CAMPINAS
2016
FERNANDO ROSCH DE FARIA
Assinatura do orientador
Campinas
2016
FICHA CATALOGRÁFICA
COMISSÃO EXAMINADORA
A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida
acadêmica do aluno.
DEDICATÓRIA
RESUMO
ABSTRACT
Wheelchair Handball (WH) is a team sport adapted of handball for practice of disability
people, which has involvement lower members. It conception took at 2005 and since then
there is the arising of several team and in national and international initiatives. However, the
sport is in development process, therefore having few studies about technical and tactical
aspects, which leads professionals to establish its foundations in the handball for able-bodied
population. In this context, the aim of this study is to provide technical and tactical subsidies
that can contribute for development of the WH sport. Therefore, this study is characterized as
a descriptive research, with approach qualitative and the method used is the action research
(THIOLLENT, 1988). To collect the data were performed notes and comments of technical
and tactical aspects in order to give references to the descriptions, therefore were follow, at
2014 and 2015, the training of ADEACAMP/UNICAMP team, the Paulista and Paranaense
championship, the WH Brazilian championship and Paraná Parasports Open Games.
SIGLA SIGNIFICADO
INTRODUÇÃO
Neste contexto, o objetivo desse estudo foi levantar subsídios técnicos e táticos
que possam contribuir para o desenvolvimento do Handebol em Cadeira de Rodas.
O estudo encontra-se dividido em quatro capítulos, no qual o primeiro capítulo
refere-se a uma revisão de literatura abordando os principais tipos de deficiências englobadas
na modalidade, o segundo capítulo retrata as principais informações sobre a modalidade, o
terceiro capítulo apresenta os princípios técnicos e o quarto capítulo trata-se dos principais
sistemas táticos utilizados no Handebol em Cadeira de Rodas e jogadas do HCR4.
METODOLOGIA
A coluna vertebral atua como uma estrutura protetora da medula espinhal que é
constituída de 31 nervos espinhais: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1
coccígeno (GORGATTI & BÖHME, 2008). Nervos estes divididos em anteriores e
posteriores com função de transmissão e recepção de estímulos motores e sensoriais,
respectivamente (SOUZA, 1994).
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certo volume. O mesmo ocorre com a eliminação involuntária de fezes ou, até mesmo,
retenção. Aconselha-se conversar com o aluno, de modo que o mesmo tenha o hábito de
esvaziar a bexiga ou evacuar antes da prática de atividades físicas ou esportivas.
f) Distúrbios no retorno venoso e osteoporose: a ausência da contração muscular
abaixo do nível da lesão pode provocar a perda de massa óssea progressiva por dificuldade de
absorção de cálcio, acentuando o risco de fraturas em decorrência de quedas da cadeira de
rodas. E mais, a falta de contração muscular dificulta o retorno venoso ao coração, afetando a
pressão arterial e prejudicando a circulação sanguínea. Ao profissional de educação física
cabe atentar para estes fatos, mediante a não sensibilidade nesta área do corpo, devido à lesão.
g) Problemas de ajustes psicossociais: as mudanças no âmbito psicológico e
social, como problemas com a autoestima, autoimagem e dificuldade de aceitação do corpo,
impostas pela lesão, talvez não seja tão evidente quanto à limitação da locomoção, mas
costumam restringir a readaptação do indivíduo. Porém através do acesso às informações
apropriadas, e que, com o treinamento adequado é possível restabelecer uma vida plena e
saudável.
A prática de atividade física por pessoas com lesão na medula espinhal acarreta
ganhos no aspecto motor, social e psicológico (GORGATTI & BÖHME, 2008). Os autores
ainda citam que, os programas de atividade física deve ter ênfase na melhora da flexibilidade
buscando a redução da espasticidade nos músculos não mais inervados, incremento da força
nos membros superiores e tronco, e o desenvolvimento da resistência respiratória.
