Educacao
Meio ambiente
Francisco Carlos Pierin Mendes
Claudemira Vieira Gusmão Lopes
Jefferson de Oliveira Salles
Curitiba
2014
FAEL
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Siderly Almeida CRB 9/1022
EDITORA FAEL
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Edição Jaqueline Nascimento
Revisão Fernanda Calvetti Corrêa
Diagramação Katia Cristina Santos Mendes
Capa Katia Cristina Santos Mendes
Fotos da Capa Shutterstock.com/iadams
Educação e Meio
Ambiente
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Educação e Meio Ambiente
– 5 –
Educação e Meio Ambiente
1 Especialista em Organização do Trabalho Pedagógico pela UFPR e Mestre em Educação pela Pon-
tifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Desde 1995, trabalha como professora e pedagoga
na Rede Municipal de Ensino de Curitiba e no ensino superior, orientando e acompanhando o estágio
supervisionado em cursos de pedagogia. Além disso, é coordenadora do Curso de Pedagogia da
Fael, na modalidade a distância.
2 Graduada em Processamento de Dados pela UEPG e em Formação Pedagógica pela UTFPR. É,
também, Especialista em Educação a Distância pela Fael. Atualmente, atua como coordenadora do
Núcleo de Educação a Distância, na Fael.
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Sumário
Referências | 12 1
Políticas Públicas e Iniciativas da
Sociedade Civil em Educação Ambiental | 131
1 Visão unidimensional de desenvolvimento e
necessidade de legislação ambiental | 139
Referências | 261
Projetos Pedagógicos
em Educação
Ambiental
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Apresentação
* Francisco Carlos Pierin Mendes é Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná
(UFPR). Atua na rede pública de ensino e é professor do curso de Pedagogia da Fael, nas modalida-
des presencial e a distância.
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1
Educação ambiental:
definição e
emergência do tema
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Educação ambiental: definição e emergência do tema
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Educação e Meio Ambiente
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Educação ambiental: definição e emergência do tema
Saiba mais
Nas discussões sobre a educação ambiental, um documento
que merece uma atenção especial é a Carta da Terra, publi-
cada em março de 2000, que nasce da colaboração do Con-
selho da Terra – constituído a partir da Rio 92 – com a Cruz
Verde Internacional, com representantes de vários países.
Procure fazer a leitura desse documento, ele significa a ruptura
cultural epistemológica com o antropocentrismo e alerta sobre
a importância de todos os seres sobre a Terra (FERRERO;
HOLLAND, 2004).
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Educação e Meio Ambiente
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Educação ambiental: definição e emergência do tema
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Educação e Meio Ambiente
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Educação ambiental: definição e emergência do tema
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Educação e Meio Ambiente
Síntese
Neste capítulo refletimos sobre a degradação ambiental que ocorre em
todos os continentes, sobre como os problemas ambientais criados por um
país distante interferem diretamente em regiões próximas, determinando o
caráter global das questões ambientais.
Conhecemos aspectos que determinaram a emergência internacional do
estudo da EA e também o surgimento da temática no Brasil, a partir da aber-
tura democrática e da participação do país em importantes conferências sobre
o tema, culminando com a organização da Rio 92.
As conferências criadas pela comunidade internacional se apresentam
como espaços importantes para a discussão dos problemas ambientais e para a
tomada de decisões coletivas, visto a abrangência do assunto.
Por meio dessas reflexões, procurou-se definir a educação ambiental no
contexto brasileiro, como processos coletivos e individuais, ações, habilida-
des, atitudes e conhecimentos voltados à conservação do meio ambiente e à
melhoria nas condições de vida da população.
Podemos dizer, ainda, que a educação ambiental se apresenta como um
campo de estudo que jamais estará pronto, quanto à sua forma ou seu conte-
údo. No entanto, pesquisadores estarão à procura de caminhos para atender
às reais necessidades da temática, de forma a torná-la mais eficiente na sua
missão de contribuir para a melhoria das questões ambientais do planeta.
Glossário
22 Antropocentrismo: Relativo a antropocêntrico, concepção que
considera que a humanidade deve permanecer no centro do enten-
dimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de
acordo com a sua relação com o homem. É normal se pensar na
ideia de “o homem no centro das atenções”.
22 Epistemológica: Relativo à epistemologia, que estuda a origem, a
estrutura, os métodos e a validade do conhecimento.
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2
Desafios da educação
ambiental na sociedade
do conhecimento
2.1 O desafio
A educação ambiental, entendida como uma prática transformadora,
comprometida com a formação de cidadãos críticos e corresponsáveis por
um desenvolvimento que respeite o ambiente e as diferentes formas de vida,
enfrenta muitos desafios neste início de século (TRISTÃO, 2002).
O momento pede uma articulação de princípios teóricos que funda-
mentam a educação ambiental com o pensamento contemporâneo. “O res-
peito às diversidades cultural, social e biológica é o fio condutor das rela-
ções estabelecidas com o contexto contemporâneo.” (TRISTÃO, 2002, p.
169). Vivenciamos uma nova fase, outra realidade, que o autor denomina
de pós-modernidade ou modernidade tardia, em que uma ruptura com a
racionalidade instrumental – levando a um saber pertinente e significativo,
ou melhor, capaz de contextualizar a informação incluindo-a no contexto
global – se faz necessária.
Nesse contexto, vemos a possibilidade de articulação entre diferentes
dimensões. Religar o que parece disjunto é o grande desafio da educação
ambiental, sendo viável apenas com a desconstrução da lógica de uma única
dimensão, não sendo possível uma única base conceitual para lidar com as
diferenças e antagonismos.
A complexidade ambiental vem ao encontro do que está sendo discu-
tido, o seu entendimento só ocorre a partir do conceito de diversas discipli-
nas, é tecido a partir da convivência, do diálogo inter, trans e pluridisciplinar
(ARDOINO apud TRISTÃO, 2002).
Percebe-se que os conceitos que contribuem para discutir os desafios
da educação ambiental extrapolam o limite das disciplinas, são transversais,
multirreferenciais.
Com o objetivo de desvendar os desafios da educação ambiental na
sociedade contemporânea, Tristão (2002) pontua brevemente alguns deles.
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Desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento
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Educação e Meio Ambiente
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Desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento
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Educação e Meio Ambiente
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Desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento
Saiba mais
Considerado o pai da filosofia moderna, Descartes (1999)
desenvolveu o método dedutivo, com inúmeras contribuições
para a matemática. Esse método pode ser dividido em quatro
fases: evidência, análise, síntese e remuneração.
Descartes tornou possível, assim, avanços significativos
na ciência, porque possibilitou que os problemas fossem
abordados a partir de suas partes.
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Educação e Meio Ambiente
Essas novas tecnologias, que estão sendo incorporadas aos processos edu-
cativos, permitem uma formação continuada, trocas de experiências bem-su-
cedidas e também uma reflexão sobre o conhecimento no mundo real.
Saiba mais
Um texto importante para ampliar seu conhecimento em rela-
ção às tecnologias e sua importância na sociedade do conhe-
cimento é: “As novas tecnologias na educação ambiental: ins-
trumentos para mudar o jeito de ensinar e aprender na escola”,
de Paulo Blikstein (2007). Disponível no link: <http://portal.
mec.gov.br/secad/CNIJMA/arquivos/educacao_ambiental/
novas_tecnologias.pdf>.
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Desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento
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Educação e Meio Ambiente
Síntese
Neste capítulo, foi possível perceber alguns desafios enfrentados pela
educação ambiental na busca por uma prática transformadora e comprome-
tida com a formação de cidadãos críticos, responsáveis e que busquem um
desenvolvimento que respeite o ambiente e as diferentes formas de vida.
Como desafios a serem superados para que essa prática possa ser imple-
mentada, temos: o enfrentamento da multiplicidade de visões, a superação da
visão do especialista, da pedagogia das certezas e da lógica da exclusão, o que
pode ocorrer por meio da eliminação das desigualdades.
