma atividade
ou para aumentar sua autoestima, bem como tratar de minimizar os efeitos negativos de suas
dificuldades.
• Usar técnicas de prevenção de situações de conflito ou comportamento diruptivo por
meio de cuidadoso planejamento. A música é um ótimo instrumento para relaxar e para ser
usado nos momentos de transição de atividades ou de ambientes. Em razão da mudança na
rotina, o aluno com TDAH facilmente se torna excitado e mais difícil de controlar. Preparar
para essa mudança e propiciar o relaxamento por meio da música pode diminuir o impacto
negativo no comportamento. Quando o aluno começar a ficar agitado, frustrado ou atrapalhar
o trabalho da classe, redirecionar para uma outra atividade lúdica ou uma situação, como, por
exemplo, levar um recado para fora da sala, organizar os livros na prateleira, apagar o quadro.
Procurar sempre falar em voz calma e firme. Ignorar as transgressões leves que não forem

25
PEDAGOGIA

intencionais e ensinar a turma a ignorar os comportamentos inadequados menos sérios, bem


como elogiar e reforçar comportamentos positivos dos colegas.
• Utilizar estratégias de ensino ativo no processo de aprendizagem. Com o objetivo de
se evitar o excesso de informação, o professor deve fornecer o esclarecimento necessário na
estruturação das tarefas, apresentando as chaves significativas para sua execução.
Deve-se tomar um cuidado especial na graduação de dificuldade das atividades, evitando dar
grandes saltos de problemas fáceis para muito difíceis. O conteúdo deve ser dado passo a passo.
Alternar as atividades mais brilhantes com as menos interessantes, evitar tarefas monótonas e
repetitivas. Dar retorno constante e imediato. Incentivar a leitura em voz alta, recontar histórias,
falar por tópico, ajudando a organizar ideias.

O lúdico e a aprendizagem das crianças com TDAH:

Os brinquedos e os jogos são muito utilizados por educadores em sala de aula, pois
oportunizam, brincando, o desenvolvimento da criança, aguçando e estimulando a curiosidade,
a autoconfiança e a autonomia, proporcionando o desenvolvimento da oralidade, do
pensamento lógico, da concentração e da atenção e trabalhando os aspectos relacionados à
desatenção, inquietude e impulsividade. Assim, a criança descobre, inventa e aprimora suas
habilidades.
O lúdico se apresenta como proposta pedagógica no processo de ensino e aprendizagem,
ajudando no desenvolvimento físico e psicológico, além de proporcionar motivação para o
aluno com TDAH, já que ele apresenta um grau de baixa autoestima muito elevado. Pensando
nas dificuldades e nas limitações de uma criança hiperativa, buscamos encontrar nas
brincadeiras e nos jogos uma maneira de estimular e ensinar essas crianças de forma satisfatória
e prazerosa.
O que uma criança com TDAH não consegue aprender através de metodologias
tradicionais conseguirá facilmente através de atividades lúdicas diferenciadas, capazes de
propiciar a ela a construção do processo de ensino e aprendizagem. Brincar é uma necessidade
e um direito de todos. Quando uma criança está brincando, desde que seja uma brincadeira
direcionada e planejada, vai desenvolver o intelecto, o equilíbrio emocional, a criatividade, a
independência, a comunicação, socialização e a coordenação motora.
Segundo Piaget (1998, p. 47), “O lúdico atua nas atividades intelectuais da criança, o
que se torna indispensável para a prática de um contexto educativo”. Brincando, a criança

