UEMASUL
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS, TECNOLÓGICAS E LETRAS –
CAMPUS AÇAILÂNDIA
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
Açailândia
2018
BIANCA DA SIVA MARTINS
ERICA DA COSTA MELO
LOHANA LIMA OLIVEIRA
LUCIENE DE OLIVEIRA
MIKAELY ALENCAR BARBOSA
PAULO HENRIQUE FREITAS DA SILVA
TAYNARA BARBOSA
Açailândia
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................. 5
2.1 Energias renováveis .................................................................................................... 5
2.2 Energia da Biomassa .................................................................................................. 5
2.3 Energia Hídrica .......................................................................................................... 7
2.4 Energia Eólica ............................................................................................................. 9
2.5 Energia solar ............................................................................................................. 14
2.6 Energia maremotriz ................................................................................................. 23
2.7 Energia geotérmica................................................................................................... 24
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 26
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 27
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1 INTRODUÇÃO
isoladas, as energias renováveis podem ser consideradas como alternativa para geração de
energia, devido à falta de disponibilidade de combustíveis fósseis. No entanto, todas as fontes
de energia devem ser utilizadas de maneira sustentável e econômica para que possam garantir
sua utilização de forma contínua e segura
De acordo com Braz; Rodrigues; Siqueira (2017) “Fontes renováveis de energia são
aquelas sem fim, pois são encontradas facilmente na natureza e em grande quantidade, ou ainda,
aquelas que possuem capacidade de regeneração por meios naturais.” Com isso a capacidade
de resiliência de determinado produto de consumo determina se ele é renovável ou não, se a
taxa de consumo desse bem natural e maior do que sua capacidade de se regenerar, ele se tona
um bem não renovável, mesmo que sua regeneração exista mais de forma lenta, que é o caso
do petróleo.
Com uma crescente demanda de energética as fontes de recursos não renováveis
tentem a ser esgotar. Mas as fontes de combustíveis fósseis tendem a ser o principal componente
da matriz energética por pelo menos mais uma geração, no entanto a as energias renováveis
como eólica, solar, e biomassa, são economicamente viáveis na atualidade. Tendem sobre o
mercado de energia renováveis um forte crescimento em todos os setores de mercado, entre o
período de 2005 a 2012, o setor cresceu a taxa média variando de 15% a 55% a o ano
(BORGES.et al 2016).
A metodologia adotada para a realização da pesquisa está constituída como
pesquisa bibliográfica, documental e levantamentos Revisão de literatura, baseada em temas
ligados a sustentabilidade, gestão ambiental e recurso renovais e energias renováveis, quanto a
forma de abordagem, método quantitativo baseado em aspectos ilustrados e acontecimentos
reais.
O presente trabalho está disposto em três partes, e algumas subpartes, a primeira de
caráter Introdutório, a segunda com a fundamentação teórica e terceira trata da conclusão
simples do trabalho. Tendo isso em mente o trabalho tem como objetivo, desperta o interesse
pelo estudo das melhores fontes de energia, e disseminar o conhecimento sobre
desenvolvimento sustentável, sustentabilidade e energias renováveis e seus benefícios para as
presentes e futuras gerações, e debater sobre inovações, e gestão ambiental.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Art. 1º Esta lei institui a política nacional de geração de energia elétrica a partir da
biomassa e estabelece a obrigatoriedade de contratação de energia elétrica produzida
a partir dessa fonte a ser agregada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Vantagens e Desvantagens
Múltiplos aspectos são encontrados nesse quesito, tanto positivos quanto negativos.
As vantagens da energia hidráulica são os volumes de água por todo o globo terrestre, é
considerada como energia limpa, comparada com outras fontes energéticas torna-se evidente a
diferença de impacto que a mesma causa, hidrelétrica emite aproximadamente 60 vezes menos
gases que as usinas de carvão e 18 vezes menos que as usinas movidas a gás natural, e o
reservatório implantado na usina funciona como forma de abastecimento local.
Desvantagens da energia hidráulica é que as usinas hidrelétricas tem um grande
custo de implantação, faz-se delas objetos de muitos estudos prévios à implantação, erros de
projeção que podem gerar grandes prejuízos e a desativação de uma usina hidrelétrica, possui
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custos elevados, danos para a fauna e flora de uma região, alteração de ecossistemas inteiros,
deslocação populações inteiras, busca por características geográficas que permitam um grande
potencial energético para o curso hídrico e uma menor área impactada.
