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 Programa Issenfático de Resumo de Obras Filosóficas (PIROF).

Introdução
Este trabalho tem como tema “O único argumento possível para uma
demonstração da existência de Deus”. Como é do nosso conhecimento a existência de
Deus é alvo de argumentos contra e a favor, e tem sido propostos por filósofos,
teológicos, cientistas e outros pensadores ao longo da historia. Os que acreditam na
existência de uma ou mais divindade são chamadas de teísta, e os que rejeitam a
existência de Deus ou deuses são chamados de ateus. Mas análise será segundo a
perspectiva de Kant um filosofo prussiano, neste caso devemos refletir sobre as
seguintes questões: Deus existe? Será que possível demonstrar a existência de Deus a
partir de provas físico-teológicas, cosmológicas e ontológicas? Qual é o único
argumento que prova a existência de Deus? A partir desta trindagação temos como
objectivos:

Objecto geral:

 Conhecer e compreender o único argumento possível para uma demonstração da


existência de Deus.

Objectivo específico:

 Identificar os argumentos possíveis que procuram demonstrar a existência de Deus.


 Explicar municiosamente as provas físico-teológicas, cosmológicas e ontológicas.
 Diferenciar as provas físico-teológicas, cosmológicas e ontológicas.
 Interpretar rigorosamente a intenção do autor sobre as provas físico-teológicas,
cosmológicas e ontológicas.

Os métodos usados neste trabalho são: bibliográfico e descritivo.

As provas físico-teológicas e cosmológicas têm como base a experiência, no


sentido dela fornecer o ponto de partida.

As provas ontológicas exigem uma pretensão particularmente característica do


dogmatismo em metafísica, isto é, de modo totalmente a prior, uma existência, no caso
uma existência necessária. A problematização dessa prova constitui, para Kant, uma
oportunidade, isto é, um vento oportuno para avaliar o que a razão pura é capaz de obter
por si mesma, apenas mediante conceitos, em matéria de conhecimento.

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Quarta consideração

Emprego do nosso argumento na apreciação da perfeição do mundo segundo o


curso da Natureza

1) O que se pode concluir do nosso argumento quanto à prioridade da ordem da


natureza em relação ao sobrenatural

Segundo a regra da sã razão diz que “sem um motivo forte não se pode admitir
um milagre ou acontecimento sobrenatural.” Portanto esta regra admite dois
pressupostos:

1. Os milagres1 raramente ocorrem;


2. A perfeição total do universo, sem muitas influências sobrenaturais da vontade
divina, será alcançada de acordo com as leis da natureza.

Para o autor critica severamente aqueles que colocam imediatamente uma


propriedade no natural, no sentido conceberem todo natural como sendo interrupção de
uma ordem em si mesma, isso parece ser uma situação perversa.

Quando a ordem natural não resulta do sobrenatural2 não possui em si efeitos


perfeitos, visto que a ordem natural só pode ser considerada como um gênero de meio,
que permite apenas a grandeza dos fins obtidos através dele (bem).

“Uma coisa não é boa porque segue o curso da natureza, mas o curso da natureza
é bom na medida em que o que daí decorre é bom” esta frase é sustentada da seguinte
forma: Deus concebeu o mundo na sua vontade, onde todas as partes que constituem
mediante a conexão natural, cumpriria a regra do melhor, e neste sentido o mundo seria
digno da sua escolha, não porque o bem consiste na conexão natural, porque através
desta conexão, sem muitos milagres, alcançar-se-iam, de forma mais justa, os fins
perfeitos.

Resultante da sustentação de cima coloca-se a questão: Como é que as leis


gerais, no decurso dos acontecimentos do mundo, correspondam de modo tão belo a
vontade do Altíssimo, e qual o fundamento que permite atribuir-lhe esta conveniência,
usando meios secretos sobrenaturais que viessem socorrer incessantemente os seus
defeitos?

