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Módulo F1

Interações fundamentais.

É possível alterar as características do estado de repouso ou de movimento de um


corpo, provocando a sua a interação com outros.
Esta interacção pode descrever-se por “ação de forças”.

As interações são traduzidas pelas forças.

As quatro interações fundamentais

É hoje aceite que a enorme diversidade de fenómenos físicos que se observam na


natureza se pode atribuir a quatro tipos de interações:

A interação gravitacional, que determina, por exemplo, o movimento dos planetas,


embora seja a mais fraca foi a primeira a ser estudada.
A interação eletromagnética, entre partículas carregadas, muito mais intensa que a
gravitacional e que explica, por exemplo, como se formam as moléculas.
A interação forte, que se faz sentir entre os nucleões e que explica a coesão nuclear.
A interação fraca, que explica certos processos que ocorrem nas partículas elementares e
é responsável pela radioatividade.
Jorge Mesquita 1
Lei das ações recíprocas (Terceira Lei de Newton ou Lei do par ação reação)

Quando duas partículas interatuam, a força exercida uma sobre a outra, tem a
mesma intensidade e direção, mas sentidos opostos ao da força que esta última
exerce sobre a primeira.
A força exercida pela partícula B (𝐹𝐵𝐴 ) sobre a
partícula A é simétrica da força exercida pela
partícula A sobre a partícula B.

Esta ideia é traduzida pela Terceira Lei de Newton ou Lei do Par Ação-reação.
Terceira Lei de Newton (lei da igualdade da ação - reação): quando um corpo exerce uma
força sobre outro, este exerce também sobre o primeiro uma força de igual módulo e
direção, mas de sentido contrário, ou seja, 𝐹𝐵𝐴 = −𝐹𝐴𝐵 .

As forças do par ação reação


• Resultam de uma mesma interação.
• Têm a mesma direção mas sentidos opostos.
• Têm a mesma intensidade, mesmo que as massas dos corpos em interação sejam
diferentes.
• Estão aplicadas em corpos diferentes e, por isso, os seus efeitos não se anulam.
• Pode chamar-se ação a uma força e reação
Jorge à outra ou vice-versa.
Mesquita 2
Movimento unidimensional com velocidade constante.

Referencial - sólido, ou sistema de eixos a eles associados em relação ao qual se estuda


o movimento de um corpo.

Referencial cartesiano tridimensional (para


descrever o movimento curvilíneo no espaço)

Vetor posição (𝒓) - indica, em cada instante, a posição da partícula.

Jorge Mesquita 3
Referencial cartesiano bidimensional (para
descrever o movimento curvilíneo no plano)

Referencial cartesiano unidimensional (para


descrever o movimento retilíneo)

𝒓 = 𝒓𝒙 ou 𝒓 = 𝒙𝒆𝒙

Jorge Mesquita 4
Deslocamento e distância

O Vetor deslocamento (∆𝒓) – é uma grandeza física vetorial que representa a


variação da posição de uma partícula material, num dado intervalo de tempo.

∆𝒓 = 𝒓𝟐 − 𝒓𝟏 (Apenas interessa a posição inicial e aposição final) Unidade S.I. metro


No caso da trajetória retilínea, a posição é dada apenas por uma coordenada x
∆𝒓 = ∆𝒙𝒆𝒙

Jorge Mesquita 5
Características do vetor deslocamento:

Direção: a da reta que passa pelos pontos P1 e P2


Sentido: positivo se a partícula se desloca no sentido positivo e negativo se a partícula se
desloca no sentido negativo

Norma ∆𝑟 = ∆𝑥 2

No caso da trajetória retilínea, a posição é dada apenas por uma coordenada (x),
podemos não usar vetores mas sim as suas componentes escalares (componentes
algébricas)