É a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente
ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao
vento.
A Energia Eólica é toda energia que durante o seu processo ou consumo, não produz
e nem libera nenhum tipo de gás ou até mesmo resíduos poluentes geradores do efeito estufa.
Possui uma redução no índice de desmatamento, favorecendo a conservação e biodiversidade.
Para se tornar competitiva, é necessária atingir maior potencial de crescimento econômico e
baixo custo de instalação de operação frente a outras fontes renováveis, contribuindo para
redução na tarifa do consumidor final e se tornando viável.
O vento é gerado pelo aquecimento não homogêneo da atmosfera, que é uma
consequência das irregularidades da superfície terrestre. As massas de ar mais quentes sobem
na atmosfera e geram zonas de baixa pressão junto à superfície da terra. Como consequência,
massas de ar frio deslocam-se para essas zonas de baixa pressão e dão origem ao vento.
Há vários séculos a força mecânica dos ventos vem sendo utilizada pelo homem,
impulsionando velas acopladas a embarcações, a moinhos de grãos e a aparatos de
bombeamento de água. O trabalho escravo e o de animais foram sendo complementado ou
substituído pela energia do vento.
O primeiro registro histórico da utilização da energia eólica para bombeamento de água
e moagem de grãos através de cata-ventos é proveniente da Pérsia, por volta de 200 A.C. Esse
tipo de moinho de eixo vertical veio a se espalhar pelo mundo islâmico sendo utilizado por
vários séculos. Acredita-se, todavia, que antes da invenção dos cata-ventos na Pérsia, a China
(por volta de 2000 A.C.) e o Império Babilônico (por volta 1700 A.C) já se utilizavam de cata-
ventos rústicos para irrigação.
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As pesquisas sobre energia eólica no Brasil começaram tarde em relação a outros países,
afirma Carvalho (2003), principalmente devido ao seu grande potencial hídrico.
Nos dias de hoje o governo tem papel fundamental para o crescimento da energia eólica,
através de incentivos financeiros e estabelecendo leis, atraindo investimentos para o
desenvolvimento do setor eólico brasileiro. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia
Eólica (Abeeólica), revelam que, até 2013, foram investidos no país R$ 25 bilhões em 141
projetos no setor eólico, espalhados pelos estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe,
Bahia e Rio Grande do Sul.
A energia eólica ainda tem muito a crescer dentro da matriz energética brasileira, se
comparado com hidrelétricas e termelétricas.
De acordo com a 12 º
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia hidrelétrica atualmente
representa 70,7% da matriz energética nacional, seguida da termelétrica (23,9%), pequenas
usinas hidrelétricas (2,77%), energia termonuclear (1,88%) e energia eólica (0,56%). O
desenvolvimento dessa fonte de energia no país ainda é recente, porém o setor é promissor e
tudo indica um crescimento da energia eólica.
A energia eólica tem, atualmente, mais de 450 parques instalados no país, No ano
passado, abasteceu, por mês, cerca de 18 milhões de residências, com aproximadamente 54
milhões de habitantes. Pelos cálculos da ABEEólica, levando em consideração os projetos já
assinados que estão com empreendimentos em fase de construção ou contratados, até 2020,
serão instalados mais 270 novos parques eólicos.
Aerogerador
1. Pás;
2. Rotor;
3. Eixo do Rotor (eixo de baixa velocidade);
4. Caixa multiplicadora de velocidades;
5. Série de Engrenagens (na caixa multiplicadora de velocidades;
6. Travão;
7. Eixo gerador de eletricidade (eixo de alta velocidade);
8. Gerador (alternador ou dínamo) de eletricidade;
9. Cabos que transportam a energia produzida à linha de distribuição;
Os parques eólicos dotados com sistema offshore são aqueles instalados em superfícies
aquáticas, como mares e grandes lagos. Eles ganharam força na última década, onde um número
bem maior de países passou a instalar essas turbinas gigantes em suas águas (CINTRA, 2012).
O maior parque eólico do mundo com sistema offshore, entrou em operação
recentemente ao largo da costa do Reino Unido. Os benefícios destes tipos de turbinas, são que
elas são menos agressivas ao meio ambiente e à paisagem, que as instaladas em terra, uma vez
que seu tamanho e ruído são atenuados pela distância. Como a água tem menor coeficiente de
atrito que as superfícies de terra (especialmente água profunda), a velocidade média do vento é
geralmente muito maior sobre a água em alto mar., no entanto, seu custo de instalação é bem
maior que aquelas instaladas em terra (CINTRA, 2012).