E ainda mais, a atividade física proporciona maior independência e capacidade de
realizar atividades diárias, reduz o tempo de fisioterapia, contribui para aquisição de hábitos
saudáveis, evitando o ganho anormal de peso, além de conscientizar que o indivíduo não é
doente e sim uma pessoa com possibilidades de sucesso e de superação (GORGATTI &
BÖHME, 2008).
1.3. Poliomielite
A poliomielite é uma forma de paralisia causada por infecção viral que afeta as
células motoras da medula espinhal (KELLY, 2004). A doença, em geral, manifesta-se nos
primeiros anos de vida, e as sequelas variam a cada caso, podendo inexistir. (GORGATTI,
2008).
Segundo o Ministério da Saúde (2015), a pólio é causada pelo poliovírus
composto de três sorotipos (1, 2 e 3), é caracterizada nos seus quadros clássicos por paralisia
flácida de início súbito, porém pode apresentar diferentes formas clinicas: inaparente ou
assintomática, que ocorre em mais de 90% das infecções; abortiva em cerca de 5% dos casos,
caracterizada por sintomas inespecíficos; e a paralítica, com menor incidência, de 1 a 1,6%
dos casos.
A forma inaparente somente é reconhecida pelo isolamento do poliovírus nas
fezes e orofaringe, e pelo aumento dos anticorpos séricos. A forma abortiva apresenta
sintomas inespecíficos como: dor de cabeça, febre, dor de garganta, anorexia, apatia, vômitos,
dor abdominal e diarreia, a doença é indistinguível clinicamente de outras doenças virais e seu
diagnóstico se dá através do isolamento do vírus (OLIVEIRA e QUADROS, 2008).
A poliomielite espinhal, de acordo com Oliveira e Quadros (2008), é caracterizada
por uma fraqueza muscular do tipo flácido, podendo acometer alguns grupos musculares,
causar paraplegia ou tetraplegia, sendo, frequentemente, os membros inferiores os mais
atingidos.
Apenas a minoria dos casos obriga o indivíduo a se locomover com cadeira de
rodas, isto ocorre quando as células motoras da medula são destruídas, a sequela é irreversível
(GORGATTI, 2008).
Ainda segundo Gorgatti (2008), em outros casos com sequelas, é possível quase
sempre caminhar de forma independente. Se a perna é a única acometida a utilização de
órteses se faz necessário, nestes casos o membro apresenta déficit em cálcio e certo grau de
fraqueza.
25
1.4. Outros
1.4.2. Nanismo
Nanismo é uma condição na qual a pessoa possui baixa estatura, ou seja, altura
igual ou inferior a 152,4 cm, a mesma pode derivar da falha na conversão da cartilagem em
osso durante o crescimento, ou devido a uma irregularidade na glândula pituitária
(PORRETTA, 2004). De acordo com o autor, o Nanismo pode ser classificado como:
Proporcional: as partes do corpo são proporcionais, mas muitos curtas; e Desproporcional:
prevalecente, se caracteriza por pernas e braços curtos, com o torso normal e a cabeça grande.
No nanismo desproporcional a acondroplasia é muito comum e significa a
ausência da formação e do crescimento normal da cartilagem, que inicia na vida intra-uterina.
Esta pode se manifestar por meio da marcha arrastada, lordose, amplitude de movimento
28
1.4.4. Artrogripose
2.1. Histórico
2009 Criação da Associação Brasileira de Handebol em Cadeira de Rodas – ABRHACAR. Toledo, PR.
2012 Inserção do HCR nos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná - PARAJAPS. Londrina, PR.
2013 Inserção do HCR nos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina - PARAJASC. Joaçaba/Herval
D’Oeste/ Luzerna, SC
2013 Criação da Federação Internacional de Handebol em Cadeira de Rodas Curitiba, PR.
Fonte: Adaptado de Calegari et al., (2010)
2009 Artigo Handebol Adaptado e a possibilidade da inclusão do cadeirante nas aulas de SOUZA, C.S; TERRA, E.A.A.
educação física.
2009 Artigo Handebol em Cadeira de Rodas: uma abordagem pedagógica OLIVEIRA, A.C.S.; MUNSTER,
M.A.V.
