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Edição nº 19 | Dezembro de 2017 | Maputo | Moçambique

Destaques

Pag.02 Pag.04 Pag.08


Filomena António: PNDH na luta pela justiça igual AGIR capacita pessoal interno em
o exemplo de sucesso do trama para todos matéria de integração de
dos casamentos prematuros HIV/SIDA

cancelamento de nanciamentos ex- apenas devem obediência à lei.


EDITORIAL ternos, por causa das dívidas contraídas de Arrolamos alguns extractos da Cons-
Adeus 2017 e forma ilícita pelo governo anterior.
A comunidade internacional manteve a
tituição para elucidar o leitor que, a lei
moçambicana blinda a administração da
bem-vindo 2018! sua posição de congelar os apoios, justiça de instrumentos jurídicos que a
enquanto a situação das dívidas ilegais permitem realizar o seu trabalho com
POR: EDITOR não for esclarecida pelas autoridades isenção e sem interferência.
judiciárias. Entendemos que a demora no esclare-

A
presente edição do Plataform- O artigo 133 da Constituição da República cimento da situação das dívidas ocultas
AGIR chega as mãos do caro leitor diz que são órgãos de Soberania o resulta da falta de vontade da parte da
numa altura em que, estamos a Presidente da República, a Assembleia da nossa justiça.
escassos “metros de travessia da ponte” República, o Governo, os tribunais e o Con- Assim, apelamos aos órgãos de adminis-
que separa 2017 do ano 2018. selho Constitucional. tração da justiça, que funcionam na base
Como é recorrente e o PlataformAGIR não Por seu turno o artigo 134 também da das contribuições do povo, para que em
foge à regra, espera-se que 2018 seja Constituição da República sublinha que os 2018, a prioridade seja o esclarecimento
melhor . órgãos de Soberania assentam nos das dívidas ocultas para o bem do povo,
Uma vez terminado o ano, achamos que é princípios de separação de poderes e que está a sofrer as consequências nega-
altura de balanço. devem obediência à Constituição e à lei. tivas de cortes de nanciamentos por
Ao nível político, o país viveu um momen- Mais adiante, a lei-mãe defende no artigo parte da comunidade internacional.
to de alívio, na medida em que, as partes 212 no seu número 1 que, os tribunais têm Ignorando o sufoco das dívidas ilícitas, a
que geralmente envolvem-se em con itos como objecto garantir e reforçar a legali- ida do Presidente da República, Filipe
(Governo e a Renamo) decidiram brindar dade. Nyusi, às matas de Gorongosa para se
os moçambicanos com o calar das armas, o O número 2 diz que, os tribunais penali- encontrar com o líder da Renamo, Afonso
que signi cou a retoma das actividades zam as violações da legalidade e por m, o Dhlakama, também marcou 2017 no
quotidianas dos cidadãos. artigo 217 número 1, também da lei-mãe aspecto referente à estabilidade do país.
No capítulo económico e social a situação vem deixar claro que, no exercício das A morte do edil de Nampula, Mahamudo
continuou catastró ca em virtude do funções, os juízes são independentes e Amurane foi um marco negativo e que

As opiniões e posicionamentos registados neste espaço não reflectem necessariamente as posições dos Intermediários e Doadores do Programa AGIR

PlataformaAGIR
pinta a negro a imagem do país, sobretudo iniciativas, implementas pelos parceiros, nan-ciados pelo AGIR, nas zonas recônditas,
no processo de construção de um Estado de tendentes a construção de uma cidadania das províncias de Sofala, Tete e Nampula.
Direito Democrático onde a pluralidade de activa e vibrante. Neste capítulo, destaca-se a campanha de 16
ideias é aceite. Além do acima referido, outras emprei-tadas, dias de activismo levada a cabo pela Pressão
Mais uma vez, apelamos à justiça para igualmente relevantes, acham-se re ectidas Nacional dos Direitos Humanos, na província
esclarecer este macabro crime. no presente número do PlataformAGIR , de Sofala, onde foram desen-volvidas várias
O Programa AGIR também marcou o ano designadamente: os exemplos de sucessos actividades tendentes a promoção e defesa
pela positiva com a materialização de várias resultantes da implementação dos projectos dos direitos humanos.