Os parques eólicos onshore, existentes em maior escala, são aqueles parques compostos
por aerogeradores com sua base instalada no solo. Seu principal ponto positivo é o baixo custo
de instalação, quando comparado com os sistemas offshore. O lado ruim são os ruídos que os
aerogeradores produzem e a poluição visual, dada pela quantidade de turbinas.
Os parques eólicos, solo e seu uso, não causam danos ao lençol freático por consumo,
resíduos, contaminação ou geração, por não ocorrer movimentação de terra, e por questões
corretas de ser seguidas no dimensionamento e determinados padrões geométricos para que não
haja interferência de um aerogerador em outro (BREITENBACH, 2016).
Como a energia eólica é uma fonte de energia quase 100% limpa, uma vez que mesmo
os subprodutos dos aerogerador sejam recicláveis e o impacto ambiental seja relativamente
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baixo, é possível verificar que os pontos positivos de sua utilização superam os negativos. Como
todas as fontes de energia, ela também possui pontos negativos. Já o aspecto da viabilidade
econômica de sua obtenção e uso, que foi grande empecilho para seu maior desenvolvimento
no passado, será discutido em capítulos posteriores.
Vantagens
É inesgotável;
Não emite gases poluentes nem gera resíduos;
Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE);
Criação de emprego;
Geração de investimento em zonas desfavorecidas;
Reduz a elevada dependência energética do exterior, nomeadamente a dependência
em combustíveis fósseis;
É uma das fontes mais baratas de energia podendo competir em termos de
rentabilidade com as fontes de energia tradicionais;
Os aerogeradores não necessitam de abastecimento de combustível e requerem
escassa manutenção, uma vez que só se procede à sua revisão em cada seis meses;
Excelente rentabilidade do investimento. Em menos de seis meses, o aerogerador
recupera a energia gasta com o seu fabrico, instalação e manutenção.
Desvantagens
A energia solar é uma energia renovável obtida pela luz do sol, é utilizada por
diferentes meios de tecnologia que se encontram em constante evolução, tais como, o
aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia hipotérmica, a arquitetura solar e a
fotossíntese artificial.
A energia solar tem um carácter seguro, limpo, renovável e autónomo. Seguro
porque não utiliza meios que ponham em perigo a vida, limpo porque não gera resíduos no seu
processo, renovável porque a sua fonte de matéria-prima é o sol e autónomo porque permite
uma utilização independente pois pode ser usada individualmente ou em comunidade.
Segundo a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (2005), o
aproveitamento da energia solar pode ser realizado diretamente para iluminação, aquecimento
de fluidos e ambientes ou ainda para geração de potência mecânica ou elétrica, como fonte de
energia térmica. A energia solar pode ainda ser convertida diretamente em energia elétrica por
meio de efeitos sobre materiais, dentre os quais o termoelétrico e fotovoltaico.
De uma forma ou de outra, a energia solar sempre esteve presente na vida do planeta
sendo imprescindível para o desenvolvimento da vida, já que o Sol é indispensável para a
existência da vida no planeta sendo responsável pelo ciclo da água, fotossíntese, etc.
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Como todos os recursos utilizados pelo ser humano, a energia solar também possui
vantagens e desvantagens:
Vantagens
Renovável;
Abundante;
Não polui o ambiente pois não emite gases poluentes para a atmosfera;
Manutenção mínima;
o Útil em locais com difícil acesso.
Desvantagens
Dispendiosa;
Dependente das condições atmosféricas;
Baixo rendimento;
Rendimento pouco elevado;
Armazenamento pouco eficiente comparado ao de combustíveis fósseis, etc.
Por outro lado, a energia térmica é produzida a partir do aquecimento gerado pelo
sol, isto é, o calor é transformado em eletricidade através da produção de vapor, que é
responsável por girar turbinas ligadas a geradores de energia.
Os países que mais geram energia a partir de centrais solares e placas residenciais
são, respetivamente, Alemanha, China, Itália, Estados Unidos e Japão.
Energia fotovoltaica
Vantagens
Alta fiabilidade, não tem peças móveis, o que é muito útil em aplicações em locais
isolados;
O fácil manuseamento dos módulos permite montagens simples e adaptáveis;
O custo de operação é reduzido, não necessita manutenção, combustível ou
transporte;
A tecnologia fotovoltaica apresenta qualidades ecológicas pois o produto é não
poluente, silencioso e não perturba o ambiente.
