ODS Do Setor Elétrico

SETOR
INTEGRAÇÃO DOS ODS NO
ELÉTRICO
BRASILEIRO
SETOR
INTEGRAÇÃO DOS ODS NO
ELÉTRICO
BRASILEIRO
IDEALIZAÇÃO E APOIO
APOIO
Uma visão setorial
para os ODS
Car@s parceir@s,
A presente pesquisa é mais um resultado de como É importante ressaltar que o estudo propõe uma
a Rede Brasil do Pacto Global, por meio de seus reflexão não somente em relação aos avanços para
Grupos Temáticos de Energia & Clima e ODS, vem o alcance dos ODS, mas também sobre os desafios
endereçando a Agenda 2030 no setor privado. futuros, as oportunidades de negócios, a criação de
Após o estudo Integração dos ODS na Estratégia novos produtos e serviços e os impactos que ainda
Empresarial – Uma Contribuição do Comitê travam uma melhor adesão das organizações. Tudo
Brasileiro do Pacto Global para a Agenda 2030, isso servirá de referência para criar um modelo
lançado em abril de 2017, a Associação Brasileira que inspire outros setores, além de influenciar
de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), a em uma agenda pública, cujo marco regulatório é
CPFL Energia e a Enel propuseram o estudo para decisivo para que o setor privado crie meios para a
estabelecer um panorama de como os Objetivos implementação dos ODS em suas políticas e ações.
Globais têm influenciado o trabalho das empresas –
públicas e privadas – elétricas brasileiras. Portanto, seja no setor elétrico, seja em qualquer
outro setor da economia brasileira, aderir aos
Inédita, a pesquisa demonstra o quão preocupado ODS reforça mais uma vez o papel estratégico
está o setor elétrico brasileiro sobre a aplicação dos das parcerias. Além disso, representa uma grande
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) oportunidade para que as empresas façam a
em suas estratégias de negócio. Além de ser vital sua parte no atingimento da Agenda 2030 no
para a economia e para a sociedade – em função de Brasil e assumam sua responsabilidade na
suprir um bem público essencial para a produção de solução de problemas globais. Acreditamos na
bens e serviços –, trata-se de um setor cuja atividade sustentabilidade como diferencial competitivo do
está intimamente ligada à questão das mudanças setor privado brasileiro.
climáticas e que vem discutindo a inserção de fontes
alternativas de energia na matriz elétrica do país,
o que faz referência ao ODS 7, (Energia Limpa e
Acessível), entre outros ODS correlatos.
Os números, trazidos por pesquisadores da

Faculdade de Economia, Administração e Denise Hills
Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de Presidente da Rede Brasil do Pacto Global
São Paulo (FEA-RP/USP), trazem um diagnóstico e Superintendente de Sustentabilidade e
Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco
de adesão do setor assim como identifica
oportunidades para evolução no tema, passados
apenas dois anos de lançamento da Agenda 2030:
Carlo Pereira
50% das empresas – de um total de 20 companhias
participantes do setor elétrico, sejam de geração Secretário Executivo da
Rede Brasil do Pacto Global
ou distribuição e transmissão, representando as
cinco regiões brasileiras em diversos estados - já
consideram ODS em sua estratégia de negócios no
alinhamento de boas práticas.
Expediente
INTEGRAÇÃO DOS ODS NO SETOR

ELÉTRICO BRASILEIRO
EQUIPE TÉCNICA DA PESQUISA

Adriana Cristina Ferreira Caldana
Docente USP
Caroline Kruger
Denise Hills (Unibanco)
Doutoranda USP
Presidente
Larissa Marchiori Pacheco
Cristiana Brito (BASF), Doutoranda FGV/EAESP
Rodolfo Nardez Sirol (CPFL Energia), Marlon Fernandes Rodrigues Alves
Marcia Massotti (Enel)
e Sonia Favaretto (B3) Doutorando USP
Vice-presidentes Nayele Macini
Doutoranda USP
Carlo Pereira Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos
Secretário Executivo
Docente PUC/SP
Áreas Temáticas Equipe Publicação

Barbara Dunin Barbara Dunin, Elisa Badziack
Governança e Agenda 2030 e Luiz Fernando Campos
Coordenação Editorial
Elisa Badziack
Meio Ambiente Helena Fruet
Reportagem e Edição
Gabriela Almeida
Direitos Humanos e Anticorrupção Akemi Takenaka
Projeto Gráfico e Diagramação
Marcelo Paradizo
comunicação Revisão
Luiz Fernando Campos
Assessor
comissão editorial
Maria Garcia e Mateus Ferreira
Ana Paula Caporal (Enel),
Estagiários
Leny Medeiros (Abradee),
Ligia de Lima Carvalho (CPFL),
ADMINISTRATIVO Mariana Paál F. Martinato (Consultora),
Fabiana Cerqueira Mauricio Braga Vasconcelos (Enel),
Assessora Natália Tadokoro Ricci (CPFL) e
Ana Carolina Paci Rafaele Rodrigues Lebani (CPFL).
Assistente
Maio de 2018
MENSAGEM DOS
GRUPOS TEMÁTICOS
ODS E ENERGIA & CLIMA
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável O GT Energia & Clima tem entre seus propósitos
unem aspectos ambientais, sociais e econômicos, ser influente na sociedade e manter-se como um
e têm a parceria como premissa para o seu grupo proativo em busca de conhecimento. Assim,
atingimento até 2030. A atuação conjunta é tão o GT incentiva empresas engajadas a tornarem-se
relevante, que há um ODS dedicado a isso, protagonistas na discussão de temas relevantes
o 17 (Parcerias e Meios de Implementação). das áreas de Energia & Clima, buscando evoluir
para uma agenda positiva alinhada aos Objetivos
A Rede Brasil do Pacto Global busca apoiar e do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e às ações
mobilizar empresas para o desenvolvimento estratégicas do meio empresarial.
sustentável. Para instrumentalizar sua rede de mais
de 750 organizações, a Rede Brasil criou o Grupo Com esse foco, o GT Energia & Clima, em parceria
Temático ODS, cuja missão é elaborar metodologias com o GT ODS, idealizou este diagnóstico da
que contribuam para o engajamento corporativo correlação entre as práticas atuais do setor
com esta nova agenda. Por meio da disseminação de Energia e a adesão aos requisitos dos ODS.
e da capacitação em torno dos ODS, o GT busca Esse setor é especialmente importante por sua
estimular a ação transformadora e necessária por relevância na competitividade do produto nacional.
parte do setor privado para a Agenda 2030. O grupo Além disso, tanto o GT quanto esta publicação
também atua em parceria com outras organizações identificaram projetos que são inspirações para
e coalizações, com as quais compartilha o desafio aquelas empresas que, independentemente de seu
de engajar o setor privado brasileiro. tamanho e grau de maturidade no tema, queiram
implementar ações para fortalecer a adesão dos
E é neste contexto que o GT ODS se une ao Grupo ODS às suas estratégicas.
Temático Energia & Clima para tornar real o desejo
de construir uma visão setorial para os ODS, Por fim, um agradecimento especial às empresas
contribuindo para que empresas do setor elétrico que participaram mais ativamente desta iniciativa,
brasileiro definam suas estratégias dentro de uma assim como a todas aquelas que participam
nova agenda. Esperamos que esta publicação da nossa rede e têm constantemente aplicado
apoie empresas na definição de suas estratégias recursos para inovação e melhores práticas de
de negócio e inspire o desenvolvimento de análises aperfeiçoamento da gestão empresarial.
similares para outros setores.
Giovana Sgreccia Luiz Carlos Xavier

Coordenador do GT Energia &
Coordenadora do GT ODS e
Clima e responsável corporativo
gerente de Sustentabilidade
por Mudanças Climáticas na
e Negócios Inclusivos do
área de Desenvolvimento
Itaú Unibanco
Sustentável da Braskem
MENSAGEM Dos
idealizadores
Em 2012, o então secretário-geral das Nações mercados e criem novos produtos e serviços que
Unidas, Ban Ki-Moon, declarou que “A energia é o ajudem os seus países a atingirem os ODS. É a
fio comum que conecta o crescimento econômico chance de todos nós falarmos uma linguagem
com maior equidade social e sustentabilidade global e trabalharmos numa causa em parceria.
ambiental, e que permitirá ao mundo prosperar”.
Ele se referia à importância do setor energético Afinal, não podemos hoje pensar na estratégia
para o desenvolvimento global – econômico e de uma empresa desconectada dos desafios
social. Atentos a isso, nos reunimos para entender do mundo. Tudo está interligado, e os objetivos
em que momento do comprometimento com a ambiciosos que estão sendo perseguidos têm total
Agenda 2030 o setor elétrico se encontra aqui correlação com os objetivos da Agenda 2030.
no Brasil, e como podemos nos ajudar a cumprir A recomendação é que, para nos mantermos
a maior quantidade possível das 169 metas dos sustentáveis como empresa, precisamos estar
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável vigilantes às questões que a contemporaneidade
propostos pela ONU. nos impõe.
Nossa motivação é enorme, pois os ODS estão Boa leitura!

de fato na estratégia global de sustentabilidade
de nossas empresas. O estudo é uma forma
de aprendermos, com as outras empresas do
setor, a trabalhar da melhor forma possível, e
compartilharmos os desafios – que são enormes.
Tivemos uma excelente participação do setor
elétrico como um todo – com o apoio da Abradee,
conseguimos a adesão de mais de 96% do setor
de distribuição no estudo, nos trazendo uma
base excelente para trabalhar. Reunimos em
uma única publicação a atuação do setor elétrico
frente aos desafios dos ODS no Brasil, trazendo
uma visão global do setor e destacando práticas Marcia Massotti
diferenciadas e relevantes. Nosso intuito foi Vice-presidente da Rede Brasil
envolver todos os setores do mercado de energia do Pacto Global e Diretora de
Sustentabilidade do Grupo Enel no Brasil
brasileiro – distribuição, geração, transmissão
e comercialização, em uma iniciativa inédita
setorial, tanto aqui no Brasil como fora.
Rodolfo Nardez Sirol
Identificar onde estamos em relação aos ODS – Vice-presidente da Rede
Brasil do Pacto Global e Diretor
tanto em entendimento quanto em ações para
de Sustentabilidade da CPFL
cumpri-los e ainda disseminá-los - é uma grande
oportunidade para que as empresas façam parte
da solução de problemas globais, explorem novos
índice
10
I N TRODU ÇÃO
20
R ESU LTADOS
36
conclusão
44
ANEXOs
58
R E F ERÊNCIA S
IN
TRO
DU
ÇÃO
14 |
O Pacto Global e o CBPG

O Pacto Global das Nações Unidas foi lançado de empresas e organizações que operam no
em 2000, pelo então Secretário-geral da ONU, Brasil, como forma de fortalecer o movimento
Kofi Annan. Hoje ele é considerado a maior de sustentabilidade corporativa no país. O CBPG
iniciativa de cidadania corporativa do mundo, entende que os Dez Princípios constituem
com mais de 12 mil signatários, entre empresas os padrões mínimos de políticas e práticas
e organizações. A Rede Brasil do Pacto Global de sustentabilidade corporativa para o país.
foi fundada em 2003 e, hoje, conta com mais
de 750 signatários. Quarta maior rede local e a O CBPG reúne empresas, entidades
maior das Américas, atua no Brasil em parceria empresariais, organizações da sociedade civil
com o Programa das Nações Unidas para o e instituições de ensino. Integrantes do CBPG
Desenvolvimento (PNUD) e está sob a gestão do coordenam as ações de seis grupos temáticos –
Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG). Água, Alimentos & Agricultura, Anticorrupção,
Direitos Humanos, Energia & Clima e ODS.
O CBPG é um grupo voluntário que busca
promover a adoção e incorporação dos Dez Participam do CBPG cerca de 40 organizações
Princípios do Pacto Global e dos Objetivos de e sua atual diretoria é composta por Itaú Unibanco
Desenvolvimento Sustentável (ODS) na gestão (presidência), BASF, B3, CPFL Energia e Enel.
Integração dos ODS no Setor Elétrico Brasileiro | 15
DOS ODM 1 Acabar com a fome
PARA OS ODS
e a miséria
2 Oferecer educação básica

de qualidade para todos
Objetivos de Promover a igualdade

Desenvolvimento 3 entre os sexos e a
autonomia das mulheres
do Milênio
Reduzir a
4 mortalidade infantil
Os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODM) foram estabelecidos
pela ONU em 2000, com o intuito de
alcançar metas relacionadas à promoção
5 Melhorar
da dignidade humana e ao combate à
a saúde
pobreza, fome, doenças, analfabetismo,
das gestantes
degradação ambiental e discriminação
contra as mulheres.
6 Combater a aids,
a malária e outras doenças
7 Garantir qualidade de vida

e respeito ao meio ambiente
8 Estabelecer parcerias
para desenvolvimento
Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
Na Cúpula das Nações Unidas sobre o empoderamento de mulheres e meninas, bem
Desenvolvimento Sustentável em 2015, chefes de como enfrentar outros desafios de nossos tempos.
Estado de 193 países adotaram a Agenda 2030 Os ODS são integrados e indivisíveis e mesclam,
para o Desenvolvimento Sustentável, de forma equilibrada, as três dimensões do
a qual contém um conjunto de 17 Objetivos de desenvolvimento sustentável: a econômica, a social
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS e a ambiental. Como principal canal ONU com o
foram construídos a partir dos resultados da setor privado, o United Nations Global Compact
Rio+20 e levam em conta o legado dos Objetivos de tem a missão de engajar as empresas com esta
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Com foco em nova agenda de desenvolvimento.
obter avanços nas metas dos ODM não alcançadas,
os ODS buscam assegurar os direitos humanos,
acabar com a pobreza, lutar contra a desigualdade
e injustiça, alcançar a igualdade de gênero e o
16 | rede brasil do pacto global
Acabar com a pobreza Acabar com a fome, alcançar Assegurar uma vida
em todas as suas formas, a segurança alimentar, saudável e promover o
em todos os lugares. melhorar a nutrição. bem-estar para todos.
Garantir educação Alcançar a igualdade de Garantir disponibilidade Garantir acesso à

