PROJETO PEDAGÓGICO
TURMA 12
Sobral/CE
2015
José Clodoveu de Arruda Coelho Neto
Prefeito de Sobral
2
1. APRESENTAÇÃO
Este projeto visa a implementação da XII turma de Especialização com caráter de Residência
Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) a ser realizada pela Escola de Formação em Saúde
da Família Visconde de Sabóia (EFSFVS) em parceira com a Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA).
Acreditamos que, a exemplo das turmas coordenadas pela EFSFVS de Sobral, essa será
mais uma exitosa experiência de aprendizagem e de fortalecimento do Sistema Único de Saúde
(SUS) a partir da ESF.
3
2. JUSTIFICATIVA
O Ministério da Saúde criou, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF) que teve como
principal propósito, reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo
tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos
brasileiros.
1
ANDRADE, F. M. O. O programa saúde da família no Ceará: uma análise de sua estrutura e funcionamento. Fortaleza:
Expressão, 1988.
2
ANDRADE, L.O.M.; BARRETO, I.C.H.C.; FONSECA, C.D. A Estratégia Saúde da Família. In: DUNCAN, B.B.; SCHMIDT,
M.I.; GIULIANI, E.R.J. editors. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3ª ed. Porto
Alegre: Artmed Editora S.A, 2004. p. 88-94.
4
1. Definição e descrição do território de abrangência;
2.Adstrição da clientela;
4. Organização da demanda;
Entretanto, isto ainda compreende um grande desafio, embora devamos reconhecer que
“largos passos” já foram dados nesse sentido. A organização do processo de trabalho dessas
diversas categorias ainda necessita de aprimoramento para que possa contribuir verdadeiramente
para a promoção de saúde da população.
5
3. CONTEXTUALIZANDO A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA
FAMÍLIA DE SOBRAL
Sobral faz parte do semiárido nordestino e encontra-se situado na Região Noroeste do Ceará,
a 235 quilômetros da capital, Fortaleza. É banhada pelas águas do Rio Acaraú e tem sua paisagem
entrecortada pela Serra da Meruoca. Foi elevado ao status de município em 1.841. Ocupa uma área
de 2.129 quilômetros quadrados, tem uma população de 188.271 mil habitantes e está a uma altitude
de 70 metros do nível do mar. O clima é quente e seco, com uma temperatura média de 30 graus
centígrados3.
Com relação à RMSF, esta teve sua origem em setembro de 1999 com o desafio de
responder à necessidade percebida pelo Sistema Local de qualificar inicialmente os profissionais da
rede para um novo paradigma em saúde o qual tem como ênfase à promoção. Nesse sentido, era
premente a necessidade de proporcionar processos educativos para os profissionais da ESF. Essa
disposição implicou na necessidade de constituir uma estrutura de apoio ao processo formativo dos
futuros residentes e o surgimento a EFSFVS.
A primeira turma, iniciada em 1999, foi constituída exclusivamente por médicos (19) e
enfermeiros (45). Estavam matriculados 64 residentes e 38 concluíram. Esta foi financiada
exclusivamente pelo município de Sobral.
Em 2001, iniciou-se um processo seletivo para a segunda turma da RMSF. Nesta, além dos
médicos (06) e enfermeiros (17), foram selecionados profissionais das seguintes categorias:
odontologia (17), serviço social (03), fisioterapia (04), educação física (02), farmácia (01), terapia
3
IBGE. Cidades@ 2007. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm>. Acesso 5 março 2011.
6
ocupacional (03), nutrição (01) e psicologia (02). Também financiada exclusivamente pelo município
de Sobral, foram matriculados 56 residentes, 39 concluíram todos os pré-requisitos.
A terceira turma foi formada em 2002 e apresentou uma importante conquista que foi o
reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do processo de Educação Permanente deflagrado
em Sobral a partir do apoio financeiro de 25 bolsas para a RMSF. Matricularam-se 40 residentes de
diferentes categorias profissionais: enfermagem (17), odontologia (02), fisioterapia (02), medicina
(09), psicologia (03) e serviço social (02), nutrição (03) e educação física (02). Destes, 25 concluíram
na íntegra toda a proposta técnica-pedagógica requerida.
A quarta teve início no ano de 2003, mantendo a mesma proposta em termos de composição
das turmas anteriores. Matricularam-se 36 residentes das seguintes categorias: enfermagem (08),
odontologia (10), fisioterapia (01), fonoaudiologia (03), medicina (08), psicologia (03), serviço social
(04). Sendo que 19 cumpriram toda a programação técnico-pedagógica requerida. Esta quarta turma
foi financiada exclusivamente pelo município de Sobral.
A quinta turma da RMSF teve início em maio de 2005 com 47 profissionais residentes. Esta
turma guarda uma peculiaridade em relação às residências anteriores. Enquanto as quatro primeiras
tinham no seu corpo de residentes profissionais que já atuavam no sistema de saúde local, a quinta
turma teve na sua composição, a exceção dos enfermeiros e dentistas, profissionais oriundos fora do
Sistema de Saúde local. Outro dado relevante foi a não participação de profissionais médicos, já que
estes passaram a contar com residência específica. Compuseram a quinta turma as seguintes
categorias profissionais: enfermagem (14), Odontologia (04), terapia ocupacional (03), Fisioterapia
(03), educação física (05), farmácia (02), psicologia (05), assistente social (05) e nutricionista (05).
7
ética e a interdisciplinaridade como eixos transversais a todo o processo formativo. Concluíram 20
residentes.
8
4. A OPÇÃO PELO MODELO DE RESIDÊNCIA EM SAÚDE DA FAMÍLIA E POR UMA
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
O modelo proposto para a RMSF de Sobral procura se apoiar nos seguintes pressupostos
teórico-metodológicos: na Promoção da Saúde, Educação Popular 4, Educação Permanente5 e na
Abordagem por Competência.
O Sistema Aprendente faz parte de uma compreensão onde o conhecer supera a tradicional
dicotomia escola-mundo. Nesse sentido, o processo de aprendizagem deixa de ser patrimônio de
uma instituição que ensina e, por outro lado, de alguém que supostamente aprende. Conhecer passa
a ser um processo integral, onde as possibilidades encontram-se descentralizadas e são constantes
no interior do território, ao contrário do que se observa no modelo tradicional, no qual aprender tem
4
Inspirada principalmente na pedagogia de Paulo Freire, que possui os seguintes fundamentos: a politicidade do ato
educativo, a importância da dialogicidade entre educador e educando, a valorização dos conhecimentos prévios que o
educando possui a contestação da educação bancária e o respeito à diversidade cultural.
5
Prática educativa na qual o trabalho vira estudo e o estudo vira trabalho. O processo educativo passa a ser algo que
atravessa toda a vida do sujeito da aprendizagem e não mais algo circunstancial, que se experimenta em determinados
momentos pontuais como, por exemplo, cursar uma pós-graduação.
6
Trata-se de um neologismo desenvolvido por Hugo Assmann, (1998), que pretende significar o caráter de processo ativo
de quem está aprendendo. O aprender passa pela compreensão de ser um fluxo constante, de algo vivo, dinâmico, em
movimento, aberto e auto-organizativo. Tudo o que se vive ou faz está carregado de possibilidades de aprendizagem.