26
PEDAGOGIA

adquire aprendizado e explora o mundo que a rodeia, e o brincar voltado para a prática
pedagógica com crianças com TDAH ultrapassa as fronteiras da aprendizagem, uma vez que
também contribui significativamente para o tratamento de alguns sintomas que se manifestam
no ambiente escolar, como a desatenção e a impulsividade, e, quando está atrelado à atividade
física, auxilia no controle de energia, que essas crianças têm de modo demasiado.
Na perspectiva de Vygotsky (1984, p. 114), o brinquedo é um recurso que promove
experiências agradáveis à criança, desempenhando um papel de grande importância para o seu
desenvolvimento psicológico e cognitivo. Através de atividades lúdicas, a criança se integra
com o meio e com os membros que dele fazem parte. Essa integração é necessária e satisfatória
para o desenvolvimento psicológico e cognitivo, visto que, geralmente, as crianças com TDAH
sofrem rejeição, em virtude da manifestação de alguns sintomas na sala de aula.
Considerando que todos os jogos e brincadeiras possuem regras que devem ser
cumpridas para alcançar o objetivo almejado e que a criança precisa ser desafiada para se sentir
estimulada a querer buscar soluções para o desafio proposto, cabe ressaltar que essa conjuntura
é propícia para se trabalhar possíveis dificuldades enfrentadas por crianças hiperativas — que
necessitam de um estímulo diferenciado, capaz de atrair a atenção e atenuar a inquietude, que
interferem diretamente na sua aprendizagem — além de desenvolver o elo e a aceitação das
regras de maneira natural, visto que o brincar proporciona mais que diversão.
O lúdico envolve diferentes tipos de comunicação, proporcionando o desenvolvimento
da oralidade e ao mesmo tempo o melhor entendimento e a aceitação das regras, pois, como
afirma Piaget, é necessário que o indivíduo internalize conhecimentos para depois colocá-los
em prática. O aluno com TDAH necessita de um olhar que lhe permita o entendimento do que
está à sua volta para que possa se relacionar com os conteúdos que fazem parte da educação
sistematizada.
Cabe salientar que alguns fatores interferem na realização de atividades que comumente
crianças sem o transtorno poderiam resolver sem dificuldades, validando, assim, a necessidade
da busca de práticas que facilitem tal aprendizagem e interação. O lúdico se apresenta como
possibilidade, uma vez que, independentemente de dificuldades ou transtorno, qualquer criança
traz consigo a necessidade do brincar. A partir dessa necessidade e da busca de condições que
facilitem a aprendizagem com a criança hiperativa, vale ressaltar que a intervenção feita a partir
de jogos e brincadeiras fará com que ela aprenda naturalmente, de maneira prazerosa,
permitindo a estruturação e o desenvolvimento de sua personalidade.

27
PEDAGOGIA

UM PLANO DE AULA PARA UMA SALA COMUM COM PRESENÇA DE ALUNO COM
TDAH:
Esta aula tem como parâmetro a temática dos jogos educativos que contribuem para a
aprendizagem infantil, com ênfase no jogo da memória que trabalha a atenção e a associação.

Preparando a aula: informando sobre o tema

Provavelmente eis uma palavra falada por todos quase todos os dias: ATENÇÃO! Você
pede atenção para que o aluno se atente ao conteúdo que você está ministrando e, em alguns
casos, a aluno faz “errado” para chamar a sua atenção. O certo é que todos precisam de atenção
em quase todos os lugares e horários: em casa, na sala de aula, no trânsito, ao caminhar na
praça, ao assistir um filme ou escutar uma pessoa.
Estudos explicam que o termo é associado à cor amarela por proporcionar concentração
e atenção, por isso, é recomendável para escritórios e salas de estudos. Nos semáforos e em
algumas placas indicativas, a cor amarela recomenda alerta e atenção.
O que significa o termo atenção?
É um processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos,
estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais
diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário
responder a todos. É um processo de extrema importância em determinadas áreas, como na
educação, já que se exige, por exemplo, a um aluno que preste atenção às matérias lecionadas
pelo professor. Além da atenção concentrada, em que se seleciona e processa apenas um
estímulo, também pode existir atenção dividida, em que são selecionados e processados
diversos estímulos simultaneamente, como quando se conduz um automóvel e se ouve as
notícias do rádio simultaneamente.
Para que a atenção atue são necessários três fatores básicos:
• Fator fisiológico: depende de condições neurológicas e também da situação contextual
em que o indivíduo se encontra;
• Fator motivacional: depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse;
• Concentração: depende do grau de solicitação e atuação do estímulo, levando a uma
melhor focalização da fonte de estímulo.

28
PEDAGOGIA

1° Momento : (essa atividade em sala de aula comum com 30 alunos poderia ser realizada
em 50 min., porém na sala com alunos TDAH reduzir para 25 min. e logo após, passar outra
atividade de mais 20 minutos.

O jogo como forma de exercitar a Atenção


Professor, para despertar a atenção dos alunos é necessário alternar a dinâmica de suas
aulas, trazendo práticas e metodologias que despertem o interesse da criança.
Professor, para iniciar a atividade dialogue com os alunos sobre o que eles sabem a
respeito de jogos, se conhecem algum jogo educativo ou jogos que estimulam a atenção e a
memória. Depois da discussão sugerimos que proponha o "Jogo dos Sete Erros", pois, além de
ser uma atividade lúdica, desperta e desenvolve a atenção das crianças. Para isso, reproduza as
imagens a seguir e distribua para os aluno.