Observamos, também, a importância das novas tecnologias da informação
e da comunicação como forma de conscientização acerca da busca de alternati-
vas para os problemas ambientais enfrentados pelo planeta
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3
A inclusão da
educação ambiental
na escola básica
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A inclusão da educação ambiental na escola básica
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Educação e Meio Ambiente
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A inclusão da educação ambiental na escola básica
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Educação e Meio Ambiente
Há, ainda, os que pensam que o homem deveria perceber-se como parte
integrante da natureza, resgatando a noção de sacralidade desta, presente em
muitas culturas tradicionais, antigas e contemporâneas.
Percebe-se que tanto uns quanto outros reconhecem que a divisão, a
fragmentação instituída pela ciência clássica ocidental para estudar essa reali-
dade ambiental, não é suficiente para a compreensão dos diferentes fenôme-
nos da natureza.
Essa complexidade da natureza exige uma abordagem diferenciada, em
que os diferentes componentes devem ser vistos como parte de um todo, de
um sistema maior, com correlações e interações com os demais componentes
em seus diferentes aspectos.
Assim, a questão ambiental não deve ser vista apenas como um
conjunto de temáticas relativas à proteção a vida, mas tam-
bém como ações que busquem além da melhoria do meio
ambiente, um aumento da qualidade de vida das comunida-
des, se constituindo em tema de relevância mundial (BRA-
SIL, 1997b, p. 22).
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A inclusão da educação ambiental na escola básica
Essas posturas devem ser superadas pelo trabalho com o tema meio am-
biente, buscando construir no aluno uma consciência global das questões
relativas ao ambiente, compreender os problemas que afetam a sua comuni-
dade e exercer sua participação nas diferentes instâncias que discutem o tema.
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Educação e Meio Ambiente
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A inclusão da educação ambiental na escola básica
22 os ciclos da natureza;
22 sociedade e meio ambiente;
22 manejo e conservação ambiental.
Os conteúdos destacados referem-se aos dois primeiros ciclos do ensino
fundamental, já contemplados em outras áreas, porém, são relacionados
novamente com o objetivo de favorecer a reflexão e o planejamento do trabalho
com as questões ambientais e garantir a compreensão do tema de forma integral.
O processo avaliativo em educação ambiental deve respeitar as diferenças,
contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de observação,
fundamental na compreensão dos problemas ambientais. O documento
apresenta alguns critérios de avaliação (BRASIL, 1997b):
22 Observar as características do meio ambiente e identificar a existên-
cia de ciclos e fluxos na natureza.
22 Identificar as intervenções com as quais a sociedade local vem rea-
lizando transformações no ambiente, na paisagem, nos espaços em
que habita ou cultiva.
22 Contribuir para a conservação e a manutenção do ambiente mais
imediato em que vive.
22 Identificar as substâncias de que são feitos os objetos ou materiais
utilizados pelos alunos, bem como alguns dos processos de trans-
formação por que passaram.
22 Participar, pessoal e coletivamente, de atividades que envolvam toma-
das de posição diante de situações relacionadas ao meio ambiente.
22 Reconhecer alguns processos de construção de um ambiente, tanto
urbano quanto rural, com a respectiva intervenção na paisagem,
bem como sua importância para o homem.
22 Perceber a relação entre a qualidade de vida e um ambiente saudável.
22 Valorizar o uso adequado dos recursos disponíveis.
Na questão pedagógica, o tema meio ambiente deve ser desenvolvido
visando proporcionar aos alunos uma grande diversidade de experiências e
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Educação e Meio Ambiente
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A inclusão da educação ambiental na escola básica
Saiba mais
A PNEA e a educação formal e não formal - A Lei n. 9.795/99
reforça a necessidade da presença da educação ambiental nos
diferentes níveis e modalidades da educação formal, devendo
ser aplicada na educação de jovens e adultos, na educação a dis-
tância, na educação especial e na educação indígena. Enfatiza o
caráter interdisciplinar da educação ambiental, reforçando a ideia
de que não deve ser implantada como disciplina específica.
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Educação e Meio Ambiente
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A inclusão da educação ambiental na escola básica
Reflita
A educação a distância no Brasil tem atingido altos níveis de desen-
volvimento nos últimos anos. Pensando na grande possibilidade
de aliar a EaD à educação ambiental, reflita sobre os avanços que
podem ser contemplados com a interação entre essas modalida-
des. Consulte o artigo “Educação ambiental – uma proposta para o
ensino a distância” (FURG, 2010). Disponível em: <http://www.
remea.furg.br/mea/remea/congress/artigos/poster16.pdf>.
– 47 –
Educação e Meio Ambiente
Síntese
Neste capítulo, relembramos os encaminhamentos sugeridos pelos Parâ-
metros Curriculares Nacionais para o trabalho com a temática ambiental, seus
eixos, objetivos e conteúdos.
Na primeira parte do documento, a questão ambiental é abordada a par-
tir de um histórico dos modelos de desenvolvimento social em curso nas
sociedades modernas, e é discutida a importância da educação ambiental no
ensino fundamental.
Na segunda parte, são determinados critérios de avaliação, conteúdos
e orientações didáticas gerais. Além disso, são determinados quais conte-
údos relacionados ao meio ambiente serão integrados ao currículo através
da transversalidade.
Foi possível, ainda, conhecer um pouco mais sobre a Política Nacional
de Educação Ambiental, seus princípios e objetivos.
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4
A transversalidade na
educação ambiental
– 50 –
A transversalidade na educação ambiental
los não é preocupação recente, pois são temáticas que têm sido ampla-
mente discutidas e foram incorporadas a outras áreas, como as questões
de meio ambiente são abordadas nas ciências naturais, na geografia e nas
ciências sociais.
Outro aspecto importante que deve ser ressaltado diz respeito aos
conteúdos dos temas transversais, os quais não são apresentados em ciclos
como os demais conteúdos presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
A orientação é para que sejam abordados em qualquer ciclo, respeitando o
grau de profundidade, abrangência e compreensão por parte dos alunos. A
capacidade cognitiva dos alunos é que determinará o tratamento dado aos
conteúdos nas diferentes áreas.
Além dos conteúdos a serem trabalhados, o documento apresenta uma
preocupação em relação à avaliação no trabalho com os temas transversais,
prática que se torna difícil se buscarmos quantificar os valores, normas, atitu-
des e procedimentos conforme orienta o documento.
Em função disso, a finalidade principal da avaliação deve ser contribuir
para que os educadores possam planejar a continuidade de seu trabalho,
ajustando-se aos alunos e buscando oferecer a eles condições para superar
obstáculos e desenvolver autonomia.
A proposta de trabalho com esses temas, abrangendo conteúdos de valor
moral e ético, importantes na formação escolar, deve ser desenvolvida dentro
do princípio da transversalidade, assunto que abordaremos na sequência.
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Educação e Meio Ambiente
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A transversalidade na educação ambiental
Saiba mais
Linhas gerais do tema transversal meio ambiente
A vida cresceu e se desenvolveu na Terra como uma trama, uma
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Educação e Meio Ambiente
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A transversalidade na educação ambiental
Educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
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A transversalidade na educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
Síntese
Neste capítulo, foram abordados os temas transversais, que discutem
questões presentes no cotidiano e na realidade social das pessoas. Eles são
responsabilidade de todos e devem ser integrados ao currículo por meio da
transversalidade.
Discutimos a transversalidade na escola como proposta que possibilita
aprender na realidade e sobre a realidade, promovendo uma compreensão
abrangente dos diferentes objetos do conhecimento.
Essa proposta também atenta para a necessidade de uma transforma-
ção na prática pedagógica, rompendo com a pedagogia tradicional e imple-
mentando um novo trabalho, dinâmico, contextualizado, que possibilitará
a formação de um cidadão ativo na vida social.
Abordamos, também, a educação ambiental e a transversalidade den-
tro de um enfoque integrador e crítico, na perspectiva de construir relações
entre as diferentes disciplinas.