7
Estas ideias serão melhor explicadas no Capítulo 5 deste projeto.
9
hora, local e, principalmente, alguém específico para ensinar 8. Toda a rede de saúde disponível é
uma grande escola.
8
FREIRE, P. Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
10
5. INSTITUIÇÕES REALIZADORAS
Cabe, portanto, a Secretaria de Saúde o cuidado com a atenção integral à saúde a partir da
coordenação dos diversos serviços de prevenção de doenças, cura, reabilitação e de promoção à
saúde disponibilizados para a população de Sobral e Macrorregião assistida por esta rede.
Nesta perspectiva, o incentivo a realização da RMSF é reconhecida não apenas como uma ação
dentro de um conjunto de outras, mas principalmente fazendo parte de uma importante e necessária
estratégia de formação de profissionais comprometidos e engajados com o SUS.
9
SOBRAL. Prefeitura Municipal de Sobral. Secretaria de Ação Social e Saúde. Relatório de gestão (2009 – 2013). Sobral,
2009.
10
Cabe ressaltar que modelo é tomado aqui como algo provisório e não necessariamente um produto pronto e acabado.
Esta noção de modelo está muito próximo do conceito de desenho na medida em que “os desenhos permite-nos acenar
com os campos de possibilidade... representa sempre um embate entre conservação e mudança”. (Brasil. Ministério da
Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Rio
de Janeiro: Brasil. Ministério da Saúde/FIOCRUZ, 2005.
11
A sua contribuição tem ocorrido no campo da produção de tecnologias para a consolidação
da ESF e para a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, bem como tem como
componentes pedagógicos a crença na Educação Popular como pedagogia da libertação, a
percepção da necessidade de um processo de Educação Permanente enquanto estratégia de gestão
dos processos de trabalho e na Educação por Competência como forma de garantir um diálogo entre
os processos formativos e o mundo do trabalho.
A Escola desenvolve uma série de cursos de Pós-graduação lato sensu, cursos técnicos e
outros de curta duração para os profissionais de saúde dos 55 municípios da Macrorregião Norte do
Estado do Ceará. Esta instituição é ainda de outras Instituições de Ensino Superior (IES) para o
desenvolvimento do Mestrado Acadêmico em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Saúde da
Família e Mestrado Profissional em Ensino na Saúde.
O município de Sobral conta hoje com uma forte estrutura de ensino superior: a Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA), criada em 23 de outubro de 1968, com a promulgação da Lei
Municipal no 214, sendo reconhecida em 31.05.94 pela portaria ministerial n.º 214, assinada pelo
então, Ministro da Educação e do Desporto Murilo Avillar Hingel, finalizando um processo de
reconhecimento oficial iniciado com o parecer 318 do Conselho de Educação do Ceará e
homologado pelo governador Ciro Ferreira Gomes.
Decorridos 46 anos de sua criação, a UVA vem se consolidando como universidade de porte
médio. Tem por missão e como ação específica promover a compreensão do semiárido nordestino e
da sociedade que nele vive, assim como a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. A oferta
de ensino de graduação e pós-graduação tem favorecido a criação e difusão de tecnologia na
perspectiva do desenvolvimento socioeconômico autossustentável da região norte cearense.
Para atingir esta finalidade, a Universidade nos últimos anos, não somente criou novos
cursos, como também, aumentou, consideravelmente, o número de professores qualificados.
Encontra-se presente em 54 municípios, destacando-se a diversidade quanto às modalidades de
cursos que, além dos regulares oferecidos no regime de disciplinas semestrais, oferta também
cursos em regime de férias tanto na cidade de Sobral, quanto em outros municípios.
12
Tecnologia da Construção Civil, Ciências Contábeis, Administração de Empresas, Zootecnia, Direito,
Ciências Sociais, Ciências da Computação e Filosofia.
13
6. DESENHO PEDAGÓGICO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
EM SAÚDE DA FAMÍLIA
11
Em conformidade com a Resolução nº 2 de 13.04.2012 da Comissão Nacional de Residências Multiprofissionais em
Saúde.
14
6.2 Objetivo Geral
A RMSF tem como objetivo geral desenvolver tecnologias para a ESF, a partir da construção
de competências teórico-metodológicas, técnico-operativas, sociais, políticas e humanas para as
diversas categorias profissionais da saúde, de modo orgânico, participativo e alimentador da prática,
na perspectiva da Promoção da Saúde, com vistas à transformação de práticas para a consolidação
do SUS.
V - Garantir que o processo educativo surja das necessidades de saúde do território, enfrentando os
desafios identificados, tendo o compromisso de viabilizar uma prática competente e transformadora,
participativa e produtora de tecnologias;
VII - Considerar e apurar na atuação, os ritmos, o sentir, o pensar, o querer e o agir de todas as
pessoas envolvidas no processo (a comunidade, residentes, docentes do programa e profissionais
da atenção e gestão do sistema).
15
7. SUJEITOS PARTICIPANTES E SELEÇÃO
Em Sobral, desde 2001, outras categorias foram incorporadas ao PSF, além da equipe
mínima proposta pelo Ministério da Saúde (medicina, enfermagem, agente comunitários de saúde e
odontologia) que foram: educação física, fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional, farmácia,
psicologia, serviço social e fonoaudióloga. Estes profissionais vêm desenvolvendo ações de
prevenção e promoção com a equipe básica, identificando e procurando responder às necessidades
de saúde do território dentro do seu campo de atuação.
Durante os últimos anos de operacionalização do programa, foi possível trabalhar vários modelos
de distribuição dos profissionais das equipes multiprofissionais em relação à equipe mínima proposta
pelo Ministério da Saúde. Atualmente, estas categorias estão distribuídas segundo critérios a seguir:
16
• Estruturar em cada turma até 06 (seis) equipes de saúde da família, de forma multidisciplinar,
para cada equipe atuar em 1 (um) ou 2 (dois) Centros de Saúde da Família (CSF);
• Cada uma das seis equipes será composta por profissionais de categorias diferentes.
A formação das equipes multiprofissionais, bem como sua distribuição nos territórios será feita
pela EFSFVS, em consonância com o disposto acima.
Educação Física 03
Enfermagem 03
Farmácia 03
Fisioterapia 03
Fonoaudiologia 03
Nutrição 03
Odontologia 03
Psicologia 03
Serviço Social 03
Terapia Ocupacional 03
Total de residentes 30
Total de Bolsas 30
Para a seleção da RMSF poderão se inscrever pessoas que possuam formação universitária
completa no curso específico de cada categoria, dedicação exclusiva, disponibilidade de 60 horas
17
semanais para ações inerentes às atividades práticas e teóricas e cumprimento dos horários que
forem determinados nos CSF, assim como demais atividades das Residências.
Para o processo seletivo dos candidatos a vaga na RMSF, os itens abaixo estão previstos
para análise:
A) Carta de intenção;
B) Prova escrita;
C) Entrevista.