Como resposta a está questão elucidaremos em pontos:

1. Todas as coisas têm uma dependência em relação a Deus;

1
É uma palavra de origem latina miraculum, do verbo mirare “maravilhar-se; é um
acontecimento dito extraordinário que, à luz dos sentidos e conhecimentos até então
disponíveis, não possuindo explicação cientifica ainda conhecida, dá-se de forma a sugerir uma
violação das leis naturais que regem os fenômenos ordinários.
2
É aquilo que em principio, é ou ocorre fora da ordem natural; aquilo que é superior a natureza.
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2. As coisas da natureza nas suas determinações mais necessárias da sua possibilidade


interna trazem a marca da dependência no Altíssimo, no qual tudo concorda com as
qualidades de sabedoria e de bem;
3. Pode esperar-se uma concordância e uma bela ligação, e uma unidade necessária nas
diversas relações proveitosas que único fundamento tem com muitas leis
convenientes.
4. Não será preciso que intervenham melhoramentos divinos imediatos onde a
natureza, nada pode suceder, mesmo segundo as leis mais gerais, que Deus possa
ver como desagradável, isto porque as mudanças no mundo, ou são necessárias a
partir da primeira ordenação do Universo e das leis gerais e particulares da natureza,
ou não obstantes, estas mudanças não encontram em tudo isto uma contingência
suficientemente compreendida, tais como acções da liberdade, cuja natureza não é
vista de forma própria.

Contudo, compreende-se sem dificuldade, se reconhecermos o fundamento


essencial, a razão pela qual os milagres raramente poderiam ser necessários para a
perfeição do mundo, e isto se aplica também aos acontecimentos sobrenaturais em
sentido formal, que freqüentemente são admitidos nos juízos comuns porque se pensa,
por meio de um conceito distorcido, encontrar algo natural nisso.

2) Do que se pode concluir do nosso argumento a favor de uma ou de outra ordem


da natureza

Para responder esta questão se deve ter em conta uma regra que diz: Em toda a
indagação da causa de certos efeitos, deve-se prestar uma grande atenção para
conservar, tanto quanto possível, a unidade da natureza, isto é, múltiplos devem ser
conduzidos para um único fundamento já conhecido, e não se devem aceitar
imediatamente novas qualquer diferença aparentemente maior.3

Com isso presume-se que na natureza tem uma grande unidade, tendo em vista a
suficiência de um único fundamento de vários gêneros de efeitos, pois os efeitos não se
deduzem da única força da gravidade.

Como a natureza é rica, devido às quais toda a filosofia que reflete sobre o seu
modo de formação se vê constrangida a abandonar este caminho

A sua intenção aqui é apenas mostrar, que se deve atribui às coisas da natureza,
mais do que habitualmente se faz, uma maior possibilidade de produzir as suas
conseqüências de acordo com leis gerais.

3
Para Descartes existem quatro leis para bem conduzir a razão: a primeira aconselha a não
aceitar algo como verdadeiro sem saber com evidencia o que realmente o ente seja; segunda
devemos dividir o composto em simples e examinar cada parte para melhor resolver; terceira
devemos conduzir o nosso pensamento começando do simples ao compostos até haver ordem e
o quarta devemos fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais que nos
assegure de nada omitir.
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Quinta consideração

Na qual é demonstração a insuficiência di mérito habitual da teologia física

1) Da teologia física em geral

Todos os modos de conhecer a existência4 de Deus a partir dos seus efeitos


podem ser reduzidos por três elementos conceptuais:

1.º Este conhecimento pode se obtiver por meio da percepção daquilo que interrompe a
ordem da natureza e indica imediatamente aquele poder ao qual a natureza se encontra
submetida, e esta convicção é provocada por um milagre;

2.º A ordem contingente da natureza que se vê com clareza que era possível de
inúmeros modos diferentes, nos quais, não obstante, se evidenciaria a grande arte, poder
e bondade, conduzir ao criador divino:

3.º A unidade necessária que é percepcionada na natureza e a ordenação essencial das


coisas, que está conforme com grandes regras da perfeição, em suma, aquilo que é
necessário na regularidade da natureza, conduz a um principio supremo, não apenas
desta existência, mas de toda a possibilidade.