1) As figuras abaixo fazem parte do contexto escolar. Observe-as atentamente e tente


encontrar 7 erros (diferenças) entre elas. Assinale um (X) com um lápis de escrever
sobre as diferenças que têm em uma figura e não tem na outra.

a) O Cebolinha.

Sítio: Disponível em: http://www.pintarcolorir.com.br/jogos-desenhos-para-colorir/jogos-para-colorir-


cebolinha-7-erros/#main

29
PEDAGOGIA

b) Momento de descontração na sala de aula.

Sítio: Alô Estudantil. Imagem disponível em: <http://www.aloestudantil.com.br/jogo-dos-7-erros-2

c) Observe novamente a figura b. Mostre que você é mesmo um aluno atento e educado
e marque com um (X) a alternativa que mesmo em um momento de descontração na sala de
aula os alunos são proibidos de fazer:

1) ( ) dormir; 2) ( ) subir na mesa ou carteira; 3) ( ) conversar.

2º Momento: (essa atividade em sala de aula comum com 30 alunos poderia ser realizada
em 50 min., porém na sala com aluno TDAH reduzir para 20 min. e logo após, passar outra
atividade de mais 25 minutos

Aprendendo por associação


Existem várias maneiras de aprender conteúdos escolares e um deles é a associação.
Sabe-se da importância da aula expositiva, mas em muitos casos, especialmente quando se trata
de alunos de alfabetização e crianças com TDAH, a associação tem obtido maiores resultados.
Sabedores dessa realidade, muitos professores têm optado por esse tipo de ensino. Da mesma
maneira, alguns alunos criam estratégias próprias de aprender por associação.
Aplique uma atividade que exige atenção e favoreça a associação como forma de
conhecimento. Escreva nomes de cores, contudo, as escreva com outra cor. Por exemplo,
escreva a palavra amarelo com a cor da fonte em vermelho (AMARELO) e apresente aos alunos
colocando-as na lousa, em um cartaz (cartolina) ou utilizando um projetor multimídia. Exiba as
palavras por alguns segundos e depois de concluído o tempo combinado, solicite que eles falem

30
PEDAGOGIA

o nome das cores e a cor da fonte com qual ela foi escrita. Após este momento, questione-os
sobre a metodologia que escolheram para realizar a atividade, inclua o aluno com TDAH para
responder, assim o professor poder avaliar sua aprendizagem.

1) Observe o quadro de palavras abaixo, no espaço de tempo dado pelo professor.

AMARELO VERDE CLARO VEMELHO AZUL CLARO

PRETO LARANJA BRANCO ROSA

VERDE ESCURO LILÁS AZUL ESCURO CINZA

2) Anote em seu caderno de Língua Portuguesa o nome das cores e as cores com que
elas foram escritas.
3) Relate para a turma a estratégia que você utilizou para realizar a atividade.

3º Momento: (essa atividade em sala de aula comum com 30 alunos poderia ser realizada
em 50 min., porém na sala com aluno TDAH reduzir para 20 min. e logo após, passar outra
atividade de mais 25 minutos)

Jogo da Memória

É de fundamental relevância inserir jogos educativos que estimulam o aprendizado da


criança. Sugerimos neste momento o Jogo da Memória, pois, é um jogo lúdico que valoriza e
exige a atenção dos jogadores e faz com que criem técnicas para descobrirem a carta correta.
Fazendo esse exercício constantemente, certamente sentirá os reflexos positivos em sua
aprendizagem.
Como se joga? O jogo da memória é um clássico jogo formado por peças que
apresentam uma figura em um dos lados. Cada figura se repete em duas peças diferentes. Para
começar o jogo, as peças são postas com as figuras voltadas para baixo, para que não possam
ser vistas. Cada participante deve, na sua vez, virar duas peças e deixar que todos as vejam.
Caso as figuras sejam iguais, o participante deve recolher consigo esse par e jogar novamente.
Se forem peças diferentes, estas devem ser viradas novamente, e sendo passada a vez ao
participante seguinte. Ganha o jogo quem tiver descoberto mais pares, quando todos eles
tiverem sido recolhidos.