Mena conta que com a sensibilização dos


Problemática dos casamentos prematuros
agente de mudança da Soldmoz-ads des-

Filomena António: pertou e, por iniciativa própria, decidiu


matricular-se no Ensino formal, mesmo com as
barreiras do seu esposo.

o exemplo de Actualmente, frequenta a 11ª classe, curso


nocturno, na Escola Secundária da Vila-Sede
de Moma, e continua a sonhar em um dia vir a

superação ser médica e trabalhar numa das unidades do


seu distrito para ajudar o seu povo.
Filomena, para além dos seus lhos, vive com a
irmã de dez anos e, segundo ela, pretende fazer
POR: SOLIDARIEDADE MOÇAMBIQUE (SOLDMOZ)
de tudo para que esta não passe por aquilo que

H
umildade e simpatia são algumas À PlataformAGIR, a entrevistada não escon-deu ela passou.
características da jovem mulher que suas emoções pelos maus momentos que Sublinha que de forma perpetua, tem apelado
responde pelo nome de Filomena viveu. à irmã no sentido de apostar na educação for-
António, de 19 anos, mãe de dois lhos. Confessou que desde criança tem o sonho de mal e que não se deixe casar antes desta ganhar
Residente do bairro de Naminhuco Campo, ser médica, e tinha consciência que para a maturidade e com um nível de escolaridade
Vila-Sede do distrito de Moma, sul da província concretizar este feito passava necessariamente aceitável.
de Nampula, Filomena António foi forçada, por frequentar a escola o cial. “Não pretendo ser médica por causa das
pelos pais, a casar aos 14 anos. A convite de uma amiga, participou em mordomias, quero trabalhar para as comuni-
Mena, como é carinhosamente chamada, teve palestras levadas a cabo pelos agentes de dades do meu distrito, porque aqui o estudo
que abandonar a escola para abraçar a madraça mudança/activistas da Solidariedade Moçam- para as mulheres ainda continua a ser um tabú,
onde se leciona a religião islâmica. bique, onde são abordados vários temas de razão pela qual nos deixamos levar por alguns
Depois de ter o primeiro lho, a vida de Filome- interesse social. aspectos culturais que são negativos” elucidou.
na tornou-se um martírio, quer para ela assim
como para os pais, uma vez que, as rendas do
seu marido reduziram signi cativamente
porque, a actividade pesqueira, principal fonte
de rendimento da família, deixou de ser
rentável devido à escassez do peixe em conse-
quência das mudanças climáticas.
Segundo Mena, a vida cou mais dura a partir
do terceiro ano de casamento.
Conta que teve que enfrentar vários desa os,
entre os quais caminhar, diariamente, mais de
30 quilómetros para a machamba onde pratica-
va a actividade agrícola, frequentar a madraça,
entre outras tarefas pesadas.
Foi uma dura rotina que não foi fácil encarar e,
que fez com que Mena passasse a sua juven-
Filomena António: o exemplo de sucesso do trama dos casamentos prematuros
tude longe do gozo dos seus direitos.