inclusiva, equitativa e gênero e empoderar todas e manejo sustentável energia barata, confiável,
de qualidade. as mulheres e meninas. da água. sustentável.
Promover o crescimento Construir infraestrutura Reduzir a desigualdade Tornar as cidades e os

econômico sustentado, resiliente, promover a entre os países assentamentos humanos
inclusivo e sustentável. industrialização inclusiva. e dentro deles. inclusivos, seguros, resilientes.
Assegurar padrões Tomar medidas Conservar e promover Proteger, recuperar

de consumo e urgentes para combater o uso sustentável e promover o uso
produção sustentáveis. a mudança do clima. dos oceanos. sustentável das florestas.
Conheça mais
sobre os ODS em
http://agenda2030.com.br/
Promover sociedades Fortalecer os mecanismos

pacíficas e inclusivas para o de implementação e
desenvolvimento sustentável. revitalizar a parceria global.
introdução e motivação
A Rede Brasil do Pacto Global, em parceria Troca de experiências

com a Faculdade de Economia, Administração e Para Ana Paula Caporal, gerente de Planejamento
Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de de Sustentabilidade e Gestão de Stakeholders da
São Paulo (FEA-RP/USP) e Pontifícia Universidade Enel no Brasil, o estudo é uma ótima oportunidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), traz aqui um de aprendizado e troca com as outras empresas
estudo inédito sobre como as empresas do setor do setor. “Os ODS estão de fato na estratégia
de energia no Brasil estão se comprometendo com global de sustentabilidade da Enel. A empresa, no
a Agenda 2030. Essa iniciativa, que é pioneira entre lançamento da Agenda 2030 na ONU, apresentou
os estudos globais sobre ODS e dentro do setor seu compromisso formal assumido por nosso
elétrico, foi idealizada pela CPFL Energia e Enel, CEO, Francesco Starace, que incluiu nossas metas
com o apoio fundamental da Associação Brasileira quantitativas relacionadas diretamente com os
de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), ODS 4 (Educação de Qualidade), ODS 7 (Energia
que atua há mais de dez anos no incentivo da Limpa e Acessível), ODS 8 (Trabalho Decente e
gestão sustentável das distribuidoras de energia Crescimento Econômico) e ODS 13 (Combate às
no Brasil. O projeto também foi inovador na sua Mudanças Climáticas). Além desses, todo o plano
gestão dentro da Rede Brasil do Pacto Global, estratégico do grupo foi desdobrado nos 17 ODS,
pois pela primeira vez contou com a colaboração nos quais demonstramos que todos da companhia
de representantes de dois GTs – Energia & trabalham diretamente ou indiretamente para essa
Clima e ODS. O GT de Energia & Clima conta agenda global”, contou.
atualmente com 51 representantes de empresas
e organizações de diferentes setores e o GT ODS Exemplos a seguir
com 61 representantes. O apoio técnico veio Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee,
da FEA-RP/USP. “Já havíamos feito um estudo acredita que o setor tem um papel fundamental
sobre o tema para a CPFL, que sugeriu que o de exemplo para as outras empresas.
estendêssemos às demais participantes do GT “Sabidamente, há uma relação entre energia
de Energia & Clima e posteriormente a toda a elétrica e os índices de desenvolvimento humano,
área de energia do Brasil”, conta Adriana Caldana, geração de renda e emprego. Atualmente, o
pesquisadora da FEA-RP/USP. Além do estudo, papel das empresas vai muito além, ao criar
a Rede Brasil do Pacto Global organizou dois oportunidades e trazer as soluções para a
workshops sobre o tema, realizados em setembro preservação ambiental e sustentabilidade do
e novembro de 2017. planeta”, diz ele. As empresas do setor elétrico
identificaram os ODS mais desafiadores de
Desafios e oportunidades serem internalizados em suas ações, assim como
Para o diretor de sustentabilidade da CPFL Energia, citaram cases de sucesso de implementação.
Rodolfo Sirol, a implementação da Agenda 2030 “Um de nossos objetivos com a análise é
ainda é um desafio e exige mudanças de paradigmas justamente criar um modelo que inspire outros
na gestão pública e privada. “Isso engloba desde setores, além de influenciar em uma agenda
uma mudança na linguagem e a necessidade de pública”, explica Carlo Pereira, secretário
atuação em parcerias até o desdobramento dos executivo da Rede Brasil do Pacto Global.
compromissos assumidos em políticas, metas e
alocação de recursos que beneficiem a população
brasileira”, diz. “Ao mesmo tempo, é a chance
de todos nós falarmos uma linguagem global e
trabalharmos numa causa em parceria”, completa.
PESQUISA e metodologia
O presente estudo faz parte de estender a pesquisa da ABRADEE no estudo, no território nacional e, por
de uma pesquisa em curso, às demais participantes 96% das empresas do setor fim, empresas com variados
conduzida pela FEA-RP/ do GT de Energia & de distribuição de energia níveis de integração dos
USP e PUC/SP intitulada Clima do Pacto Global e, participaram da survey. ODS na estratégia.
“Desafios e Oportunidades posteriormente, a todas do O questionário utilizado
da Adoção dos Objetivos de setor elétrico. Para garantir foi embasado no estudo A representatividade setorial
Desenvolvimento Sustentável a qualidade dos resultados e piloto, em discussões com dos participantes da survey,
nas Empresas: Evidências representatividade do setor especialistas do setor e no o envolvimento da alta
do Setor Elétrico Brasileiro1” elétrico, os idealizadores manual do SDG Compass. gestão nos estudos de caso
(CALDANA, 2018). A do estudo buscaram e e a presença de especialistas
metodologia dessa pesquisa conseguiram parcerias Outro aspecto relevante da externos durante os
prevê a análise dos principais com as associações de pesquisa foi a realização workshops permitiram
impactos e oportunidades de empresas de energia do de estudos de caso sobre a uma análise adequada das
negócios para o setor elétrico Brasil: ABRADEE, ABSOLAR, aplicação dos ODS. A partir diversas atividades do setor
brasileiro que surgem a partir ABEEólica, APINE, ABRAGE, da survey, cinco empresas elétrico no Brasil. O estudo
da agenda dos Objetivos dentre outros convidados da foram selecionadas para ajudou a disseminar os
do Desenvolvimento Rede Brasil do Pacto Global. a etapa qualitativa de ODS e gerar uma discussão
Sustentável e da aplicação As etapas da pesquisa estão entrevistas e redação dos saudável sobre o valor
da metodologia do SDG descritas na figura abaixo. estudos de caso, levando- da Agenda 2030 para o
Compass nas empresas. se em conta os resultados setor. E a construção da
A pesquisa contou com de destaque na survey, matriz ODS ideal para os
A partir de um estudo prévio as maiores empresas do representatividade das setores de geração e de
conduzido pela FEA-RP/ setor elétrico brasileiro. áreas do negócio de energia distribuição/transmissão
USP junto à CPFL sobre Vale ressaltar que devido (geração, transmissão e poderá apontar novas
os ODS, surgiu a ideia ao grande envolvimento distribuição de energia) e oportunidades e desafios.
Levantamento das Workshop 1: Workshop 2:

Discussão dos Matriz ODS para o Estudos de casos
práticas no SEB de aplicação
resultados preliminares setor elétrico brasileiro
Participantes: empresas Definição dos critérios de

Baseado nos resultados da participantes da pesquisa, membros seleção das cinco empresas-
Evento do Pacto Global etapa anterior, foi organizado um
Apresentação do estudo e dos GTs ODS, Energia & Clima, case: destaque nos resultados
workshop com empresas convidados (Ethos, WWF, Fiesp, da survey, representatividade
convite às empresas para a participantes, membros dos
participação na survey FNQ, CRA-SP, Acende Brasil) das áreas do negócio de
GTs Energia & Clima e ODS, energia (geração, transmissão
membros de associações do e distribuição); abrangência
setor e entidades ligadas à Apresentação geral da pesquisa
dos ODS e do SDG Compass. territorial; empresas com
sustentabilidade variados níveis de integração
inscrição das dos ODS na estratégia
Criação de dois subgrupos
empresas interessadas
de trabalho: um para discutir
em participar do estudo Discussão dos distribuição/transmissão e outro Empresas selecionadas:
gráficos e dos resultados para discutir geração de energia Enel, Itaipu, Copel,
preliminares da survey CPFL e EDP
Levantamento das práticas Criação das matrizes, a partir
das empresas do seb em da hierarquização dos 17 ODS, Contato com os representantes
relação aos ods, por meio da Proposta de realização do considerando tanto os impactos de cada uma das cinco empresas
aplicação dos questionários Workshop 2 para a elaboração positivos e negativos quanto as selecionadas e entrevistas com
online (survey) da matriz ODS no SEB oportunidades de negócios gestores da área
1
CALDANA, A.C.F. Desafios e Oportunidades da Adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas Empresas: Evidências do Setor Elétrico Brasileiro. 2018. Tese (Livre
Docência) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. As demais referências desta publicação
poderão ser encontradas em Referências, páginas 60 e 61.
SDG
COMPASS
Guia de Implementação
dos ODS na Estratégia
dos Negócios
O Guia de Implementação dos ODS na Estratégia

dos Negócios tem o papel de inspirar e convocar
as empresas a contribuir para o atingimento
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A proposta é explicar como os ODS afetam e
são afetados pelos negócios, além de oferecer
ferramentas e conhecimento para orientar as
empresas a alinhar suas estratégias e mensurar
sua contribuição para esta agenda.
A publicação faz parte de um esforço conjunto

do United Nations Global Compact, da Global
Reporting Initiative (GRI) e do World Business
Council for Sustainable Development (WBCSD).
A tradução para o português é assinada pela Rede
Brasil do Pacto Global, pela GRI e pelo Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (CEBDS).
São cinco os passos para guiar essa
jornada que reúne governos, empresas e
sociedade civil e que almeja acabar com a
Acesse o Guia completo em português pobreza e criar uma vida com dignidade e
– pactoglobal.org.br/publicacoes – e na oportunidades para todos.
versão original – sdgcompass.org.
AS EMPRESAS
PARTICIPANTES
Conheça o perfil das empresas do setor que
colaboraram com a pesquisa
O setor elétrico brasileiro (SEB) passou por atividades responsáveis pela maior parte de suas
reformas estruturais a partir da década de 1990, receitas, e 25% apresentam a geração como
visando uma maior autonomia econômica e atividade principal. O setor de distribuição de
eficiência. Como resultado dessa transformação, energia no Brasil foi quase que totalmente coberto
os segmentos do setor passaram a ser divididos pelas empresas participantes da survey (96%).
entre geração, transporte (distribuição e Destas, 85% são signatárias do Pacto Global.
transmissão) e comercialização. A geração é
responsável pela produção da energia elétrica Levando em consideração o número de funcionários,
e injeção nos sistemas de transporte, no intuito as empresas do setor elétrico participantes
de alcançar os consumidores. O segmento possuem diferentes portes, sendo que 10% delas
de transporte, que abrange a transmissão e a contam com mais de 12 mil colaboradores; 25%
distribuição, visa transportar a energia proveniente entre 6 e 9 mil; e 40% até 3 mil funcionários. Dentre
das usinas geradoras (ABRADEE, 2018)2. os respondentes da pesquisa, 55% estão vinculados
à área de sustentabilidade; 20% são de áreas
Dentre as empresas participantes, cerca de 75% ambientais ou sociais; e 25% são de outras áreas
possuem a distribuição e a transmissão como ou não declararam a área pertencente.
Números sobre Número de funcionários

as empresas:
8 0 a 3 mil
Atividade responsável 12 mil ou

pela maior parte da mais
receita da empresa
2
2
15 5 5
3 mil a 6 mil
9 mil
3
Distribuição + Geração
transmissão a 12 mil
6 mil a 9 mil
Signatário do Pacto Global? Área de atuação

dos respondentes
55%
25%
3 17 Vinculados
à área de
sustentabilidade
Vinculados
a outras
Não Sim
áreas
Intensidade do P&D
(além do % regulatório):
13
0,01 a 3,004
3,01 a 5,00
2
20% Vinculados à área
5,01 ou mais
1 ambiental e social
RE
SUL
TA
DOS
Motivação para trabalhar

com os ODS
Empresas veem a Agenda
2030 como oportunidade 5%
de alinhar estratégia Fortalecer as relações
organizacional a boas com stakeholders
práticas de sustentabilidade (internos e externos)
15%
Os ODS pretendem responder aos novos Transformar
desafios decorrentes da globalização,
o ambiente de
negócios do
mesclando as três dimensões do
setor, visando
desenvolvimento sustentável: a econômica, resultados de
a social e a ambiental. Desse modo, a Agenda longo prazo
2030 visa contar com a ação das empresas
para atingir as 169 metas estabelecidas.
A inserção da sustentabilidade dos recursos