Desvantagens
O custo do fabrico dos módulos fotovoltaicos é bastante elevado, embora cada vez
mais barato;
O rendimento real de conversão de um módulo é reduzido face ao custo do
investimento;
Os geradores fotovoltaicos raramente são competitivos do ponto de vista
económico, face a outros tipos de geradores (exemplo dos geradores a gasóleo).
Energia Térmica
Um outro método para a captação dos raios solares e consequente utilização dos
mesmos para produção de energia são as centrais solares térmicas. Estas utilizam o calor do sol,
neste caso, tal como todas as outras centrais térmicas, contudo não sendo necessária a queima
de combustíveis fosseis para produção de energia.
Ao contrário das centrais fotovoltaicas que convertem os fotões provenientes do sol
diretamente em energia elétrica, neste tipo de centrais os raios solares são refletidos por
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espelhos, que variam na forma conforme o método de captura, estando por sua vez orientados
para o coletor, direcionando os raios de forma a aquecerem um fluido, mais recentemente sódio
liquido devido à sua alta capacidade de aquecimento permitindo reter o calor durante vários
dias, aumentando a rentabilidade, por sua vez este fluido fará girar uma turbina, devido ao seu
vapor ou à força mecânica exercida pelo mesmo, e produzirá energia elétrica.
Pode ser utilizada para produzir energia térmica, através do método de aquecimento
solar. Os coletores solares, basicamente, são sistemas com uma superfície escura que absorvem
a luz solar e transmitem o calor para a água, que por sua vez fica armazenada em reservatórios
térmicos chamados boilers.
Figura 6: Coletor solar para aquecimento solar residêncial. O boiler fica acima das placas.
Torre solar : Este método de captura de energia solar requer uma área ampla de
grandes dimensões onde são colocados helióstatos, espelhos retangulares, orientados para o sol,
refletindo a luz solar para o topo de uma torre, onde está presente o receptor que aquecerá o
fluido que consequentemente aquecerá a água, fazendo a mesma evaporar e seu vapor fará
movimentar uma turbina que produzirá eletricidade. Esta torre fica no centro do terreno pelo
qual se espalham os helióstatos.
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Figura 8: Stirling
Tubo absorvedor
Espelho curvo
Vantagens
Suas usinas térmicas podem ser construídas com maior rapidez e próximas às
regiões de consumo, resultando assim economia no custo das linhas de transmissão.
Usa o gás natural como alternativa menos poluente que os combustíveis derivados
do petróleo e o carvão que podem ser produzidas através do bagaço da cana de
açúcar, casca de cereais, lenha, entre outros. Além de ser uma alternativa para países
que não possuem outros tipos de fontes de energia.
Desvantagens
Energias renováveis são definidas como toda energia proveniente de fontes naturais
que podem se renovar e não se esgotam. Uma dessas fontes de energia que tem sido explorada
para a produção de eletricidade, é proveniente da amplitude de marés. A maremotriz gera
energia elétrica utilizando a energia contida no movimento de massas de água devido às marés,
que poderá ser convertida com princípios similares aos da energia eólica. A mais comum utiliza
uma turbina, posicionada na direção normal ao escoamento e montada sob uma base submarina
ou suspensa em uma plataforma flutuante. O movimento das águas movimenta a turbina ligada
a um gerador que transforma esse movimento em energia.
Benefícios: Com relação aos aspectos socioeconômicos, haverá geração de postos
de trabalhos com a instalação da usina. Assim como, trarão benefícios à comunidade gerando
atividades turísticas no entorno das usinas (ROQUE, 2015).
A exploração da energia maremotriz, não produz nenhuma poluição direta ao meio-
ambiente, pelo fato de ser uma fonte de energia considerada limpa.
Alguns dos aspectos que devem ser analisados são as possíveis alterações na
qualidade da água, que podem gerar mudanças nas características químicas da água, como a
salinização e a oxigenação; e devido a prováveis alterações nos regimes de sedimentação e
erosão, é possível que haja alteração na morfologia do estuário (NETO et al., 2011).
A exploração da energia maremotriz, não produz nenhuma poluição direta ao meio-
ambiente, pelo fato de ser uma fonte de energia considerada limpa. Porém, para a construção e
operação de uma usina maremotriz é necessário que se tenha um cuidado adequado com relação
aos estuários, pois a instalação pode resultar em efeitos diretos sobre o ecossistema local e
causar algumas modificações nas características naturais do local (SANTOS; MOREIRA
,2015).