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5
A superação da
dicotomia teoria e
prática na educação
ambiental
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A superação da dicotomia teoria e prática na educação ambiental
– 61 –
Educação e Meio Ambiente
mente na sua rotina, como no caso das inundações que ocorreram no verão
de 2010 em muitas regiões do país, causando mortes e danos materiais. Após
essas catástrofes, a comunidade, a mídia e os governos levantaram questões
ambientais relevantes, como destino do lixo, preservação dos rios, florestas,
ocupação irregular de encostas entre outros.
Outro elemento presente na teoria da educação ambiental, diz respeito à
importância dos conteúdos da temática serem abordados de forma interdisci-
plinar, conforme orientação da Conferência de Tbilisi, Unesco, 1977, que diz:
a educação ambiental é o resultado de uma orientação e articulação
de diversas disciplinas e experiências educativas que facilitam a per-
cepção integrada do meio ambiente, tornando possível uma ação mais
racional e capaz de responder às necessidades sociais [...]. Para a re-
alização de tais funções, a educação ambiental deveria [...] enfocar a
análise de tais problemas através de uma perspectiva interdisciplinar e
globalizadora, que permita um compreensão adequada dos problemas
ambientais (LIMA, 2006, p. 1).
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A superação da dicotomia teoria e prática na educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
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A superação da dicotomia teoria e prática na educação ambiental
Saiba mais
Como subsídio teórico que fundamenta a discussão sobre a
superação da dicotomia teoria X prática, sob o ponto de vista
interdisciplinar, consulte o artigo de Suzi Mattos: “A educação
ambiental na escola: teoria X prática sob o ponto de vista
interdisciplinar”, apresentado no 2º Fórum Ambiental da Alta
Paulista, em outubro de 2006. Disponível em: <http://www.
amigosdanatureza.org.br/noticias/306/trabalhos/70.EA-4.pdf>.
Leia o texto e procure refletir sobre a temática abordada.
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Educação e Meio Ambiente
1 Práxis: é o processo pelo qual uma teoria, lição ou habilidade é executada ou praticada, se con-
vertendo em parte da experiência vivida.
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A superação da dicotomia teoria e prática na educação ambiental
Síntese
Este capítulo tratou sobre a importância de aliar teoria e prática no de-
senvolvimento do trabalho com a educação ambiental. Discutimos mudanças
na postura do professor e no encaminhamento pedagógico, visando superar
essa dicotomia.
Observamos que a prática interdisciplinar, como uma ação conjunta de
diversas disciplinas em torno de temas específicos, pode contribuir para tornar
a educação ambiental atrativa para os alunos e prazerosa em termos de traba-
lho para o professor.
Percebemos a defesa de um trabalho em que a prática e a teoria se com-
plementam em um exercício libertador, com a participação das instituições
escolares e diferentes movimentos ambientais.
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Educação e Meio Ambiente
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6
A educação
ambiental e a
formação de
professores
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A educação ambiental e a formação de professores
Saiba mais
Os Parâmetros em Ação – Caderno Meio Ambiente na
Escola, diz que apenas a qualificação profissional dos profes-
sores não garante uma educação ambiental de qualidade, que
outras variáveis podem interferir como:
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Educação e Meio Ambiente
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A educação ambiental e a formação de professores
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Educação e Meio Ambiente
Figura 1
Incorporação
Modelo tradicional de passiva do
Uso do conhecimento
formação conhecimento
Conhecimento
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A educação ambiental e a formação de professores
Figura 2
Desenvolvimen-
to profissional
Incorporar
Educação am- centrado na
Debates, novos conhe-
biental racionalidade e
discussões cimentos e
(formação) na participação
metodologias
comunitária
Modelos de educadores
Técnico especialista Profissional reflexivo
Os fins e os valores O ensino deve guiar-se
Dimensões ficam convertidos em pelos valores educativos
da profis- Obrigação resultados estáveis pessoalmente assumidos.
sionalidade moral e bem definidos que Define as qualidades
do educador se tornam previsões morais da relação e da
alcançáveis. experiência educativa.
Despolitização da Negociação e equilíbrio
prática. Aceitação entre os distintos
Compro- das metas do sistema interesses sociais,
misso com a e preocupação interpretando seu valor,
comunidade pela eficácia e mediando politicamente
Dimensões pela eficiência dos e buscando resultados
da profis- resultados definidos. práticos concretos.
sionalidade
do educado Investigação/reflexão sobre
a prática. Deliberação
Compe- Domínio técnico dos
da forma moral ou
tência métodos para alcançar
educativamente mais correta
profissional os resultados previstos.
de atuar em cada caso nas
situações de incerteza.
Fonte: adaptado de Compiani (2001, p. 45).
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Educação e Meio Ambiente
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A educação ambiental e a formação de professores
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Educação e Meio Ambiente
A temática
ambiental e
o processo
Valores éticos e Participação
educativo
estéticos política
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A educação ambiental e a formação de professores
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Educação e Meio Ambiente
Síntese
Neste capítulo, foi abordada a importância de uma formação perma-
nente e contínua na educação ambiental, por meio do aprofundamento do
conhecimento em relação à temática ambiental.
Procuramos refletir sobre a capacitação dos profissionais que irão atuar
no ensino fundamental, conhecer os modelos de educadores técnicos especia-
listas e profissionais reflexivos, defendendo a superação do modelo tradicional
de ensino por um modelo ativo, que assegure continuidade nos processos de
autoformação. Vimos, também, que essa capacitação cabe às universidades,
secretarias e Ministério da Educação.
– 80 –
7
Os desafios de
uma educação
ambiental crítica
nas escolas
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Os desafios de uma educação ambiental crítica nas escolas
Saiba mais
A ecopedagogia surgiu a partir da evolução da ecologia. No
início, era chamada de “pedagogia do desenvolvimento sus-
tentável”. Hoje, o seu sentido assume novas proporções, à
medida que vem se tornando um movimento pedagógico ou
mesmo uma abordagem curricular.
“A ecopedagogia trabalha com ética, sustentabilidade, com-
plexidade, cuidado, cidadania planetária, democracia, além de
outras categorias [...]” (LOPES, 2010, p. 14).
– 83 –
Educação e Meio Ambiente
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Os desafios de uma educação ambiental crítica nas escolas
Ações
Educação
Práxis
Reflexões
Participação
política
Necessidades
Ambiente Desenvolvimento
sustentável
Limitações
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Educação e Meio Ambiente
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Os desafios de uma educação ambiental crítica nas escolas
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Educação e Meio Ambiente
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Os desafios de uma educação ambiental crítica nas escolas
Educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
Educação ambiental
Mudança ambiental
Fonte: adaptado de Layrargues (2006, p. 98).
A educação ambiental deve ser reconhecida, dentro de uma responsa-
bilidade social, como fator determinante para a formação de uma consciên
cia ecológica no educando, de modo a instrumentalizá-lo para enfrentar os
desafios e superar as complexidades do mundo moderno, contribuindo para
a solução do conflito ambiental que, muitas vezes, é social.
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Os desafios de uma educação ambiental crítica nas escolas
Síntese
Neste capítulo, foi possível perceber a necessidade de uma educação
ambiental crítica nas escolas, ressaltando os vínculos dos processos ecológicos
com elementos sociais na leitura de mundo, reconhecendo que nos relaciona-
mos com a natureza por essas mediações.
Abordamos a educação ambiental como fator de mudança cultural e
social, reconhecendo a importância de uma nova postura cultural, visando
à reversão da crise ambiental, com a instauração de uma nova ética, a ecoló-
gica. Ainda, vimos a necessidade de não se esquecer da educação ambiental
como responsabilidade social, fator determinante para a formação de uma
nova consciência ecológica no educando, na tentativa de se chegar a uma
cidadania justa e contribuir para a solução do conflito ambiental, que muitas
vezes é social.
Concluindo, podemos dizer que a educação ambiental se apresenta
como um campo de estudo que jamais estará pronto, quanto à sua forma ou
seu conteúdo, mas que pesquisadores como nós estarão à procura de cami-
nhos para atender às reais necessidades da temática, de forma a torná-la mais
eficiente na sua missão de contribuir para a melhoria das questões ambientais
do planeta.
