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FACULDADE PARANAENSE - FAPAR

RENATO DA SILVA
VAGNER LUÍS ANTUNES

TRABALHO DE OBRAS DE TERRA


MUROS DE ARRIMO

CURITIBA
2017
MUROS DE ARRIMO

São muito comuns as situações em que se faz necessário ter obras de


contenção de solo nas obras de construção civil. Para podermos estabilizar taludes
podemos utilizar as estruturas de muros de arrimo. Esta é uma solução para
terrenos com inclinação que serão cortados para se tornarem planos. O muro de
arrimo serve para “segurar” a terra da parte que for mais alta entre os dois lados da
acomodação, isto é, estabilizando a pressão e contendo a terra com risco de
desmoronamento para que ela não ceda, ou seja, a designação “Muros de Arrimo” é
utilizada de uma forma genérica, para referir-se a qualquer estrutura construída com
a finalidade de servir de contenção ou arrimo a uma determinada massa de solo
“instável”, ou seja, que tem a possibilidade de se movimentar para baixo, a partir da
sua ruptura por cisalhamento.
Para se evitar o desmoronamento deve-se planejar e executar
cuidadosamente um muro de arrimo para evitar acidentes.
Quanto aos materiais utilizados os muros poder ser feitos com blocos de
concreto ou cerâmicos, com ou sem estrutura metálica, pode-se construir com
pedras, com solo-cimento ou de gabiões de pedra.
Para baratear o custo da construção podemos construí-lo com blocos e
apenas revestir posteriormente com algum material. Os muros de pedra são boas
opções já que o peso da pedra é suficiente para contar a carga da terra, mas pode
sair caro.
A drenagem é parte fundamental de um muro de arrimo, a chuva encharca a
terra e consequentemente aumenta o peso e traz o risco de desmoronamento.
Alguns cuidados são necessário ao se construir, o principal cuidado a se
tomar o cálculo de sua estrutura que deve contemplar a carga adicional
proporcionada pela água. Outro cuidado o. Um fator importante é haver uma
camada de brita entre a terra e os drenos para evitar que a tração neutra da água
transporte pequenas partículas de terra para os drenos, que fará com que eles
fiquem entupidos com o tempo e percam sua função. Impermeabilizar a parte de trás
do muro é um cuidado fundamental, principalmente se a frente estiver dentro da
casa. A impermeabilidade fará com que a água só atravesse o muro pelos drenos,
mantendo o outro lado seco.

TIPOS DE MUROS DE ARRIMO

Os muros de arrimo podem ser de vários tipos: gravidade (construídos de


alvenaria, concreto, gabiões ou pneus), de flexão (com ou sem contraforte) e com ou
sem tirantes.

MUROS DE GRAVIDADE

Muros de Gravidade são estruturas corridas que se opõem aos empuxos


horizontais pelo peso próprio. Geralmente, são utilizadas para conter desníveis
pequenos ou médios, inferiores a cerca de 5 m. Os muros de gravidade podem ser
construídos de pedra ou concreto (simples ou armado), gabiões ou ainda, pneus
usados.

MUROS DE ALVENARIA DE PEDRA

Os muros de alvenaria de pedra são os mais antigos e numerosos.


Atualmente, devido ao custo elevado, o emprego da alvenaria é menos frequente,
principalmente em muros com maior altura.

