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PROVA ESCRITA DO CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR

EFETIVO DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,


CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

Edital Nº 334/2013, de 05 de novembro de 2013

CADERNO DE QUESTÕES
» CÓDIGO 66 «
LÍNGUA PORTUGUESA

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
 Este caderno tem um total de 50 (cinquenta) questões, distribuídas da seguinte forma:
Questões de 01 a 20: Língua Portuguesa;
Questões de 21 a 50: Conhecimentos Específicos.
 Verifique se este caderno está completo.
 Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o
candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta,
preencher o círculo (bolha) correspondente no cartão-resposta.
 As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão-
resposta, que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica.
 Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum
erro, comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal.
 O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as
questões deste caderno e preencher o cartão-resposta.
 NÃO HAVERÁ SUBSTITUIÇÃO, sob qualquer hipótese, deste caderno, nem do cartão-
resposta.
 Não serão dadas explicações durante a aplicação da prova.

BOA PROVA!

COORDENAÇÃO PERMANENTE DE CONCURSOS PÚBLICOS


IFPB » Concurso Público | Professor Efetivo de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico » Edital Nº 334/2013

LÍNGUA PORTUGUESA
Leia o Texto I e responda às questões de 01 a 15.

TEXTO I
Sobre técnicas de torrar café e outras técnicas
Ronaldo Correia de Brito

Já não existe a profissão de torradeira de café. Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que
trabalhavam nas casas de família, em dias agendados com bastante antecedência. As profissionais famosas
pela qualidade do serviço nunca tinham hora livre. Cobravam caro e só atendiam freguesas antigas. Não era
qualquer uma que sabia dar o ponto certo da torrefação, reconhecer o instante exato em que os grãos
precisavam ser retirados do fogo. Um minuto a mais e o café ficava queimado e amargo. Um minuto a
menos e ficava cru, com sabor travoso. “Pra tudo na vida existe um ponto certo”, diziam orgulhosas do
ofício, mexendo as sementes no caco de barro escuro, a colher de pau dançando na mão bem treinada, o
fogo aceso na temperatura exata.
Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: os que mexiam a cocada no tacho
de cobre, os que fabricavam o sabão caseiro de gorduras e vísceras animais, os que escaldavam a coalhada
para o queijo prensado, os que assavam as castanhas. Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os
orixás e caboclos, os iniciados sentem o instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto de atuação,
o transe que faz o santo descer e encarnar no seu cavalo.
Nenhum movimento é mais complexo que o de finalizar. Nele, estão contidos o desapego e a
separação, o sentimento de perda e morte. Sherazade contou suas histórias durante mil e uma noites,
barganhando com o esposo e algoz Sheriar o direito de continuar vivendo e narrando. Mil noites é um
número finito. O acréscimo de uma unidade ao numeral “mil” tornou-o infinito. Mil e uma noites se
estendem pela eternidade. Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de
histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém sem o
ponto final, Sherazade adiou o término e a morte. De maneira análoga, Penélope tecia um manto sem
nunca acabá-lo, acrescentando pontos durante o dia e desfazendo-os à noite. Também postergava o
momento. [...]
Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica
representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça. Conta a história
que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura. O xilogravador Gilvan
Samico me apresenta os mais de cem estudos e as provas de autor até chegar à gravura definitiva. Olha
para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões. Confessa os dias de
horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova definitiva, quando o trabalho é
considerado concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.
Que valor possui o esposo de Sherazade, comparado à narrativa que a liberta da morte? Talvez
apenas o de ser o pretexto para o mar de histórias que a jovem narra ao longo de mil e uma noites. E o que
se segue a esse imaginário fim? O que ocupa a milésima segunda noite, supostamente sem narrativas? Eis a
pergunta que todos os criadores se fazem. O que se seguirá ao grande vazio? Deus descansou no sétimo dia
após sua criação. O artista descansa, ou apenas se angustia pensando se a criatura que pôs no mundo está
verdadeiramente pronta, no ponto exato de um grão de café torrado por uma mestra exímia?
Afirmam que a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo. Num estado de absoluta
concentração, arqueiro, arco, flecha e alvo se desprendem da energia do movimento e partem em busca do
ponto exato. Anos de exercício levam ao disparo perfeito. O escritor trabalha com personagens que o
obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os santos do candomblé. Sonha os sonhos do outro, numa
entrega do próprio inconsciente à criação. Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-
se na superfície e salvar-se; com a mão esquerda anota frases sobre ruínas. Nunca possui a técnica exata de
um arqueiro zen, nem a perícia de uma torradeira de café. Dialoga com a morte como Sherazade, mantém
a respiração suspensa, negocia adiamentos e escreve.
Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta, um editor
arranca papéis inacabados de sua mão.
Disponível em:
http://www.opovo.com.br/app/colunas/ronaldocorreiadebrito/2012/03/03/noticiasronaldocorreiadebrito,2794944
/sobre-tecnicas-de-torrar-cafe-e-outras-tecnicas.shtml Acesso em 12 jun. 2013. (Texto adaptado).

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1. No TEXTO I, o autor

a) apresenta a atual situação dos artesãos no Brasil.


b) contesta a desigual valoração para as obras de arte.
c) argumenta em prol da necessidade de se fomentar o fazer artístico.
d) faz analogia entre o trabalho do artesão e o processo criativo do escritor.
e) defende o processo de construção literária como o único capaz de ser concluído.

2. Ao afirmar que “Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de
histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém
sem o ponto final, Sherazade adiou o término e a morte.” (parágrafo 3), o autor do texto retrata

a) o poder de sedução dos contos de fada.


b) a capacidade de inventividade narrativa como possibilidade de salvação.
c) a impossibilidade de se concluir uma produção literária em tempos modernos.
d) a indispensável interrelação entre ficção e realidade na concepção da obra literária.
e) a necessidade de se conhecer os clássicos da literatura, a exemplo de Mil e uma noites e a
Odisseia.