31
PEDAGOGIA

Construindo nosso próprio Jogo da Memória


Um criança com TDAH com toda sua energia e hiperatividade se dará muito bem
quando coloca “a mão na massa” quando ela se sente autora de seu processo educativo, tudo
que o envolve faz mais sentido para ela. Dessa maneira, proponha o jogo para a turma e desafie
os alunos a construírem as cartas. Dê sugestões de temas que se relacionam com os conteúdos
que está trabalhando no momento (Exemplos: Ciências – os animais; Matemática – os números
pares; Língua Portuguesa – palavras com SS e jogo da memória do sinônimo.). Faça uma
votação e escolha os quatro temas mais votados e inicie a produção.
De forma antecipada, providencie cartolinas, pincéis atômicos, lápis de cor, tesoura e
algo mais que julgar necessário. Divida seus alunos em quatro grupos para que cada grupo fique
responsável por um tema. Assim, toda a turma terá a possibilidade de atuar em quatro jogos
com quatro temas diferentes, brincando e aprendendo ao mesmo tempo.
Professor, independente do tema escolhido pelo grupo, aproveite a oportunidade para
trabalhar a escrita com seus alunos solicitando que abaixo do desenho, eles escrevam o nome
do que traz a figura. Nome: do animal, da letra, do número ou outro, conforme os exemplos:

Os educadores das crianças portadores do TDA/H, lidam diariamente com situações


difíceis no contexto escolar, dentre elas a movimentação constante em sala de aula em
momentos inoportunos, interrompendo o docente quando este está conduzindo o conteúdo ou
quando uma atividade requer concentração. Essas atitudes interferem na realização de suas
próprias atividades, além de prejudicar os demais alunos.
Para minimizar esses problemas Condemarim, Gorostegui e Milicic (2006) propõem as
seguintes ações: instruir de forma clara aos discentes as regras referentes à quando mover-se
dentro de sala ou movimentar-se; adaptar reforços repetitivamente à conduta correta;
proporcionar ocasiões para que possam se movimentar; convocá-los a realizar tarefas junto a
crianças tranquilas que lhe sirvam como exemplo; pedir para os mesmos anotar suas condutas
de permanecer sentados, começando com intervalos de 5 minutos a 10 minutos e registrar se

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PEDAGOGIA

ficaram tranquilos no decorrer deste tempo.


Algumas estratégias para fixar e segurar a atenção, partindo de pressupostos e cuidados
específicos à criança com TDA/H no espaço da sala de aula. No instante da aplicação, deverá
ser levada em conta a série e idade da criança, embora estas estratégias especificamente sejam
dirigidas aos alunos pré-escolares e discentes do primeiro ano do ensino fundamental. As
aprendizagens mais empenhadas são as do universo cognitivo, por demandarem maior
dedicação.
A finalidade destas práticas é alcançar o comportamento esperado frente ao
adestramento do autocontrole da conduta, aumentando as estratégias reflexivas para a solução
dos problemas. A conquista e interiorização dessas aptidões dão a criança hiperativa e com
dificuldade de atenção a possibilidade de adequar sua própria conduta.

3.7 Tempo para a realização do projeto


Etapas Agosto Setembro Outubro
Levantamento bibliográfico X
Fichamento dos textos X
Coleta de fontes X
Analise de fontes X X
Organização do Roteiro X X
Redação do trabalho X X
Preparo da apresentação a banca X
Revisão/redação final / entrega X

3.8 Recursos humanos e materiais


Os recursos materiais são as ferramentas que o professor utilizará durante todo o ano
letivo e pode, muitas vezes, precisar de algumas alterações ou novos utensílios que servirão
para o aprimoramento das atividades e aulas realizadas na escola. Porém para a proposta
descrita nesse projeto pode-se listar:
Recursos Didáticos Necessários para essa proposta:
- Quadro Negro, ou branco / Giz, ou canetão de várias cores / Apagador;
- Jornais, cartazes, revistas e livros;
- Textos manuais;
- Aparelho de Som