e da preservação ambiental como questão
estratégica veio para reverter certa tendência
de queda na participação das fontes renováveis
na matriz brasileira percebida desde 2000
(TOLMASQUIM GUERREIRO; GORINI, 2007)3.
A essa tendência de mudanças no setor é
importante adicionar o efeito colateral da
pressão ambientalista presente no conceito
de desenvolvimento sustentável, o que tornou
10%
urgente a mudança no sistema energético
em todo o mundo (JANNUZZI, 2005)4. Dessa
forma, as empresas vêm buscando, por meio da Utilizar uma
adoção de boas práticas, fomentar a transição linguagem
do setor para a sustentabilidade e ainda cumprir globalmente
com uma agenda de relevância mundial. validada e
uma finalidade
Em função do contexto regulatório do país, compartilhada
mudanças na opinião dos consumidores
e ainda a preocupação em estender boas
práticas para a sua cadeia de valor, as
empresas também relatam serem os ODS
importantes para a aproximação com seus
stakeholders e um importante motivador para
a adoção da Agenda 2030.
5% legais e regulatórias
Atender as demandas
65%
Qual a Alinhar a
estratégia
motivação de sua organizacional
às boas
organização práticas de
sustentabilidade
ao trabalhar corporativa
com os ODS?
Perspectiva dos ODS como

referência estratégica
O caminho para estruturar os

ODS nas organizações já conta
com a integração de agendas
estratégicas
Nota-se pelo gráfico que todas
as empresas participantes da A perspectiva dos ODS foi considerada como
pesquisa possuem interesse em referência para estruturação ou revisão da estratégia
integrar os ODS na estratégia de e gestão dos negócios da organização?
negócios e 40% das empresas
participantes da pesquisa já
consideram alguns ODS como
referência para revisar a sua
estratégia. Entretanto, 20%
não utilizaram os ODS, mas
10% Os ODS estão sendo
considerados na
empresa, bem como em
basearam suas estratégias si m toda a sua cadeia
em outras agendas globais de
sustentabilidade. Por fim, 30%
das empresas do setor planejam
considerar os ODS como
referência em planejamentos
estratégicos futuros.
40% Alguns ODS estão
sendo considerados
ALGUNS como referência
Apenas duas empresas (10%
dos respondentes) estão em
estágio mais avançado e já Mas serão considerados
estão aplicando os ODS de
forma mais integrada em toda 30% como referência no
próximo planejamento
a sua cadeia de valor. Esse é a i n da
um destaque relevante, pois a
própria idealização da Agenda
não
propõe a visão integrada dos
17 ODS e de suas metas, já Mas foram consideradas
que considerar apenas alguns agendas globais de
sustentabilidade,
deles na sua gestão pode
gerar conflitos e possíveis 20% como os Objetivos
de Desenvolvimento
impactos negativos nos ODS
não do Milênio (ODM)
ainda não considerados. A
relevância estratégica e o papel
0%
histórico da Itaipu Binacional Não há interesse em
na geração de energia limpa considerar a perspectiva
levaram à escolha da empresa
n ão dos ODS como referencial
para participar como caso de para a organização
aplicação neste estudo.
Questão de
estratégia
Itaipu Binacional
torna adoção da
Agenda 2030 parte da
gestão empresarial
A Itaipu Binacional é líder mundial
em produção de energia limpa e
renovável, tendo produzido mais
de 2,5 bilhões de MWh desde o
início de sua operação, em 1984.
Com 20 unidades geradoras
e 14.000 MW de potência
instalada, fornece cerca de 15%
da energia consumida no Brasil
e 86% no Paraguai (ano-base
2017). A construção de uma hidrelétrica provoca Indo além tem que ir além, com parcerias
impactos na biosfera. Ciente disso, desde 2003, Em 2016, durante a segunda efetivas e transparentes,
a responsabilidade socioambiental integra a visita do então secretário- pautadas em valores éticos”,
missão institucional da Itaipu, um compromisso geral da ONU Ban Ki-Moon explica o diretor. “Hoje, a
da empresa, seus empregados e colaboradores à Usina, a Itaipu firmou um ITAIPU segue o curso natural
com a sociedade e com a vida no planeta. Em acordo de cooperação técnica da sua missão e visão. Estamos
2015, o programa socioambiental Cultivando Água com o Programa das Nações contribuindo com a geração de
Boa, desenvolvido pela Itaipu em parceria com Unidas para o Desenvolvimento energia com fontes alternativas
29 municípios da Bacia Hidrográfica do Paraná 3, (PNUD), para a aplicação (biomassa, biogás, veículo
obteve o reconhecimento da ONU como a melhor dos ODS nas 54 cidades que elétrico), visando reduzir a
gestão de recursos hídricos do mundo na categoria integram a Associação dos emissão de gases de efeito
“Melhores práticas em gestão da água”. Municípios do Oeste do Paraná estufa. Estamos participando
(Amop). Para Luiz Fernando, ativamente da COP23,
Atuação em várias a caminhada é longa mas apresentando soluções para
15%
frentes possível. “Hoje, a Agenda evitar, adaptar e construir
Segundo Luiz Fernando Leone 2030 pede um trabalho mais resiliência para os efeitos das
Vianna, diretor-geral brasileiro da alinhado com a estratégia do alterações no clima durante
A Itaipu Itaipu Binacional, o cumprimento nosso negócio, isso tem que o evento. Enfim, assumimos o
fornece 15% dos ODS é considerado como ficar no DNA empresarial e compromisso de ser exemplo e
da energia referência para a estratégia não em ações pontuais. O mostrar que é possível conciliar
consumida e gestão de negócios da olhar é sistêmico, complexo o desenvolvimento econômico,
no Brasil organização. “Não podemos ser e abrangente. A nossa lente social e ambiental”, completa.
uma ilha e dizer que já estamos
fazendo a nossa parte em gerar
90
apenas energia elétrica limpa. “Não podemos ser uma ilha e dizer que
Temos que ir além, ter uma
visão holística do que o mundo
já estamos fazendo a nossa parte em gerar
ações está pedindo e agir. Somos uma apenas energia elétrica limpa. Temos que
socioambientais
usina e também uma entidade ir além, ter uma visão holística do que o
binacional na região do Mercosul.
vinculadas aos
Atuamos em diversas realidades
mundo está pedindo e agir”
ODS foram
mapeadas e situações sociais, econômicas Luiz Fernando Leone Vianna,
pela Itaipu e ambientais”, diz ele. Diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional
Desafios de integração na
estratégica organizacional
apontaram que o maior desafio é demonstram que ainda estão
a definição de metas da empresa buscando identificar e avaliar
Definição de metas e indicadores
relacionadas aos objetivos os impactos de suas atividades
relacionados aos ODS são estabelecidos pelos ODS. perante os ODS.
os maiores desafios para as
empresas pesquisadas Os resultados mostram que A incorporação da Agenda 2030
algumas empresas parecem na cultura da empresa parece
Dentre os desafios mais já estar em um estágio de ser uma etapa importante
relevantes em integrar os ODS maior maturidade na discussão para a integração dos ODS à
na estratégia organizacional, estratégica da Agenda estratégia organizacional. A
está a definição de metas da 2030, pois para 6 empresas CPFL Energia é uma empresa
empresa em relação ao que participantes do estudo o desafio que demonstrou ter ações
é estipulado pelos ODS. Entre mais relevante no momento consolidadas na agenda de
as empresas pesquisadas, já é a definição de indicadores desenvolvimento sustentável e
15 disseram apresentar maior próprios para acompanhar as busca, continuamente, aprimorar
dificuldade em definir metas e atividades relacionadas aos o desenvolvimento de sua
indicadores, sendo que 9 delas ODS. Por outro lado, 6 empresas plataforma de sustentabilidade.
Quais os desafios mais

relevantes em integrar
ODS na estratégia
9organizações
organizacional? responderam:
definir nossas
metas em relação
às metas estipuladas
pelos ODS
6
6
organizações
responderam:
identificar organizações
e avaliar responderam:
impactos definir
indicadores
para atividades
relacionadas
com ODS
Agenda 2030: a necessidade de atuação em em 2014, receberá cerca
9,4
desafios e parcerias até o desdobramento
dos compromissos assumidos
de R$ 14,8 milhões em
investimentos.
oportunidades em políticas, metas e alocação
de recursos que beneficiem a
população”, diz Rodolfo.
milhões A empresa aponta também os
maiores desafios na implantação
CPFL Energia aponta de clientes dos ODS em seu negócio.
dificuldades e sucessos Pioneirismo são atendidos “Um dos principais fatores
na implementação pela CPFL
A CPFL Energia foi pioneira em críticos é conseguir o apoio e o
Energia, o
dos ODS desenvolver um estudo – em
que abrange engajamento da alta liderança,
parceria com a FEA-USP de mais de desafio já superado pela CPFL.
Com mais de 100 anos de Ribeirão Preto – para identificar 22 milhões Outro fator que merece destaque
história, a CPFL atua em todos os ODS prioritários para sua de pessoas é a questão da avaliação
os segmentos do setor: geração, atuação. “Temos diversas do impacto e definição das
transmissão, distribuição, ações que contribuem para o prioridades de toda a cadeia de
comercialização e soluções atingimento das metas atreladas valor”, conta Rodolfo.
14,8
de energia. A empresa é líder aos ODS”, conta Rodolfo. Um
em geração a partir de fontes dos destaques é o Projeto Novos consumidores,
renováveis, em distribuição, Telhados Solares, desenvolvido novas estratégias
atendendo 9,4 milhões de em Campinas (SP), com o apoio milhões De olho em um novo
clientes, e em comercialização, do CPqD e da Unicamp. Seu consumidor, cada vez mais
de reais
a partir de fontes incentivadas. objetivo é a constituição de um serão consciente e exigente, o Grupo
O diretor de sustentabilidade laboratório real de geração investidos CPFL também criou, em 2017, a
da CPFL Energia há mais de distribuída solar fotovoltaica, no Programa Envo, empresa especialista em
uma década, Rodolfo Sirol, está em grande escala. “Estão sendo Telhados geração distribuída. “Imagine
à frente do desafio em adotar coletados dados reais sobre as Solares que você possa gerar sua
– cumprir – a Agenda 2030 na diversas aplicações e implicações própria energia utilizando fontes
empresa. “Isso exige mudanças da tecnologia, possibilitando o renováveis sem causar impactos
de paradigmas na gestão pública estudo e o aprofundamento dos ao meio ambiente”, desafia
e privada que englobam desde impactos desse tipo de geração”, Rodolfo. Ela atua nas etapas de
uma mudança na linguagem e diz Rodolfo. A pesquisa, iniciada concepção técnica, aquisição e
instalação dos painéis solares
e homologação do cliente
junto à sua distribuidora local.
“A Envo reforça a estratégia
de expansão para negócios
sustentáveis e energia
renovável”, completa Rodolfo.
“Um dos principais

fatores críticos
para as empresas é
conseguir o apoio e o
engajamento da alta
liderança, desafio já
superado pela CPFL”
Rodolfo Sirol,
diretor de sustentabilidade
da CPFL Energia
Internalização do conhecimento
sobre ODS
Com relação à disseminação e consumidores finais e apenas
da Agenda 2030 e das práticas uma empresa do estudo disse
relacionadas aos ODS, 45% que está inserindo o tema dos
Diversas formas de comunicação
das empresas do setor ODS na sua interação com
interna podem ser utilizadas para elétrico brasileiro abordam o fornecedores e terceiros.
disseminar os ODS nas empresas tema em suas ferramentas
de comunicação interna, tais Percebe-se que há um longo
Quando uma organização como e-mails, cartilhas e caminho a ser percorrido pelo
visa internalizar e disseminar murais. Algumas (10% das setor, quando se considera que
conhecimentos novos em empresas pesquisadas) ainda 30% das empresas participantes
seu dia a dia, é necessário se preocupam em inserir o tema desse levantamento ainda não
planejamento e adoção de em palestras e treinamentos planejaram como disseminar
princípios de redundância para seus colaboradores. o conhecimento dos ODS
comunicacional, utilizando junto aos seus stakeholders.
diversos meios para fortalecer a O estudo demonstrou ainda Nesse sentido, a solução lúdica
ideia a ser disseminada. que 10% das empresas buscam criada pela Copel pode servir
disseminar esse conhecimento de inspiração para as demais
na comunicação com clientes empresas do setor.
De que forma o conhecimento sobre