2 PlataformaAGIR
Abrangidas pelo projecto da expansão na mina das areias
pesadas de Moma

Kenmare ausculta comunidades


POR: SOLMOZ-ADS

C
inco comunidades do distrito de
Moma, província de Nampula,
nomeadamente: Pilivili,
Mpuitine, Namize, Muoloni e Epuire,
abrangidas pelo projecto de expansão
da mina das areias pesadas da multina-
cional Kenmare, viveram momentos
menos comuns nas suas vidas.
As comunidades foram envolvidas
directamente no processo de consultas
comunitárias no âmbito dos reassen-
tamentos que têm em vista dar lugar os Comunidades de Moma decidem sobre o seu futuro
planos de expansão daquela minera-
dora. irregularidades, mas que já estão no dades exigem que a Solidmoz-ads
As auscultações foram realizadas de processo de rea-nálise para depois prossiga com os trabalhos de assis-
forma aberta e num clima democrático, serem corrigidas. tência as comunidades para que
caracterizadas por um ambiente de Regina Macuácua acrescentou ainda possam ter ganhos neste processo de
harmonia entre as partes. que os encontros de monitoria reali- reassentamento.
A transparência do processo, fez com zados pelas comunidades e a empresa O processo de consultas públicas vai
que as comunidades colocassem suas sob mediação da Soldmoz-ads, cul- abranger cerca de 6.533 homens e
inquietações, questionassem os mode- minaram com a concepção, aprovação e 6.847 mulheres, o equivalente a 2961
los de reassentamento bem como das execução do plano estratégico de res- famílias em Pilivili enquanto que na
compensações em resultado da perda ponsabilidade social. comunidade de Mpuitine serão 3.020
de machambas, fruteiras, destruição de Esta iniciativa engloba necessidades homens e 3733 mulheres, o corres-
locais de cultos e cemitérios para além básicas e prioritárias das comunidades pondente a 1.350 famílias.
da identi cação de novos locais para locais, onde estas são envolvidas directa- De acordo com os mesmos levanta-
reiniciarem com a vida. mente em todas as fases. mentos, em Namaize serão abrangidas
Este acontecimento foi classi cado O exemplo será replicado nas actuais 775 famílias, sendo 2000 homens e
pelas comunidades como um marco comunidades abrangidas na expansão 2200 mulheres.
histórico, uma vez que as comunidades da mina, acto que não acontecia no Na comunidade de Muolono serão
de Topuito, onde o projecto iniciou, até passado. abarcados 220 homens e 2005 mulhe-
ao presente momento, estão em braço A Kenmare reconheceu o papel das res, totalizando 1205 famílias e por m,
de ferro com a multinacional Kenmare Organizações da Sociedade Civil (OSC) na comunidade de Epuiri serão
por não ter conduzido de forma trans- com destaque para a Solidmoz-ads, no abrangidas 403 famílias, sendo 458
parente o processo de reassentamentos âmbito do seu pilar de monitoria da homens e 490 mulheres.
bem como das compensações. indústria extractiva. Ao todo, será ocupada uma área de
Dirigindo-se aos participantes da reu- Gregório Momade e Momade Socas são 3.262 hectares.
nião de auscultação pública, um grupo parte dos membros da comunidade Para tal, foram distribuídas senhas às
compostos por mulheres, homens e Epuiri. famílias abrangidas, isto para as
jovens,Regina Macuácua, represen- Em conversa com a PlataformAGIR lou- compensações, reassentamentos, e
tante da multinacional Kenmare, re- varam a inter venção da Soldmoz ainda vão ter a liberdade de trabalhar a
conheceu que a primeira fase da im- naquelas comunidades. área identi cada para as operações da
plementação do projecto teve algumas Porém, mesmo satisfeitas, as comuni- mina, até em 2019.

PlataformaAGIR 3
PNDH
na luta pela justiça igual
para todos
F ocalizada na promoção e Defesa
dos Direitos Humanos e Liber-
dades Fundamentais do Ho-
mem, a Pressão Nacional dos Direitos
Humanos (PNDH), uma organização da
sociedade civil moçambicana, a operar
desde 2004, liderou de 25 de Novembro
a 10 de Dezembro do ano corrente, uma
campanha denominado 16 dias de
Activismo.
Sob o lema: “Nao deixe ninguem para
tras: acabar com a violencia contra a
mulher e rapariga”, a maratona; que
incluiu marchas, discursos, campanhas Agostinho Verniz, O cial de Monitoria e Avaliação da PNDH
de educação e de sensibilização em ma-
téria dos direitos humanos e jorna-das mais desfavorecidas, mormente: as riências com outras organizações da
jurídicas; juntou diferentes organiza- mulheres, raparigas, crianças, pessoas sociedade civil, promovemos palestras e
ções da sociedade civil, membros do portadoras da de ciência e vivendo com debates onde convidámos várias esferas
governo e a população em geral. HIV/SIDA. da sociedade para transmitir e partilhar
Em entrevista à PlataformAGIR , na O mês de Dezembro concentra datas seus conhecimentos.
cidade da Beira, Agostinho Verniz, importantes na área dos direitos hu- No quadro da campanha, foram criadas
O cial de Monitoria e Avaliação da manos. várias brigadas.
PNDH falou dos objectivos da campa- Um grupo visitou estabelecimentos pe-
Estamos a falar do dia internacional da luta
nha e os resultados atingidos. contra SIDA, dia mundial da Pessoa nitenciários que internam reclusas para
Na mesma conversa, abordou a parceria Portadora da De ciência e o dia da se inteirar das suas condições de vida
entre a PNDH e o Programa AGIR, Declaração Universal dos Direitos Hu- assim como a situação em que se
através da Oxfam Novib e, enalteceu os manos. encontram as crianças cujas mães estão
ganhos. Portanto, para não celebrar estas efe- presas.
Nas linhas baixo segue a entrevista. mérides de forma isolada, a PNDH optou É comum nas nossas cadeias, que quando
Sob coordenação da PNDH, a pro- por realizar uma campanha de longa alguém é detido perde comunicação
víncia de Sofala acolheu a cam- duração, para de forma mais abrangente com a família.
panha 16 dias de Activismo. divulgar suas actividades, educar pessoasNo rastreio que zemos detectámos
algumas situações em que, as mães não
e interagir com as autoridades e interagir
O que é isso?
com as autoridades. tinham contactos com os seus lhos e
Antes de falar da campanha é importante Em que consistiram as actividades não sabiam em que condições viviam.
sublinhar que a PNDH é uma organização que marcaram os 16 dias do Activis- Dai, iniciamos diligências com vista a
vocacionada na promoção e defesa dos mo? colocar essas reclusas em comunicação
direitos humanos. Tivemos vários eventos do domínio públi- com seus parentes.
Trabalha na área dos direitos humanos na co e institucional. Aproveitámos a oportunidade para
vertente de igualdade no acesso a justiça, Fomos ao encontro das comunidades oferecer quites de higiene pessoal as de-
redução e prevenção de discriminação. para difundir nossas mensagens, intera- tidas.
Tem como grupo alvo as camadas sociais gimos com o governo, trocamos expe-

