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O documento discute o licenciamento ambiental no Brasil, definindo-o como um instrumento para conciliar desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Apresenta os conceitos de licença ambiental e autorização ambiental, e explica que as licenças são atos vinculados aos requisitos legais, ao contrário das autorizações que são atos discricionários. Também explica a divisão de competências para licenciamento entre os órgãos ambientais federal, estaduais e municipais.
O documento discute o licenciamento ambiental no Brasil, definindo-o como um instrumento para conciliar desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Apresenta os conceitos de licença ambiental e autorização ambiental, e explica que as licenças são atos vinculados aos requisitos legais, ao contrário das autorizações que são atos discricionários. Também explica a divisão de competências para licenciamento entre os órgãos ambientais federal, estaduais e municipais.
O documento discute o licenciamento ambiental no Brasil, definindo-o como um instrumento para conciliar desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Apresenta os conceitos de licença ambiental e autorização ambiental, e explica que as licenças são atos vinculados aos requisitos legais, ao contrário das autorizações que são atos discricionários. Também explica a divisão de competências para licenciamento entre os órgãos ambientais federal, estaduais e municipais.
3.1 CETESB, DAEE Licenciamento ambiental O licenciamento ambiental é um importante instrumento ambiental, estabelecido inicialmente pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (artigo 9º, inciso IV).
Assim como ocorre em relação a outros instrumentos,
o licenciamento busca conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação do meio ambiente, o chamado princípio do desenvolvimento sustentável. Isso é possível, através da obrigação do empreendedor de buscar o licenciamento ambiental junto ao órgão competente (federal, estadual ou mesmo municipal), desde as etapas iniciais de planejamento do empreendimento e instalação até a sua efetiva operação. Segundo artigo 170 da Constituição Federal é livre o exercício das atividades econômicas no Brasil, então a intervenção do Poder Público tem que ser embasada por lei, determinando sua atuação, não podendo simplesmente cercear a atividade privada sem demonstrar norma que dê guarida a sua intenção. Sendo assim, qualquer empreendimento ou atividade que possa desencadear efeitos negativos (impactos ambientais) no meio ambiente precisa ser submetido a um processo de licenciamento.
Uma série de processos faz parte do licenciamento
ambiental, que envolve tanto aspectos jurídicos, como técnicos, administrativos, sociais e econômicos dos empreendimentos que serão licenciados. Além da previsão na Lei 6.938/81, encontramos a Resolução CONAMA nº 237/97 que dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios para o licenciamento ambiental: Segundo seu artigo 1º, inciso I, entende-se por licenciamento ambiental “procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.” Já a licença ambiental é conceituada como “ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.” É importante fazer a distinção entre autorização ambiental e licenciamento ambiental.
Entende-se autorização ambiental ato administrativo
discricionário, através do qual o Poder Público avalia os benefícios e malefícios do ato intentado, podendo conceder ou não o efeito perseguido, bem como, após sua concessão, suspender ou extinguir a dita autorização assim que pareça conveniente. Nas palavras de Cretella Júnior (1979), esse conceito assim seria exposto: “Autorização é ato administrativo discricionário e precário mediante o qual a autoridade competente faculta ao administrado, em casos concretos, o exercício ou a aquisição de um direito, em outras circunstâncias, sem tal pronunciamento, proibido”. Em relação ao licenciamento ambiental, tem-se um ato administrativo vinculado aos termos específicos da Lei, e presentes todos os pré-requisitos exigidos torna-se obrigatória a concessão da licença pela autoridade competente, perfazendo o direito da parte se encontrados os requisitos autorizadores. Como está intimamente ligada aos requisitos previamente estipulados pela norma jurídica, sua suspensão ou extinção depende de descumprimento de requisito autorizador da mesma e não só da vontade da autoridade.
Nesse sentido, Silva (1997): “se o titular do direito a ser
exercido comprova o cumprimento dos requisitos para seu efetivo exercício, não pode ser recusada, porque do preenchimento dos requisitos nasce o direito à licença”. Segundo o posicionamento de Séguin (2006), as consequencias de uma autorização são distintas de uma licença ambiental. Para esta autora: “Parte da doutrina atribui à licença ambiental a natureza jurídica de licença, “implicitamente dotada de uma verdadeira cláusula rebus sic stantibus ("retornar as coisas como eram antes)”, afastando o tratamento de autorização ou de permissão.