ODS está sendo internalizado?
10%
Na nossa
30%
Ainda não
comunicação externa planejamos a
com clientes e/ou internalização desse
consumidores finais conhecimento
10%
Junto aos
colaboradores
em treinamentos
e palestras
45%
Abordado na
comunicação
interna
5%
Na interação e
(cartilha, mural, comunicação com
e-mail etc.) fornecedores e terceiros
SOLUÇÃO
LÚDICA
Copel cria
quebra-cabeça
para disseminar
conhecimento
sobre os ODS
A Copel – Companhia
Paranaense de Energia foi criada
em 1954 e 40 anos depois
tornou-se a primeira do setor
elétrico brasileiro listada na
Bolsa de Valores de Nova York. A
Companhia atende diretamente
a 3,6 milhões de lares e 78 mil
indústrias, além de milhares de Paranacidade e com o Conselho e na cadeira de fornecedores, o
estabelecimentos comerciais, Estadual de Desenvolvimento time da Coordenação de Meio
e sua estrutura compreende a
operação de um parque gerador
próprio composto de 30 usinas e
Econômico e Social (Cedes),
órgãos do governo do Paraná.
O Programa Cidades trabalha
3,6 Ambiente e Responsabilidade
Social da Copel encontrou uma
maneira lúdica de fazer isso.
11 participações e o sistema de com parcerias multissetoriais, milhões “Em 2017, fizemos seminários
distribuição tem 195 mil km de envolvendo governo, empresas, de lares são para todo o estado do Paraná,
linhas – a terceira maior do país. sociedade civil e universidades atendidos via internet, para o público
para desenvolver projetos pela Copel interno e fornecedores. Criamos
Pioneirismo inovadores e buscar soluções um quebra-cabeça gigante
O envolvimento da Copel com para os desafios urbanos. com os 17 ODS, que estimula
a sustentabilidade vem de A referência estratégica do a todos a pensarem em metas
longa data, conforme conta o
Presidente da empresa, Antônio
Sérgio de Souza Guetter: “Devido
Programa são os Dez Princípios
do Pacto Global e a Agenda ONU
2030 para o Desenvolvimento
195 corporativas e individuais”, conta
Guetter. O objetivo é replicar e
multiplicar essa boa prática em
à nossa responsabilidade Sustentável”, diz ele. mil km 2018. “Queremos disseminar
histórica com a sustentabilidade, de linhas esse jogo a toda a comunidade”,
aceitamos o grande e motivador INTERNALIZAÇÃO DO formam a explica ele. Quem quiser usar
desafio de coordenar o primeiro CONHECIMENTO terceira maior o jogo pode baixar as diretrizes
Centro do Programa Cidades do Levando em conta o desafio distribuidora no link: https://goo.gl/GXtqHp.
Pacto Global para a Região Sul de disseminar e internalizar a
de energia “Como empresa pioneira em
do Brasil
do Brasil, em parceria com o Agenda 2030 dentro da empresa sustentabilidade, acreditamos
que podemos contribuir para
disseminar a importância
“Acreditamos que podemos contribuir dos ODS para a sociedade,
empresas e pessoas, enfatizar
para disseminar a importância dos ODS para a responsabilidade de cada
a sociedade, empresas e pessoas, enfatizar um e o poder da parceria para
a responsabilidade de cada um e o poder o alcance da Agenda 2030, a
mais importante agenda global”,
da parceria para o alcance da Agenda 2030” completa Guetter.
Antônio Sérgio de Souza Guetter,
presidente da Copel
Entendimento dos
stakeholders sobre os ODS
A pesquisa também mostra que os fornecedores em geral.
na visão das empresas o grupo de Dessa forma, ações voltadas
No estudo realizado, a clientes e consumidores possui ao entendimento dos ODS
alta cúpula apresentou os níveis de conhecimento regular abrangendo toda a cadeia podem
mais elevados níveis de ou ruim acerca da Agenda ser de alto valor neste momento.
entendimento da Agenda 2030 2030. Esse aspecto indica que a
implementação dos ODS no setor Dentre as empresas
poderá facilitar a disseminação respondentes, a EDP é a que
A alta cúpula das empresas dos ODS junto à população em esteve presente por mais tempo
(presidência e conselho de geral, dado o alcance abrangente na carteira do Dow Jones
administração) e as lideranças das empresas do setor. Sustainability Index (DJSI)5.
(nível gerencial) foram os Esse fato pode ser o
únicos grupos de stakeholders Outros dois grupos de responsável por suas lideranças
internos a apresentarem níveis stakeholders com conhecimento terem apresentado os melhores
de conhecimento dos ODS da Agenda 2030 variando níveis de entendimento dos
considerados excelentes pelos entre regular e péssimo são ODS, de acordo com os
respondentes da pesquisa. os fornecedores críticos e respondentes da pesquisa.
Qual o nível de entendimento dos seus stakeholders

(internos e externos) a respeito dos ODS da Agenda 2030 da ONU?
Conselho de
10% 45% 40% 5% administração
15% 45% 35% 5% Presidência
5% 40% 40% 15% Consumidores

e/ou clientes
Todos os
60% 25% 15% fornecedores
críticos
5% 40% 35% 20% Fornecedores

em geral
5% 15% 60% 10% 10% Público interno

em nível gerencial
10% 55% 25% 10% Público

em geral
interno
excelente bom regular ruim péssimo

da empresa, que antes eram

mais focados em resultados
financeiros, hoje fazem parte
do programa ‘Metas com
Propósito’ e contemplam outras
dimensões, como pessoas,
clientes, parceiros de negócios,
comunidade e meio ambiente.
Os colaboradores da EDP
participaram da construção
dessa nova jornada”, explica.
Investimento em cultura
A aquisição da empresa de
eficiência energética APS,
em 2015, é uma das ações da
empresa para alcançar o EDP
2020. “Em 2016 fizemos 15
Agenda
3,3
parte da cultura da empresa, projetos, tendo investido cerca
que criou os seus próprios de R$ 20 milhões e
inspirad ora objetivos de sustentabilidade possibilitando a redução de 45
inspirados nela. “O Grupo EDP milhões GWh no consumo dos nossos
EDP engaja toda a sua definiu seus compromissos de clientes clientes. Em 2017 superamos
cadeia de negócios em relação à sustentabilidade são atendidos a marca de 21 projetos”, diz
em compromisso com por meio dos Objetivos EDP pela EDP o executivo. Já do ponto de
2020 – um conjunto de metas no Brasil vista social, a EDP optou por
sustentabilidade
e investimentos para gerar investir em cultura e na língua
Controlada pela EDP Energias valor econômico, gerir assuntos portuguesa. “Investiremos R$ 20
10
de Portugal, uma das maiores ambientais e climáticos, milhões em três anos para a
operadoras europeias no setor desenvolver pessoas e melhorar a restauração do Museu da Língua
energético, a EDP Energias do confiança. Neste contexto, a EDP Portuguesa. A língua portuguesa
Brasil atua nos segmentos de se comprometeu com os ODS, anos é o mais importante patrimônio
geração, distribuição, transmissão, incorporando, de forma ativa, oito Há 10 anos a que o Brasil e Portugal partilham.
comercialização e soluções de deles à sua agenda estratégica EDP figura E o Grupo EDP, a maior empresa
energia elétrica desde 2005. para o crescimento com geração no Dow Jones portuguesa em operação no
Possui ativos em 12 estados e de impacto socioambiental. Sustainability Brasil, assumiu-se como agente
distribuiu energia a 3,3 milhões de A EDP também conduz diversos Index ativo na preservação desse
clientes no interior do estado de projetos que aliam o crescimento patrimônio”, conta ele.
São Paulo e no Espírito Santo. do negócio à geração de impacto
socioambiental, o que corrobora
Há uma década, a EDP figura a sua atuação em prol do “Os objetivos e metas da empresa,
no Dow Jones Sustainability desenvolvimento sustentável”, que antes eram mais focados em
Index, bem como integra, pelo conta Pedro. resultados financeiros, hoje fazem
12º ano consecutivo, o Índice
de Sustentabilidade (ISE) da Gestores engajados parte do programa ‘Metas com
B3 (antiga BM&F Bovespa), A presidência e o Conselho da Propósito’ e contemplam outras
que distingue as empresas EDP apresentaram o melhor dimensões, como pessoas, clientes,
mais sustentáveis do mundo. nível de entendimento dos ODS,
Segundo Pedro Sigardo, gestor segundo essa pesquisa. Pedro parceiros de negócios, comunidade
executivo de meio ambiente Sigardo acredita que isso está e meio ambiente”
e sustentabilidade da EDP diretamente relacionado ao EDP
Pedro Sigardo, gestor executivo de meio ambiente e
Brasil, a Agenda 2030 faz 2020. “Os objetivos e metas sustentabilidade da EDP Brasil
Indo além das prioridades:

uma visão sistêmica
da Agenda 2030
Apenas uma empresa pesquisada positivos e negativos associados Os resultados ainda mostram
está buscando identificar apenas aos ODS mais relevantes que boa parte das empresas
impactos e indicadores para o negócio. Esse dado pode (70%) demonstra disposição para
associados a todos os 17 ODS trazer certa preocupação, pois, avaliar os impactos em todos
como já dito anteriormente, os ODS, mas ainda não o fez,
a natureza sistêmica da Agenda sendo que 35% estão em fase
No levantamento realizado, 2030 precisa ser considerada de planejamento e outros 35%
apenas uma empresa relata pelas empresas. Os ODS estão têm a intenção, mas ainda não
que planeja avaliar impactos interconectados e a atuação em iniciaram o processo. Entender
e indicadores relacionados à qualquer um deles pode gerar um pouco melhor como as
Agenda 2030, demonstrando impactos nos demais. Apesar empresas em fase mais madura
maturidade no entendimento da complexidade envolvida, conduzem esse processo, como
do caráter indissociável dos 17 a visão completa e a adoção é o caso da Enel, pode estimular
ODS. Vinte e cinco por cento geral dos ODS permanecem esse movimento em busca de
dos pesquisados disseram que como desafios para as avaliação de impactos que o
planejam identificar impactos empresas do setor. setor provoca em todos os ODS.
Sobre seu processo de avaliação

de impactos positivos e negativos:
Planejamos identificar
Planejamos identificar todos os impactos e os
indicadores relacionados
somente alguns
35%
impactos e indicadores aos ODS relevantes
relacionados aos ODS para o negócio
relevantes para o negócio
25%
Temos a
Vamos identificar intenção de
identificar os
35%
os impactos e os
indicadores de impactos, mas
todos os
17 ODS 5% ainda não
o fizemos
De olho nos impactos ODS na empresa vem desde o aspecto de nossa indústria que
e na criação de valor lançamento da Agenda 2030.

“Alinhada à abordagem da nossa
gera impacto negativo, que são
as emissões de carbono de
estratégia Open Power, a Enel usinas de energia tradicionais,
Enel é pioneira em identificar colocou a sustentabilidade não renováveis. Até 2050,
também impactos negativos do ambiental, social e econômica no o Grupo Enel quer zerar as
negócio, com o objetivo de mitigá- centro de sua cultura corporativa. emissões de carbono de nossas
los e ampliar a visão da empresa O plano estratégico do grupo foi empresas”, explica Marcia.
desdobrado nos 17 objetivos de
Estratégia alinhada Uma
das principais estratégias usadas
pela Enel para cumprir sua
Agenda foi a adoção do Compass.
“Somos uma holding que atua
em 29 países e em cada local
temos estágios diferenciados
dessa adoção, pois é um
processo dinâmico e contínuo.
Para o passo 4 (Integração),
por exemplo, ainda temos um
caminho grande de aprendizado,
mas, por outro lado, para os
passos 2 (Definindo Prioridades),
3 (Estabelecendo Metas) e 5
(Relato e Comunicação), a Enel
está conseguindo trabalhar
de forma alinhada, com
ferramentas de controle e gestão
importantes”, conta Marcia. E
completa: “Para nos mantermos
252 A Enel é uma das maiores

empresas privadas do setor
elétrico brasileiro. Atua em
desenvolvimento sustentável”,
conta Marcia Massotti, diretora
de sustentabilidade do Grupo
sustentáveis como empresa,
essa deve cada vez mais ser a
estratégia adotada”.
projetos toda a cadeia energética, Enel no Brasil.
realizados com atividades nas áreas de
pela Enel em geração, distribuição, conversão, Maior desafio
“ A Enel colocou a
2017 estão transmissão e comercialização, “Hoje, os 252 projetos realizados sustentabilidade
conectados além de soluções em energia, pela Enel no Brasil em 2017, ambiental, social e
com os ODS com a Enel X. Com ativos em beneficiando mais de 6,8
12 estados no país, sendo três milhões de pessoas, estão
econômica no centro de
distribuidoras, no Rio de Janeiro, ligados a algum objetivo da sua cultura corporativa
Ceará e Goiás, a Enel leva Agenda 2030”, diz Marcia. Um e está implementando
10
energia a cerca de 10 milhões dos maiores protagonismos da
de clientes. Opera a maior empresa em relação aos ODS
um sistema de
planta solar do Brasil, no estado foi a identificação também dos desenvolvimento
milhões do Piauí, e também está entre impactos negativos que o seu sustentável baseado
os maiores players eólicos do negócio pode causar, o primeiro
de clientes
mercado brasileiro. passo para sua mitigação.
na criação de valor
são atendidos
pela empresa “Quando adotamos o ODS 13 compartilhado”
no Brasil Comprometimento (Ação contra a Mudança Global
Marcia Massotti,
desde o início do Clima) como compromisso, diretora de sustentabilidade
O comprometimento com os estamos levando em conta um do Grupo Enel no Brasil
Comprometimento
público com os ODS
Metade das empresas A pesquisa mostrou que, apesar de de se comprometer com os ODS. Estes
do setor participa estarem em estágios distintos de dados ressaltam a importância do
integração dos ODS em sua estratégia, as presente estudo como incentivador desta
de iniciativas ligadas empresas do setor elétrico brasileiro têm discussão no setor.
aos ODS como forma buscado se comprometer publicamente
de compromisso com com a Agenda 2030. Metade das Dada a relevância do setor elétrico
empresas diz que a forma de fazer isso para a consecução da Agenda 2030,
a Agenda 2030 é participar de iniciativas relacionadas espera-se que este estudo contribua
ao tema, 20% incluem os ODS em seus para o crescente engajamento das
documentos oficiais e públicos e 10% empresas com os ODS. Considerando-se
pretendem se comprometer publicamente também a relevância dessa discussão
com os ODS a partir de 2018. em nível global e as consequências
alarmantes decorrentes de sua não
Por outro lado, 5% ainda se adoção em longo prazo, é urgente que
comprometem de forma inicial e não todas as empresas do setor estejam
oficial e 15% ainda não têm previsão comprometidas com esta agenda.
50%
sim,
A empresa já se
compromete publicamente
participando
de iniciativas com os ODS?
relacionadas
ao tema
20%
sim,
incluindo
o tema em
documentos 5% 15%
10%
oficiais e sim,
públicos da não,
mas de mas está no
empresa forma planejamento
inicial, não do próximo ano não,
estando e não está
ainda previsto
oficializado
ODS nos negócios