4 PlataformaAGIR
E cou por ai…
Não.
No capítulo de acesso à justiça realizamos
clínicas jurídicas onde brigadas nossas
foram aos bairros da cidade da Beira e
alguns distritos da província de Sofala
prestar assistência jurídica as comu-
nidades carentes.
Esta actividade era acompanhada por
acções de formação, informação sobre a
cultura jurídica, direitos e deveres dos
cidadãos.
Para tal, foram destacados vários juristas,
agentes mobilizadores comu-nitários e
activistas.
Sociedade Civil marcha em prol dos Direitos Humanos na Beira
Qual é que tem sido a receptividade
das comunidades abrangidas? Veri camos se os munícipes são auscul- nanceiro como no desenvolvimento das
Muito boa. tados e as suas prioridades são encaixadas nossas capacidades técnicas como ins-
Por causa do programa do acesso à justiça, nos planos de governação municipal. tituição assim como humanos.
muitas comunidades do interior da Ao nível dos governos distritais também Fruto da nossa parceria com a Oxfam
província de Sofala já conhecem os direi- zemos a mesma coisa. Novib conseguimos, nos distritos de
tos das crianças. Pressionar os servidores públicos a incluir Nhamatanda e Buzi, criar Organizações de
As mães solteiras sabem que o pai da os cidadãos no processo de elaboração Desenvolvimento Comunitário (ODC) que
criança tem obrigação de prover pensão dos Planos Económicos Sociais e permitir são grupos compostos por membros
alimentar. que estes monitorem a execução desses in uentes da comunidade com objectivo
As pessoas portadoras da de ciência ou planos. de serem olheiros dessas mesmas comu-
vivendo com HIV/SIDA conhecem seus O AGIR transformou-nos nidades sobre a qualidade dos serviços
direitos e a comunidade também tem no- públicos prestados naqueles distritos.
ção dos seus deveres para com este grupo. A PNDH é parceira do Programa Estes grupos foram dotados de Planos de
Também recebemos vários pedidos de AGIR através da Oxfam Novib. Acção Comunitária e bene ciariam de
assistência jurídica. Qual é a mais valia que o AGIR tem algumas acções de formação com vista a
En m, o nível de cidadania está a crescer. trazido para a vossa organização? dotá-las de capacidades de elaboração de
Tem outras áreas de actuação? O AGIR tem trabalhado com a PNDH no petições que lhes permitem reclamar
Sim. apoio à materialização de alguns projectos qualquer coisa que não esteja a ser
Quais são? de pequena dimensão cujo objectivo é conduzido devidamente.
responder certas situações pontuais. Estas técnicas que, a PNDH está a trans-
Trabalhámos na área de democracia e boa
Mas, nós temos o nosso Plano Estratégico mitir as comunidades adquiriu da Oxfam
governação onde através de seminários e
que de ne os pilares dos programas da Novib através dos seus programas de
palestras, ensinámos o cidadão a ter
nossa organização e o AGIR nanciou todo empoderamento dos seus parceiros.
cultura de scalizar o servidor público e
saber para onde é aplicado o dinheiro que esse Plano. Qual é a expectativa para o próximo
paga por via de impostos. Com o Programa AGIR é possível atingir ano, sobretudo nesta vertente de
Estamos a trabalhar com o Conselho aqueles que são os nossos objectivos e parceria entre a PNDH e o AGIR.
Municipal da Beira e com alguns governos dessa forma contribuir para a melhoria das O nosso desejo é tornar esta parceria
distritais da província de Sofala. condições de vida dos cidadãos. muito mais forte, continuar com esta boa
A PNDH está concentrada na luta contra comunicação e conseguirmos responder
O que fazem em concreto?
violência baseada no género, na promo- os indicadores do Programa AGIR.
Ao nível autárquico educamos os muní- ção dos direitos civis onde estamos a falar Respondemos vários indicadores, mas
cipes no sentido de perceber os contornos da participação activa do cidadão na go- acreditamos que devemos continuar a
de governação participativa e veri car se vernação e, essas actividades estão a ser fazer esforços com vista a responder todos
obedecem os princípios de boa gover- materializadas por causa do apoio que o indicadores a m de alimentar a matriz
nação. AGIR tem nos dados quer no âmbito deles e dessa forma potenciar a PNDH.