A diferença entre licença e autorização centra-se que
a primeira é um ato vinculado, em que preexiste um direito subjetivo ao exercício da atividade, a sua concessão significa o atendimento de determinadas exigências previstas em lei. A autorização é ato precário e discricionário. O licenciamento não pode contrariar as regras (quando existentes) que estabeleçam o zoneamento ambiental para determinado espaço territorial nem permitir que os padrões de qualidade previstos para o meio receptor sejam ultrapassados pelo lançamento da nova carga poluidora. O objetivo da licença ambiental é controlar os impactos.” O Tribunal de Justiça de São Paulo analisou a questão quando da avaliação da Lei 6.938/81, pronunciando- se:
“O exame dessa lei revela que a licença em tela tem
natureza jurídica de autorização, tanto que o §1.º de seu art. 10 fala em pedido de renovação de licença, indicando, assim, que se trata de autorização, pois, se fosse juridicamente licença, seria ato definitivo, sem necessidade de renovação”.; Definições:
“Atos vinculados ou regrados são aqueles para
os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização” , ao passo que “discricionários são os que a Administração pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e de seu modo de realização” Inexistem atos inteiramente vinculados ou desvinculados, chamados discricionários, segundo Milaré (2007),
“não há atos inteiramente vinculados ou
inteiramente discricionários, mas uma situação de preponderância, de maior ou menor liberdade deliberativa do seu agente”. As licenças ambientais (prévia, instalação e operação) só podem ser concedidas por órgãos ambientais licenciadores. Quanto a essa matéria, diz Séguin (2006): “O licenciamento ambiental no Brasil sempre foi cumulativo. As três esferas atuavam concorrentemente. As licenças são em geral estaduais, havendo poucos casos de licenciamento federal (art. 10, § 4º, da Lei 6938/81), em especial, em face do disposto no § 1º do artigo 11 que determina ser a atuação fiscalizatória do IBAMA meramente supletiva à atuação dos órgãos estaduais e municipais competentes. O licenciamento e a fiscalização das atividades previstas nos artigos 21 e 22 da CF não se encontram adstritos à União, podendo os demais entes federados, competentes na matéria, disciplinar o resguardo ao meio ambiente através de normatização própria.
Os municípios não poderão alterar norma para
abrandar a proteção da União e dos Estados, sob pena de não estarem suplementando e sim substituindo. As licenças ambientais são concedidas por prazo determinado. A falta de licenciamento ambiental pode implicar a interdição da atividade e corte de financiamento (§ 3º do art. 10 da Lei 6938/81 e art. 23 do Decreto 99274/90), o que nem sempre ocorre ante a falta de sensibilidade ambiental dos operadores do direito.” A Resolução CONAMA 237/97, em seus artigos 4º, 5º e 6º faz divisão da competência entre os entes da federal (União, Estados e Municípios), estabelecendo ao IBAMA os empreendimentos e atividades com significativo impacto de âmbito nacional ou regional, estabelecendo outras situações, vejamos: “Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber: I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União. II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados; IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN; V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. § 1º - O IBAMA fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento. § 2º - O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar aos Estados o licenciamento de atividade com significativo impacto ambiental de âmbito regional, uniformizando, quando possível, as exigências. Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades: I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal; II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965(Código Florestal), e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios; IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio. As licenças ambientais expedidas pelo Poder Público, isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade são: a) Licença Prévia (LP) – pertinente à fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. Sua validade deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos. b) Licença de Instalação (LI) - instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Seu prazo de validade deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos; c) Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. O prazo de validade deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos. Para a obtenção das licenças ambientais (prévia, de instalação, e de operação), algumas etapas devem ser percorridas, descritas no artigo 10 da Resolução 237/97, vejamos: “Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas: I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida; II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias; IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente; VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico; VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade. § 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes. § 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental - EIA, se verificada a necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá formular novo pedido de complementação.” Podendo ser estabelecidos procedimentos específicos, a critério do órgão ambiental licenciador, observando-se a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação. Como no caso de procedimentos simplificados para as atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, devendo ser aprovados pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente. O prazo dos órgãos ambientais licenciadores para análise dos pedidos de licenças ambientais deve respeitar o limite de seis meses, a partir do protocolo por parte do requerente.
Somente em caso de EIA-RIMA, para
empreendimentos e atividades potencialmente causadores de significativo impacto ambiental, é que esse prazo prorrogar-se-á para até doze meses. Esses prazos serão suspensos durante a elaboração dos estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor. Poderão ser alterados caso justificados e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente.
