No inverno a vida física fica latente, está lá em baixo, tem certos animais
que até hibernam. A vida física chega ao seu estado mais latente e a vida
metafísica ou espiritual se expande, ou seja, quando a vida exterior se contrai,
a vida interior se desenvolve. Desenvolve a vida por inteiro e depois você vai
ao mudo para presenteá-lo com aquilo que você conquistou dentro de você.
Por que se você não tem vida interior você vai ao mundo para fazer o
que?Para presentear o que? Para organizar o que? Segundo qual modelo?
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Equinócio vem de equinóticos– noites iguais. Porque no auge do outono
e no auge da primavera a duração do dia e da noite é precisamente
igual. Enquanto no solstício de inverno ou de verão: no inverno a noite é
maior do que o dia, e no verão o dia é maior que a noite.
Tudo isso fora criado para o hemisfério norte. Em relação a nós, o Brasil, está
tudo invertido.
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Páscoa, Pesach; é primavera é nascimento, é coelho, é ovo é a vida
brotando. E nós estamos comemorando a páscoa em pleno outono. É o
momento da colheita, do recolhimento da vida, da maturidade da natureza.
Então fica uma coisa confusa porque você anda pelas ruas e as folhas
estão secando, a natureza está se recolhendo e você entra no supermercado e
está cheio de coelhinhos e ovinhos.
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Uma coisa interessante é a sequência dos Signos com as fases do ano.
O Signo tem uma tônica de um momento, de uma idade da Natureza.
Festividades Celtas
Enquanto isso o ARIANO (ÁRIES), tende a ser juvenil ainda que tenha
80 anos. Porque é um signo de nascimento, de infância.
Mas você pode dizer que é injusto que uma pessoa passe toda uma vida
num signo de sagitário, de capricórnio... não é injusto coisa nenhuma, essa
pessoa necessita viver experiências que são próprias desse ciclo. Diz-se,
segundo as tradições que trabalham com a ideia de reencarnação, que em um
outro momento o indivíduo viverá outras experiências, mas nesse momento a
Natureza sabe, ela dá o que a pessoa necessita viver, ela precisa viver essa
tônica psicológica e em outros momentos viverá outra.
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É lógico que existe uma série de outros fatores que pesam sobre o
homem além de signos, até dentro da própria astrologia tem a questão do
ascendente.
O Capricorniano quando tem certos fatores que puxam ele para baixo,
ele pode se tornar uma pessoa muito ambiciosa, porque tem essa
característica de subir a montanha, mas a tendência dele é querer todas as
experiências que ele tenha que utilizá-las para subir a montanha, ou seja, para
a superação de um ciclo. Essa é a tendência natural do capricórnio.
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ordenado a execução de todos os meninos da vila de Belém para evitar perder
o trono para o recém-nascido "Rei dos Judeus", cujo nascimento fora revelado
para ele pelos Três Reis Magos).
Esse Sol Menino que está nascendo, esse Sol de Sabedoria, enfrenta as
sombras assim que nasce, e ressurge vitorioso, e no dia 25 de dezembro havia
uma grande celebração pela vitória do Sol sobre as sombras.
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vezes, por último ele era em 06 de janeiro. Depois, por causa das celebrações
do solstício de inverno, que a igreja não conseguia fazer com que elas fossem
eliminadas se juntou a celebração do natal com a celebração do solstício de
inverno, que prosseguia em uma Europa Celta.
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O domingo de carnaval é a quinquagésima, são 50 dias antes do
domingo de páscoa. A igreja como que não fala do carnaval, mas fala da
quinquagésima e fala da quarta-feira de cinzas. Esses 03 dias que são
domingo, segunda-feira e terça-feira ficam aí como se ninguém os tivesse
vendo, mas eram dias que sempre na história foi reservado ao caos. Eram dias
ondem se prevalecia as forças caóticas.
Para que se fazia isso? Dizia-se que a maior parte da população, não
eram todos que participavam disso, normalmente o Rei e a Nobreza, a
Verdadeira Nobreza, não a nobreza de posses, mas a nobreza de Virtudes, se
retiravam pois não necessitava mais dessa experiência. Mas para o povo em
geral, o contraste era uma necessidade. No contraste se gera consciência, no
caos se aprende a valorizar o cosmos.
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Terminado esse ciclo que vai do solstício de inverno ao equinócio de
primavera, esses mestres se retiram do mundo. É a páscoa, é o momento em
que eles sobem novamente aos céus. O ciclo de vida de um Mestre desses no
ano, normalmente é esse: eles descem ao mundo no inverno e sobem aos
céus na primavera.
Então depois que passa o carnaval, esse ser cujo o corpo do ciclo
anterior foi decomposto, essa consciência começa a se aproximar novamente
do mundo para voltar a encarnar e viver uma nova vida, uma nova experiência.
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A subida dos Mestres de Sabedoria aos céus acontece na páscoa,
pessach, na passagem. Há uma série de civilizações que celebram esse
momento como nascimento da vida espiritual no plano físico, a descida do
homem a terra, a descida da vida a terra.