A prova escrita consiste de questões objetivas sobre conteúdos definidos na chamada pública
que regerá o processo seletivo. São considerados aprovados nesta etapa os candidatos que obtêm
maior pontuação e que estão dentro do triplo de vagas oferecidas para cada categoria profissional.
8. MARCO TEÓRICO-METODOLÓGICO
18
Para alcance dos objetivos propostos, a RMSF tem como marco teórico-metodológico os
princípios da Educação Permanente, Educação Popular e Educação por Competência. Considera,
ainda, a concepção da Tenda Invertida 12, a qual reconhece que o lócus de aprendizagem, o espaço
onde efetivamente deve-se organizar o processo educativo, é o próprio espaço de atuação do
“residente”, ou seja, o território.
12
Conceito elaborado por Luiz Odorico Monteiro de Andrade, apresentado no texto: Residência em Saúde da Família:
desafio na qualificação dos profissionais na atenção primária. SANARE – Revista Sobralense de Políticas Públicas. Ano
I. Vol. 1, n.1, out/nov/dez, 1999. p 18-26.
13
Inspirada principalmente na pedagogia de Paulo Freire que possui os seguintes fundamentos: a politicidade do ato
educativo, a importância da dialogicidade entre educador e educando, a valorização dos conhecimentos prévios que o
educando possui, a contestação da educação bancária e o respeito à diversidade cultural.
14
A Educação Permanente tem como princípios os seguintes aspectos: organização do processo de trabalho como objetivo
principal; prática competente determinada por múltiplos fatores (cognitivos, relacionais, atitudinais); aprendizagem a partir
da análise coletiva do processo de trabalho; aprendizagem significativa; atividades educativas articuladas com a
reorganização do Sistema.
15
(CNE/ 001/2002).
19
Portanto, o desafio da RMSF de Sobral é integrar de maneira competente esses referenciais teórico-
metodológicos na perspectiva de inspirar não só uma prática ética, crítica e de qualidade técnica,
mas também, uma práxis que promova mudanças na saúde de indivíduos, grupos, comunidades e
nos próprios residentes.
20
9. DESENHO PEDAGÓGICO DO CURSO
• Vivências de Território
• Vivências Teóricas
• Vivências de Extensão
Fazem parte das Vivências de Território as práticas de Promoção da Saúde que se dão a
nível individual e coletivo, como por exemplos: os atendimentos especializados, as visitas
domiciliares, o apoio aos grupos educativos (gestantes, adolescentes, idosos, hipertensos,
diabéticos, hanseníase, entre outros), os trabalhos desenvolvidos em parceria com as escolas, assim
como as atividades junto as organizações sociais presentes no território.
16
As vivências de aprendizagem (teórico-conceituais, monográfica, território e extensão) se referem a um processo que se
caracteriza pela sua inteireza onde o EU e o TU, o mundo e eu, mente e corpo, ensinar e aprender não são realidades
distintas, mas, ao contrário, fazem parte de uma mesma complexa realidade. Compreende ainda um instante vivido de
profunda conexão do SER com uma dada realidade (BUBER, 1997; DILTHEY, 1978).
21
9.1.2Vivências Teóricas
17
Em relação a esses conteúdos, será apresentado posteriormente um detalhamento dos mesmos.
22
Os ciclos de aprendizagem agrupam conteúdos afins, e serão realizados no decorrer dos dois
anos de realização do Curso. Cada Ciclo de Aprendizagem tem duração variável entre 52 a 104
horas. Cada Ciclo compreende em média dois meses de duração (Mês 01 e Mês 02), nos quais são
desenvolvidas atividades de caráter prioritariamente teórico ou teórico prático, conforme será exposto
posteriormente.
A Proposta Pedagógica tem como uma de suas bases a abordagem por competência, currículo
integrado, articulação ensino-serviço, aprendizagem significativa e o referencial pedagógico da
educação crítico-reflexiva, problematizadora.
O currículo integrado busca conectar o residente à vida cotidiana, aos serviços de saúde e ao
território, e a partir das experiências vividas num determinado cenário de ensino-aprendizagem,
procura entender e ampliar a compreensão sobre o que está ocorrendo, o que se pode fazer para
intervir nas necessidades e nos problemas identificados e em uma dada realidade enquanto
profissional de saúde, por meio de sucessivas aproximações, refletindo sobre o que faz.
Segundo Davini 18, o currículo é um plano pedagógico e institucional que orienta a aprendizagem
de forma sistemática. O autor ressalta ser importante observar que esta ampla definição pode adotar
variados formatos e as mais variadas matizes de acordo com as diferentes concepções de
aprendizagem que orientam o currículo.
18
DAVINI, M.C. Currículo Integrado. Adaptação e resumo por José Paranaguá de Santana. Brasília: 1983.
23
citadas, de modo que este possa ser flexível e adaptado às diversas situações, suscetível de ser
constantemente avaliado e melhorado de acordo com as experiências.
Tal proposta suscita um processo avaliativo coerente com o currículo integrado, uma vez que a
avaliação compõe parte fundamental na construção do conhecimento do Residente.
19
(CNE/ 001/2002).
24
Saúde
25
SUS E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
Deverá ser realizada no primeiro ano após os primeiros 04 (quatro) meses; priorizar serviços que
sejam relevantes para a formação em Saúde da Família; garantir, no mínimo, 03 (três) turnos de
vivência em cada serviço; ter registro de presenças, atividades e relatório escrito. Sobre este relato,
se configurará como um relato único por categoria profissional, relacionado a todos os serviços, o
qual seja utilizado para fins de produção de relato de experiência, com entrega após um mês de
realização de tais vivências.
26
categoria, pactuado com o preceptor a partir da análise da contribuição que trará para o processo
formativo.
Vigilância Epidemiológica
APAE
Santa Casa
Secretaria de Juventude
NASF
CAPS
Vigilância Epidemiológica
Centro de Infectologia
Policlínica
Centro de Reabilitação
Centro de Infectologia
Ambulatório de Hanseníase
Melhor em Casa
27
Farmácia Popular
Vigilância Sanitária
CAF
Vigilância Epidemiológica
Centro de Reabilitação
APAE
Santa Casa
FISIOTERAPIA
CEREST
Ambulatório de Hanseníase
Melhor em Casa
Bom Samaritano
Vigilância Epidemiológica
Centro de Reabilitação
FONOAUDIOLOGIA APAE
Santa Casa
CEREST
Vigilância Epidemiológica
Secretaria de Agricultura
Melhor em Casa
NUTRIÇÃO
Merenda Escolar
Vigilância Nutricional
Restaurante Popular
Unidade Mista
Vigilância Epidemiológica
ODONTOLOGIA
Centro Especializado de Odontologia (CEO)
Santa Casa
Centro de Infectologia
28
Rede de Atenção Integral de Saúde Mental (RAISM)
Melhor em casa
Vigilância Epidemiológica
Centro de Reabilitação
Centro de Infectologia
Vigilância Epidemiológica
Centro de Reabilitação
APAE
Santa Casa
TERAPIA OCUPACIONAL
CEREST
Ambulatório de Hanseníase
Melhor em Casa
RAISM
Policlínica
29
Compreende a realização de estágios de 30 dias que podem acontecer junto a programas a nível
nacional ou internacional com pertinência à formação em saúde da família.
