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27-01-2016

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA

Ismael Pereira Teixeira

Lisboa
2016

OBJETIVOS GERAIS
COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR

APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR

Tomar consciência da importância da ética na vida


pessoal, social e profissional. Capacidade para considerar os aspetos éticos na
abordagem e resolução de problemas e na tomada de
decisões;

Avaliar os dilemas de natureza ética que se colocam


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
na atividade profissional;

Estudar as implicações éticas e a responsabilidade


Reconhecer a necessidade, os conceitos e
social nas suas atividades cotidianas.
fundamentos da ética e deontologia na atividade
profissional.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (continuação)
APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR

APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR

1. Ética: noção e fundamento 5. Ética e responsabilidade social


5.1. Ética partilhada
2. Fundamentos ontológicos e antropológicos da ética
2.1. Teorias clássicas da ética 6. Dilemas e conflitos éticos
2.2. A ética na cultura contemporânea 6.1. Defesa da vida
6.2. Consciência moral
3. Distinção entre ética, moral, axiologia e deontologia
6.3. Ser ou ter: a sociedade de consumo
6.4. Religião
4. A ética em contexto empresarial
6.5. O desafio do mal
4.1. Como integrar a ética nas empresas
4.2. A ética das profissões
7. A ética e o relativismo das normas
4.3. Códigos de ética e deontologia
7.1. Direitos frágeis e deveres absolutos

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(continuação)
• Assiduidade
APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR

APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR


8. Ética mínima ou mínimos éticos

• Participação ativa nas aulas


9. Ética: a razão e a emoção
AVALIAÇÃO • Um teste intermédio

10. A solidariedade num mundo globalizado • Um trabalho prático

10.1. O sentido etimológico da palavra solidariedade • Frequência final

10.2. Os princípios da solidariedade

10.3. Solidariedade como categoria ética básica do viver humano Engloba toda a matéria do programa
10.4. Componente ética da moral económica
Frequência mínima de 80%
10.5. Meios de comunicação social como instrumentos de
solidariedade

BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA
(continuação)
APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR

APRESENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR

Fidalgo, A. (2014). Ética mínima: pequena ética para tempos


Bianchi, E. (2009). Para uma ética partilhada. Lisboa: Pedra
difíceis. Lisboa: Gradiva.
Angular.

Reimão, C. (coord) (2008). Ética e profissões: desafios da


modernidade. Lisboa: Universidade Lusíada. Mercier, S. (2003). A ética nas empresas. Lisboa: Quetzal.

Cortina, A. (1997). 10 palavras-chave em ética. Coimbra: Gráfica


de Coimbra. Savater, F. (2008). Convite à ética. Porto: Edições

Diniz, R. (2014). Inspirando líderes: palavras de circunstância.


Afrontamento.

Lisboa: AESE.
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

• Costume
● grego éthos • Modo de agir
• Carácter

1 ÉTICA Permanência
etiká
habitual

• Moral natural
● latim ethica
• Estudo da moral

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A ÉTICA
A ética tem sempre no centro a pessoa humana
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO


Cuida do viver do homem

Contribui para a realização da sua felicidade


A sua dignidade
Define o programa de vida de cada ser humano e igualdade
É a ciência categoricamente normativa dos atos humanos
A seu direito à realização
segundo a luz natural da razão
e à felicidade

Devem resultar de uma intenção


A sua vocação
livre da consciência pessoal
comunitária

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Principais escolas do pensamento ético


Sendo um conceito tão complexo e com vertentes tão distintas,
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

a sua discussão terá obrigatoriamente de passar por


várias escolas das quais se destacam

ESCOLA CLÁSSICA ESCOLA MODERNA

(Adaptado de Singer, 2010)

A ética não prescinde da moral ÉTICA


Investiga a fundamentação
O conceito de ética, também, deriva do latim ethica
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

do agir, os princípios e
valores, a dimensão

Remetem para a mesma realidade da interioridade dos atos,


aquilo que é mais pessoal
parte da filosofia que estuda a moral

MORAL

Estão estritamente relacionadas Indica ações e normas


Assume um carácter de ciência prática, pois
concretas, isto é, a
não se detém no conhecimento da verdade em
aplicação dos costumes,
si, mas na sua aplicação na conduta livre do dos hábitos e das regras
homem, na moralidade dos atos humanos. daquilo que foi objeto
Apresentam algumas distinções
da ética

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Na prática, a ética orienta o homem na realização dos seus fins,


A ética é o estudo filosófico e explicativo dos factos morais enquanto a moral corresponde a um conjunto de regras que
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO


determinam essa forma específica de comportamento humano.
Manifestações de consciência
Apreciações éticas
Preceitos
Normas Associado à ética e à moral surge o conceito de deontologia, que
Atitudes deriva do grego deon (dever) e logia (conhecimento).

Os objetos da ética são os atos humanos, não apenas


na sua descrição, mas na explicação da sua
valorização e comportamento
A deontologia assenta numa ciência de deveres, do que é justo e
conveniente, do valor e das normas que dirigem o
A ética é a ciência da moral e a arte de dirigir a conduta
comportamento humano.

VALOR SER FORTE


ÉTICA MORAL DEONTOLOGIA
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

Satisfação
Espirituais
Culturais
Intervêm conjuntamente nas relações básicas da ação pessoal, Utilidade pessoal
humana e social, nas atividades intelectuais e operativas do Utilidade social
indivíduo, tanto a nível pessoal como profissional. Culturais

Os valores são universais, baseiam-se em suportes reais


São conceitos dependentes uns dos outros, que se
e têm carácter imperativo, pelo que só as pessoas
fundamentam em valores.
são portadoras dos mesmos.

● Constituem normas ou critérios que afetam a Quotidianamente somos confrontados com situações em que
atividade e a conduta do ser humano temos que decidir sobre coisas que interferem na
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

● Têm um carácter normativo que deriva das leis liberdade dos outros.
VALORES essenciais do ser

● Influenciam o indivíduo ou o grupo na escolha


das suas decisões.
Nas nossas decisões, preocupamo-nos com os valores,
princípios e regras de conduta que impomos a nós mesmos,
mas que também esperamos que sejam seguidas e/ou
Valorizar é uma experiência fundamentalmente humana que
aceites pelos outros.
se encontra no centro de todas as opções de vida.

Os valores são sempre bipolares, qualitativos, não


A simples coexistência evidencia a necessidade de
quantificáveis e dependentes dos atos, porque estão
cumprir normas.
continuamente associados ao agir.