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Educação e Meio Ambiente
– 92 –
8
Elaboração e análise
de projetos em
educação ambiental
Ação interdisciplinar
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Elaboração e análise de projetos em educação ambiental
8.1.3 O projeto
Essa é a fase em que se deve incluir questões relevantes para a comunidade,
sua história, as diferentes manifestações culturais, informações importantes
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Educação e Meio Ambiente
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Elaboração e análise de projetos em educação ambiental
3. Justificativa
A justificativa deve incluir as razões que tornam o projeto importante,
principalmente do ponto de vista da sua contribuição para a comunidade.
Nos projetos de educação ambiental, geralmente vinculados a escolas, o
papel de cada participante deve ser bem definido. Professores, direção,
funcionários e alunos, cada um tem uma função, não devem ser
meros espectadores.
É na justificativa que se “vende” o projeto, ou seja, motiva-se as “pes-
soas a compartilharem em grupo uma mesma ideia, é neste momento
que se apresenta os elementos para convencer novos parceiros, como
por exemplo, aqueles que podem ajudar a financiar o projeto” (LEITE,
2001, p. 125).
4. Fundamentação teórica
A fundamentação teórica deve conter elementos que fundamentem o
trabalho com a educação ambiental, abordando aspectos históricos,
definições e outros conhecimentos necessários ao desenvolvimento
do projeto.
5. A metodologia
Nesse item, devem ser indicados os meios para se obter as informações,
e como trabalhar com essas informações. Onde fazer?, Como fazer?,
Quanto?, Quando?, são alguns itens a serem considerados.
6. O tempo do projeto
Define em quanto tempo o projeto será desenvolvido, o que depende das
diferentes atividades a serem desenvolvidas. Não é interessante elaborar
projetos com duração muito curta ou muito longa, para que não ocorra
o desinteresse pelo projeto.
7. O público-alvo
É muito importante definir quem vai participar do projeto, quais séries,
se todos os alunos da escola serão envolvidos, e como fica a participação
da comunidade. Esses são importantes elementos que devem ser
previamente definidos.
– 97 –
Educação e Meio Ambiente
8. As atividades
A participação de todos é fundamental, professores e funcionários. Não
adianta pregar a inclusão de todos se a merendeira nunca participa de
atividades que envolvam o corpo docente.
Para Leite (2001), é interessante que o planejamento das atividades seja
feito em duas etapas:
• Geral – que envolva todos os professores da escola. É nesse
momento que, efetivamente, será tratado o que fazer na es-
cola. Nessa etapa, deve-se ter claro o que pode acontecer e
o que deve acontecer, as intervenções concretas na realidade
da comunidade.
• Específica – deve contemplar cada área de estudo. Inserir o
tema do projeto no conteúdo a ser trabalhado na disciplina.
Aqui, a articulação entre a fundamentação conceitual e a prá-
tica pedagógica deve acontecer, ações transdisciplinares devem
ocorrer. “Reconhecer a interdependência dos diversos elemen-
tos que compõem a realidade e que a apreensão desse todo
implica uma comunicação profunda entre os diversos sabe-
res – científico (e suas várias áreas), cultural e vivencial das
pessoas” (SEGURA, 2007, p. 96), é uma ação importante no
desenvolvimento do projeto de educação ambiental.
9. A avaliação
Orienta-se que a avaliação dos projetos sob a ótica da educação ambien-
tal não deve ser excludente, valorizar o que não se sabe ou não se fez.
Muito pelo contrário, ela deve realçar as ações positivas, as mudanças, os
avanços conseguidos e como devemos agir para ir além. Nesse enfoque, a
educação ambiental como processo educativo é contínua.
10. Ações futuras
Essas ações devem ser desenvolvidas no sentido de reforçar os enca-
minhamentos do projeto. Não há necessidade de continuidade até
a exaustão.
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Elaboração e análise de projetos em educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
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Elaboração e análise de projetos em educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
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Elaboração e análise de projetos em educação ambiental
Síntese
Neste capítulo, apresentamos a importância dos projetos na educação
ambiental. Discutimos o que caracteriza um projeto, a importância
da ação interdisciplinar, da participação da comunidade e demais segmentos
da escola na busca de soluções para os diferentes problemas ambientais.
Apresentamos, também, as etapas a serem seguidas na elaboração
e implementação de uma ação ambiental, o planejamento, os objetivos, a
justificativa, o público-alvo, as atividades, entre outros elementos necessários
ao desenvolvimento de um projeto significativo. Por fim, abordamos, na
análise desses projetos, o processo de avaliação das ações, sempre na perspectiva
de continuidade e melhoria do trabalho.
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Educação e Meio Ambiente
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9
Práticas e ações na
educação ambiental
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Práticas e ações na educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
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Práticas e ações na educação ambiental
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Educação e Meio Ambiente
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Práticas e ações na educação ambiental
Atividade 1: palavras-chave
Selecionar algumas palavras-chave relativas ao assunto a ser abordado e
montar fichas coloridas para cada uma delas e espalhar pela sala. Para cada pala-
vra, fazer um painel (uma folha de cartolina, por exemplo), que será preenchido
aos poucos, com a contribuição das próprias crianças.
Ao longo do trabalho, durante um mês, bimestre, ou até semestre, colar nos
painéis figuras, fotos e desenhos levados ou feitos pelas próprias crianças, relativos
às palavras. Fazer comentários e promover discussões sobre cada nova colagem. É
possível trabalhar, por exemplo, uma palavra por semana ou quinzena. Ao final
do ano, montar uma exposição com os painéis. Exemplos de palavras: Terra, na-
tureza, plantas, animais, água, vida, ar, floresta, mar, poluição, lixo, etc.
Atividade 2: filmes
Diversos filmes infantis passam uma mensagem que podemos apro-
veitar. O professor pode passar alguns, utilizando-os para gerar discussões e
subprodutos, como atividades artísticas após a projeção. Podem ser usados,
também, filmes documentários sobre animais ou regiões, mas é importante
cuidar com as cenas violentas que alguns podem exibir. Atenção: é interes-
sante assistir ao filme antes. Nem tudo o que está neles é para ser digerido
sem ressalvas, portanto, deve-se fazer com que as crianças reflitam sobre o que
viram. Exemplo: Procurando Nemo.
Atividade 3: plantar
Se a escola tiver um espaço, ótimo, é possível fazer um jardim. É inte-
ressante marcar um dia na semana e levar as crianças para trabalharem no
jardim. Colocar plantas que tenham flores e que sejam resistentes. Pedir para
as crianças levarem as plantas de casa (muitas mães têm plantas em casa e
podem ajudar), ou para levarem sementes.
Lembrar de molhar as plantas pelo menos a cada dois dias. Para isso,
antes de começar, verificar se há condições para isso, como uma mangueira
ou torneira próxima.
Se não houver lugar, não há problema. Há a possibilidade de plantar em
pequenos vasos e espalhá-los pela sala. Utilizar garrafas de refrigerante de 2
– 111 –
Educação e Meio Ambiente
Atividade 4: terrários
O terrário é um microecossistema vivo, se comparado, com as devidas
proporções, a um minúsculo planeta, no qual ocorrem os ciclos necessários
para reprodução da vida. É possível manter uma planta em um vidro total-
mente lacrado? Vejamos:
22 pegar um vidro grande. Pode ser um de maionese, mas melhor
ainda se for um maior, como os de colocar alimentos como arroz
e feijão. O pequeno também serve, mas a planta não terá muito
espaço para se desenvolver;
22 limpar bem o vidro;
22 colocar um pouco de cascalhos (pedras) no fundo, cerca de 1 a 2 cm;
22 com o auxílio de um funil de papel, cobrir essas pedras com uma
camada de, aproximadamente, um ou dois dedos de barro, depen-
dendo do tamanho do vidro;
22 acomodar com o auxílio de uma vareta ou batendo levemente o
fundo do vidro na mesa;
22 fazer o mesmo com terra preta, mas uma camada um pouco maior;
22 colocar um pouco de húmus;
– 112 –
Práticas e ações na educação ambiental
Atividade 5: aquários
O professor pode manter em sala de aula um pequeno aquário com
peixes. É simples e fácil de cuidar. Mesmo um aquário pequeno chama
bastante atenção das crianças, que terão vontade de tratar os peixes todos os
dias. Dicas:
22 colocar plantas aquáticas naturais. Além de ornamentar os aquá-
rios, os peixes adoram se esconder entre elas;
22 colocar uma bomba com filtro. Ajuda a manter a água limpa e
oxigenada;
22 com o auxílio de um tubinho de borracha (destes dos próprios fil-
tros), limpar o fundo do aquário, em que se depositam fezes, res-
tos de comida, entre outros dejetos. Assim a água vai ficar limpa
por mais tempo;
22 usar uma escovinha e limpar os vidros para tirar o limo. A visua-
lização será bem melhor;
– 113 –
Educação e Meio Ambiente
Atividade 7: passeios
Sempre que possível, o professor deve realizar passeios pelos arredores da
escola, observando a natureza. Se a escola possuir um jardim, levar os alunos
para apreciar as flores, as folhas, os ventos, procurar um passarinho ou algum
– 114 –
Práticas e ações na educação ambiental
Atividade 9: coleções
Produzir, com as crianças, coleções de peças e objetos do meio natural.
