Tomando como base a Carta Magna, onde afirma que “todos são iguais
perante a Lei", essa é a confirmação da isonomia de que todos são iguais em face
da Lei. Portanto, entende-se também quea paridade de armas é mais uma garantia
de acesso ao judiciário, ou seja, direitos concedidos à Administração Pública em
juízo, bem como sua compatibilidade ou não com a Constituição Federal brasileira
de 1.988, em especial com o princípio da isonomia, igualdade das partes ou
paridade de armas.
A história é o ângulo para melhor entender e analisar os fatores, de forma
coetânea, a totalidade das leis, bem como a paridade de armas que se torna uma
garantia constitucional, visando um equilíbrio entre as partes, um senso de justiça a
todo o individuo, tornando igual ao Estado.
Embora a linguagem usada para descrever a paridade de armas
aparentemente seja amplamente expressa de modo a abranger tanto a acusação ea
defesa, na prática, onde as violações deste princípio foram encontradas, é porque a
defesa foi de alguma forma injusta desativada a partir de preparar ou apresentar seu
caso.
Sabe-se que é responsabilidade do Estado manter e cuidar pela paridade de
armas entre os sujeitos do processo, dando oportunidades proporcionais litigar a
produção de provas.
Dessa forma a paridade de armas busca alcançar o equilíbrio em tribuna,
tornando assim indispensável a marcha processual. De tal grandeza e
indispensabilidade que o principio se torna uma garantia constitucional.
Esclarecendo dessa forma, MIRABETE (2004, p.44):
Dos mais importantes no processo acusatório e o principio do contraditório,
garantia constitucional que assegura a ampla defesa do acusado (art 5º,
LV). Segundo ele, o acusado goza de direito de defesa sem restrições, num
processo em que deve estar assegurada a igualdade de partes. Diz bem J.
Canuto Mendes de Almeida: A verdade atingida pela justiça publica não
pode e não deve valer em juízo sem que haja oportunidade de defesa do
indiciado.
Dispõe o artigo 5º, XXXIV e LXXIV da Constituição Federal que são a todos
assegurados, independentemente dopagamento de taxas: a) “o direito de petição
aos Poderes Públicos em defesa dedireitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder”
e b) “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”.
A paridade, na Constituição Federal no Art. 5° acerca da natureza
constitucional, como anteriormente citado: “todos são iguais perante a lei”. Portanto,
a paridade de armas dentro do processo penal consiste na igualdade de
oportunidades que deve ser garantida a ambas as partes.
Da mesma forma, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos prevê
que “Todas as pessoas são iguais perante aos tribunais e as cortes de justiça”.
Embasado na Carta Magna que não permite nenhum tipo de descriminação
e acentua a igualdade prevista em lei, MORAIS (2002, p. 92):
A desigualdade na lei se produz quando a norma distingue de forma não
razoável ou arbitrária um tratamento específico a pessoas diversas. Para
que as diferenciações normativas possam ser consideradas não
discriminatórias, torna-se indispensável que exista uma justificativa objetiva
e razoável, de acordo com critérios e juízos valorativos genericamente
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4-CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão. Teoria do Garantismo Penal. São Paulo: RT,
2006.
GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva,
2009.
LUCON, Paulo Henrique dos Santos. Garantia do tratamento paritário das partes. In
CRUZ E TUCCI, José Rogério (Coord.). Garantias constitucionais do processo civil.
São Paulo: RT, 1999.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direito penal: parte especial (arts. 121 a
234 do CP), volume 2. 13.ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998.
MORAIS, Alexandre de, Direito Constitucional, 11° edição, Editora Atlas, 2002.
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OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 15ª ed. rev. e atual. Rio
de Janeiro: Lumen Juris. 2011.