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ÉTICA
ÉTICA: NOÇÃO E FUNDAMENTO

Valores Regras morais


2

Fornecem padrões que guiam toda ação humana

Promovem o equilíbrio e o bom funcionamento social 2.1. Teorias clássicas da ética

2.2. A ética na cultura contemporânea


Relacionada com o sentimento de justiça social

Valores históricos e culturais de uma sociedade

A dignidade é uma exigência de respeito


FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA
FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E
ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA

ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA

O respeito consiste em olhar o outro de modo que seja preservada


Liberdade Abertura ao sentido
e promovida a possibilidade de dar sentido à existência
Relação (intersubjetividade)

A ética implica uma relação com o outro, o reconhecimento


mútuo
É a base da ética e tem por base a interação, na medida em

que o reconhecimento do outro supõe o reconhecimento da


A ética coloca-se em função das ações a realizar e das
sua liberdade e incondicional dignidade.
decisões a tomar

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Refletir sobre a ação é interrogar-se sobre o sentido que Considera a vida


modifica a vida do homem apreendida na totalidade do seu desenvolvimento
FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E
ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA

ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA

Conceito de vida boa


A ação implica sempre um contexto e uma situação que
resulta, simultaneamente, daquilo que acontece na natureza
e daquilo que ela própria suscita TRADIÇÃO FILOSÓFICA DA ÉTICA

Conceito de dever

Graças à ação humana, que se caracteriza pelo


conhecimento, pela liberdade e pela intenção, o mundo Considera os atos
torna-se outro, enriquece-se e adquire um novo significado apreendidos na sua particularidade
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5
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O nascimento da ética deveu-se a uma crise da cultura grega,

principalmente, no embate entre os Sofistas e Sócrates

Teorias clássicas da ética


– conflito ético / conflito de valores –

Platão associou o objeto final do conhecimento à

2.1. Teorias clássicas da ética plenitude do prazer

2.2. A ética na cultura contemporânea

Os prazeres do corpo são um trampolim para os


prazeres da alma e do espírito

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Aristóteles desenvolveu uma teoria da ação focada no ser


humano como fonte e princípio do agir Santo Agostinho fundamentou a moral cristã, cujo objetivo é

ajudar os seres humanos a serem felizes, mas a felicidade


Teorias clássicas da ética

Teorias clássicas da ética

suprema consiste num encontro amoroso do homem com Deus

Uma vida boa, culmina na virtude da amizade, que inclui


justiça, concórdia, amor benevolente e nobreza

São Tomás de Aquino procura fundamentar a ética tendo em

conta as questões colocadas na antiguidade clássica


Os seres humanos sentem afeto por aquilo que é digno de ser
por Aristóteles
amado, mas a amizade só existe quando os sentimentos
são recíprocos.
33 34

John Locke parte do princípio que todos os homens nascem


Descartes reconheceu que seria impossível estabelecer
com os mesmos direitos à liberdade, à propriedade e à vida,
Teorias clássicas da ética

Teorias clássicas da ética

princípios seguros para a ação humana e limitou-se a


pelo que as interações devem ser pautadas pelo respeito.
recomendar uma moral provisória de tendência estoica.

O seu único princípio ético


David Hume defende que as nossas ações são em geral
consistia em seguir as normas e os costumes morais que visse a
motivadas pelas paixões, que resultam de dois princípios
maioria seguir, evitando deste modo ruturas ou conflitos.
éticos fundamentais: a utilidade e a simpatia.

35 36

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Jean-Jacques Rousseau concebe o Homem como um ser


bom e atribui a causa de todos os males à sociedade
e à moral que o corromperam
Teorias clássicas da ética

O Homem sábio é aquele que segue a natureza e


despreza as convenções sociais
2.1. Teorias clássicas da ética

2.2. A ética na cultura contemporânea

A natureza é entendida como


algo harmonioso e racional

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A simples substituição do paradigma da coexistência - a justiça -


O problema da coexistência pelo sentido da coexistência - o bem - conduz-nos desde então,
É preciso gerir, de modo justo, não implica a superação a um desvirtuamento do vivido subjetivo e intersubjetivo
A ética na cultura contemporânea

A ética na cultura contemporânea

o conflito de tradições da teologia enquanto


determinação da
moral pública
Sufocado debaixo das problemáticas de uma racionalidade
puramente instrumental, a questão do sentido do agir acaba
Reduzida à pura teoria e à por desaparecer
pura prática das regras
da coexistência, a ética
Priva-se, por isso, da
desvia-se do ponto de As vidas humanas, instaladas numa visão do mundo, muitas
possibilidade de responder
vista do agir e dos fins da ação vezes condicionadas pela opinião e pelos media, ficam
à exigência do sentido do
homem contemporâneo. submetidas a um nivelamento geral
39 40

A profundidade e a extensão da
O universal singular é
crise que afeta as sociedades uma categoria
A ética na cultura contemporânea

A ética na cultura contemporânea

contemporâneas, exigem uma antropológica de base Agir moralmente significa trabalhar para uma
nova articulação entre a regra e
transformação das condições de desumanidade - quer
o sentido da coexistência.
económicas e sociais, quer simbólicas – que, em cada

cultura e em cada momento da história privam os homens

do alimento necessário para a vida do corpo e da alma.


O sujeito constitui-se, como tal,
interiorizando a totalidade que o o sujeito é uma síntese
Simone Weil
envolve e re-exteriorizando-se viva da universalidade e
nos seus atos. da singularidade

41 42

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O projeto da existência humana institui-se como projeto de


abertura e de compromisso em relação aos outros e ao mundo.
A ética na cultura contemporânea

A afetividade identifica a capacidade radical da própria existência:


a capacidade de ser afetada .

A tendencialidade é uma característica dos seres finitos que


procuram a sua plenitude.

Esta dinâmica tendencial, no caso do homem, coincide com o seu


processo de autorrealização.

43 44

É a teoria dos valores, das atitudes e das VALORIZAR


DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,

DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,

posições valorativas.
AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

É uma experiência fundamentalmente humana

Encontra-se no centro de todas as opções da nossa


AXIOLOGIA vida

A nossa personalidade é definida pela escolha dos


valores

A primeira compreensão que temos do mundo é


É a moral que organiza e estabelece uma hierarquia
fundada no solo dos valores da comunidade a que
entre os valores, que não têm todos o mesmo peso.
pertencemos

45 46

Não quantificáveis O valor situa-se na linha do desejo de acordo com


diversas ordens
DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,

DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,


AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

Biológica Económica Religiosa Lógica


Qualitativos VALORES Bipolares
Funcional Moral Estética

Dependentes dos atos


Mas é pela afetividade que o ser humano toma realmente

consciência do mundo dos valores concretos.


Estão continuamente associados ao agir
48
47

8
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O Homem é um ser ético porque é um ser livre, de relação


intersubjetiva e com abertura ao sentido do ser. A ética é a teoria da regulamentação da moral
DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,

DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,


AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA
A moral é a prática daquilo que é eticamente aceite …

Um indivíduo só pode assumir-se enquanto tal, vivendo em


sociedade, convivendo e relacionando-se com outros.

