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PREFEITURA MUNICIPAL DE SOBRAL

SECRETARIA DA SAÚDE DE SOBRAL

ESCOLA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA VISCONDE DE SABÓIA

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

PROJETO PEDAGÓGICO

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA

TURMA 12

Sobral/CE

2015
José Clodoveu de Arruda Coelho Neto
Prefeito de Sobral

Mônica Souza Lima


Secretária da Saúde de Sobral

Maria Socorro de Araújo Dias


Diretora da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia

Francisca Lopes de Souza


Maria José Galdino Saraiva
Márcia Maria Santos da Silva
Coordenação de Ensino da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia

2
1. APRESENTAÇÃO

Este projeto visa a implementação da XII turma de Especialização com caráter de Residência
Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) a ser realizada pela Escola de Formação em Saúde
da Família Visconde de Sabóia (EFSFVS) em parceira com a Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA).

Como espaço de trabalho e de aprendizagem estas turmas estarão organizadas em equipes


multiprofissionais e abrangem as categorias profissionais de enfermagem, serviço social,
odontologia, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, educação física, nutrição e
farmácia que atuarão no Sistema de Saúde de Sobral (SSS) a partir da definição de território.

A decisão de se construir a RMSF partiu da necessidade de qualificar profissionais das


diversas categorias envolvidas para a organização do processo de trabalho na Estratégia de Saúde
da Família (ESF). Esta organização ocorre através do diálogo entre o campo de conhecimento
específico de cada uma das categorias com os princípios e diretrizes da ESF.

A conclusão de 10 (dez) turmas e os processos em andamento da 11 a turma têm permitido a


EFSFVS e a UVA aprimorar de forma constante a Proposta Pedagógica.

Acreditamos que, a exemplo das turmas coordenadas pela EFSFVS de Sobral, essa será
mais uma exitosa experiência de aprendizagem e de fortalecimento do Sistema Único de Saúde
(SUS) a partir da ESF.

3
2. JUSTIFICATIVA

O Ministério da Saúde criou, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF) que teve como
principal propósito, reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo
tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos
brasileiros.

Entre dezembro de 1997 a março de 1998 ocorreu um estudo sobre a estrutura e o


funcionamento do PSF no Ceará1. Dentre as limitações e dificuldades mais significativas apontadas
pelos secretários municipais de saúde e profissionais que trabalhavam no PSF, estava o despreparo
dos profissionais para atuar na comunidade. Sem dúvida este fato resulta na formação
predominantemente baseada na atenção hospitalar que privilegia a atenção ao indivíduo em
detrimento do coletivo.

A formação de profissionais para atuar de forma competente e responsável no SUS deve


agregar conhecimentos que os façam capazes de perceber a amplitude dos processos de saúde e o
ser humano de forma integral. Portanto, um programa de pós-graduação dirigido primordialmente
para a Educação Permanente em Saúde tem como desafio estimular a construção deste novo
profissional. Referimo-nos, pois, não apenas a necessidade de vivenciar a estruturação de um
serviço de Atenção Primária hierarquizado e integrado aos outros níveis de atenção e ao processo
de organização da Vigilância à Saúde (ações de cura, de prevenção de doenças e de Promoção da
Saúde) voltada para uma população adstrita, mas, também, ao gerenciamento de um território
processo, visando à qualidade de vida das pessoas e permeados pelo estímulo da autonomia e
corresponsabilização.

Faz-se necessário trabalhar as fragilidades de conhecimentos, habilidades e prática dos


membros das equipes de saúde da família na Atenção Primária de Saúde (APS), para que os
resultados esperados por esta inversão do modelo de atenção em saúde sejam alcançados,
repercutindo em real impacto na qualidade de vida e na consequente adesão desta proposta por
parte da população. Os anos de experiência da ESF permitiram uma maior aproximação das bases
fundantes dessa estratégia. Assim, ANDRADE et al2 definem onze passos para a organização de
uma equipe de Saúde da Família:

1
ANDRADE, F. M. O. O programa saúde da família no Ceará: uma análise de sua estrutura e funcionamento. Fortaleza:
Expressão, 1988.
2
ANDRADE, L.O.M.; BARRETO, I.C.H.C.; FONSECA, C.D. A Estratégia Saúde da Família. In: DUNCAN, B.B.; SCHMIDT,
M.I.; GIULIANI, E.R.J. editors. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3ª ed. Porto
Alegre: Artmed Editora S.A, 2004. p. 88-94.
4
1. Definição e descrição do território de abrangência;

2.Adstrição da clientela;

3.Diagnóstico de saúde da comunidade;

4. Organização da demanda;

5. Trabalho em equipe multiprofissional;

6. Enfoque da atenção à saúde da família e da comunidade;

7. Estímulo à participação e controle social;

8. Organização de ações de Promoção da Saúde;

9. Resgate da medicina popular;

10. Organização de um espaço de cogestão coletiva na equipe;

11. Identificação dos serviços de referência no nível secundário e terciário.

É importante destacar dentre esses itens, o trabalho em equipe multiprofissional. Partindo do


pressuposto que a ESF se organiza a partir de um conceito ampliado de saúde, percebe-se que os
conhecimentos e habilidades apresentados de maneira singular por cada categoria profissional que
compõe a equipe mínima da ESF não são suficientes para responder as demandas de saúde
apresentadas no cotidiano. Conhecimentos e habilidades de outras categorias e áreas, a exemplo do
(a) assistente social, psicólogo, educador físico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo,
nutricionista e farmacêutico, são muito importantes para a organização e integralidade da APS.

Entretanto, isto ainda compreende um grande desafio, embora devamos reconhecer que
“largos passos” já foram dados nesse sentido. A organização do processo de trabalho dessas
diversas categorias ainda necessita de aprimoramento para que possa contribuir verdadeiramente
para a promoção de saúde da população.

5
3. CONTEXTUALIZANDO A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA
FAMÍLIA DE SOBRAL

Sobral faz parte do semiárido nordestino e encontra-se situado na Região Noroeste do Ceará,
a 235 quilômetros da capital, Fortaleza. É banhada pelas águas do Rio Acaraú e tem sua paisagem
entrecortada pela Serra da Meruoca. Foi elevado ao status de município em 1.841. Ocupa uma área
de 2.129 quilômetros quadrados, tem uma população de 188.271 mil habitantes e está a uma altitude
de 70 metros do nível do mar. O clima é quente e seco, com uma temperatura média de 30 graus
centígrados3.

Este município vem experimentando um forte processo de desenvolvimento em sua estrutura


econômica, política, cultural e social. Há 50 anos, a cidade era o mais importante pólo comercial do
norte do Estado. Na segunda metade do século XIX, o crescimento do município superou o de
Fortaleza. Este desenvolvimento firmou-se a partir da instalação de indústrias e da expansão e
qualificação do sistema educacional e da saúde.

A estrutura de assistência à saúde intensificou-se a partir de 1997, em um importante


processo de organização da APS, tendo como eixo estruturante a ESF.

Com relação à RMSF, esta teve sua origem em setembro de 1999 com o desafio de
responder à necessidade percebida pelo Sistema Local de qualificar inicialmente os profissionais da
rede para um novo paradigma em saúde o qual tem como ênfase à promoção. Nesse sentido, era
premente a necessidade de proporcionar processos educativos para os profissionais da ESF. Essa
disposição implicou na necessidade de constituir uma estrutura de apoio ao processo formativo dos
futuros residentes e o surgimento a EFSFVS.

A primeira turma, iniciada em 1999, foi constituída exclusivamente por médicos (19) e
enfermeiros (45). Estavam matriculados 64 residentes e 38 concluíram. Esta foi financiada
exclusivamente pelo município de Sobral.

Em 2001, iniciou-se um processo seletivo para a segunda turma da RMSF. Nesta, além dos
médicos (06) e enfermeiros (17), foram selecionados profissionais das seguintes categorias:
odontologia (17), serviço social (03), fisioterapia (04), educação física (02), farmácia (01), terapia

3
IBGE. Cidades@ 2007. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm>. Acesso 5 março 2011.
6
ocupacional (03), nutrição (01) e psicologia (02). Também financiada exclusivamente pelo município
de Sobral, foram matriculados 56 residentes, 39 concluíram todos os pré-requisitos.

A terceira turma foi formada em 2002 e apresentou uma importante conquista que foi o
reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do processo de Educação Permanente deflagrado
em Sobral a partir do apoio financeiro de 25 bolsas para a RMSF. Matricularam-se 40 residentes de
diferentes categorias profissionais: enfermagem (17), odontologia (02), fisioterapia (02), medicina
(09), psicologia (03) e serviço social (02), nutrição (03) e educação física (02). Destes, 25 concluíram
na íntegra toda a proposta técnica-pedagógica requerida.

A quarta teve início no ano de 2003, mantendo a mesma proposta em termos de composição
das turmas anteriores. Matricularam-se 36 residentes das seguintes categorias: enfermagem (08),
odontologia (10), fisioterapia (01), fonoaudiologia (03), medicina (08), psicologia (03), serviço social
(04). Sendo que 19 cumpriram toda a programação técnico-pedagógica requerida. Esta quarta turma
foi financiada exclusivamente pelo município de Sobral.

A quinta turma da RMSF teve início em maio de 2005 com 47 profissionais residentes. Esta
turma guarda uma peculiaridade em relação às residências anteriores. Enquanto as quatro primeiras
tinham no seu corpo de residentes profissionais que já atuavam no sistema de saúde local, a quinta
turma teve na sua composição, a exceção dos enfermeiros e dentistas, profissionais oriundos fora do
Sistema de Saúde local. Outro dado relevante foi a não participação de profissionais médicos, já que
estes passaram a contar com residência específica. Compuseram a quinta turma as seguintes
categorias profissionais: enfermagem (14), Odontologia (04), terapia ocupacional (03), Fisioterapia
(03), educação física (05), farmácia (02), psicologia (05), assistente social (05) e nutricionista (05).

A 6ª e 7ª turmas (2008 – 2010) ocorreram simultaneamente, em decorrência de atrasos no


repasse do financiamento federal. A proposta pedagógica implementada foi a executada na 5ª turma
com algumas mudanças decorrentes da própria dinamicidade da residência. Nesse momento, foi
incorporada a figura do tutor, que acompanhava a equipe multiprofissional no território, articulando o
campo de saber na saúde da família, bem como o preceptor de categoria, que acompanhava o
residente em sua descoberta e sistematização do seu núcleo de saber. Ao final, 43 residentes
concluíram o Curso.

A 8ª turma (2010-2012) também apresentou consideráveis mudanças na proposta


pedagógica, com especial destaque para a instituição de ciclos de aprendizagem, com enfoque em
novos campos de saberes como a clínica ampliada, abordagem coletiva, organização do serviço e a

7
ética e a interdisciplinaridade como eixos transversais a todo o processo formativo. Concluíram 20
residentes.

A 9ª (2012 -2014) e a 10ª (2013-2015) turma apresentaram a peculiaridade de integrar anos


diferenciados, sendo possível o Sistema de Saúde contar com R2 (os que ingressaram na 9ª turma)
e R1 (os que ingressaram na 10ª turma). Além disso, evidenciamos uma ampliação do papel do tutor,
antes tutor de território, agora do Sistema de Saúde Escola de Sobral, tendo como atribuições atuar
como apoiador institucional, acompanhando 100% das equipes de saúde da família e realizando a
articulação ensino-serviço-comunidade.

8
4. A OPÇÃO PELO MODELO DE RESIDÊNCIA EM SAÚDE DA FAMÍLIA E POR UMA
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

A vivência do residente em Saúde da Família deve ser a de compreender, problematizar e


estruturar a ESF no seu território de atuação. Não se trata de observar as atividades, o fazer dos
profissionais, mas ser sujeito ativo que pensa, reflete, elabora e faz com base na realidade local de
forma participativa e orgânica.

O modelo proposto para a RMSF de Sobral procura se apoiar nos seguintes pressupostos
teórico-metodológicos: na Promoção da Saúde, Educação Popular 4, Educação Permanente5 e na
Abordagem por Competência.

Outro aspecto fundamental para compreender a natureza da residência multiprofissional,


desenvolvida neste momento pela EFSFVS, está no caráter aprendente 6 que todo o sistema de
saúde e o próprio território se revestem. Isto implica na superação da dicotomia escola-mundo e em
uma visão abrangente na qual a totalidade das experiências, advindas das inúmeras situações, a que
os residentes são expostos no cotidiano do território, são consideradas parte do processo formal de
ensino-aprendizagem7.

O processo de aprendizagem está presente em toda a rede de ação Sistema Municipal de


Saúde de Sobral. Alguns momentos são mais visíveis e claramente demarcados, outros nem tanto,
mas isso não diminui a importância dos momentos e nem tão pouco quer dizer que efetivamente não
estejam ocorrendo. Procura-se, desta forma, caracterizar o Sistema de Saúde de Sobral como um
Sistema Aprendente.

O Sistema Aprendente faz parte de uma compreensão onde o conhecer supera a tradicional
dicotomia escola-mundo. Nesse sentido, o processo de aprendizagem deixa de ser patrimônio de
uma instituição que ensina e, por outro lado, de alguém que supostamente aprende. Conhecer passa
a ser um processo integral, onde as possibilidades encontram-se descentralizadas e são constantes
no interior do território, ao contrário do que se observa no modelo tradicional, no qual aprender tem

4
Inspirada principalmente na pedagogia de Paulo Freire, que possui os seguintes fundamentos: a politicidade do ato
educativo, a importância da dialogicidade entre educador e educando, a valorização dos conhecimentos prévios que o
educando possui a contestação da educação bancária e o respeito à diversidade cultural.
5
Prática educativa na qual o trabalho vira estudo e o estudo vira trabalho. O processo educativo passa a ser algo que
atravessa toda a vida do sujeito da aprendizagem e não mais algo circunstancial, que se experimenta em determinados
momentos pontuais como, por exemplo, cursar uma pós-graduação.
6
Trata-se de um neologismo desenvolvido por Hugo Assmann, (1998), que pretende significar o caráter de processo ativo
de quem está aprendendo. O aprender passa pela compreensão de ser um fluxo constante, de algo vivo, dinâmico, em
movimento, aberto e auto-organizativo. Tudo o que se vive ou faz está carregado de possibilidades de aprendizagem.
7
Estas ideias serão melhor explicadas no Capítulo 5 deste projeto.
9
hora, local e, principalmente, alguém específico para ensinar 8. Toda a rede de saúde disponível é
uma grande escola.

8
FREIRE, P. Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
10
5. INSTITUIÇÕES REALIZADORAS

5.1 Secretaria de Saúde de Sobral

Em Sobral, desde 1997, tem se organizado progressivamente um Sistema Municipal de Saúde


com ação intersetorial que conta atualmente com uma extensa rede de Atenção Primária para sua
população de 188.271 mil habitantes, composta pelos três níveis de atenção hierarquizados e
integrados (próprios, conveniados ou contratados) que assiste a uma população de
aproximadamente 1.500.000 usuários e com uma rede de serviços no nível primário que atende uma
população de 180.000 habitantes9. Somam-se a esses serviços os serviços de Vigilância ao sistema.

Cabe, portanto, a Secretaria de Saúde o cuidado com a atenção integral à saúde a partir da
coordenação dos diversos serviços de prevenção de doenças, cura, reabilitação e de promoção à
saúde disponibilizados para a população de Sobral e Macrorregião assistida por esta rede.