Montar um pequeno museu natural em sala. Escolher objetos que não tragam
problemas e que não estraguem algo quando coletados. Arrumar um local na
sala para guardá-los e, ao mesmo tempo, deixá-los à mostra.
Há a possibilidade de usar, por exemplo, uma caixa de papelão, de sapato
ou de camisa. Abrir um quadrado grande na tampa, deixando apenas as bor-
das, e colar um plástico transparente, de modo que, mesmo a caixa estando
fechada, seja possível ver o que há dentro.
É possível, também, se houver condições, separar uma estante pequena, ou
uma das prateleiras para guardar as coleções. Essas coleções são uma ótima manei-
ra de fazer com que os alunos tenham contato com objetos da natureza e, para o
professor, é interessante utilizá-los para dar aula ou em algumas atividades.
– 115 –
Educação e Meio Ambiente
As coleções podem ser de: sementes, folhas, penas, pedras, conchas, entre
outras.
– 116 –
Práticas e ações na educação ambiental
– 117 –
Educação e Meio Ambiente
– 118 –
Práticas e ações na educação ambiental
– 119 –
Educação e Meio Ambiente
Síntese
Neste capítulo, reconhecemos a importância das atividades interdisci-
plinares no trabalho com a educação ambiental, pois permitem uma compre-
ensão mais globalizada do ambiente. Além disso, atividades interdisciplinares
foram sugeridas.
Receberam destaque as histórias em quadrinhos, como recursos para o
trabalho com as temáticas ambientais, visando melhorar atitudes e hábitos e
contribuindo, assim, para preservar o meio ambiente.
Por fim, muitas atividades práticas foram sugeridas para o trabalho com
a educação ambiental, na perspectiva de facilitar a participação dos diferentes
segmentos que representam a comunidade escolar.
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Referências
Educação e Meio Ambiente
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Referências
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Educação e Meio Ambiente
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Referências
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Educação e Meio Ambiente
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Referências
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Educação e Meio Ambiente
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Referências
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Educação e Meio Ambiente
– 130 –
Políticas Públicas
e Iniciativas da
Sociedade Civil em
Educação Ambiental
– 132 –
Prefácio
*
Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Atualmente, além de lecionar
para os cursos de Pós-Graduação em Educação na UFPR, coordena o Departamento de Teoria e
Prática de Ensino no Setor de Educação.
– 134 –
Apresentação
– 136 –
Apresentação
Os autores.*
– 137 –
Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
– 138 –
1
Visão unidimensional
de desenvolvimento e
necessidade de
legislação ambiental
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
– 141 –
Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Reflita
Você sabia que vivemos processos de exclusão nos
quais há uma ampla degradação ambiental socializada
com uma maioria que sequer teve acesso aos benefícios
materiais gerados durante esse período?
– 142 –
Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
– 143 –
Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Saiba mais
A educação formal é escolar, aquela que contemporaneamente
constitui-se uma das estratégias que melhor asseguram a ascen-
são social e os direitos sociais do indivíduo. A educação não
formal, por sua vez, é aquela apreendida via os processos de
compartilhamento de experiências, principalmente em espaços
e ações coletivos e cotidianos [...]. Os espaços educativos
localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de
vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em locais infor-
mais (GOHN, 2006).
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Saiba mais
A educação formal é escolar, aquela que contemporaneamente
constitui-se uma das estratégias que melhor asseguram a ascen-
são social e os direitos sociais do indivíduo. A educação não
formal, por sua vez, é aquela apreendida via os processos de
compartilhamento de experiências, principalmente em espaços
e ações coletivos e cotidianos [...]. Os espaços educativos
localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de
vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em locais infor-
mais (GOHN, 2006).
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
1 Esse assunto foi mais exaustivamente debatido na obra Ecopedagogia e cidadania plane-
tária (LOPES, 2010a).
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
– 156 –
Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
transformadora e emancipatória que, por sua vez, vise contribuir para uma
sociedade mais justa, democrática e sustentável (QUINTAS, 2009), procu-
rará organizar seus objetivos gerais e específicos em torno de uma possível
articulação com as finalidades supracitadas.
E se a visão do profissional envolvido com o ato de educar for uma visão
linear, tradicional e “naturalista” que, por privilegiar o ambiental em detri-
mento do social, é vista como reducionista? Nesse caso, esse profissional sequer
vai perceber, por exemplo, que o texto da PNEA, por não ter incorporado a
noção de justiça distributiva, não avançou com relação à questão social. Por-
tanto, vai continuar trabalhando com uma perspectiva que não permitirá que
os educandos também percebam essas nuances. Cabe aqui a seguinte reflexão:
esse fato possibilitará avanços ou retrocessos no que se refere a uma educação
ambiental emancipatória?
– 157 –
Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos
seus olhos, quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! – res-
pondeu a mãe com orgulho. – Tá. Então a corcova é para armazenar
água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através
do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então,
o que é que estamos fazendo aqui no zoológico?
Fonte: Veloso (2007, p. 73).
Síntese
Neste capítulo buscamos proporcionar reflexões acerca dos imbrica-
mentos existentes entre o modelo de desenvolvimento implementado após a
Segunda Guerra Mundial, tanto nos países desenvolvidos como nos emergen-
tes, como o Brasil, e da degradação ambiental pela qual passa o planeta. Esse
desenvolvimento predatório imposto pela ganância, que produziu e produz
desequilíbrios ambientais, só começou a ser freado a partir do desenvolvi-
mento de leis ambientais.
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Visão unidimensional de desenvolvimento e necessidade de legislação ambiental
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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2
Tratados,
conferências,
convenções e
acordos internacionais
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
Saiba mais
A Conferência de Estocolmo, além de chamar a atenção do
mundo para os problemas ambientais, colocou em evidência o
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Recomendação n. 1
[...] considerando os problemas que o meio ambiente impõe
à sociedade contemporânea e levando em conta o papel que
a educação pode e deve desempenhar para a compreensão de
tais problemas, recomenda a adoção de alguns critérios que
poderão contribuir na orientação dos esforços para o desen-
volvimento da educação ambiental, em âmbito regional,
nacional e internacional:
a) Ainda que seja óbvio que os aspectos biológicos e físicos
constituem a base natural do meio humano, as dimensões
socioculturais e econômicas e os valores éticos definem,
por parte, as orientações e os instrumentos com os quais o
homem poderá compreender e utilizar melhor os recursos
da natureza [...];
b) A educação ambiental é o resultado de uma reorienta-
ção e articulação de diversas disciplinas e experiências
educativas que facilitam a percepção integrada do meio
ambiente, tornando possível uma ação mais racional e
capaz de responder às necessidades sociais; [...] (DIAS,
1994, p. 63-64).
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
Reflita
Você saberia dizer a quantas anda a implementação da Agenda
21 Brasileira em seu município? Como cidadão preocupado com
a sustentabilidade do planeta, você tem acompanhado as ações
de implementação da Agenda 21 Brasileira?