O que se constata é que se os homens fossem totalmente selvagens, ou se


acidentalmente uma maldade fechasse os seus olhos, somente o primeiro meio ter em
sim algum poder para conduzi-los ao ser supremo. Mas com uma alma5 bem formada
encontra em tanta beleza ocasional e em tanta ligação em conformidade como um fim,
como a que a ordena da natureza oferece comprovação suficiente para extrair daí uma
vontade acompanha de grande sabedoria e poder e, para produzir esta convicção, são
suficientes os conceitos vulgares e entendimento, na medida em que tal convicção deve
ser suficiente, quer moralmente certa, para o comportamento virtuoso. Para o terceiro
meio, é necessariamente, a filosofia (grau superior capaz de atingir os referidos objectos
com clareza e uma convicção que estejam conforme com a grandeza da verdade).

Contudo, os dois últimos modos podem ser chamados métodos físico-teológicos;


pois ambos mostram o caminho para ascender das considerações acerca da natureza ao
conhecimento de Deus.

2) As vantagens e também os erros da físico-teologia vulgar

A característica principal do método físico-teológico consiste no facto de a


perfeição e a regularidade serem compreendidas:

4
É antes a efectividade (Wirklichkeit) de uma coisa, que jaz fora do conceito, conceito através
do qual a podemos reconhecer somente em sua quididade, mas nunca em sua existência.
5
Sócrates – o Homem é a sua alma, e alma é a razão, é actividade pensante e eticamente
operante.
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1.º A partir da contingência6 que lhes é própria;

2.º A ordem artificial7 deve ser demonstrada de acordo com todas as relações conformes
com um fim nela se encontram, para, a partir daí se concluir uma vontade sabia e boa,
mas para depois, imediatamente, através da consideração que a isso é acrescentada, da
grandeza da obra, ser ligado, a isso o conceito do poder incomensurável do criador.

Este método é excelente porque:

1.º A convicção é acima tudo sensível, muito viva, agradável, fácil e captável pelo
entendimento comum:

2.º É mais natural do que qualquer outra, na medida em que, sem dúvida, todos
começam em primeiro lugar por ele;

3.º Proporciona um conceito muito intuitivo da alta sabedoria, da providência ou


também do poder do ser digno de adoração, conceito que preenche a alma e tem a maior
forca provocar o espanto, a humildade e a veneração. E este modo de provar é muito
mais pratico do que qualquer outro, mesmo no que diz respeito aos filósofos.

Mas aqui não se encontra a idéia determinada e abstracta da divindade e este


método tem os seus erros, que são suficientemente dignos de atenção, apesar de,
propriamente, apenas terem de serem imputados ao procedimento dos que serviram
dele:

1.º Este método considera toda a perfeição, harmonia e beleza da natureza como
contingente, e como uma ordenação por meio da sabedoria, apesar de muitas daquelas
coisas decorrerem, com unidade necessária, das leis mais essenciais da natureza: o que é
mais prejudicial a intenção da teologia física consiste no facto de ela ver esta
contingência da perfeição da natureza como altamente necessária para comprovar a
existência de um sábio criador.

A guisa de exemplo de acordo com este método: foram inclinados a arrancar aos
produtos do reino vegetal e animal, ricos em inumeráveis propósitos finais, não apenas
o poder do acaso, mas também a necessidade mecânica de acordo com leis universais da
natureza maternal.

2.º Este método não é suficientemente filosófico e também estorvou muito o


alargamento do conhecimento filosófico. Isto porque uma disposição da natureza é útil,
é comummente explicada, de forma imediata, a partir da intenção da vontade divina.

6
É uma eventualidade, um acaso, um acontecimento que tem como fundamento a incerteza de
que pode ou nao acontecer; algo possivel, mas incerto, que pode ocorrer mas nao
necessariamente.
7
É aquela inventada, criada e reconstruida pelo homem.
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A guisa de exemplo de acordo com este método: os rios são suportados por
Deus, cada monte isolado e cada corrente isolada é intenção particular de Deus, que não
poderia ser alcançada por meio de leis universais.

3.º Este método pode apenas servir para demonstrar a existência de um criador das
ligações e das reuniões artificiais do mundo, mas não da própria matéria e da origem
dos elementos constituintes do Universo. E este erro deve a todos os que utilizam este
método, deixam o perigo de cometer o erro – ateísmo: de acordo com o qual Deus, em
sentido próprio, deve ser visto como um mestre-de-obras e não como um criador do
mundo, que, na realidade, ordenou e configurou a matéria, mas não a produziu nem a
criou.