Componente escalar do deslocamento


∆𝒙 = 𝒙𝒇 − 𝒙𝒊
• Se 𝒙𝒇 > 𝒙𝒊 , a componente escalar do deslocamento é positiva (∆𝒙 > 𝟎), e isso significa
que o corpo se desloca no sentido positivo do referencial.
• Se 𝒙𝒇 < 𝒙𝒊 , a componente escalar do deslocamento é negativa (∆𝒙 < 𝟎), e isso significa
que o corpo se desloca no sentido negativo do referencial.
Se 𝒙𝒇 = 𝒙𝒊 , a componente escalar do deslocamento é nula (∆𝒙 = 𝟎) e isso significa que a
posição inicial é a mesma que a posição final.
Jorge Mesquita 6
Trajetória

Trajetória: é a linha imaginária definida pelas sucessivas posições ocupadas por um corpo no
decorrer do tempo. (falar no exemplo tinta/carro)

Distância percorrida (espaço, percurso ou caminho): é a medida do percurso efetuado sobre


a trajetória. É uma grandeza escalar sempre positiva. Unidade S.I. metro

Jorge Mesquita 7
Gráficos posição-tempo de movimentos retilíneos

No intervalo de tempo [0; 10] s:


A distância percorrida ou espaço percorrido
pelo corpo foi s = 20 m.

O corpo moveu-se no sentido positivo.


O deslocamento escalar do corpo foi:
∆x = 30 − 10 ⟺ ∆x = 20 m

No intervalo de tempo [10; 15] s, o corpo


esteve parado pois manteve-se na posição
x = 30 m.

No intervalo de tempo [15; 20] s:


A distância ou espaço percorrido pelo corpo foi
s = 15 m.

O corpo moveu-se no sentido negativo.


O deslocamento escalar do corpo foi:
∆x = 15 − 30 ⟺ ∆x = − 15 m
Jorge Mesquita 8
velocidade media

A velocidade média, de uma partícula (𝒗𝒎 ): é o quociente entre o vetor


deslocamento, ∆𝑟, e o intervalo de tempo, ∆𝑡, em que se efetuou o deslocamento
efetuado.
∆𝒓
𝒗𝒎 =
∆𝒕
Unidade S.I. ms-1

Características do vetor velocidade média:

Para trajetórias retilíneas:


Direção: a da trajetória
Sentido: o mesmo de ∆𝑟
𝒙 −𝒙
Norma: 𝑣𝑚 = 𝟏∆𝑡 𝟎
Nota:
No caso de um movimento retilíneo, o valor da projeção escalar da velocidade média
(valor da velocidade média) é dada pela expressão:
∆𝒙
𝒗 =
𝒎Mesquita
Jorge 9
∆𝒕
Velocidade instantânea ou velocidade

A velocidade média de uma partícula entre dois pontos da trajetória está relacionada
com o deslocamento e com o intervalo de tempo durante o qual se efetuou essa variação
da posição. Não nos dá a indicação sobre o que se passa nos diferentes pontos da
trajetória.
A grandeza física que carateriza a velocidade da partícula em cada instante, designa-se
por velocidade instantânea.
Considerando intervalos de tempo cada vez menores estabelece-se a partir da
velocidade média a velocidade instantânea

Se se considerar as posições ocupadas pela


partícula em instantes menores que t2, cada
vez mais próximos de t1, os valores do
deslocamento são menores porque a partícula
passa a estar mais próxima de P1. O vetor
deslocamento que tinha a direção da reta que
continha P1 e P2 passa, no limite, a ter a
direção da tangente no ponto P1.

Jorge Mesquita 10
Velocidade instantânea ou Velocidade: é igual ao limite a que tende o vetor velocidade
média,𝒗𝒎 , quando o intervalo de tempo,∆𝒕, tende para zero.

∆𝒓
𝒗 = 𝐥𝐢𝐦 𝒗𝒎 𝒗 = 𝐥𝐢𝐦
∆𝒕 𝟎 ∆𝒕 𝟎
∆𝒕

NOTA: A determinação matemática do vetor velocidade não faz parte do Programa já que
necessita da definição matemática de “limite”.

