O alho argentino teve o menor peso na comercialização – 16,9%, contra 61,2% de alho
chinês e 17,6% de alho nacional
Preços
No mercado atacadista, houve aumentos nos preços reais do alho nacional e argentino e
chinês. O aumento na quantidade comercializada exerceu pressão de demanda pelo alho. O preço
do alho argentino é menor do que o preço do alho nacional e em janeiro também foi o menor que o
chinês.
No que se refere ao varejo, a Tabela 6, mostra que há um aumento real de 6,7% quando
se compara fevereiro com janeiro de 2010; o aumento anual, isto é, entre fevereiro de 2009 e
fevereiro de 2010, foi de 53,5%. O varejo continua bem ofertado, em função principalmente do
volume importado no mês de fevereiro.
No gráfico 1 tem-se a evolução dos índices reais de variação de preços do alho nos
diferentes níveis, partindo-se da base de janeiro de 2004. A variação mais suave de preços é a
relativa ao alho chinês no atacado, com excessão de fevereiro onde não foi informado o valor. Os
índices de preços que denotam maior volatilidade são os recebidos pelo produtor e os do alho
nacional.
O alho chinês é responsável por 50% do alho consumido; o Brasil importa cerca de 1
milhão de caixas de alho, algumas empresas importadoras de alho têm obtido isenção do
pagamento da taxa antidumping, imposto que protege os produtos brasileiros das mercadorias de
outros países que são comercializadas no Brasil abaixo do preço de custo. Os produtores tem
reclamado que está mais rentável importar alho que plantá-lo tendo em vista que a Argentina
cultiva alho em solos muito mais férteis - com altos níveis de fósforo; além disso, utilizam água
proveniente do degelo que chegam aos campos de alho sem custo de bombeamento. Já na China
a mão de obra é em sua maioria familiar o que também torna o custo de produção bem mais barato
que o brasileiro, onde os insumos e mão de obra são os maiores gastos
Bruna Bucchianeri
Analista de Mercado
Tel : (61) 3312-2236
Fax: (61) 3321-2029
E-mail: bruna.bucchianeri@conab.gov.br