E o prazo para o empreendedor para atendimento de
solicitação de esclarecimentos e complementações, formuladas pelo órgão ambiental licenciador, será de no máximo quatro meses, a contar do recebimento da respectiva notificação, podendo ser prorrogado nas mesmas condições estipuladas para prorrogação do prazo do órgão licenciador. O art. 19 da Resolução 237/97, disciplina a possibilidade de modificação, suspensão e cancelamento da licença.
Modificação significa dar nova configuração ao estado
anterior.
Suspensão significa sobrestar, sustar até adequação aos
requerimentos ambientais necessários.
E cancelamento significa desfazer, anular, tornar o ato
ineficaz por algum motivo.
As hipóteses para modificação, suspensão ou cancelamento
são: “Art. 19 – O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer: I – violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; II – omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição de licença; III – superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.” A licença ambiental é, portanto, um ato da Administração Pública com requisitos previstos em normas jurídicas, especialmente no âmbito federal.
Mas como os outros entes também poderão atuar
diretamente como órgão ambiental licenciador, podendo, portanto, utilizar-se das normas federais em caso de inexistência de norma reguladora no âmbito estadual ou mesmo municipal. QUIZ
Quais os desafios atuais que
vivemos em nosso País relacionados ao Licenciamento Ambiental? LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE SÃO PAULO 1. INTRODUÇÃO Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e atividades que utilizam recursos am- bientais considerados efetivos ou potencialmente poluidores. Ao longo dos anos, como forma de abarcar todas as questões ambientais demandadas pela sociedade e refletidas na legislação ambiental, o processo de licenciamento das atividades industriais passou a conside- rar inúmeros aspectos, como foi ilustrado abaixo: 1. INTRODUÇÃO Além das normas relativas aos procedimentos administrativos, devem ser considerados também as normas correlatas a cada tema, assim, tem-se atualmente inúmeras normas legais e infralegais que condicionam o licenciamento ambiental de uma dada atividade.
O conhecimento e atendimento das exigências estipuladas pelos
procedimentos de licenciamento e fiscalização constituem o alicerce básico para atingir a conformidade ambiental de um empreendimento e a inserção do mesmo no mercado competitivo, criando condições para a melhoria de seu desempenho ambiental. 2.C O M P E T Ê N C I A S PA R A O L I C E N C I A M E N TO A M B I E N TA L
No que concerne à competência dos entes federativos quanto
ao licen- ciamento ambiental, a Lei Complementar no 140 de 8 de dezembro de 2011 estabelece critérios diferenciados, como a dominialidade da área onde o empreendimento será instalado, a natureza da atividade e a abrangência do impacto, além de tipologias definidas em regulamen- tos dos conselhos estaduais de meio ambiente, considerando o porte, o potencial poluidor e a natureza do empreendimento ou atividade.
Segundo a LC no140/11, as diferentes esferas de governo, união,
estados e municípios têm hoje as seguintes atribuições: UNIÃO •Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: a)localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; b)localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; o o
c)localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;
d)localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e)localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; f)de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental nos termos de ato do Poder Executivo aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; UNIÃO g)destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo em qualquer estágio ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e o o
aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN); h)que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir da proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento. ESTADO •Promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou o o
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos artigos 7 e 9 da Lei Federal no 140/11; •Promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs). MUNICÍPIO •Promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: o o
a)que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,
conforme tipologia definida pelos respectivos conselhos estaduais de meio ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; b)localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs). POR QUE DEVO LICENCIAR MINHA ATIVIDADE?