Pense nisso!
– 175 –
Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Saiba mais
Você sabia que no endereço eletrônico do MMA está disponi-
bilizado o texto da Agenda 21 Brasileira? Acesse o site: <http://
www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrut
ura=18&idConteudo=908> e obtenha uma cópia.
– 176 –
Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
dente da Terra. A ideia inicial era elaborar uma Carta da Terra, porém não
houve consenso para tanto (CONFEA, 2002).
Saiba mais
Para conhecer os 27 princípios da Declaração do Rio, acesse o
site <http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/documentos/convs/
decl_rio92.pdf>.
– 177 –
Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
responsável pelo chamado efeito estufa. Na reunião do Rio também foi inclu-
ída uma meta para que os países desenvolvidos estabilizassem suas emissões
de CO2. Em 1997, foi assinado, no Japão, o Protocolo de Quioto, que nada
mais é do que um novo componente da Convenção sobre Mudanças Cli-
máticas. A novidade foi o fato de que, pela primeira vez, ocorreu um acordo
vinculante, comprometendo os países do Norte a reduzir suas emissões.
Doze anos após Quioto, a Conferência de Copenhague reuniu 193 paí-
ses para a 15ª Conferência das Partes, com o intuito de continuar as discus-
sões sobre a problemática do clima. Entretanto, o resultado da Conferência
de Copenhague foi considerado um “fracasso histórico” por muitos países e
por ONGs ligadas ao ambiente. De acordo com Carlos Minc, Ministro do
Meio Ambiente que representou o Brasil na conferência, o documento pre-
liminar prevê que os países desenvolvidos cortem 20% das suas emissões de
carbono até 2020, aumentando esse valor para 80% até 2050. O problema
é que o documento não estabelece metas diferentes das já apresentadas pelos
países ricos antes da reunião.
Quem trabalha com educação ambiental poderá discutir com alunos e
outros interessados, no que se refere à convenção sobre mudança climática,
a evidência da necessidade de uma revisão do padrão de consumo insusten-
tável dos países ricos e do uso de combustíveis fósseis. Só os Estados Unidos
são responsáveis por mais de 20% das emissões atmosféricas (LAYRAR-
GUES, 2003).
Riscos que as mudanças climáti-
cas podem trazer para o Planeta
O aquecimento mínimo esperado para os próximos cem
anos é mais que o dobro do aumento de 0,6 Cº, que vem
sendo registrado desde 1990. Isso poderá provocar even-
tos climáticos extremos. Nos locais em que a agricultura
for praticada em terrenos secos que dependem apenas da
chuva, como na África subsaariana, as colheitas poderão
diminuir drasticamente até mesmo com aumentos míni
mos na temperatura. Essas mudanças poderão causar a
– 178 –
Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Tratados, conferências, convenções e acordos internacionais
Síntese
Vimos neste capítulo que a compreensão do texto jurídico contido nos tra-
tados, convenções e acordos internacionais exige do profissional que vai trabalhar
com educação ambiental certo domínio acerca de alguns termos técnicos. Dessa
forma, ficará mais fácil interpretar os conteúdos dos artigos, incisos e parágrafos.
Por outro lado, isso não é nenhum “bicho de sete cabeças” porque, de acordo
com Duprat (2007), a interpretação de uma norma jurídica não é privilégio só
dos juristas. Afinal de contas, quem vive a norma acaba por interpretá-la.
Outro fator importante que destacamos se refere à necessidade dos pro-
fissionais que atuam em educação ambiental lerem os textos jurídicos com
criticidade, caso contrário o trabalho desenvolvido por eles poderá contem-
plar apenas o ponto de vista da ideologia dominante.
Também mencionamos uma série de conferências, tratados e acordos
que tiveram importância para a geração de propostas e/ou políticas para a
implementação da educação ambiental no Brasil.
Refletimos, ainda, sobre a necessidade de levar em consideração, além dos
textos oficiais produzidos nas convenções e conferências, aqueles produzidos
em reuniões paralelas, às vezes tão importantes quanto a própria conferência.
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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3
ONGs e a luta pela
preservação ambiental
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ONGs e a luta pela preservação ambiental
gem social. Mesmo possuindo uma visão reducionista do processo, essas lutas
foram importantes para o avanço do movimento ecológico e para o atual
estágio em que ele se encontra.
Obviamente, mesmo dentro dos movimentos ambientalistas e sociais,
estão presentes várias ideologias que, por sua vez, dão o tom das discussões
dentro deles. Tais ideologias contribuíram para o surgimento de várias ten-
dências dentro do movimento ecológico e, consequentemente, na educação
ambiental. Assim, muitas das tendências que defendem a ideologia domi-
nante, como a neoliberal, ainda apresentam em suas propostas uma visão
“conservacionista” de natureza.
Didaticamente falando, a utilização do recorte permite uma melhor
compreensão da evolução da história do movimento ecológico no Brasil.
Dessa forma, sem negar os acontecimentos e lutas anteriores importantes que
também fizeram parte do movimento ambientalista brasileiro, nesta reflexão
serão considerados os fatos e acontecimentos a partir da década de 1970.
Assim, concordando com Jacobi (2003), é a partir da metade da década de
1970 que o ambientalismo brasileiro toma fôlego e aparece de forma mais
expressiva para a sociedade. É claro que não se tratou de um fato isolado,
tanto acontecimentos internacionais (como a Conferência de Estocolmo,
ocorrida em 1972) como nacionais podem ser citados como exemplos de
fatores externos que serviram para impulsionar os movimentos brasileiros.
Já internamente temos a superação do mito do desenvolvimento econômico,
o aumento da devastação da Amazônia e até mesmo o surgimento da classe
média influenciada, por exemplo, pelos debates sobre qualidade de vida
(RUSCHEINSKY, 2002).
Dos exemplos nacionais supracitados como responsáveis pelo impulso
dado ao movimento ecológico brasileiro, serão destacadas, mais adiante,
a devastação da Amazônia e as lutas de lideranças locais para impedir essa
devastação, caso de Chico Mendes.
Com o objetivo de demonstrar a importância dos movimentos sociais –
como os dos seringalistas – para o movimento socioambiental brasileiro, fare-
mos um breve comentário sobre Chico Mendes. Nascido no Acre em 1944,
adquiriu notoriedade como líder ao lutar com outros trabalhadores florestais,
que chegaram a formar verdadeiras barreiras humanas na tentativa de impedir
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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ONGs e a luta pela preservação ambiental
mobilização, entendida como uma postura crítica ao regime – caso das crí-
ticas e denúncias sobre os problemas ambientais existentes na época –, de
outro, a opção pelo desenvolvimentismo a qualquer custo, declarado tex-
tualmente pelos representantes brasileiros durante a Conferência de Esto-
colmo. O país, por meio de um cartaz, informou aos países desenvolvidos
que a poluição oriunda do desenvolvimento era bem-aceita aqui, segundo
esses representantes, nosso país tinha a pior das poluições, que era a polui-
ção da miséria.
Autores como Jacobi (2003) também concordam com a tese de que o
Brasil teve papel de destaque como organizador do grupo dos países emer-
gentes que entendiam que as restrições ambientais discutidas em Estocolmo,
em 1972, representavam uma ameaça aos planos nacionais de desenvolvi-
mento. No caso brasileiro, essas restrições não coadunavam com as estratégias
de desenvolvimento apoiadas pelo Governo ao incentivar a implantação de
indústrias poluentes, como a petroquímica, além do apoio dado à instalação
de grandes projetos energéticos e minerais (DIAS, 1994).
Nesse contexto, em 1973, ocorre uma integração das agências ambien-
tais ao cenário nacional, ocasião da criação da Secretaria Especial do Meio
Ambiente (Sema), vinculada ao Ministério do Interior, cuja principal função
era traçar estratégias para conservação do meio ambiente e para o uso racional
dos recursos naturais. Concomitantemente, alguns Estados mais industriali-
zados criam as primeiras agências ambientais para controle da poluição, como
a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb),
a Fundação de Engenharia do Meio Ambiente no Rio de Janeiro (Feema),
entre outras (JACOBI, 2003).