A ética é um processo racional que visa estabelecer os


princípios, regras e valores que devem regular a ação
humana, tendo em vista a sua harmonia, porque
A questão central da moral e da ética tem por base o agir
constantemente julgamos de forma moral.
perante os outros.

49 50

Tudo o que vai contra a moral é um crime contra a A axiologia é essencial à formação do homem, pois engloba
tudo que é desejável e não apenas o que é desejado.
DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,

DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,

deontologia, pelo que podemos considerar o código


AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

deontológico como uma extensão da ética.


A noção de valor é subjetiva, varia com os indivíduos
e as situações

A TEORIA DOS VALORES PROFISSIONAIS

A ética propõe uma reflexão sobre os valores

Procura encontrar um equilíbrio da ação humana, entre o


É uma disciplina descritiva e empírica que tem como desejo e o interdito
objetivo determinar os deveres que se devem
cumprir em certas circunstâncias sociais, A moral é a matéria-prima da ética
especialmente no âmbito de determinada profissão.

51 52

PREOCUPAÇÕES MORAIS
DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA, MORAL,
AXIOLOGIA E DEONTOLOGIA

4
Conceção de cada indivíduo

4.1. Como integrar a ética nas empresas

Bem e mal Justo e injusto 4.2. A ética das profissões

4.3. Códigos de ética e deontologia

Na sua forma de pensar e atuar

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Atualmente …
Durante muito tempo …
Como integrar a ética nas empresas

Como integrar a ética nas empresas


Nova visão do mundo empresarial
Qualidade
dos produtos
QUESTÕES DE ORDEM ÉTICA

Preço Maximização
competitivo EMPRESAS do lucro Transparência Respeito e garantia
dos direitos humanos

Diversidade dos aspetos socioculturais e económicos

Qualidade
dos serviços
Indispensáveis para uma atuação responsável

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Como integrar a ética nas empresas

Como integrar a ética nas empresas

A ética nas empresas respondeu às preocupações que


A ética projeta-se no
foram surgindo
contexto organizacional e
no exercício de todas
Fraudes empresariais Falta de valores as profissões. O grande desafio de qualquer
profissional é implementar
Justiça Honestidade políticas de gestão que se
foquem no desenvolvimento
Marca todo o
pessoal, profissional e
processo relacional
Pode afirmar-se que a presença da ética nas empresas foi tão social do individuo.
ou mais requerida que algumas práticas organizacionais

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FALTA DE ÉTICA
Como integrar a ética nas empresas

Como integrar a ética nas empresas

Uma empresa ética mostra aos seus funcionários Afeta a produtividade da organização

Desmotiva os colaboradores

Prejudica o clima, a satisfação, o comprometimento, a confiança,

a motivação, a produtividade e o relacionamento interpessoal


através da cultura interna
Põe em causa a efetividade das políticas da gestão de pessoas

Perda do prestígio da organização junto do seu público-alvo

Compromete a imagem e a marca junto dos clientes e dos


os resultados são importantes e vitais para a
fornecedores
sobrevivência da organização, mas a forma
Viola a legislação vigente
como são obtidos também importa

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O desvio da conduta ética pode ser entendido como uma prática


Como integrar a ética nas empresas

Como integrar a ética nas empresas


de atos intencionais e deliberados, que violam os valores e as
 Conflito de interesses
regras organizacionais e sociais e cujas consequências

constrangem os ativos tangíveis e intangíveis da organização.


 Honestidade e equidade

Tipo de desvios mais comuns

CLASSIFICAÇÃO  Comunicações

 Relacionamentos
Tipo Sujeito

Desvios de conduta ética


A ÉTICA EM CONTEXTO EMPRESARIAL

A ÉTICA EM CONTEXTO EMPRESARIAL

Principais fatores que motivam os desvios éticos a nível individual

Questões de ordem financeira

Atitudes e a predisposição dos colaboradores

Perceções desfavoráveis sobre o ambiente de trabalho

(Adaptado de Srour, 2003)

Whitaker (2007) considera os desafios éticos da organização

Principais fatores que motivam os sob duas perspetivas


Como integrar a ética nas empresas

Como integrar a ética nas empresas

desvios éticos a nível institucional


A primeira envolve a projeção A segunda diz respeito aos

Falta de profissionalismo dos valores da organização recursos humanos da

para o exterior e caracteriza as organização (e.g., executivos,

Falta de imparcialidade empresas que respeitam o acionistas, colaboradores),

meio ambiente, realizam pelo que os esforços são


Falta de credibilidade
benefícios para a comunidade direcionados para a criação de
e promovem ações de um sistema que assegure um
Falta de transparência na tomada de decisão
sustentabilidade.
modo ético de operar.

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A ética é o caminho para a excelência empresarial,


A dignificação do valor da empresa depende dos atuais
apresentando-se como uma “bússola” orientadora das práticas
Como integrar a ética nas empresas

Como integrar a ética nas empresas


desafios tecnológicos e competitivos
mais eficazes

As organizações

éticas são aquelas que escolhem boas metas e se


O DESAFIO ÉTICO É, TALVEZ,
O MAIOR DA ATUALIDADE esforçam por alcançá-las de forma prudente e justa

A ética

no contexto empresarial procura encarnar o ideal de uma


Uma empresa ganha mais valor quanto
cidadania social que permita a todos os seres humanos a proteção
maior for a sua prática ética
dos seus direitos.
67 68

A ética é um conjunto de princípios e enunciados


que orientam a conduta e racionalização do
comportamento humano .
A ética das profissões

4
Todas as profissões implicam uma ética,
uma vez que se relacionam sempre com os
seres humanos.
4.1. Como integrar a ética nas empresas

4.2. A ética das profissões A ética de cada profissão depende da


deontologia que cada profissional aplica aos
4.3. Códigos de ética e deontologia
casos concretos que se apresentam no âmbito
social e pessoal.

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A ética profissional rege-se por três princípios fundamentais


QUALQUER
Bem comum Interesse público
PROFISSÃO
A ética das profissões

A ética das profissões

PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Qualquer atividade profissional está orientada para

conseguir um fim ou bem constitutivo e proporcionar um

serviço competente e responsável ao cliente.


Referências éticas Normas deontológicas

71 72

12
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A ética profissional rege-se por três princípios fundamentais A ética profissional rege-se por três princípios fundamentais
(continuação) (continuação)
A ética das profissões

A ética das profissões


PRINCÍPIO DO RESPEITO PELA PESSOA PRINCÍPIO DA JUSTIÇA

Todos os clientes são pessoas e ao agir profissionalmente O profissional e o cliente estão num contexto social

há que respeitar a sua dignidade, os seus direitos e o seu (público ou privado) em que as prioridades e os recursos

consentimento. devem ser determinados e distribuídos justamente.