•OBRIGATORIEDADE LEGAL
No Estado de São Paulo, após a publicação da Lei nº 997, em 31 de maio de 1976,
regulamentada pelo Decreto nº 8.468, de 08 de setem- bro de 1976, é obrigatório o licenciamento ambiental das atividades industriais. Assim, a partir desta data, as empresas que funcionam sem a licença estão sujeitas às sanções previstas em lei, tais como: adver- tências, multas, paralisação temporária ou definitiva da atividade. Com o advento da Lei de Crimes Ambientais, Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, o funcionamento sem as devidas licenças ambientais, além de estar sujeito às penalidades administrativas, passou a ser considerado crime. 12 •BASE ESTRUTURAL DO RELACIONAMENTO COM A SOCIEDADE
A licença ambiental constituí uma forma de contrato entre a empresa
e o poder público estadual. Por meio dela a empresa conhece seus direi- tos e obrigações, tornando-se referência para o relacionamento com o órgão ambiental e a sociedade. Desta forma, o atendimento aos termos exigidos na licença torna-se o principal respaldo da empresa para o equacionamento de eventuais conflitos, como reclamações da comunidade, fiscalização dos órgãos competentes, denúncias de concorrentes, entre outros. •MELHORA DA IMAGEM PÚBLICA E ACESSO A NOVOS MERCADOS
Estando em conformidade legal, as empresas aumentam sua
competitividade ve credibilidade junto ao mercado. Hoje, cada vez mais a licença é requisito para obtenção de financiamen- tos, aprovação da empresa como fornecedora na cadeia produtiva e, sobretudo, na certificação de produtos tanto para o mercado interno quanto para o externo. 3.2 QUAIS ATIVIDADES S ÃO PASSÍVEIS D E LICENCIAMENTO?
As atividades relacionadas no artigo 57o do Regulamento da Lei no 997/76
aprovadas pelo Decreto no 8468/76 e suas alterações precisam da Licença Ambiental.
No caso das indústrias, as atividades são apresentadas no anexo 5
des- te regulamento, que pode ser acessado no Portal de Licenciamento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em: http:// www.cetesb.sp.gov.br/ 3.3 - Q U A L O Ó R G Ã O R E S P O N S Á V E L P E L O L I C E N C I A M E N T O D A M I N H A AT I V I D A D E ?
De acordo com a Deliberação Normativa Consema no1/14, caberá aos
municípios o licenciamento das atividades de impacto ambiental local, definido como impacto ambiental direto que não ultrapassa o território do município, podendo este ser enquadrado em classes de impacto baixo, médio ou alto, com base na natureza, no porte e no potencial poluidor das atividades. Para o munícipio ser licenciador, necessita compatibilizar a estrutura do município com as demandas das ações administrativas concernentes ao licenciamento ambiental. 14 Adicionalmente, o município deve ser classificado em grande, médio ou pequeno, considerando o tamanho de sua população, o tempo de funcionamento do Conselho Municipal de Meio Ambiente e o número de profissionais qualificados para as atividades de licenciamento.
Combinando o enquadramento do impacto ambiental local (alto,
médio ou baixo) e a classificação do munícipio (grande, médio ou peque- no), definem-se: as atividades licenciáveis pelos municípios e aquelas licenciadas na esfera estadual, cujo órgão competente é a Cetesb. 3.4 COMO D E VO P R O C E D E R AO LICENCIAMENTO?
•LICENCIAMENTO PELA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
Nos casos em que o licenciamento seja realizado pela administração mu- nicipal, todo o procedimento será feito pelo órgão licenciador municipal.
Para saber se o município em que está localizada a atividade está
habilitado a licenciar e se sua atividade enquadra-se nos critérios descritos na Deliberação Normativa Consema no1/14 – que dispõe sobre o licenciamento ambiental municipal no Estado de São Paulo – , o interessado deverá consultar o site do Consema (Conselho Esta- dual de Meio Ambiente): http://www.ambiente.sp.gov.br/consema 3.4 COMO D E VO P R O C E D E R AO LICENCIAMENTO?