Deverá ser relevante para a formação em Saúde da Família; realizada no segundo ano; solicitada
com 02 (dois) meses de antecedência da vivência; realizadas antes dos 03 (três) últimos meses do
término do programa; apresentada através de um projeto à coordenação e preceptoria, bem como
aguardar deferimento pela COREMU; socializada pelo residente e ter o registro das atividades
desenvolvidas para entrega ao acervo da biblioteca da EFSFVS após 30 dias de retorno da vivência.
A Residência Multiprofissional em Saúde da Família possui carga horária total de 5.760 horas,
das quais 80% serão relacionadas a atividades práticas e teórico práticas, desenvolvidas no Ano I e
no Ano II da Residência. Já o processo teórico corresponderá a 20% da carga horária total do curso,
totalizando 1.152 horas, as quais serão desenvolvidas no decorrer dos dois anos da formação.
Esta carga horária teórica será desenvolvida através das seguintes atividades: Oficinas, Grupos de
Estudo, Estudo Dirigido, Seminários, e discussões em Roda de Equipe Multiprofissional e em Rodas
de Categoria.
Seminário Presencial 02 08
Avaliação Presencial 02 08
Seminário Presencial 01 04
Avaliação Presencial 01 04
31
Integrante do corpo docente,
Outras atividades são importantes neste contexto de formação, estando presentes no cronograma de
atividades da RMSF são: Roda discente, Roda Ampliada e a COREMU.
Outras atividades pedagógicas, que não compõem os ciclos de aprendizagem também merecem
ser apresentadas como espaços estratégicos para potencializar a formação dos profissionais.
33
cogestão.
e desenvolvimento da ESF.
36
Comunitária
SEMANA 3
20
DEPRESBITERIS, Lea. Concepções atuais de educação profissional. 3 ed. Brasília: SENAI/DN, 2001.
37
da atuação em cada território), participativo (com todos participando da decisão sobre os objetivos e
metodologia das atividades) e alimentador da atuação (discussões e processo vivenciado
repercutindo no resultado do trabalho). Nos dois aspectos, a avaliação terá um caráter longitudinal
tendo como base a competência desenvolvida, tendo como pressupostos: a autonomia dos sujeitos
participantes do processo de aprendizagem; a crença de que o residente é também é responsável
também pelo processo de aprendizagem; o caráter dinâmico, coletivo e constante, que deve orientar
o processo, e, por fim, o diálogo amoroso como uma fonte de inspiração e transformação dos
sujeitos aprendente.
Para nós, o processo avaliativo possibilita ler a realidade do processo educativo, e assim,
reconhecer o desenvolvimento de cada residente em relação às competências desenhadas. Neste
aspecto, ganha importância a questão da temporalidade dos momentos avaliativos, pelo
reconhecimento de que ele é permanente, sendo realizado em cada roda, cada momento de estudo
e em cada atividade desenvolvida no território. Entretanto, consideramos a necessidade de
momentos formais de avaliação, na perspectiva de construir uma sistematização desse processo.
II - Ao término da Residência;
38
III – Abandono das atividades;
VI - Quando comprovada, pela COREMU, evidente falta de interesse para com as atividades
teóricas, prático-assistenciais e/ou as vivências de aprendizagem da Residência;
IX – Não aprovação obtida por meio de valores ou critérios obtidos pelos resultados das avaliações
realizadas durante o ano, com nota mínima ou conceitos adotados pela UVA.
O processo para este desligamento requer comunicação com a COREMU, tanto em situações
decorrentes de avaliações previstas no Programa (quando o residente não apresentar o
desenvolvimento/competências mínimas necessárias), quanto nos demais casos. A avaliação
periódica e sistemática e os registros dessa avaliação garantirão o cumprimento de eventuais
desligamentos de forma justa e assertiva.
39
Avaliação dos profissionais Em Fevereiro do Ano 1 e em
da ESF Janeiro do Ano 2
A avaliação dos conteúdos teóricos tem caráter formativo e somativo, e será feita a partir de
avaliação de competências, bem como produções textuais, seminários, portfólios. Estes serão
arquivados separadamente, formando assim uma linha do tempo que terá seu marco inicial na
avaliação das necessidades de aprendizagem realizadas desde o introdutório, perpassando toda
formação no curso.
40
Com o objetivo de verificar o desempenho do residente quanto aos aspectos específicos de
seu núcleo de saber, será realizada a Avaliação Formativa de Categoria, onde serão analisadas as
competências esperadas para cada categoria profissional. Esta avaliação é conduzida pelo preceptor
e deve ocorrer duas vezes durante a formação: em Agosto do Ano 1 e em Agosto do Ano 2.
(10% Núcleo)
(30% Tutor)
41
A avaliação de Percurso ocorrerá duas vezes durante a formação: ao final do Ano 1 e ao final
do Ano 2. Ao final do Ano I o residente participará de avaliação referente ao primeiro ano na RMSF,
havendo o resgate do seu caminhar neste período, com vistas a avaliação de seu desempenho e de
sua permanência no Programa, que está condicionada a obtenção de pontuação final igual ou
superior a 7,0 (sete), que é a nota mínima adotada pela UVA para fins de aprovação.
Compreendemos que esta avaliação pode ser fundamental para o crescimento do residente
de forma pertinente às necessidades de sua categoria. Este tipo de avaliação pode ser um diferencial
nas formações que precisam entender de forma completa a atuação de cada profissional, para
identificar problemas de desempenho e garantir o alinhamento estratégico com os princípios do
processo de formação.
42
11. COORDENAÇÃO TÉCNICA E PEDAGÓGICA
43
12. EQUIPE DE DOCENTES
Atribuições da tutoria
44
V - Articular a integração dos preceptores e residentes com os respectivos pares de outros
programas, incluindo da residência médica, bem como com estudantes dos diferentes níveis de
formação profissional na saúde;
A tutoria possui suas atividades distribuídas em um cronograma padrão que contemplam momentos
nos territórios e na EFSFVS.
•Preceptor: a função de preceptor caracteriza-se por supervisão direta das atividades práticas
realizadas pelos residentes nos serviços de saúde onde se desenvolve o programa, exercida por
profissional vinculado à instituição formadora ou executora, com formação mínima de especialista. O
papel da preceptoria busca adequar-se à Resolução da CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012.
Atribuições da preceptoria
I - Exercer a função de orientador de referência para o(s) residente(s) no desempenho das atividades
práticas vivenciadas no cotidiano da atenção e gestão em saúde;
III - Facilitar a integração dos(as) residente(s) com a equipe de saúde, usuários (indivíduos, família e
grupos), residentes de outros programas, bem como com estudantes dos diferentes níveis de
formação profissional na saúde que atuam no campo de prática;
45
IV - Participar, junto com os(as) residente(s) e demais profissionais envolvidos no programa, das
atividades de pesquisa e dos projetos de intervenção voltados à produção de conhecimento e de
tecnologias que integrem ensino e serviço para qualificação do SUS;
Educação Física 01
Enfermagem 01
Farmácia 01
Fisioterapia 01
Fonoaudiologia 01
Nutrição 01
46
Odontologia 01
Psicologia 01
Serviço Social 01
Terapia Ocupacional 01
Total de preceptores 10
TUTORES
NOME TITULAÇÃO
47
Família FIOCRUZ/UVA.