Nesta perspectiva, o incentivo a realização da RMSF é reconhecida não apenas como uma ação
dentro de um conjunto de outras, mas principalmente fazendo parte de uma importante e necessária
estratégia de formação de profissionais comprometidos e engajados com o SUS.

5.1.2 Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia

A EFSFVS tem seu surgimento e desenvolvimento fortemente vinculado ao Sistema Municipal


de Saúde de Sobral, em detrimento as necessidades sentidas, para a construção de um novo
modelo de atenção à saúde10, com enfoque na concepção ampliada de saúde, não mais centrada na
doença e sim no paradigma da Promoção da Saúde.

É uma entidade pública, vinculada a Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Sobral,


que tem como público da sua atuação os profissionais do SUS que atuam na região norte do estado
do Ceará, com destaque para os do Sistema de Saúde de Sobral.

9
SOBRAL. Prefeitura Municipal de Sobral. Secretaria de Ação Social e Saúde. Relatório de gestão (2009 – 2013). Sobral,
2009.
10
Cabe ressaltar que modelo é tomado aqui como algo provisório e não necessariamente um produto pronto e acabado.
Esta noção de modelo está muito próximo do conceito de desenho na medida em que “os desenhos permite-nos acenar
com os campos de possibilidade... representa sempre um embate entre conservação e mudança”. (Brasil. Ministério da
Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Rio
de Janeiro: Brasil. Ministério da Saúde/FIOCRUZ, 2005.
11
A sua contribuição tem ocorrido no campo da produção de tecnologias para a consolidação
da ESF e para a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, bem como tem como
componentes pedagógicos a crença na Educação Popular como pedagogia da libertação, a
percepção da necessidade de um processo de Educação Permanente enquanto estratégia de gestão
dos processos de trabalho e na Educação por Competência como forma de garantir um diálogo entre
os processos formativos e o mundo do trabalho.

A Escola desenvolve uma série de cursos de Pós-graduação lato sensu, cursos técnicos e
outros de curta duração para os profissionais de saúde dos 55 municípios da Macrorregião Norte do
Estado do Ceará. Esta instituição é ainda de outras Instituições de Ensino Superior (IES) para o
desenvolvimento do Mestrado Acadêmico em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Saúde da
Família e Mestrado Profissional em Ensino na Saúde.

5.2 Universidade Estadual Vale do Acaraú

O município de Sobral conta hoje com uma forte estrutura de ensino superior: a Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA), criada em 23 de outubro de 1968, com a promulgação da Lei
Municipal no 214, sendo reconhecida em 31.05.94 pela portaria ministerial n.º 214, assinada pelo
então, Ministro da Educação e do Desporto Murilo Avillar Hingel, finalizando um processo de
reconhecimento oficial iniciado com o parecer 318 do Conselho de Educação do Ceará e
homologado pelo governador Ciro Ferreira Gomes.

Decorridos 46 anos de sua criação, a UVA vem se consolidando como universidade de porte
médio. Tem por missão e como ação específica promover a compreensão do semiárido nordestino e
da sociedade que nele vive, assim como a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. A oferta
de ensino de graduação e pós-graduação tem favorecido a criação e difusão de tecnologia na
perspectiva do desenvolvimento socioeconômico autossustentável da região norte cearense.

Para atingir esta finalidade, a Universidade nos últimos anos, não somente criou novos
cursos, como também, aumentou, consideravelmente, o número de professores qualificados.
Encontra-se presente em 54 municípios, destacando-se a diversidade quanto às modalidades de
cursos que, além dos regulares oferecidos no regime de disciplinas semestrais, oferta também
cursos em regime de férias tanto na cidade de Sobral, quanto em outros municípios.

A UVA oferece 19 cursos de graduação: Enfermagem, Educação Física, História, Geografia,


Pedagogia, Letras, Ciências e Habilitação em Matemática, Química, Biologia, Engenharia Civil,

12
Tecnologia da Construção Civil, Ciências Contábeis, Administração de Empresas, Zootecnia, Direito,
Ciências Sociais, Ciências da Computação e Filosofia.

Na área de pós-graduação, a UVA desenvolve atividade intensa, notadamente na formação


de recursos humanos no campo das ciências humanas e na capacitação de professores, além de
pesquisas. Na área da saúde funcionam vários cursos de pós-graduação latu sensu, entre eles
destacamos: Saúde Pública, Enfermagem Obstétrica, Enfermagem e Medicina do Trabalho,
Gerontologia, Saúde Pública com concentração em Saúde da Família. Quanto aos cursos stricto
sensu na área da saúde têm-se os Mestrados de fisiologia, bioquímica, biofísica e o profissional em
Saúde da Família.

A contextualização histórica sobre a UVA deixa evidente o importante papel da instituição no


interior do Estado, sobretudo na formação de recursos humanos para esta região. A parceria entre a
UVA e a Prefeitura Municipal de Sobral para viabilizar a organização da RMSF une a experiência na
formação de pessoas da primeira com a estrutura de serviços de saúde hoje geridos pela Secretaria
de Saúde de Sobral.

A UVA, instituição de ensino envolvida no desenvolvimento da RMSF, é parceira com a


competência de avaliar Proposta Pedagógica mediante apreciação do Conselho de Ensino, Pesquisa
e Extensão em conformidade com a legislação vigente do Conselho Nacional de Educação para
cursos na modalidade Lato Sensu; disponibilizar, quando necessário, equipamentos e espaços
físicos para o bom andamento da Residência; garantir a certificação da conclusão da Especialização
com caráter de Residência em Saúde da Família para os alunos que atingirem aprovação, segundo
critérios estabelecidos pelo Programa de Residência; instituir e assegurar a Comissão da Residência
Multiprofissional em Saúde da Família (COREMU).

13
6. DESENHO PEDAGÓGICO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
EM SAÚDE DA FAMÍLIA

6.1 Definição da Residência Multiprofissional em Saúde da Família

A RMSF constitui modalidade de ensino de pós-graduação Lato Sensu, em regime de tempo


integral, com carga horária semanal de 60hs e dedicação exclusiva, em conformidade com a Portaria
Interministerial nº 1.077 de 12 de novembro de 2009 e a Resolução nº 2 de 13 de abril de 2012,
funcionando em Instituições de Saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais com
qualificação ética e profissional.

A RMSF de Sobral, implantada através da parceria entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura


Municipal de Sobral, tem a EFSFVS como responsável pela coordenação técnico-pedagógica,
através da Resolução nº 001 de 15 de fevereiro de 2008 da Secretaria da Saúde de Sobral com a
UVA. É aberta a candidatos graduados em Cursos da área de saúde, em conformidade com a
Portaria Interministerial nº 1.077 de 12 de novembro de 2009, visando promover a construção e
aprofundamento de conhecimentos nas dimensões do ser, fazer e saber na ESF.

A RMSF tem como finalidade propiciar a formação qualificada de profissionais de saúde em


consonância com os princípios e diretrizes do SUS, principalmente, a integralidade da atenção e do
cuidado, a interdisciplinaridade, a Promoção da Saúde e a intersetorialidade, tendo como concepção
pedagógica a Educação Permanente em Saúde e como cenários de ensino-aprendizagem, a rede de
atenção integral do SUS.

O residente deve ser “orientado pelo desenvolvimento de prática multiprofissional e


interdisciplinar em determinado campo de conhecimento, integrando os núcleos de saberes e
práticas de diferentes profissões.”11

A RMSF trabalha com o referencial teórico-metodológico da Educação Permanente,


Educação Popular, e Abordagem por Competência, visando o desenvolvimento profissional no
âmbito dos territórios da ESF com ênfase nas práticas de promoção da Saúde.

11
Em conformidade com a Resolução nº 2 de 13.04.2012 da Comissão Nacional de Residências Multiprofissionais em
Saúde.
14
6.2 Objetivo Geral

A RMSF tem como objetivo geral desenvolver tecnologias para a ESF, a partir da construção
de competências teórico-metodológicas, técnico-operativas, sociais, políticas e humanas para as
diversas categorias profissionais da saúde, de modo orgânico, participativo e alimentador da prática,
na perspectiva da Promoção da Saúde, com vistas à transformação de práticas para a consolidação
do SUS.

6.3 Objetivos Específicos

I - Desenvolver, junto às categorias profissionais, uma atuação em equipe de forma cooperativa,


interdisciplinar e ética, interagindo com a cultura da comunidade na qual estão inseridas e de forma
articulada com os outros profissionais que atuam no Sistema de Saúde, bem como, nas outras
políticas públicas locais;

II - Identificar e aperfeiçoar continuamente os conhecimentos, as atitudes e as habilidades técnicas


específicas de cada categoria, bem como aquelas comuns a todas, para o desenvolvimento de
tecnologias na ESF na perspectiva da Promoção da Saúde;

III - Conhecer e tomar em consideração o contexto de parcerias, alianças e oposições de interesses


locais, nacionais e internacionais;

IV - Facilitar a construção de relações humanas pautadas na amorosidade, na capacidade de escuta


e respeito ao outro, na solidariedade, indignando-se e agindo perante as situações de injustiças;

V - Garantir que o processo educativo surja das necessidades de saúde do território, enfrentando os
desafios identificados, tendo o compromisso de viabilizar uma prática competente e transformadora,
participativa e produtora de tecnologias;

VI - Criar condições aos participantes do processo para definir e redefinir permanentemente os


objetivos e os meios de sua atuação, respeitando as dimensões individuais e coletivas;

VII - Considerar e apurar na atuação, os ritmos, o sentir, o pensar, o querer e o agir de todas as
pessoas envolvidas no processo (a comunidade, residentes, docentes do programa e profissionais
da atenção e gestão do sistema).

15
7. SUJEITOS PARTICIPANTES E SELEÇÃO

7.1 Proposta de cobertura de equipes multidisciplinares

Em Sobral, desde 2001, outras categorias foram incorporadas ao PSF, além da equipe
mínima proposta pelo Ministério da Saúde (medicina, enfermagem, agente comunitários de saúde e
odontologia) que foram: educação física, fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional, farmácia,
psicologia, serviço social e fonoaudióloga. Estes profissionais vêm desenvolvendo ações de
prevenção e promoção com a equipe básica, identificando e procurando responder às necessidades
de saúde do território dentro do seu campo de atuação.

Durante os últimos anos de operacionalização do programa, foi possível trabalhar vários modelos
de distribuição dos profissionais das equipes multiprofissionais em relação à equipe mínima proposta
pelo Ministério da Saúde. Atualmente, estas categorias estão distribuídas segundo critérios a seguir:

 Possibilitar a convivência de várias categorias em um mesmo território de modo a favorecer a


reconstrução de práticas e saberes referentes ao núcleo de cada categoria e ao campo
comum dos vários atores do território, tendo como diretriz os objetivos da ESF;

 Garantir equipes multidisciplinares nos territórios considerados mais populosos e ao mesmo


tempo de maior risco epidemiológico e de condições socioeconômicas menos favorecidas.

A experiência das equipes multidisciplinares no PSF possibilitou e tem permitido a definição e


construção de um fazer para estas categorias, assim como a definição do núcleo e do campo de
atuação de cada um a partir de um olhar de colaboração interprofissional sobre os problemas dos
territórios.

7.2 Sujeitos participantes e distribuição das categorias nos territórios

A definição das categorias, dos respectivos quantitativos e da distribuição no território é resultado


da experiência acumulada com as 08 turmas anteriores e resultado de discussões envolvendo
coordenação da APS, assim como direção, tutores, preceptores e residentes da EFSFVS. Nesta
perspectiva propusemos:

16
• Estruturar em cada turma até 06 (seis) equipes de saúde da família, de forma multidisciplinar,
para cada equipe atuar em 1 (um) ou 2 (dois) Centros de Saúde da Família (CSF);

• Cada uma das seis equipes será composta por profissionais de categorias diferentes.

A formação das equipes multiprofissionais, bem como sua distribuição nos territórios será feita
pela EFSFVS, em consonância com o disposto acima.

7.3 Vagas para a RMSF

Quadro 1 – Vagas para cada turma de RMSF.


Categoria Nº de residentes

Educação Física 03

Enfermagem 03

Farmácia 03

Fisioterapia 03

Fonoaudiologia 03

Nutrição 03

Odontologia 03

Psicologia 03

Serviço Social 03

Terapia Ocupacional 03

Total de residentes 30

Total de Bolsas 30

Para a seleção da RMSF poderão se inscrever pessoas que possuam formação universitária
completa no curso específico de cada categoria, dedicação exclusiva, disponibilidade de 60 horas

17
semanais para ações inerentes às atividades práticas e teóricas e cumprimento dos horários que
forem determinados nos CSF, assim como demais atividades das Residências.

7.4 Processo Seletivo

Para o processo seletivo dos candidatos a vaga na RMSF, os itens abaixo estão previstos
para análise:

A) Carta de intenção;

B) Prova escrita;

C) Entrevista.

Na elaboração da carta de intenção resgatam-se os momentos mais importantes na trajetória


pessoal e profissional do candidato, bem como, a sua visão de mundo e o modo como reflete e se
relaciona com sua realidade, explicitando o seu interesse em participar da Residência
Multiprofissional.

O processo seletivo em geral efetiva-se em 02 (duas) etapas, sendo a 1ª (primeira) etapa


composta de prova escrita objetiva de múltipla escolha e a 2ª (segunda) etapa composta de uma
entrevista individual. É considerado aprovado o candidato que obtiver maior pontuação na somatória
das duas etapas.

A prova escrita consiste de questões objetivas sobre conteúdos definidos na chamada pública
que regerá o processo seletivo. São considerados aprovados nesta etapa os candidatos que obtêm
maior pontuação e que estão dentro do triplo de vagas oferecidas para cada categoria profissional.

A entrevista tem caráter classificatório, e pretende aprofundar determinados aspectos dos


candidatos que emergirem, quando da apresentação da carta de intenção e do Currículo. Na
entrevista são avaliados os critérios definidos em edital de seleção.

Ressaltamos que todo o processo seletivo é submetido à apreciação e acompanhamento da


Comissão de Residências Multiprofissionais da Universidade Estadual Vale do Acaraú.

8. MARCO TEÓRICO-METODOLÓGICO

18
Para alcance dos objetivos propostos, a RMSF tem como marco teórico-metodológico os
princípios da Educação Permanente, Educação Popular e Educação por Competência. Considera,
ainda, a concepção da Tenda Invertida 12, a qual reconhece que o lócus de aprendizagem, o espaço
onde efetivamente deve-se organizar o processo educativo, é o próprio espaço de atuação do
“residente”, ou seja, o território.

A Educação Popular13 tem como perspectiva a apuração, organização, sistematização de


modos de sentir, pensar, sonhar, querer, agir e se expressar. Assim, a Educação Popular que
pretendemos é o modo orgânico, participativo e prazeroso de cuidar da saúde e de fazer a gestão
dos territórios. A proposta pedagógica fundamenta-se nos princípios básicos do Interacionismo
(Modelo Sócio-Cultural), que reconhece o indivíduo como sujeito ativo de seu próprio conhecimento,
construindo significados e definindo sentidos e representação da realidade de acordo com suas
experiências e vivências. Esse enfoque assume como eixo principal, o pensamento crítico-reflexivo
e produtivo, bem como, a atividade consciente e intencional do residente na resolução de problemas
encontrados na realidade.