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PEDAGOGIA

- Aparelho DVD
- Filmes em DVD
- Computador com projetor
- Tesoura, cola;
- Imagens para encontrar os 7 erros
- Internet, sites de busca para novas atividades
- Instrumentos didáticos conforme a disciplina (Ex: Língua Portuguesa, Matemática, Sociedade
e Natureza, Historia entre outros...)
Estes são alguns dos variados recursos materiais que ajudam muito na didática de acordo
com o plano de ensino proposto pelo professor. O restante fica por conta da criatividade do
profissional docente, que mesmo tendo uma infinidade de recursos pode não utiliza-los
corretamente, atrapalhando assim o entendimento da matéria pelos alunos, ao invés de
aperfeiçoa-los
Recursos Humanos:
- Corpo Docente
- Alunos
- Pais ou responsáveis

3.9 Avaliação
No Ensino Fundamental, a avaliação será feita através de atividades concretas (testes,
provas, trabalhos, exercícios) comportamento e participação em sala.
Como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96 determina que
a avaliação seja contínua, cumulativa, que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os
quantitativos e que exista uma possibilidade de aceleração de estudos para os alunos com atraso
escolar.
Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem
ser mais valorizados que a nota da prova final.
A avaliação diagnóstica evolui para a avaliação formativa e esta devia prevalecer nas
instituições, e em seguida a somativa, só que a avaliação somativa acaba sendo mais utilizada
com o objetivo de fazer o aluno alcançar a nota para passar de ano ao invés de auxiliá-los onde
realmente precisa.
A avaliação da aprendizagem apresenta três funções básicas: diagnosticar, controlar e
classificar. Se as avaliações fossem realizadas da forma correta, os alunos com TDAH seriam

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PEDAGOGIA

contemplados numa reorganização de metodologias de ensino durante todo o processo de forma


que no tempo da avaliação somativa este responderia melhor ao que se espera dele.
As crianças com TDAH apresentam uma dificuldade na capacidade de manter a atenção
focada em determinado conteúdo e isso interfere na sua capacidade de atenção seletiva e
dividida. A memória é uma das funções cognitivas mais usadas pelo ser humano em seu dia a
dia. Possibilita recordar o passado para se ter um bom funcionamento, dependendo do nível de
atenção que tem. A memória é imprescindível no processo de aprendizagem. Problemas ligados
a memória geram muita dúvida quando se trata de TDAH. Isso se deve porque a formação da
memória depende de um bom funcionamento da atenção, e como a atenção do TDAH é
comprometida, consequentemente, a memória também será.
O pedagogo tem um papel importante na superação da dificuldade de aprendizagem,
nesse processo, a escola também desempenha sua função como fundamento de todo o ensino-
aprendizagem, bem como suas formas avaliativas de alunos portadores de TDAH.
Nesse sentido, sugere-se;
– Criar avaliações diferenciadas ou modificar, ampliar, diversificar a aplicação da avaliação,
para atender as crianças com TDAH.
– Ler as questões de uma verificação de conteúdos (para alunos com TDAH);
– Fazer questionamentos orais;
– Estar familiarizado com os métodos de ensino, para maior sucesso com as crianças com
TDAH. Esses métodos são baseados em um programa de linguagem estruturada que faz uso de
todos os canais sensoriais envolvidos na audição, visão, memória, tanto na escrita quanto na
leitura;
– Dar tempo extra para que o aluno com TDAH faça a avaliação;
– Reduzir o tamanho da atividade avaliativa;
– Dividi-la em partes e ajudar o aluno a manter o foco durante a resolução das questões;
– Observação e o acompanhamento do cotidiano da sala de aula, devem prevalecer em relação
às provas periódicas.
Alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) devem ser
reconhecidos como sujeitos da aprendizagem. Desse modo, a função do diagnóstico será de
identificar os avanços conquistados por eles, bem como apontar conteúdos a serem ensinados
e metodologias pertinentes. Portanto, essas são ações do âmbito das flexibilizações que podem
qualificar a avaliação escolar de quem apresenta o TDHA.

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PEDAGOGIA

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa literária especializada sobre TDAH mostra que tratamentos de alunos