PRECEPTORES
Preceptora de Enfermagem
Preceptora de Farmácia
Preceptora de Fisioterapia
Preceptora de Fonoaudiologia
Preceptora de Nutrição
Preceptora de Odontologia
Preceptora de Psicologia
48
13 DETALHAMENTO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS CICLOS
1. Ementa
As políticas públicas de saúde como fundamento histórico do Sistema Único de Saúde (SUS) e a
Promoção da Saúde enquanto estratégia de atuação da Atenção Primária em Saúde.
2. Competências
• Contextualizar o campo da saúde ao longo do processo histórico, seus conceitos e modelos
de atuação;
• Problematizar o processo de trabalho da equipe no qual está inserido, identificando a relação
desse processo com os princípios e fundamentos do SUS;
• Construir o processo de trabalho em equipe adotando os princípios e fundamentos teóricos
do SUS.
• Refletir criticamente o paradigma da promoção da saúde com enfoque nos determinantes
sociais de saúde.
• Desenvolver e aprimorar práticas promotoras de saúde nos processos de trabalho em saúde;
• Desencadear ações nos territórios de atuação em consonância com a Política Nacional de
Promoção da Saúde.
3. Conteúdo programático
• História das Políticas de Saúde: do global ao local;
• História da Reforma Sanitária; SUS: organização, princípios e diretrizes, financiamento,
aspectos legais e políticos;
• Abordagem acerca dos Determinantes Sociais da Saúde;
• Fundamentos históricos e conceituais da promoção da saúde;
• Conceito de território na saúde;
49
• Política Nacional de Promoção da Saúde, sujeitos e redes sociais na promoção da saúde.
Modelos de atenção à saúde.
4. Metodologia
• Oficinas com metodologias ativas de aprendizagem;
• Estudos Dirigidos;
• Exposição dialogada;
• Rodas de conversa;
• Trabalho em grupo;
• Produções Textuais;
• Seminário.
5. Bibliografia
ALMEIDA, Patty Fidelis de et al. Desafios à coordenação dos cuidados em saúde: estratégias de
integração entre níveis assistenciais em grandes centros urbanos. Cadernos de Saúde Pública, v.
26, n. 2, p. 286-298, 2010.
ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. A situação do financiamento à luz das normas operacionais
básicas. In: ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. SUS passo a passo: normas, gestão e
financiamento. 2. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2007.
ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. Evolução das políticas de saúde no Brasil. In: ANDRADE, Luiz
Odorico Monteiro de. SUS passo a passo: normas, gestão e financiamento. 2. ed. São Paulo:
Editora Hucitec, 2007.
ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. O nascimento do SUS. In: ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro
de. SUS passo a passo: normas, gestão e financiamento. 2. ed. São Paulo: Editora Hucitec,
2007.
ANDRADE, Luis Odorico Monteiro de. Uma tentativa de construir uma nova tipologia acerca das
onze mil noites de construção da reforma sanitária brasileira. Ripas.
ARANTES, R.C et. al. Processo Saúde Doença e Promoção da Saúde: aspectos históricos e
conceituais. Revista APS, v.11, n. 2, p. 189-98, abril-jun, 2008.
50
COHN, A. A reforma sanitária brasileira após 20 anos do SUS: reflexões. Cadernos de Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n.7, p.1614-1619, 2009.
MATTOS, R. A. Os Sentidos da Integralidade: algumas reflexões acerca de valores que merecem ser
defendidos. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. Os sentidos da integralidade na atenção e no
cuidado à saúde. Rio de Janeiro: IMS, ABRASCO; 2001.
MENDES, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde: revisão bibliográfica, fundamentos, conceito
e elementos constitutivos. In: MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização
Pan-Americana da Saúde; 2011.
MERHY, Elias Emerson. A perda da dimensão cuidadora na produção da saúde uma discussão do
modelo assistencial e da intervenção no seu modo de trabalhar a assistência. In: MERHY, Elias
Emerson. Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte – Reescrevendo o Público. São Paulo:
Ed. Xamã; 1998.
SANTOS, Nelson Rodrigues dos. A Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde: tendências e
desafios após 20 anos. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 33, n. 81, p.13-26, jan./abr. 2009.
VASCONCELOS, Cipriano Maia; PASCHE, Dario Frederico. O sistema único de saúde. In CAMPOS,
Gastão Wagner de Sousa; MINAYO, Maria Cecília de Souza; AKERMAN, Marco et al. Tratado de
saúde Coletiva. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec/FIOCRUZ, p.531-62, 2012.
1. Ementa
51
Estratégia de Saúde da Família sua origem e importância para a reestruturação do sistema de saúde
brasileiro. Estratégia Saúde da Família como estratégia reorganização da assistência à saúde e
reorientação do modelo de atenção básica de saúde. Organização da atenção à saúde, os modelos
de atenção a saúde, com enfoque no processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família. Redes
de Atenção a Saúde. Clinica Ampliada. Acolhimento, modelos de atenção e técnicos/assistenciais em
saúde.
2. Competências
• Organizar ações para o acolhimento no Centro de Saúde da Família (CSF), tendo como
referência os princípios do Sistema Único de Saúde;
• Organizar os processos de trabalho a partir das características sociais, culturais, políticas,
econômicas e históricas de forma interdisciplinar e com a participação comunitária.
• Reconhecer modelos de atenção e técnicos/assistenciais em Saúde.
3. Conteúdos programáticos
52
4. Metodologias
• Oficinas;
• Círculos de cultura;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.
5. Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para reorientação do modelo
assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1998. 34p.
CORBO, A.A.; MOROSINI, M.V.G.C; PONTES, A.M. Saúde da família: construção de uma
estratégia de atenção à saúde. In: MOROSINI, M.V.G.C; CORBO, A.A. (Org.) Modelos de
atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro: EPSJV/ Fiocruz, 2007. p.69-106.
53
MENDES, E.V. A atenção primária à saúde no SUS. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do
Ceará, 2002 a. 92p.
1. Ementa
Educação permanente como estratégia de organização do processo do trabalho em saúde e
Residências como estratégia de formação dos trabalhadores no SUS.
2. Competências
• Compreender a Política Nacional de Educação Permanente seus desafios e potencialidades
para execução;
• Dialogar com os diversos atores da educação permanente em saúde;
3. Conteúdo programático
• Política Nacional de Educação Permanente;
• Os atores da Educação Permanente em Saúde;
• Estratégias de Educação Permanente na Saúde;
• Processo Histórico das Residências em Saúde;
• Os desafios e a potencialidades da Residência em Saúde;
• Movimento Político das Residências;
• As Residências em Saúde no Município de Sobral.
4. Metodologia
54
• Oficinas com metodologias ativas de aprendizagem;
• Estudos Dirigidos;
• Exposição dialogada,
• Rodas de conversa,
• Trabalho em grupo.
