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tor negado pelo outro, que goza do monopólio ontológico.

O m o flím o
vitalista foi substituído pelo monismo mecanicista, em cujas regras e evi­
dências a norma da vida foi trocada pela da morte. Também no novo mo­
nismo uma forma da pergunta está voltada para trás: não mais como
surgiu a morte, mas sim como surgiu a vida neste mundo sem vida. Seu
lugar no mundo está agora reduzido ao organismo - uma forma e uma
ordem problemática e particular da substância extensa. Só nele é que se
encontram a res cogitans e a res extensa, o ser “pensante” e o ser “ex­
tenso” , depois de haverem sido separados em duas esferas ontológicas
distintas, das quais só a segunda é o “mundo”, e a primeira nem sequer
faz parte do mundo. O encontro das duas no organismo passa a ser as­
sim o enigma sem solução. Mas como o organismo, como coisa corpo­
ral, é um caso daquilo que possui extensão, por conseguinte um pedaço
do “mundo”, ele não pode ser nada substancialmente diferente do resto
do mundo, isto é, do ser universal do mundo. Este argumento possui for­
ça nos dois sentidos: se é preciso que exista uniformidade, então ou o
universal tem que ser interpretado nos moldes do particular (que é o pri­
meiro a ser experimentado) ou o particular nos moldes do universal -
isto é, a natureza do mundo na imagem do organismo ou o organismo na
imagem da natureza do mundo. Mas o que seja o ser universal do mundo
já se^ encontra estabelecido: a matéria pura no espaço. Em conseqüên­
cia, uma vez que o organismo representa a “vida” no mundo, a pergunta
que diz respeito à vida passa a ser agora: de que maneira o organismo
está relacionado com o ser já definido assim, como esta forma e função
particular do mesmo pode ser reduzida à lei geral - em suma, como pode
a vida ser reduzida à não-vida?
Reduzir a vida, ao que não tem vida não é outra coisa senão dissolver
o particular no geral, o composto no simples, a exceção aparenteNna re­
gra confirmada. Esta é precisamente a tarefa imposta à ciência moderna
da vida, à biologia, pelos objetivos da “ciência” em si. O grau de aproxi­
mação a este objetivo é uma medida do seu êxito; e o resto que permane­
ce ainda sem ser conquistado constitui sua fronteira provisória, destina­
da a ser sempre mais ampliada. Antès dizia-se que o que aparenta não
ter vida precisava ser interpretado no quadro da vida, que a vida tinha
que ser prolongada na morte aparçnte. Nessa época era o cadáver, este
caso primário de matéria “morta”, que constituía a fronteira da compre­
ensão, e em conseqüência a primeira observação a não ser aceita. Hoje
este papel foi assumido pelo organismo que vive, que sente e que busca,
ele é desmascarado como um subtil logro da matéria, ludibrium materi-
ae. De conformidade com isto, entre os estados do corpo, o cadáver é
hoje o mais fácil de ser compreendido. Só na morte é que o corpo deixa
de ser um enigma: na morte ele retorna do comportamento enigmático e
inortodoxo da vida - para o estado claro e “familiar” de um corpo dentro

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