Sexta consideração

O método melhorado da teologia física

1) A ordenação e a conveniência, mesmo quando são necessárias, indicam a


existência de um criador inteligente

Para o autor a evidência no diz respeito às coisas, de uma ligação regular, e a


conexão de leis úteis com uma unidade necessária, assim como a disposição mais
ocasional e mais arbitraria, fornecem a demonstração da existência de um criador sábio;
de forma mais precisa: a ordenação e uma reiterada conjugação vantajasoja em geral
indicam a existência de um criador inteligente e de acordo com o juízo da sã razão
vulgar, a sucessão das mudanças do mundo, ou daquela ligação em cujo era possível,
embora ofereçam uma clara demonstração da contingência, são menos eficazes para
proporcionar ao entendimento a suspeita da existência de um criador.

De uma forma sintética, as leis universais da natureza, por causa da sua


dependência relativamente ao divino, procuram-se:

1.º A própria causa, mesmo das disposições mais vantajosas em tais leis universais, que,
com uma unidade necessária, para lá de outras conseqüências convenientes, estão
também em relação com a produção destes efeitos.

2.º O que há de necessário nesta ligação de aptidões diversas num fundamento, a partir
daí, conclui a dependência em relação a Deus é diferente daquele que tem,
propriamente, em mira a unidade artificial e escolhida, como também pode distinguir o
resultado segundo leis permanentes e necessárias, do caso contingente.

3.º Quer na natureza orgânica como na natureza organizada presume-se, uma unidade
necessária muito maior do que aquela que salta aos olhos. Esta atenção tanto é muito
adequada a filosofia, como também é proveitosa para a dedução físico-teológica.

4.º Utiliza-se a ordem artificial para se concluir como um fundamento, sabedoria de um


criador; usa-se a unidade essencial e necessária nas leis da natureza para concluir como

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um fundamento, um ser sábio, mas que não é fundamento por meio da sua sabedoria,
mas sim graças aquilo que ele se tem de harmonizar com ele.

5.º Conclua-se, que a partir das ligações contingentes do mundo, a existência do criador
do mundo como o Universo está composto, mas da unidade necessária conclua-se
precisamente o mesmo ser, como um criador até da matéria e do elemento fundamental
de todas as coisas da natureza.

6.º Alarga-se este método por meio de regras universais que possam tornar
compreensíveis os fundamentos da harmonia daquilo que é necessário de um ponto de
vista mecânico ou também geométrico.

Sétima consideração

Cosmogonia

1) Uma hipótese de explicação e mecânica da origem dos corpos do mundo e das


causas dos seus movimentos, de acordo com as regras anteriormente referidas

De forma sintética o que se deve éter aqui é que os corpos (celestes) do mundo
se movem, primeiro são massas esféricas, sem preparação artificial secreta e estes
corpos são atraídos por uma forca primitiva própria da matéria, que, nem, por
conseguinte, tem de ser explicada - As primeiras causas naturais. Mas as leis mecânicas
totalmente compreensíveis é que se atreve a explicar a origem da totalidade de um
sistema do mundo.

Segundo as leis mecânicas gerais a estrutura do mundo (as grandes massas e


suas orbitas) tem origem. E as razões para admitir uma origem mecânica do mundo
planetário em geral:

Os planetas movem-se em conjunto em volta do Sol segundo uma mesma


direção, desviando pouco de um plano com – elíptico. Os planetas são atraídos pelo Sol,
neste caso todas as órbitas se desviam também da curvatura do circulo. Os planetas são
constituídos por matérias que “quanto mais estão afastadas do Sol, menos possuem
densidade” Newton. Com a formação mecânica os planetas se formaram em alturas
diferentes a partir de diferentes espécies de elementos, antes que todos os outros
elementos, que preenchiam estes espaços misturados se pudessem ter precipitado para o
seu centro comum, o Sol. Para o autor admite a possibilidade de acontecer finalidades
ocultas que não poderiam ser alcançada segundo a mecânica vulgar e que nenhum
homem poderia inteligir; simplesmente a ninguém é permitido pressupor tais
finalidades, se quiser fundar a partir daí uma opinião, sem ser capaz de mostrá-las.