que são diagnosticados com esse transtorno, conforma que a intervenção com maior
eficácia em curto prazo são os tratamentos farmacológicos, mas, é preciso
desenvolver, paralelamente, práticas pedagógicas de intervenção para a obtenção de
maiores mudanças e conquistas na trajetória acadêmica do estudante.
O trabalho de intervenção com os alunos portadores de TDAH exige um
planejamento organizado das aulas, com encaminhamento metodológico adequado,
que contemple, por exemplo, atividades envolvendo símbolos e significados. O uso
de recursos diversificados pelo professor em suas aulas possibilitará ao estudante
com TDAH experiências acadêmicas perceptivas, integradas e dinâmicas.
Enfatizar sempre o problema não melhora o comportamento e nem sua
aprendizagem, é preciso conhecer o transtorno e adaptar metodologias, enfatizando
cada possibilidade de avanço desse aluno.
Todas as práticas pedagógicas para TDAH sugeridas neste estudo vêm ao
encontro de uma educação inclusiva efetiva, séria e dinâmica. Para que tais práticas
se efetivem de fato, que tenham sucesso e sirvam de auxílio ao professor em sala de
aula e para a escola como um todo, equipe docente necessita utilizar-se de diálogo
constante, planejamento e “cumplicidade” nas ações cotidianas escolares.
Se os professores conseguirem inserir em seu trabalho diário na sala de aula
algumas destas estratégias sugeridas, com certeza, não somente os alunos com
TDA/H serão beneficiados como os alunos da sala toda aprenderão e se concentrarão
melhor.
É preciso então que os profissionais que atuam na educação tenham o olhar
voltado para esta inclusão, os fatos que fazem com que ela aconteça, a realidade
daquele um ou a três alunos portadores de TDAH que estão entre os 25 a 30 que
estão em sala de aula comum, e o que se pode fazer com e por eles. Devem esquecer
a parte diagnóstica, que tudo pode justificar por ser um transtorno apresentado pelo
aluno, mas voltarem-se ao aluno propriamente dito, tentando fazer dele um cidadão,
envolvido num ambiente escolar e proporcionar o que há de melhor para que seu
crescimento seja global e acadêmico, não deixando que estigmas já impostos pela
sociedade, (pois a maioria sabe o comportamento de um aluno TDA/H) possam
conduzir suas obrigações, responsabilidades acadêmicas e comportamentais.

36
PEDAGOGIA

Hoje em dia, nem todos os diagnósticos são reais e não cabe aos professores
este julgamento, mas, de qualquer forma, é na escola que eles estão, e com ou sem
diagnósticos corretos ou incorretos, é preciso fazer com que este aluno seja também
um vencedor.
Esta pesquisa é apenas o começo que o problema do TDA/H apresenta hoje
nas escolas. Há muito ainda por se fazer, pesquisar e estudar sobre o assunto na
busca de melhores alternativas. Há muitas barreiras a serem transpostas. Há muitos
estudos por acontecerem, no intuito de fazer a inclusão e socialização dos Hiperativos,
realmente alunos que sentem que a escola e os profissionais, têm um olhar voltado
às suas necessidades e buscam com todo respeito e compromisso de um profissional
da área ajudar esses alunos a superarem suas Necessidades Educativas Especial,
que em sua realidade apresentam suas em particular Dificuldades no processo de
aprendizagem.

37
PEDAGOGIA

REFERÊNCIAS

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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Sobre Princípios, Políticas e Práticas Na Área


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VIGOSTSKY, Lev. A Formação Social Da Mente. São Paulo; Martins Fontes , 1996.

39
PEDAGOGIA

ANEXOS

Slides para Apresentação

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAL/DIFICULDADES DE


APRENDIZAGEM
Práticas Pedagógicas para Docentes com alunos portadores de TDAH no
Processo Ensino-Aprendizagem

ANA PAULA TOMAZ DELFINO

PÓLO BOA VISTA/RR

UNOPAR -SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

OUTUBRO/2018

ALUNOS COM TDAH

• UM DESAFIO NA REALIDADE EDUCACIONAL

• ENSINO SIGNIFICATIVO

• VYGOTSKY /PIAGET / FACION E NOGUEIRA

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PEDAGOGIA

OBJETIVOS:

 COMPREENDER AS DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM DO ALUNO COM TDAH

 PROVOCAR REFLEXÃO SOBRE PROCESSO ENSINO-


APRENDIZAGEM

 APOIO PEDAGÓGICO

ESTRUTURAÇÃO DO PROJETO

 CONCEITUANDO AS N.E.E e DIFICULDADES DE


APRENDIZAGEM

 TDAH

 DOCENTES

 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

CONSIDERAÇÕES

 ICEBERG – PROBLEMÁTICA APRENSENTADA

 ABISMO ENTRE TEORIA E PRÁTICA NA APLICAÇÃO DO


PROJETO DE ENSINO

 CAPACITAÇÃO CONTINUADA PARA ESSA REALIDADE

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