Muros de alvenaria de pedra


Fonte:http://www.dicasconstrucoes.com.br/wp-content/uploads/2015/11/muro3.jpg

No caso de muro de pedras arrumadas manualmente, a resistência do muro


resulta unicamente do embricamento dos blocos de pedras. Este muro apresenta
como vantagens a simplicidade de construção e a dispensa de dispositivos de
drenagem, pois o material do muro é drenante. Outra vantagem é o custo reduzido,
especialmente quando os blocos de pedras são disponíveis no local. No entanto, a
estabilidade interna do muro requer que os blocos tenham dimensões
aproximadamente regulares, o que causa um valor menor do atrito entre as pedras.
Muros de pedra sem argamassa devem ser recomendados unicamente para a
contenção de taludes com alturas de até 2 m. A base do muro deve ter largura
mínima de 0,5 a 1,0 m e deve ser apoiada em uma cota inferior à da superfície do
terreno, de modo a reduzir o risco de ruptura por deslizamento no contato muro
fundação.
Quanto a taludes de maior altura (cerca de uns 3 m), deve-se empregar
argamassa de cimento e areia para preencher os vazios dos blocos de pedras.
Neste caso, podem ser utilizados blocos de dimensões variadas. A argamassa
provoca uma maior rigidez no muro, porém elimina a sua capacidade drenante. É
necessário então implementar os dispositivos usuais de drenagem de muros
impermeáveis, tais como dreno de areia ou geossintético no tardoz e tubos barbacãs
para alívio de poro pressões na estrutura de contenção. Tardoz é a face da placa
cerâmica ou azulejo que fica em contato com a argamassa. O significado de tardoz,
porém, pode ser estendido ao lado de trás de muro de arrimo, a um lado posterior da
fachada de um edifício.

Tipos de Muros. Pedra sem Rejunte:

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfvzoAE-0.jpg
MUROS DE CONCRETO CICLÓPICO OU CONCRETO GRAVIDADE

Estes muros são em geral economicamente viáveis apenas quando a altura


não é superior a cerca de 4 metros. O muro de concreto ciclópico é uma estrutura
construída mediante o preenchimento de uma forma com concreto e blocos de rocha
de dimensões variadas. Devido à impermeabilidade deste muro, é imprescindível a
execução de um sistema adequado de drenagem.
A sessão transversal é usualmente trapezoidal, com largura da base da
ordem de 50% da altura do muro. A especificação do muro com faces inclinadas ou
em degraus pode causar uma economia significativa de material. Para muros com
face frontal plana e vertical, deve-se recomendar uma inclinação para trás (em
direção ao retro aterro) de pelo menos 1:30 (cerca de 2 graus com a vertical), de
modo a evitar a sensação ótica de uma inclinação do muro na direção do
tombamento para a frente.
Os furos de drenagem devem ser posicionados de modo a minimizar o
impacto visual devido às manchas que o fluxo de água causa na face frontal do
muro. Alternativamente, pode-se realizar a drenagem na face posterior (tardoz) do
muro através de uma manta de material geossintético (tipo geotêxtil). Neste caso, a
água é recolhida através de tubos de drenagem adequadamente posicionados.
Tipos de Muros. Muro de concreto ciclópico

Fonte:https://www.escolaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2016/11/muro-
arrimo-por-gravidade.jpg

MONTAGEM DE GABIÃO

Embora tenham execução simples, muros de arrimo feitos com gabiões


demandam atenção dos operários na disposição das pedras dentro das gaiolas.
Estruturas feitas com gabiões são, em geral, contenções. Logo, sua função é criar
resistência ao deslocamento de terra. Enquanto alguns sistemas de contenção de
taludes atuam por atirantamento ou por meio de reforço do solo, os gabiões atuam
por gravidade. Ou seja, é o peso deles que impede o terreno de desmoronar.
Gabiões são, portanto, telas organizadas como gaiolas e preenchidas com
pedras, o que garante que a estrutura seja drenante e deformável. Dessa maneira, o
sistema conta com outra vantagem, que é a possibilidade de se adaptar a qualquer
solo. O desempenho da estrutura depende diretamente do cuidado dos operários em
organizar as pedras no interior da gaiola. Se as mesmas não forem dispostas com
critério, a quantidade de vazios entre elas pode ser muito grande e tornar o muro
mais leve e, portanto, comprometer seu desempenho. A estrutura resultante é
monolítica, flexível, permeável e autodrenante, além de ser durável. O processo de
montagem é simples, mas se não for seguido à risca, diminui a capacidade de
contenção da estrutura. Conheça as melhores práticas para montar gabiões.
Gabião

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352637.jpg

PREPARAÇÃO

Os fardos de gabiões são entregues dobrados na obra. O arame necessário


para as operações de montagem e união dos gabiões pode ser enviado dentro do
mesmo fardo ou separado. O armazenamento deve ser feito, sempre que possível,
em lugar próximo ao da montagem.