Para ele, submeter à estrutura do mundo planetário a um propósito divino é um


erro.

Todas as produções naturais, na medida em que decorrem da conveniência, da


ordem e da utilidade, mostram-se na verdade, concordância com os propósitos divinos,

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mas também as marchas da origem nas leis gerais, cujas conseqüências se estendem
muito além de tal caso particular, e, por conseguinte em cada um dos efeitos singulares
mostram-se vestígios de uma mistura de leis que estão simplesmente dirigidas a este
único produto.

2) Breve esboço da maneira provável como um sistema planetário pode ser


constituído mecanicamente

Quando a matéria para a construção do Sol e de todos os corpos celestes que


estavam à disposição do seu poder de atração, estava dispersa por todo o espaço do
mundo planetário, e uma matéria de poderosas forcas atractivas estava no lugar que
agora a massa do Sol ocupa, sucedeu um abaixamento universal em direção a ele, e a
atração do corpo solar cresce com a sua massa. Nesta queda universal das partículas,
mesmo as das regiões mais afastadas das estruturas do mundo, as matérias de tipo mais
denso se devem ter acumulado nas zonas profundas, onde tudo se precipita para um
centro comum, no qual devem ter a mesma massa a medida que estiverem mais perto do
centro, apesar de haver em todas as regiões matérias de todos os tipos de densidade.
Somente as partículas da espécie mais pesada podem ter maior poder para, neste caos,
trespassarem a quantidade das mais leves e atingirem maior proximidade do centro
gravitacional.

E as partículas das quais o sol é constituído caíram sobre ele com todos aqueles
movimentos oblíquos, e o Sol, constituído por esta matéria, adquiriu necessariamente
uma rotação na mesma direção. Cada particular gira livremente em círculos
concêntricos. E a sua velocidade é um resultado da queda, e o movimento tangencial.

Oitava consideração

1) Da Omni-sufienciência de Deus8

O conceito de um ser supremo abarca em si tudo o que só é possível pensar


quando os homens ousam lançar um olhar temerário por detrás da cortina que esconde
os mistérios insondáveis aos olhos das criaturas. Deus é Omni-sufienciência.

O conceito de divina é uma expressão muito mais exacta para indicar a máxima
perfeição deste ser, do que a de infinito, de que nos servimos habitualmente.

Terceira parte

Na qual é demonstrado que, que fora do argumento aduzido, nenhum outro é


possível para uma demonstração da existência de Deus

1) Divisão de todos os argumentos possíveis sobre a existência de Deus

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Consiste no ponto de vista da forma lógica do juízo, em uma operação distinta de afirmar que
Deus existe.
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É convicto que existe um Deus que pelo grau de certeza matemática pode ser
obtida por um único caminho, e que dá a esta consideração a vantagem de todos os
esforços filosóficos se terem de unificar num único argumento, para, em vez de rejeitá-
Lo, corrigir os erros que se possam ter introduzido na sua execução, mal se esteja
convencido de que não é possível nenhuma escolha entre provas semelhantes.

Para demonstrar a existência de Deus é necessário não perder de vista a


exigência que deve ser satisfeita:

Tem de se provar não a existência de uma primeira causa muito grande e muito
perfeita, mas sim do ser supremo, não a existência de um ou vários seres, mas sim de
um único, e isto não através de meros fundamentos de probabilidade, mas sim com
evidencia matemática.

Neste caso os argumentos sobre a existência de Deus podem se retirados apenas


a partir de dois conceitos: conceito do entendimento meramente possível e o conceito
empírico de existência.

Conceito do entendimento meramente possível – concluir-se-à, ou do possível


como um fundamento para a existência de Deus como conseqüência, ou do possível
como conseqüência para existência divina como fundamento.

Conceito empírico de existência - concluir-se-à, de novo, ou meramente daquilo


cuja existência experimentamos, para a existência de uma causa primeira e
independente, mas, por meio da analise deste conceito, para as propriedades divinas
dela, ou daquilo que a experiência ensina seguir-se-ao imediatamente, tanto a existência
como também as propriedades dela.