•LICENCIAMENTO PELA ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL
Caso a atividade seja licenciada pela administração estadual, todo o procedimento será feito junto à Agência Ambiental da Cetesb, consi- derando o CEP ou o município onde está localizada a atividade e ob- servando as seguintes opções: Sistema de Licenciamento Simplificado – Silis –, Licenciamento Ordinário ou Avaliação de Impacto Ambiental. SISTEMA INTEGRADO DE LICENCIAMENTO - SIL Instituído pelo Decreto Estadual no 55660, de 30 de março de 2010, o SIL per- mite que as solicitações de licenciamento de atividades, perante as prefeituras municipais e órgãos estaduais responsáveis pela fiscalização e controle sani- tário, controle ambiental e segurança contra incêndio sejam feitas por meio de uma entrada única. Trata-se de um sistema parametrizado conforme as regras que definem o grau de risco (baixo ou alto) da atividade econômica, segundo a premissa de trata- mento diferenciado às empresas. “Risco baixo” dispensa o empreendedor/representante legal de comprovar que cumpriu as exigências ou restrições que existem para que ele possa exercer sua atividade perante aos órgãos estaduais e municipais. Este grau de risco dispensa a realização de vistoria prévia no empreendimento pelos órgãos es- taduais e municipais. O processo de licenciamento, desde a solicitação até a emissão do Certificado de Licenciamento Integrado, é feito pela internet, sem a necessidade de comparecimento do interessado a qualquer repartição dos órgãos públicos. SISTEMA INTEGRADO DE LICENCIAMENTO - SIL “Risco alto” indicará a obrigação do empreendedor/representante legal de comprovar que cumpriu as exigências e as restrições necessárias para obter o licenciamento da atividade, por meio dos procedimentos determinados por cada órgão. No caso da Cetesb, o SIL indicará se o licenciamento dessas ativi- dades deverá ser feito por meio do Silis ou junto à Agência Ambiental da Cetesb, conforme descrito nos itens 6.1 e 6.2. O grau de risco da solicitação de licenciamento perante cada órgão envolvido será “Alto” caso uma ou mais atividades a serem desenvolvidas tenham seu ris- co considerado “Alto”. O acompanhamento de todas as etapas do processo e o registro do atendimen- to presencial pelo órgão ao empreendedor/representante legal é feito pelo SIL. O SIL também verifica junto às Prefeituras a viabilidade da localização da empresa.
18 SISTEMA INTEGRADO DE LICENCIAMENTO - SIL
“Risco alto”
Se a atividade não puder ser desenvolvida no endereço
indicado, o licenciamento não será efetuado, já que, em primeiro lugar, é preciso ter certeza de que a lei municipal de uso e ocupação do solo e as leis ambientais permitem o exercício da atividade no local desejado. Mais informações sobre o SIL e os municípios dele integrantes poderão ser ob- tidas em: http://www.sil.sp.gov.br/.
18 3.8 EM C A S O D E AMPLIAÇÕES, MODIFICAÇÕES E/OU IMPLANTAÇÃO D E NOVOS EQUIPAMENTOS É P R EC I S O O BT E R NOVA L I C E N Ç A AMBIENTAL?
Para qualquer modificação/ampliação na atividade, deverá
ser consultado o órgão ambiental licenciador, que definirá a necessidade de licenciamento para a alteração ou novas instalações. 3.9 - Q U A I S T I P O S D E C U S T O S T E R Ã O N O P R O C E S S O D E L I C E N C I A M E N T O ?
Os custos envolvidos nas diversas etapas do licenciamento são de
res- ponsabilidade da empresa. O preço para a análise das solicitações é definido pelo órgão licenciador estadual ou municipal. No caso das licenças junto à Cetesb, o preço varia de acordo com a área integral da fonte de poluição, do objeto do licenciamento e do fator de complexidade da atividade. 3.10 - O C A D A S T R O T É C N I C O A M B I E N TA L É C O N D I Ç Ã O PA R A O L I C E N C I A M E N TO ?
Sim. As pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam à atividades poten- cialmente
poluidoras e à extração, produção, transporte e comercializa- ção de produtos potencialmente degradadores do meio ambiente, assim como as que utilizam produtos e subprodutos da fauna e da flora, ficam obrigadas a registro no Cadastro Técnico Estadual de Atividades Poten- cialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais – Cadastro Ambiental Estadual (CTE). O registro no Cadastro Ambiental Estadual deverá ser feito no prazo de 90 dias, contados apartir da data da publicação da Resolução no 94/12, por meio de registro no Cadastro Técnico Federal (CTF), via Internet, no endereço eletrônico: http://www.ibama.gov.br. Entretanto, consideram-se registradas no Cadastro Ambiental Estadual todas as pessoas físicas e jurídicas cujos estabelecimentos já tenham sido registrados no Cadastro Técnico Federal do Ibama, não sendo ne- cessário a realização de novo cadastro. 3.13- COMO R EG U L A R I ZA R ?