PlataformaAGIR 5
Divulgação da Lei de Direito à incerto. Juvenil (RAJU), parceiro da OXFAM/IBIS.
As habitações construídas para os deslo- Por essa via, uma série de acções como road-
Informação
cados das áreas de exploração mineira estão shows, palestras, teatro e debates públicos

Jovens assumem a ruir devido a má qualidade das obras, não


há condições para a prática de agricultura
nas rádios comunitárias vem sendo execu-
tadas pela RAJU na comunidade de Cateme

liderança em nem para a criação de animais de pequeno


porte.
desde o ínicio do presente ano.
Com estas acções, a RAJU quer que o CGRN

Cateme A queima de tijolo, uma das principais


fontes de rendimento das comunidades de
local esteja su cientemente munido de
informação e habilidades para, juntamente
POR : RAJU (REDE AFRICANA JUVENIL) Moatize, já não é feita devido a falta de con- com as partes interessadas encontrem me-
dições nas zonas de reassentamento. canismos que melhorem a qualidade de

E
m Cateme, zona de reassentamento O comércio informal é fraco ou quase ine- vida das populações afectadas.
da população proveniente das áreas xistente e o acesso à informação representa Segundo Lucinda Cuamba, presidente da
de exploração de carvão no distrito um enorme desa o para as mais de 43 RAJU, apesar de existirem enormes de-
de Moatize, província de Tete, vive-se um famílias residentes nesta nova área residen- sa os, o grupo está a trabalhar arduamente.
cenário de frustração e sentimento de ex- cial. “Está difícil mas, estamos a trabalhar, somos
pectativas goradas devido ao incumpri- Capacitar Comités de Gestão de Recursos jovens, temos energia e a maioria de nós é
mento das promessas de uma vida melhor, Naturais (CGRN) em infor-mação sobre os di- natural e vive em Moatize, então sabemos
resultante da exploração carbonífera. reitos, deveres e obrigações de todas as muito sobre o passado e o presente e temos
São cerca de 21 povoados que se encon- partes envolvidas, ao abrigo da Lei de Minas fé que o futuro ainda pode mudar”, disse.
tram actualmente con nados a um futuro é o que pretende a associação Rede Africana

Povoado de Inhangoma – Tete constatou que o peixe morria a assistência possível à este po-
frequentemente, as culturas voado.
secavam e o chão a formava Rui Caetano, Presidente da
Sinergias devolvem esperança uma espécie de camada de sal e AAAJC, a rma que o primeiro
as pessoas notaram sintomas passo foi priorizar o estabeleci-
as comunidades estranhos nos seus corpos, m e nto d o d i á l o g o e nt re a
como por exemplo, borbulhas, empresa, as comunidades e as
POR: AAAJC E UPCT
mas que não sabiam o que na organizações parceiras (AAAJC