3. Todas as passagens a seguir se reportam à dificuldade do artista em separar-se de sua obra,


EXCETO:

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica
representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça.”
(parágrafo 4)
b) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.”
(parágrafo 4)
c) “Confessa os dias de horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova
definitiva, quando o trabalho é considerado concluído e o criador experimenta a estranheza
diante do que não mais lhe pertence.” (parágrafo 4)
d) “Conta a história que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura."
(parágrafo 4)
e) “O escritor trabalha com personagens que o obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os
santos do candomblé.” (parágrafo 6)

4. A referência à técnica desenvolvida pelas torradeiras de café, apresentada no início do texto,

a) denota a predileção do autor por técnicas artesanais, em detrimento das industriais.


b) é uma forma de registrar o reconhecimento, por parte das novas gerações, à cultura popular.
c) surge como uma homenagem do autor aos trabalhadores que conseguiram manter viva uma
tradição popular.
d) representa um exemplo da capacidade de certas técnicas rudimentares se perpetuarem ao
longo das gerações.
e) constitui-se ponto de partida para a discussão acerca da difícil arte de finalizar uma tarefa, tema
retratado no decorrer do texto.

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5. A finalização do processo de produção artística é retratada no texto como algo

a) impessoal, em função das demandas comerciais.


b) definitivo, já que registra o momento tão desejado pelo artista.
c) angustiante e doloroso, por se tratar de uma separação entre criador e criatura.
d) complexo, pelo fato de ser toda obra de arte o resultado de um trabalho coletivo.
e) libertador, pois a conclusão de uma obra de arte instiga o artista a produzir sempre mais.

6. Considerando o texto, aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela em que as expressões


apresentam relação sinonímica.

a) "fabricavam" – "escaldavam" (parágrafo 2)


b) "adiou" – "postergava" (parágrafo 3)
c) "estendem" – "bifurcam" (parágrafo 3)
d) "impressões" – "estranheza" (parágrafo 4)
e) "descansa" – "angustia" (parágrafo 5)

7. No final do texto, ao comparar o arqueiro zen ao escritor, o autor observa que

a) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, dificilmente atinge seu objetivo.


b) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, consegue, com exatidão, finalizar seu trabalho.
c) as ações do escritor e do arqueiro zen atingem, simultaneamente, o ponto exato de finalização.
d) o escritor, ao contrário do arqueiro zen, dedica-se com esmero ao processo de produção, antes
de finalizar seu trabalho.
e) o escritor e o arqueiro zen não conseguem finalizar seus trabalhos com êxito, por mais que se
esforcem.

8. A coesão de um texto se dá através da conexão entre vários enunciados e da relação de sentido


existente entre eles. Em relação à coesão presente no texto, o termo destacado encontra-se
devidamente justificado em:

a) “Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que trabalhavam nas casas de família, [...]”
(parágrafo 1). O termo em destaque indica uma referência à expressão “freguesas antigas”
(parágrafo 1).
b) “Nele, estão contidos o desapego e a separação *...+” (parágrafo 3). O termo em destaque faz
referência a “nenhum movimento” (parágrafo 3).
c) “*...+ quando o trabalho é concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não
mais lhe pertence.” (parágrafo 4). O conectivo “e” indica uma progressão semântica que
acrescenta um dado novo.
d) “*...+ a jovem narra ao longo de mil e uma noites.” (parágrafo 5). O vocábulo em destaque
caracteriza uma referência mais específica em relação ao termo a que se refere: “Sherazade”.
e) “*...+ alguns chegando a cavalgá-lo *...+” (parágrafo 6). O termo destacado substitui a expressão
“santos do candomblé”.

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9. Em “Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os orixás e caboclos, os iniciados sentem o
instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto [...]” (parágrafo 2), as vírgulas utilizadas

a) evidenciam a expressão vocativa.


b) indicam uma oração de valor comparativo.
c) demarcam uma explicação acerca do espaço.
d) determinam a introdução de expressão da fala do autor.
e) marcam a opinião do autor em relação à informação anterior.

10. Analise as proposições a seguir:

I. As palavras “desapego” e “separação” pertencem ao mesmo campo semântico.


II. O prefixo na palavra “infinito” exprime sentido de negação.
III. O termo sublinhado em “O escritor trabalha com personagens que o obsedam” tem como
referente a expressão “escritor”.

É CORRETO o que se afirma apenas em

a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.

11. O termo destacado em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na
superfície e salvar-se [...]” (parágrafo 6), pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

a) Porque
b) Para que
c) Porquanto
d) Contanto que
e) Ao mesmo tempo que

12. Os conectivos ou partículas linguísticas de ligação, além de exercer funções coesivas, manifestam
ainda diferentes relações de sentido entre os enunciados. Aponte, dentre as alternativas a seguir,
aquela em que a relação estabelecida pelo conectivo em destaque está CORRETAMENTE indicada
entre parênteses.

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica”. –
(Proporção).
b) “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se;” –
(Consequência).
c) “Dialoga com a morte como Sherazade, [...]” – (Comparação).
d) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.” –
(Finalidade).
e) “Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta [...]” –
(Adversidade).

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13. Por vezes, a omissão de palavras ou expressões não acarreta alteração no sentido de orações ou
períodos, já que tal omissão pode ser depreendida do contexto. Há, dentre as alternativas a seguir,
uma ocorrência assim caracterizada. Aponte-a.

a) "Mil e uma noites se estendem pela eternidade". (parágrafo 3)


b) "O que se seguirá ao grande vazio?" (parágrafo 5)
c) "Deus descansou no sétimo dia após sua criação". (parágrafo 5)
d) "Nunca possui a técnica exata de um arqueiro zen, [...]” (parágrafo 6)
e) "[...] a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo". (parágrafo 6)

14. Analise as proposições a seguir, acerca da pontuação, e assinale (V), para o que for verdadeiro, e (F),
para o que for falso.

( ) No trecho “De maneira análoga, Penélope tecia um manto [...]", a vírgula é utilizada para
separar uma expressão adverbial disposta no início do período.

( ) Em “Dialoga com a morte como Sherazade, mantém a respiração suspensa, negocia adiamentos
e escreve.”, as vírgulas são utilizadas para separar orações coordenadas.

( ) Em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-
se; [...]”, não há razão linguístico-gramatical que justifique a presença da vírgula na sentença.
Assim, seu uso é facultativo.

