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A trindade de Obàtálá, Èsù e Òrúnmìlá.

Abril 11, 2014 por Odé Ợlaigbo

A trindade constituída de Obàtálá, Èsù e Òrúnmìlá exemplifica, no plano filosófico, o provérbio Yorùbá em que a
tríplice garante a estabilidade. No esforço para esta estabilidade filosófica o homem foi ensinado pelo oráculo de
Ifá a observar a retidão ética de Obàtálá, alegar o elemento imprevisível da vida representado por Èsù e
confrontar os problemas com a sabedoria de Òrúnmìlá. Essa é a mensagem abstrata atrás dos mitos e legendas
do papel da trindade recontada pelos versos de Ifá.

Este verso de Èjì Ogbè reconta o reconhecimento de status supremo de Obàtálá e o início discreto da trindade de
Obàtálá-Èsù-Òrúnmìlá.

Não há águas que possam rivalizar com o Oceano na majestade. Não há nascentes nas montanhas que possam
se igualar a Lagoa em grandeza.

Assim declarou o oráculo de Ifá para Obàtálá,

O Ancião dos Dias, no dia em que ele foi dotado com o poder criativo.

Outras divindades exigiram um compartilhamento deste poder, exceto Òrúnmìlá e Èsù.

No verso a seguir veremos Obàtálá conferido com o poder Criativo e veremos a rivalidade de outras divindades
que queriam um pouco do poder.

Òrúnmìlá foi convidado para a trama, porém, ele recusou.

Èsù também foi chamado, porém, também recusou.

Desta vez as divindades perderam a batalha para Obàtálá e imediatamente concederam preeminência eterna
para ele.

A próxima estrofe de Ìretè méjì revela que a recusa de Òrúnmìlá e Èsù para se agregar na conspiração contra
Obàtálá não foi sem benefício calculado. Desassociando-se das outras divindades, Òrúnmìlá e Èsù se auto
promoveram a uma co-igualdade com Obàtálá em uma Trindade.

Dois personagens:

Emissário da Terra e O criador da cidade de Ifé, foram os regulares mensageiros de Òrúnmìlá para Olódùmarè, o
Onipotente.

A mensagem para o Onipotente talvez seja:

Com o estado das coisas em Ifé nos dias de hoje, que sacrifícios deveriam ser apontados como remédio?

A resposta veio:

Ofereça um rato do mato.

Atuando nestas recomendações Òrúnmìlá receberia bons auspícios para a cidade e tudo tornaria a ficar bem.

Mas assim que o tempo passou, as coisas mudaram.

Quando o Onipotente disse que uma cabra deveria ser oferecida, estes mensageiros reportaram a Òrúnmìlá que
um cordeiro deveria ser oferecido.

O sacrifício resultaria em falha.

O que seria responsável por estes eventos?

Òrúnmìlá perguntou a si mesmo, não sendo cúmplice da traição dos seus mensageiros.

Eventualmente, a verdade apareceu, porém Òrúnmìlá nada disse.

Ele apenas impediu os mensageiros de enviarem ainda mais solicitações ao Onipotente.

Um dia, sem notícias, no curso normal de uma consulta divinatória Òrúnmìlá de repente apreendeu os
mensageiros e matou os dois.
Quando os cidadãos de Ifé descobriram a ação de Òrúnmìlá, eles ficaram chocados.

Como pode Òrúnmìlá ter matado seus mensageiros cujos recados para o Onipotente sempre trouxeram
prosperidade à Ifé?

Quando Òrúnmìlá conseguiria substituir os mensageiros por outros melhores ou de iguais serviços?

Òrúnmìlá respondeu que o problema estava longe de ser simples, que a verdade iludiu os cidadãos.

Os cidadãos furiosos tornaram-se duros e no final sitiaram a casa de Òrúnmìlá. Òrúnmìlá, os mandou para
longe e se escondeu.

Os invasores irados armaram contra o Omo Ifá de Òrúnmìlá chamado Imulegbẹ (O Adepto) e bateram
severamente nele.

Eles acharam outro convidado Àkàlé (O Protetor da Casa) e o estapearam muitas vezes, então retornaram para
Imulegbẹ para rasgar suas roupas em pedaços.

Nisto, Òrúnmìlá apareceu para desafiar os agressores:

Então não há mais respeito ou reverência por mim nesta cidade?

Vocês, cidadãos de Ifé, não prosperaram sob minha orientação?

É correto que os meus convidados sejam tão maltratados por vocês?

Em uma grande fúria, Òrúnmìlá deixou a cidade rapidamente seguido prontamente de Imulegbẹ e Àkàlé.

Contudo, antes de deixar Ifé, Òrúnmìlá ordenou a todos os adivinhos de ífá, incluindo os que empregam três,
quatro, oito ou dezesseis búzios a doravante recusar a consulta para os cidadãos de Ifé.

Assim, os cidadãos de Ifé iriam aprender quão fáceis é administrar seus próprios assuntos sem a orientação dos
adivinhos.