A Educação Permanente14 compreende uma abordagem na qual os processos educativos


ocorrem em profunda sintonia com a realidade vivida no cotidiano do trabalho. Não há dissociação
entre o que se faz e o que se aprende. O ato educativo não é algo, nessa proposta, que se dá
apenas pelo saber desinteressado, mas o saber nasce do trabalho coletivo e deve efetivamente
contribuir para a reorganização dos processos laborais.

A Abordagem por Competências permite a articulação entre teoria e prática e supera a


tradicional dicotomia entre essas duas dimensões, definindo-se pela capacidade de mobilizar
múltiplos recursos numa mesma situação, entre os quais os conhecimentos adquiridos na reflexão
sobre as questões pedagógicas e aqueles construídos na vida profissional e pessoal, para responder
às diferentes demandas das situações de trabalho15.

12
Conceito elaborado por Luiz Odorico Monteiro de Andrade, apresentado no texto: Residência em Saúde da Família:
desafio na qualificação dos profissionais na atenção primária. SANARE – Revista Sobralense de Políticas Públicas. Ano
I. Vol. 1, n.1, out/nov/dez, 1999. p 18-26.
13
Inspirada principalmente na pedagogia de Paulo Freire que possui os seguintes fundamentos: a politicidade do ato
educativo, a importância da dialogicidade entre educador e educando, a valorização dos conhecimentos prévios que o
educando possui, a contestação da educação bancária e o respeito à diversidade cultural.
14
A Educação Permanente tem como princípios os seguintes aspectos: organização do processo de trabalho como objetivo
principal; prática competente determinada por múltiplos fatores (cognitivos, relacionais, atitudinais); aprendizagem a partir
da análise coletiva do processo de trabalho; aprendizagem significativa; atividades educativas articuladas com a
reorganização do Sistema.

15
(CNE/ 001/2002).
19
Portanto, o desafio da RMSF de Sobral é integrar de maneira competente esses referenciais teórico-
metodológicos na perspectiva de inspirar não só uma prática ética, crítica e de qualidade técnica,
mas também, uma práxis que promova mudanças na saúde de indivíduos, grupos, comunidades e
nos próprios residentes.

20
9. DESENHO PEDAGÓGICO DO CURSO

9.1 Vivências de aprendizagem

O atual desenho teórico-metodológico da RMSF de Sobral está organizado em quatro vivências


de aprendizagem16, que se interpenetram e se alimentam reciprocamente, a saber:

• Vivências de Território

• Vivências Teóricas

• Vivências de Extensão

• Vivência de Produção Científica

9.1.1 Vivências de Território

Compreende todo um conjunto de interações e ações, numa perspectiva educativa e ao


mesmo tempo transformadora, que ocorre no território no qual o residente estiver inserido. É
resultado do refletir e do fazer do residente e de outros profissionais no campo de atuação. Não se
trata apenas de uma escolha pessoal, mas o estar no território faz parte de uma clara estratégia
metodológica que possibilita ao residente, por exemplo, entrar em contato com uma realidade viva,
dinâmica, rica em possibilidades e contradições que precisa ser compreendida e transformada,
visando à Promoção da Saúde.

Fazem parte das Vivências de Território as práticas de Promoção da Saúde que se dão a
nível individual e coletivo, como por exemplos: os atendimentos especializados, as visitas
domiciliares, o apoio aos grupos educativos (gestantes, adolescentes, idosos, hipertensos,
diabéticos, hanseníase, entre outros), os trabalhos desenvolvidos em parceria com as escolas, assim
como as atividades junto as organizações sociais presentes no território.

16
As vivências de aprendizagem (teórico-conceituais, monográfica, território e extensão) se referem a um processo que se
caracteriza pela sua inteireza onde o EU e o TU, o mundo e eu, mente e corpo, ensinar e aprender não são realidades
distintas, mas, ao contrário, fazem parte de uma mesma complexa realidade. Compreende ainda um instante vivido de
profunda conexão do SER com uma dada realidade (BUBER, 1997; DILTHEY, 1978).
21
9.1.2Vivências Teóricas

As vivências teórico-conceituais pretendem fomentar e catalisar a reflexão, o estudo e a


prática coerente e competente. Dizem respeito ao conjunto de saberes que ao longo da experiência
da ESF se consolida e se estrutura dada a pertinência para o fazer, o ser e o saber. Ressalta-se
ainda que, em parte, ela é anterior e ao mesmo tempo posterior à própria experiência proporcionada
pela residência, uma vez que cada pessoa traz consigo, em função de sua história, um conjunto de
competências que serão reorganizadas e ressignificadas a partir das vivências proporcionadas pelo
contato com a ESF. São trabalhados os seguintes conteúdos17:

Quadro 2 – Relação dos Ciclos e suas respectivas cargas horárias/total de turnos.


TOTAL
CARGA
CICLOS DE APRENDIZAGEM DE
HORÁRIA
TURNOS

01 Políticas Públicas de Saúde e Promoção da saúde 104 horas 26

02 Estratégia Saúde da Família e Organização da Atenção em Saúde 104 horas 26

03 Educação Permanente e Residências em Saúde 52 horas 13

04 Epidemiologia e Vigilância em Saúde 52 horas 13

05 Planejamento e Avaliação em Saúde I 104 horas 26

06 Bioética e Ética Profissional 52 horas 13

07 Metodologia da Pesquisa I 52 horas 13

08 Saúde Mental e Saúde Comunitária 104 horas 26

09 Família, Gênero e Etnia 104 horas 26

10 Educação Popular e Participação Social em Saúde 104 horas 26

11 Organização e Gestão do Cuidado em Saúde 52 horas 13

12 Metodologia da Pesquisa II 60 horas 15

13 Planejamento e Avaliação em Saúde II 104 horas 26

14 SUS e Práticas Integrativas e Complementares 104 horas 26

TOTAL 1.152 288


horas

17
Em relação a esses conteúdos, será apresentado posteriormente um detalhamento dos mesmos.
22
Os ciclos de aprendizagem agrupam conteúdos afins, e serão realizados no decorrer dos dois
anos de realização do Curso. Cada Ciclo de Aprendizagem tem duração variável entre 52 a 104
horas. Cada Ciclo compreende em média dois meses de duração (Mês 01 e Mês 02), nos quais são
desenvolvidas atividades de caráter prioritariamente teórico ou teórico prático, conforme será exposto
posteriormente.

A Proposta Pedagógica tem como uma de suas bases a abordagem por competência, currículo
integrado, articulação ensino-serviço, aprendizagem significativa e o referencial pedagógico da
educação crítico-reflexiva, problematizadora.

• Currículo por competência e integrado

O currículo integrado busca conectar o residente à vida cotidiana, aos serviços de saúde e ao
território, e a partir das experiências vividas num determinado cenário de ensino-aprendizagem,
procura entender e ampliar a compreensão sobre o que está ocorrendo, o que se pode fazer para
intervir nas necessidades e nos problemas identificados e em uma dada realidade enquanto
profissional de saúde, por meio de sucessivas aproximações, refletindo sobre o que faz.
Segundo Davini 18, o currículo é um plano pedagógico e institucional que orienta a aprendizagem
de forma sistemática. O autor ressalta ser importante observar que esta ampla definição pode adotar
variados formatos e as mais variadas matizes de acordo com as diferentes concepções de
aprendizagem que orientam o currículo.

O currículo integrado é, portanto, um plano pedagógico, e sua correspondente organização


institucional busca articular de forma dinâmica e sistemática trabalho e ensino, teoria e prática,
ensino e comunidade. As relações entre trabalho e ensino, entre os problemas e suas possibilidades
de solução devem sempre estar remetidas às características socioculturais do território em que este
processo se desenvolve.

Os componentes das unidades ensino-aprendizagem do currículo integrado devem guardar entre


si uma relação de interdependência que se concretiza na medida em que o processo de ensino-
aprendizagem avança. Nesse sentido, ao se pensar em estruturar processos formativos na matriz
integrada, enseja-se o uso da criatividade por aqueles que irão formulá-lo dentro das características

18
DAVINI, M.C. Currículo Integrado. Adaptação e resumo por José Paranaguá de Santana. Brasília: 1983.
23
citadas, de modo que este possa ser flexível e adaptado às diversas situações, suscetível de ser
constantemente avaliado e melhorado de acordo com as experiências.

As metodologias no currículo integrado supõem planejar uma série encadeada de atividades de


aprendizagem que surgem das situações do próprio serviço. A partir delas, se incentivará a reflexão
e busca de conhecimentos que reverterão em novas formas de ação.

Nessa acepção de currículo é relevante que os educadores orientem sistematicamente a reflexão


e a análise sobre o processo de ensino-aprendizagem, a partir das percepções iniciais dos
residentes estimulando a observação, a indagação e a busca de resposta. Deverá sempre respeitar o
ritmo de aprendizagem e os padrões culturais de quem aprende, não para imobilizar, mas, para que
os residentes produzam seus próprios conhecimentos e mudanças com um sentido de integração e
compromisso com o trabalho e o ensino.

O currículo integrado também pressupõe a construção do conhecimento a partir das trocas


interativas presentes nas relações interpessoais. Esta prática curricular, ao permitir este “ir e vir” na
realidade, fortalecer os laços relacionais.

A aprendizagem por competências permite a articulação entre teoria e prática e supera a


tradicional dicotomia entre essas duas dimensões, definindo-se pela capacidade de mobilizar
múltiplos recursos numa mesma situação, entre os quais os conhecimentos adquiridos na reflexão
sobre as questões pedagógicas e aqueles construídos na vida profissional e pessoal, para responder
às diferentes demandas das situações de trabalho19.

Esta compreensão de currículo integrado trouxe a opção de organizá-lo por competência


profissional. Tal organização considerou o perfil profissional desenhado pelas ações de saúde
resultantes dos esforços em responder ao SUS e às diretrizes curriculares nacionais.

Tal proposta suscita um processo avaliativo coerente com o currículo integrado, uma vez que a
avaliação compõe parte fundamental na construção do conhecimento do Residente.

Quadro 3 – Apresentação dos Ciclos de Aprendizagens e as respectivas temáticas


TEMÁTICAS CH PERÍODO

CICLO: POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E PROMOÇÃO DA SAÚDE

Políticas Públicas de Saúde e Sistema Único de 104 horas Março Ano I

19
(CNE/ 001/2002).
24
Saúde

Promoção da saúde Abril Ano I

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO EM SAÚDE

Estratégia Saúde da Família 104 horas Maio Ano I

Organização da Atenção em Saúde Junho Ano I

EDUCAÇÃO PERMANENTE E RESIDÊNCIAS EM SAUDE

EPIDEMOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Educação Permanente e Residências em Saúde 52 horas Julho Ano I

Epidemiologia e Vigilância em Saúde 52 horas Agosto Ano I

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO EM SAÚDE I

Planejamento em saúde I 104 horas Setembro Ano I

Avaliação em saúde I Outubro Ano I

BIOÉTICA E ÉTICA PROFISSIONAL E METODOLOGIA DA PESQUISA

Bioética e Ética Profissional 52 horas Novembro Ano I

Metodologia da Pesquisa I 52 horas Dezembro Ano I

SAÚDE MENTAL E SAÚDE COMUNITÁRIA

Saúde Comunitária 104 horas Janeiro Ano I

Saúde Mental Fevereiro Ano I

FAMÍLIA, GÊNERO E ETNIA

Família 104 horas Março Ano II

Gênero e Etnia Abril Ano II

EDUCAÇÃO POPULAR E PARTICIPAÇÃO SOCIAL EM SAÚDE

Educação Popular em Saúde 104 horas Maio Ano II

Participação Social em Saúde Junho Ano II

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE E METODOLOGIA DA PESQUISA II

Metodologia da Pesquisa II 60 HORAS Agosto Ano II

Organização e Gestão do Cuidado em Saúde 52 HORAS Setembro Ano II

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO EM SAÚDE II

Planejamento em Saúde II 104 horas Outubro Ano II

Avaliação em Saúde II Novembro Ano II

25
SUS E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES

Sistema Único de Saúde 104 horas Dezembro Ano II

Práticas Integrativas e Complementares (PICS) Janeiro Ano II

9.1.3 Vivências Extensão

• Vivências de Extensão de caráter obrigatório

Propõe-se intensificar e aprimorar a práxis profissional pertinente a cada categoria integrante da


RMSF a partir da busca de conhecimentos e experiências relevantes para a ESF, visando sempre
contribuir para aumentar a efetividade das práticas e saberes.

Foram criadas na perspectiva de garantir o aprimoramento do fazer do residente dando-lhe a


oportunidade de interagir com experiências de trabalho em unidades de saúde tanto da Atenção
Primária, como Secundária e até a Terciária. A finalidade é proporcionar a troca de conhecimentos,
o contato com a dinâmica e a lógica de outros serviços de saúde visando o desenvolvimento das
competências.

A Vivência de Extensão Obrigatória compreende a realização de estágios de caráter obrigatório


de 80 horas em serviços da rede municipal de Saúde de Sobral, considerados importantes pelo
preceptor de categoria para o processo formativo do residente. Ocorrem através de intercâmbios
institucionais, acompanhadas e avaliadas pela EFSFVS, tendo a possibilidade de ocorrer nos
diversos níveis de atenção à saúde (primário, secundário, terciário ou na gestão).

Deverá ser realizada no primeiro ano após os primeiros 04 (quatro) meses; priorizar serviços que
sejam relevantes para a formação em Saúde da Família; garantir, no mínimo, 03 (três) turnos de
vivência em cada serviço; ter registro de presenças, atividades e relatório escrito. Sobre este relato,
se configurará como um relato único por categoria profissional, relacionado a todos os serviços, o
qual seja utilizado para fins de produção de relato de experiência, com entrega após um mês de
realização de tais vivências.

É importante destacar que o Programa possibilita a realização de visitas técnicas em serviços


que não sejam contemplados na Vivência de Extensão mencionada, conforme interesse da

26
categoria, pactuado com o preceptor a partir da análise da contribuição que trará para o processo
formativo.