A sequência que completa CORRETAMENTE os parênteses é

a) V V F
b) V F F
c) F V F
d) V V V
e) F F V

15. A regência verbal em destaque na frase “mulheres que trabalhavam nas casas de família” é a
mesma do verbo destacado em

a) “Anos de exercício levam ao disparo perfeito.”


b) “Deus descansou no sétimo dia após sua criação.”
c) “Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: [...]”
d) “O xilogravador Gilvan Samico me apresenta os mais de cem estudos: [...].”
e) “*...+ o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.”

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As questões de 16 a 18 referem-se ao TEXTO II, a seguir:

TEXTO II
Capítulo I

− Muito trabalho, mestre Zé?


− Está vasqueiro. Tenho umas encomendas de Gurinhém. Um tangerino passou por aqui e
me encomendou esta sela e uns arreios. Estou perdendo o gosto pelo ofício. Já se foi o tempo em
que dava gosto trabalhar numa sela. Hoje estão comprando tudo feito. E que porcarias se vendem
por aí! Não é para me gabar. Não troco uma peça minha por muita preciosidade que vejo. Basta
lhe dizer que seu Augusto do Oiteiro adquiriu na cidade uma sela inglesa, coisa cheia de
arrebiques. Pois bem, aqui esteve ela para conserto. Eu fiquei me rindo quando o portador do
Oiteiro me chegou com a sela. E disse, lá isto disse: “por que seu Augusto não manda consertar
esta bicha na cidade?” E deu pela sela um preção. Se eu fosse pedir o que pagam na cidade, me
chamavam de ladrão. É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, nã o faz coisa de
carregação. Eles não querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o
que quero.
REGO, José Lins do. Fogo Morto. Record: Rio de Janeiro, 2003.

16. Pelo disposto acima, é CORRETO afirmar sobre o Mestre José Amaro:

a) Mostra-se insatisfeito com os resultados de seus últimos trabalhos.


b) Prefere trabalhar para clientes de fora, pois estes valorizam seu trabalho.
c) Orgulha-se do esmero com que desenvolve seu trabalho e da qualidade que lhe imprime.
d) Embora se envaideça de seu ofício, preocupa-se com o fato de não poder mais executá-lo da
melhor forma.
e) Questiona a qualidade do trabalho de outros seleiros, mas reconhece o valor dos novos
materiais industrializados.

17. “É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, não faz coisa de carregação. Eles não
querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o que quero”. A fala final
de Mestre José Amaro revela

a) certa resignação diante das novas demandas do mercado.


b) revolta por desenvolver seu ofício numa região de parcas condições.
c) a decisão de não mais confeccionar produtos para o senhor Augusto do Oiteiro.
d) a sua disposição em manter-se fiel ao trabalho de qualidade que sempre desenvolveu.
e) a determinação por continuar tentando convencer os vaqueiros da qualidade de suas selas.

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18. Atente para a seguinte passagem: “Eles não querem mais os trabalhos dele.”

Agora, considere as seguintes afirmações acerca da expressão em destaque:

I. Retoma um termo expresso anteriormente.

II. Refere-se diretamente aos moradores e comerciantes da cidade.

III. Embora não se refira a nenhum elemento textual anterior, o contexto possibilita a recuperação
do termo referente.

Está(ão) CORRETA(S):

a) III apenas
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

19. Leia a seguir:

I. “Declaração fundamentada em ponto de vista a respeito de um fato ou negócio.”

II. “É o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades expedem instruções sobre a
organização e funcionamento de serviço e praticam outros atos de sua competência.”

III. “Modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma
forma de comunicação eminentemente interna.”

As descrições dizem respeito, respectivamente, a

a) Parecer – Portaria – Memorando .


b) Ofício – Relatório – Parecer.
c) Parecer – Ofício – Portaria.
d) Memorando – Ofício – Declaração.
e) Portaria – Requerimento – Relatório.

20. Pela própria natureza, a redação oficial deve apresentar uma linguagem que obedeça a critérios
específicos. Todas as características a seguir devem compor a redação oficial, EXCETO:

a) Impessoalidade e clareza.
b) Uso da linguagem padrão.
c) Tratamento linguístico formal.
d) Concisão e transparência de sentido.
e) Presença de conotação e da criatividade do emissor.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
» LÍNGUA PORTUGUESA | CÓDIGO 66 «

21. Leia a seguir:

“Na atividade de leitura e produção de sentido, colocamos em ação várias estratégias


sociocognitivas. [...] Dizer que o processamento textual é estratégico significa que os leitores, diante
de um texto, realizam simultaneamente vários passos interpretativos finalisticamente orientados,
efetivos, eficientes, flexíveis e extremamente rápidos”.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2012, p. 39.

Em relação à citação acima e com base nos conhecimentos ativados no processamento da leitura,
marque (V), para o que for Verdadeiro, e (F), para o que for Falso:

( ) O leitor, ao se deparar com o texto, mobiliza, além de seu conhecimento sobre os elementos
que promovem a referenciação e a sequenciação, o reconhecimento de palavras do mesmo
campo semântico.
( ) O conhecimento linguístico limita-se ao reconhecimento das regras da gramática normativa,
respeitadas no texto.
( ) Durante a leitura, a relação entre termos inseridos no mesmo campo semântico mobiliza o
conhecimento enciclopédico.
( ) O conhecimento enciclopédico corrobora a ideia de que o processamento da leitura se dá na
ativação de um acervo relativo às vivências pessoais do leitor e não no material linguístico.

A sequência CORRETA é:

a) V F V F
b) F V F V
c) V F V V
d) V V V F
e) F V V F

Leia o Texto a seguir e responda às questões 22 e 23.

“Rapaz, meu sonho de vida tá praticamente concluído. Que eu não tenho e não quero muita coisa,
eu quero ter só a minha liberdade. Pra mim tá de bom tamanho... Queria só dar uma continuidade
num trabalho desse pra não acabar (...) Eu via os outros fazendo, esse pessoal mais velho, antigo, aí
da região, e assim criei a minha coisa, na base da teimosia. (...) É, tem que conhecer. De repente os
jovens hoje não querem mais saber disso não. Tá vendo coisas mais fácil pra ele aí. Essa parte da
agricultura, da planta e da roça, ta acabando um pouco. Devido a evolução que nós vamos vivendo,
as coisas mais antigas vão encostando de lado.”
Disponível em: <www.mestresartesaos.ufba.br>. Acesso em: 10 set. 2013.