Passo 1

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352638.jpg
DICA

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352640.jpg

O tamanho das peças é indicado por meio de cores. Neste caso, o azul.

Passo 2

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352639.jpg

A montagem começa com o transporte das gaiolas, ainda dobradas, até o


lugar da instalação.

Passo 3
Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352641.jpg

Próximo ao local de destino, as telas devem ser totalmente desdobradas


sobre uma superfície firme e plana. As irregularidades das telas devem ser
eliminadas, o que pode ser feito com os pés. Ou seja, com os operários pisando nas
saliências.

Passo 4

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352642.jpg

O rachão também deve ser depositado próximo ao local onde será montado o
gabião. Para o preenchimento, devem ser usadas pedras limpas, compactas, não
friáveis e não solúveis em água. Somente com essas características é que elas vão
garantir o comportamento e a resistência esperados para a estrutura.

Passo 5

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352643.jpg

Para formar as gaiolas a partir das telas, dobre a face frontal e a tampa.
Levante-as até a posição vertical, repetindo o processo na face posterior.

Passo 6
Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352644.jpg

Repetindo o procedimento para as faces laterais e os diafragmas, o resultado


é uma caixa com o formato de um paralelepípedo aberto.

Passo 7

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352645.jpg

Uma vez formada a caixa, os fios de borda que sobressaem nos cantos dos
panos de tela precisam ser unidos. Para tanto, basta torcê-los entre si.
Dica

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352646.jpg

Para cada aresta de 1 m de comprimento, é necessário aproximadamente 1,4


m de arame. A tampa, nesta etapa, deve ser dobrada sem ser amarrada.

Passo 8

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352647.jpg

Usando o arame, amarra-se continuamente as arestas verticais que estão em


contato. Desta forma, o gabião ficará separado em células iguais de
aproximadamente 1 m² cada.

Passo 9
Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352648.jpg

A amarração deve ser realizada passando-se o arame através de todas as


malhas que formam as bordas, alternando uma volta simples com uma dupla. Desta
forma, estará assegurada a união resistente entre os gabiões, suficiente para resistir
aos esforços de tração aos quais serão submetidos.

Passo 10

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352649.jpg

As bordas deverão estar em contato de tal maneira que esforços de tração


não causem movimentos relativos. Ou seja, uma caixa não pode se movimentar
enquanto a outra permanece estática. Eventuais movimentações precisam afetar a
estrutura como um todo. É essa amarração que garante o comportamento monolítico
da estrutura.
Passo 11

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352650.jpg

O elemento, já montado, é transportado até o lugar definido no projeto e


posicionado apropriadamente. O local de apoio deve ser previamente preparado e
nivelado. Então, é essencial assegurar que as características de resistência do
terreno sejam as consideradas no projeto. Caso contrário, a camada superior do
terreno deve ser substituída por material granular de boas características.
Resistência menor que a prevista pode colocar em risco a estabilidade da obra.

Passo 12
Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352651.jpg
Os elementos, então, são amarrados, ainda vazios, uns aos outros ao longo
de todas as arestas de contato (menos as das tampas), formando a primeira camada
da estrutura. As tampas devem ser dobradas em direção à face externa e dispostas
de tal maneira que o enchimento com pedras seja facilitado.