Tendo deixado Ifé, Òrúnmìlá e seus dois amigos viajaram profundamente dentro da floresta até que chegaram
“No Meio do Nada” e eles construíram três cabanas de colmo com folhas de palmeira:

Uma para Àkàlé (Codinome de Èsù) e a segunda para Imulegbẹ, um outro nome para Obàtálá e a última para
Òrúnmìlá.

Com a partida de Òrúnmìlá, a cidade de Ifé ficou engolida de problemas.

Os alimentos tornaram-se escassos, mulheres grávidas sentiram as dores do parto mas não conseguiram parir.

As recém-casadas não conseguiram engravidar.

Os homens se tornaram impotentes.

Em pouco tempo a desordem e a confusão reinaram.

Os cidadãos consultaram os adivinhos de 3,4,8 ou 16 búzios para ver como o desastre poderia ser detido mas, os
adivinhos, responderam que todos os seus pedidos não poderiam ser satisfeitos uma vez que seus búzios usados
para adivinhação foram completamente gastos em dias de necessidades.

O que eles fariam?

Onde se escondiam as soluções?

O próprio Rei de Ifé estava perplexo e perdido com as condições da cidade que só pioravam a cada dia.

Não choveu e tudo começou a ficar parado, então os cidadãos levaram os problemas mais a sério e viajaram
para fora de Ifé para solicitar assistência em qualquer lugar possível.

Primeiro conheceram um adivinho cujo apelido era “Caranguejo que se arrasta em buracos no pântano longe dos
habitantes aquáticos”.

Ele rejeitou a consulta do Oráculo em seu nome alegando a injunção imposta a ele por Òrúnmìlá seu mestre que
antes deixou Ifé.

“Mas nós não sabemos onde está seu mestre” responderam os cidadãos.
“O que deveríamos fazer para sair dessa situação desesperadora?”

Tendo pena de seus apuros o adivinho aconselhou-os a caçar um antílope e trazer para ele, depois ele os
apresentaria a outro adivinho.

Os cidadãos cumpriram muito prontamente.

Então, eles foram despachados para outro adivinho cujo apelido era “Cor de Ouro assim como Óleo Fresco de
Palmeira”, que foi esperado para levá-los até o esconderijo de Òrúnmìlá.

Depois de ter escutado suas predicações o adivinho exclamou:

Isso é realmente verdade?

Oras, então vá buscar um antílope e traga-o para mim.

Os cidadãos se aprontaram e depois de um tempo acharam um antílope o qual eles perseguiram até o alto da
colina, abaixo dos pequenos vales.

Cada vez mais fundo na floresta a dentro a perseguição continuou, até que os cidadãos se acharam “No Meio do
Nada” quando de repente o antílope desapareceu.

Procurando pelo antílope perdido, os cidadãos logo avistaram três cabanas de colmo com folhas de palmeiras.

Completamente assombrados eles disseram a eles mesmos:

“Que lugar mais deserto para se escolher como habitação”!

Como pode alguém morar aqui quando, em Ifé, nós estamos morrendo de fome?

Um deles pegou uma pedra e arremessou-a em uma cabana.

Saiu de lá Àkàlé (Èsù) perguntando com irritação:

Quem arremessou esta pedra em minha cabana?

Responderam os cidadãos.

Fomos nós.

Qual é o problema.

Exigiu Èsù:

Que missão os trazem aqui?

Vocês nos proíbem de morar aqui também?

Ha!

Exclamaram os cidadãos.

Vocês, finalmente.

Eles chamaram Èsù e narraram para ele a miserável condição de vida em Ifé.

Disse Èsù:

Agora vocês vão retornar a Ifé e trazer os reparos por terem apedrejado minha cabana: 2 ratos do mato, 2
peixes secos e todas as outras coisas em dois.

Eles voltaram a Ifé com a intenção de providenciar os reparos necessários.

No processo eles relataram ao Rei que havia um raio de esperança no meio do nada.

Uma pessoa que falou com eles exigiu reparações deles.

O Rei respondeu que suspeitava de que Òrúnmìlá também estivesse na companhia de seu interlocutor.

Os cidadãos deveriam retornar para a floresta com as reparações requeridas e relatar os desenvolvimentos.

Entretanto, antes dos cidadãos retornarem, Àkàlé (Èsù) foi ao encontro de Òrúnmìlá.

Há um desenvolvimento interessante, ele disse.


Um dos cidadãos de Ifé que veio aqui apedrejou minha cabana.

Eu me retirei, ouvi seus contos de aflição e antes de prometer qualquer coisa eu ordenei reparações pelas suas
transgressões.

O que nós faremos se eles voltarem com as reparações?

Òrúnmìlá levou consigo Èsù para relatar a situação para Obàtálá, que é chamado de Elége (O Adepto).

Desta vez Òrúnmìlá disse:

Obàtálá, por favor, escute.