A
cerca de 40 quilóme- tivos resíduos, acabou provo- realidade estava acontecer. e UPCT) e por conta disso os
tros da cidade de Tete, cando contaminação das águas Após estas constatações se primeiros resultados não tarda-
capital da província dos a uentes do rio Chimuna; mostrarem verdadeiras, duas ram a chegar.
do mesmo nome, encontra-se uma importante fonte natural organizações parceiras do A primeira acção foi a abertura
uma pequena comunidade que vinha servindo a comu- Programa AGIR, nomeada- de um furo e instalação de al-
composta por cerca de 75 fa- nidade para ns de agricultura e mente a Associação de Apoio e gumas fontanárias para as co-
mílias que tem como base consumo. Assistência Jurídica às Comuni- munidades e, no futuro prevê-
económica a agricultura de su- A contaminação das águas foi dades (AAA JC ), focada na se outras acções, visto que há
bsistência. con rmada pela própria em- assistência jurídica e divul- um memorando de entendi-
Trata-se do povoado de Inhan- presa, que realizou os devidos gação da legislação e apoio na mento em preparação entre a
goma, onde no passado, pelo testes. criação de Comitês de Gestão fábrica de explosivos e a comu-
menos duas vezes por ano, a Desde então, a produção agríco- de Recursos Naturais (CGRN) e nidade com a intermediação da
população dedicava-se ao cul- la baixou drasticamente, foram União Provincial de Campo- Sociedade Civil.
tivo de tomate, milho, cebola, regis-tados casos de doenças de neses de Tete (UPCT ), que Caetano diz que, enquanto as
repolho, alface e pimento. pele e assim se instalou o de- trabalha na promoção da agri- comunidades esperam esperan-
Porém, este cenário mudou a sespero no seio dos residentes cultura de conservação e tec- çosamente por mais acções que
partir de 2010 com a instalação, de Inhangoma. n o l o g i a s a g r í co l a s p a ra o melhorem suas vidas, vão viven-
nas redondezas, de uma fábrica Maria Isabel António, campo- melhoramento dos níveis e va- do à base da queima de carvão e
de explosivos, que em resutado nesa e residente de Inhangoma, riedade de produção, ambas de sistemas de créditos comu-
dos seus processos produtivos contou ao PlataformAGIR que a sediadas em Tete, decidiram nitários rotativos.
e manuseamento dos respec- dada altura, a população local então unir esforços para prestar