5. Bibliografia
1. Ementa
A Vigilância em Saúde como subsídio para a análise permanente da situação de saúde da população
e a organização e execução de práticas de saúde adequadas ao enfrentamento dos problemas
existentes e riscos eminentes. Conhecimento das ações de vigilância, promoção, prevenção e
controle de doenças e agravos à saúde.
55
2. Competências
• Desenvolver uma atenção de vigilância a saúde no território;
• Perceber diferentes características de risco e vulnerabilidade relacionadas aos agravos e
doenças;
• Compreender a complexidade sanitária dos territórios e o impacto nos indicadores de saúde a
nível local, municipal e global;
• Despertar um olhar abrangente sobre as questões da saúde pública para compreender a
complexidade dos processos de saúde-doença-cuidado na sociedade globalizada.
3. Conteúdo Programático
• Riscos e Vulnerabilidades – mapeamento
• Vigilâncias em Saúde – apresentação dos sistemas de informação.
4. Metodologia
• Oficinas com metodologias ativas de aprendizagem;
• Estudos Dirigidos;
• Exposição dialogada;
• Produções Textuais;
• Rodas de conversa;
• Aula de campo;
• Seminários.
5. Bibliografia
COSTA, Ediná A. Vigilância sanitária: proteção e defesa da saúde. São Paulo: Hucitec 1999.
p.29-48.
GOMEZ, C.M.; MINAYO, M.C.S. Enfoque ecossistêmico de saúde, uma estratégia transdisciplinar.
Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente - v.1, n.1, Art 1, ago 2006
56
MORAES, Ilara Harmerli Sozzi de. Informações em Saúde: da prática fragmentada ao exercício
da cidadania. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec. 1994.
PEREIRA, Maurício G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1995.
p. 30-32 e 269-270.
SILVA,J.P.V.; BATISTELLA, C.; GOMES, M.L. Problemas, Necessidades e Situação de Saúde: uma
revisão de abordagens para a reflexão e ação da equipe de saúde da família. . In: O território e o
processo saúde-doença. Angélica Ferreira Fonseca e Ana Maria D’Andrea Corbo (Org.). Rio de
Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007.
WALDMAN, Eliseu A. Saúde & Cidadania: vigilância em saúde pública. São Paulo: Fundação
Petrópolis. 1998. p. 91-105.
1. Ementa
Poder, Estado e Sociedade. Evolução do Planejamento e da Avaliação na saúde. Aspectos
conceituais, histórico, metodológico do Planejamento e Avaliação em Saúde e a sua a aplicação no
sistema de informação no processo avaliativo em saúde e na organização de serviços e sistemas de
saúde.
2. Competências
• Desenvolver conceitos, procedimentos e atitudes necessárias para utilizar um enfoque
estratégico de planejamento que permita apreender a complexidade dos processos sociais.
• Compreensão crítica dos limites e oportunidades inerentes ao planejamento e a avaliação;
• Fomentar a cultura do planejamento e avaliativa nos serviços de saúde;
• Capacidade de utilização do Planejamento e da avaliação como ferramenta de
desenvolvimento e de organização do serviço das equipes de Saúde da Família no
território;
• Avaliar o processo de trabalho da equipe no qual o residente está inserido, identificando o
objeto de investigação do seu projeto de intervenção;
57
• Construir projetos e planos de ação para o enfrentamento de problemas que resultem em
impacto positivo na qualidade de vida da população;
• Avaliar o processo de trabalho da equipe no qual o residente está inserido, identificando o
objeto de investigação do seu projeto de intervenção.
3. Conteúdo programático
• Poder, Estado e Sociedade;
• Bases histórica, teórica e metodológica do planejamento e da avaliação;
• Planejamento em saúde-produção de indicadores e resultados esperados;
• Metodologias de avaliação: quantitativa ou qualitativa, situacional ou experimental/quase
experimental;
• Formas de utilização da informação produzida: demonstração/comprovação ou informação,
instrumentalização;
• Tipos de juízo formulado: comprovação/negação de hipóteses, recomendações ou normas;
• Temporalidade da avaliação: pontual, corrente, contínua.
4. Metodologia
• Oficina
• Leituras;
• Filmes;
• Produção textual;
• Grupo de estudo;
5. BIBLIOGRAFIA
PARENTE, J.R.F. Planejamento Participativo em Saúde. Revista SANARE. Sobral, v.10, n.1, p.54-
61, jan./jun. 2011.
58
TANCREDI, F. B.; BARRIOS, R.L.; FERREIRA, J.H.G. Planejamento em Saúde. V. 2. São Paulo:
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. (Série Saúde & Cidadania).
TEIXEIRA, C.F. Epidemiologia e Planejamento de Saúde. Ciênc. saúde coletiva [online]. 1999,
vol.4, n.2, pp. 287-303.
1. Ementa
Fundamentos históricos e filosóficos da ética. Correntes do pensamento ético, processos inerentes à
bioética e ética profissional, inter-relações existentes entre a Ética, a Moral e o Direito. Bioética
como uma Ética Inserida na Prática. Modelos explicativos utilizados na Bioética.
2. Competências
• Conhecer os Fundamentos históricos e filosóficos da ética.
• Caracterizar as diferenças entre Ética, Moral e o Direito.
3. Conteúdo programático
• Fundamentos históricos e filosóficos da ética
• Ética, Moral e Direito
• Bioética: Bioética e a Relação Profissional-Paciente; Bioética, Privacidade e
Confidencialidade; Bioética e Família
• Princípios Éticos e Bioética
• Modelos explicativos utilizados em Bioética
4. Metodologia
• Oficinas;
59
• Círculos de cultura;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.
5. Bibliografia
CLOTET J, Goldim JR, Francisconi CF. Consentimento informado e a sua prática na assistência
e pesquisa no Brasil. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.
1. Ementa
Tipos de conhecimento e paradigmas da ciência; Abordagens teórico-metodológicas que norteiam a
produção do conhecimento na área da saúde; Tipos de pesquisa; Projeto de Intervenção.
2. Competências
• Desenvolver a prática investigativa do processo monográfico;
• Analisar criticamente uma produção científica;
• Compreender a produção do conhecimento a partir da ação;
• Reconhecer o os tipos de pesquisa como um recurso de produção do conhecimento a
partir da realidade.
3. Conteúdo Programático
60
• Conhecimentos: senso comum, mito, ciência e filosofia;
4. Metodologia
• Observação e registro em diário de campo;
• Oficinas;
• Leituras;
• Filmes;
• Produção textual;
• Seminários/qualificação.
5. Bibliografia
CERVO, A L; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 2007.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. 2ª Ed. São
Paulo: EPU, 2013.
MINAYO, M.C.S. O Desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. 11 ed. São Paulo-
Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco, 2012.
61
Ciclo 8: Saúde Mental e Saúde Comunitária
1. Ementa
Desenvolvimento histórico-conceitual do campo da saúde mental. Saúde mental clássica, na era
moderna e na contemporaneidade Saúde Comunitária. O normal e o patológico. Conceitos e
estratégias de atuação. A comunidade enquanto espaço vivo, social e dinâmico. O trabalho e a
abordagem comunitária. Conhecimento dos determinantes sociais de saúde no território e no Brasil.