No Brasil, o projeto do Bacanga é um estudo piloto, que se encontra em São Luís
no Maranhão e que possui quatro turbinas, com uma potência estimada de 10MW. Porém, ela
está sendo utilizada apenas para fins de pesquisa, pois ainda não tem capacidade para tornar o
Maranhão autônomo em abastecimento, mas faz parte de uma estratégia nacional de fontes
alternativas de geração de energia limpa (SANTOS; MOREIRA ,2015).
Entre todas as ondas oceânicas, as geradas pelos ventos são as que possuem maior
concentração de energia. As ondas que possuem maior amplitude vêm de enormes distâncias,
da ordem de milhares de quilômetros desde sua região de formação, possuindo uma forma mais
regular.
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Energia Geotérmica é uma fonte de energia renovável, não poluidora, que se torna
muito atraente e promissora por carregar essas características, entretanto, os países que mais se
utilizam desse recurso são os que estão situados em lugares onde ocorrem atividades vulcânicas
e tectônicas de forma mais intensa. Ela é originada do calor proveniente do interior da terra.
O calor proveniente da formação original da Terra em combinação com o
movimento de placas tectônicas estabelece em algumas regiões da crosta terrestre forte
gradientes de temperatura. A presença de falhas em rochas permite que a água da superfície
infiltre em formações profundas de até vários quilômetros, retornando aquecida até a superfície
na forma de geysers. Encontrando rochas impermeáveis em seu movimento de ascensão, o
fluido pode ser confinado em poros e falhas, preenchendo de 2 a 5% do volume das rochas,
dando origem aos reservatórios geotérmicos. Do fluido captado desses reservatórios pode-se
retirar calor e, em seguida, reinjetar a água no manancial subterrânea.
A energia geotérmica é uma das mais limpas formas de energia disponíveis
atualmente em quantidade comercial. O uso dessa energia alternativa, com baixa emissão
atmosférica, cresce significativamente em diversas partes do mundo, trazendo benefícios
ambientais e contribuindo para um menor consumo de combustíveis fósseis e nucleares.
Atualmente seu uso é diversificado pelo desenvolvimento de novas tecnologias e
pela possibilidade de adequar as atividades produtivas às características da fonte geotérmica
disponível. Na produção de energia geotérmica, poços profundos são usados para transportar
água ou gás aquecidos de reservatórios subterrâneos até a superfície. A energia térmica retirada
do fluido pode ser usada para uso direto, entre 35oC e 148oC, com aplicação residencial, na
agricultura e na indústria ou, em caso de temperaturas elevadas (300oC ou mais), utilizada para
produção de eletricidade.
Apenas uma parte insignificante do potencial geotérmico global tem sido utilizada.
Apesar disso, seu uso direto evita a combustão anual de 830 milhões de barris de petróleo, e
com a produção de eletricidade, 5,4 bilhões de barris.
A relação custo/benefício na implantação dos diversos sistemas geotérmicos passa,
entre outros, pela adequação das atividades produtivas desejadas às características da fonte
geotérmica disponível. Entre as possibilidades de uso desta forma de energia, dois grandes
grupos se destacam: a produção de energia elétrica e o uso direto do calor com o aproveitamento
de fontes de baixas temperaturas.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRAZ, Carlos Alberto; RODRIGUES, Reinaldo Luan; SIQUEIRA, Hugo Valadares. Geração
de energia elétrica por meio de fontes de energia renováveis: uma revisão sistemática.
Ponta Grossa, Paraná: R. Gest. Industr., Ponta Grossa, v. 13, n. 1, p. 228-242, jan./mar. 2017.
FADIGAS, E.A.F.A. Energia eólica - Série sustentabilidade. Rio Grande do Sul: Editora Antus,
2011.
NETO, P.B.L.; SAAVEDRA, O.R.; CAMELO, N.J.; RIBEIRO, L.A.S.; FERREIRA, R.M.
Exploração de energia maremotriz para geração de eletricidade: aspectos básicos e principais
tendências. Instituto de Energia Elétrica. Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Brasil,
2011.
REN 21 (Renewable Energy Policy Network for the 21st Century). Renewables 2013: Global
Status Report. 2013. Disponível em <www.ren21.net>. Acesso em 28 Abril 2018.