Características do vetor velocidade:

Direção: tangente à trajetória no ponto considerado.


Sentido: o do movimento
Norma: 𝒗 = 𝒗𝟐 𝒙 + 𝒗𝟐 𝒚

Num automóvel, o valor indicado no velocímetro é o módulo da velocidade

Jorge Mesquita 11
O vetor velocidade instantânea é tangente no ponto correspondente ao instante
considerado.

Movimentos retilíneos – a velocidade tem sempre a mesma direção (da trajetória)


podendo variar em módulo e em sentido.
Movimentos Curvilíneos – a velocidade varia sempre em direção podendo o seu módulo
ser constante ou variar.

Para qualquer movimento retilíneo, a componente escalar da velocidade média aproxima-


se da componente escalar da velocidade quando o intervalo de tempo se torna mais
pequeno. No movimento retilíneo uniforme, como a velocidade é sempre constante, a
velocidade é igual à velocidade média.

Jorge Mesquita 12
Movimento rectilíneo uniforme

Num movimento retilíneo e uniforme, a velocidade instantânea qualquer instante tem o


mesmo valor que a velocidade média em qualquer intervalo de tempo.

Todo o movimento pode ser definido apenas num eixo pelo que podemos caracterizar a
velocidade a partir do seu valor algébrico como sendo

Neste movimento, o valor da velocidade em qualquer instante é igual ao valor da


velocidade média.

𝑥𝑓 − 𝑥𝑖
𝑣 = 𝑣𝑚 =
∆𝑡

𝒙 = 𝒙 𝟎 + 𝒗 𝒕 − 𝒕𝟎

Jorge Mesquita 13
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣 𝑡 − 𝑡0 quando 𝑡0 = 0 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑡

Jorge Mesquita 14
Consideremos um gráfico posição-tempo em que o corpo se move a velocidade
constante

Neste movimento, quando calculamos a


componente escalar da velocidade média, para
qualquer intervalo, obtemos sempre o mesmo
valor. Por exemplo:

no intervalo de tempo [1, 3] s obtemos


∆𝑥 10−6
𝑣𝑚 = ∆𝑡 = 3−1 = 2 ms −1
no intervalo de tempo [3, 4] s obtemos
∆𝑥 12−10
𝑣𝑚 = ∆𝑡 = 4−3 = 2 ms −1
Para determinar a projeção escalar do vetor velocidade (valor da velocidade) num dado
instante, calcula-se o declive da reta tangente ao ponto correspondente.

𝒙𝑩 − 𝒙𝑨
𝒗=
𝒕𝑩 − 𝒕𝑨
Podemos ainda contatar que neste movimento os quocientes são sempre iguais assim, podemos
dizer que:
Nota:
No movimento retilíneo uniforme a velocidade é constante (em módulo, direção e sentido) e
igual à velocidade média (𝑣 = 𝑣𝑚 ). Jorge Mesquita 15
Gráficos posição-tempo e velocidade.

Gráfico posição-tempo

Nota:
Para determinar a projeção escalar do vetor
velocidade (valor da velocidade) num dado
instante, calcula-se o declive da reta tangente
ao ponto correspondente.

𝒙𝑩 − 𝒙𝑨
𝒗=
𝒕𝑩 − 𝒕𝑨

Jorge Mesquita 16
i) a partícula desloca-se no sentido positivo.
i) ∆𝑥 > 0 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎
ii) a partícula desloca-se no sentido negativo.
ii) ∆𝑥 < 0 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑒 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
Em tb a partícula inverte o sentido, 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑒 𝑛𝑢𝑙𝑜 𝑣 = 0

Jorge Mesquita 17
Gráficos velocidade tempo.

t1
t2

Até t1 a partícula desloca-se no sentido positivo (𝑣 > 0)


Em t1 𝑣 = 0 (inverte o movimento)
Entre t1 e t2 a partícula desloca-se no sentido negativo (𝑣 < 0)
Num movimento retilíneo:
• se o módulo da velocidade se mantém constante, o movimento é uniforme;
• se o módulo da velocidade aumenta, o movimento é acelerado;
• se o módulo da velocidade diminui, o movimento é retardado.