Quadro 4 – Relação dos serviços por categorias profissionais


CATEGORIA SERVIÇOS

Vigilância Epidemiológica

APAE

Santa Casa

EDUCAÇÃO FÍSICA RAISM

Secretaria de Juventude

NASF

CAPS

Vigilância Epidemiológica

Trevo e Flor do Mandacaru

Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)

Centro de Infectologia

ENFERMAGEM Melhor em Casa

Rede de Atenção Integral de Saúde Mental (RAISM)

Policlínica

Centro de Especialidades Médicas (CEM)

Centro de Fitoterapia de Sobral

FARMÁCIA Vigilância Epidemiológica

Trevo e Flor do Mandacaru

Centro de Reabilitação

Centro de Infectologia

Ambulatório de Hanseníase

Melhor em Casa

Rede de Atenção Integral de Saúde Mental (RAISM)

Farmácia de Medicamentos Especiais / Centro de Informação


sobre Medicamentos

Centro de Fitoterapia de Sobral

27
Farmácia Popular

Vigilância Sanitária

CAF

Vigilância Epidemiológica

Trevo e Flor do Mandacaru

Centro de Reabilitação

APAE

Santa Casa
FISIOTERAPIA
CEREST

Ambulatório de Hanseníase

Melhor em Casa

Centro de Atendimento Farmacêutico (CAF)

Bom Samaritano

Vigilância Epidemiológica

Centro de Reabilitação

FONOAUDIOLOGIA APAE

Santa Casa

CEREST

Vigilância Epidemiológica

Trevo e Flor do Mandacaru

Secretaria de Agricultura

Melhor em Casa
NUTRIÇÃO
Merenda Escolar

Vigilância Nutricional

Restaurante Popular

Unidade Mista

Vigilância Epidemiológica
ODONTOLOGIA
Centro Especializado de Odontologia (CEO)

PSICOLOGIA Vigilância Epidemiológica

Santa Casa

Centro de Infectologia

28
Rede de Atenção Integral de Saúde Mental (RAISM)

Trevo de Quatro Folhas

Melhor em casa

Vigilância Epidemiológica

Centro de Reabilitação

Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

SERVIÇO SOCIAL Santa Casa

Centro de Infectologia

Rede de Atenção Integral de Saúde Mental (RAISM)

Serviço de Atendimento ao Cidadão Sobralense (SACS)

Vigilância Epidemiológica

Trevo e Flor do Mandacaru

Centro de Reabilitação

APAE

Santa Casa
TERAPIA OCUPACIONAL
CEREST

Ambulatório de Hanseníase

Melhor em Casa

RAISM

Policlínica

• Vivência de Extensão de caráter optativo

29
Compreende a realização de estágios de 30 dias que podem acontecer junto a programas a nível
nacional ou internacional com pertinência à formação em saúde da família.

Deverá ser relevante para a formação em Saúde da Família; realizada no segundo ano; solicitada
com 02 (dois) meses de antecedência da vivência; realizadas antes dos 03 (três) últimos meses do
término do programa; apresentada através de um projeto à coordenação e preceptoria, bem como
aguardar deferimento pela COREMU; socializada pelo residente e ter o registro das atividades
desenvolvidas para entrega ao acervo da biblioteca da EFSFVS após 30 dias de retorno da vivência.

9.1.4 Vivência de Produção Científica

Compreende as produções textuais durante os dois anos e o trabalho de conclusão da


Residência. O trabalho de conclusão da Residência deverá ser resultante de projeto de intervenção
realizado durante a Residência, demonstrando a capacidade do residente de utilizar metodologia
científica e representando uma contribuição relevante para o desenvolvimento da sua formação e da
ESF. Este trabalho final deverá desenvolver-se desde seu projeto a apresentação de uma
monografia, sob a supervisão de um professor-orientador pactuado entre o residente e a
coordenação.

9.2 Atividades Desenvolvidas e Cronogramas (Anos I e II)

A Residência Multiprofissional em Saúde da Família possui carga horária total de 5.760 horas,
das quais 80% serão relacionadas a atividades práticas e teórico práticas, desenvolvidas no Ano I e
no Ano II da Residência. Já o processo teórico corresponderá a 20% da carga horária total do curso,
totalizando 1.152 horas, as quais serão desenvolvidas no decorrer dos dois anos da formação.

Esta carga horária teórica será desenvolvida através das seguintes atividades: Oficinas, Grupos de
Estudo, Estudo Dirigido, Seminários, e discussões em Roda de Equipe Multiprofissional e em Rodas
de Categoria.

Quadro 5 – Distribuição da carga horária das atividades do ciclo de 104 horas.


30
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA POR CICLO DE 104 HORAS

ATIVIDADE MODALIDADE Nº TURNOS CARGA HORÁRIA

Oficinas Temáticas Presencial 10 40

Grupo de Estudo Presencial 02 08

Estudo Dirigido Não Presencial 04 16

Atividade de Campo Presencial 02 08

Planejamento do Seminário Presencial 02 08

Seminário Presencial 02 08

Produção Textual Presencial 02 08

Avaliação Presencial 02 08

TOTAL 26 Turnos 104 Horas

Quadro 6 – Distribuição da carga horária das atividades do ciclo de 52 horas.


DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA POR CICLO DE 52 HORAS

ATIVIDADE MODALIDADE Nº TURNOS CARGA HORÁRIA

Oficinas Temáticas Presencial 05 20

Grupo de Estudo Presencial 01 04

Estudo Dirigido Não Presencial 01 04

Atividade de Campo Presencial 02 08

Planejamento do Seminário Presencial 01 04

Seminário Presencial 01 04

Produção Textual Presencial 01 04

Avaliação Presencial 01 04

TOTAL 13 Turnos 52 Horas

Quadro 7 – Caracterização das atividades desenvolvidas no ciclo de aprendizagem


ATIVIDADE DESCRIÇÃO CUIDADORES/FACILITADORES

31
Integrante do corpo docente,

Oficinas Temáticas profissional do sistema de saúde


Momentos presenciais e correspondem
escola de Saúde e/ou professores
momentos de aprofundamento teórico.
dos diversos grupos de graduação
da UFC e UVA.

Momentos presenciais em que os


residentes estarão organizados por
Grupos de Estudo equipe multiprofissional e discutirão Apoio dos tutores
textos sugeridos em cada Ciclo de
Aprendizagem.

Momentos não presenciais, de


aprofundamento teórico, sem
facilitação externa, norteado por algum
Estudos Dirigidos instrumento e textos relacionados às Orientação docente
temáticas de estudo, com perspectiva
de garantir a produção textual/científica
dos residentes.

Momentos presenciais onde os


residentes realizarão alguma atividade
Atividade de Campo externa à EFSFVS, a qual possibilite Facilitadores do ciclo
compreender in loco a realidade
estudada nos ciclos teóricos.

Momentos presenciais, onde ocorrerá a


culminância das discussões realizadas
durante o Ciclo, onde os residentes
apresentarão, por equipes, vivências Facilitadores do ciclo e apoio dos
Seminários
pedagógicas relacionadas aos temas demais tutores.
de estudos e a práxis nos territórios.

Produção Textual Momento presencial para que os Orientação docente


residentes, individual ou coletivamente
aprimorem a escrita e a articulação de
ideias a partir das reflexões suscitadas
32
nas atividades desenvolvidas.

Momento presencial onde docentes e


discentes avaliarão o ciclo de
Facilitadores do ciclo, demais
Avaliação aprendizagem, bem como os docentes
tutores e preceptores
realizarão as avaliações formativas dos
residentes.

Outras atividades são importantes neste contexto de formação, estando presentes no cronograma de
atividades da RMSF são: Roda discente, Roda Ampliada e a COREMU.

• A Roda Discente tem como objetivo potencializar a competência ético-política de residentes,


fortalecer o compromisso social com o processo formativo do SUS, participando R1 e R2.

• A Roda Ampliada constitui-se no grande fórum da residência onde o coletivo de residentes


(R1 e R2), tutores, preceptores e coordenação do programa encontram-se para discutir,
planejar, avaliar e consensuar questões diversas.

• A COREMU é a instância colegiada de referência para o Programa, e tem como atribuições:


coordenação, organização, articulação, supervisão, avaliação e acompanhamento de todos
os Programas de Residência Multiprofissional ou em Área Profissional da Saúde de uma
instituição formadora, acompanhamento e avaliação de desempenho dos discente, definição
de diretrizes, elaboração de editais e acompanhamento do processo seletivo de candidatos.

Outras atividades pedagógicas, que não compõem os ciclos de aprendizagem também merecem
ser apresentadas como espaços estratégicos para potencializar a formação dos profissionais.

Quadro 08– Caracterização de atividades previstas


ATIVIDADE DESCRIÇÃO QUEM PARTICIPA

Formação Paidéia Inspirado no método Paideia de Campos Articulado e cuidado por


(2000), tem a pretensão de ser um residentes e tutores.
espaço reflexivo e propositivo de

33
cogestão.

Será operacionalizado a partir da


discussão de temáticas significativas
para o processo de aprendizagem e de

Gestão/organização dos processos de


trabalho.

Momentos presenciais em que a equipe


multiprofissional de residentes discutirá
seu processo de trabalho e,
Rodas de Equipe quinzenalmente, contemplará temas
Apoio dos tutores.
Multiprofissional relacionados ao Ciclo de Aprendizagem,
correlacionando-os com as situações
vivenciadas em território, com mediação
dos tutores.

Realizar estágios importantes para o


Vivências de Extensão
processo pedagógico do/a residente em Residente (opcional)
Optativa fora do sistema
programas a nível nacional ou
local de saúde (nacional ou
internacional com pertinência à formação
internacional)
em saúde da família.

Encontros presenciais onde os


residentes estarão reunidos por categoria
profissional e discutirão temas
Rodas de Categoria relacionados ao Ciclo de Aprendizagem, Apoio dos preceptores.
buscando correlacionar esses temas a
aspectos vivenciais da prática de núcleo,
tendo como apoiadores os preceptores.

Atividade de caráter coletiva, mensal,


voltada para demandas identificadas
Residentes, com apoio de
Ação Comunitária junto à comunidade. Tal atividade precisa
tutores.
ser compartilhada com as demais
equipes de Residência.

Momentos dedicados à sistematização Residente com apoio de


do Trabalho de conclusão da RMSF que orientador/a de TCC
deverá ser resultante de uma pesquisa
Produção de de campo e apontar contribuições
relevantes para a formação do residente
34
TCC

e desenvolvimento da ESF.

Quadro 09 – Cronograma Padrão para os residentes no percurso dos dois anos


CRONOGRAMA PADRÃO 2015 (MÊS 01)
SEMANA 1

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA


M Território/Ro Território Território Território Território
da Multi
T Território Território/Roda Território Território Grupo de Estudo
Multi
N Oficina 1 Oficina 2 Roda de *1ª Quinta- Estudo Dirigido
Categoria feira/mês: Roda
Integrada Discente
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
35
SEMANA 2
M Território/Ro Território Território Território Território
da Multi
T Território *2ª Terça-feira: Território Território Oficina5
Roda Ampliada
N Oficina 3 Oficina 4 Roda de Categoria - (Sábado: atividade
Categoria R1 de Campo – Sábado
Manhã 02turnos)
SEMANA 3

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA


M Território/Ro Território Território Território Território
da Multi
T Território Território/Roda Território Território Grupo de Estudo
Multi
N Oficina 6 Oficina 7 Roda de Estudo Dirigido -
categoria
Integrada
SEMANA 4

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA


M Território Território Território Território Território
T Território Território/Roda Território Território Oficina 10
Multi
N Oficina 8 Oficina 9 Roda de Estudo Dirigido Estudo Dirigido
categoria R2

CRONOGRAMA PADRÃO 2015 (MÊS 02)


SEMANA 1

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO


M Território/Roda Território Território Território Território Ação
Multi Comunitária
T Território Território/Ro Território Território Grupo de
da Multi Estudo
N Formação Produção Roda de *1ª Quinta-
Paideia Textual Categoria feira/mês: -
Integrada Roda Discente
SEMANA 2

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO


M Território/Roda Território Território Território Território -
Multi
T Território *2ª Terça- Território Território Território -
feira: Roda
Ampliada
N Estudo de Compartilha Roda de Categoria Produção -
Casos m. Ação Categoria R1 Textual

36
Comunitária
SEMANA 3

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO


M Território/Roda Território Território Território Seminário -
Multi
T Território Território/Ro Território Território Seminário -
da Multi
N Formação Produção do Roda de Produção do Estudo -
Paideia Seminário categoria Seminário Dirigido
Integrada
SEMANA 4

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO


M Território/Roda Avaliação Território Território Território -
Multi
T Território Avaliação Território Território Território -
N Estudo de Compartilha Roda de Categoria Estudo -
Casos m. Ação categoria R2 Dirigido
Comunitária

10. AVALIAÇÃO DOS RESIDENTES

A avaliação é uma das atividades mais significativas e norteadoras do processo ensino-


aprendizagem. Avaliamos e somos avaliados continuamente, dentro e fora da escola, tanto formal
como informalmente20. Considera-se essencialmente que avaliar é emitir juízo de valor e, por isso, há
sempre um caráter subjetivo envolvido na avaliação que, ao invés de ser negado, deve ser bem
utilizado. Para tanto, as informações válidas necessitam ser obtidas de diversas fontes e em
diferentes situações.

A proposta de avaliação configura-se como um momento contínuo de aprendizagem


colaborando com a transformação humana e profissional. Um processo avaliativo congruente com
uma proposta que supere o modelo tradicional de avaliação.

Partindo desse pressuposto, assumimos aqui o desafio de construir processualmente um


sistema avaliativo que tome em consideração os fatores teórico-metodológico, técnico-operacional,
humano, social e ético-político. Ressaltamos que este projeto encontra-se em constante construção.

É importante destacar, ainda, que a avaliação é de “mão dupla”, sendo considerado o


desenvolvimento dos residentes na construção de suas competências profissionais para a ESF,
como também, a qualidade do processo educativo construído pela EFSFVS. O processo pedagógico
deve ser orgânico (temas e textos escolhidos para aprofundamento teórico nascendo de exigências

20
DEPRESBITERIS, Lea. Concepções atuais de educação profissional. 3 ed. Brasília: SENAI/DN, 2001.
37
da atuação em cada território), participativo (com todos participando da decisão sobre os objetivos e
metodologia das atividades) e alimentador da atuação (discussões e processo vivenciado
repercutindo no resultado do trabalho). Nos dois aspectos, a avaliação terá um caráter longitudinal
tendo como base a competência desenvolvida, tendo como pressupostos: a autonomia dos sujeitos
participantes do processo de aprendizagem; a crença de que o residente é também é responsável
também pelo processo de aprendizagem; o caráter dinâmico, coletivo e constante, que deve orientar
o processo, e, por fim, o diálogo amoroso como uma fonte de inspiração e transformação dos
sujeitos aprendente.

Para nós, o processo avaliativo possibilita ler a realidade do processo educativo, e assim,
reconhecer o desenvolvimento de cada residente em relação às competências desenhadas. Neste
aspecto, ganha importância a questão da temporalidade dos momentos avaliativos, pelo
reconhecimento de que ele é permanente, sendo realizado em cada roda, cada momento de estudo
e em cada atividade desenvolvida no território. Entretanto, consideramos a necessidade de
momentos formais de avaliação, na perspectiva de construir uma sistematização desse processo.

A proposta de avaliação da RMSF é coerente com o modelo do currículo integrado e traz em


seu contexto a abordagem por competência dentro de uma concepção dialógica que possibilita a
reflexão sobre as práticas profissionais e uma construção dialogada entre os mundos da escola e do
trabalho com a sociedade, a partir da explicitação de diferentes interesses, valores e saberes, social
e historicamente constituídos.

A abordagem dialógica de competência reconhece e considera a história das pessoas e das


sociedades nos seus processos de reprodução ou de transformação dos saberes e valores que
legitimam os atributos e os resultados esperados numa determinada área profissional. Esta
explicitação permite um processo mais aberto de exploração das distintas concepções, interesses,
valores e ideologias, que invariavelmente governam e determinam a intencionalidade dos processos
educativos, porém nem sempre são discutidos de um modo mais participativo e democrático pela
sociedade.

Vale ressaltar que diferentemente de outros processos formativos, no modelo de formação


em serviço da residência nosso intuito não é meramente aprovar ou reprovar determinado aluno ao
final do curso. No entanto, guardando coerência com a Resolução nº05 de 07/12/14 da CNRMS, a
RMSF define possibilidades de não aprovação, bem como desligamento do residente.