Passo 13

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352652.jpg

Para garantir que a estrutura apresente a estética esperada, um bom acabamento


para a face frontal deve ser garantido. Para isso, é utilizado o gabarito de madeira.
Passo 14

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352653.jpg

A função do gabarito, que será removido depois, é manter a face plana


durante o enchimento das gaiolas. O gabarito pode ser formado por três tábuas de
madeira de aproximadamente 2 cm a 3 cm de espessura, 4 m a 5 m de comprimento
e 0,20 m de largura. Mantidas paralelas a uma distância de 0,20 m umas das outras
por tábuas transversais menores, formam uma grelha. O gabarito deve ser fixado
firmemente à face externa, usando o mesmo arame de amarração.
Passo 15
Fontehttp://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352654.jpg
A primeira camada de pedras deve ser depositada pela escavadeira dentro
das gaiolas. Em gabiões com 1 m de altura, essa camada deve ter 0,30 m de
espessura. Já a primeira camada de gabiões com 0,50 m de altura tem 0,25 m de
espessura.

Passo 16

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352655.jpg

Em seguida, essas pedras devem ser rearranjadas manualmente pelos


operários, visando reduzir os vazios conforme previsto no projeto.
Passo 17

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352656.jpg
Concluída a arrumação da primeira camada, devem ser colocados dois
tirantes (tensores) horizontalmente em cada célula. Eles precisam ser amarrados a
duas torções da face frontal, aproveitando o espaço existente entre as tábuas do
gabarito, e a duas da face posterior de cada caixa.

Passo 18

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352657.jpg

Os tensores devem ser dispostos nos dois sentidos, formando uma malha de tensores.

Passo 19
Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352658.jpg

Após esta etapa inicial do enchimento, outra camada, com a mesma


espessura, deve ser preenchida. Novamente, deve ser feito o rearranjo manual das
pedras seguido da instalação dos tensores nos dois sentidos. Cuidado para que a
diferença entre o nível das pedras de duas células vizinhas não ultrapasse 0,30 m,
para evitar a deformação do diafragma ou das faces laterais. Problemas de
deformação dificultam o preenchimento e posterior fechamento da tampa.

Passo 20

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352659.jpg

Ao completar cada camada, é recomendável verificar se o preenchimento


está sendo feito por igual ao longo da estrutura, o que pode ser testado com uso de
mangueira de pedreiro.

Passo 21

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352660.jpg

Por fim, completa-se o preenchimento de cada célula até exceder sua altura
em aproximadamente 3 cm a 5 cm. Superar este limite pode gerar dificuldades na
hora do fechamento dos gabiões.

FINALIZAÇÃO

Passo 22

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352661.jpg
Preenchidas as células, a tampa, que havia ficado dobrada, é então desdobrada e
posicionada sobre a caixa para fechar o gabião, sendo amarrada ao longo de seu
perímetro livre a todas as bordas superiores dos painéis verticais. A amarração deve,
sempre que possível, unir também a borda em contato com o gabião vizinho.

Passo 23

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352662.jpg
As estruturas em gabiões são sempre montadas em camadas sobrepostas,
iniciando da base para o topo, de modo a alcançar a geometria prevista em projeto.
As camadas devem também ser unidas entre si por meio da mesma amarração feita
anteriormente.

Passo 24
Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352663.jpg

No tardoz da estrutura, ou seja, na parte de trás, que ficará em contato com o


talude, é preciso colocar manta geotêxtil não tecido. Esta manta permite a passagem
da água, mas evita que o solo seja transportado por entre as pedras, ocasionando a
erosão do talude num fenômeno conhecido como carreamento dos finos do solo.

Passo 25

Fonte:http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/imagens/i352664.jpg

Ao final dos trabalhos, é assim que a estrutura ficará. Esse tipo de contenção
é indicado também para a canalização de córregos, como no caso deste passo a
passo.

MUROS EM FOGUEIRA (“CRIB WALL”)

“Crib Walls” são estruturas formadas por elementos pré-moldados de concreto


armado, madeira ou aço, que são montados no local, em forma de “fogueiras”
justapostas e interligadas longitudinalmente, cujo espaço interno é preenchido com
material granular graúdo. São estruturas capazes de se acomodarem a recalques
das fundações e funcionam como muros de gravidade.