8 | Código 66 « Língua Portuguesa « Conhecimentos Específicos


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22. Em relação às estratégias de produção textual nas modalidades escrita e oral, o Texto apresentado

a) revela, por meio das imprecisões nele presentes, que a organização do texto oral deve buscar
sustentação argumentativa na escrita.
b) apresenta as mesmas características de planejamento e produção, independentemente da
modalidade (oral ou escrita).
c) conserva as características de um gênero oral, notadamente as que se referem ao acesso
imediato às reações do interlocutor.
d) evidencia que, ao ser transcrito, apresenta uma configuração que se distancia da escrita apenas
no que diz respeito ao grau de formalidade.
e) mostra que princípios de textualização como coesão e coerência se fazem presentes em ambas
as modalidades.

23. Considerando que o Texto apresentado constitui uma produção oral que utiliza variadas estratégias
de textualização, analise as afirmativas abaixo e marque V, para o que for Verdadeiro, e F, para o
que for Falso:

( ) As palavras “pessoal” e “coisas” compreendem nomes genéricos.


( ) O termo “disso” promove a manutenção do tema do texto, retomando “liberdade”.
( ) O emprego do pronome “ele”, como recurso para substituir “jovens”, dá-se pela remissão a um
ser representativo de um grupo.
( ) A expressão “devido a” possui a mesma função coesiva que “disso” e “ele”.

A sequência CORRETA é

a) V V F F
b) V F V F
c) F F V V
d) F V V F
e) V V V F

24. Analise as proposições abaixo, levando em conta o processo de formulação dos textos escritos e
orais:

I. Os mecanismos de coesão, em ambas as modalidades da língua, restringem-se ao emprego de


preposições, conjunções e suas respectivas locuções.
II. Os marcadores conversacionais, típicos dos textos orais, cumprem função coesiva, já que ligam
unidades discursivas.
III. As repetições são estratégias que não contribuem para a progressão temática do
texto escrito, sendo adequadas apenas para o texto falado.

É CORRETO o que se afirma apenas em

a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.

Conhecimentos Específicos » Língua Portuguesa » Código 66 | 9


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25. Leia a seguinte citação:

“O texto a respeito do qual precisa se manifestar o professor de português é o texto de seu aluno;
portanto, mais do que uma teoria que descreva uma abstração chamada texto, ele precisa de um
conjunto de critérios capazes de orientar o seu aluno a fazer a crítica do que escreve e a transformar
o que escreveu em um texto de qualidade.”
GUEDES, Paulo Coimbra. A formação do professor de português. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

Considerando o efetivo exercício de produção textual em sala de aula, segundo o trecho acima,
constitui-se como prática afirmativa do professor de Língua Portuguesa:

a) Considerar a utilização de gêneros de estrutura fixa como parte indispensável no processo de


produção.
b) Utilizar textos canônicos, a fim de exemplificar os processos de produção que nortearão a
prática textual dos alunos.
c) Orientar o aluno a reconhecer as estratégias linguístico-discursivas de que lança mão para, no
processo de produção, aperfeiçoá-las.
d) Promover o exercício da reescritura do texto, já que esse processo tem por finalidade destacar
as incorreções de ordem puramente gramatical.
e) Fazer o aluno compreender que, para a produção de qualquer escrito, é necessário priorizar o
conhecimento das diversas teorias que tratam do conceito de texto.

26. Acerca do processo de leitura em sala de aula, considere o seguinte posicionamento:

“O importante é que a leitura resulte em uma experiência pessoal positiva que se realize a partir do
diálogo com a obra e com a comunidade cultural.”
COLOMER, Teresa. Andar entre livros: a leitura na escola. São Paulo: Global, 2009, p. 39.

Na perspectiva acima apresentada e com base nas atuais orientações acerca da leitura em sala de
aula, o professor deverá:

a) Realizar a leitura em voz alta para demonstrar a perfeita impostação de voz.


b) Incentivar o aluno a, no ato da leitura, identificar as dificuldades vocabulares no texto e
solucioná-las, recorrendo ao dicionário.
c) Orientar o aluno a se deter nas sequências lineares do texto, visto que o sentido dele se
depreende da perfeita inter-relação entre as palavras e as estruturas constituintes.
d) Levar o aluno a perceber que o sentido do texto se constrói também a partir da ativação de
estratégias extratextuais que consideram um universo de diferentes sujeitos e saberes.
e) Motivar o aluno a inferir, através das estratégias utilizadas pelo autor, a intencionalidade e as
marcas ideológicas de sua produção, visto que o sentido do texto se dá pelo caráter histórico de
seu autor.

10 | Código 66 « Língua Portuguesa « Conhecimentos Específicos


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27. Considere o trecho abaixo:

“O leitor constrói, e não apenas recebe, um significado global para o texto; ele procura pistas
formais, antecipa essas pistas, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões. Contudo,
não há reciprocidade com a ação do autor, que busca, essencialmente, a adesão do leitor,
apresentando para isso, da melhor maneira possível, os melhores argumentos, a evidência mais
convincente da forma mais clara possível, organizando e deixando no texto pistas formais a fim de
facilitar a consecução de seu objetivo”.
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. São Paulo: Pontes, 2011, p. 65.

A perspectiva de leitura evidenciada no fragmento acima é condizente com a seguinte ideia:

a) O processo de leitura restringe-se à antecipação de pistas e construção de conclusões.


b) A identificação de pistas e a formulação de hipóteses encontram-se no nível da decodificação.
c) Por não haver reciprocidade entre a ação do autor e do leitor, este não se engaja em uma
interação com o texto.
d) A qualidade e a validade dos argumentos utilizados influenciam a adesão do leitor ao significado
global pretendido pelo autor do texto.
e) A possibilidade de aceitar ou rejeitar as hipóteses em relação ao texto garante que o leitor seja
conduzido ao objetivo pretendido pelo autor.

28. A noção de leitura varia conforme a perspectiva de língua adotada. A partir dessa afirmação, analise
as proposições abaixo, quanto às implicações das concepções de leitura.