Análise de impactos associados é o
principal fator na identificação dos ODS
relevantes para as empresas
Como a empresa
selecionou os ODS
mais relevantes?
40% Considerando os ODS que tenham
mais impactos associados
20% Somente correlacionou os temas materiais

do processo de materialidade aos ODS
15% Inseriu a perspectiva dos ODS desde o

início do processo de materialidade
15% Considerando os ODS que representem

maiores oportunidades de negócio
10% Minha empresa ainda não identificou os

ODS mais relevantes para o negócio
Apesar de ser do conhecimento das empresas que utilizado para identificar os ODS relevantes. As
a Agenda 2030 requer uma visão de todos os ODS oportunidades de negócios foram apontadas por
de forma integrada (UNGC, GRI, WBCSD, 2015)6, 15% das empresas para destacarem quais seriam
as instituições costumam eleger temas materiais os mais significativos dentre os 17 objetivos. Um
segundo sua própria estratégia ou regulações pequeno grupo de empresas (15%) já considera as
do setor, em função da ausência de padrões e na perspectivas dos ODS desde o início do processo
busca de gerar valor tanto para si quanto para os de materialidade; enquanto a menor parte da
seus stakeholders (ECCLES et al. 2012)7. amostra (10%) ainda não identificou os ODS mais
relevantes para sua estratégia.
Pelos dados da amostra, percebe-se que a
análise de impactos associados ao seu negócio A partir da inspiração de estudos anteriores
é a forma utilizada por 40% das empresas na conduzidos pela PwC (2015)8 e pela UNSDSN
busca em identificar os ODS mais relevantes. Isso (2016)9, foram propostos os dois workshops com
demonstra que parece haver uma preocupação as empresas e especialistas do setor elétrico.
por parte das empresas com as transformações Dessa forma, foi possível entender essa ordem
que essa agenda global de sustentabilidade pode de relevância dos ODS quanto aos seus impactos
produzir no ambiente de negócios. e oportunidades. Os resultados finais da survey
e desse processo de discussão de materialidade
Para 20% das empresas, partir de temas materiais dos ODS no SEB estão apresentados a seguir, na
já mapeados anteriormente é o modo mais conclusão deste material.
Os ODS mais relevantes

Quanto ao ODS 8 (Emprego digno novos mercados e modernização
e crescimento econômico) que do setor. Dessa forma, a
Energia limpa e acessível é o ODS surge em terceiro lugar, percebe- modernização do setor acaba
mais considerado pelo setor se que as questões ligadas às levando a promoção de um
grandes obras de infraestrutura consumo mais responsável,
Conforme já esperado, o ODS 7 (Energia limpa necessárias ao setor (geração e que também corrobora para a
e acessível) foi elencado em primeiro lugar por transmissão), com mão de obra crescente pressão por parte do
todas as empresas participantes da survey, intensiva e o risco de acidentes consumidor para uma produção
tanto como oportunidade de negócios para o fatais dos trabalhadores de responsável. Esta dinâmica
setor, como relativo aos impactos que o setor manutenção do setor elétrico, tem sido importante fator para
tem para o atingimento dos ODS. O crescente são outra forte preocupação das adoção de estratégias que
esforço de adoção de fontes renováveis e os fortes empresas do SEB. promovem o desenvolvimento
investimentos previstos para essas tecnologias sustentável do setor e,
limpas nos próximos anos (UNDP, 201710; GRI & Quanto ao ODS 12 (Consumo consequentemente, do Brasil.
UNDP, 201711) podem explicar tal resultado. e produção responsável), as Todos os investimentos feitos
diferentes bandeiras tarifárias pelo setor em busca
Em segundo lugar, apareceu como o mais relevante existentes no SEB já são um de ganhos de eficiência
o ODS 13 (Combate às mudanças climáticas). enforcement importante para energética também vêm
Este resultado deve-se a dois fatores: primeiro, a mudança de comportamento contribuindo para um consumo
pelo fato das matrizes energéticas serem o centro dos consumidores. Ainda, e produção mais responsáveis.
da discussão atual sobre alterações climáticas com o crescimento aferido na
e, segundo, pelas empresas participantes desse demanda energética brasileira, O quinto ODS mais relevante
estudo serem ativas em todos os fóruns de a pressão pelo aproveitamento apontado pela fase da survey
debate relacionados ao tema, envolvendo-se das fontes renováveis abre a foi o ODS 15 (Vida sobre a
principalmente nas COPs. possibilidade para a criação de terra). Tal ODS se justifica
em função da necessidade
100%
da conservação de indivíduos
Relevância dos ODS para a sua empresa: arbóreos e da fauna silvestre,
resultantes das grandes áreas
ODS 7
alagadas pelo represamento das
nossas hidrelétricas (geração) e
60% 60%
do corte de árvores realizados
55%
durante a construção das redes
de transmissão.
45%
ODS 8 ODS 13
ODS 12
O levantamento inicial ainda
ODS 15 apresentou um forte destaque
ao ODS 9 (Indústria, inovação
e infraestrutura). Já o ODS
apontado como de menor
relevância para as empresas do
SEB na survey foi o ODS 14 (Vida
na água), apesar dos impactos aos
ecossistemas de água doce pelas
usinas hidrelétricas e impactos
aos ecossistemas oceânicos pelas
novas usinas off-shore, planejadas
para utilizar a energia proveniente
das ondas marítimas.
Hierarquização dos ODS

no SEB quanto a
oportunidades de negócios
Participantes classificaram os oportunidade
ODS em relação às oportunidades
de negócios no setor
1o
Na fase inicial da pesquisa, foi 12 (Consumo e Produção

solicitado que os respondentes Responsáveis), que também
classificassem os 17 ODS já estavam relacionados entre
quanto às oportunidades futuras os cinco mais relevantes para 2o
de negócios que cada um deles o setor (ver gráfico na página
representa para a empresa. anterior). Dessa forma,
entende-se que o setor já
Comparando as cinco primeiras tem encarado como foco de
posições desta classificação relevância os ODS que têm
com os ODS que as empresas mais potencial para gerar 3o
haviam apresentado como oportunidades de negócios.
mais relevantes (ver gráfico
na página anterior), pode-se Após a discussão das
perceber que as duas primeiras oportunidades de negócios
posições foram idênticas, sendo trazidas pela Agenda 2030,
que o ODS 7 (Energia Limpa houve a necessidade de 4o
e Acessível) também aparece identificar os impactos que o
em primeiro lugar e o ODS setor elétrico pode causar. Para
13 (Ação Contra a Mudança isso, foi realizado um segundo
Global do Clima) em segundo. workshop, com as empresas
Entretanto, o ODS 9 (Indústria, participantes e especialistas
Inovação e Infraestrutura), que do setor, para mapear quais 5o
não estava entre os cinco mais os ODS mais relevantes para
relevantes, aparece em terceiro o setor quanto aos impactos,
lugar quanto às oportunidades tanto positivos quanto negativos,
de negócios futuros, indicando versus as oportunidades
que as empresas do SEB estão de negócios no SEB.
considerando investimentos em
inovação e infraestrutura. O resultado dessa discussão frente às oportunidades de
foram as matrizes de negócios para o SEB em dois
No quarto e quinto lugares materialidade apresentadas subgrupos: um grupo reunindo
dos ODS que apresentam a seguir. Pela diferença de foco as empresas com atividades
as maiores oportunidades entre as várias empresas que concentradas em geração,
de negócios estão os ODS participaram do levantamento, enquanto o outro grupo reuniu
8 (Trabalho Decente e foram produzidas matrizes de as empresas focadas em
Crescimento Econômico) e impactos positivos/negativos distribuição/transmissão.
Impactos positivos
e negativos e
oportunidades Assegurar o acesso à
energia é o principal
impacto positivo das
empresas de distribuição/
Conheça as matrizes geradas transmissão do setor
por esta pesquisa
Impacto positivo x
Oportunidade
17 15 13 11 09 07 05 03 01
Impactos positivos x oportunidades em trabalhar com os ODS nas
empresas de distribuição/transmissão
03
05
07
09
11
13
15
17
legenda
No primeiro quadrante das matrizes existem seis ODS que estão no primeiro
estão os ODS que representam tanto quadrante em todas as matrizes
oportunidades relevantes de negócios produzidas: ODS 7 (Energia Limpa e
como alto potencial de impacto na Acessível), ODS 9 (Indústria, Inovação e
sociedade, logo são nesses quadrantes Infraestrutura), ODS 8 (Trabalho Decente
que nossa análise se concentra. e Crescimento Econômico), ODS 11
Nas empresas de
(Cidades e Comunidades Sustentáveis), distribuição/transmissão,
Para o setor de distribuição/transmissão ODS 12 (Consumo e Produção não assegurar o acesso
(impacto positivo ou negativo) e para Responsáveis) e ODS 13 (Ação à energia pode causar o
o setor de geração (impacto positivo) contra a Mudança Global do Clima). maior impacto negativo
Impacto negativo x
Oportunidade
17 15 13 11 09 07 05 03 01
Impactos negativos x oportunidades em trabalhar com os ODS nas
empresas de distribuição/transmissão
03
05
07
09
11
13
15
17
Conforme dito anteriormente, as Já o grande destaque no segmento de

discussões promovidas durante os geração na primeira matriz (impacto
workshops estimularam um olhar em positivo x oportunidade) foi o ODS 6
separado para o segmento de geração (Água Potável e Saneamento). Isso se deve
com relação ao segmento de transmissão/ ao fato de as hidrelétricas serem ainda a
distribuição. Quando se olha desse modo, base da nossa matriz energética. Ainda
O ODS 4 (Educação de Qualidade) foi o tratando da geração, a matriz de impacto Nas empresas de
geração, o maior
diferencial de destaque na primeira matriz negativo x oportunidade traz os ODS 11 impacto positivo está
da transmissão/distribuição (impacto (Cidades e Comunidades Sustentáveis), em assegurar energia
positivo x oportunidade). ODS 7 (Energia Limpa e Acessível), ODS limpa e acessível
Impacto positivo x
Oportunidade
17 15 13 11 09 07 05 03 01
Impactos positivos x oportunidades em trabalhar com os ODS nas
03
05
empresas de geração
07
09
11
13
15
17
legenda
6 (Água Potável e Saneamento) e ODS 12 As matrizes apresentam também a

(Consumo e Produção Responsáveis). disposição dos ODS considerados menos
relevantes para o setor. Para fins desta
A visualização das quatro matrizes análise, os menos relevantes são todos os
apresenta um cenário geral dos ODS no que estão concentrados nos quadrantes
SEB. Existe uma grande convergência de abaixo do ponto médio, sendo então o
que no setor de energia como um todo ponto 8 considerado médio. A maior oportunidade
Cidades, Consumo e Clima são os ODS mais para mitigar os impactos
relevantes, seguidos por Energia, Indústria, negativos nas empresas
Trabalho e por fim, Água e Educação. de geração está em
assegurar cidades e
comunidades sustentáveis
Impacto negativo x
Oportunidade
17 15 13 11 09 07 05 03 01
Impactos negativos x oportunidades em trabalhar com os ODS nas
03
05
empresas de geração
07
09
11
13
15
17
AN
EX
OS
As 169 metas dos Objetivos

de Desenvolvimento
Sustentável (ODS)
recursos naturais, novas

tecnologias apropriadas e
serviços financeiros, incluindo
microfinanças
1.5 Até 2030, construir a