Características do processo saúde-doença no contexto comunitário.
2. Competências
• Compreender o conceito de saúde comunitária e de saúde mental, dentro do contexto da Atenção
Primária e como se articulam;
• Organizar a atuação sobre o processo de saúde-doença-cuidado com base nos desafios e
potencialidades do território, articulando os atores, considerando a intersetorialidade e
integralidade do cuidado;
• Compreender a atuação em saúde mental na APS, a partir da perspectiva do Apoio Matricial,
identificando o perfil dos Transtornos Leves e moderados, a reconexão social e redução de danos;
• Conhecer e utilizar estratégias de atuação de base comunitária com foco no cuidado ampliado em
saúde.
3. Conteúdo Programático
• Conceitos de Saúde Comunitária e Saúde Mental;
• Saúde Mental na Atenção Primária em Saúde;
• Rede de Atenção Psicossocial;
4. Metodologia
• Oficinas;
• Círculos de cultura;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
62
• Avaliação formativa.
5. Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica n. 34: Saúde mental. Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.176 p.
CAMPOS GWS. Clínica e saúde coletiva compartilhadas: teoria Paidéia e reformulação ampliada do
trabalho em saúde. In: Campos GWS. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; 2006
CHIAVERINI, Dulce Helena (Org.) [et al.]. Guia prático de matriciamento em saúde mental.
Brasília, DF. Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.236 p.
GÓIS, Cezar Wagner de Lima. Saúde Comunitária – Pensar e Fazer Editora HUCITEC.
VALLA, Victor Vincent. Educação popular, saúde comunitária e apoio social numa conjuntura
de globalização. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 15(Sup. 2): 7-14, 1999.
1. Ementa
Abordagem da família como sistema, do processo histórico-cultural das relações familiares, da
prevenção e enfrentamento da violência intrafamiliar. Principais ferramentas de avaliação da família.
Abordagem antropológica e sociológica da diversidade étnica e de gênero no contexto da Atenção
Primária à Saúde.
2 Competências
• Relacionar-se de forma amorosa, humanizada e compreensiva com o outro e seus contextos.
• Abordar a família como um sistema dinâmico e complexo.
63
• Promover cuidados de grupos populacionais em situações especiais de agravos e
vulnerabilidade social.
3 Conteúdo Programático
• Concepções de família, gênero e etnia;
• Tipos de família na contemporaneidade;
• Fundamentos teórico-metodológicos da abordagem familiar sistêmica;
• Ferramentas da abordagem familiar;
• Abordagem de resiliências familiares;
• Gênero, sexualidade e saúde;
• Matrizes étnicas do povo brasileiro;
• Olhar antropológico e diversidade humana;
• Equidade e diversidade étnico cultural;
• Concepções e tipos de violências;
• Promoção da cultura de paz.
4 Metodologia
• Oficinas;
• Seminário;
• Círculos de cultura;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.
5 Bibliografia
AGOSTINHO, M. Ecomapa. Revista Portuguesa de Clínica Geral, n. 23, p. 327-330, Lisboa, 2007.
DITTERICH, R. G. A Família como Foco de Atenção em Saúde. In: O Trabalho com Famílias
Realizado pelo Cirurgião Dentista do Programa Saúde da Família (PSF) de Curitiba – PR. Pontifícia
Universidade Católica de Curitiba, 2005. p. 25-44.
MONTEIRO, Simone & MAIO, M. C.: Etnicidade, raça e saúde no Brasil: questões e desafios. In:
MINAYO, Maria Cecília de S. (org.) Críticas e Atuantes: Ciências Sociais e Humanas em Saúde na
América Latina. Ed. FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2005.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras. 1995.
RIBEIRO, João U. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1984.
SARAPIONE, M. O papel da família e das redes primárias na reestruturação das políticas sociais
coletivas, Revista ABRASCO, 2005.
SILVA, M. R. S. et al. Processos que sustentam a resiliência familiar: um estudo de caso. Revista
Texto & Contexto de Enfermagem, Florianópolis, v. 18, n. 1, p. 92 – 99, 2009.
1. Ementa
Fundamentos teórico-metodológico, técnico-operacional e ético-político da Educação Popular e da
participação social em saúde no contexto da Atenção Primária à Saúde.
2. Competências
• Adotar a educação popular em saúde enquanto um dos princípios que ampliam o processo de
reflexão sobre a realidade de saúde;
• Desenvolver a condição de relacionar-se de forma amorosa, humanizada e compreensiva
com os outros e seus contextos;
• Resgatar a identidade cultural para o fortalecimento da resiliência comunitária;
• Fortalecer as redes sociais do território.
65
3. Conteúdos programáticos
• Educação bancária versus educação libertadora;
• Movimento da reforma sanitária e educação popular em saúde;
• Articulação nacional de movimentos e práticas de educação popular em saúde – ANEPS;
• Política nacional de educação popular em saúde;
• Métodos e técnicas da educação popular em saúde;
• Gestão participativa e controle social no Sistema Único de Saúde;
• Processo de mobilização social;
• Método Paidéia de cogestão de coletivos;
• Abordagem de redes sociais;
• Mapa afetivo e identidade de lugar.
4. Metodologia
• Oficinas;
• Círculos de cultura;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.
5. Bibliografia
66
FREIRE, P. A Pedagogia do Oprimido. 17ª ed., Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1987. p. 44-57.
______. A educação e o processo de mudança social. In Educação e Mudança. 12ª ed. Rio de
Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1979. p. 14-22.
PELOSO, R. Aprendendo e ensinando uma nova lição: roteiro na reflexão sobre educação
popular e metodologia popular. CEPIS, São Paulo, 2003.
1. Ementa
Atenção Básica como ordenadora do cuidado em saúde no SUS. Integralidade e linhas de cuidado
no contexto das Redes de Atenção à Saúde. Políticas de Atenção Básica, Humanização e
Promoção da Saúde no SUS. Planos de cuidados para os ciclos de vida na concepção da clínica
ampliada. Participação do indivíduo e da família na definição do plano de cuidado. Integração das
ações programáticas às necessidades de cuidado dos indivíduos. Integralidade e trabalho em equipe
multiprofissional.
2. Competências
• Organizar o processo de trabalho em saúde
• Aplicar cuidados integrais a saúde da criança, do adulto e do idoso.
• Fomentar e fortalecer linhas de cuidados em saúde.
• Participar da efetivação dos micro e macroprocessos do território
3. Conteúdos Programáticos
67
• Gestão do Cuidado em Saúde
• Gestão da Clínica
• Linhas de Cuidado
• Cuidado Integral ã Saúde da Criança, do adulto e do idoso.
• Gestão dos micros e macroprocessos do território.
4. Metodologia
• Oficinas;
• Círculos de Cultura;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.
5. Bibliografia
CAMPOS, GWS, DONITTI, AC. Apoio Matricial e equipe de referência: uma metodologia para a
gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad. Saúde Pública 2007; 23(2): 399-407.
CAMPOS GWS. Clínica e saúde coletiva compartilhadas: teoria Paidéia e reformulação ampliada do
trabalho em saúde. In: Campos GWS. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; 2006.
