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Os gêneros do discurso (Giovanna Amorim)

A comunicação pode se dar por meio de diversas manifestações linguísticas,


como a escrita, a oralidade, os sons, os gestos, as expressões fisionômicas etc.

“Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão
sempre relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o
caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas
da atividade humana (…) A utilização da língua efetua-se em forma de
enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes
duma ou doutra esfera da atividade humana. O enunciado reflete as condições
específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas (…) cada esfera de
utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados,
sendo isso que denominamos gêneros do discurso”. Bakhtin (1997, p. 290)

Podemos perceber três conceitos principais: língua, enunciado e gêneros do


discurso. Esses conceitos, para Bakhtin, são intimamente relacionados.
Justificando que para o autor, nós só nos comunicamos por meio de gêneros do
discurso.

Para Saussure, a língua: “é um produto social da faculdade da linguagem e um


conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o
exercício da faculdade nos indivíduos” (p. 17).

Enunciado: “unidade de intercâmbio verbal”

Gêneros do discurso:

Esses gêneros estão no dia-a-dia dos falantes, resultando em formas-padrão


estáveis de um enunciado, determinadas socio-historicamente.

O gênero está ligado a uma origem cultural, com aspectos sociais relacionados
ao espaço e ao tempo.

Cada gênero é apropriado à sua especificidade, com sua finalidade discursiva,


correspondendo ao seu determinado estilo. Segundo Bakhtin, esses gêneros
podem ser divididos em dois grupos: Primários e secundários.

Os primários se definem nas situações comunicativas cotidianas, espontâneas


e informais. Os secundários aparecem em situações comunicativas mais
complexas, como os enunciados técnicos, as teses científicas, etc. Tanto os
gêneros primários quanto os secundários são compostos por enunciados
verbais, o que os diferencia é o nível de complexidade em que se apresentam.

Bakhtin (1997, p. 293) conceitua o enunciado como:

… unidade real da comunicação verbal: o enunciado. A fala só existe, na


realidade, na forma concreta dos enunciados de um indivíduo: do sujeito de um
discurso-fala. O discurso se molda sempre à forma do enunciado que pertence
a um sujeito falante e não pode existir fora dessa forma. Quaisquer que sejam o
volume, o conteúdo, a composição, os enunciados sempre possuem, como
unidades da comunicação verbal, características estruturais que lhes são
comuns e acima de tudo, fronteiras claramente delimitadas. (…) As fronteiras do
enunciado compreendido como uma unidade da comunicação verbal, são
determinadas pela alternância de sujeitos falantes ou de interlocutores.
No trecho acima o autor afirma que o enunciado é delimitado pela alternância de
sujeitos falantes. Onde, no processo, o receptor não é passivo ao ouvir e
compreender o enunciado, mas tem uma postura responsiva, podendo opinar,
interromper, discutir, exercendo um papel ativo no ato comunicativo,
caracterizando assim o enunciado.

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