Essas iniciativas tiveram dupla função nesse contexto, de um lado, evi-
denciavam o efetivo comprometimento do governo brasileiro com a luta pela
preservação do meio ambiente, por outro, funcionaram como uma tentativa
do mesmo governo em mitigar sua imagem negativa no cenário internacio-
nal, diante do espanto mundial causado pela atuação de alguns representantes
brasileiros na Conferência de Estocolmo. Não obstante, a ideia que predomi-
nava naquela época era a de que os recursos naturais poderiam ser utilizados
para acelerar o processo de desenvolvimento econômico, desde que alguns
cuidados fossem tomados para diminuir os impactos causados pela poluição
e para preservar alguns desses recursos (RUSCHEINSKY, 2002).
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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ONGs e a luta pela preservação ambiental
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ONGs e a luta pela preservação ambiental
Síntese
O terceiro capítulo deste texto trouxe importantes reflexões sobre as
ONGs e sua luta para a preservação ambiental, principalmente para aqueles
que atuam ou atuarão na área da educação ambiental, seja em espaços educa-
tivos de caráter formal ou não formal.
Iniciamos a reflexão com o argumento de que, no século XXI, o fenô-
meno da globalização neoliberal impôs enormes desafios aos que militam
em prol da emancipação social e ambiental. Após uma breve retrospectiva
histórica sobre o movimento ecológico brasileiro (de 1970 a 1990) e suas
lutas para impedir o índice de destruição ambiental, refletimos sobre o nasci-
mento da educação ambiental no Brasil e o papel das ONGs nesse processo.
A seguir, procuramos evidenciar a dimensão educativa e as políticas das lutas
socioambientais.
Para finalizar, discutimos sobre a atualidade da questão ambiental e de
suas lutas políticas, concluindo que os embates que esperam aqueles que lu-
tam pela emancipação ambiental e social será árduo neste início de século
XXI, principalmente após o recente fracasso da Reunião das Nações Unidas
(COP 15).
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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4
Sociedade civil:
sociedades
sustentáveis e
responsabilidade global
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Sociedade civil: sociedades sustentáveis e responsabilidade global
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Sociedade civil: sociedades sustentáveis e responsabilidade global
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Sociedade civil: sociedades sustentáveis e responsabilidade global
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
energia mundial enquanto grande parte dos países do Sul consomem apenas
10% (NOAL, 2008).
Porto-Gonçalves (apud QUINTAS, 2009) afirma que quando sabemos
que 20% dos habitantes mais ricos do Planeta consomem 80% da maté-
ria-prima e energia produzida anualmente, devemos constatar que estamos
diante de um modelo que chegou ao seu limite. Caso a realidade fosse outra
e todos os habitantes do planeta quisessem e pudessem ter o mesmo estilo de
vida dos ricos dos países ricos e dos ricos dos países pobres, seriam necessá-
rios mais cinco planetas para viabilizar todo esse consumo, o que na prática
é impossível, visto que só há um Planeta Terra. Nesse sentido, a promessa da
modernidade e de igualdade para homens e mulheres, na realidade, não pode
se concretizar. Quintas (2009, p. 36) afirma:
Mais do que nunca vemos que a modernidade é colonial, não
só na medida em que não pode universalizar seu estilo de
vida, mas, também, pelo modo como, pela colonização de
corações e mentes, procura instilar a ideia de que é desejável
e, mais ainda, [possível] todos se europeizarem e se america-
nizarem. Entretanto, este estilo de vida só pode existir se for
para uma pequena parcela da humanidade sendo, assim, na
sua essência injusto.
Há, ainda, outra conclusão mais grave. Diz respeito ao fato de,
atualmente, a humanidade precisar de cinco planetas para tornar acessível
o estilo de vida de uma minoria a todos: como só existe um Planeta Terra,
esse padrão de conforto que essa minoria tem na atualidade só será possível
mediante a manutenção das injustiças e desigualdades sociais e da exploração
irracional dos recursos ambientais (QUINTAS, 2009).
Alguns setores dominantes da economia mundial, representados pela
maioria das grandes empresas nacionais e transnacionais, além de grande parte
dos países desenvolvidos, costumam defender a ideia de que não há relação
de causa e efeito entre a crise ambiental e o modo como a sociedade moderna
está estruturada. Dessa forma, o problema não seria inerente ao modelo de
desenvolvimento insustentável dessa sociedade, ele seria resolvido se houvesse
um aperfeiçoamento desse modelo que tornasse sustentável o seu padrão de
consumo. Quem defende essa teoria acredita sinceramente que a simples ado-
ção de novas tecnologias e mudanças para práticas ambientais mais saudáveis,
como o uso de energia limpa, conservação de energia, combate ao desperdício,
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Sociedade civil: sociedades sustentáveis e responsabilidade global
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Sociedade civil: sociedades sustentáveis e responsabilidade global
que atuam ou vão atuar com educação ambiental, a começar pelo princípio
de que “a educação é um direito de todos. Somos todos aprendizes e
educadores” (BRASIL, 1992b, p. 2).
Como já refletimos anteriormente, o texto do tratado foi construído
por várias mãos e não deve ter sido fácil elaborar princípios como:
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Síntese
Procuramos, no decorrer do capítulo, refletir sobre o Tratado de
Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global. Para tanto, o assunto foi subdividido em: a) o Tratado de EA para
Sociedades Sustentáveis, no qual esclarecemos sua origem, as dificuldades
que os representantes da sociedade civil tiveram para elaborar seu
conteúdo e a caminhada percorrida até o Fórum Global, em 1992;
b) desenvolvimento sustentável ou sociedades sustentáveis – abordamos o
conceito de desenvolvimento sustentável, o desconforto que esse termo carrega,
até o surgimento do termo sociedades sustentáveis. Também procuramos
refletir acerca da questão da responsabilidade sobre a degradação do ambiente,
se é igual para países ricos e pobres e indivíduos ricos e pobres de um mesmo
país, sobre as ideias de conservacionismo e ecoeficiência, culminando com a
proposta de sociedades sustentáveis; c) por fim, discutimos o texto do tratado,
por meio de seus princípios e diretrizes, cujo principal objetivo é contribuir
para que a humanidade alcance uma sociedade sustentável.
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5
Carta das
Responsabilidades
Humanas
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Carta das Responsabilidades Humanas
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
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Carta das Responsabilidades Humanas
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Carta das Responsabilidades Humanas
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
(diversidade)
Cultural
(informada de seus (que represente o
Social Política
direitos e deveres) indivíduo)
(comprometimento das
(mídia verdadeira) Comunicacional Econômica
empresas, consumo)
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Carta das Responsabilidades Humanas
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Saiba mais
A Carta das Responsabilidades Humanas já foi traduzida para mais
de 25 idiomas. O objetivo é possibilitar que diferentes culturas
interpretem o seu conteúdo. Em um momento no qual se torna
necessário reconhecer nossa independência, somos convidados
a redefinir o termo responsabilidade, segundo nosso próprio con-
texto social, profissional, entre outros. Obtenha o documento
na íntegra acessando o site <http://www.carta-responsabilidades-
-humanas.net/spip.php?article1926&lang=pt_br>.
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Carta das Responsabilidades Humanas
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Carta das Responsabilidades Humanas
Dica de Filme
Assista ao vídeo Mágicas, que fala acerca da Carta das
Responsabilidades Humanas e foi produzido em duas edições.