6 PlataformaAGIR
Desembolsos do Programa AGIR - Outubro a Dezembro de 2017
IPOs do Programa AGIR

Diakonia OXFAM - IBIS


COROAS METICAIS COROAS METICAIS
PARCEIRO SUECAS (SEK) (MZM) PARCEIRO SUECAS (SEK) (MZM)
CORE FUNDING - Apoio ao Plano Estratégico 5,382,042 Core Funding - Apoio ao Plano Estratégico 1 5,382,042
ACAMO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique 4,100,000 28,658,795 AMCS - Associação Moçambicana da Mulher da Comunicação Social 864,052 6,039,679
FORCOM - Fórum Nacional das Rádios Comunitárias 4,100,000 28,658,795 ACDH - Associação Centro Direitos Humanos 1,228,838 8,589,519
PJ - Parlamento Juvenil 4,100,000 28,658,795 CAICC - Centro de Apoio à Informação e Comunicação Comunitária 1,595,174 11,150,187
AMMCJ - Associação Moç. das Mulheres de Carreira Jurídica 3,850,000 26,911,308 CEC - Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação 1,026,855 7,177,666
CEDE - Centro de Estudos de Democracia e Desenvolvimento 4,450,000 31,105,278 CODD - Centro de Pesquisa e promoção da Cidadania, Direitos Humanos e Meio Ambiente 957,104 6,690,108
CESC - Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil 3,850,000 26,911,308 GDI - Governance Development Institute 1,276,138 8,920,144
MULEIDE - Associação Mulher, Lei e Desenvolvimento 3,850,000 26,911,308 IESE - Instituto de Estudos Sociais e Económicos 1,196,380 8,362,637
Rede CAME - Rede Contra Abuso de Menores 2,400,000 16,775,880 Kukumbi - Organização para o Desenvolvimento Rural 2,103,656 14,704,452
RDC - Rede da Criança 2,400,000 16,775,880 OAM- Ordem dos Advogados de Moçambique 1,038,368 7,258,143
AGLM - Associação Gender Links Moçambique 1,850,000 12,931,408 AGLM - Associação Gender Links Moçambique 1,850,000 12,931,408
IFYM - Instituto Fanelo Ya Mina 1,850,000 12,931,408 SEKELEKANI - Centro dos Estudos e Pesquisas de Comunicação 1,448,790 10,126,969
ACABE - Associação Amigos da Criança Boa Esperança 900,000 6,290,955 MISA Moçambique 1,442,000 10,079,508
NANA - Núcleo dos Amigos da Natureza e do Meio Ambiente 900,000 6,290,955 Solidariedade Moçambique 2,059,544 14,396,110
OTHOKO - Associação OTHOKO 900,000 6,290,955 AMJ - Associação Moçambicana de Juízes 600,000 4,193,970
AMUDZA - Associação das Mulheres Domésticas da Zambézia 300,000 2,096,985 RECAC - Rede de Comunicadores e Amigos da Criança 389,748 2,724,319
ADEMUM 300,000 2,096,985 Subtotal 17,226,648 120,413,410
Subtotal 40,100,000 280,296,995 Pequenos Financiamentos
Pequenos Financiamentos Luclami Naturais 388,774 2,717,513
COALIZÃO da Juventude Moçambicana 517,523 3,617,460 Associação Fórum Terra de Cabo-Delgado 227,244 1,588,424
OREC - Organização para Resolução de Conflitos 511,098 3,572,549 ANANDJIRA 141,289 987,603
OCM - Observatório da Cidadania de Moçambique 517,523 3,617,460 Fórum de Educação e Saúde de Nacala - AJN 142,381 995,236
OKHALIHERA 308,676 2,003,956 Projecto comunicacional MozApp Live 395,678 2,765,769
AKITIPALUXENI 300,000 2,157,630 ASSCODECHA (2016) 391,449 2,736,212
Subtotal 2,141,511 14,969,055 258,534 1,807,140
ASA - Associação para Sanidade Ambiental
RAJU -Associação Rede Africana Juvenil 193,131 1,349,978
Fundos Inovadores
Associação Mukuapa 2 52,599 367,666
ACAMO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique 726,350 5,077,150
AESMO - Associação dos Estudantes Secundários de Moçambique 127,093 888,373
AMMCJ - Associação Moç. das Mulheres de Carreira Jurídica 579,460 4,050,396
Associação e Companhia de Teatro Gungu 460,096 3,216,049
FORCOM - Fórum Nacional das Rádios Comunitárias 450,880 3,151,629
Centro de Práticas Jurídicas 197,250 1,378,768
PJ - Parlamento Juvenil 466,019 3,257,450
Plataforma de Recursos Naturais de Moma e Larde 199,619 1,395,326
RDC - Rede da Criança 484,550 3,386,980
CESC - Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil 705,680 4,932,668 MISA (Ministério da Função Pública e Administração Estatal) 959,735 6,708,497
Subtotal 3,412,939 23,856,273 Subtotal 4,134,873 28,902,556
TOTAL 45,654,450 319,122,323 Fundos Inovadores
Kukumbi - Organização para o Desenvolvimento Rural 482,696 3,374,021
OXFAM NOVIB ACDH - Associação Centro Direitos Humanos (Gabinete do Provedor da Justiça) 315,997 2,208,807
Core Funding - Apoio ao Plano Estratégico 2 MISA Moçambique (Ministério da Administração Estatal e Função Pública) 500,433 3,498,001
COROAS METICAIS CEC - Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação 151,880 1,061,636
PARCEIRO SUECAS (SEK) (MZM) Solidariedade Moçambique 492,454 3,442,230
CIP 4,747,504 33,184,818 SEKELEKANI - Centro dos Estudos e Pesquisas de Comunicação 945,059 6,605,915
LAMBDA 3,851,752 26,923,551 CAICC - Centro de Apoio à Informação e Comunicação Comunitária 474,150 3,314,282
FORUM MULHER 4,747,504 33,184,818 Subtotal 3,362,669 28,902,556
ESTAMOS 2,752,005 19,236,379 Funods Ágeis
AKILIZETHO 2,426,222 16,959,170 Solidariedade Moçambique (Comissão de Direitos Humanos) 141,521 989,224
GMD 3,774,126 26,380,950 ACDH - Associação Centro Direitos Humanos 573,131 4,006,160
Sociedade Aberta 1,079,317 7,544,373 TOTAL 25,438,843 177,816,240
FACILIDADE 1,617,485 11,306,136
JOINT 2,776,848 19,410,031
PSCM-PS 2,597,688 18,157,708
We Effect
HOPEM 1,254,084 8,765,982 Core Funding - Apoio ao Plano Estratégico
AMME 1,293,998 9,044,979 COROAS METICAIS
PNDH 1,293,998 9,044,979 PARCEIRO SUECAS(SEK) (MZM)
NWETI 3,708,459 25,921,943 AAAJC 817,437 5,713,846
WLSA 3,502,427 24,481,793 ABIODES 834,522 5,833,268
SA AENA 779,827 5,450,953
NAFEZA 1,035,198 7,235,983 AMA 663,045 4,634,655
Subtotal 42,458,615 296,783,593 AMPCM 1,397,371 9,767,557
Pequenos Financiamentos CTV 1,759,450 12,298,468
Adel 407,749 2,850,143 JA! 1,780,737 12,447,266
407,629 2,849,309 LIVANINGO 1,580,833 11,049,945
GCR
FCM 478,560 3,345,110 OMR 893,003 6,242,049
UTOMI 470,677 3,290,005 ORAM 1,379,030 9,639,351
Kwuka 478,436 3,344,241 UDEBA-LAB 1,151,386 8,048,128
HIKONE 203,815 1,424,654 UNAC 2,575,376 18,001,753
Fundos Inovadores 2,446,865 17,103,463 UPCT 1,034,656 7,232,193
Joint 497,061 3,474,428 Subtotal 16,646,676 116,359,430
PSCM-PS 298,236 2,084,657 Pequenos Financiamentos - Organizações não Parceiras do AGIR
Subtotal 795,297 5,559,085 AAN 345,304 2,413,657
Fundos Agéis ADE 345,304 2,413,657
Nweti 482,148.69 3,370,195 AMOR (biocarvao) 343,214 2,399,045
GMD 497,060.50 6,844,623.24 AMOR (Ambiente e Cidadania) 344,739 2,409,706
Subtotal 979,209.19 5,559,085 ADECRU 229,282 1,602,668
APRODER 269,062 1,880,729
TOTAL 46,679,985 326,290,764
CMA 138,122 965,463
CoopMoamba 42,265 295,432
NADEC 345,152 2,412,595
NOTA KUBECERA 345,304 2,413,657
Coroas suecas foram convertidas para meticais no câmbio e data abaixo. FONPA/FOPANA 363,260 2,539,167
www.aonda.com - 21/12/2017 câmbio: SEK 1,00 = MZM= 6.9900 UPCM 138,122 965,463
Subtotal 3,594,431 25,124,894
TOTAL 20,241,107 141,484,325