I. Sob o olhar da língua como representação do pensamento, o foco do processo da leitura se


concentra no autor do texto, que tem suas ideias e intenções captadas pelo leitor.
II. Em um viés de língua como estrutura/código, a leitura acontece a partir das intenções do autor
em considerar a interação com o seu interlocutor.
III. Na perspectiva de língua como forma de interação, o sentido é determinado pelo autor, que
reconhece o leitor como participante do processo de interlocução.

Está(ão) CORRETA(S) apenas

a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

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29. Considere a seguinte citação:


“Os gêneros são atividades discursivas socialmente estabilizadas que se prestam aos mais variados
tipos de controle social e até mesmo ao exercício de poder.”
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008, p. 161.

Todas as afirmações a seguir estão em consonância com a citação apresentada, EXCETO:

a) Os usuários da língua utilizam os gêneros como forma de inserção e controle social.


b) As atividades discursivas presentes na sociedade realizam-se por meio de gêneros variados.
c) As vivências culturais dos integrantes de uma sociedade se estabilizam através dos gêneros.
d) O controle social, advindo dos gêneros, é determinista, pois garante a inserção dos seres sociais
em atividades discursivas.
e) A produção discursiva ultrapassa o aspecto comunicativo e informacional, já que língua
representa uma forma de ação.

30. No que tange ao tratamento dos gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa, é CORRETO
afirmar:

a) Por possuir aspecto estrutural definido, o gênero mantém-se fixo perante as diversas práticas de
letramento.
b) A relação estreita entre os gêneros textuais e os múltiplos letramentos requer uma atenção
prioritária aos gêneros escritos.
c) As práticas sociais que sustentam a constituição e a transformação dos gêneros resultam em
modelos estáticos de uso da língua.
d) Para que assumam a condição de objeto de ensino, os gêneros devem ser apresentados com
base nas modificações que seus usos sofreram ao longo do tempo.
e) A existência de várias formas de letramento justifica a adoção, em sala de aula, dos gêneros
como práticas situadas.

31. Conforme orientam as atuais diretrizes para o ensino de língua, em relação ao tratamento dos
gêneros textuais em sala de aula, é INCORRETO afirmar:

a) O universo dos gêneros possibilita um trabalho com diversas formas e usos da língua.
b) A escolha de gêneros textuais deve priorizar os textos pertencentes às esferas escolar e
acadêmica.
c) A adoção de gêneros, sobretudo no que diz respeito ao seu caráter formal, não garante a análise
linguística contextualizada.
d) Atrelado ao enfoque sobre os gêneros está o trabalho com as tipologias textuais, uma vez que
estas entram na composição daqueles.
e) Os eixos que norteiam o ensino de língua consideram o gênero uma unidade importante, uma
vez que ele contempla a reflexão e o uso da língua.

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32. Leia o Texto abaixo.

Não sei pra que é nascer Os brancos aqui não podem


Neste Brasil empestado mais que sofrer e calar,
Um homem branco e honrado e se um negro vão matar,
Sem outra raça chovem despesas

Terra tão grosseira e crassa, Não lhe valem as defesas


Que a ninguém se tem respeito, do atrevimento de um cão,
Salve quem mostre algum jeito porque acode a Relação
De ser Mulato sempre faminta.

Aqui o cão arranha o gato, MATOS, Gregório de. Obra poética. Ed. James Amado. 3 ed.
Rio de Janeiro: Record, 2007.
Não por ser mais valentão
Mas porque sempre a um cão
Outros acodem

A leitura do poema deixa entrever, além do estilo ácido e cortante do poeta, uma visão de mundo
em relação às raças que denota:

a) Aceitação do fato de que o negro, enfim, conquistava uma posição social de destaque.
b) Uma explicação da formação racial brasileira pela linhagem do puro naturalismo.
c) Enaltecimento das características do negro, reconhecidamente responsável pela condição
colonial brasileira.
d) Reconhecimento do emparelhamento das classes sociais, produto da então recente mudança no
sistema escravagista.
e) Patente preconceito de cor que, na estrutura colonial, aparece como aspecto inerente à
separação das classes e das funções sociais.

33. Considerando a obra de Gregório de Matos e as características da estética literária barroca, tem-se
como confirmação das tensões da época, na obra literária:

a) Um processo de construção frasal em que se privilegiam a objetividade e a ordem direta.


b) O recurso às palavras e expressões populares que intentavam a figuração de um país
miscigenado.
c) Um apuro estético excessivo, configurado pelo uso da retórica religiosa, que visava a uma
linguagem clássica.
d) A opção por oxímoros e contrastes que transfiguram a realidade dual, resultado de concepções
de mundo antagônicas.
e) Um discurso crítico, construído com base nas concepções científicas e filosóficas que
determinavam o processo de produção das obras de arte.

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34. Leia a passagem a seguir, extraída de um sermão de Pe. Antônio Vieira, proferido à irmandade de
pretos em um engenho baiano.

"Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado: Imitaturubus Christi crucifixi , porque
padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na cruz, e em toda a sua
paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também ali
não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na paixão: uma vez servindo para o cetro de
escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. [...] Cristo despido, e vós despidos:
Cristo sem comer, e vós famintos: Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros,
as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isso se compõe a vossa imitação,
que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio."
VIEIRA, Antonio (Pe). Sermões. Erechim: EDELBRA, 1998.

Constitui-se ideia da passagem acima:

a) O Brasil precisa consolidar o processo de escravização dos negros, ainda em andamento na


Bahia.
b) A escravidão e o martírio são indispensáveis à conquista da liberdade no Brasil colônia, onde os
negros e seus ascendentes são maltratados.
c) Como os negros não se adaptaram à catequização, ações evangelizadoras eram extremamente
necessárias junto àquela sociedade em formação.
d) A aceitação da condição de escravo seria um caminho para a salvação, ou seja, a escravidão se
afiguraria como uma forma de bênção gloriosa aos que se submetem a sofrimentos.
e) O sofrimento enobrece os homens, garantindo-lhes recompensa material.

35. Quanto ao nacionalismo romântico, a escrita de Castro Alves se distingue da dos demais escritores
que compuseram o chamado movimento romântico brasileiro porque

a) o sentimento nacionalista nasce da repulsa ao avanço do progresso.


b) dissocia o mundo edênico, enquanto mundo natural, do inferno social instaurado pelos
escravistas.
c) a tônica posta na inteira defesa do abolicionismo amarra os elementos da natureza a uma
construção mimética das terras brasileiras.
d) a nação brasileira aparece revestida do ufanismo da belle époque, confirmando um pensamento
que se consagrara como corrente na cultura oficial.
e) a paisagem tropical serve de idealização para uma sociedade mais justa e igualitária, a exemplo
do que acontece nas narrativas de José de Alencar.