Èsù acabou de me contar que os Cidadãos de Ifé vieram aqui e sua história é cruel, muito cruel.

O desastre é iminente a não ser que façamos algo para ajudar.

Obàtálá respondeu:

Realmente! Mas você sabe Òrúnmìlá, que desde o nosso exílio aqui eu fechei as comportas de chuva.

Nenhuma gota irá cair na Terra até que o mundo todo seja destruído.

Eu não vou escutar nenhum apelo.

Apesar de muitas tentativas de Òrúnmìlá e Èsù, Obàtálá se recusou a mudar de ideia.

Foi quando Òrúnmìlá disse essa pesada palavra:

(Oríkì erò Obàtálá)

….

Neste ponto não podemos avançar muito.

….

Perplexo nestes elogios sutis, Obàtálá respondeu:

Na verdade, Òrúnmìlá, você recontou muitas das minhas histórias.

Nada mais resta a não ser aceitar seus apelos.

Consequentemente quando os cidadãos de Ifé voltaram com as reparações, Òrúnmìlá perdoou-os, Obàtálá
perdoou-os e Èsù perdoou-os.

Com as reparações, um sacrifício de indenização foi cumprido.

Acerca disso os três adivinhos e os cidadãos voltaram a Ifé dançando e alegrando-se por que a cidade fora salva
do desastre.

Daquela vez a cidade de Ifé se expandiu em várias direções até que englobou todo o mundo.

OBÀTÁLÁ, ÈSÙ E ÒRÚNMÌLÁ.

OBÀTÁLÁ

O òrìsà de paz, harmonia e pureza. Ele é o pai da maioria dos òrìsà e o criador da humanidade. Ele é o dono da
criação. Ele representa claridade, justiça e sabedoria. Tudo o que é branco na Terra pertence a ele: a neve, as
nuvens brancas, os ossos, o cérebro, o algodão.

Obàtálá é o sol e é também a chuva que cai para fertilizar a terra.

É o dono da argila e da criação, onde molda os seres humanos em barro.

“O grande òrìsà” ocupa uma posição única e inconteste do mais importante òrìsà e o mais elevado dos Deuses
Yorùbá.

Senhor do silêncio, do vácuo frio e calmo, onde as palavras não podem ser ouvidas. Pode ser lento como um
caramujo, todo de branco como seu ritual exige e também ser enérgico e guerreiro, em todas as versões, é
Obàtálá o rei do Pano Branco.

ÈSÙ
Èsù foi criado por Olódùmarè como um òrìsà especial de maneira tal que ele deve existir em tudo e residir em
cada pessoa. Foi dessa matéria primordial e divina da qual, posteriormente, ele fez todos os òrìsà. Assim, Èsù é
o primeiro ser criado.

Èsù é conhecido como “Èsù Àgbá”, o Ancestral primordial, e seus assentamentos mais antigos e tradicionais eram
simples pedras de laterita vermelha. Èsù é por excelência o símbolo da existência diferenciada e, em
consequência disso, o elemento dinâmico que leva ao movimento, à transformação e ao crescimento. Ele é o
princípio dinâmico de tudo que existe e do que virá a existir. Èsù é a energia absoluta da oportunidade!

Èsù é o primeiro a ser cultuado, e isso se explica devido ao seu papel de energia condutora, propulsora,
recapacitadora e reconstituidora.

Sem Èsù, tudo estaria paralisado, estagnado, sem desenvolvimento.

É Èsù quem faz cumprir o equilíbrio de tudo que existe. É o equilíbrio que permite a multiplicação e o
crescimento.

ÒRÚNMÌLÁ

Òrúnmìlá é o òrìsà Senhor da sabedoria e do conhecimento, que tendo adquirido o direito de viver entre o céu e
a terra, tudo sabe e tudo vê na totalidade dos mundos, transcendendo espaço e tempo.

Foi testemunha da criação universal e detém o conhecimento do passado, presente e futuro do destino de todos
os habitantes da terra e do céu.

Na Terra, Òrúnmìlá é quem apresenta o destino ao reencarnado por ocasião do seu nascimento. Conhece todos
os destinos e como propiciar o sucesso em todos os âmbitos, além de revelar o òrìsà pessoal de cada um.

Òrúnmìlá é a soma da sabedoria suprema, a vida e a morte, o nascimento da natureza, a visão total do mundo e
da existência estabelecendo normas éticas que irão comandar as sociedades e os homens. É o equilíbrio que
ajusta a força que conduz a sustentação do planeta. Òrúnmìlá representa a antiga sabedoria do Culto Yorùbá.

Uma modalidade oracular mais popular é o Òpèlè Ifá. Apenas sacerdotes iniciados no culto de Òrúnmìlá – os
Oluwo Ifá e Bàbáláwo – são credenciados para utilizar esses oráculos.

Todo o corpo filosófico da religião Yorùbá se resume nos signos de Ifá.

Texto cedido pelo meu sacerdote Obàálá Oluwo Olóri Ifárunaola Adesanya.

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