73 74

A ética de qualquer profissão assenta


sempre sobre quatro eixos
A ética das profissões

● Aspiração à dignidade de ser pessoa 4

● Aspiração a ter uma oportunidade para dar o seu


melhor
4.1. Como integrar a ética nas empresas
● Aspiração a ter uma garantia de segurança 4.2. A ética das profissões

● Aspiração de se ver reconhecido e tratado como 4.3. Códigos de ética e deontologia


responsável

75

Os códigos de ética orientam a ação dos indivíduos e


O código deontológico é um instrumento regulador da profissão
estabelecem os comportamentos apropriados tanto para os
que postula os diversos campos da conduta humana
Códigos de ética e deontologia

Códigos de ética e deontologia

trabalhadores como para a organização e para a sociedade em


Critérios geral
Regras
Leis A ética organizacional deve ter em consideração 6 vertentes
Normas

Valores Princípios Projetos


Devem preservar a Orientam os Processos Produtos Pessoas
honra e a dignidade profissionais
da profissão dentro de cada categoria
e fora da organização Uma das melhores formas para obter boas decisões é
estabelecer um equilíbrio entre estas 6 vertentes.

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Indissociáveis dos códigos de ética são os códigos CÓDIGOS DEONTOLÓGICOS


deontológicos que são utilizados para expressarem
Códigos de ética e deontologia

Códigos de ética e deontologia


os mesmos princípios. Conjunto de normas de comportamento que reconhecem as
capacidades técnicas e as atitudes éticas dos profissionais.

CÓDIGO DE ÉTICA
≠ CÓDIGO DEONTOLÓGICO Estabelecem um certo controlo de qualidade sobre as
prestações de serviços profissionais.

Contribuem para a consolidação de uma profissão.


Conjunto de regras Define o comportamento

que devem ser aplicadas moral dos profissionais


Têm por base as grandes declarações universais e esforçam-se
em contexto profissional de uma dada profissão
por traduzir o sentimento ético que estas expressam.

ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

RESPONSABILIDADE
ÉTICA
5 SOCIAL

5.1. Ética partilhada

Coerência entre ação e discurso

82

ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

- é urgente uma tomada de consciência, individual e coletiva -

● Referencial válido e capaz de possibilitar ao


PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE Homem responder aos desafios do presente e do

futuro

● Conciliar os direitos individuais com as obrigações


- para regular a ação humana e orientar o seu quotidiano -
sociais, económicas, políticas e científicas que

marcam a cultura do nosso tempo

83 84

14
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Maior atenção Menor atenção


SOCIEDADES
ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Responsabilidade social Máximo lucro

5
“a finalidade da organização não é simplesmente a produção de
benefícios, mas principalmente a própria existência da
organização como uma comunidade de pessoas que, de diversas 5.1. Ética partilhada
maneiras, procuram a satisfação das suas necessidades
fundamentais e constituem um grupo particular ao serviço da
sociedade inteira”.

Papa João Paulo II


Encíclica Centesimus Annus

A análise do conceito de responsabilidade social é muito


A globalização da atividade económica tem vindo a despertar
abrangente e exige que a organização:
o sentido e a necessidade de referenciais éticos

Cumpra todas as obrigações para com os funcionários,


Ética partilhada

Sociedade Empresas clientes, fornecedores, distribuidores, comunidade e Estado;


Ética partilhada

Realize parcerias eticamente corretas com os clientes,


distribuidores e fornecedores;
Reconhecem a importância e o valor de um comportamento
socialmente responsável por parte daqueles que as integram Contribua para o desenvolvimento profissional dos
trabalhadores, através de formação e da gestão de carreiras;

As organizações estão conscientes dos impactos que o Melhore as condições de trabalho e os benefícios sociais dos
exercício da sua atividade provoca a nível social e não
trabalhadores;
apenas na sua atividade económica específica

A análise do conceito de responsabilidade social é muito


abrangente e exige que a organização (continuação): A análise do conceito de responsabilidade social é muito
abrangente e exige que a organização (continuação):

Invista na investigação científica, no âmbito da inovação e


Ética partilhada

Ética partilhada

desenvolvimento de processos e produtos, que respondam Não descrimine os trabalhadores em função do género,

às necessidades da comunidade; etnia, religião, raça e orientação sexual;

Financie obras comunitárias que visem a melhoria da Extinga situações de abuso de poder;
qualidade de vida dos cidadãos;

Preserve a conservação do meio ambiente através de


Fomente o tratamento igualitário entre as categorias sociais medidas de desenvolvimento sustentável.
e hierárquicas;

15
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A questão ética associada à responsabilidade social é,


atualmente, uma questão crucial e civilizacional, pois
A partilha de uma ética socialmente responsável
não existe responsabilidade social sem ética,
sendo fundamental haver coerência
entre ação e discurso referencial válido
Ética partilhada

Ética partilhada
permite ao homem responder aos desafios do presente
e do futuro

A ética não pode obedecer à


lógica do utilitarismo, segundo a qual conciliar os direitos individuais
é moral aquilo que pode servir, ser útil de uma maneira com as obrigações sociais, económicas, políticas e científicas
ou de outra, mas nem sempre as decisões têm uma garantia de que marcam a cultura do nosso tempo.
justiça e de conformidade com os direitos fundamentais do homem.

MOMENTOS DO PROCESSO ÉTICO


MOMENTOS DO PROCESSO ÉTICO
(continuação)
INTENÇÃO

Diz respeito a toda a ação intencional do sujeito que pode


Ética partilhada

Ética partilhada

(ou devia poder) indicar aos outros a razão da sua ação, DECISÃO
uma vez que toda a ação visa um objetivo/fim e é orientada
Implica sempre uma escolha entre as soluções possíveis
por um motivo.
(anteriormente deliberadas) em relação a critérios de

DELIBERAÇÃO ordem ético-moral.

Atividade do agente moral quando entra em debate


consigo próprio para elaborar uma escolha e a justificar do
ponto de vista ético.

93 94

ELEMENTOS DE UMA
ELEMENTOS DE UMA
Relação Relação Relação ÉTICA DE Relação
com o outro ÉTICA DE com o outro
com o terceiro RESPONSABILIDADE com o terceiro
RESPONSABILIDADE
(continuação)
Ética partilhada

Ética partilhada

O ser humano existe sempre em relação com algo ou alguém e A responsabilidade não se reduz, pura e simplesmente à relação
compreende as suas experiências, atribuindo-lhes significados e com o outro, mas também ao respeito pelo terceiro
dando sentido à sua existência

O seu existir não abrange apenas aquilo que é e vive num dado A relação da visão do outro será em vão se as instituições, as
momento, mas também as múltiplas possibilidades da sua normas e as leis não derem conta do terceiro, que está sempre
existência. presente (justiça dos relacionamentos entre iguais).