Jorge Mesquita 18
Determinação gráfica do deslocamento a partir de um gráfico velocidade tempo.

A área limitada pela reta e pelo eixo dos tempos representa o valor do deslocamento
durante o intervalo de tempo considerado.
Área acima do eixo dos tempos indica um deslocamento positivo ∆𝑥 > 0
Área abaixo do eixo dos tempos indica um deslocamento negativo, ∆𝑥 < 0.

Jorge Mesquita 19
Princípio da inércia ou primeira lei de Newton

Corpo rígido: (ou sólido indeformável): - corpo material constituído por partículas
materiais que mantêm as suas posições relativas. (partículas materiais ocupam posições
fixas em relação umas às outras) Exemplo: porta, martelo, pessoa.

Quando um corpo rígido só tem movimento de translação, não é necessário considerar


cada ponto do sistema, pois todos eles têm a mesma velocidade e não interessa
considerar a variação de energia interna, o sistema pode ser simplesmente representado
por um ponto especial chamado centro de massa.

Centro de massa de um sistema de partículas: é um ponto representativo do sistema a


que se atribui a massa do sistema e onde é considerada aplicada a resultante das forças
que sobre ele atuam.

Jorge Mesquita 20
Efeitos das forças sobre a velocidade

Uma força provoca uma variação de velocidade:

1 – Se a velocidade é nula, a força faz mover o corpo na sua direção e sentido;

2 – Se a força tem a direção da velocidade, ela só faz variar o módulo da velocidade mas
não a direção desta o movimento é sempre retilíneo.
Se tiver o sentido da velocidade faz aumentar a velocidade do corpo
(𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜) .

Jorge Mesquita 21
3 – Se a força não tiver a direção da velocidade, faz mudar a direção da velocidade e o
movimento é curvilíneo.
Neste caso, pode decompor-se a força segundo duas direções perpendiculares: uma
componente, na direção da velocidade, e a outra na direção perpendicular.
A componente da força na direção da velocidade faz variar o módulo da velocidade. A
componente na direção perpendicular faz mudar a direção da velocidade.

4 - Se a força tiver a direção perpendicular da velocidade, o corpo move-se com


movimento curvilíneo, sem alterar o módulo da velocidade

Jorge Mesquita 22
- Primeira Lei de Newton (lei da inércia) - Quando a resultante das forças é nula, o
corpo ou está em repouso ou tem movimento retilíneo uniforme.

𝑣 = 0(𝑟𝑒𝑝𝑜𝑢𝑠𝑜)
𝐹𝑅 = 0
𝑣 ≠ 0 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑙í𝑛𝑒𝑜 𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒)

Inércia é uma característica dos corpos, relacionada com a sua massa, que mede a resistência
que cada corpo oferece à mudança do seu estado de repouso ou de movimento.
Quanto maior for a massa de um corpo, maior será a sua inércia.

Há muitos exemplos, na nossa vida, que ocorrem devido à inércia:


Num carro que se move a velocidade constante, é nula a resultante das forças que atuam no
passageiro – este permanece imóvel:
- quando a velocidade do carro aumenta repentinamente o passageiro é impelido para trás
porque, devido à sua inércia, o passageiro tende a manter-se imóvel;
- quando o veículo trava bruscamente, o passageiro é impelido para a frente – devido à sua
inércia, o passageiro devia continuar o movimento;
(Daí a utilização de cintos de segurança e apoios de cabeça)

Jorge Mesquita 23
Aceleração
A aceleração relaciona-se com a variação no tempo da velocidade de um determinado corpo
em movimento.
A aceleração média indica-nos a variação da velocidade num dado intervalo de tempo.