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36. Leia o trecho abaixo, extraído de O Guarani, romance de José de Alencar.

“Se tu fosses cristão, Peri!…


O índio voltou-se extremamente admirado daquelas palavras.
Por quê? Perguntou ele.
Por quê?... disse lentamente o fidalgo. Porque se tu fosses cristão, eu te confiaria a salvação de
minha Cecília, e estou convencido de que a levarias ao Rio de Janeiro à minha irmã.
O rosto do selvagem iluminou-se; seu peito arquejou de felicidade, seus lábios trêmulos mal podiam
articular o turbilhão de palavras que lhe vinham do íntimo d’alma.
– Peri quer ser cristão! Exclamou ele.
D. Antonio lançou-lhe um olhar úmido de reconhecimento.”

NÃO se apresenta no trecho a seguinte ideia:

a) O cristianismo como meio de redenção e salvação dos índios.


b) O sentimento de gratidão do índio em relação à confiança nele depositada pelo colonizador.
c) O conflito interior do indígena ao abdicar dos seus costumes e de sua gente para abraçar o
modus vivendi do colonizador.
d) A concepção eurocêntrica de que a conversão outorgava ao índio o direito à confiança do
colonizador.
e) A visão idealizada do índio que, aos moldes do bom selvagem de Rousseau, entra em perfeita
comunhão com o colonizador.

37. Considerando a perspectiva teórica denominada indústria cultural, em que as produções simbólicas
são compreendidas a partir de um processo de massificação, no qual as contradições da moderna
sociedade capitalista são diluídas nas manifestações artísticas, analise o trecho a seguir, extraído do
conto Um homem célebre, de Machado de Assis:

"Em pouco tempo estava a polca feita. Corrigiu ainda alguns pontos, quando voltou para jantar: mas
já a cantarolava, andando, na rua. Gostou dela; na composição recente e inédita circulava o sangue
da paternidade e da vocação. Dois dias depois, foi levá-la ao editor das outras polcas suas, que
andariam já por umas trintas. O editor achou-a linda.
— Vai fazer grande efeito.
Veio a questão do título. Pestana, quando compôs a primeira polca, em 1871, quis dar-lhe um título
poético, escolheu este: Pingos de sol. O editor abanou a cabeça e disse-lhe que os títulos deviam
ser, já de si, destinados à popularidade, ou por alusão a algum sucesso do dia, ou pela graça das
palavras; indicou-lhe dois: A lei de 28 de Setembro, ou Candongas não fazem festa.
— Mas que quer dizer Candongas não fazem festa? Perguntou o autor.
— Não quer dizer nada, mas populariza-se logo.
Pestana, ainda donzel e inédito, recusou qualquer das denominações e guardou a polca; mas não
tardou que compusesse outra, e a comichão da publicidade levou-o a imprimir as duas, com os
títulos que ao editor parecessem mais atraentes ou apropriados. Assim se regulou pelo tempo e
diante."

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Todas as alternativas abaixo refletem uma relação entre o excerto do conto e o que se afirma no
enunciado, EXCETO:

a) A aceitação do personagem em relação à negação de demandas interiores não realizadas e a


impossibilidade de modificar o mundo que o envolve.
b) Um processo de reificação do personagem, configurado pelos novos rumos do tempo histórico,
impedindo a sua afirmação como sujeito social.
c) A convergência entre a expressão subjetiva do personagem e as injunções impostas pelo mundo
material.
d) A tematização do universo musical como artifício para demonstrar a limitação dos espaços
sociais que impedem a ascensão da subjetividade do personagem.
e) A desvalorização do ineditismo e da originalidade da criação artística ante a perspectiva
capitalista da reprodução e da repetição.

Leia a seguir uma passagem do Capítulo V – O agregado, do romance Dom Casmurro, de Machado de
Assis e responda às questões 38 e 39.

"Era nosso agregado desde muitos anos; meu pai ainda estava na antiga fazenda de Itaguaí, e eu
acabava de nascer. Um dia apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; *…+
Teve um pequeno legado no testamento, uma apólice e quatro palavras de louvor. *…+ Com o
tempo, adquiriu certa autoridade na família, certa audiência, ao menos; não abusava, e sabia opinar
obedecendo. *…+ E não lhe suponhas alma subalterna; as cortesias que fizesse vinham antes do
cálculo que da índole. *…+ Era lido, posto que de atropelo, o bastante para divertir ao serão e à
sobremesa, ou explicar algum fenômeno, falar dos efeitos do calor e do frio, dos pólos e de
Robespierre. Contava muita vez uma viagem que fizera à Europa, e confessava que a não sermos
nós, já teria voltado para lá; tinha amigos em Lisboa, mas a nossa família, dizia ele, abaixo de Deus,
era tudo."

38. Considerando o trecho acima e aspectos da narrativa machadiana, analise as seguintes proposições:

I. O trecho revela, a partir das relações sociais, idiossincrasias da sociedade brasileira da época,
caracterizada, por um lado, pela herança escravocrata e, por outro, pela nova ordem burguesa
instaurada.
II. José Dias encarna, mediante descrição realizada pelo narrador, uma habilidade "calculada" para
agradar, o que se consubstancia na tentativa de manutenção de uma situação social.
III. O agregado, figura social presente em algumas narrativas machadianas, assume, não apenas em
Dom Casmurro, papel secundário, sem qualquer significação para a economia da obra.

Está CORRETO o que se afirma apenas em:

a) I b) II c) I e II d) III e) II e III

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39. Considere o enunciado abaixo:

"Contava muita vez uma viagem que fizera à Europa, e confessava que a não sermos nós, já teria
voltado para lá."

A respeito das relações morfossintáticas estabelecidas pelos termos em destaque, é CORRETO


afirmar:

a) Na primeira ocorrência, o termo que introduz oração com valor de substantivo.


b) Em ambas as ocorrências, a expressão que introduz uma estrutura subordinada.
c) Em ambas as ocorrências, o que restringe a significação do termo antecedente.
d) Em ambas as ocorrências, o termo que assume valor de agente da ação verbal imediatamente
precedente.
e) Na segunda ocorrência, o termo que possui caráter relacional.