Toda e qualquer empresa que esteja em operação
e que não possua licença ambiental deve se regularizar, inclusive aquelas que iniciaram suas atividades anteriormente à promulgação do Decreto no 8468/76.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE SÃO PAULO 27
3.13- COMO REGULARIZAR ? Para efetivar sua regularização, o empresário deverá procurar o órgão li- cenciador e expor sua situação. Dependendo do caso, o empresário será orientado a requerer o licenciamento ambiental. No caso dos empreen- dimentos e atividades localizadas em Áreas de Proteção aos Mananciais (APM) ou em Áreas de Recuperação dos Mananciais (APRM), deverão ser observadas as disposições sobre regularização das atividades existentes, constantes na Lei Estadual no 9.866/97, e nas leis específicas da Bacia do Reservatório Guarapiranga (Lei Estadual no 12.233/06, regulamentada pelo Decreto Estadual no 51.686/07), e da Bacia do Reservatório Billin- gs Lei Estadual no 13.579/09, regulamentada pelo Decreto Estadual no 5.342/10. LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE SÃO PAULO 27 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL NORMAS SOBRE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS FEDERAL Diploma Ementa Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e LEI FEDERAL no 6.938/81 mecanismos de formulação e aplicação. Dispõe sobre procedimentos relativos ao Estudo de Impacto Ambiental. RESOLUÇÃO CONAMA no 1/86 Dispõe sobre os procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental e no exercício da competência, bem como as atividades e RESOLUÇÃO CONAMA empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. no 237/97 Fixa normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens LEI COMPLEMENTAR no 140/11 naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938/81. As pessoas inscritas no CTF/APP deverão realizar o recadastramento INSTRUÇÃO NORMATIVA obrigatório, atualizando e confirmando os dados cadastrais. IBAMA no 6/13, artigo 46 ESTADUAL Altera a denominação da Cetesb – Companhia de Tecnologia LEI ESTADUAL n 13.542/09 o de Saneamento Ambiental – e dá nova redação aos artigos 2o
e 10o da Lei no 118/73.
Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades LEI ESTADUAL no 14.626/11 Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais. Dá nova redação ao Título V e ao Anexo 5 e acrescenta os DECRETO ESTADUAL n 47.397/02 o Anexos 9 e 10 ao Regulamento da Lei n o 997/76, aprovado
pelo Decreto no 8.468/76, que dispõe sobre a prevenção e o
controle da poluição do meio ambiente. Regulamenta dispositivos da Lei Estadual no 9.509/97, referentes ao licenciamento ambiental, estabelece prazos de validade para cada modalidade de licenciamento ambiental e DECRETO ESTADUAL no 47.400/02 condições para sua renovação, estabelece prazo de análise dos requerimentos e licenciamento ambiental, institui procedimento obrigatório de notificação de suspensão ou 0 encerramento de atividade e o recolhimento de valor Dá nova redação a dispositivos do Decreto no 47.400/02, que regulamenta disposições da Lei no 9.509/97, referentes ao licenciamento ambiental, à vista das alterações introduzidas DECRETO ESTADUAL no 55.149/09 na Lei no 118/73, pela Lei no 13.542/09. DECRETO ESTADUAL no 55.660/10 Institui o Sistema Integrado de Licenciamento (Sil) e cria o certificado de Licenciamento Integrado. DECRETO ESTADUAL no 59.261/13 Institui o Sistema de Cadastro Ambiental Rural do Estado de São Paulo SICAR-SP. Dispõe sobre o licenciamento ambiental simplificado e informatizado de atividades e DECRETO ESTADUAL n 60.329/14 o empreendimentos de baixo impacto ambiental. Dispõe sobre: a apresentação de certidões municipais de uso e ocupação do solo, o exame e manifestação técnica pelas Prefeituras Municipais nos processos de licenciamento ambiental realizados no âmbito do Seaqua e a concessão de Licença de RESOLUÇÃO SMA no 22/09 Operação para empreendimentos existentes. Regulamenta os procedimentos relativos ao Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais ao Relatório Anual de Atividades e à Taxa Ambiental Estadual. RESOLUÇÃO SMA no 94/12 Regulamenta as exigências para os resultados analíticos, incluindo a amostragem, o objeto de apreciação pelos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, a Proteção, o Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e o RESOLUÇÃO SMA no 100/13 Uso Adequado dos Recursos Naturais (Seaqua). Dispõe sobre os procedimentos para licenciamento ambiental com avaliação de impacto ambiental, no âmbito da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, Cetesb. RESOLUÇÃO SMA no 49/14 DELIBERAÇÃO CONSEMA NORMATIVA no 1/14 Fixa tipologia para o exercício da competência municipal, no âmbito do licenciamento ambiental. Define as atividades e empreendimentos de baixo impacto ambiental passíveis de DELIBERAÇÃO CONSEMA NORMATIVA no 2/14 licenciamento por procedimento simplificado.