∆𝒗 𝒗𝟐 − 𝒗𝟏
𝒂𝒎 = 𝒂𝒎 =
∆𝒕 ∆𝒕

Unidade S.I. ms-2

Como ∆𝑡 é sempre positivo 𝑎𝑚 tem a mesma direção e sentido que ∆𝑣

Jorge Mesquita 24
Num movimento retilíneo:
- Se 𝒂𝒎 e 𝒗 tiverem o mesmo sentido, o movimento é acelerado.
- Se 𝒂𝒎 tiver sentido contrário a 𝒗 , o movimento é retardado.

Jorge Mesquita 25
Aceleração instantânea (𝑎)
Para se conhecer a aceleração em cada instante temos de considerar a aceleração
instantânea.
A aceleração instantânea ou apenas aceleração determina-se quando o intervalo de
variação do vetor velocidade é muito pequeno. O valor da aceleração pode ser
determinado graficamente calculando o declive da tangente ao gráfico velocidade-
tempo no instante considerado.

A aceleração instantânea, ou simplesmente aceleração, 𝒂, é igual ao limite para que


tende a aceleração média, quando o intervalo de tempo, ∆𝑡, tende para zero.

∆𝒗
𝑎 = 𝐥𝐢𝐦 𝒂𝒎 𝑎 = 𝐥𝐢𝐦
∆𝒕 𝟎 ∆𝒕 𝟎
∆𝒕

Ou seja, a aceleração é a taxa de variação do


vetor velocidade, 𝑣, por unidade de tempo

A aceleração instantânea ou apenas aceleração determina-se quando o intervalo de


variação do vetor velocidade é muito pequeno. O valor da projeção escalar da aceleração
(valor da aceleração) pode ser determinado graficamente calculando o declive da tangente
Jorge Mesquita 26
ao gráfico velocidade-tempo no instante considerado.
- Movimento retilíneo uniformemente variado.

Consideremos o movimento de uma partícula em que a sua aceleração é constante-


Como é constante, então a aceleração em qualquer instante é igual à aceleração média,
em qualquer intervalo de tempo.
∆𝒗
𝑎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑎 =
∆𝒕

O movimento pode ser definido apenas num eixo, pelo que podemos
caracterizar a aceleração pelo seu valor algébrico como sendo

∆𝑣 𝑣 − 𝑣0
𝑎= 𝑎=
∆𝑡 𝑡 − 𝑡0

𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂 𝒕 − 𝒕𝟎
𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂𝒕 quando 𝑡0 = 0

v – velocidade do corpo no instante t.


v0 – velocidade inicial do corpo.
a – aceleração do corpo
Jorge Mesquita 27
Gráficos velocidade tempo.

m. r. u. a. 𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂𝒕

Jorge Mesquita 28
m. r. u. r.

Jorge Mesquita 29
- Gráficos aceleração tempo

Jorge Mesquita 30
Lei do movimento (ou lei das posições) do m. r. u. v.

1 2
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 − 𝑡0 + 𝑎 𝑡 − 𝑡0
2

𝟏 𝟐
𝒙 = 𝒙𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 + 𝒂𝒕
𝟐

Representação gráfica da equação do movimento

m. r. u. a ( v e a têm o mesmo sinal)

Jorge Mesquita 31
m. r. u. r ( v e a têm sinais contrários)

Nota:
Concavidade para baixo 𝑎 < 0
Concavidade para cima 𝑎 > 0
Declive para cima 𝑣 > 0 (sentido positivo da trajetória)
Declive para baixo 𝑣 < 0 (sentido negativo da trajectória)
Jorge Mesquita 32
Nota:
𝑚. 𝑟. 𝑢. 𝑎. 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 + 𝑠𝑒 𝑣 > 0