2010 Dissertação de Avaliação da Composição Corporal e da Aptidão Física relacionada ao CARDOSO, V.D.
Mestrado desempenho de atletas de Handebol em Cadeira de Rodas
33
2010 Artigo Potência aeróbia de praticantes de handebol em cadeira de rodas através de FLORES, L.J.F.; et.al
um teste de quadra.
2010 Artigo Adaptação de uma bateria de testes para handebol em cadeira de rodas COSTA e SILVA, A. A.; et. Al
2010 Tese de Adaptação do Handebol para a prática em cadeira de rodas. CALEGARI, D.R.
Doutorado
2010 Livro Handebol em Cadeira de Rodas: Regras e Treinamento. CALEGARI, D. R; GORLA, J. I;
ARAÚJO, P. F.
2011 Artigo Análise de dados espirométricos em atletas de Handebol em Cadeira de COSTA, T.A; et. Al
Rodas
2011 Artigo Avaliação nutricional de atletas de handebol adaptado no município de RIBEIRO, D.R; RUFINO, C.B;
Toledo PR. COSTA, T.A.
2011 Artigo Contribuição do Handebol em Cadeira de Rodas (HCR) no aspecto STORCH, J.A; et.al
motivacional de atletas com deficiência física.
2011 Dissertação de Validação de uma bateria de testes de habilidades motoras para atletas de COSTA e SILVA, A. A.
Mestrado Handebol em Cadeira de Rodas.
2011 Artigo Proposta de iniciação ao handebol em cadeira de rodas. TORRES, J.; TONDATO, P.E.T.
2011 Dissertação de Proposta de sistematização pedagógica e avaliação no Handebol em Cadeira OLIVEIRA, A.C.S.
Mestrado de Rodas.
34
2012 Artigo Avaliação da aptidão física relacionada ao desempenho de atletas de CARDOSO, V. D; PALMA, L. E;
Handebol em Cadeira de Rodas. BASTOS, T. C. L.
2012 Capítulo de Livro Handebol em Cadeira de Rodas (HCR). In: GRECO, J. P; ROMERO, J. J. F. CALEGARI, D. R; GORLA, J. I;
Manual de Handebol: da iniciação ao alto nível. ARAÚJO, P. F.
2012 Artigo Incidência de Lesões Esportivas em Atletas com Deficiência Física BORELLA, D.R.; el.al
Praticantes de Handebol em Cadeira de Rodas.
2013 Artigo Análise da evolução de habilidades motoras relacionadas aos fundamentos OLIVEIRA ACS, MUNSTER MAV.
do Handebol em Cadeira de Rodas
2013 Dissertação de Handebol em cadeira de Rodas: Diretrizes para a classificação GATTI, A. M. M.
Mestrado
2014 Artigo / no prelo Validating of the battery of skill tests for wheelchair handball athletes COSTA E SILVA et al,.
2014 Dissertação de Avaliação das habilidades motoras de jogadores de Handebol em Cadeira de GODOY, P. S.
Mestrado Rodas
Fonte: Adaptado de Godoy (2014)
35
2.2. Atualidade
b) Espanha
No país, o HCR se desenvolveu no ano de 2000, através de José Manuel Rivas
Clemente, o qual escreveu o primeiro manuscrito de regras de handebol adaptadas para
pessoas com deficiência e em 2001 organizou a primeira partida de HCR entre duas equipes
de Basquetebol em Cadeiras de Rodas (FMB, 2015).
No ano de 2015, o clube de handebol da cidade de Alcorcón e José Manuel Rivas
Clemente, com a colaboração da Federação Madrilenha de Esportes de Deficientes Físicos
(FMDDF), Federação Madrilenha de Handebol (FMB) e a Real Federação Espanhola de
Handebol (RFEBM), organizaram a II Jornada de Handebol Adaptado, o qual tinha por
objetivo promover o HCR com as regras unificadas da IWHF (FMB, 2015).
c) França
A Federação Francesa de Handebol desenvolve desde o ano de 1985 trabalhos de
handebol direcionados as pessoas com deficiência em todas as suas estruturas (Clubes,
Comitês e Ligas), no ano de 2001 formou a primeira equipe de handebol praticado em cadeira
de rodas e a denominação para a atividade de “HANDENSEMBLE” (FFH, 2010).