Na RMSF as situações que geram desligamento são:

I – Solicitação do residente (desistência);

II - Ao término da Residência;
38
III – Abandono das atividades;

IV – Após aplicação de advertência escrita (quando houver reincidência do comportamento ou falha


observada na respectiva advertência);

V - Quando comprovadas, pela COREMU, dificuldades não superáveis no relacionamento com os


usuários dos serviços, residentes, corpo docente, Equipe de Saúde da Família e/ou funcionários;

VI - Quando comprovada, pela COREMU, evidente falta de interesse para com as atividades
teóricas, prático-assistenciais e/ou as vivências de aprendizagem da Residência;

VII- Não cumprimento integral da carga horária prática do programa;

VIII – Não cumprimento de no mínimo 85% da carga horária teórica e teórico-prática;

IX – Não aprovação obtida por meio de valores ou critérios obtidos pelos resultados das avaliações
realizadas durante o ano, com nota mínima ou conceitos adotados pela UVA.

O processo para este desligamento requer comunicação com a COREMU, tanto em situações
decorrentes de avaliações previstas no Programa (quando o residente não apresentar o
desenvolvimento/competências mínimas necessárias), quanto nos demais casos. A avaliação
periódica e sistemática e os registros dessa avaliação garantirão o cumprimento de eventuais
desligamentos de forma justa e assertiva.

O sistema de avaliação proposto está assim estruturado:

AVALIAÇÃO COMPONENTES PERIODICIDADE

Avaliação dos Ciclos de Produção Textual Mensal ou Bimensal, conforme o


Aprendizagem Ciclo de Aprendizagem

Seminário Mensal ou Bimensal, conforme o


Ciclo de Aprendizagem

Avaliação Formativa Mensal ou Bimensal, conforme o


Ciclo de Aprendizagem

Avaliação Formativa de Competências específicas Em Agosto do Ano 1


Categoria da categoria

Competências específicas Em Agosto do Ano 2


da categoria

Avaliação de Percurso Avaliação de Desempenho Em Fevereiro do Ano 1 e em


Teórico Janeiro do Ano 2

39
Avaliação dos profissionais Em Fevereiro do Ano 1 e em
da ESF Janeiro do Ano 2

Avaliação Formativa de Em Fevereiro do Ano 1 e em


Categoria Janeiro do Ano 2

Avaliação da Tutoria Em Fevereiro do Ano 1 e em


Janeiro do Ano 2

Avaliação da Preceptoria Em Fevereiro do Ano 1 e em


Janeiro do Ano 2

10.1 Avaliação dos Ciclos de Aprendizagem

A avaliação dos conteúdos teóricos tem caráter formativo e somativo, e será feita a partir de
avaliação de competências, bem como produções textuais, seminários, portfólios. Estes serão
arquivados separadamente, formando assim uma linha do tempo que terá seu marco inicial na
avaliação das necessidades de aprendizagem realizadas desde o introdutório, perpassando toda
formação no curso.

Já a avaliação formativa estará diretamente relacionada às competências relacionadas aos


conteúdos discutidos nos ciclos de aprendizagem, considerando-se, ainda a relação do educando
com o Sistema de Informação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (SIREMU). No
momento da avaliação formativa o educando também deve dar um feedback ao tutor e ao preceptor
quanto ao suporte docente no período.

Composição da Nota por ciclo:

Nota (1 Produção textual) + Nota (3 seminário/3) + Nota (Avaliação de competência) = MÉDIA

Para a avaliação são definidos pelos docentes os instrumentos a serem utilizados,


assegurando-se a necessidade do alcance da pontuação mínima definida na UVA para fins de
aprovação nos ciclos de aprendizagem.

10.2 Avaliação Formativa de Categoria

40
Com o objetivo de verificar o desempenho do residente quanto aos aspectos específicos de
seu núcleo de saber, será realizada a Avaliação Formativa de Categoria, onde serão analisadas as
competências esperadas para cada categoria profissional. Esta avaliação é conduzida pelo preceptor
e deve ocorrer duas vezes durante a formação: em Agosto do Ano 1 e em Agosto do Ano 2.

Respeitando o caráter dialógico, esta avaliação ocorrerá individualmente, com instrumento


norteador elaborado por cada preceptor, com apoio pedagógico da EFSFVS.

10.3 Avaliação de Percurso

A Avaliação de Percurso corresponde à necessidade de uma análise mais completa do


desempenho do residente. Assim, considera-se tanto aspectos teóricos quanto práticos buscando
uma integração das duas dimensões, articulando conhecimentos, habilidades e atitudes, de forma
que contemple o perfil de formação desejada para o residente na ESF. A Avaliação de Percurso está
estruturada da seguinte forma:

20% da Desempenho teórico no Ano de referência


Pontuação

(20% Equipe CSF)

Avaliação de Desempenho Teórico Prático – Profissionais da ESF

(10% Núcleo)

80% da Avaliação Formativa de Categoria


Pontuação (20% Preceptor)

Avaliação do Desempenho Teórico Prático – feita pelo Preceptor

(30% Tutor)

Avaliação de Desempenho Teórico Prático – feita peloTutor

Após realizar as análises necessárias e consolidar a pontuação, os docentes realizarão um


momento de feedback desta pontuação e do processo formativo como um todo no ano de referência.

41
A avaliação de Percurso ocorrerá duas vezes durante a formação: ao final do Ano 1 e ao final
do Ano 2. Ao final do Ano I o residente participará de avaliação referente ao primeiro ano na RMSF,
havendo o resgate do seu caminhar neste período, com vistas a avaliação de seu desempenho e de
sua permanência no Programa, que está condicionada a obtenção de pontuação final igual ou
superior a 7,0 (sete), que é a nota mínima adotada pela UVA para fins de aprovação.

Ao final do Ano 2 será novamente realizada uma Avaliação de Percurso, referente ao


segundo ano do programa, voltada para avaliação de seu desempenho e aprovação para que o
mesmo tenha acesso ao certificado de conclusão do programa. Também será exigência, para
aprovação, que o residente obtenha pontuação final nesta avaliação igual ou superior a 7,0 (sete),

Compreendemos que esta avaliação pode ser fundamental para o crescimento do residente
de forma pertinente às necessidades de sua categoria. Este tipo de avaliação pode ser um diferencial
nas formações que precisam entender de forma completa a atuação de cada profissional, para
identificar problemas de desempenho e garantir o alinhamento estratégico com os princípios do
processo de formação.

42
11. COORDENAÇÃO TÉCNICA E PEDAGÓGICA

A coordenação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da 11ª turma é exercida


por Márcia Maria Santos da Silva, assistente social e Mestre em Ensino na Saúde pela Universidade
Estadual do Ceará.

43
12. EQUIPE DE DOCENTES

A equipe de profissionais com função de educadores será composta por profissionais da


própria EFSFVS, professores da UVA e outros profissionais de saúde vinculados ao SSS. Estes
profissionais estão distribuídos em duas categorias, com funções específicas:

•Tutor: função de apoio pedagógico-assistencial e de gestão no campo de aprendizagens dos


profissionais da área da saúde, devendo pertencer ao Sistema Saúde Escola e estar diariamente
presente nos territórios onde se desenvolvem as aprendizagens em serviço. O papel da tutoria busca
adequar-se a Resolução da CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012.

Atribuições da tutoria

I - Implementar estratégias pedagógicas que integrem saberes e práticas, promovendo a articulação


ensino-serviço, de modo a proporcionar a aquisição das competências previstas na Proposta
Pedagógica do programa, realizando encontros periódicos como os residentes com frequência
mínima semanal, contemplando todas as áreas envolvidas no programa;

II - Organizar, em conjunto com os preceptores, reuniões periódicas para implementação e avaliação


da Proposta Pedagógica;

III - Participar do planejamento e implementação das atividades de educação permanente em saúde;

IV - Planejar e implementar, junto aos preceptores, equipe de saúde, docentes convidados e


residentes, ações voltadas à qualificação dos serviços e desenvolvimento de novas tecnologias para
atenção e gestão em saúde;

44
V - Articular a integração dos preceptores e residentes com os respectivos pares de outros
programas, incluindo da residência médica, bem como com estudantes dos diferentes níveis de
formação profissional na saúde;

VI - Participar do processo de avaliação dos residentes;

VII - Participar da avaliação da Proposta Pedagógica do programa, contribuindo para o seu


aprimoramento;

VIII - Promover a integração dos residentes com os outros profissionais e a comunidade;

IX - Promover a integração do residente com as redes sociais do território;

XI - Colaborar na organização do processo de trabalho dos residentes, na perspectiva da


interdisciplinaridade.

A tutoria possui suas atividades distribuídas em um cronograma padrão que contemplam momentos
nos territórios e na EFSFVS.

•Preceptor: a função de preceptor caracteriza-se por supervisão direta das atividades práticas
realizadas pelos residentes nos serviços de saúde onde se desenvolve o programa, exercida por
profissional vinculado à instituição formadora ou executora, com formação mínima de especialista. O
papel da preceptoria busca adequar-se à Resolução da CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012.

Atribuições da preceptoria

I - Exercer a função de orientador de referência para o(s) residente(s) no desempenho das atividades
práticas vivenciadas no cotidiano da atenção e gestão em saúde;

II - Orientar e acompanhar, com suporte dos(as) tutores(as) o desenvolvimento do plano de


atividades teórico-práticas e práticas do residente, devendo observar as diretrizes da Proposta
Pedagógica;

III - Facilitar a integração dos(as) residente(s) com a equipe de saúde, usuários (indivíduos, família e
grupos), residentes de outros programas, bem como com estudantes dos diferentes níveis de
formação profissional na saúde que atuam no campo de prática;

45
IV - Participar, junto com os(as) residente(s) e demais profissionais envolvidos no programa, das
atividades de pesquisa e dos projetos de intervenção voltados à produção de conhecimento e de
tecnologias que integrem ensino e serviço para qualificação do SUS;

V - Identificar dificuldades e problemas de qualificação dos(as) residente(s) relacionadas ao


desenvolvimento de atividades práticas de modo a proporcionar a aquisição das competências
previstas na Proposta Pedagógica do programa, encaminhando-as ao(às) tutores(as) quando se fizer
necessário;

VI - Proceder, em conjunto com os(as) tutores, a formalização do processo avaliativo do residente;

VII - Participar da avaliação da implementação da Proposta Pedagógica do programa, contribuindo


para o seu aprimoramento;

VIII - Orientar o residente quanto às práticas específicas da categoria na ESF;

VIII - Sistematizar juntamente com os residentes o fazer da categoria;

IX - Colaborar na organização do processo de trabalho dos residentes, quanto às práticas


específicas da categoria na ESF.

Considerando a orientação do Ministério da Saúde que estabelece a relação de 01 preceptor de


categoria (especialidade) para cada categoria profissional presente na RMSF, este projeto contempla
a necessidade de 10 preceptores para as funções docente-assistenciais de área específica com
carga horária de 12 horas semanais sendo 10hs dedicadas ao território, 2 horas para as rodas de
categoria e 2 horas para planejamento/estudo.

Quadro 11 – Demonstrativo das categorias e do respectivo número de preceptores.


Categoria Quantidade de
Preceptor

Educação Física 01

Enfermagem 01

Farmácia 01

Fisioterapia 01

Fonoaudiologia 01

Nutrição 01
46
Odontologia 01

Psicologia 01

Serviço Social 01

Terapia Ocupacional 01

Total de preceptores 10

O preceptor precisa estar 12hs semanais no acompanhamento dos residentes no território,


tendo quer ficar disponível por telefone para dúvidas e encaminhamentos dos residentes.

Quadro 12 – Relação dos Tutores e Preceptores da RMSF

TUTORES

NOME TITULAÇÃO

Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica


Alexandro do Vale Silva
pela UVA, mestrando em Saúde da Família pela UFC.

Francisca Elzenita Alexandre Mestre em Ensino na Saúde pela UECE.

Francisco Freitas Gurgel Júnior Mestre em Saúde da Família pela UFC.

Especialista com caráter de Residência em Saúde da


Francisco Gilmário Rebouças Júnior Família pela EFSFVS/UVA, mestrando em Saúde da
Família pela UFC.

Especialista em Saúde da Família pela UVA,


Heluana Cavalcante Rodrigues
mestranda em Saúde da Família pela UFC.

Maria do Socorro Teixeira de Sousa Mestre em Saúde da Família pela FIOCRUZ/UVA.

Noraney Alves Lima Mestre em Saúde da Família pela FIOCRUZ/UVA.

Viviane Oliveira Mendes Especialista com caráter de Residência em Saúde da


Família pela EFSFVS/UVA, mestranda em Saúde da

47
Família FIOCRUZ/UVA.

PRECEPTORES

Preceptor de Educação Física

André Luís Façanha da Silva Mestre em Saúde da Família pela UFC.

Preceptora de Enfermagem

Danielli Mendes de Sousa Especialista em Saúde da Família pela UVA.

Preceptora de Farmácia

Especialista em Saúde da Família pela UVA,


Ingrid Freire Silva
mestranda em Saúde da Família FIOCRUZ/UVA.

Preceptora de Fisioterapia

Especialista com caráter de Residência em Saúde da


Myrla Soares Aguiar
Família pela EFSFVS/UVA.

Preceptora de Fonoaudiologia

Edine Dias Pimentel Gomes Especialista em Educação na Saúde pela UVA.

Preceptora de Nutrição

Especialista em Nutrição e Exercício Físico pela


Emanuela Catunda Peres
UECE.

Preceptora de Odontologia

Especialista com caráter de Residência em Saúde da


Denise de Souza Aragão
Família pela EFSFVS/UVA.

Preceptora de Psicologia

Especialista com caráter de Residência em Saúde da


Ana Karina de Sousa Gadelha
Família pela EFSFVS/UVA.

Preceptora de Serviço Social

Especialista em Atenção Integral à Saúde do


Erilene Alves de Sousa
Adolescente pela UVA.

Preceptora de Terapia Ocupacional

Érika Gonçalo Lima Especialista em Saúde da Família pela UVA.

48
13 DETALHAMENTO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS CICLOS

Ciclo 1: Políticas Públicas de Saúde e Promoção da Saúde

1. Ementa
As políticas públicas de saúde como fundamento histórico do Sistema Único de Saúde (SUS) e a
Promoção da Saúde enquanto estratégia de atuação da Atenção Primária em Saúde.

2. Competências
• Contextualizar o campo da saúde ao longo do processo histórico, seus conceitos e modelos
de atuação;
• Problematizar o processo de trabalho da equipe no qual está inserido, identificando a relação
desse processo com os princípios e fundamentos do SUS;
• Construir o processo de trabalho em equipe adotando os princípios e fundamentos teóricos
do SUS.
• Refletir criticamente o paradigma da promoção da saúde com enfoque nos determinantes
sociais de saúde.
• Desenvolver e aprimorar práticas promotoras de saúde nos processos de trabalho em saúde;
• Desencadear ações nos territórios de atuação em consonância com a Política Nacional de
Promoção da Saúde.

3. Conteúdo programático
• História das Políticas de Saúde: do global ao local;
• História da Reforma Sanitária; SUS: organização, princípios e diretrizes, financiamento,
aspectos legais e políticos;
• Abordagem acerca dos Determinantes Sociais da Saúde;
• Fundamentos históricos e conceituais da promoção da saúde;
• Conceito de território na saúde;

49
• Política Nacional de Promoção da Saúde, sujeitos e redes sociais na promoção da saúde.
Modelos de atenção à saúde.