Após Aires vem TOURO. Touro é regido por Vênus, mas pelo elemento
terra. Vênus é amor à terra. Touro então é aquele signo de começar a trabalhar
a terra, enamorar-se da terra, começar a ligar-se a terra. O homem começa a
fazer a sua experiência de trabalhar a terra, até que num determinado
momento no meio do ciclo, 50 dias depois da páscoa vem pentecostes, dentro
do calendário litúrgico.
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entre a morte e a reencarnação, o ciclo em que a consciência viaja, são 49
dias. Esse ciclo do 40 e 49, que vem imediatamente antes do 5, sempre esteve
associado a um ciclo de transição e o 5 é o numero do despertar da
espiritualidade do homem.
Em Beltane que representa o fogo de Bel, era uma festa entre os celtas
que também o elemento central era o fogo, Bel era o Deus do Fogo. É o
momento onde eles celebram uma das principais festividades. O Beltane era a
festa principal para os celtas; Beltane e Samain, para eles eram as duas
maiores festas.
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Dentro da tradição Arthuriana se diz que Arthur dorme em Avalon e
todos os anos, exatamente aqui no Beltane, no ezak, ele desperta e todos os
seus cavaleiros vem a sua volta e Arthur pergunta aos seus cavaleiros: “Os
homens já estão prontos para que eu volte? Os homens já estão prontos para
que novamente Avalon nasça? Os homens estão prontos para que se
reconstrua Camelot?” Eles dizem: “Não Senhor. Darmos mais um ano.” E anda
pelo mundo afora tentando espalhar a boa nova.
Para os celtas esse era o momento mais importante, era o meio que vai
ficar entre a primavera e o verão. Era uma festa super importante.
GÊMEOS é regido por Mercúrio e pelo elemento ar, ele começa a subir
em direção ao solstício de verão que era Litha. Esse solstício de verão que são
as Festividades de São João, as festividades joaninas. O que significa o signo
de gêmeos? Imagine você que o homem despertou para o espiritual aqui (meio
do Beltane) e aí ele começa a se elevar em direção ao espiritual e aqui (início
do Litha) ele se harmoniza com o espiritual, harmoniza céu e terra.
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São João Batista. Óleo sobre a tela. Leonardo da Vinci. Ano 1508-09
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O São João então, também era celebrado com fogo. É uma curiosidade
porque o inverno é celebrado com fogo e o verão também. Mas aí já o fogo, a
fogueira, já representava essa união entre o céu e a terra, enquanto que a
fogueira no inverno representava a substituição do fogoque nesse momento
está ausente.
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Litha não é plenitude do verão é o meio do verão, o verão entra em
Beltane e se retira em Lughnasad, era o momento que se dizia que os
elementais estavam efervescentes, a vida física estava efervescente, aí temos
a união de Oberon e Titânia que são o rei dos elfos e a rainha das fadas. Era
uma noite mágica, daí é que se faziam as adivinhações, as coisas do São
João. Se diz que nesse momento os elementais estavam efervescentes, toda a
vida física estava no seu ciclo de maior agitação. Então se diz que a noite de
Litha era uma noite mágica. Enquanto aqui a vida está em seu ponto máximo,
lá em Samain a vida está em seu ponto mínimo.
Vocês vão perceber que é muito comum, que a lua esteja associada a
esse aspecto, porque a lua não tem luz própria ela reflete a luz do sol. Então a
lua, quando você fala dela você está falando do momento onde a luz espiritual
refletiu na terra, então a luz espiritual refletiu no homem, ele está aprendendo a
trabalhar com isso, para depois, no momento seguinte em LEÃO, ele ver um
ciclo solar, porque leão é sol. Então ele traz para dentro, está trabalhando na
noite, com a lua, ele está introjetano, elaborando todos esses elementos que
ele viveu até agora na vida, ele está caminhando para a maturidade que vai
selar no período já de outono. Está caminhando para Mabon que é maturidade.
LEÃO é um líder nato, ativo, líder, solar e o símbolo deste signo é fogo.
Nós iremos ver que nesse momento estamos caminhando para o equinócio de
outono é Lughnasad. Nesse momento, hoje, nós já não conhecemos muitas
coisas. Era um festival que era importante dentro das tradições antigas.
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Isso veio para o Brasil, inclusive no interior ainda tem muito disso,
exatamente nessa época se celebra o Dia de Nossa Senhora das Brotas, que é
uma séries cabocla. É o momento de celebrar a colheita, a fertilidade da terra.
E daí se caminha para Mabon que é o equinócio de outono.
Para nós isso passou com a idéia de Dia de Finados, e depois virou uma
brincadeira que é o Halloween. Daí as crianças saem fantasiadas, que aliás é
um festival que tem origem com os celtas. Representando esses mortos que
voltam a vida pedindo alimentos, ou seja, pedindo gostosuras ou travessuras.