O jogo é disputado por equipes compostas de 6 atletas com duração de 3 tempos
de 15 minutos, é permitido colocar a bola no colo durante a propulsão da cadeira e a quadra
segue as mesmas dimensões utilizadas no Handebol convencional (FFH, 2005). A baliza
mede 1,70 metros de altura por 3 metros de largura, se a deficiência do goleiro não permite
que o mesmo jogue sentado na cadeira, lhe é concedido o direito de atuar em pé, neste caso a
medida da baliza deverá ser 2 m de altura x 3m de largura (FFH, 2011).
d) Inglaterra
e) Suécia
f) Malta
bola de voleibol, cada equipe é composta por 6 jogadores e o jogo é dividido em 6 períodos de
8 minutos, sendo três períodos no primeiro tempo e outros três no segundo tempo, entre os
períodos há um intervalo de 2 minutos e entre os tempos um intervalo de 10 a 15 minutos
(AAASP, 2013).
h) Japão
2.4. A Modalidade
jogo no qual o contra-ataque é muito utilizado, apresenta também jogadas que exigem de
muita habilidade.
O HCR é praticado por pessoas com comprometimentos permanentes nos
membros inferiores que sejam impossibilitadas de praticar o esporte convencional em iguais
condições com pessoas não deficientes (CALEGARI; GORLA; CARMINATO; COSTA e
SILVA, 2010). Dentre as deficiências encontram-se pessoas com lesão medular (LM),
sequelas de poliomielite, amputações de membros inferiores, má formação congênita e outras.
Para garantir uma concorrência justa e igual, o esporte adaptado adere a este
sistema que garante que a vitória é determinada pela habilidade, aptidão, capacidades físicas,
técnicas e táticas do atleta (IPC, 2014), minimizando o impacto do tipo de deficiência sobre o
resultado da competição promovendo a participação no esporte por pessoas com deficiência, e
a determinação da classe funcional se dá através da observação de quanto o desempenho
esportivo é impactado pela deficiência da pessoa (TWEEDY, VANLANDEWIJCK, 2011).
No que tange as classes funcionais, até o ano de 2013 foi utilizada a versão de
Calegari et al. (2010), o qual apresentava um sistema que classificava os jogadores tomando
como base a classificação do basquete em cadeira de rodas, observando as especificidades do
HCR, lhes atribuindo 10 classes que seguiam de 0.5 a 5.0. Desde então, foi adotada a proposta
apresentada por Gatti (2013), que desenvolveu um sistema de classificação específico para a
modalidade, o qual agrupou os atletas dentro de 7 classes funcionais (1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0,
3.5, 4.0), as quais são compostas por três partes distintas: 1. Avaliação Física ou Teste de
Banco; 2. Avaliação técnica que inclui movimentos específicos do esporte; e 3. Avaliação por
observação que consiste na avaliação em quadra.
Para tanto foram estabelecidos critérios mínimos para elegibilidade: a diferença de
comprimento entre as pernas deverá ser de no mínimo 6 cm; a perda ou deficiência do
membro deverá ser, ou equivalente, à amputação unilateral de metade do pé; e o limite de
estatura, para homens 145 cm e mulheres 140 cm (GATTI, 2014).
Após o processo classificatório é atribuído ao atleta uma classe funcional
juntamente com um status de classe esportiva, possibilitando ao mesmo requerimento de
avaliações adicionais e oportunidade de protesto. Sendo estas: Nova (N), Revisão (R), e
Permanente (P) (GATTI, 2014).
43
2.6. Categorias
2.7.Regras Básicas
goleiros joguem em cadeira de rodas (CALEGARI et al,. 2010), esta redução poderá ser feita
com o auxílio de uma placa de metal ou madeira (figura 3).