Crib wall
Fonte:http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-
tecnicas/11/imagens/i315355.jpg

MUROS DE SACOS DE SOLO-CIMENTO

Os muros são constituídos por camadas formadas por sacos de poliéster ou


similares, preenchidos por uma mistura cimento solo da ordem de 1:10 a 1:15 (em
volume). O solo utilizado é inicialmente submetido a um peneiramento em uma
malha de 9mm, para a retirada dos pedregulhos. Em seguida, o cimento é
espalhado e misturado, adicionando-se água em quantidade 1% acima da
correspondente à umidade ótima de compactação proctor normal.
Após a homogeneização, a mistura é colocada em sacos, com preenchimento
até cerca de dois terços do volume útil do saco. Procede-se então o fechamento
mediante costura manual. O ensacamento do material facilita o transporte para o
local da obra e torna dispensável a utilização de formas para a execução do muro.
No local de construção, os sacos de solo-cimento são arrumados em
camadas posicionadas horizontalmente e, a seguir, cada camada do material é
compactada de modo a reduzir o volume de vazios. O posicionamento dos sacos de
uma camada é propositalmente desencontrado em relação à camada imediatamente
inferior, de modo a garantir um maior intertravamento e, em consequência, uma
maior densidade do muro. A compactação é em geral realizada manualmente com
soquetes.
As faces externas do muro podem receber uma proteção superficial de
argamassa de concreto magro, para prevenir contra a ação erosiva de ventos e
águas superficiais. Esta técnica tem se mostrado promissora devido ao baixo custo e
pelo fato de não requerer mão de obra ou equipamentos especializados. Um muro
de arrimo de solo-cimento com altura entre 2 e 5 metros tem custo da ordem de 60%
do custo de um muro de igual altura executado em concreto armado (Marangon,
1992). Como vantagens adicionais, pode-se citar a facilidade de execução do muro
com forma curva (adaptada à topografia local) e a adequabilidade do uso de solos
residuais.

Muro Passivo em Rip- Rap

Fonte:https://sites.google.com/site/naresi1968/_/rsrc/1325607391298/naresi/41-solo-
ensacado---rip-rap/rip.JPG

MUROS DE PNEUS

Os muros de pneus (Figura 8) são construídos a partir do lançamento de


camadas horizontais de pneus, amarrados entre si com corda ou arame e
preenchidos com solo compactado. Funcionam como muros de gravidade e
apresentam com vantagens o reuso de pneus descartados e a flexibilidade. A
utilização de pneus usados em obras geotécnicas apresenta-se como uma solução
que combina a elevada resistência mecânica do material com o baixo custo,
comparativamente aos materiais convencionais. Sendo um muro de peso, os muros
de solo pneus estão limitados a alturas inferiores a 5 m e à disponibilidade de
espaço para a construção de uma base com largura da ordem de 40 a 60% da altura
do muro. No entanto, deve-se ressaltar que o muro de solo pneus é uma estrutura
flexível e, portanto, as deformações horizontais e verticais podem ser superiores às
usuais em muros de peso de alvenaria ou concreto. Assim sendo, não se recomenda
a construção de muros de solo pneus para contenção de terrenos que sirvam de
suporte a obras civis pouco deformáveis, tais como estruturas de fundações ou
ferrovias. Como elemento de amarração entre pneus, recomenda-se a utilização de
cordas de polipropileno com 6mm de diâmetro. Cordas de náilon ou sisal são
facilmente degradáveis e não devem ser utilizadas. O peso específico do material
solo-pneus utilizado em muro experimental foi determinado a partir de ensaios de
densidade no campo (Medeiros et al.; 1997), e varia na faixa de 15,5 kN/m3 (solo
com pneus inteiros) a 16,5 kN/m3 (solo com pneus cortados). O posicionamento das
sucessivas camadas horizontais de pneus deve ser descasado, de forma a
minimizar os espaços vazios entre pneus. A face externa do muro de pneus deve ser
revestida, para evitar não só o carreamento ou erosão do solo de enchimento dos
pneus, como também o vandalismo ou a possibilidade de incêndios. O revestimento
da face do muro deverá ser suficientemente resistente e flexível, ter boa aparência e
ser de fácil construção. As principais opções de revestimento do muro são alvenaria
em blocos de concreto, concreto projetado sobre tela metálica, placas pré-moldadas
ou vegetação.