95 96

16
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Os dilemas e conflitos éticos surgem quando alguém deve fazer

DILEMAS E CONFLITOS ÉTICOS


uma escolha entre violar ou seguir os seus princípios morais,
6
levando a um paradoxo no qual nenhuma escolha traz a satisfação

individual e geralmente têm consequências potencialmente


6.1. Defesa da vida
negativas para quem toma a decisão.
6.2. Consciência moral
6.3. Ser ou ter: a sociedade de consumo
6.4. Religião
(Fidalgo, 2013)
6.5. O desafio do mal

98

6.1. Defesa da vida


6.2. Consciência moral
6.3. Ser ou ter: a sociedade de consumo
6.4. Religião
6.5. O desafio do mal

Ismael Pereira Teixeira


99

Começa com a aceitação A perspetiva de que a vida humana possui um valor único
A vida é um processo
social e legal do aborto está profundamente enraizada na nossa sociedade e
que nunca pára
encontra-se consagrada na lei.
Defesa da vida

Defesa da vida

Começa na conceção e Passa pela anuência e


continua até à morte natural reflexão acerca das
causas do suicídio

A maioria das pessoas concorda que é condenável matar


O processo de
desvalorização da vida Termina com a aceitação seres humanos, independentemente da sua raça, religião,
humana quando começa, social e legal da eutanásia
também, vai até ao fim classe ou nacionalidade.

101 102

17
27-01-2016

A consciência moral é uma faculdade inerente ao ser


humano que lhe permite observar a própria conduta e
formular juízos sobre os atos passados, presentes e as
6

Consciência moral
intenções futuras.

6.1. Defesa da vida


6.2. Consciência moral
É a capacidade que o Homem tem de
6.3. Ser ou ter: a sociedade de consumo
conhecer não apenas valores e
6.4. Religião
mandamentos morais, mas também de
6.5. O desafio do mal
os aplicar em diferentes situações.

104

FUNÇÕES DA CONSCIÊNCIA MORAL


A consciência moral é delicadamente pessoal, pois cada um
deve descobrir pessoalmente o modo correto de agir, em cada ● função crítica porque implica uma reflexão interior sobre a
momento, e não se deve obrigar ninguém a agir de modo ação que se vai realizar;
contrário à sua consciência. ● função normativa quando apela à relação ação-norma;
Consciência moral
Defesa da vida

● função imperativa porque impõe comportamentos e


tomadas de decisão;

● função judicativa porque julga as ações em função da moral


vigente, uma vez que a moral aplicada varia de cultura para
É a expressão da liberdade de cada homem, na medida em
cultura;
que, ao ser livre, o homem vai formando a sua própria
consciência e, através desta, julga os seus próprios atos e ● função de censura e remorso quando repreende os nossos

pensamentos. atos e nos conduz à consciência tranquila ou ao sentido de


arrependimento.
105 106

O Homem, ao desenvolver as suas ações, faz opções

Optar significa escolher


6
Consciência moral

A escolha apenas faz sentido quando se escolhe aquilo que,


de entre as opções possíveis, se considera como sendo 6.1. Defesa da vida
melhor 6.2. Consciência moral
6.3. Ser ou ter: a sociedade de consumo
6.4. Religião
A consciência moral supõe uma hierarquia de valores, uma
6.5. O desafio do mal
ordem nas prioridades.

107

18
27-01-2016

As sociedades de consumo caracterizam-se pelo facto de o Quando se confunde ser e ter:


consumo ser um fim e não um meio.
pensa-se ser mais por ter mais e ser menos por ter menos
Ser ou ter: a sociedade de consumo

Ser ou ter: a sociedade de consumo


Casas, carros, propriedades, joias e dinheiro parecem
Compra-se isto ou aquilo não porque seja preciso, mas
porque dá prazer, mesmo sabendo que o excesso faz mal. constituir o critério do que se é na vida, ficando na posição

de cima aqueles que muito têm, e na posição de baixo

os que pouco ou nada têm.


É uma ilusão grave confundir consumo com viver bem.

O ser não é determinado pelo ter:


E é tanto mais grave e prejudicial quando se julga que se pode-se ser tudo não tendo nada e pode-se ter tudo e
vive melhor quanto mais se consumir. não ser nada
109 110

Distinguir ter e ser é fundamental para quem quer viver bem.


Há múltiplas maneiras de
SER deixar de ter (e.g., dar,
Ser ou ter: a sociedade de consumo

Ser ou ter: a sociedade de consumo

vender, perder, gastar) Viver bem depende muito mais do ser do que do ter.

Não é uma relação Relação de posse


circunstancial Há quem se centre na obtenção de coisas e não no

uso que delas fará

Não há maneira de Relação entre o sujeito


deixar de ser que tem e aquilo que
ele tem Viver bem reside no uso das coisas e não na sua posse.

O que se é não se
pode dar, vender Vive melhor quem faz uso e usufruto do pouco que tem,
TER
ou perder
do que quem não faz uso do muito que tem.
111 112

Não é preciso possuir as Dar uma boa educação aos


O ter nada tem de mal O mal está quando
Ser ou ter: a sociedade de consumo

Ser ou ter: a sociedade de consumo

paisagens para nos filhos é melhor do que lhes


o ser é preterido
deslumbrarmos com elas, tal deixar uma herança .
em função do ter
como não possuímos um
nascer ou um pôr do sol.
A formação que recebem é
Há pessoas que algo que fará parte deles e que
Há tanto de que se
sacrificam o seu O grande segredo para viver nunca perderão, ao passo que
pode usufruir sem
bem-estar e o bem- bem está assim na a herança é apenas um
possuir
estar dos familiares consciência de que é no ser, conjunto de bens externos,
pela ânsia de
A posse é muitas e não no ter, que está a cuja posse não fornece um
ganhar mais para
vezes um obstáculo felicidade. sentido para a vida.
comprar mais
ao prazer

113 114

19
27-01-2016

Ser ou ter: a sociedade de consumo

Quando Camões escreve no final do canto IX dos Lusíadas que …

6
Melhor é, merecê-los sem os ter,

Que possuí-los sem os merecer.


6.1. Defesa da vida
6.2. Consciência moral
… reconhece que o sentido da vida e da ação humana não está na 6.3. Ser ou ter: a sociedade de consumo
6.4. Religião
posse, mas sim, no ser que age de forma meritória.
6.5. O desafio do mal

115

Nas sociedades modernas onde coexistem várias religiões e


vários pontos de vista éticos, é mais difícil vincular a ética A fé não é o abandono da
exclusivamente à religião O conhecimento e
razão, pelo que a mesma discernimento andam de
As religiões não fazem distinção entre
não necessita de estar mãos dadas com o
o plano ético e o plano religioso
Religião

Religião

crescimento espiritual
afastada das nossas
A noção do ser humano como uma criação divina implica que o genuíno.
faculdades intelectuais.
mesmo seja responsável, perante Deus, por tudo o que faz

Ritual, moral, social e politicamente A fé é racional, é coerente e inteligente.