resiliência dos pobres e
daqueles em situação de
vulnerabilidade, e reduzir a
1.1 Até 2030, erradicar a exposição e a vulnerabilidade 2.1 Até 2030, acabar com a fome
pobreza extrema para todas as destes a eventos extremos e garantir o acesso de todas
pessoas em todos os lugares, relacionados com o clima e as pessoas, em particular os
atualmente medida como outros choques e desastres pobres e pessoas em situações
pessoas vivendo com menos econômicos, sociais e vulneráveis, incluindo crianças,
de US$ 1,25 por dia ambientais a alimentos seguros, nutritivos e
suficientes durante todo o ano
1.2 Até 2030, reduzir pelo 1.a Garantir uma mobilização
menos à metade a proporção de significativa de recursos a 2.2 Até 2030, acabar
homens, mulheres e crianças, partir de uma variedade de com todas as formas de
de todas as idades, que vivem fontes, inclusive por meio desnutrição, incluindo atingir,
na pobreza, em todas as suas do reforço da cooperação até 2025, as metas acordadas
dimensões, de acordo com as para o desenvolvimento, para internacionalmente sobre
definições nacionais proporcionar meios adequados nanismo e caquexia em crianças
e previsíveis para que os menores de 5 anos de idade,
1.3 Implementar, em nível países em desenvolvimento, e atender às necessidades
nacional, medidas e sistemas de em particular os países menos nutricionais dos adolescentes,
proteção social adequados para desenvolvidos, implementem mulheres grávidas e lactantes e
todos, incluindo pisos, e até 2030 programas e políticas para pessoas idosas
atingir a cobertura substancial acabar com a pobreza em
dos pobres e vulneráveis todas as suas dimensões 2.3 Até 2030, dobrar a
produtividade agrícola e a renda
1.4 Até 2030, garantir que 1.b Criar marcos políticos dos pequenos produtores de
todos os homens e mulheres, sólidos em níveis nacional, alimentos, particularmente
particularmente os pobres e regional e internacional, das mulheres, povos indígenas,
vulneráveis, tenham direitos com base em estratégias de agricultores familiares, pastores
iguais aos recursos econômicos, desenvolvimento a favor dos e pescadores, inclusive por meio
bem como o acesso a serviços pobres e sensíveis a gênero de acesso seguro e igual à terra,
básicos, propriedade e controle para apoiar investimentos outros recursos produtivos
sobre a terra e outras formas acelerados nas ações de e insumos, conhecimento,
de propriedade, herança, erradicação da pobreza serviços financeiros, mercados e
oportunidades de agregação de agrícolas mundiais, incluindo 3.3 Até 2030, acabar com as
valor e de emprego não agrícola a eliminação paralela de epidemias de aids, tuberculose,
todas as formas de subsídios malária e doenças tropicais
2.4 Até 2030, garantir sistemas à exportação e todas as negligenciadas, e combater a
sustentáveis de produção medidas de exportação com hepatite, doenças transmitidas
de alimentos e implementar efeito equivalente, de acordo pela água e outras doenças
práticas agrícolas resilientes, que com o mandato da Rodada de transmissíveis
aumentem a produtividade e a Desenvolvimento de Doha
produção, que ajudem a manter 3.4 Até 2030, reduzir em um
os ecossistemas, que fortaleçam 2.c Adotar medidas para garantir terço a mortalidade prematura
a capacidade de adaptação o funcionamento adequado dos por doenças não transmissíveis
às mudanças climáticas, às mercados de commodities de via prevenção e tratamento,
condições meteorológicas alimentos e seus derivados, e e promover a saúde mental
extremas, secas, inundações facilitar o acesso oportuno à e o bem-estar
e outros desastres, e que informação de mercado, inclusive
melhorem progressivamente a sobre as reservas de alimentos, 3.5 Reforçar a prevenção e
qualidade da terra e do solo a fim de ajudar a limitar a o tratamento do abuso de
volatilidade extrema dos preços substâncias, incluindo o abuso
2.5 Até 2020, manter a dos alimentos de drogas entorpecentes e o uso
diversidade genética de nocivo do álcool
sementes, plantas cultivadas,
animais de criação e 3.6 Até 2020, reduzir pela
domesticados e suas respectivas metade as mortes e os
espécies selvagens, inclusive por ferimentos globais por acidentes
meio de bancos de sementes em estradas
e plantas diversificados e bem
geridos em nível nacional, 3.7 Até 2030, assegurar o
regional e internacional, e acesso universal aos serviços
garantir o acesso e a repartição de saúde sexual e reprodutiva,
justa e equitativa dos benefícios incluindo o planejamento
decorrentes da utilização familiar, informação e educação,
dos recursos genéticos e bem como a integração da saúde
conhecimentos tradicionais reprodutiva em estratégias e
associados, como acordado programas nacionais
internacionalmente
3.8 Atingir a cobertura universal
2.a Aumentar o investimento, de saúde, incluindo a proteção
inclusive via o reforço da 3.1 Até 2030, reduzir a taxa do risco financeiro, o acesso a
cooperação internacional, em de mortalidade materna global serviços de saúde essenciais
infraestrutura rural, pesquisa e para menos de 70 mortes por de qualidade e o acesso a
extensão de serviços agrícolas, 100 mil nascidos vivos medicamentos e vacinas
desenvolvimento de tecnologia, essenciais seguros, eficazes, de
e os bancos de genes de plantas 3.2 Até 2030, acabar com as qualidade e a preços acessíveis
e animais para aumentar a mortes evitáveis de recém- para todos
capacidade de produção agrícola nascidos e crianças menores
nos países em desenvolvimento, de 5 anos, com todos os países 3.9 Até 2030, reduzir
em particular nos países menos objetivando reduzir a mortalidade substancialmente o número
desenvolvidos neonatal para pelo menos de mortes e doenças por
12 por mil nascidos vivos e a produtos químicos perigosos,
2.b Corrigir e prevenir as mortalidade de crianças menores contaminação e poluição do ar e
restrições ao comércio e de 5 anos para pelo menos 25 água do solo
distorções nos mercados por mil nascidos vivos
3.a Fortalecer a implementação vulneráveis, incluindo as

da Convenção-Quadro para o pessoas com deficiência, os
Controle do Tabaco em todos os povos indígenas e as crianças
países, conforme apropriado em situação de vulnerabilidade
3.b Apoiar a pesquisa e o 4.6 Até 2030, garantir

desenvolvimento de vacinas que todos os jovens e uma
e medicamentos para as substancial proporção dos
doenças transmissíveis e não adultos, homens e mulheres
transmissíveis, que afetam estejam alfabetizados e tenham
principalmente os países em adquirido o conhecimento básico
desenvolvimento, proporcionar de matemática
o acesso a medicamentos e
vacinas essenciais a preços 4.1 Até 2030, garantir que 4.7 Até 2030, garantir que
acessíveis, de acordo com a todas as meninas e meninos todos os alunos adquiram
Declaração de Doha sobre o completem o ensino primário conhecimentos e habilidades
Acordo TRIPS e Saúde Pública, e secundário livre, equitativo necessárias para promoverem
que afirma o direito dos e de qualidade, que conduza a o desenvolvimento sustentável,
países em desenvolvimento resultados de aprendizagem inclusive, entre outros, por
de utilizarem plenamente as relevantes e eficazes meio da educação para o
disposições do Acordo sobre desenvolvimento sustentável
os Aspectos dos Direitos 4.2 Até 2030, garantir que todos e estilos de vida sustentáveis,
de Propriedade Intelectual os meninos e meninas tenham direitos humanos, igualdade
Relacionados ao Comércio acesso a um desenvolvimento de de gênero, promoção de uma
(TRIPS, na sigla em inglês) sobre qualidade na primeira infância, cultura de paz e não violência,
flexibilidades para proteger a cuidados e educação pré-escolar, cidadania global e valorização
saúde pública e, em particular, de modo que eles estejam da diversidade cultural e da
proporcionar o acesso a prontos para o ensino primário contribuição da cultura para o
medicamentos para todos. desenvolvimento sustentável
4.3 Até 2030, assegurar a
3.c Aumentar substancialmente igualdade de acesso para 4.a Construir e melhorar
o financiamento da saúde e o todos os homens e mulheres à instalações físicas para
recrutamento, desenvolvimento educação técnica, profissional educação, apropriadas para
e formação, e retenção do e superior de qualidade, a crianças e sensíveis às
pessoal de saúde nos países em preços acessíveis, incluindo deficiências e ao gênero, e que
desenvolvimento, especialmente universidade proporcionem ambientes de
nos países menos desenvolvidos aprendizagem seguros e não
e nos pequenos Estados 4.4 Até 2030, aumentar violentos, inclusivos e eficazes
insulares em desenvolvimento substancialmente o número para todos
de jovens e adultos que
3.d Reforçar a capacidade de tenham habilidades relevantes, 4.b Até 2020, substancialmente
todos os países, particularmente inclusive competências ampliar globalmente o número
dos países em desenvolvimento, técnicas e profissionais para de bolsas de estudo para os
para o alerta precoce, redução de emprego, trabalho decente e países em desenvolvimento,
riscos e gerenciamento de riscos empreendedorismo em particular para os países
nacionais e globais de saúde menos desenvolvidos,
4.5 Até 2030, eliminar as pequenos Estados insulares
disparidades de gênero na em desenvolvimento e para os
educação e garantir a igualdade países africanos, para o ensino
de acesso a todos os níveis superior, incluindo programas
de educação e formação de formação profissional, de
profissional para os mais tecnologia da informação e
da comunicação, técnicos de 5.4 Reconhecer e valorizar

engenharia e programas o trabalho de assistência e
científicos em países doméstico não remunerado,
desenvolvidos e outros países por meio da disponibilização de
em desenvolvimento serviços públicos, infraestrutura
e políticas de proteção social,
4.c Até 2030, substancialmente bem como a promoção da
aumentar o contingente de responsabilidade compartilhada
professores qualificados, dentro do lar e da família,
inclusive por meio da conforme os contextos nacionais
cooperação internacional para
a formação de professores, nos 5.5 Garantir a participação
países em desenvolvimento, plena e efetiva das mulheres e a
especialmente nos países igualdade de oportunidades para
menos desenvolvidos e nos a liderança em todos os níveis
pequenos Estados insulares em de tomada de decisão na vida
desenvolvimento política, econômica e pública
5.6 Assegurar o acesso universal

à saúde sexual e reprodutiva e
os direitos reprodutivos, como
acordado em conformidade
com o Programa de Ação da
Conferência Internacional sobre
População e Desenvolvimento
e com a Plataforma de Ação
de Pequim e os documentos
resultantes de suas conferências
de revisão 6.1 Até 2030, alcançar o acesso
universal e equitativo à água
5.a Realizar reformas para dar potável e segura para todos
às mulheres direitos iguais aos
recursos econômicos, bem como 6.2 Até 2030, alcançar o
o acesso à propriedade e controle acesso a saneamento e higiene
sobre a terra e outras formas de adequados e equitativos para
5.1 Acabar com todas as propriedade, serviços financeiros, todos, e acabar com a defecação
formas de discriminação contra herança e recursos naturais, de a céu aberto, com especial
todas as mulheres e meninas acordo com as leis nacionais atenção para as necessidades
em toda parte das mulheres e meninas e
5.b Aumentar o uso de daqueles em situação de
5.2 Eliminar todas as formas tecnologias de base, em vulnerabilidade
de violência contra todas particular das tecnologias de
as mulheres e meninas nas informação e comunicação, para 6.3 Até 2030, melhorar a
esferas públicas e privadas, promover o empoderamento qualidade da água, reduzindo a
incluindo o tráfico e a exploração das mulheres poluição, eliminando o despejo
sexual e de outros tipos e minimizando a liberação de
5.c Adotar e fortalecer políticas produtos químicos e materiais
5.3 Eliminar todas as práticas sólidas e legislação aplicável perigosos, reduzindo à metade
nocivas, como os casamentos para a promoção da igualdade de a proporção de águas residuais
prematuros, forçados e de gênero e o empoderamento de não tratadas e aumentando
crianças e as mutilações todas as mulheres e meninas em substancialmente a reciclagem e
genitais femininas todos os níveis a reutilização segura globalmente
6.4 Até 2030, aumentar

substancialmente
a eficiência do uso da água em
todos os setores e assegurar
retiradas sustentáveis
e o abastecimento de água
doce para enfrentar a
escassez de água, e reduzir
substancialmente o número
de pessoas que sofrem com a
escassez de água
6.5 Até 2030, implementar a 7.1 Até 2030, assegurar o

gestão integrada dos recursos acesso universal, confiável,
hídricos em todos os níveis, moderno e a preços acessíveis
inclusive via cooperação a serviços de energia
transfronteiriça, conforme
apropriado 7.2 Até 2030, aumentar
substancialmente a participação
6.6 Até 2020, proteger e de energias renováveis na matriz
restaurar ecossistemas energética global
relacionados com a água,
incluindo montanhas, 7.3 Até 2030, dobrar a taxa
florestas, zonas úmidas, rios, global de melhoria da eficiência
aquíferos e lagos energética
6.a Até 2030, ampliar a 7.a Até 2030, reforçar a 8.1 Sustentar o crescimento
cooperação internacional e o apoio cooperação internacional econômico per capita de acordo
à capacitação para os países em para facilitar o acesso à com as circunstâncias nacionais
desenvolvimento em atividades e pesquisa e tecnologias de e, em particular, um crescimento
programas relacionados à água e energia limpa, incluindo anual de pelo menos 7% do
saneamento, incluindo a coleta de energias renováveis, eficiência produto interno bruto [PIB] nos
água, a dessalinização, a eficiência energética e tecnologias de países menos desenvolvidos
no uso da água, o tratamento combustíveis fósseis avançadas
de efluentes, a reciclagem e as e mais limpas, e promover o 8.2 Atingir níveis mais elevados
tecnologias de reúso investimento em infraestrutura de produtividade das economias
de energia e em tecnologias de por meio da diversificação,
6.b Apoiar e fortalecer a energia limpa modernização tecnológica e
participação das comunidades inovação, inclusive por meio
locais para melhorar a gestão 7.b Até 2030, expandir a de um foco em setores de alto
da água e do saneamento infraestrutura e modernizar a valor agregado e dos setores
tecnologia para o fornecimento intensivos em mão de obra
de serviços de energia modernos
e sustentáveis para todos nos 8.3 Promover políticas
países em desenvolvimento, orientadas para o
particularmente nos países desenvolvimento que apoiem
menos desenvolvidos, nos as atividades produtivas, a
pequenos Estados insulares em geração de emprego decente,
desenvolvimento e nos países o empreendedorismo, a
em desenvolvimento sem litoral, criatividade e a inovação, e
de acordo com seus respectivos incentivar a formalização
programas de apoio e o crescimento das micro,
pequenas e médias empresas,

inclusive por meio do acesso a
serviços financeiros
8.4 Melhorar progressivamente,