2) Exame dos argumentos do primeiro tipo: Conceito do entendimento meramente


possível

Se a existência de Deus deve ser concluída, como conseqüência, do conceito do


meramente possível, como um fundamento. Como prova deste fundamento temos a
chamada prova cartesiana9: traz consigo um conceito de uma coisa possível, na qual nós
representamos como compatíveis a todas as verdadeiras perfeições. Neste caso, se aceita
que a existência de Deus seja uma perfeição das coisas.

A conclusão que se pode tirar desta possibilidade das coisas como conseqüência,
da existência de Deus como fundamento é que esta possibilidade condicionada dá
simplesmente a entender que qualquer coisa apenas poderia existir em certas ligações, e
a existência da causa seria provada apenas na medida em que a conseqüência existe,

9
É a partir da certeza da existência de Deus que as ideias matemáticas são validas, tornando
possível o conhecimento cientifico do mundo exterior; prova cosmológica - que a substancia
pensante depende de uma causa superior que é perfeito e que também é a causa de todas as
coisas e que existe por si mesmo (DEUS); prova ontológica – em que Descartes defende a
existência inata de ideias de natureza imutáveis e eternas, exemplificadas pela idéia de triangulo
de perfeição;
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mas, diga-se de passagem, que aqui não deve ser concluída a partir da existência da
conseqüência, mas a partir de possibilidade interna. Pois é apenas acerca da
possibilidade interna que deve ser conhecido que ela pressupõe qualquer existência e
não acerca dos predicados particulares pelos quais um possível se distingue do outro; a
diferença os predicados encontram-se no mero possível e nunca indica algo de existente.
Contudo, seria da possibilidade interna de todo pensável que se teria de deduzir uma
existência divina.

3) Exame dos argumentos do segundo tipo: Conceito empírico de existência

A partir dos conceitos empíricos quer se chegar que existe uma causa primeira e
independente, de acordo com as regras do raciocínio causais, e a partir desta causa,
através da analise lógica do conceito, as suas propriedades, que indicam uma divindade.
Para o autor a proposição: se alguma coisa existe, existe também alguma coisa que não
depende de outra coisa se deduz segundo as regras, que a existência de uma ou mais
coisas que não são efeitos de nenhuma outra, está perfeitamente demonstrada. Para a
proposição que diz que esta coisa independe é simplesmente necessária, é muito menos
seguro, pois deve ser conduzido por meio do principio da razão suficiente, que será
sempre discutível. Por conseguinte, o ser absolutamente necessário (as suas
propriedades da suprema perfeição e unidade) pode ser tomado de dois modos:

1.º Modo: chamado por necessidade lógica teria de ser mostrado que o contrario daquela
coisa na qual se teria de encontrar toda a perfeição ou realidade se encontraria a si
mesmo, e que unicamente e somente têm existência necessária aquele ser cujos
predicados são todos afirmados com veracidade. O que se deve concluir que ele é o
único,é claro que a analise do conceito do necessário repousará em fundamentos: aquilo
em que está toda a realidade, existe necessariamente. Deste modo, a prova alguma é
construída a partir do conceito empírico, que é totalmente pressuposto sem ser
necessário, mas, tal como a cartesiana, unicamente a partir de conceitos, nos quais se
pensa encontrar a existência de um ser na identidade ou na oposição dos predicados.

2.º Modo: Esta prova, não somente é possível, mas também, de todos os modos, digna
de ser trazida a perfeição que lhe pertence por meio de esforços conjuntos. As coisas do
mundo, que se abrem aos nossos sentidos, mostram tanto notas claras da sua
contingência, como também, através da grandeza, ordenação e disposição finalizada,
que se descobrem por toda a parte, comprovações de um criador racional de grande
sabedoria, poder e bondade. A grande unidade num todo tão extenso permite perceber
que existe apenas um único criador de todas estas coisas e, embora em todas estas
conclusões não se divise nenhum rigor geométrico, elas contêm, indiscutivelmente tanto
impacto que não deixam a esse respeito em duvida, nenhum instante qualquer ser
racional, que siga as regras do são entendimento natural.