CECÍLIO, LCO. As Necessidades de Saúde como Conceito Estruturante na Luta pela Integralidade e
Equidade na Atenção em Saúde In: MATTOS,FRANCO, TB e MAGALHÃES, JR.; Atenção
Secundária e a Organização das Linhas de Cuidado In: MERHY et al. O Trabalho em Saúde:
olhando e experienciando o SUS no cotidiano; São Paulo:Hucitec, 2003.
MERHY EE. A rede básica como uma construção da saúde pública e seus dilemas. In: Merhy EE.
Agir em saúde ? um desafio para o público. 2ª ed. São Paulo:Hucitec; 2002.
68
Ciclo 12: Metodologia da Pesquisa II
1. Ementa
Tipos de conhecimento e paradigmas da ciência; Abordagens teórico metodológicas que norteiam a
produção do conhecimento de um projeto de intervenção.
2. Competências
• Conhecer os elementos definidores do processo de elaboração de um Projeto de
Intervenção;
• Desenvolver a capacidade de elaboração e desenvolvimento do Projeto de Intervenção a
partir do recorte do problema.
3. Conteúdo Programático
• Delineando a metodologia do Projeto de Intervenção;
4. Metodologia
• Observação e registro em diário de campo;
• Oficinas;
• Leituras;
• Filmes;
• Produção textual;
• Seminários/qualificação.
5. Bibliografia
BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Um manual
prático. Petrópolis, RJ: Vozes. 2002
FURASTÉ, P.A. Normas técnicas para o trabalho científico, elaboração e formatação.14 ed.
Porto Alegre: s.n, 2007.
_______, Métodos, técnicas e relações em triangulações. In: MINAYO, M. C.et ali (Orgs.) Avaliação
por Triangulação de Métodos: abordagem de programas sociais. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz,
2005. Págs.71 a 103.
YIN, R K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4ª Ed. Porto Alegre. Editora: Bookmam. 2010
1. Ementa
Aspectos metodológicos do planejamento e da avaliação em saúde e sua aplicação no sistema de
informação na organização de serviços e sistemas de saúde.
2. Competências
• Construir projetos e planos de ação para o enfrentamento de problemas que resultem em
impacto positivo na qualidade de vida da população;
• Avaliar o processo de trabalho da equipe no qual o residente está inserido, identificando
o objeto de investigação do seu projeto de intervenção;
70
• Aferir a satisfação dos usuários do SUS;
• Produzir conhecimento qualitativo da rede de serviço de saúde.
3. Conteúdo Programático
• Planejamento em saúde-produção de indicadores e resultados esperados;
• Metodologias de avaliação: quantitativa ou qualitativa, situacional ou
experimental/quase experimental;
• Formas de utilização da informação produzida: demonstração/comprovação ou
informação, instrumentalização;
• Tipos de juízo formulado: comprovação/negação de hipóteses, recomendações ou
normas;
• Temporalidade da avaliação: pontual, corrente, contínua.
• Avaliação do Plano Municipal de Saúde e do Planejamento Anual do Centro de Saúde
do Município.
4. Metodologia
• Oficina
• Leituras;
• Filmes;
• Produção textual;
• Grupo de estudo;
5. Bibliografia
CAMARGO Jr. KR, Campos EMS, Bustamante-Teixeira MT, Mascarenhas MTM, Mauad NM, Franco
TB, Ribeiro LC, MJM Alves. Avaliação da Atenção Básica Pela Ótica político-institucional e da
Organização da Atenção com ênfase na integralidade. Cad. Saúde Pública, 2008.
71
JESUS, Washington Luiz Abreu de e ASSIS, Marluce Maria Araújo. Revisão sistemática sobre o
conceito de acesso nos serviços de saúde: contribuições do planejamento. Ciênc. saúde
coletiva [online]. 2010, vol.15, n.1, pp. 161-170.
MIELKE, Fernanda Barreto; OLCHOWSKY, Agnes. Saúde mental na Estratégia Saúde da Família:
a avaliação de apoio matricial. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 63, n. 6, Dez. 2010.
MOIMAZ, Suzely Adas Saliba et al . Satisfação e percepção do usuário do SUS sobre o serviço
público de saúde. Physis, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, Dez. 2010.
PEDROSA, José Ivo dos Santos. Perspectivas na avaliação em promoção da saúde: uma
abordagem institucional. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, Set. 2004 .
1 Ementa
Este ciclo visa articular a abordagem dos desafios atuais e perspectivas do Sistema Único de Saúde
e dos fundamentos e modalidades das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
2 Competências
• Adotar uma visão holística do processo saúde-doença, na promoção global do cuidado humano,
especialmente do autocuidado.
72
• Divulgar as PICS para profissionais de saúde e usuários da atenção primária, considerando as
metodologias participativas e o saber popular e tradicional.
• Fortalecer as PICS, em caráter multiprofissional, na atenção primária.
3 Conteúdos Programáticos
4. Metodologia
• Oficinas;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.
5. Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS e a Terapia Comunitária. Luiz Odorico Monteiro de Andrade.
Ivana Cristina de Holanda Cunha Barreto.
73
ERNST, E.; WHITE, A. Acupuntura: uma avaliação científica. São Paulo: Manole, 2001.
FERREIRA NETO, J.L; KIND, L. Práticas grupais como dispositivo na promoção da saúde.
Physis, Rio de Janeiro, v.20, n.4, Dez. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000400004. Acessado em: 01 de fevereiro de 2012.
Góis, Cezar Wagner de Lima; Ribeiro, Kelen Gomes. A educação Biocêntrica: Dialogando no
círculo de cultura. Revista Pensamento Biocêntrico. n 10. pg 96-126. Pelotas Nº 10. p - 1-238
Jul/Dez 2008.
Góis, Cezar Wagner de Lima. Técnicas de Facilitação. In: Saúde Comunitária – Pensar e Fazer
Editora HUCITEC Pg.143-184
Góis, Cezar Wagner de Lima. Saúde Comunitária. In: Saúde Comunitária – Pensar e Fazer Editora
HUCITEC Pg.103 -140.
MATOS, F.J.A. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para
pequenas comunidades. 3.ed. Fortaleza: EUFC, 1998. 219p.
21
Fonte: DEMO, Pedro. Certeza da incerteza: ambivalência do conhecimento e da vida. Brasília: Plano,2000.
74
A EFSFVS vem desenvolvendo uma política de qualificação do seu corpo docente através de
parcerias com a FIOCRUZ e a UECE, onde são ofertados simultaneamente Mestrados acadêmicos e
profissionalizantes em Saúde da Família e de Ensino na Saúde, além de especializações em
convênio com a UVA e Educações Permanentes na própria EFSFVS com apoio do Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Saúde (NEPS).
75
Nesse sentido reconhecemos ser importante para essa recente experiência, que ainda é
bastante recente, garantir o registro de tais práticas, modos de pensar e fazer, entre outros aspectos,
que vem se aperfeiçoando e sendo ressignificados a partir das vivências proporcionadas pela RMSF.
76
Carga Horária Total: 5760 horas
77
17. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS
78