40. Leia o Texto a seguir:

Eu sou trezentos, sou trezentos e cinquenta

Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,


As sensações renascem de si mesmas sem repouso,
Ôh espelhos, ôh Pireneus! Ôh caiçaras!
Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!

Abraço no meu leito as milhores palavras,


E os suspiros que dou são violinos alheios;
Eu piso a terra como quem descobre a furto
Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus próprios beijos!

Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,


Mas um dia afinal eu toparei comigo…
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.

Mário de Andrade. Remate de males (1930).

Agora considere as afirmações sobre o poema em questão:

I. O poema constitui-se uma reflexão acerca do projeto estético modernista, à medida que expõe
características de um fazer poético a partir da experimentação linguística.
II. Na reflexão estética que empreende no poema, servem aos desígnios do poeta o universalismo
dos “Pirineus” e o primitivismo dos “caiçaras”.
III. A linguagem, próxima à oralidade, constitui procedimento intencional adotado pelo poeta,
considerado, dentro do contexto modernista, um grande renovador do ponto de vista estilístico.
IV. Escrito na fase de maturidade do poeta, o texto evidencia a sua busca por uma forma poética
mais clássica, capaz de fundir memorialismo e anseios sociais.

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Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) afirmação(ões):

a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

Leia o Texto abaixo e responda às questões 41 e 42.

“Faz dois anos que Madalena morreu, dois anos difíceis. E quando os amigos deixaram de vir discutir
política, isto se tornou insuportável.
Foi aí que me surgiu a idéia esquisita de, com o auxílio de pessoas mais entendidas que eu, compor
esta história. A idéia gorou, o que já declarei. Há cerca de quatro meses, porém, enquanto escrevia a
certo sujeito de Minas, recusando um negócio confuso de porcos e gado zebu, ouvi um grito de
coruja e sobressaltei-me.
Era necessário mandar no dia seguinte Marciano ao forro da igreja.
De repente voltou-me a idéia de construir o livro. Assinei a carta ao homem dos porcos e, depois de
vacilar um instante, porque nem sabia começar a tarefa, redigi um capítulo.”
RAMOS, Graciliano. S. Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 2004.

41. Em São Bernardo, o ato de escrever, para Paulo Honório, se destitui da aura de sacralidade e de ato
diferenciado. O respaldo a essa característica pode ser observado quando o narrador

a) revela as dificuldades de escrita, advindas da falta de costume.


b) mostra que a escrita literária deve dissociar-se de seu contexto de produção.
c) relaciona a motivação para a escrita ao trauma causado pela perda de Madalena.
d) associa as tentativas de escrita aos atos cotidianos e concretos de sua realidade.
e) resolve, no final do romance, justificar, através da escrita, a vida agreste que levara.

42. Koch e Elias, ao tratarem das estratégias de textualização, afirmam que “a retomada é a operação
responsável pela manutenção em foco, no modelo de discurso, de objetos previamente
introduzidos, dando origem às cadeias referenciais ou coesivas”.

A retomada, estratégia que propicia a progressão textual ocorre, por meio dos termos em destaque,
em todos os itens abaixo, EXCETO em:
a) “isto se tornou insuportável.”
b) “A idéia gorou, o que já declarei.”
c) “porque nem sabia começar a tarefa”.
d) “Foi aí que me surgiu a idéia esquisita”.
e) “E quando os amigos deixaram de vir discutir política”.

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43. Leia o comentário a seguir, acerca da metalinguagem nas obras de Graciliano Ramos:

“As atitudes metalinguísticas abundam nas obras de Graciliano Ramos, desde reflexões sobre a
gramática até ao desmontar duma obra literária dando conta dos mecanismos e convencionalismos
que condicionam a relação narrador-leitor.”
CRISTÓVÃO, Fernando. Graciliano Ramos: Estrutura e valores de um modo de narrar. Rio de Janeiro: José Olimpio,
1986, p.50.

No romance São Bernardo, a utilização do recurso metalinguístico

I. apresenta-se como reflexo da preocupação do narrador com os difíceis mecanismos de


aquisição da linguagem, como ocorre também, por exemplo, em Infância.
II. surge como um protesto do narrador contra o preconceito linguístico e social sofrido pelos
falantes nordestinos de origem rural.
III. se expõe na estruturação da linguagem e do texto a que o narrador se propõe escrever.
IV. revela-se como tentativa de encontrar uma forma de escrita mais elevada.

Está CORRETO o que se afirma apenas em

a) I
b) III
c) II e III
d) I, II e III
e) II, III e IV

44. Sobre a obra de Graciliano Ramos, Candido e Castello afirmam que “É importante considerar, na
obra de Graciliano Ramos, que o social não prevalece sobre o psicológico, embora não saia
diminuído. O que ela investiga é o homem nas suas ligações com uma determinada matriz regional,
mas focalizado principalmente no drama irreproduzível de cada destino.”

Considerando a afirmação acima e a produção literária de Graciliano Ramos em relação aos


aspectos sociais, é CORRETO afirmar que sua obra

a) considera a maneira de viver como condicionante do modo de ser e de pensar do homem,


concebendo as tensões sociais como impulsionadoras de todos os comportamentos.
b) estrutura-se a partir do cumprimento às exigências partidárias que orientavam a formação
política do autor.
c) volta-se ao determinismo naturalista retomado pelos romances da 2ª fase do Modernismo,
buscando representar uma classe social inferiorizada.
d) corresponde a um projeto de literatura que intentava representar, de modo pitoresco, uma
região do Brasil, sempre à margem das produções literárias.
e) representa o nordestino, investido de uma aura de heroísmo que o destaca positivamente
frente às intempéries da natureza, na tentativa de dar visibilidade à região Nordeste.