117 118

A verdade espiritual deve ser contemplada racionalmente,


O Homem tem valor absoluto e é um fim em si mesmo,
examinada logicamente, estudada e analisada para que
porque é a imagem e semelhança de Deus.
se possam fazer julgamentos confiáveis .

Este valor não se encontra em nenhuma característica do


Religião

Religião

Existem, pelo menos, dois fatores que contribuem para Homem, contudo, não pode ser perdido, porque se encontra na

o potencial confronto entre a fé e a sua humanidade como uma imagem divina.


racionalidade

Não se pode dizer que Deus é o fundamento da moral,


porque a relação de Deus com a moralidade só é possível
A falta de informação O orgulho humano
através do Homem.

119 120

20
27-01-2016

Para viver bem é fundamental distinguir


entre o que depende e o que não
depende de nós.

O desafio do mal
Muitas coisas, talvez a maior
6.1. Defesa da vida parte, não dependem de nós.

6.2. Consciência moral


6.3. Ser ou ter: a sociedade de consumo
6.4. Religião Entre as coisas que dependem de nós, a
6.5. O desafio do mal primeira e mais importante é a atitude
perante o que não depende de nós.

122

Incerteza DIA-A-DIA Desilusão


A ÉTICA E O RELATIVISMO DAS NORMAS

7 Redescoberta

VALORES ÉTICA
7.1. Direitos frágeis e deveres absolutos

Necessidades globais indispensáveis ao mundo


contemporâneo
124

De acordo com o relativismo moral não existe uma posição ética


A ética é um processo racional que visa estabelecer os princípios,
A ÉTICA E O RELATIVISMO DAS NORMAS

A ÉTICA E O RELATIVISMO DAS NORMAS

absoluta, racionalmente fundada ou universal, pois todas as


regras e valores que devem regular a ação humana, tendo em vista
posições éticas são relativas ao lugar, ao tempo, ao contexto
a sua harmonia, porque constantemente julgamos de forma moral.
cultural e às sensibilidades individuais

Não há uma moral, mas sim várias morais

O Homem é um ser ético porque é um ser livre, de relação Os valores são relativos a cada cultura e

intersubjetiva e com abertura ao sentido do ser, porque um indivíduo não existe um valor objetivo que sirva para todas, porque nada é

só pode assumir-se enquanto tal, vivendo em sociedade, absolutamente verdadeiro, pois depende sempre da

convivendo e relacionando-se com outros. individualidade e ponto de vista de cada um.

125 126

21
27-01-2016

A ÉTICA E O RELATIVISMO DAS NORMAS

A ÉTICA E O RELATIVISMO DAS NORMAS


O problema do relativismo moral é o da amplitude exata da O bem coincide com Os princípios morais

constatação de que existem códigos morais diferentes o que é socialmente descrevem


aprovado convenções sociais
(e.g., incesto, adultério, eutanásia, aborto)

Relativismo cultural
Devem ser baseados nas normas da nossa sociedade

Bem
Mal
A conduta moral torna-se complicada, porque se não
aceitamos as normas sociais, entramos em contradição
Dependem da cultura

127 128

DIREITOS
Direitos frágeis e deveres absolutos

Sujeitos Objetivo específico Contraparte

7.1. Direitos frágeis e deveres absolutos


Detentores Para não serem Sujeito/entidade
desses direitos direitos vazios perante quem se faz
valer esse direito e de
quem se exige o seu
cumprimento

Não há direitos se não existirem estas três partes


130

Ter direito significa poder fazer valer esse direito diante de alguém,
O direito de um sujeito tem como contrapartida a
seja este alguém uma pessoa ou um grupo
Direitos frágeis e deveres absolutos

Direitos frágeis e deveres absolutos

obrigação ou o dever da outra parte

Um direito só é válido se existir uma contraparte,


Onde não houver esse dever também não há o
pois é isso que lhe empresta a validade
direito correspondente

Por isso é que se pode dizer que os direitos


Caso contrário, o que se pensa ser um direito é uma
de uns são os deveres de outros.
mera pretensão.
131 132

22
27-01-2016

A Constituição Portuguesa é profusa na enunciação dos direitos


Vivemos numa época na qual muitas pessoas acham que têm
dos cidadãos portugueses, indo da enumeração dos direitos
Direitos frágeis e deveres absolutos

Direitos frágeis e deveres absolutos


direito a tudo
pessoais, políticos e laborais aos direitos sociais, económicos e

Se alguém é, tem ou usufrui, muitas pessoas acham que têm o direito de culturais

ser, a ter e a usufruir

Direito à vida, à liberdade, à segurança, à religião, à informação,


A Carta Universal dos Direitos do Homem afirma que todos os seres
à expressão, a eleger e a ser eleito para cargos políticos, à
humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos
segurança no emprego, à organização sindical, à greve, ao

os primeiros direitos são que todos os indivíduos têm direito à vida, à trabalho, à propriedade, à saúde, à habitação, ao ensino, à

liberdade e à segurança cultura física e ao desporto

133 134

O direito do indivíduo à liberdade tem obrigação de


Direitos sociais, económicos e
Direitos frágeis e deveres absolutos

Direitos frágeis e deveres absolutos

culturais que devem ser satisfeitos ser respeitado por todos e não pode ser
● positivos
pelas contrapartes (e.g., direito à condicionado de forma alguma
saúde, ao trabalho, ao ensino)

Os direitos dependem de circunstâncias favoráveis


DIREITOS
para o seu exercício e cumprimento
Direitos cívicos e políticos que não
podem ser limitados ou suprimidos
● negativos pelos Estados ou terceiros (e.g., A fragilidade dos direitos decorre assim, e desde logo,
liberdade de expressão, religião)
das múltiplas contingências em que os mesmos

se exercem e se cumprem

135 136

Qualquer percalço, por menor que seja, pode levar à anulação,


Os direitos são frágeis porque mesmo colocando de lado os
suspensão ou não cumprimento de um direito
fatores externos que condicionam o seu exercício, podem
Direitos frágeis e deveres absolutos

Direitos frágeis e deveres absolutos

ser desrespeitados pelas contrapartes


Por mais absolutos que sejam os direitos humanos básicos, eles
são condicionados pelas limitações da existência humana

DIREITOS NEGATIVOS

A liberdade é um dos direitos mais básicos do ser


Todos os sujeitos/entidades DIREITOS POSITIVOS
humano
que de alguma forma podem
condicionar, limitar ou suprimir Todos os sujeitos/entidades
o exercício desses direitos que satisfazem esses
É um direito frágil que pode ser negado em muitas
direitos
circunstâncias
137 138

23
27-01-2016

Tem de haver uma instância exterior que obrigue as


Os deveres são múltiplos e muito diversos
Direitos frágeis e deveres absolutos

Direitos frágeis e deveres absolutos


contrapartes a cumprir as obrigações correspondentes

Próprio
À fragilidade dos direitos contrapõe-se a dureza dos
deveres, porque estes dependem Outros
exclusivamente de nós
Mundo
(meio-ambiente)