até 2030, a eficiência
dos recursos globais no
consumo e na produção,
e empenhar-se para dissociar
o crescimento econômico da
degradação ambiental, de
acordo com o Plano Decenal
de Programas sobre Produção 9.1 Desenvolver infraestrutura
e Consumo Sustentáveis, de qualidade, confiável,
com os países desenvolvidos sustentável e resiliente,
assumindo a liderança incluindo infraestrutura regional
e transfronteiriça, para apoiar
8.5 Até 2030, alcançar o o desenvolvimento econômico
emprego pleno e produtivo e o e o bem-estar humano, com foco
trabalho decente para todas as no acesso equitativo e a preços
mulheres e homens, inclusive 8.9 Até 2030, elaborar e acessíveis para todos
para os jovens e para as pessoas implementar políticas para
com deficiência, e remuneração promover o turismo sustentável, 9.2 Promover a industrialização
igual para trabalho de igual valor que gera empregos e promove a inclusiva e sustentável
cultura e os produtos locais e, até 2030, aumentar
8.6 Até 2020, reduzir significativamente a participação
substancialmente a proporção 8.10 Fortalecer a capacidade da indústria no setor de
de jovens sem emprego, das instituições financeiras emprego e no PIB, de acordo
educação ou formação nacionais para incentivar com as circunstâncias nacionais,
a expansão do acesso aos e dobrar sua participação nos
8.7 Tomar medidas imediatas serviços bancários, de seguros e países menos desenvolvidos
e eficazes para erradicar o financeiros para todos
trabalho forçado, acabar com 9.3 Aumentar o acesso das
a escravidão moderna e com o 8.a Aumentar o apoio da pequenas indústrias e outras
tráfico de pessoas, e assegurar Iniciativa de Ajuda para o empresas, particularmente
a proibição e a eliminação Comércio [Aid for Trade] para em países em desenvolvimento,
das piores formas de trabalho os países em desenvolvimento, aos serviços financeiros,
infantil, incluindo recrutamento particularmente os países incluindo crédito acessível
e utilização de crianças-soldado, menos desenvolvidos, inclusive e sua integração em cadeias
e até 2025 acabar com o por meio do Quadro Integrado de valor e mercados
trabalho infantil em todas as Reforçado para a Assistência
suas formas Técnica Relacionada com o 9.4 Até 2030, modernizar
Comércio para os países menos a infraestrutura e reabilitar
8.8 Proteger os direitos desenvolvidos as indústrias para torná-las
trabalhistas e promover sustentáveis, com eficiência
ambientes de trabalho seguros 8.b Até 2020, desenvolver e aumentada no uso de recursos
e protegidos para todos os operacionalizar uma estratégia e maior adoção de tecnologias
trabalhadores, incluindo os global para o emprego dos e processos industriais
trabalhadores migrantes, jovens e implementar o Pacto limpos e ambientalmente
em particular as mulheres Mundial para o Emprego da corretos; com todos os países
migrantes, e pessoas em Organização Internacional do atuando de acordo com suas
empregos precários Trabalho [OIT] respectivas capacidades
9.5 Fortalecer a pesquisa 10.5 Melhorar a regulamentação

científica, melhorar as e o monitoramento dos mercados
capacidades tecnológicas de e instituições financeiras globais
setores industriais em todos e fortalecer a implementação
os países, particularmente nos de tais regulamentações
países em desenvolvimento,
inclusive, até 2030, incentivando 10.6 Assegurar uma
a inovação e aumentando representação e voz mais forte
substancialmente o número dos países em desenvolvimento
de trabalhadores de pesquisa em tomadas de decisão nas
e desenvolvimento por milhão instituições econômicas e
de pessoas e os gastos público financeiras internacionais
e privado em pesquisa e globais, a fim de produzir
desenvolvimento instituições mais eficazes,
críveis, responsáveis e legítimas
9.a Facilitar o desenvolvimento
de infraestrutura sustentável 10.7 Facilitar a migração
e resiliente em países em e a mobilidade ordenada,
desenvolvimento, por meio segura, regular e responsável
de maior apoio financeiro, das pessoas, inclusive por
tecnológico e técnico aos países meio da implementação
africanos, aos países menos de políticas de migração
desenvolvidos, aos países em 10.1 Até 2030, planejadas e bem geridas
desenvolvimento sem litoral e progressivamente alcançar e
aos pequenos Estados insulares sustentar o crescimento da 10.a Implementar o princípio
em desenvolvimento renda dos 40% da população do tratamento especial e
mais pobre a uma taxa maior diferenciado para países em
9.b Apoiar o desenvolvimento que a média nacional desenvolvimento, em particular
tecnológico, a pesquisa e a os países menos desenvolvidos,
inovação nacionais nos países 10.2 Até 2030, empoderar e em conformidade com os
em desenvolvimento, inclusive promover a inclusão social, acordos da OMC
garantindo um ambiente político econômica e política de todos,
propício para, entre outras independentemente da idade, 10.b Incentivar a assistência
coisas, a diversificação industrial gênero, deficiência, raça, etnia, oficial ao desenvolvimento e
e a agregação de valor às origem, religião, condição fluxos financeiros, incluindo
commodities econômica ou outra o investimento externo
direto, para os Estados onde
9.c Aumentar significativamente 10.3 Garantir a igualdade de a necessidade é maior, em
o acesso às tecnologias de oportunidades e reduzir as particular para os países menos
informação e comunicação e se desigualdades de resultados, desenvolvidos, países africanos,
empenhar para oferecer acesso inclusive por meio da pequenos Estados insulares em
universal e a preços acessíveis eliminação de leis, políticas desenvolvimento e países em
à internet nos países menos e práticas discriminatórias e desenvolvimento sem litoral,
desenvolvidos, até 2020 da promoção de legislação, de acordo com seus planos e
políticas e ações adequadas a programas nacionais
esse respeito
10.c Até 2030, reduzir para
10.4 Adotar políticas, menos de 3% os custos de
especialmente fiscal, salarial transação de remessas dos
e de proteção social, e migrantes e eliminar os
alcançar progressivamente corredores de remessas com
uma maior igualdade custos superiores a 5%
11.4 Fortalecer esforços para de acordo com o Marco de

proteger e salvaguardar o Sendai para a Redução do Risco
patrimônio cultural e natural de Desastres 2015-2030, o
do mundo gerenciamento holístico do risco
de desastres em todos os níveis
11.5 Até 2030, reduzir
significativamente o número de 11.c Apoiar os países menos
mortes e o número de pessoas desenvolvidos, inclusive por
afetadas por catástrofes e meio de assistência técnica e
substancialmente diminuir as financeira, para construções
perdas econômicas diretas sustentáveis e resilientes,
causadas por elas em relação utilizando materiais locais
ao produto interno bruto
global, incluindo os desastres
relacionados à água, com o
foco em proteger os pobres
e as pessoas em situação de
vulnerabilidade
11.6 Até 2030, reduzir o impacto

ambiental negativo per capita
das cidades, inclusive prestando
especial atenção à qualidade
do ar, gestão de resíduos
municipais e outros
11.7 Até 2030, proporcionar

11.1 Até 2030, garantir o acesso o acesso universal a espaços
de todos à habitação segura, públicos seguros, inclusivos,
adequada e a preço acessível, acessíveis e verdes,
e aos serviços básicos, e particularmente para as
urbanizar as favelas mulheres e crianças, pessoas
idosas e pessoas com deficiência
11.2 Até 2030, proporcionar o
acesso a sistemas de transporte 11.a Apoiar relações
seguros, acessíveis, sustentáveis econômicas, sociais e
e a preço acessível para todos, ambientais positivas entre áreas
melhorando a segurança urbanas, periurbanas e rurais,
rodoviária por meio da expansão reforçando o planejamento
dos transportes públicos, nacional e regional de
com especial atenção para as desenvolvimento
necessidades das pessoas em
situação de vulnerabilidade, 11.b Até 2020, aumentar
mulheres, crianças, pessoas substancialmente o número
com deficiência e idosos de cidades e assentamentos
humanos adotando e
11.3 Até 2030, aumentar implementando políticas
a urbanização inclusiva e e planos integrados para
sustentável, e as capacidades a inclusão, eficiência dos
para o planejamento e gestão recursos, mitigação e adaptação
de assentamentos humanos às mudanças climáticas e
participativos, integrados e resiliência a desastres; e
sustentáveis, em todos os países desenvolver e implementar,
12.6 Incentivar as empresas,

especialmente as empresas grandes
e transnacionais, a adotarem
práticas sustentáveis e a integrarem
informações de sustentabilidade em
seu ciclo de relatórios
12.7 Promover práticas de compras

públicas sustentáveis, de acordo com
as políticas e prioridades nacionais
12.1 Implementar o Plano 12.8 Até 2030, garantir que as

Decenal de Programas pessoas, em todos os lugares,
sobre Produção e Consumo tenham informação relevante
Sustentáveis, com todos os e conscientização para o
países tomando medidas, desenvolvimento sustentável
e os países desenvolvidos e estilos de vida em harmonia
assumindo a liderança, tendo com a natureza
em conta o desenvolvimento e
as capacidades dos países em 12.a Apoiar países em
desenvolvimento desenvolvimento a fortalecer
suas capacidades científicas e 13.1 Reforçar a resiliência e
12.2 Até 2030, alcançar a gestão tecnológicas para mudarem para a capacidade de adaptação a
sustentável e o uso eficiente dos padrões mais sustentáveis de riscos relacionados ao clima
recursos naturais produção e consumo e às catástrofes naturais em
todos os países
12.3 Até 2030, reduzir pela 12.b Desenvolver e implementar
metade o desperdício de ferramentas para monitorar 13.2 Integrar medidas da
alimentos per capita mundial, nos os impactos do desenvolvimento mudança do clima nas políticas,
níveis de varejo e do consumidor, sustentável para o turismo estratégias e planejamentos
e reduzir as perdas de alimentos sustentável, que gera nacionais
ao longo das cadeias de produção empregos, promove a cultura
e abastecimento, incluindo as e os produtos locais 13.3 Melhorar a educação,
perdas pós-colheita aumentar a conscientização
12.c Racionalizar subsídios e a capacidade humana e
12.4 Até 2020, alcançar o manejo ineficientes aos combustíveis institucional sobre mitigação,
ambientalmente saudável dos fósseis, que encorajam o consumo adaptação, redução
produtos químicos e todos os exagerado, eliminando as distorções de impacto e alerta precoce
resíduos, ao longo de todo o ciclo de mercado, de acordo com as da mudança do clima
de vida destes, de acordo com os circunstâncias nacionais, inclusive
marcos internacionais acordados, por meio da reestruturação fiscal 13.a Implementar o
e reduzir significativamente a e eliminação gradual desses compromisso assumido pelos
liberação destes para o ar, água subsídios prejudiciais, caso existam, países desenvolvidos partes da
e solo, para minimizar seus para refletir os seus impactos Convenção Quadro das Nações
impactos negativos sobre a saúde ambientais, tendo plenamente em Unidas sobre Mudança do
humana e o meio ambiente conta as necessidades específicas Clima [UNFCCC] para a meta
e as condições dos países em de mobilizar conjuntamente
12.5 Até 2030, reduzir desenvolvimento e minimizando os US$ 100 bilhões por ano
substancialmente a geração de possíveis impactos adversos sobre a partir de 2020, de todas
resíduos por meio da prevenção, o seu desenvolvimento de uma as fontes, para atender às
redução, reciclagem e reúso forma que proteja os pobres e as necessidades dos países em
comunidades afetadas desenvolvimento, no contexto
das ações de mitigação costeiros para evitar impactos integrante da negociação sobre
significativas e transparência adversos significativos, inclusive subsídios à pesca da Organização
na implementação; e por meio do reforço da sua Mundial do Comércio
operacionalizar plenamente o capacidade de resiliência,
Fundo Verde para o Clima por e tomar medidas para a sua 14.7 Até 2030, aumentar os
meio de sua capitalização o restauração, a fim de assegurar benefícios econômicos para
mais cedo possível oceanos saudáveis e produtivos os pequenos Estados insulares
em desenvolvimento e para
13.b Promover mecanismos 14.3 Minimizar e enfrentar os os países menos desenvolvidos,
para a criação de capacidades impactos da acidificação dos a partir do uso sustentável
para o planejamento oceanos, inclusive por meio do dos recursos marinhos,
relacionado à mudança do reforço da cooperação científica inclusive por meio de uma
clima e à gestão eficaz, nos em todos os níveis gestão sustentável da pesca,
países menos desenvolvidos, aquicultura e turismo
inclusive com foco em 14.4 Até 2020, efetivamente
mulheres, jovens, comunidades regular a coleta, e acabar 14.a Aumentar o conhecimento
locais e marginalizadas com a sobrepesca, ilegal, não científico, desenvolver
reportada e não regulamentada capacidades de pesquisa e
(*) Reconhecendo que a e com as práticas de pesca transferir tecnologia marinha,
Convenção Quadro das destrutivas, e implementar tendo em conta
Nações Unidas sobre planos de gestão com base os critérios e as orientações
Mudança do Clima [UNFCCC] científica, para restaurar sobre a Transferência
é o fórum internacional populações de peixes no menor de Tecnologia Marinha da
intergovernamental primário tempo possível, pelo menos Comissão Oceanográfica
para negociar a resposta global a níveis que possam produzir Intergovernamental, a fim de
à mudança do clima. rendimento máximo sustentável, melhorar a saúde dos oceanos
como determinado por suas e aumentar a contribuição da
características biológicas biodiversidade marinha para o
desenvolvimento dos países em
14.5 Até 2020, conservar pelo desenvolvimento, em particular
menos 10% das zonas costeiras dos pequenos Estados insulares
e marinhas, de acordo com em desenvolvimento e dos
a legislação nacional países menos desenvolvidos
e internacional, e com base
na melhor informação 14.b Proporcionar o acesso
científica disponível dos pescadores artesanais de
pequena escala aos recursos
14.6 Até 2020, proibir marinhos e mercados
certas formas de subsídios à
pesca, que contribuem para 14.c Assegurar a conservação
a sobrecapacidade e para e o uso sustentável dos
14.1 Até 2025, prevenir e reduzir a sobrepesca, e eliminar os oceanos e seus recursos pela
significativamente a poluição subsídios que contribuam para implementação do direito
marinha de todos os tipos, a pesca ilegal, não reportada e internacional, como refletido na
especialmente a advinda de não regulamentada, e abster-se UNCLOS [Convenção das Nações
atividades terrestres, incluindo de introduzir novos subsídios Unidas sobre o Direito do Mar],
detritos marinhos e a poluição como esses, reconhecendo que provê o arcabouço legal
por nutrientes que o tratamento especial para a conservação e utilização
e diferenciado adequado e sustentável dos oceanos e
14.2 Até 2020, gerir de forma eficaz para os países em dos seus recursos, conforme
sustentável e proteger os desenvolvimento e países menos registrado no parágrafo 158 do
ecossistemas marinhos e desenvolvidos deve ser parte “Futuro Que Queremos”
15.5 Tomar medidas urgentes em desenvolvimento para