PlataformaAGIR 7
metas prioritárias de enfoque para o
AGIR capacita pessoal interno trabalho junto aos parceiros a capacitação
dos/as técnicos/as progra-máticos/as das
em matéria de integração de quatro intermediárias (Diakonia, OXFAM
IBIS, OXFAM Novib, We Effect) em Incor-

HIV/SIDA poração de HIV/SIDA.


Caberá aos capacitados a missão de fazer

N
um mês em que o país e o mundo para elevar a susceptibilidade e aumentar a réplica aos parceiros do Programa AGIR por
celebram o dia mundial de Comba- vulnerabilidade ao impacto da SIDA entre os meio de workshops/capacitações conjun-
te ao HIV/SIDA, o Programa AGIR bene ciários. tas ou ainda através de mentoria directa.
está a dotar o pessoal interno de conhe- O AGIR entende que para integração do HIV
cimentos técnicos e cientí cos com vista a se no Programa se deve olhar para o modo TOME NOTA
lidar com este grande desa o para a saúde. como o trabalho das inter-mediárias afecta a
Entendem os responsáveis pela materia- epidemia e como a epidemia pode ter im- Artigo 3°
lização do AGIR que a incorporação do HIV pacto nos seus resultados, o que pode
nos programas e projectos desa a as signi car a revisão de aspectos da estrutura
Todo indivíduo tem direito à vida, à li-
intermediárias a olhar fora da caixa de interna como a sensibilização do pessoal e
berdade e à segurança pessoal.
respostas, com lentes mais profundas sobre as políticas e práticas de recursos huma-nos.
a sua estrutura interna. Nesta senda; no âmbito das acções con- Artigo 19°
Para o Grupo Técnico de Género do AGIR, juntas e, para o processo de aprendizagem Todo o indivíduo tem direito à liber-
isso vai permitir que as respostas do Pro- mútua entre os/as técnicos/as programá- dade de opinião e de expressão, o que
implica o direito de não ser inquietado
grama AGIR, junto com os programas dos ticos e de monitoria e avaliação nas práticas
pelas suas opiniões e o de procurar,
parceiros de implementação tragam outra diárias de análise, monitoria e avaliação dos receber e difundir, sem consideração de
abordagem no que concerne aos factores programas e projectos desenvolvidos pelas fronteiras, informações e ideias por
qualquer meio de expressão.
biomédicos, comportamentais, micro e organizações parceiras; o Grupo Técnico de
macroambientais e outros que concorrem Género do AGIR de niu como uma das (Declaração Universal dos Direitos
Humanos, foi aprovada em 1948 na
Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas)
Artigo 40
(Direito à vida)
1. Todo o cidadão tem direito à vida e à
integridade física e moral e não pode
ser sujeito à tortura ou tratamentos
cruéis ou desumanos.
2. Na República de Moçambique não há
pena de morte.
(Lei número 16/2012 de 14 de Agos-
to)(Constituição da República de
Moçambique – 2004)
Pessoal interno da AGIR em capacitação

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