Se v e a têm o mesmo sinal 𝑚. 𝑟. 𝑢. 𝑎

𝑚. 𝑟. 𝑢. 𝑎. 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 − 𝑠𝑒 𝑣 < 0

𝑚. 𝑟. 𝑢. 𝑟. 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 + 𝑠𝑒 𝑣 > 0

Se v e a têm sinal contrário 𝑚. 𝑟. 𝑢. 𝑟

𝑚. 𝑟. 𝑢. 𝑟. 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 − 𝑠𝑒 𝑣 < 0

Jorge Mesquita 33
- Lei fundamental do movimento (2ª lei de Newton): a magnitude da aceleração que um
corpo adquire é diretamente proporcional à intensidade da resultante das forças que
atuam na partícula e a direção e o sentido da aceleração coincidem com os das resultante
das forças.

𝐹𝑅
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑎
𝐹𝑅
=𝑚
𝑎
𝑭𝑹 = 𝒎𝒂

Jorge Mesquita 34
Para aplicar a Segunda Lei de Newton ao movimento retilíneo de corpos nos quais apenas
atuam forças constantes.

• define-se um referencial xOy, fazendo coincidir um eixo com a direção do movimento ;


como no movimento retilíneo a aceleração tem a direção do movimento, só há aceleração
nessa direção (na outra direção a aceleração é nula);
• se as forças não tiverem a direção dos eixos, decompõem-se segundo essas direções e
determinam-se as suas componentes escalares;
• aplica-se a Segunda Lei de Newton usando equações escalares: 𝐹𝑅 = 𝑚𝑎

Exemplos:

Jorge Mesquita 35
Corpo a deslizar num plano inclinado

Eixo dos y Eixo dos x

𝐹𝑅𝑦 = 0 = 𝑃𝑦 + 𝑅𝑁 𝐹𝑅𝑥 = 𝑃𝑥

−𝑃𝑦 + 𝑅𝑁 = 0 ; 𝐹𝑅 = 𝑃𝑥

𝑚 𝑎 = 𝑃𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑚 𝑎 = 𝑚 𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑎 = 𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃


𝑅𝑁 = 𝑃𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑅𝑁 = 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑅𝑁 = 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠𝜃

Jorge Mesquita 36
Forças de atrito entre sólidos: atrito estático e atrito cinético

Mesmo uma superfície polida apresenta reentrâncias e saliências com a altura


mais de 100 átomos.
Pensa-se que nos pontos de contacto se formam ligações entre moléculas, ligações
essas que têm de ser quebradas antes de uma superfície se mover sobre a outra.

As forças de atrito são muito importantes no nosso quotidiano:

- provocam desgaste nas peças móveis das máquinas e são responsáveis pelo aumento da
energia interna (as peças aquecem).
- sem atrito não havia transmissão do movimento por correias, não poderíamos caminhar
e até uma ligeira corrente de ar poria os móveis de nossa casa em movimento.
Jorge Mesquita 37
- Bloco assente numa mesa.

Estado o bloco em repouso 𝑃 e 𝑅𝑛 são as


únicas forças aplicadas no bloco.

𝐹𝑅 = 𝑃 + 𝑅𝑛 = 0

Aplicando uma força 𝐹 ao bloco esta pode não


ser suficiente para que o bloco se mova.
Se isto acontece é porque existe uma força de
sentido contrário com igual intensidade. Essa
força é a força de atrito estático ( 𝐹𝑎𝑒 )

Jorge Mesquita 38
𝐹𝑅 = 𝑃 + 𝑅𝑛 + 𝐹 + 𝐹𝑎𝑒 = 0

Aumentando gradualmente a força 𝐹 vê-se que a partir de certa altura o bloco


começa a mover-se.
Quando se a intensidade de 𝐹 também a 𝐹𝑎𝑒 vai aumentado e o copo permanece em
repouso, até que o bloco começa a mover-se. Neste momento atingiu o seu máximo
𝐹𝑎𝑒𝑚𝑎𝑥 .
Depois de iniciado o movimento a força de atrito passa a designar-se por força de
atrito cinético, 𝐹𝑎𝑐 ,. O seu módulo é sempre inferior ao módulo de 𝐹𝑎𝑒𝑚𝑎𝑥 .