4) Há em geral apenas duas provas possíveis da existência de Deus

Se quisermos depreender a existência de Deus a partir de conceitos de coisas


possíveis nenhum argumento é possível senão aquela onde a própria possibilidade

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interna de todas as coisas é vista como qualquer coisa que pressupõe certa existência. E
quando daquilo que nos ensina a experiência de coisas existentes a prova só poderá ser
conduzida através das propriedades percepcionada nas coisas do mundo e da
organização contingente da totalidade do mundo, tanto no que se refere a existência
como a natureza da causa suprema. A primeira prova o autor chama de ontológica e a
segunda prova de cosmológica.

A prova cosmológica – caracteriza-se por ser uma prova antiga quanto à razão
humana, é tão natural, tão aceitável e alargada tanto a sua reflexão com o
prosseguimento dos nossos conhecimentos, que tem de durar tanto tempo quanto existir
qualquer razão criada, que deseje tomar parte na nobre consideração de conhecer Deus a
partir das suas obras. Este modo de provar, apenas, poderá concluir a existência de
qualquer grande e incompreensível criador daquele todo que oferece aos nossos
sentidos, mas não a existência do mais perfeito entre todos os seres possíveis. A
existência de apenas um único criador é provável, mas falta convicção da minuciosidade
que desafia a duvida mais insolente. A existência desta causa nos é dado pelos efeitos.
Neste caso o que reconhecemos é perfeição, grandeza e ordenação no mundo que
demonstram a existência do criador. O que é evidente é que percepcionamos unidade e
ligação geral na natureza que com grande fundamento considera que há apenas um
único criador disso.

A prova ontológica – é capaz do rigor que se exige numa demonstração.

De forma comparativa a prova ontológica é melhor devido a sua exactidão e


perfeição lógica, mas a prova cosmológica é melhor devido o seu grau de
compreensibilidade perante os conceitos comuns correctos, vivacidade da impressão,
beleza e poder de movimentar as motivações morais da natureza humana.

Não há mais do que uma única demonstração possível da existência de Deus, da


qual foi dado o argumento acima.

Há apenas um Deus e há apenas um argumento por meio do qual é possível


compreender a sua existência com a percepção daquela necessidade que aniquila, em
absoluto, toda a oposição; um juízo ao qual mesmo a natureza do objecto poderia
imediatamente conduzir. Todas as outras coisas que são poderiam também não ser.
Contudo, a experiência de coisas contingentes não pode forncer nenhum argumento que
sirva conhecer a partir daí a existência daquilo que é impossível que não seja. E apenas
no facto de a negação da existência divina ser, completamente, nada que reside a
diferença entre a sua existência e a das outras coisas. A possibilidade interna, a essência
das coisas, são apenas aquilo cuja supressão extermina todo o pensável. Nisto, consistirá
a nota da existência do ser de todos os seres. É totalmente necessário que nos
convençamos da existência de Deus; mas não é assim tão necessário que a
demonstremos.

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Conclusão
Para Kant não podemos demonstrar de forma objectiva a proposição: existe um
ser ordinário inteligente, só o podemos de forma subjectivo; e isto corresponde a prova
cosmológica – que tal como foi referenciada é caracterizada por ser uma prova antiga
quanto à razão humana, é tão natural, tão aceitável e alargada tanto a sua reflexão com o
prosseguimento dos nossos conhecimentos, que tem de durar tanto tempo quanto existir
qualquer razão criada, que deseje tomar parte na nobre consideração de conhecer Deus a
partir das suas obras. Este modo de provar, apenas, poderá concluir a existência de
qualquer grande e incompreensível criador daquele todo que oferece aos nossos
sentidos, mas não a existência do mais perfeito entre todos os seres possíveis. A
existência de apenas um único criador é provável, mas falta convicção da minuciosidade
que desafia a duvida mais insolente. A existência desta causa nos é dado pelos efeitos.
Neste caso o que reconhecemos é perfeição, grandeza e ordenação no mundo que
demonstram a existência do criador. O que é evidente é que percepcionamos unidade e
ligação geral na natureza que com grande fundamento considera que há apenas um
único criador disso.

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Bibliografia

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necessária de Deus: um problema moral.

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2001

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