4. Metodologia
• Oficinas com metodologias ativas de aprendizagem;
• Estudos Dirigidos;
• Exposição dialogada;
• Rodas de conversa;

• Trabalho em grupo;
• Produções Textuais;
• Seminário.

5. Bibliografia

ALMEIDA, Patty Fidelis de et al. Desafios à coordenação dos cuidados em saúde: estratégias de
integração entre níveis assistenciais em grandes centros urbanos. Cadernos de Saúde Pública, v.
26, n. 2, p. 286-298, 2010.

ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. A situação do financiamento à luz das normas operacionais
básicas. In: ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. SUS passo a passo: normas, gestão e
financiamento. 2. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2007.

ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. Evolução das políticas de saúde no Brasil. In: ANDRADE, Luiz
Odorico Monteiro de. SUS passo a passo: normas, gestão e financiamento. 2. ed. São Paulo:
Editora Hucitec, 2007.

ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. O nascimento do SUS. In: ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro
de. SUS passo a passo: normas, gestão e financiamento. 2. ed. São Paulo: Editora Hucitec,
2007.

ANDRADE, Luis Odorico Monteiro de. Uma tentativa de construir uma nova tipologia acerca das
onze mil noites de construção da reforma sanitária brasileira. Ripas.

ARANTES, R.C et. al. Processo Saúde Doença e Promoção da Saúde: aspectos históricos e
conceituais. Revista APS, v.11, n. 2, p. 189-98, abril-jun, 2008.

BATISTELLA, Carlos. O Modelo conceitual dos determinantes sociais da saúde.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O Financiamento da saúde. Brasília:


CONASS, p.12-47, 2011.

BUSS, P. M; FILHO, A. P. A saúde e seus determinantes sociais. Physis, v. 17, n. 1, 2007.

BUSS, P. M. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: CZERESNIA, D.;

50
COHN, A. A reforma sanitária brasileira após 20 anos do SUS: reflexões. Cadernos de Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n.7, p.1614-1619, 2009.

FEUERWERKER, L. Modelos tecnoassistenciais, gestão e organização do trabalho em saúde: nada


é indiferente no processo de luta para a consolidação do SUS. Interface - Saúde, Educação,
Comunicação, v.9, n.18, p. 489-506, set/dez 2005.

FREITAS, C. M. de. (Orgs.) Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de


Janeiro: Editora Fiocruz, 2003.

GIOVANELLA, L., MENDONÇA, M. H. M. Atenção Primária à Saúde. In: GIOVANELLA, L. et al.


(org). Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2008. p. 575-625.

MATTOS, R. A. Os Sentidos da Integralidade: algumas reflexões acerca de valores que merecem ser
defendidos. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. Os sentidos da integralidade na atenção e no
cuidado à saúde. Rio de Janeiro: IMS, ABRASCO; 2001.

MENDES, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde: revisão bibliográfica, fundamentos, conceito
e elementos constitutivos. In: MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização
Pan-Americana da Saúde; 2011.

MERHY, Elias Emerson. A perda da dimensão cuidadora na produção da saúde uma discussão do
modelo assistencial e da intervenção no seu modo de trabalhar a assistência. In: MERHY, Elias
Emerson. Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte – Reescrevendo o Público. São Paulo:
Ed. Xamã; 1998.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Secretaria da Comissão sobre Determinantes Sociais da


Saúde. Ação sobre os determinantes sociais da saúde: aprendendo com experiências
anteriores.

SANTOS, Nelson Rodrigues dos. A Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde: tendências e
desafios após 20 anos. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 33, n. 81, p.13-26, jan./abr. 2009.

VASCONCELOS, Cipriano Maia; PASCHE, Dario Frederico. O sistema único de saúde. In CAMPOS,
Gastão Wagner de Sousa; MINAYO, Maria Cecília de Souza; AKERMAN, Marco et al. Tratado de
saúde Coletiva. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec/FIOCRUZ, p.531-62, 2012.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Social determinants of health.

Ciclo 2: Estratégia Saúde da Família e Organização da Atenção em Saúde

1. Ementa

51
Estratégia de Saúde da Família sua origem e importância para a reestruturação do sistema de saúde
brasileiro. Estratégia Saúde da Família como estratégia reorganização da assistência à saúde e
reorientação do modelo de atenção básica de saúde. Organização da atenção à saúde, os modelos
de atenção a saúde, com enfoque no processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família. Redes
de Atenção a Saúde. Clinica Ampliada. Acolhimento, modelos de atenção e técnicos/assistenciais em
saúde.

2. Competências

• Delimitar um território de abrangência

• Identificação dos equipamentos sociais, potencialidade e vulnerabilidade do território.

• Apoderar-se do processo de trabalho da ESF.


• Contribuir o para organização da atenção a saúde na ESF

• Utilizar de diferentes tecnologias em saúde a fim de organizar o processo de trabalho na ESF.

• Envolver-se com o processo de acolhimento do território

• Organizar ações para o acolhimento no Centro de Saúde da Família (CSF), tendo como
referência os princípios do Sistema Único de Saúde;
• Organizar os processos de trabalho a partir das características sociais, culturais, políticas,
econômicas e históricas de forma interdisciplinar e com a participação comunitária.
• Reconhecer modelos de atenção e técnicos/assistenciais em Saúde.

3. Conteúdos programáticos

• Estratégia Saúde da Família enquanto reorientação da Atenção Primária a Saúde.

• Estruturação e organização do processo de trabalho na ESF

• Modelos de Atenção à Saúde no Brasil

• Estruturação e organização da atenção a saúde no Brasil

• Redes de Atenção ä Saúde

• Sistema de Saúde no nível local

• A Política de Humanização com foco na Clínica Ampliada e Acolhimento enquanto diretriz e


estratégia da Política de Humanização no SUS
• Tecnologias assistenciais em saúde

52
4. Metodologias

• Oficinas;
• Círculos de cultura;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.

5. Bibliografia

ANDRADE, L. O. M; BARRETO, I.C.H.C; BEZERRA, R.C. Atenção primária à saúde e estratégia


saúde da família. In: CAMPOS, G.S. et al (Org.) Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo/Rio de
Janeiro: Hucitec/Fiocruz, 2007. p. 783-836.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para reorientação do modelo
assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1998. 34p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de saúde da comunidade. Saúde da


Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da
Saúde, 1997. 36p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

CORBO, A.A.; MOROSINI, M.V.G.C; PONTES, A.M. Saúde da família: construção de uma
estratégia de atenção à saúde. In: MOROSINI, M.V.G.C; CORBO, A.A. (Org.) Modelos de
atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro: EPSJV/ Fiocruz, 2007. p.69-106.

GIL, C. R. R. Atenção Primária, Atenção Básica e saúde da família: sinergias e singularidades do


contexto brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.22, n.6, p. 1171-1181, jun.
2002.

53
MENDES, E.V. A atenção primária à saúde no SUS. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do
Ceará, 2002 a. 92p.

SERAPIONI, M.; SILVA, M. G. C. Qualidade do programa Saúde da Família no Ceará: Uma


avaliação multidimensional. Fortaleza: UECE, 2006. 98 p.

Ciclo 3: Educação Permanente e Residências em Saúde

1. Ementa
Educação permanente como estratégia de organização do processo do trabalho em saúde e
Residências como estratégia de formação dos trabalhadores no SUS.

2. Competências
• Compreender a Política Nacional de Educação Permanente seus desafios e potencialidades
para execução;
• Dialogar com os diversos atores da educação permanente em saúde;

• Utilizar a educação permanente como estratégia de problematização e transformação do


cotidiano de trabalho no SUS;
• Apropriar-se do contexto político pedagógico das Residências em Saúde, do âmbito local, ao
nacional;
• Compreender o papel da Residência dentro do Sistema de Saúde;
• Fortalecer o Movimento Político das Residências em Saúde;

3. Conteúdo programático
• Política Nacional de Educação Permanente;
• Os atores da Educação Permanente em Saúde;
• Estratégias de Educação Permanente na Saúde;
• Processo Histórico das Residências em Saúde;
• Os desafios e a potencialidades da Residência em Saúde;
• Movimento Político das Residências;
• As Residências em Saúde no Município de Sobral.

4. Metodologia

54
• Oficinas com metodologias ativas de aprendizagem;
• Estudos Dirigidos;
• Exposição dialogada,
• Rodas de conversa,
• Trabalho em grupo.

5. Bibliografia

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.


Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,
Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009

CECCIM, R. B. Educação Permanente em Saúde: descentralização e disseminação de


capacidade pedagógica na saúde. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2005, vol.10, n.4, pp. 975-986.

CECCIM, R. B. e FEUERWERKER, L. C. M.. O quadrilátero da formação para a área da


saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis [online]. 2004, vol.14, n.1, pp. 41-65.

DALLEGRAVE, D; KRUSE, M.H. L. No olho do furacão, na ilha da fantasia: a invenção da


residência multiprofissional em saúde. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 13, n. 28, Mar. 2009

FEUERWERKER. L. Campo, núcleo e Residência Multiprofissional em Saúde: desafios para


construção de processos inovadores de formação e de produção do cuidado em saúde
(mimeo).

MELO, C. N. M., CHAGAS, M. I. O. FEIJÃO, J. R. P. DIAS, M. S. A. Programa de Residência


Multiprofissional em Saúde da Família de Sobral: Uma avaliação de egressos a partir da
inserção no mercado de trabalho. S A N A R E, Sobral, V.11. n.1.,p. 18-25, jan./jun. – 2012

UBESSI, L. D. STUMM, E. M. F. BUSNELLO, M. B. CRESCENTE, L. O. RIGHI, L. B. A Educação


Permanente Em Saúde Como Pedagogia De Problematização Da Realidade Vivida No
Processo De Trabalho E De Formação Em Saúde. (mimeo)

Ciclo 4: Epidemiologia e Vigilância em Saúde

1. Ementa

A Vigilância em Saúde como subsídio para a análise permanente da situação de saúde da população
e a organização e execução de práticas de saúde adequadas ao enfrentamento dos problemas
existentes e riscos eminentes. Conhecimento das ações de vigilância, promoção, prevenção e
controle de doenças e agravos à saúde.
55
2. Competências
• Desenvolver uma atenção de vigilância a saúde no território;
• Perceber diferentes características de risco e vulnerabilidade relacionadas aos agravos e
doenças;
• Compreender a complexidade sanitária dos territórios e o impacto nos indicadores de saúde a
nível local, municipal e global;
• Despertar um olhar abrangente sobre as questões da saúde pública para compreender a
complexidade dos processos de saúde-doença-cuidado na sociedade globalizada.

3. Conteúdo Programático
• Riscos e Vulnerabilidades – mapeamento
• Vigilâncias em Saúde – apresentação dos sistemas de informação.

• Vigilância à Saúde: Vigilância Epidemiológica, Vigilância Nutricional.

• Vigilância à Saúde do Trabalhador, Vigilância Sanitária e Ambiental.

• Análise de situação de saúde nos territórios.

4. Metodologia
• Oficinas com metodologias ativas de aprendizagem;
• Estudos Dirigidos;
• Exposição dialogada;
• Produções Textuais;
• Rodas de conversa;
• Aula de campo;
• Seminários.

5. Bibliografia

CAMPOS, C.E.A. O desafio da integralidade segundo as perspectivas da vigilância da saúde e da


saúde da família. Ciênc. saúde coletiva. vol.8 n.2.pp.569-584. Rio de Janeiro 2003

COSTA, Ediná A. Vigilância sanitária: proteção e defesa da saúde. São Paulo: Hucitec 1999.
p.29-48.

GOMEZ, C.M.; MINAYO, M.C.S. Enfoque ecossistêmico de saúde, uma estratégia transdisciplinar.
Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente - v.1, n.1, Art 1, ago 2006

MOKEN, M; BARCELLOS, C. Instrumentos para o Diagnóstico Sócio-Sanitário no Programa Saúde


da Família. In: O território e o processo saúde-doença. Angélica Ferreira Fonseca e Ana Maria
D’Andrea Corbo (Org.). Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007.

56
MORAES, Ilara Harmerli Sozzi de. Informações em Saúde: da prática fragmentada ao exercício
da cidadania. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec. 1994.

PEREIRA, Maurício G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1995.
p. 30-32 e 269-270.

ROUQUAYROL, M. Zélia e NAOMAR FILHO, A. Epidemiologia e saúde. 5a ed. Rio de Janeiro:


Medsi. 1995. p. 15-23; 31-32; 301-304; 318-320; 327-350.

SILVA,J.P.V.; BATISTELLA, C.; GOMES, M.L. Problemas, Necessidades e Situação de Saúde: uma
revisão de abordagens para a reflexão e ação da equipe de saúde da família. . In: O território e o
processo saúde-doença. Angélica Ferreira Fonseca e Ana Maria D’Andrea Corbo (Org.). Rio de
Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007.

ROUQUAYROL, M. Zélia. Caderno de epidemiologia. 5a ed. Fortaleza: Stylus Comunicação, 1990.

WALDMAN, Eliseu A. Saúde & Cidadania: vigilância em saúde pública. São Paulo: Fundação
Petrópolis. 1998. p. 91-105.

Ciclo 5: Planejamento e Avaliação em Saúde I

1. Ementa
Poder, Estado e Sociedade. Evolução do Planejamento e da Avaliação na saúde. Aspectos
conceituais, histórico, metodológico do Planejamento e Avaliação em Saúde e a sua a aplicação no
sistema de informação no processo avaliativo em saúde e na organização de serviços e sistemas de
saúde.

2. Competências
• Desenvolver conceitos, procedimentos e atitudes necessárias para utilizar um enfoque
estratégico de planejamento que permita apreender a complexidade dos processos sociais.
• Compreensão crítica dos limites e oportunidades inerentes ao planejamento e a avaliação;
• Fomentar a cultura do planejamento e avaliativa nos serviços de saúde;
• Capacidade de utilização do Planejamento e da avaliação como ferramenta de
desenvolvimento e de organização do serviço das equipes de Saúde da Família no
território;
• Avaliar o processo de trabalho da equipe no qual o residente está inserido, identificando o
objeto de investigação do seu projeto de intervenção;

57
• Construir projetos e planos de ação para o enfrentamento de problemas que resultem em
impacto positivo na qualidade de vida da população;
• Avaliar o processo de trabalho da equipe no qual o residente está inserido, identificando o
objeto de investigação do seu projeto de intervenção.

3. Conteúdo programático
• Poder, Estado e Sociedade;
• Bases histórica, teórica e metodológica do planejamento e da avaliação;
• Planejamento em saúde-produção de indicadores e resultados esperados;
• Metodologias de avaliação: quantitativa ou qualitativa, situacional ou experimental/quase
experimental;
• Formas de utilização da informação produzida: demonstração/comprovação ou informação,
instrumentalização;
• Tipos de juízo formulado: comprovação/negação de hipóteses, recomendações ou normas;
• Temporalidade da avaliação: pontual, corrente, contínua.

4. Metodologia
• Oficina

• Observação e registro em diário de campo;

• Leituras;

• Filmes;

• Produção textual;

• Grupo de estudo;

• Vivência de construção coletiva do planejamento e avaliação no território.