𝐹𝑎𝑐 < 𝐹𝑎𝑒𝑚𝑎𝑥


Para as mesmas superfícies de contacto
𝐹𝑎𝑐 < 𝐹𝑎𝑒𝑚𝑎𝑥
Jorge Mesquita 39
Leis empíricas para as forças de atrito estático e cinético (Leonardo da Vinci e Coulomb):
1ª lei
- A força de atrito não depende da área (aparente) de contacto das superfícies.

2ª lei
- Quando duas superfícies em contacto estão em repouso relativo, a intensidade da força
de atrito estático máxima 𝐹𝑎𝑒𝑚𝑎𝑥 , é diretamente proporcional à intensidade da reação
normal, 𝑅𝑛 .
𝐹𝑎𝑒𝑚𝑎𝑥 = 𝜇𝑒 𝑅𝑛
Jorge Mesquita 40
𝜇𝑒 – coeficiente de atrito estático
- Quando duas superfícies em contacto estão em movimento relativo, a
intensidade da força de atrito cinético 𝐹𝑎𝑐 , é diretamente proporcional à
intensidade da reação normal, 𝑅𝑛 e é independente da velocidade (se esta não
for muito elevado)

𝐹𝑎𝑐 = 𝜇𝑒 𝑅𝑛
𝜇𝑐 – coeficiente de atrito cinético

Os coeficientes 𝜇𝑒 e 𝜇𝑐 dependem da natureza dos materiais em contacto e do seu


polimento, sendo característicos de cada par de materiais
𝜇𝑒 > 𝜇𝑐

Jorge Mesquita 41
Alguns exemplos do atrito no nosso quotidiano

Caminhar

𝐹𝑃,𝐶 – força que a pessoa faz no chão


𝐹𝐶,𝑃 – força que o chão faz na pessoa, é na
realidade uma força de atrito

A força de atrito empurra-nos para a frente, contrariando o movimento do nosso


pé.

Nota:
As forças de atrito estático podem ter ou não o sentido do movimento.
As forças de atrito dinâmico têm sempre sempre o sentido contrário ao do movimento.

Jorge Mesquita 42
Aceleração de um corpo devida ao seu peso

Quando num corpo só atua o seu peso, a sua aceleração é a aceleração gravítica,
que é de 9,8 m/s2. O corpo adquire m.r.u.a.

Assim, temos:
𝐹𝑅 = 𝑚𝑎

𝐹𝑅 = 𝑃

𝑃 = 𝑚𝑔

Jorge Mesquita 43
Determinação do valor de g

Desprezando a resistência do ar, quando um corpo cai ou é lançado ao ar só está sujeito à


força gravitacional.
𝐹𝑅 = 𝐹𝑔
𝑚𝑀
𝐹𝑔 = 𝐺 𝑑 = 𝑅𝑇 + ℎ
𝑑2

𝑚𝑀
𝐹𝑔 = 𝐺 2
𝑅𝑇 + ℎ

𝑚𝑀
𝑚𝑎 = 𝐺 𝑅𝑇 +ℎ 2

𝑀
𝑎=𝐺 𝑅𝑇 +ℎ 2

Como o corpo está próximo da superfície da Terra 𝑅𝑇 ≫ ℎ


𝑀 5,98 × 1024
𝑎=𝐺 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 6,64 × 10−11 = 9,8 𝑚𝑠 −2
𝑅𝑇 2 3
(6,37 × 10 ) 2

𝑔 ≅ 10 𝑚𝑠 −2
Nota: queda livre é o movimento resultante unicamente da aceleração provocada pela
força gravítica.
Nota: a constante de proporcionalidade entre peso e massa é a aceleração gravítica
Jorge Mesquita 44
Lançamento oblíquo de um projétil.