Muro de pneus
Fonte:http://wp.radioshiga.com/wp-content/uploads/2015/11/muro-de-pneus.jpg

MUROS DE FLEXAO

Muros de Flexão são estruturas mais esbeltas com seção transversal em


forma de “L” que resistem aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio
do maciço, que se apoia sobre a base do “L”, para manter-se em equilíbrio.
Em geral, são construídos em concreto armado, tornando-se antieconômicos
para alturas acima de 5 a 7 m. A laje de base em geral apresenta largura entre 50 e
70% da altura do muro. A face trabalha à flexão e se necessário pode empregar
vigas de enrijecimento, no caso alturas maiores.
Para muros com alturas superiores a cerca de 5 m, é conveniente a utilização
de contrafortes (ou nervuras), para aumentar a estabilidade contra o tombamento
(Figura 10). Tratando-se de laje de base interna, ou seja, sob o retro aterro, os
contrafortes devem ser adequadamente armados para resistir a esforços de tração.
No caso de laje externa ao retro aterro, os contrafortes trabalham à compressão.
Esta configuração é menos usual, pois acarreta perda de espaço útil a jusante da
estrutura de contenção. Os contrafortes são em geral espaçados de cerca de 70%
da altura do muro.
Muros de flexão podem também ser ancorados na base com tirantes ou
chumbadores (rocha) para melhorar sua condição de estabilidade. Esta solução de
projeto pode ser aplicada quando na fundação do muro ocorre material competente
(rocha sã ou alterada) e quando há limitação de espaço disponível para que a base
do muro apresente as dimensões necessárias para a estabilidade.

Muro de flexão

Fonte:https://sites.google.com/site/naresi1968/_/rsrc/1325032113265/naresi/24-
muro-de-arrimo/A%20MURO%20DE%20FLEX%C3%83O.PNG

Muro de contraforte

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAgTR0AL-38.jpg
PROJETO DE MURO DE ARRIMO

1A. ETAPA PRE-DIMENSIONAMENTO.

Dimensionamento

Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-
_dimensionamento_-_parte_-2muros_de_arrimo_2.pdf

Dimensionamento
Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-_dimensionamento_-_parte_-
2muros_de_arrimo_2.pdf

2A. ETAPA - DEFINIÇÃO DOS ESFORÇOS ATUANTES.

Ação produzida pelo maciço terroso sobre as obras em contato.


Métodos mais utilizados:
• MÉTODO DE RANKINE
• MÉTODO DE COULOMB

MÉTODO DE RANKINE

Supõe que:
• Empuxos laterais variam linearmente com a profundidade;
• A pressão resultante e encontrada a 1/3 da altura (acima da base da
parede);
• A forca resultante do empuxo e paralela a superfície do terreno.

Definição dos esforços atuantes.


• Calculo dos empuxos totais: E A e Ep
Rankine

Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-_dimensionamento_-_parte_-
2muros_de_arrimo_2.pdf

Formulas - calculo dos empuxos totais: Empuxo Ativo e Passivo

Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-_dimensionamento_-_parte_-
2muros_de_arrimo_2.pdf

Dimensionamento
Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-_dimensionamento_-_parte_-
2muros_de_arrimo_2.pdf

• Calculo do peso do muro e momentos


• Características do material de construção dos muros

Ex: muro de concreto armado

3A. ETAPA - VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE

Na verificação de um muro de arrimo, seja qual for a sua seção, devem ser
investigadas as seguintes condições de estabilidade:
• tombamento;
• deslizamento da base;
• capacidade de carga da fundação.