Cada pessoa tem o dever


O que caracteriza o homem são os deveres,
de ser livre
não os direitos e de procurar ser feliz

139 140

Além do direito à liberdade, há o dever de ser livre


DIREITO DEVER
Direitos frágeis e deveres absolutos

Direitos frágeis e deveres absolutos

Todos têm o dever de pensar por si, de O direito de qualquer pessoa à vida e à liberdade requer por parte
decidir por si, de se responsabilizar pelos seus atos livres de todos os outros o dever de nada fazer que atente contra a

sua vida e de não negar ou limitar a sua liberdade de expressão

Ser livre é

o dever de cada um e de todos, o que impede a desculpa de que


Esse direito só existe, e só tem sentido, face ao
se cometeu o mal porque foi às ordens de outro.
dever de todos os outros
141 142

DEVERES
DEVERES PARA COM OS OUTROS
Direitos frágeis e deveres absolutos

Direitos frágeis e deveres absolutos

Para com o passado e para com o futuro

Gerais Particulares De preservar e respeitar a memória

De precaver perigos e ameaças futuras

A família, a profissão, a vizinhança De passar às gerações seguintes o que recebemos

das gerações anteriores com o acréscimo de

A convivência social e todas as nossas contribuições


Os deveres profissionais
atividades exercidas em sociedade
podem variar
fundam-se sobre os deveres dos
consoante as profissões
intervenientes São os deveres que fazem a grandeza humana

143 144

24
27-01-2016

A dimensão de uma
Direitos frágeis e deveres absolutos

pessoa mede-se pelo


seu sentido de dever e
pela capacidade de
Não se pode querer viver
cumprir os deveres
bem negando o que somos
8

Para viver bem é preciso saber


Todos os seres quais são os nossos deveres e
humanos têm deveres e cumpri-los da melhor forma
não se pode conceber
uma vida humana sem
eles

145

Conjunto de valores
É a partir dos mínimos éticos que surge a ética cívica
ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

MÍNIMOS VIVER EM
partilhados nas
ÉTICOS COMUNIDADE
sociedades pluralistas

Ponto de articulação
Compõem os mínimos de justiça que uma sociedade
pluralista não está disposta a renunciar

Mínimos de justiça Máximos de felicidade

Justo Bom
ÉTICA MÍNIMA

147 148
ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

JUSTO BOM

● Éticas deontológicas
Está fora da contingência Causa felicidade

Centradas no dever
ÉTICA CÍVICA
Trata-se de algo que
“deve ser” Autorrealização por
Centrada em fins desejáveis
alcançar os fins

● Éticas teleológicas

Se não for,
está abaixo da moral que Algo subjetivo,
requer a dignidade humana pessoal e intransmissível

149 150

25
27-01-2016

ÉTICA
ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS


ÉTICA Conceção moral de justiça para a estrutura Doutrina compreensiva da vida boa
MÁXIMA
MÍNIMA básica de uma sociedade

Ética da felicidade
Ocupa-se unicamente O que é bom para uns pode
da dimensão universal não ser bom para outros Oferece ideais de uma vida boa
do fenómeno moral

O que promove a felicidade Ideais que englobam o conjunto


Dos deveres de justiça
numa pessoa poderá não o de bens que desencadeiam a
exigíveis para manter a
fazer na outra maior felicidade possível
dignidade humana

151 152

QUESTÕES ESSENCIAIS DA ÉTICA CÍVICA


As diferentes propostas de felicidade definem a ética máxima, as
ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

1. Quando falamos de pessoas moralmente boas, referimo-nos


doutrinas compreensivas da vida boa.
realmente à disponibilidade para solucionar problemas através
do diálogo, ou devemos recorrer também a elementos éticos
herdados?

2. O desenvolvimento da consciência moral é determinado pelos


processos cognitivos?
Nas sociedades pluralistas estas duas dimensões devem ser
3. A evolução significa que os modos de fundamentação dos
articuladas com muito cuidado para que não se criem obstáculos para
estádios iniciais se tornam obsoletos ou devem ser englobados
a justiça social e nem impedir uma vida feliz.
na fundamentação final do idealismo transcendental?

153 154

A ética mínima não é liquidação de valores morais


Pensar que
ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

bastam os
limites máximos

Não se trata de baixar os

níveis de exigência, nem tão pouco diminuir/minimizar a atividade


MENOSPREZAR OS LIMITES MINIMOS
moral

Utopismo

Trata-se de encontrar o limite que permite


Pensamento fraco e preguiçoso
conviver com os outros sem ferir a dignidade humana.
155 156

26
27-01-2016

É necessário extrair da filosofia moral


ÉTICA MÍNIMA OU MÍNIMOS ÉTICOS

um pensamento forte, diligente e


cuidadoso
9

é através desse processo que se definem


fronteiras

entre o que é bom e o que é justo

157

As decisões do ser-humano não podem ser apenas explicadas

CONJUGAÇÃO pela racionalidade


ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

RAZÃO EMOÇÃO
Determinados tipos de estados afetivos
podem induzir mecanismos específicos de controlo cognitivo
dos processos de escolha
FORTALECE

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL CAPACIDADE INTELECTUAL


Através do reforço ou
evitamento do comportamento experienciado.
159 160

Instintos
Razão HOMEM Emoção
SER HUMANO Conservação da vida
ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

Tendências inatas

As escolhas devem ser feitas a partir da racionalidade, mas


em situações sentidas como ameaçadoras, são as emoções,
Atitude racional Satisfazer as emoções as primeiras a responder

Escolher o prazer a curto prazo, mas sem


comprometer o projeto de vida pessoal
COMPORTAMENTO NÃO RACIONAL

162
161

27
27-01-2016

Quando não existe conjugação entre o funcionamento Em muitas espécies animais o instinto de conservação da

emocional e o racional, poderão ocorrer perturbações mesma ultrapassa o instinto de sobrevivência, mas no ser
ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO


emocionais, o que leva a pessoa a tomar decisões que humano parece suceder o contrário

vão contra o seu próprio interesse


O ser humano adquire a consciência do
sofrimento e do prazer, bem como do seu papel na forma de
evitar um e promover o outro

A racionalidade funciona
Tem uma inteligência individual
como uma adaptação
diferente da inteligência da espécie
As emoções têm um papel biológica às necessidades
centrado na sobrevivência sociais do ser humano
Conjunto de instintos que visam defender a
espécie como um todo
163 164

Rutura com a espécie A natureza racional do ser humano sobrepõe-se a qualquer


tendência inata que o caracteriza
ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

DESENVOLVIMENTO DE
UMA CONSCIÊNCIA
INDIVIDUAL Inclusivamente aquela que parece ser preponderante
sobre as outras