É decomposto em dois movimentos:

Um movimento vertical em queda livre (𝑔 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)


Um movimento horizontal e uniforme (𝑣𝑥 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)

Jorge Mesquita 45
𝑣0 = 𝑣0𝑥 + 𝑣0𝑦
𝑣0𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃 𝑣0𝑦 = 𝑣0 sen 𝜃

Segundo o eixo dos 𝑥𝑥

- Movimento uniforme
𝐹𝑥 = 0 ; 𝑎𝑥 = 0 ; 𝑣0 = 𝑣0𝑥 ; 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡

𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 cos 𝜃 𝑡

Segundo o eixo dos 𝑦𝑦 o movimento é uniformemente variado.

- Após o lançamento no corpo só atua a força gravítica


𝐹𝑦 = 𝐹𝑔 ; 𝑎𝑦 = −𝑔 ; 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡 ; 𝑦
1
= 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 − 𝑔𝑡 2
2

1 2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0 sen 𝜃 𝑡 − 𝑔𝑡
2
Jorge Mesquita 46
Equações paramétricas

𝑥 = 𝑣𝑜𝑥 𝑡
1
𝑦 = 𝑣𝑜𝑦 𝑡 − 2 𝑔𝑡 2

Tempo de voo

O tempo de voo é duas vezes o tempo de subida


ℎ𝑚𝑎𝑥 𝑣𝑦 = 0
𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡
0 = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡𝑠𝑢𝑏
𝑣0𝑦
𝑡𝑠𝑢𝑏 =
𝑔
Logo:
2𝑣0𝑦
𝑡𝑣𝑜𝑜 = 2 × 𝑡𝑠𝑢𝑏 =
𝑔

Jorge Mesquita 47
Outra forma de calcular o tempo de voo

𝑦 = 𝑦0

1
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣𝑜𝑦 𝑡 − 𝑔𝑡 2
2

1
0 = 0 + 𝑣𝑜𝑦 𝑡𝑣𝑜𝑜 − 𝑔𝑡𝑣𝑜𝑜 2
2

1
−𝑣𝑜𝑦 𝑡𝑣𝑜𝑜 = − 𝑔𝑡𝑣𝑜𝑜 2
2

2𝑣0𝑦
𝑡𝑣𝑜𝑜 =
𝑔

Jorge Mesquita 48
Caso particular

- Lançamento horizontal com resistência do ar desprezável.


Decompõe-se em dois movimentos:
Um movimento vertical em queda livre (𝑔 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐹 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)
Um movimento horizontal e uniforme (𝑣𝑥 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒; 𝐹𝑥 = 0 )
Na direção do eixo dos 𝑥𝑥 Na direção do eixo dos 𝑦𝑦
𝑣0 = 𝑣0𝑥 m. r. u. m. r. u. a.

𝑥 = 𝑣0 𝑡 1
𝑦 = 𝑦0 − 𝑔𝑡 2
2
𝑣𝑥 = 𝑣0 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑣𝑦 = −𝑔𝑡
𝑣0𝑦 = 0

Jorge Mesquita 49
Tempo de voo

O tempo de voo é igual ao tempo de queda.

1 1 1
𝑦 = 𝑦0 − 𝑔𝑡 2 0 = 𝑦0 − 𝑔𝑡 2 − 𝑦0 = − 𝑔𝑡 2
2 2 2
2ℎ
𝑡𝑣𝑜𝑜 =
𝑔

Alcance

O alcance é a distância 𝑥𝑚𝑎𝑥 que como é evidente á atingida para o tempo máximo
(tempo de voo)

𝑥 = 𝑣0 𝑡
2ℎ
𝑥𝑚𝑎𝑥 = 𝑣0
𝑔

Jorge Mesquita 50

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