5. BIBLIOGRAFIA

FACCHINI, Luiz Augusto et al . Desempenho do PSF no Sul e no Nordeste do Brasil: avaliação


institucional e epidemiológica da Atenção Básica à Saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.
11, n. 3, Sept. 2006 .

GANDIN, D. A Posição do Planejamento Participativo entre as Ferramentas de Intervenção na


Realidade. Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, pp.81-95, Jan/Jun 2001.

HARTZ, Z. M. A. (Org.). Avaliação em saúde: dos modelos conceituais à prática na análise da


implantação de programas. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 1997.

PARENTE, J.R.F. Planejamento Participativo em Saúde. Revista SANARE. Sobral, v.10, n.1, p.54-
61, jan./jun. 2011.
58
TANCREDI, F. B.; BARRIOS, R.L.; FERREIRA, J.H.G. Planejamento em Saúde. V. 2. São Paulo:
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. (Série Saúde & Cidadania).

TEIXEIRA, C. F. Enfoques Teórico-Metodológicos do Planejamento em Saúde. In : Planejamento


em saúde : conceitos, métodos e experiências. TEIXEIRA, C.F. (organizadora). - Salvador :
EDUFBA, 2010.161 p.

TEIXEIRA, C.F. Epidemiologia e Planejamento de Saúde. Ciênc. saúde coletiva [online]. 1999,
vol.4, n.2, pp. 287-303.

VIEIRA, Fabíola Sulpino. Avanços e desafios do planejamento no Sistema Único de


Saúde. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2009, vol.14, suppl.1, pp. 1565-1577.

Ciclo 6: Bioética e Ética Profissional

1. Ementa
Fundamentos históricos e filosóficos da ética. Correntes do pensamento ético, processos inerentes à
bioética e ética profissional, inter-relações existentes entre a Ética, a Moral e o Direito. Bioética
como uma Ética Inserida na Prática. Modelos explicativos utilizados na Bioética.

2. Competências
• Conhecer os Fundamentos históricos e filosóficos da ética.
• Caracterizar as diferenças entre Ética, Moral e o Direito.

• Identificar os diferentes modelos explicativos utilizados em Bioética.


• Refletir sobre conflitos e dilemas morais envolvidos na área da saúde.
• Atuar de forma ética frente em todos os espaços e convivência.

3. Conteúdo programático
• Fundamentos históricos e filosóficos da ética
• Ética, Moral e Direito
• Bioética: Bioética e a Relação Profissional-Paciente; Bioética, Privacidade e
Confidencialidade; Bioética e Família
• Princípios Éticos e Bioética
• Modelos explicativos utilizados em Bioética

• Aspectos éticos envolvidos nas questões relativa a privacidade e confidencialidade,


problemas de início e final da vida, respeito à vida e tomada de decisão e pesquisa.

4. Metodologia
• Oficinas;

59
• Círculos de cultura;

• Seminário;

• Estudo dirigido;

• Grupos de estudo;

• Atividades de campo;

• Produção textual;

• Avaliação formativa.

5. Bibliografia

BELLINO F. Fundamentos de Bioética. Bauru: EDUSC, 1997.

CLOTET J. Bioética: uma aproximação. Porto Alegre: EDPUCRS, 2003.

CLOTET J, Goldim JR, Francisconi CF. Consentimento informado e a sua prática na assistência
e pesquisa no Brasil. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.

CLOTET J. Sobre Bioética e Robert Veatch. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.

DURANT G. A Bioética: natureza, princípios, objetivos. São Paulo: Paulus, 1995.

GOLDIM, JR, e colaboradores. Bioética e Espiritualidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.

Ciclo 7: Metodologia da Pesquisa I

1. Ementa
Tipos de conhecimento e paradigmas da ciência; Abordagens teórico-metodológicas que norteiam a
produção do conhecimento na área da saúde; Tipos de pesquisa; Projeto de Intervenção.

2. Competências
• Desenvolver a prática investigativa do processo monográfico;
• Analisar criticamente uma produção científica;
• Compreender a produção do conhecimento a partir da ação;
• Reconhecer o os tipos de pesquisa como um recurso de produção do conhecimento a
partir da realidade.

3. Conteúdo Programático
60
• Conhecimentos: senso comum, mito, ciência e filosofia;

• A trajetória da ciência e seus paradigmas;

• Abordagem e tipologia de pesquisa;

• Fundamentação teórico-metodológica da pesquisa.

4. Metodologia
• Observação e registro em diário de campo;
• Oficinas;
• Leituras;
• Filmes;
• Produção textual;
• Seminários/qualificação.

5. Bibliografia

CERVO, A L; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 2007.

DUARTE, R. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Cadernos de pesquisa,


115(1), 139-54. 2002

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

HAGUETTE, T. M. F. Universidade: nos bastidores da produção do conhecimento. In:


BIANCHETTI, L.; MACHADO NETTO, A. M. (Org.). A bússola do escrever. Desafios e estratégias na
orientação e escrita de teses e dissertações. 2. ed. São Paulo: Cortez; Florianópolis: Editora da
UFSC, 2006.

IACZINSKI SOBRINHO, Antônio. Elaboração e execução de


projetos.Florianópolis:UFSC/SEPLAN/COPROJ. (Apostila de curso)

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. 3.


reimpressão. São Paulo: Atlas, 2006.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. 2ª Ed. São
Paulo: EPU, 2013.

MINAYO, M.C.S. O Desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. 11 ed. São Paulo-
Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco, 2012.

TRIVIÑOS, A. N. S. Bases teórico-metodológicas da pesquisa qualitativa em ciências sociais:


idéias gerais para a elaboração de um projeto de pesquisa. Faculdades Integradas Ritter dos
Reis, 2001.

61
Ciclo 8: Saúde Mental e Saúde Comunitária

1. Ementa
Desenvolvimento histórico-conceitual do campo da saúde mental. Saúde mental clássica, na era
moderna e na contemporaneidade Saúde Comunitária. O normal e o patológico. Conceitos e
estratégias de atuação. A comunidade enquanto espaço vivo, social e dinâmico. O trabalho e a
abordagem comunitária. Conhecimento dos determinantes sociais de saúde no território e no Brasil.
Características do processo saúde-doença no contexto comunitário.

2. Competências
• Compreender o conceito de saúde comunitária e de saúde mental, dentro do contexto da Atenção
Primária e como se articulam;
• Organizar a atuação sobre o processo de saúde-doença-cuidado com base nos desafios e
potencialidades do território, articulando os atores, considerando a intersetorialidade e
integralidade do cuidado;
• Compreender a atuação em saúde mental na APS, a partir da perspectiva do Apoio Matricial,
identificando o perfil dos Transtornos Leves e moderados, a reconexão social e redução de danos;
• Conhecer e utilizar estratégias de atuação de base comunitária com foco no cuidado ampliado em
saúde.

3. Conteúdo Programático
• Conceitos de Saúde Comunitária e Saúde Mental;
• Saúde Mental na Atenção Primária em Saúde;
• Rede de Atenção Psicossocial;

• Os atores da Saúde Comunitária;


• Estratégias de cuidado na saúde comunitária.

4. Metodologia
• Oficinas;

• Círculos de cultura;

• Seminário;

• Estudo dirigido;

• Grupos de estudo;

• Atividades de campo;

• Produção textual;

62
• Avaliação formativa.

5. Bibliografia

BARBOSA, Maria Idalice Silva. Formação e facilitação de grupos comunitários na estratégia


saúde da família. S A N A R E, Sobral, v.8,n.1,p.86-98,jan./jun.2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica n. 34: Saúde mental. Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.176 p.

CAMPOS GWS. Clínica e saúde coletiva compartilhadas: teoria Paidéia e reformulação ampliada do
trabalho em saúde. In: Campos GWS. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; 2006

CHIAVERINI, Dulce Helena (Org.) [et al.]. Guia prático de matriciamento em saúde mental.
Brasília, DF. Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.236 p.

FOUCAULT, M. História da loucura. 8 ed. São Paulo: Perspectiva, 2008

GÓIS, Cezar Wagner de Lima. Saúde Comunitária – Pensar e Fazer Editora HUCITEC.

LANCETTI, Antônio. Clínica Peripatética. São Paulo. Hucitec Editora 7 ed.

VALLA, Victor Vincent. Educação popular, saúde comunitária e apoio social numa conjuntura
de globalização. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 15(Sup. 2): 7-14, 1999.

Ciclo 9: Família, Gênero e Etnia

1. Ementa
Abordagem da família como sistema, do processo histórico-cultural das relações familiares, da
prevenção e enfrentamento da violência intrafamiliar. Principais ferramentas de avaliação da família.
Abordagem antropológica e sociológica da diversidade étnica e de gênero no contexto da Atenção
Primária à Saúde.

2 Competências
• Relacionar-se de forma amorosa, humanizada e compreensiva com o outro e seus contextos.
• Abordar a família como um sistema dinâmico e complexo.

63
• Promover cuidados de grupos populacionais em situações especiais de agravos e
vulnerabilidade social.

3 Conteúdo Programático
• Concepções de família, gênero e etnia;
• Tipos de família na contemporaneidade;
• Fundamentos teórico-metodológicos da abordagem familiar sistêmica;
• Ferramentas da abordagem familiar;
• Abordagem de resiliências familiares;
• Gênero, sexualidade e saúde;
• Matrizes étnicas do povo brasileiro;
• Olhar antropológico e diversidade humana;
• Equidade e diversidade étnico cultural;
• Concepções e tipos de violências;
• Promoção da cultura de paz.

4 Metodologia

• Oficinas;

• Seminário;

• Círculos de cultura;

• Estudo dirigido;

• Grupos de estudo;

• Atividades de campo;

• Produção textual;

• Avaliação formativa.

5 Bibliografia

AGOSTINHO, M. Ecomapa. Revista Portuguesa de Clínica Geral, n. 23, p. 327-330, Lisboa, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações


para a prática em serviço. Série Cadernos de Atenção Básica, n. 8, Brasília, 2001.

DITTERICH, R. G. A Família como Foco de Atenção em Saúde. In: O Trabalho com Famílias
Realizado pelo Cirurgião Dentista do Programa Saúde da Família (PSF) de Curitiba – PR. Pontifícia
Universidade Católica de Curitiba, 2005. p. 25-44.

ERIKSON, E. H. Identidade, juventude e crise. 2a ed., Rio de Janeiro: Zahar. 1996a.


64
GALERA, S. A. F.; LUIS, M. A. V. Principais conceitos da abordagem sistêmica em cuidados de
enfermagem ao indivíduo e sua família. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v.36, n. 2, p.
141-147, 2002.

HEILBORN, M. L. Articulando Gênero, Sexo e Sexualidade: Diferenças na Saúde. In:


GOLDENBERG, P., MARSIGLIA, RMG; GOMES, MHA., (orgs) O Classico e o Novo: tendências,
objetos e abordagens em ciências sociais e saúde, Ed. FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2003.

MONTEIRO, Simone & MAIO, M. C.: Etnicidade, raça e saúde no Brasil: questões e desafios. In:
MINAYO, Maria Cecília de S. (org.) Críticas e Atuantes: Ciências Sociais e Humanas em Saúde na
América Latina. Ed. FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2005.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras. 1995.

RIBEIRO, João U. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1984.

SARAPIONE, M. O papel da família e das redes primárias na reestruturação das políticas sociais
coletivas, Revista ABRASCO, 2005.

SILVA, A. P. et al. Trabalho socioeducativo com famílias em situação de vulnerabilidade: Uma


perspectiva interdisciplinar. Revista Integração. Ano X, n. 38. jul/ag/set. 2003. p. 285-289.

SILVA, M. R. S. et al. Processos que sustentam a resiliência familiar: um estudo de caso. Revista
Texto & Contexto de Enfermagem, Florianópolis, v. 18, n. 1, p. 92 – 99, 2009.

ZUMA, C. E. A visão sistêmica e a metáfora de rede social no trabalho de prevenção de violência


intrafamiliar em comunidades. Revista Nova Perspectiva Sistêmica, ano XIII, n. 23. fev. 2004.

Ciclo 10: Educação Popular e Participação Social em Saúde

1. Ementa
Fundamentos teórico-metodológico, técnico-operacional e ético-político da Educação Popular e da
participação social em saúde no contexto da Atenção Primária à Saúde.

2. Competências
• Adotar a educação popular em saúde enquanto um dos princípios que ampliam o processo de
reflexão sobre a realidade de saúde;
• Desenvolver a condição de relacionar-se de forma amorosa, humanizada e compreensiva
com os outros e seus contextos;
• Resgatar a identidade cultural para o fortalecimento da resiliência comunitária;
• Fortalecer as redes sociais do território.

65
3. Conteúdos programáticos
• Educação bancária versus educação libertadora;
• Movimento da reforma sanitária e educação popular em saúde;
• Articulação nacional de movimentos e práticas de educação popular em saúde – ANEPS;
• Política nacional de educação popular em saúde;
• Métodos e técnicas da educação popular em saúde;
• Gestão participativa e controle social no Sistema Único de Saúde;
• Processo de mobilização social;
• Método Paidéia de cogestão de coletivos;
• Abordagem de redes sociais;
• Mapa afetivo e identidade de lugar.

4. Metodologia
• Oficinas;

• Círculos de cultura;

• Seminário;

• Estudo dirigido;

• Grupos de estudo;

• Atividades de campo;

• Produção textual;

• Avaliação formativa.

5. Bibliografia

ALVES, V. S. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família. Interface –


Comunicação, Saúde e Educação, v. 9, n. 16, p. 39-52, 2004/ 2005.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de


Apoio à Gestão Participativa. Caderno de Educação Popular e Saúde.

CONCEIÇÃO, A. S. Ser rezadeira: experiências e práticas culturais de participantes da medicina


popular. UNEB, Florianópolis, 2008.

66
FREIRE, P. A Pedagogia do Oprimido. 17ª ed., Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1987. p. 44-57.

______. A educação e o processo de mudança social. In Educação e Mudança. 12ª ed. Rio de
Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1979. p. 14-22.

______. Como trabalhar com o povo? Entrevista, São Paulo, 1982.

GOMES, L. B.; MERHY, E. E. Compreendendo a Educação Popular em Saúde: um estudo na


literatura brasileira. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, p. 7–18, 2011.

GUIMARÃES, M. B. L.; VALLA, V. V. Terapia Comunitária como expressão de educação


popular: um olhar a partir dos encontros com Agentes Comunitários de Saúde. FIOCRUZ (s.d.).

MORIN, E. Ensinando a compreensão. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª ed.


São Paulo: Cortez, 2000. p. 90-104.

PEDROSA, J. I. S. Educação Popular em Saúde e Gestão Participativa no Sistema Único de Saúde.


Rev. APS, v. 11, n. 3, 2008.

PELOSO, R. Aprendendo e ensinando uma nova lição: roteiro na reflexão sobre educação
popular e metodologia popular. CEPIS, São Paulo, 2003.

VASCONCELOS, E. M. Redefinindo as práticas de saúde a partir de experiências de educação


popular nos Serviços de Saúde. Interface - Comunicação, Saúde e Educação, p. 121–126, 2001.