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45. A ficção regionalista de 30, enquanto projeto de ruptura, abre caminho para novas formas de ler e
de narrar o cotidiano, pois

a) se apropria de um modelo de concepção mimética da arte, instaurando uma forma de realismo


puro, isento de qualquer subjetividade.
b) intenta uma forma impessoal e isenta de narrar os fatos, sobretudo aqueles de característico
viés histórico.
c) opta por uma visão mais crítica das relações sociais, abrindo espaço para a introspecção e a
alusão à psicanálise.
d) associa-se a um projeto estético transformador que pretende a renovação dos meios, rompendo
com a linguagem tradicional.
e) elege o romance social como o único capaz de revelar a verdadeira face de um país em
profundo desequilíbrio, excluindo as possibilidades de uma narração psicológica.

46. A respeito da importância do contato com os clássicos, a escritora Ana Maria Machado assim afirma:

"Não é necessário que essa primeira leitura seja um mergulho nos textos originais. Talvez seja até
desejável que não o seja, dependendo da idade e da maturidade do leitor. Mas creio que o que se
deve propiciar é a oportunidade de um primeiro encontro. Na esperança de que possa ser sedutor,
atraente, tentador. E que possa redundar na construção de uma lembrança (mesmo vaga) que fique
por toda a vida. Mais ainda: na torcida para que, dessa forma, possa equivaler a um convite para a
posterior exploração de um território muito rico, já então na fase das leituras por conta própria. "
MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

Considerando a posição da escritora, a promoção da leitura por meio de adaptações constitui-se, pois,

I. uma estratégia capaz de possibilitar aproximação do leitor com o texto literário e ampliar-lhe a
história de leitura.
II. uma forma de leitura que, embora redutora e pouco confiável, pode ser aproveitada na escola
como recurso linguisticamente compatível com a compreensão de crianças e adolescentes.
III. uma estratégia de possível iniciação à prática da leitura dos clássicos.
IV. uma prática que põe à disposição dos leitores iniciais os grandes textos da escrita universal,
recontados com a fluência verbal compatível com a sua compreensão.

Estão CORRETAS as afirmações contidas apenas em:

a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

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47. Considere o trecho a seguir:

"A educação do leitor de literatura não pode ser, em vista da polissemia que é própria do discurso
literário, impositiva e meramente formal. Como os sentidos literários são múltiplos, o ensino não
pode destacar um conjunto deles como meta a ser alcançada pelos alunos. Por outro lado, informar
a esses de técnicas ou períodos literários não resultará em alargamento dos limites culturais que
orientam as práticas significativas deles, senão num estágio bem mais adiantado de sua formação.
Antes de formalizar o estudo dos textos por essas vias, é preciso vivenciar muitas obras para que
estas venham a preencher os esquemas conceituais."
BORDINI E AGUIAR. Literatura: a formação do leitor — alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto,
1988.

Sobre a educação do leitor de literatura, o posicionamento dos autores, no trecho acima, está
CORRETAMENTE exposto em:

a) Para a formação leitora, o ensino deve considerar o caráter polissêmico do discurso literário e
privilegiar o contato com as obras.
b) A história da literatura constitui-se objeto de estudo relevante na formação dos estudantes, já
que garante a abordagem do texto literário como portador de sentidos múltiplos.
c) A imposição de sentidos ao texto literário prejudica o processo de educação literária à medida
que limita o acesso dos estudantes aos conhecimentos relativos à periodização dos estilos
literários.
d) A apreensão do sentido global do texto depende tanto dos fatores linguísticos internos, quanto
das informações provenientes de abordagens historiográficas da literatura, que, não raro,
conseguem ampliar os conhecimentos histórico-literários do leitor.
e) A prática docente deve priorizar o estudo da periodização das obras literárias – procedimento
responsável pelo estágio mais avançado da formação dos estudantes.

48. Atente para a seguinte declaração do poeta João Cabral de Melo Neto:

“Gostaria de ser arquiteto. A arquitetura sempre foi a arte que mais me interessou, e, ao meu ver, é
a que está mais próxima do que tento fazer com a poesia.”

A declaração acima se constitui uma reflexão sobre um fazer poético caracterizado pelo/pela

a) uso de versos longos e de ordem indireta, evocando um tradição vocabular mais erudita.
b) aceitação da experiência diária e aproveitamento de elementos prosaicos como mote para a
efusão da expressão do "eu".
c) construção de uma poesia intimista, sistematicamente elaborada, que se vale de elementos
abstratos para atingir o concreto.
d) preocupação em revestir suas imagens do caráter pitoresco e despojado, instaurando rigor
métrico e fugindo do rigor semântico.
e) privilégio ao processo de elaboração e à técnica na produção poética, distanciando-se da
tradição romântica que considera a poesia fruto do transbordamento das emoções.

Conhecimentos Específicos » Língua Portuguesa » Código 66 | 21


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49. A respeito do ensino de morfossintaxe no cotidiano dos professores de Língua Portuguesa, julgue as
afirmações abaixo, utilizando (V), para o que for Verdadeiro, e (F), para o que for Falso.

( ) Enxergar as relações morfossintáticas, a partir da visão de língua submetida à situação


comunicativa em que é utilizada, reflete a adesão à abordagem tradicional.
( ) O ensino de língua portuguesa que tem seus princípios associados a uma perspectiva funcional
considera, além do caráter estrutural da língua, as condições de produção linguística e as
intenções de seus usuários.
( ) A escolha por trabalhar morfossintaxe em textos produzidos pelos alunos determina uma
prática funcionalista, independentemente do tipo de atividade que o professor de Língua
Portuguesa elabore a partir da produção do aluno.
( ) O trabalho com morfossintaxe, a partir de gêneros textuais que circulam em uma determinada
comunidade discursiva, está condicionado à abordagem tradicional de ensino de gramática.

Assinale a sequência CORRETA:

a) V V F F
b) F V F F
c) F V V F
d) F V F V
e) V F V F

50. Na perspectiva funcionalista de Língua, a prática do professor de Língua Portuguesa, em sala de


aula, deve considerar a morfossintaxe

a) componente autônomo, independente dos demais domínios da língua.


b) com base na decomposição das estruturas textuais, a fim de se isolarem seus constituintes.
c) o nível básico de organização da língua, a partir do qual o conhecimento linguístico deve ser
trabalhado.
d) a partir das relações estabelecidas no texto e nos propósitos que este cumpre no processo de
comunicação.
e) instância que, embora estabelecida em sua relação com o nível semântico, sobrepõe-se aos
demais níveis de análise linguística.

22 | Código 66 « Língua Portuguesa « Conhecimentos Específicos

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