A pessoa consciente pode decidir em função


de si própria e não da espécie
A CONSERVAÇÃO DA VIDA

165 166

Autonomia Capacidade de autodeterminação


Identificação
ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

Vontade Razão Uso da razão


Escolha para agir

Ser humano inteiramente livre Ser incondicionalmente livre


Liberdade pessoal

Princípio da moralidade

Princípio fundamental da vida moral e da identidade pessoal Concreto existir


Relação com o outro

Autonomia Ser livre Dignidade

167 168

28
27-01-2016

A dignidade assenta na racionalidade do ser humano


ÉTICA: A RAZÃO E A EMOÇÃO

10

A partir desta característica natural


10.1. O sentido etimológico da palavra solidariedade
10.2. Os princípios da solidariedade
Exerce a sua vontade e cumpre a sua natureza 10.3. Solidariedade como categoria ética básica do
viver humano
10.4. Componente ética da moral económica
VIVER FELIZ 10.5. Meios de comunicação social como instrumentos
de solidariedade

169
O sentido etimológico da palavra solidariedade

O sentido etimológico da palavra solidariedade

deriva do latim SOLIDARIEDADE


SOLIDARIEDADE

in solidum
INICIALMENTE ATUALMENTE

Consistência

Conotação jurídica Conotação social


Apoio seguro

Obrigações assumidas Empatia e cooperação


Não se deixa destruir facilmente

171 172

SOLIDARIEDADE
Os princípios da solidariedade

10
Amabilidade intrínseca do ser humano

Igualdade em termos de dignidade e direitos


10.1. O sentido etimológico da palavra solidariedade
Caminho idêntico e comum a todos os homens
10.2. Os princípios da solidariedade
10.3. Solidariedade como categoria ética básica do Promoção de uma unidade cada vez mais consciente e eficaz
viver humano
10.4. Componente ética da moral económica Nas últimas décadas, tem-se verificado uma evolução no
10.5. Meios de comunicação social como processo de interdependência entre as pessoas, no que diz
instrumentos de solidariedade respeito à amplitude, intensidade, relações e estruturas

174

29
27-01-2016

PRINCÍPIO SOCIAL

Este fenómeno estrutural da solidariedade em contexto de Expressa a necessidade de superar as estruturas injustas
Os princípios da solidariedade

Os princípios da solidariedade
crescente interdependência deve ser acompanhado no que dominam as relações entre as pessoas e transformá-las

plano ético-social em estruturas solidárias mediante a criação ou modificação

de leis e/ou regras sociais.

PRINCÍPIO SOCIAL PRINCÍPIO DA VIRTUDE MORAL

SOLIDARIEDADE Diz respeito à capacidade de agir que se vai desenvolvendo

PRINCÍPIO DA VIRTUDE MORAL no sentido de responder aos desafios que a realidade

apresenta.

175 176

A solidariedade não é um mero sentimento de compaixão


Os princípios da solidariedade

perante os males sofridos pelos outros, mas sim uma


10
determinação firme e perseverante para promover

o bem comum.
10.1. O sentido etimológico da palavra solidariedade
10.2. Os princípios da solidariedade
10.3. Solidariedade como categoria ética básica
do viver humano

A solidariedade constitui, assim, uma virtude social 10.4. Componente ética da moral económica
10.5. Meios de comunicação social como
fundamental voltada por excelência para o bem do próximo.
instrumentos de solidariedade

177

SOLIDARIEDADE
É uma das categorias éticas básicas do ser ÉTICA SOCIAL SOLIDARIEDADE HUMANA
Solidariedade como categoria ética

Solidariedade como categoria ética

humano e mais concretamente da vida


social, sendo por isso imprescindível na
básica do viver humano

básica do viver humano

Desenvolvimento normativo
configuração de um modelo de sociedade
complacente.

A solidariedade exprime a condição ética da vida humana


Liberdade

Está ligada aos


Justiça
valores Regra de ouro que constitui a norma moral básica
Igualdade
fundamentais

Participação O que quiseres que façam por ti, fá-lo tu também pelos outros!

179 180

30
27-01-2016

A solidariedade ocorre quando o conjunto dos bens disponíveis são

SOLIDARIEDADE
Solidariedade como categoria ética

Solidariedade como categoria ética


divididos, repartidos e distribuídos por todos, sem qualquer tipo de A empatia é a base da
solidariedade e o seu vértice é
básica do viver humano

básica do viver humano


discriminação e / ou exclusão de ninguém, em que os benefícios
a justa partilha entre as
Perceber
pessoas.
excessivos de uns não se devem às privações de outros.

Sentir
A solidariedade exprime a
A solidariedade está intimamente ligada ao crescimento exigência de reconhecer o
Promover o bem-estar
dos homens, o que se traduz na existência de fortes espaço oferecido à liberdade
humana para agir a favor do
vínculos entre a solidariedade e o bem comum, a
bem comum.
SER HUMANO
igualdade entre os homens e a paz no mundo.
181 182

Componente ética da moral económica O significado da solidariedade moral no campo da economia

concretiza-se num conjunto de orientações ou critérios

10 axiológicos que procuram ajudar a encontrar soluções para

problemas concretos

10.1. O sentido etimológico da palavra solidariedade


Procura conjugar a eficiência económica e a promoção
10.2. Os princípios da solidariedade
10.3. Solidariedade como categoria ética básica do de um desenvolvimento solidário para todos
viver humano
Comunicação de bens
10.4. Componente ética da moral económica
10.5. Meios de comunicação social como
. Destino universal dos bens económicos
instrumentos de solidariedade
Opção preferencial pelos mais pobres
184

A solução moral para a crise económica e financeira tem


Componente ética da moral económica

uma componente ética que consiste na reconstrução teórica

e prática da solidariedade humana


10

10.1. O sentido etimológico da palavra solidariedade

Na época da globalização deve ressaltar-se a solidariedade 10.2. Os princípios da solidariedade


10.3. Solidariedade como categoria ética básica do
entre as gerações, tanto ao nível das comunidades políticas
viver humano
nacionais, como ao nível da comunidade política global, pois é 10.4. Componente ética da moral económica

moralmente ilícito e economicamente contraproducente 10.5. Meios de comunicação social como


instrumentos de solidariedade
descarregar os custos atuais nas gerações vindouras.
185

31
27-01-2016

Os meios de comunicação social aparecem como possíveis

e poderosos instrumentos de solidariedade, que


Meios de comunicação social como
instrumentos de solidariedade

transmitem uma comunicação verdadeira e justa acerca da

circulação de ideias que favorecem o conhecimento e o “… não existe a ética dos instrumentos, a ética do mercado,

respeito pelos outros. a ética do capitalismo: existe um homem que dá sentido

ético a cada comportamento.”


As estruturas e as políticas de comunicação são fatores cada

vez mais importantes a considerar em termos de (Raúl Diniz)

solidariedade, pois destes fatores depende a riqueza/pobreza

das pessoas no que diz respeito à informação.

187

pe.ismael@gmail.com

32

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