Ciclo 11: Organização e Gestão da Produção de Cuidados em Saúde

1. Ementa
Atenção Básica como ordenadora do cuidado em saúde no SUS. Integralidade e linhas de cuidado
no contexto das Redes de Atenção à Saúde. Políticas de Atenção Básica, Humanização e
Promoção da Saúde no SUS. Planos de cuidados para os ciclos de vida na concepção da clínica
ampliada. Participação do indivíduo e da família na definição do plano de cuidado. Integração das
ações programáticas às necessidades de cuidado dos indivíduos. Integralidade e trabalho em equipe
multiprofissional.

2. Competências
• Organizar o processo de trabalho em saúde
• Aplicar cuidados integrais a saúde da criança, do adulto e do idoso.
• Fomentar e fortalecer linhas de cuidados em saúde.
• Participar da efetivação dos micro e macroprocessos do território

3. Conteúdos Programáticos

67
• Gestão do Cuidado em Saúde
• Gestão da Clínica
• Linhas de Cuidado
• Cuidado Integral ã Saúde da Criança, do adulto e do idoso.
• Gestão dos micros e macroprocessos do território.

4. Metodologia
• Oficinas;

• Círculos de Cultura;

• Seminário;

• Estudo dirigido;

• Grupos de estudo;

• Atividades de campo;

• Produção textual;

• Avaliação formativa.

5. Bibliografia

CAMPOS, GWS, DONITTI, AC. Apoio Matricial e equipe de referência: uma metodologia para a
gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad. Saúde Pública 2007; 23(2): 399-407.

CAMPOS GWS. Clínica e saúde coletiva compartilhadas: teoria Paidéia e reformulação ampliada do
trabalho em saúde. In: Campos GWS. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; 2006.

MATTOS, R. & PINHEIRO, R.(orgs.) Os Sentidos da Integralidade na Atenção e no Cuidado. São


Paulo-Rio de Janeiro, , Hucitec/IMS, 2001.

MATTOS, R. & PINHEIRO, R.(orgs.) Construção da Integralidade: cotidiano, saberes e práticas em


saúde. São Paulo-Rio de Janeiro, Hucitec/IMS, 2003.

CECÍLIO, LCO. As Necessidades de Saúde como Conceito Estruturante na Luta pela Integralidade e
Equidade na Atenção em Saúde In: MATTOS,FRANCO, TB e MAGALHÃES, JR.; Atenção
Secundária e a Organização das Linhas de Cuidado In: MERHY et al. O Trabalho em Saúde:
olhando e experienciando o SUS no cotidiano; São Paulo:Hucitec, 2003.

MERHY EE. A rede básica como uma construção da saúde pública e seus dilemas. In: Merhy EE.
Agir em saúde ? um desafio para o público. 2ª ed. São Paulo:Hucitec; 2002.

68
Ciclo 12: Metodologia da Pesquisa II

1. Ementa
Tipos de conhecimento e paradigmas da ciência; Abordagens teórico metodológicas que norteiam a
produção do conhecimento de um projeto de intervenção.

2. Competências
• Conhecer os elementos definidores do processo de elaboração de um Projeto de
Intervenção;
• Desenvolver a capacidade de elaboração e desenvolvimento do Projeto de Intervenção a
partir do recorte do problema.

3. Conteúdo Programático
• Delineando a metodologia do Projeto de Intervenção;

• Prática: identificação do problema (objeto) de pesquisa, contextualização do problema


(objeto), justificativa e relevância, objetivos da ação, técnicas e instrumentos para
coleta de dados, procedimentos para análise de dados e princípios éticos de uma
pesquisa científica;
• Normalização da ABNT e Vancouver.

4. Metodologia
• Observação e registro em diário de campo;
• Oficinas;
• Leituras;
• Filmes;
• Produção textual;
• Seminários/qualificação.

5. Bibliografia

BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Um manual
prático. Petrópolis, RJ: Vozes. 2002

BARCELLOS FONTANELLA, B. J.; MAGDALENO JÚNIOR, R. Saturação teórica em pesquisas


qualitativas: contribuições psicanalíticas Psicologia em
Estudo[Online]2012,17:Acessoem30dejul.2013.
69
BARDIN, L.; Análise de Conteúdo - Edições 70 – Reimpressão ISBN 9789724411545 223 págs.
2007.

FURASTÉ, P.A. Normas técnicas para o trabalho científico, elaboração e formatação.14 ed.
Porto Alegre: s.n, 2007.

QUEIROZ, M. I. P. Variações Sobre a Técnica de Gravador no Registro da Informação Viva -


Maria Isaura Pereira de Queiroz - Brochura - 14x21cm - 171pp - Ed. T. a. Queiroz, 1991 - Ciências
Sociais. Pesquisa. História de Vida. Registro Gravado. Informação Oral.

_______, Métodos, técnicas e relações em triangulações. In: MINAYO, M. C.et ali (Orgs.) Avaliação
por Triangulação de Métodos: abordagem de programas sociais. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz,
2005. Págs.71 a 103.

POLIT, D. F; BECK, C. T HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos,


avaliação e utilização. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011.

SCHAFFRATH, M. A. S. Estágio e Pesquisa. Ou sobre como olhar a prática e transformá-la em mote


de pesquisa. Revista Científica/ FAP – Versão eletrônica, V. 2, – janeiro-dezembro; p. 4. Paraná,
2007.

SCHRAIBER, L. B. Pesquisa qualitativa em saúde: reflexões metodológicas do relato oral e produção


de narrativas em estudo sobre a profissão médica. Rev. Saúde Pública, v. 29, n. 1, p. 63-74, 1995.

TURATO, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-


epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas de saúde e humanas. 4 ed.
Petrópolis: Vozes, 2010. p 296/357

YIN, R K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4ª Ed. Porto Alegre. Editora: Bookmam. 2010

Ciclo 13: Planejamento e Avaliação em Saúde II

1. Ementa
Aspectos metodológicos do planejamento e da avaliação em saúde e sua aplicação no sistema de
informação na organização de serviços e sistemas de saúde.

2. Competências
• Construir projetos e planos de ação para o enfrentamento de problemas que resultem em
impacto positivo na qualidade de vida da população;
• Avaliar o processo de trabalho da equipe no qual o residente está inserido, identificando
o objeto de investigação do seu projeto de intervenção;

• Analisar criticamente a produção em saúde;


• Aprimorar a prática avaliativa dos processos de trabalho de trabalho em saúde como
fator orientador de decisão;

70
• Aferir a satisfação dos usuários do SUS;
• Produzir conhecimento qualitativo da rede de serviço de saúde.

3. Conteúdo Programático
• Planejamento em saúde-produção de indicadores e resultados esperados;
• Metodologias de avaliação: quantitativa ou qualitativa, situacional ou
experimental/quase experimental;
• Formas de utilização da informação produzida: demonstração/comprovação ou
informação, instrumentalização;
• Tipos de juízo formulado: comprovação/negação de hipóteses, recomendações ou
normas;
• Temporalidade da avaliação: pontual, corrente, contínua.
• Avaliação do Plano Municipal de Saúde e do Planejamento Anual do Centro de Saúde
do Município.

4. Metodologia
• Oficina

• Observação e registro em diário de campo;

• Leituras;

• Filmes;

• Produção textual;

• Grupo de estudo;

• Vivência de construção coletiva do planejamento e avaliação no território.

5. Bibliografia

CAMARGO Jr. KR, Campos EMS, Bustamante-Teixeira MT, Mascarenhas MTM, Mauad NM, Franco
TB, Ribeiro LC, MJM Alves. Avaliação da Atenção Básica Pela Ótica político-institucional e da
Organização da Atenção com ênfase na integralidade. Cad. Saúde Pública, 2008.

CORDEIRO, Hesio et al . Avaliação de competências de médicos e enfermeiros das Equipes de


Saúde da Família da Região Norte do Brasil. Physis, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, 2009.

FURTADO, Juarez Pereira. Um Método construtivista para à Avaliação em Saúde.Ciênc.. Saúde


coletiva , Rio de Janeiro, v 6, n. 1, 2001.

HARTZ, Z. M. A. (Org.). Avaliação em saúde: dos modelos conceituais à prática na análise da


implantação de programas. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 1997.

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JESUS, Washington Luiz Abreu de e ASSIS, Marluce Maria Araújo. Revisão sistemática sobre o
conceito de acesso nos serviços de saúde: contribuições do planejamento. Ciênc. saúde
coletiva [online]. 2010, vol.15, n.1, pp. 161-170.

LINS, Auristela Maciel; CECILIO, Luiz Carlos de Oliveira. O discurso da institucionalização de


práticas em saúde: uma reflexão à luz dos referenciais teóricos das ciências humanas. Physis, Rio
de Janeiro, v. 18, n. 3, Set. 2008.

MIELKE, Fernanda Barreto; OLCHOWSKY, Agnes. Saúde mental na Estratégia Saúde da Família:
a avaliação de apoio matricial. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 63, n. 6, Dez. 2010.

MOIMAZ, Suzely Adas Saliba et al . Satisfação e percepção do usuário do SUS sobre o serviço
público de saúde. Physis, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, Dez. 2010.

NOVAES Hillegonda Maria D. Avaliação de programas, serviços e tecnologias em saúde.Rev.


Saúde Pública, 34 (5): 547-59, 2000. Disponível em: www.fsp.usp.br/rsp.

ONOCKO-CAMPOS, Rosana Teresa et al . Avaliação de estratégias inovadoras na organização


da Atenção Primária à Saúde. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 46, n. 1, fev. 2012.

PEDROSA, José Ivo dos Santos. Perspectivas na avaliação em promoção da saúde: uma
abordagem institucional. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, Set. 2004 .

ROCHA, Paulo de Medeiros et al. Avaliação do Programa Saúde da Família em municípios do


Nordeste brasileiro: velhos e novos desafios. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2013.

SOUZA, Elizabethe Cristina Fagundes de et al . Acesso e acolhimento na atenção básica: uma


análise da percepção dos usuários e profissionais de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
2013 .2.

Ciclo 14: SUS e Práticas Integrativas e Complementares

1 Ementa
Este ciclo visa articular a abordagem dos desafios atuais e perspectivas do Sistema Único de Saúde
e dos fundamentos e modalidades das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).

2 Competências

• Adotar uma visão holística do processo saúde-doença, na promoção global do cuidado humano,
especialmente do autocuidado.

• Estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de


tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo
terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

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• Divulgar as PICS para profissionais de saúde e usuários da atenção primária, considerando as
metodologias participativas e o saber popular e tradicional.
• Fortalecer as PICS, em caráter multiprofissional, na atenção primária.

3 Conteúdos Programáticos

• Concepção holística do cuidado em saúde;


• Modelo biomédico e outras racionalidades;
• Espiritualidade e saúde;
• Política nacional de práticas integrativas e complementares em saúde;
• Fitoterapia e medicina caseira;
• Passos da terapia comunitária;
• Práticas Corporais na Atenção Primária;
• Noções básicas de massoterapia;
• Medicina tradicional e acupuntura;
• Meditação e Reik.

4. Metodologia
• Oficinas;
• Seminário;
• Estudo dirigido;
• Grupos de estudo;
• Atividades de campo;
• Produção textual;
• Avaliação formativa.

5. Bibliografia

BARBOSA, M. I. S. Formação e facilitação de grupos comunitários na estratégia saúde da família.


Revista Sanare, Sobral, v.8,n.1,p.86-98.2009.

BARRETO, A. P. Terapia Comunitária: passo a passo. 3ª Ed. Fortaleza, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS e a Terapia Comunitária. Luiz Odorico Monteiro de Andrade.
Ivana Cristina de Holanda Cunha Barreto.

Cavalcante, Ruth. Biodança, saúde e qualidade de vida: Uma perspectiva integral do


organismo. Revista Pensamento Biocêntrico. n 10 pg 44-67. Pelotas Nº 10. p - 1-238 Jul/Dez 2008.

73
ERNST, E.; WHITE, A. Acupuntura: uma avaliação científica. São Paulo: Manole, 2001.

FERREIRA NETO, J.L; KIND, L. Práticas grupais como dispositivo na promoção da saúde.
Physis, Rio de Janeiro, v.20, n.4, Dez. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000400004. Acessado em: 01 de fevereiro de 2012.

Góis, Cezar Wagner de Lima; Ribeiro, Kelen Gomes. A educação Biocêntrica: Dialogando no
círculo de cultura. Revista Pensamento Biocêntrico. n 10. pg 96-126. Pelotas Nº 10. p - 1-238
Jul/Dez 2008.

Góis, Cezar Wagner de Lima. Técnicas de Facilitação. In: Saúde Comunitária – Pensar e Fazer
Editora HUCITEC Pg.143-184

Góis, Cezar Wagner de Lima. Saúde Comunitária. In: Saúde Comunitária – Pensar e Fazer Editora
HUCITEC Pg.103 -140.

LIMA. Ray. Feira Soma Sempre. (Mimeo)

MATOS, F.J.A. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para
pequenas comunidades. 3.ed. Fortaleza: EUFC, 1998. 219p.

14. EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PRECEPTORES E TUTORES

O educador Pedro Demo afirma que a aprendizagem do aluno é proporcional a aprendizagem


do professor21. É a partir desta importante e óbvia constatação, muitas vezes negligenciada, que
reconhecemos a necessidade de contemplar, também, o processo de educação dos facilitadores da
11ª de RMSF de Sobral.

21
Fonte: DEMO, Pedro. Certeza da incerteza: ambivalência do conhecimento e da vida. Brasília: Plano,2000.
74
A EFSFVS vem desenvolvendo uma política de qualificação do seu corpo docente através de
parcerias com a FIOCRUZ e a UECE, onde são ofertados simultaneamente Mestrados acadêmicos e
profissionalizantes em Saúde da Família e de Ensino na Saúde, além de especializações em
convênio com a UVA e Educações Permanentes na própria EFSFVS com apoio do Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Saúde (NEPS).

15. EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÃO

A experiência da RMSF proporcionou a construção e reorientação das práticas de um


conjunto significativo de profissionais que têm vivenciado este processo de Educação Permanente
para o SUS. Entretanto, constatamos que uma significativa parte dessa experiência não conseguiu
ser devidamente registrado, o que implica na possibilidade de perdas e fragmentações da memória
destas construções.

75
Nesse sentido reconhecemos ser importante para essa recente experiência, que ainda é
bastante recente, garantir o registro de tais práticas, modos de pensar e fazer, entre outros aspectos,
que vem se aperfeiçoando e sendo ressignificados a partir das vivências proporcionadas pela RMSF.

Nesta dimensão, propomos a editoração e publicação de uma coletânea de artigos, produto


das monografias dos especialistas/residentes à fim atender a lacuna e de algum modo, devolver a
sociedade os resultados do investimento na qualificação dos profissionais envolvidos na RMSF.

16. DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

Segundo determinação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional e em Área


Profissional em Saúde (CNRMS), regulamentada pela Resolução nº 04/2008 a carga horária total
dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde devem ter 5760 horas, sendo 80% de
carga horária prática ou teórico prática e 20% de carga horária teórica.

76
Carga Horária Total: 5760 horas

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17. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS

O acompanhamento dos egressos da residência se dará através do estímulo à participação em


atividades de ensino e pesquisa conforme abaixo relacionado:

 Realização de cursos de Atualização;

 Participação em Seminários da Residência;

 Inclusão em linhas de pesquisa;

 Participação dos egressos na discussão de protocolos e consensos para o serviço.

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