MÁGICAS. 2004. Disponível em: <http://
www.carta-responsabilidades-humanas.net/spip.
php?article919&lang=pt_br>. Acesso em: 11 jun. 2010
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Carta das Responsabilidades Humanas
Síntese
Este capítulo nos permitiu refletir acerca do documento intitulado Car-
ta das Responsabilidades Humanas. Foi possível, por exemplo, perceber que
o Planeta Terra, que levou bilhões de anos para se formar e outros tantos
bilhões de anos para originar a vida como a conhecemos hoje, corre sério
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Redes de
educação
ambiental
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Redes de educação ambiental
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Saiba mais
Uma rede é um sistema de nós e elos capazes de organizar pes-
soas e instituições. Os fundamentos de uma rede são muitos, des-
tacamos: autonomia – cada integrante mantém sua independência
em relação à rede e aos demais integrantes. Além disso, há os
valores e objetivos compartilhados, que são comuns e capazes de
unir os diferentes membros de uma rede. Por fim, fazem parte de
seus fundamentos: vontade, conectividade, participação, multili-
derança, informação, descentralização e dinamismo. Mais infor-
mações poderão ser obtidas no site <http://www.ufrn.br/sites/
engenhodesonhos/hipertexto/oquerede.htm>.
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Redes de educação ambiental
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Redes de educação ambiental
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Reflita
O ano de 1997 foi considerado o ano da educação ambiental no Brasil
e no mundo. Reflita sobre o trecho retirado de Czapski (1998, p. 63):
Às vezes uma única frase consegue traduzir o estado de
espírito de uma época ou de um grupo. É o caso desta:
“1997 é o ano da educação ambiental no Brasil e no
mundo!” Estampada na primeira página de um boletim
da Rede Brasileira de Educação Ambiental, ela revelou
o ânimo e a expectativa em relação aos acontecimentos
do ano, no Brasil e fora dele. O mesmo boletim anun-
ciou uma aliança entre o governo e as organizações não
governamentais, visando à realização de uma série de
eventos que culminariam na promoção, pela Rede, do
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Redes de educação ambiental
Saiba mais
Saiba como surgiu o Sistema Brasileiro de Informação sobre Edu-
cação Ambiental. Leia o texto Os diferentes matizes da educa-
ção ambiental no Brasil 1997-2007, acessando o site <http://
www.cntdespoluir.org.br/Downloads/dif_matizes.pdf>.
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
De acordo com Amaral (apud CZAPSKI, 2008, p. 4), esses fatos foram
importantes para que se percebesse que, muito longe de se estar diante do fra-
casso do projeto da Rebea, que havia sido pensada para articular educadores,
lidava-se com o sucesso na expansão da cultura de trabalho em rede. Assim,
a Rebea passou a ser “rede das redes”, com dois papéis importantíssimos a
desempenhar: fortalecer os novos elos que estavam se formando e difundir a
cultura de redes.
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Redes de educação ambiental
Saiba mais
O Sibea representa uma poderosa ferramenta de busca, que
pode auxiliar na realização de pesquisas, pois o sistema facilita a
identificação e a localização de profissionais que atuam em EA.
Na atualidade, tem em seu cadastro pouco mais de 5 mil educa-
dores, ou seja, existe apenas um educador ambiental para cada
174 mil brasileiros. Caso deseje se cadastrar, acesse o site <http://
sibea.mma.gov.br/> (LAYRARGUES; FERRÃO, 2009).
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Síntese
Este capítulo proporcionou reflexões sobre as redes de educação ambien-
tal. O desafio primeiro foi buscar o entendimento do significado de rede,
visto que essa ideia implica admitir a complexidade dos sistemas que traba-
lham, pesquisam, divulgam e promovem a educação ambiental. Refletimos,
ainda, sobre o papel das redes brasileiras na implementação de políticas públi-
cas na área de educação ambiental.
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Políticas de
fomento:
necessidades e
compromissos
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Políticas de fomento: necessidades e compromissos
em conta os seus desejos, para que isso aconteça, deve-se estabelecer canais e
espaços que promovam a participação social, não apenas na formulação, mas
no acompanhamento e avaliação das políticas públicas (SOTERO, 2008).
Uma vez que já refletimos sobre o conceito de política pública, fica mais
fácil discutir a respeito de políticas de fomento para educação ambiental.
Fomentar significa promover o desenvolvimento, o progresso de algo ou,
ainda, estimular, facilitar algo. Logo, políticas de fomento para a educação
ambiental são aquelas ações que visam promover a educação ambiental em
nossa sociedade. Nesse sentido, refletiremos sobre as políticas implementadas
pelo Governo para a promoção da educação ambiental.
O fato que marca o início da preocupação do Governo Federal com o
tema meio ambiente, para efeito de suas políticas, é a criação da Secretaria
Especial de Meio Ambiente (Sema), no ano de 1973. No entanto, é preciso
frisar que os financiamentos para projetos de educação ambiental dessa época
até a década de 80 do século XX eram custeados pela própria Secretaria de
Meio Ambiente.
De acordo com Sorrentino (2005), a criação do Fundo Nacional do
Meio Ambiente (FNMA), por meio da Lei n. 7.797/89, permitiu um salto
qualitativo na política de financiamento para o meio ambiente no Brasil.
Segundo o autor, a partir de 1990 o FNMA passou a fomentar diversas ações
em educação ambiental, tanto na esfera pública como na sociedade civil e
ainda hoje ele é o principal agente financiador da política ambiental brasi-
leira, com destaque para os projetos na área da educação ambiental.
Convém destacarmos a importância do processo de financiamento à
educação ambiental, representado pelo Plano Plurianual do Governo Fede-
ral (PPA4). As ações foram incorporadas aos poucos, assim, no PPA que
vigorou de 1996 até 1999, incluíram a promoção da educação ambien-
tal, ainda que sem deixar claro qual a instituição responsável. Já no PPA
de 2000 a 2003, a educação ambiental é elevada à categoria de programa
(SORRENTINO, 2005).
O ano de 2004 foi muito importante para a educação ambiental, por-
que, além de possibilitar o início de mais um Plano Plurianual, o PPA 2004-
2007, propiciou, também, a reformulação do Programa 0052 (responsável
por elevar a educação ambiental à categoria de programa), que passou a ser
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Saiba mais
PPA significa Plano Plurianual, ele é um instrumento que expli-
cita o modo como o Governo pensa e procura construir o
desenvolvimento do Estado. Previsto no Artigo 165 da Consti-
tuição Federal de 1988, procura estabelecer, de forma regiona-
lizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração
Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes,
além das relativas aos programas de duração continuada. Saiba
mais acessando o site <http://www.piaui.pi.gov.br/down-
load/200802/CCOM20_5bbc3152c5.pdf>.
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Políticas de fomento: necessidades e compromissos
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Políticas de fomento: necessidades e compromissos
Saiba mais
O FNMA foi o primeiro entre os órgãos federais de fomento
a abordar a temática “mudanças climáticas”. Obtenha mais
informações sobre a ação intitulada Programa Brasil / Holanda
acessando o site <http://www.mma.gov.br/sitio/index.
php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=1>.
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Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil em Educação Ambiental
Síntese
Este capítulo possibilitou interessantes discussões e reflexões acerca das
políticas de fomento para a educação ambiental. Percebemos que elas não
são neutras, mas sim resultados da correlação de forças existentes na socie-
dade. Sendo assim, para que realmente promovam a educação ambiental,
necessitam do importante papel exercido pela sociedade: o controle social e
a participação.
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Educação, meio
ambiente e
interdisciplinaridade
que elas reconheçam-se em sua humanidade comum, sem perder de vista sua
diversidade cultural? Com certeza, está posto um desafio para a educação.
Por outro lado, além de se ter um desafio, tem-se também um problema
epistemológico. A educação necessária na era planetária é aquela que ensina a
condição humana (MORIN, 2001a). Ensiná-la pressupõe conceber a condição
complexa do ser humano. É possível realizar essa tarefa a partir do pensamento
que isola e separa o conhecimento em disciplinas?
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Educação e Meio Ambiente
Síntese
O último capítulo desta obra nos permitiu uma reflexão sobre a educa-
ção de que precisamos na era planetária: aquela que ensina a condição huma-
na. Ao refletirmos sobre complexidade e meio ambiente, vimos que “desen-
volvimento” só é sinônimo de “progresso” do ponto de vista do pensamento
simplificador, tão presente na educação tradicional. Assim, ficou evidente a
contribuição da complexidade que, por permitir a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade, possibilita a compreensão dos atuais problemas socio-
ambientais para além da globalização neoliberal.
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Referências
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