Estabilidade dos muros de arrimo


Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-
_dimensionamento_-_parte_-2muros_de_arrimo_2.pdf

Para que o muro não tombe em torno da extremidade externa (ponto A da


Figura) o momento resistente deve ser maior do que o momento solicitante.
ΣMres > Σmsolic

• O momento resistente (Mres) corresponde ao momento gerado


• pelo peso do muro.
• O momento solicitante (Msolic) e definido como o momento do empuxo total
atuante em relação ao ponto A.
• Segurança contra Deslizamento consiste na verificação do equilíbrio das
componentes horizontais das forcas atuantes, com a aplicação de um fator de
segurança adequado:

Seguranca contra Deslizamento


Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-_dimensionamento_-_parte_-
2muros_de_arrimo_2.pdf

• O valor de S e calculado pelo produto da resistência ao cisalhamento na


base do muro vezes a largura; isto é:

Seguranca contra Deslizamento

Fonte:http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-_dimensionamento_-_parte_-
2muros_de_arrimo_2.pdf

CAPACIDADE DE CARGA

A capacidade de carga consiste na verificação da segurança contra a ruptura


e deformações excessivas do terreno de fundação. A analise geralmente considera o
muro rígido e a distribuição de tensões linear ao longo da base. Se a resultante das
forcas atuantes no muro localizar-se no núcleo centra da base do muro, o diagrama
de pressões no solo será aproximadamente trapezoidal. O terreno estará submetido
apenas a tensões de compressão.

CASO DA BARRAGEM DE FUNDÃO EM MARIANA - MG

O rompimento da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento


Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais,
ocorreu na tarde de 5 de novembro de 2015. Rompeu-se uma barragem de rejeitos
de mineração controlada pela Samarco Mineração S.A., um empreendimento
conjunto das maiores empresas de mineração do mundo, a brasileira Vale S.A. e a
anglo-australiana BHP Billiton.
Inicialmente a mineradora Samarco informara que duas barragens haviam se
rompido - a de Fundão e a de Santarém. Porém, no dia 16 de novembro, a Samarco
retificou a informação, afirmando que apenas a barragem de Fundão havia se
rompido. O rompimento de Fundão provocou o vazamento dos rejeitos que
passaram por cima de Santarém, que, entretanto, não se rompeu.[4] As barragens
foram construídas para acomodar os rejeitos provenientes da extração do minério de
ferro retirado de extensas minas na região.
O rompimento da barragem de Fundão é considerado o desastre industrial
que causou o maior impacto ambiental da história brasileira e o maior do mundo
envolvendo barragens de rejeitos, com um volume total despejado de 62 milhões de
metros cúbicos. A lama chegou ao rio Doce, cuja bacia hidrográfica abrange 230
municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos dos quais
abastecem sua população com a água do rio.
Ambientalistas consideraram que o efeito dos rejeitos no mar continuará por
pelo menos mais cem anos, mas não houve uma avaliação detalhada de todos os
danos causados pelo desastre. Segundo a prefeitura do município de Mariana, a
reparação dos danos causados à infraestrutura local deverá custar cerca de cem
milhões de reais.
Relatório final do Ministério Público do Estado de Minas Gerais sobre o
rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana (MG),
aponta que o desastre teria sido motivado por obras na barragem. O rompimento
ocorreu no dia 5 de novembro de 2015 espalhando lama e rejeitos de mineração e
deixou 19 pessoas mortas, causou destruição da vegetação nativa e poluiu a bacia
do Rio Doce.
O relatório diz que, em 2013, na elevação aproximada de 864 metros, o eixo
da barragem foi recuado. Segundo informações obtidas em relatórios técnicos, este
recuo foi implantado com a finalidade de possibilitar os trabalhos de reparo na
galeria secundária que apresentava sérios problemas de vazamento. De acordo com
os mesmos relatórios técnicos, os alteamentos (elevação) da barragem continuaram
nesta região do recuo.
Como consequência da mudança no eixo e a criação do recuo, a nova seção
da barragem acima da elevação 864 metros passou a ter na sua fundação zonas ou
camadas onde os rejeitos eram menos resistentes e menos permeáveis do que o
previsto no projeto original, registra o relatório. “A barragem continuou a ser alteada
ao longo do recuo até novembro de 2015”.
Em outro ponto, o relatório registra que “a ruptura da barragem teve início no
chamado recuo, na região próxima à ombreira esquerda, de forma abrupta, sem
qualquer sinalização e rapidamente se expandiu para todo o corpo da barragem”.
O relatório descarta que o rompimento possa ter sido causado por terremoto,
vibrações de explosivos utilizados na operação da mina e vibrações produzidas
pelos equipamentos operando sobre ou próximos a barragem.
O relatório é feito pelas empresas Geomecânica e o Norwegian Geotechnical
Institute, que foram contratados para fazer uma avaliação sobre as causas principais
e periféricas da ruptura da barragem.
O texto registra esperar que esses resultados e conclusões devem servir de
base para aprimorar as técnicas usuais, desenvolver novas técnicas, reformular
normas, códigos e leis para que as barragens de rejeito, não só no Brasil, mas no
mundo, sejam mais seguras e sustentáveis.
O relatório é feito pelas empresas Geomecânica e o Norwegian Geotechnical
Institute, que foram contratados para fazer uma avaliação sobre as causas principais
e periféricas da ruptura da barragem.
O texto registra esperar que esses resultados e conclusões devem servir de
base para aprimorar as técnicas usuais, desenvolver novas técnicas, reformular
normas, códigos e leis para que as barragens de rejeito, não só no Brasil, mas no
mundo, sejam mais seguras e sustentáveis.