De uma certa maneira isso sempre ouve, eram as favas que o patriarca jogava,
ele ia acertar contas entre a vida e a morte, era o momento de maior
aproximação entre os dois mundos. E depois na Idade Média surge um monte
de outras coisas, que diziam que esse era o dia das bruxas, entre outras
coisas. Esse era um dia muito importante dentro da tradição celta.
Esse ciclo de dissolução que era o carnaval, era regido por um Deus que
era Dionísio. Você já teve ter ouvido falar das bacanais, das dionisíacas, era o
carnaval e depois as saturnálias ocuparam esse papel numa Roma mais tardia.
Dionísio vinha regendo. Se faziam um carro que tinha quatro rodas, mas a
forma era a de um barco e eles chamavam de carro navalles, que se diz teria
sido, talvez, uma das origens da palavra carnaval.
Dionísio vinha dentro desse barco, tomando vinho e toda aquela festa,
uma quebra total da ordem. Existiu um filósofo chamado Friedrich Nietzsche
que faz um estudo muito interessante sobre essa oposição entre Apolo e
Dionísio. Ele diz que Apolo vem para conciliar as dualidades, harmonizar, gerar
um mundo todo arrumadinho, belo. E Dionísio vem para separar, para gerar o
contraste. Se diz que se num determinado momento não se gera o contraste e
não faz o homem perceber que existem dois mundo e não um só.
O homem nunca vai optar pelo espiritual. Uma hora há que se gerar o
contraste, você tem que separar aquilo que Apolo uniu, para que o homem
valorize o espiritual, e faça com que ele impere sobre a matéria, se não ele
reprime a sua parte instintiva e ela vai se manifestar inconscientemente.
Dionísio regia esses festivais e o vinho...
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Dionísio então separa e mostra, isso é você. E depois o homem deveria
entrar num ciclo de harmonia e dominar tudo isso. Mas você já viu. Como já foi
dito, os nobres se retiravam, porque não necessitava mais dessa experiência,
eles a consideravam grosseira. Mas o povo em geral virava um bicho, e aí
depois ia viver o resto do ano sabendo que dentro de si tinha um bicho. E se
não sabe?
Fora explicado que isso tem a ver com o ciclo do ano como um todo, tem
a ver com o ciclo de um único dia, você verá que tem esse mesmo momento de
nascimento primaveril que é a manhã, tem o meio dia que é o verão, tem o
ocaso que é o outono, tem a noite que é o inverno. Isso tem num ciclo de uma
vida de um ser humano. E tem os grandes ciclo onde se vive tudo isso.
Se diz que da mesma maneira que existem micro ciclos que é um dia,
tem ciclo que é um ano, tem macro ciclos também na natureza. Segundo a
Tradição Oriental, nós estamos vivendo um macro ciclo hoje, que é o Kali
Yuga, e esse Kaly Yuga é um ciclo carnavalesco. É como se você imaginasse
que as festas do carnaval que duram 03 dias, durando 432 mil anos, é um
macro ciclo carnavalesco. É o Yuga de ferro (Idade de Ferro), é onde o homem
vive a experiência do caos.
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Segundo a Tradição Oriental nós estaríamos em pleno Kaly Yuga. E aí
nós passamos a ter um carnaval que não está restrito a 03 dias, nós vivemos
um ciclo carnavalesco que tende para o caos, e o cosmos não é bem
compreendido, tem que ser imposto.
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hipócritas. O conhecimento e a sabedoria se perde e as escrituras são
destruídas. Os seres humanos comem comida proibida e contaminada e
se envolvem em práticas sexuais pecaminosas sem nenhuma restrição.
O ambiente é altamente poluído, a água e os alimentos tornam-se
escassos, a natureza (o FEMININO) é completamente degradada. A
abundância é fortemente diminuída. As famílias tornam-se inexistentes.
O período da vida média das pessoas é de apenas 80 anos (em raras
exceções) em meio a uma série de doenças, e a estatura média é de
apenas 1,75 metros, até o final do Yuga.
Existe um livro muito antigo oriental indiano de que chama Vishnu Purana.
O Vishnu Purana é milenar, calcula-se que deva ter em torno de alguns
séculos antes de Cristo. Existe uma certa polêmica entre o que os indianos
brâmanes dizem e o que a ciência diz, mas alguns séculos antes de Cristo
com certeza ele tem.
Esse livro fala sobre o que vai acontecer nesse ciclo carnavalesco que é o
Kaly Yuga: “Haverá monarcas contemporâneos reinando sobre a Terra, reis
de espírito mal e caráter violento, voltados à mentira e à perversidade.
Quando o fim da idade de Kali estiver perto, descerá sobre a Terra uma
parte daquele Ser Divino que existe por sua própria natureza espiritual
(Kalki Avatar); Ele restabelecerá a justiça sobre a Terra e as mentes que
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viverem até o fim da Kali Yuga serão despertadas e serão tão diáfanas
como o cristal. Os homens assim transformados serão como sementes do
verdadeiro homem (Eu Superior).”
As descrições feitas sobre a Era de Khali são bem atuais, qualquer pessoa
concordará que seu cenário é similar ao contemporâneo, e similar a diversos
textos proféticos de outras origens.
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