2.7.3. Equipamentos
duas pequenas na parte frontal e uma ou duas na parte traseira. A altura máxima do assento
não pode exceder os 53 cm do chão e o apoio para os pés não poderá ter menos de 11 cm do
chão. Na parte frontal da cadeira deve haver uma barra de proteção semicircular. Para a
fixação do atleta a cadeira, é recomendada a utilização de faixas de velcro ou cintos.
2.7.4. Particularidades
No HCR4, há duas regras distintas do HCR7, que são: Gol espetacular e gol de
Goleiro, as quais valem dois gols. No gol espetacular, gol feito em condição especial, o atleta
realiza um giro completo de 360º em posse de bola. No gol de goleiro, o mesmo deverá
realizar uma defesa e em seguida fazer um gol de sua própria meta.
côncava, de modo que a bola encaixe perfeitamente. Sugere-se também que no momento da
recepção os braços estejam semi flexionados a fim de propiciar a absorção do impacto.
3.4 Arremesso
Arremesso de costa por baixo é realizado através da extensão de ombro e tríceps, e por
cima através da flexão e rotação externa de ombro.
Segundo Simões (1980), as posições defensivas devem ser conhecidas por todos
os defensores, havendo a troca de posições constantes para que todos saibam como se
comportarem em relação a problemas nos diferentes postos.
A posição básica para a realização da defesa, o atleta deve estar com as mãos nas
rodas para a movimentação da cadeira, para frente, trás, lado e diagonais. No caso da
aproximação adversária com a bola executa-se a flutuação, a qual consiste em realizar um
avanço em direção ao atacante com o objetivo de pressionar, interceptar um passe ou impedir
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o arremesso, neste momento deverá ocorrer uma ligeira elevação dos braços para realização
do bloqueio.
No momento em que há a flutuação abre-se um espaço na defesa, sendo a
cobertura necessária, havendo a ocupação do setor pelo companheiro de defesa. Outra
situação decorrente da flutuação é a troca de oponente, visto a movimentação da bola, sendo o
sincronismo e cooperação fatores essenciais para o sucesso da defesa.
O defensor deverá estar em constante movimentação, pronto para intervir em
qualquer direção, sendo os setores defensivos estando sempre ocupados, independente do
sistema utilizado, e a distribuição defensiva deve ser harmônica de modo que os jogadores
mais altos estejam posicionados nos zonas centrais e os mais baixos nas zonas periféricas
(SIMÕES, 1980).
a) Goleiro
Posicionar-se no gol: O goleiro deverá ter noção de onde deverá se posicionar,
independentemente da posição de ataque do adversário;
Perceber características do adversário: Ex. onde o adversário arremessa com
frequência;
Perceber se o goleiro adversário encontra-se no gol durante o ataque; Ex.
Quando o goleiro adversário compõe o ataque;
Reação do adversário em relação ao posicionamento do goleiro;
b) Jogadores de linha.
No Ataque:
Perceber o posicionamento e comportamento defensivo adversário;
Reação adversária devido a aproximação do ataque;
Como o adversário está marcando o Pivô;
Qual o posicionamento do Pivô;
Se o Goleiro adversário encontra-se bem posicionado;
Comportamento adversário em situação de superioridade e inferioridade
numérica;
Perceber o momento da troca de goleiros (no caso do HCR4).
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Na defesa:
Observar características ofensivas do adversário;
Observar qual o atleta que mais é solicitado para finalização;
Local ou setor onde o adversário mais realiza o ataque;
Percepção na movimentação dos jogadores, sem perder a bola de vista (visão
periférica);
Posicionamento do goleiro adversário, se o mesmo encontra-se no gol ou
compõe o ataque;
Indivíduos com lesão na medula espinhal podem possuir diminuição de força nos
membros superiores e acometimento na musculatura abdominal, sendo inviável a atribuição
de funções na qual o domínio de tronco seja essencial, usualmente os mesmos atuam como
pivôs proporcionando um posicionamento na linha dos 6 metros, consequentemente mais
próximo ao gol. Pessoas com amputações de membros inferiores e sequelas de poliomielite
possuem maior amplitude de movimento, sendo-lhes atribuídas posições as quais esta
característica seja requerida.