Procurada, a Samarco respondeu que “não teve acesso ao relatório do


Ministério Público do Estado de Minas Gerais e, portanto, não pode comentá-lo”.

O relatório foi entregue ontem (23) à Comissão Extraordinária da Barragem


da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pelo promotor Carlos Eduardo Ferreira. A
Assembleia também deverá apresentar um relatório próprio.

Esquema do rompimento de barragem em Bento Rodrigues

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0b/Rompimento_de_barragem_em_Bento_Rodrigues.PNG

Rio Doce inundado com lama


Fonte:http://g1.globo.com/minas-gerais/fotos/2015/11/barragem-se-rompe-e-distrito-de-mariana-e-
inundado.html#F1851686

Distrito foi tomado pela lama

Fonte:http://s2.glbimg.com/XVwiVlHTdbv2N7vAx83VXN7hqlg=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/11/06/cop
_barragem10_0611_edit.jpg
BIBLIOGRAFIA

http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/artigo265484-1.aspx,
Reportagem: Juliana Martins, Edição 51 – Setembro/2012, acessado em 10/08/2017;

https://www.hometeka.com.br/f5/o-que-e-muro-de-arrimo-entenda-sua-importancia-
e-como-deve-ser-construido/, acessado em 02/09/2017;

http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf, acessado em 03/09/2017;

http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-tardoz.html, acessado em 03/09/2017;

http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/11/2-crib-wall-contencao-de-
muro-em-fogueira-245824-1.aspx, acessado em 03/09/2017;

http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_4-
muros_de_arrimo.pdf, acessado em 05/09/2017;

http://engenhariacivilunip.weebly.com/uploads/1/3/9/9/13991958/aula_2-2_-
_dimensionamento_-_parte_-2muros_de_arrimo_2.pdf, acessado em 05/09/2017;

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rompimento_de_barragem_em_Mariana#Apura.C3.A7.C
3.A3o_das_causas, acessado em 27/09/2017;

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-06/tragedia-em-mariana-foi-
causada-por-obras-em-barragem-da-samarco-diz-mp, acessado em 27/09/2017;

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