e significativas para reduzir a promover o manejo florestal
degradação de habitat, deter sustentável, inclusive para a
a perda de biodiversidade e, conservação e reflorestamento
até 2020, proteger e evitar a
extinção de espécies ameaçadas 15.c Reforçar o apoio global
para os esforços de combate
15.6 Garantir uma repartição à caça ilegal e ao tráfico de
justa e equitativa dos benefícios espécies protegidas, inclusive
derivados da utilização dos por meio do aumento da
recursos genéticos e promover capacidade das comunidades
o acesso adequado aos recursos locais para buscar oportunidades
genéticos de subsistência sustentável
15.1 Até 2020, assegurar a 15.7 Tomar medidas urgentes

conservação, recuperação e uso para acabar com a caça ilegal
sustentável de ecossistemas e com o tráfico de espécies
terrestres e de água doce da flora e fauna protegidas e
interiores e seus serviços, em abordar tanto a demanda quanto
especial de as florestas, zonas a oferta de produtos ilegais da
úmidas, montanhas e terras vida selvagem
áridas, em conformidade com
as obrigações decorrentes dos 15.8 Até 2020, implementar
acordos internacionais medidas para evitar a introdução
e reduzir significativamente o
15.2 Até 2020, promover a impacto de espécies exóticas
implementação da gestão invasoras em ecossistemas
sustentável de todos os tipos de terrestres e aquáticos, e
florestas, deter o desmatamento, controlar ou erradicar as
restaurar florestas degradadas espécies prioritárias
e aumentar substancialmente
o florestamento e o 15.9 Até 2020, integrar os
reflorestamento globalmente valores dos ecossistemas e da
biodiversidade ao planejamento
15.3 Até 2030, combater nacional e local, nos processos de
a desertificação, restaurar desenvolvimento, nas estratégias
a terra e o solo degradado, de redução da pobreza e nos 16.1 Reduzir significativamente
incluindo terrenos afetados sistemas de contas todas as formas de violência e as
pela desertificação, secas e taxas de mortalidade relacionada
inundações, e lutar para alcançar 15.a Mobilizar e aumentar em todos os lugares
um mundo neutro em termos de significativamente, a partir de
degradação do solo todas as fontes, os recursos 16.2 Acabar com abuso,
financeiros para a conservação e exploração, tráfico e todas as
15.4 Até 2030, assegurar uso sustentável da biodiversidade formas de violência e tortura
a conservação dos e dos ecossistemas contra crianças
ecossistemas de montanha,
incluindo a sua biodiversidade, 15.b Mobilizar recursos 16.3 Promover o Estado de
para melhorar a sua capacidade significativos de todas as fontes Direito, em nível nacional e
de proporcionar benefícios e em todos os níveis para internacional, e garantir a
que são essenciais para o financiar o manejo florestal igualdade de acesso à justiça
desenvolvimento sustentável sustentável e proporcionar para todos
incentivos adequados aos países
16.4 Até 2030, reduzir longo prazo por meio de políticas

significativamente os fluxos coordenadas destinadas a
financeiros e de armas ilegais, promover o financiamento, a
reforçar a recuperação e a redução e a reestruturação da
devolução de recursos roubados dívida, conforme apropriado,
e combater todas as formas de e tratar da dívida externa
crime organizado dos países pobres altamente
endividados para reduzir o
16.5 Reduzir substancialmente a superendividamento
corrupção e o suborno em todas
as suas formas 17.5 Adotar e implementar
regimes de promoção de
16.6 Desenvolver instituições investimentos para os países
eficazes, responsáveis e menos desenvolvidos em
transparentes em todos os níveis tecnologia
16.7 Garantir a tomada de 17.6 Melhorar a cooperação

decisão responsiva, inclusiva, Norte-Sul, Sul-Sul e triangular
participativa e representativa em regional e internacional e o
todos os níveis 17.1 Fortalecer a mobilização acesso à ciência, tecnologia
de recursos internos, inclusive e inovação, e aumentar
16.8 Ampliar e fortalecer por meio do apoio internacional o compartilhamento de
a participação dos países em aos países em desenvolvimento, conhecimentos em termos
desenvolvimento nas instituições para melhorar a capacidade mutuamente acordados,
de governança global nacional para arrecadação de inclusive por meio de uma
impostos e outras receitas melhor coordenação entre
16.9 Até 2030, fornecer os mecanismos existentes,
identidade legal para todos, 17.2 Países desenvolvidos particularmente no nível das
incluindo o registro de nascimento implementarem plenamente Nações Unidas, e por meio de
os seus compromissos em um mecanismo de facilitação de
16.10 Assegurar o acesso matéria de assistência oficial tecnologia global
público à informação e proteger ao desenvolvimento [AOD],
as liberdades fundamentais, em inclusive fornecer 0,7% da renda 17.7 Promover o
conformidade com a legislação nacional bruta [RNB] em AOD desenvolvimento, a
nacional e com os acordos aos países em desenvolvimento, transferência, a disseminação
internacionais dos quais 0,15% a 0,20% para e a difusão de tecnologias
os países menos desenvolvidos; ambientalmente corretas para
16.a Fortalecer as instituições provedores de AOD são os países em desenvolvimento,
nacionais relevantes, inclusive encorajados a considerar a em condições favoráveis,
por meio da cooperação definir uma meta para fornecer inclusive em condições
internacional, para a construção pelo menos 0,20% da renda concessionais e preferenciais,
de capacidades em todos os nacional bruta em AOD para os conforme mutuamente acordado
níveis, em particular nos países menos desenvolvidos
países em desenvolvimento, 17.8 Operacionalizar
para a prevenção da violência 17.3 Mobilizar recursos plenamente o Banco de
e para o combate ao terrorismo financeiros adicionais para os Tecnologia e o mecanismo
e ao crime países em desenvolvimento a de capacitação em ciência,
partir de múltiplas fontes tecnologia e inovação para os
16.b Promover e fazer países menos desenvolvidos
cumprir leis e políticas não 17.4 Ajudar os países em até 2017, e aumentar o uso de
discriminatórias para o desenvolvimento a alcançar a tecnologias de capacitação, em
desenvolvimento sustentável sustentabilidade da dívida de particular das tecnologias de
informação e comunicação
Notas de Rodapé
1 - CALDANA, A.C.F. Desafios e oportunidades 8 - PwC (2015) Make it your business: engaging
da adoção dos Objetivos de Desenvolvimento with the Sustainable Development Goals.
Sustentável nas empresas: evidências do setor Disponível em: https://www.pwc.com/gx/en/
elétrico brasileiro. 2018. Tese (Livre Docência) sustainability/SDG/SDG%20Research_FINAL.pdf
– Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de 9 - UNSDSN (2016) Mapping mining to the
São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. Sustainable Development Goals: an atlas.
Disponível em: http://unsdsn.org/wp-content/
2 - ABRADEE (2018) Visão geral do setor. uploads/2016/11/Mapping_Mining_SDGs_An_
Disponível em: http://www.abradee.com.br/setor- Atlas.pdf
eletrico/visao-geral-do-setor
10 - UNDP (2017) Blueprint for business
3 - TOLMASQUIM, M.T.; GUERREIRO, A.; GORINI, leadership on the SDGs: a principles-based
R. Matriz energética brasileira: uma prospectiva. approach. Disponível em: https://www.
Novos Estudos - CEBRAP, n. 79, 2007. unglobalcompact.org/docs/publications/Blueprint-
for-Business-Leadership-on-the-SDGs.pdf
4 - JANNUZZI, G. de M. Power sector reforms in
Brazil and its impacts on energy efficiency and 11 - GRI & UNDP (2017) Reporting on the SDGs:
research and development activities. Energy an analysis of the goals and targets. Disponível
Policy, v. 33, p. 1753-1762, 2005. em: https://www.unglobalcompact.org/docs/
publications/GRI_UNGC_SDG_Reporting_An_
5 - EDP (2017) Dimensão econômica: Analysis_of_Goals_and_Targets_2017.pdf
desempenho de sustentabilidade. Disponível
em: https://www.edp.com/pt-pt/sustentabilidade/ 12 - BUSINESS AND SUSTAINABLE
dimensao-economica/indices-csr/indice-dow- DEVELOPMENT COMMISSION (2017). Better
jones business, better world: the report of the
Business & Sustainable Development
6 - UNGC; GRI; WBCSD. SDG Compass: the Commission. Disponível em: http://report.
guide for business action on the SDGs. businesscommission.org/uploads/BetterBiz-
Sept/2015. Disponível em: <http://sdgcompass. BetterWorld_170215_012417.pdf
org/>. Acesso em: 22 out. 2015.
7 - ECCLES, Robert G. et al. The need for sector-

-specific materiality and sustainability reporting
standards. Journal of Applied Corporate
Finance, v. 24, n. 2, p. 65-71, 2012.
Sites e ferramentas de
apoio às organizações
Rede Brasil do Pacto Global Benchmarking do Investimento Social

Corporativo (BISC)
Nações Unidas no Brasil (ONUBR)
Sistema Financeiro Nacional e a
Sdg Compass – Diretrizes Economia Verde (GVCes e Febraban)
para Implementação dos ODS
para Empresas Guia para a Emissão de Títulos
Verdes no Brasil 2016 (Febraban
Integração dos ODS na estratégia Cebds)
empresarial – Contribuições do CBPG
para a Agenda 2030 WWF Living Planet Report 2016
Sustainable Development Knowledge Metas de Aichi da Convenção

Platform da Diversidade Biológica (CDB)
Negociações da agenda de Brasil em Síntese, IBGE

desenvolvimento pós-2015:
elementos orientadores da posição Global Footprint Network
brasileira
State of The Market 2016
SDG Industry Matrix – Climate Bonds Initiative
Estratégia ODS Sustentabilidade na Itaipu
The Future of Spaceship Earth Nossa missão – Itaipu

(DNV GL, Pacto Global e
MondayMorning – Global Institute) ODS no Oeste do Paraná
– Parceria Itaipu e PNUD
Make it your business: Engaging with the Relatório Anual 2017 EDP
Sustainable Development Goals (PWC)
Relatório de Sustentabilidade Copel
Global Opportunity Report 2016 Relatórios Anuais CPFL
Questionário do Índice de ENEL

Sustentabilidade Empresarial da
BM&FBovespa, Dimensão Geral Relatório de Sustentabilidade ENEL
www.pactoglobal.org.br
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SETOR

INTEGRAÇÃO DOS ODS NO

Os números, trazidos por pesquisadores da

INTEGRAÇÃO DOS ODS NO SETOR

EQUIPE TÉCNICA DA PESQUISA

Áreas Temáticas Equipe Publicação

Giovana Sgreccia Luiz Carlos Xavier

Nossa motivação é enorme, pois os ODS estão Boa leitura!

O Pacto Global e o CBPG

DOS ODM 1 Acabar com a fome

2 Oferecer educação básica

Objetivos de Promover a igualdade

7 Garantir qualidade de vida

Garantir educação Alcançar a igualdade de Garantir disponibilidade Garantir acesso à

Promover o crescimento Construir infraestrutura Reduzir a desigualdade Tornar as cidades e os

Assegurar padrões Tomar medidas Conservar e promover Proteger, recuperar

Promover sociedades Fortalecer os mecanismos

A Rede Brasil do Pacto Global, em parceria Troca de experiências

Levantamento das Workshop 1: Workshop 2:

Participantes: empresas Definição dos critérios de

O Guia de Implementação dos ODS na Estratégia

A publicação faz parte de um esforço conjunto

Números sobre Número de funcionários

Atividade responsável 12 mil ou

Signatário do Pacto Global? Área de atuação

Motivação para trabalhar

A inserção da sustentabilidade dos recursos

Perspectiva dos ODS como

O caminho para estruturar os

Quais os desafios mais

Agenda 2030: a necessidade de atuação em em 2014, receberá cerca

“Um dos principais

De que forma o conhecimento sobre

Qual o nível de entendimento dos seus stakeholders

15% 45% 35% 5% Presidência

5% 40% 40% 15% Consumidores

5% 40% 35% 20% Fornecedores

5% 15% 60% 10% 10% Público interno

10% 55% 25% 10% Público

excelente bom regular ruim péssimo

da empresa, que antes eram

Indo além das prioridades:

Sobre seu processo de avaliação

e na criação de valor lançamento da Agenda 2030.

252 A Enel é uma das maiores

ODS nos negócios

20% Somente correlacionou os temas materiais

15% Inseriu a perspectiva dos ODS desde o

15% Considerando os ODS que representem

10% Minha empresa ainda não identificou os

Os ODS mais relevantes

Hierarquização dos ODS

Na fase inicial da pesquisa, foi 12 (Consumo e Produção

Conforme dito anteriormente, as Já o grande destaque no segmento de

6 (Água Potável e Saneamento) e ODS 12 As matrizes apresentam também a

As 169 metas dos Objetivos

recursos naturais, novas

1.5 Até 2030, construir a

3.a Fortalecer a implementação vulneráveis, incluindo as

3.b Apoiar a pesquisa e o 4.6 Até 2030, garantir

da comunicação, técnicos de 5.4 Reconhecer e valorizar

5.6 Assegurar o acesso universal

6.4 Até 2030, aumentar