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Ataque 6:0
Ataque 5:1
que possam aproveitar a superioridade numérica de atletas no lado do ataque em que o mesmo
se encontra para realizar o ataque. Conforme a figura 9 através da utilização deste sistema
várias opções de ataque poderão ser geradas.
Variação 1: Assim como a movimentação do sistema 6:0, poderá ocorrer a
ofensiva e troca de passes, de modo que sobre a infiltração dos Pontas com arremessos dos 6
m ou adentrarem na área do goleiro pela área de tiro de ponta.
Variação 2: O Meia Esquerda realizará a ofensiva entre o segundo e o terceiro
jogador defensivo, de modo que atraia a marcação para si, ocasionando a abertura de espaço e
consequentemente gerando opção de passe para o Pivô finalizar a Gol ou opção de passe para
o Armador realizar o arremesso da linha dos 9 m ou até mesmo infiltrar na linha dos 6 m.
Variação 3: O Armador realiza a movimentação entre os marcadores, gerando a
opção de passe para o Pivô e para o Meia Direita que por sua vez poderá arremessar a gol ou
passar para o Ponta Direita finalizar o ataque.
Ataque 4:2
Ataque 3:3
Neste sistema posicionam-se três jogadores próximos à linha dos 9 metros e três
jogadores na linha dos 6 metros. Este posicionamento pode proporcionar diversas variações
para a finalização do ataque.
Utilizando o posicionamento com dois Pivôs e um Ponta infiltrados na linha de 6
metros conforme a figura 12.
às pontas, visto a possibilidade de infiltração de ponta na área do goleiro, ação esta assegurada
pela regra da modalidade.
Para melhor compreensão, caracterizamos a defesa em três linhas defensivas: a
primeira linha (6 metros), segunda linha (9 metros) e terceira linha (entre 9 e 12 metros)
(figura 17). Devido ao fato da modalidade ser desenvolvida em cadeira de rodas e com isso a
movimentação destas ser dificultada com a quantidade de cadeiras em quadra, aconselha-se
posicionar, na primeira linha de defesa, os atletas entre as linhas de 6 e 9 metros. Utiliza-se
este posicionamento pelo fato de proporcionar a movimentação adequada e se necessário à
cobertura da defesa. A seguir podemos destacar alguns posicionamentos táticos defensivos:
Defesa 6:0
Defesa 5:1
Defesa 4:2
Defesa 3:2:1
Defesa 3:3
Defesa combinada 5 + 1
Defesa combinada 4 + 2
Ataque 3:0
Ataque 2:1
Ataque 4:0
Ataque 3:1
Ataque 2:2
Defesa 3:0
Posicionam-se os três atletas entre as linhas dos 6m e 9m. Defesa utilizada para
impedir infiltrações na área central na linha dos 6 metros, obrigando o adversário a atacar
pelas pontas.
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Defesa 2:1
Defesa 1:2
Posiciona-se um jogador na primeira linha defensiva, o qual será o responsável
pela marcação do Pivô adversário, e dois jogadores na segunda linha defensiva com o intuito
de pressionar o ataque adversário e estimular o erro de passe.
Marcação individual
Figura 33. Marcação Meia Quadra Figura 34. Marcação Quadra Inteira
Utiliza-se para esta jogada o sistema ofensivo 3:0. O Ataque poderá ser realizado
de modo que a movimentação seja direcionada a um lado da defesa adversária,
proporcionando assim uma superioridade numérica, estimulando a movimentação adversária
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com o intuito de promover a infiltração na linha de defesa, sendo assim a finalização poderá
ocorrer pelo centro ou pontas.
Variação: Após o cruzamento o Meia (3) realiza o passe para o Meia (4), sendo
assim, a marcação adversária realizará a marcação no atleta de posse de bola, ocasionando na
abertura da defesa e consequentemente proporcionando a infiltração do Meia (3).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS