por
N É S T O R A. B R A U N S T E IN
s ig lo
.v e in tiu n o
e d ito re s
MÉXICO
ARG ENTINA
g ru po editorial
SKI siglo veintiuno
siglo xxi editores, méxico siglo xxi editores, argentina
C E R R O DEL AG U A 2 4 -8 , ROM ERO Ufc IfcHHEHOS, G U A IfeM A L A 4 8 2 4 , C 1 4 2 5 B U P
0 4 3 1 0 MÉXJCO, DF BU FN O P i A IR E S , A R G EN TIN A
w w w . sigloxxi e d ito re s .c o n i .m x w w w . siyloxx ¡editores, c o m .ar
RC 454
B73
2013 Braunstein, N ésto r A.
Clasificar en psiquiatría / p o r N ésto r A.
Braunstein. — M é x ic o : Siglo X X I Editores, 2013.
141 p. — (P s ic o lo g ía y psicoanálisis)
ISBN-13: 978-607-03-0465-1
isbn 978-607-03-0465-1
H A B E R S ID O U N P R E C U R S O R
las r e m o ta s p á g in a s d e c ie r ta e n c ic lo p e d ia c h in a d e c o n o
c im ie n to s b e n é v o lo s [ d o n d e ] está e s c r ito q u e lo s a n im a le s
se d iv id e n e n a ] p e r t e n e c ie n t e s a l e m p e r a d o r , b\ e m b a ls a
m a d o s , c] a m a e s tra d o s , d\ le c h o n e s , é] siren as, J ] fa b u lo
sos, g ] p e r r o s su elto s, h] in c lu id o s e n esta c la s ific a c ió n , ¿]
q u e se a g ita n c o m o lo c o s , j ] in n u m e r a b le s , k\ d ib u ja d o s
c o n u n p in c e l fin ís im o d e p e l o d e c a m e llo , l\ e tc é te r a , m\
q u e a c a b a n d e r o m p e r e l ja r r ó n , ri\ q u e d e le jo s p a r e c e n
m oscas.
290-294. P s ic o s is a so cia d a s c o n s ín d r o m e s o r g á n ic o s c e r e
b ra le s , 295-299: p sico sis n o a tr ib u id a s a c o n d ic io n e s física s
p r e v ia m e n t e e n u n c ia d a s ; 300: n e u ro s is ; 301: tr a s to r n o s d e
la p e r s o n a lid a d ; 302: d e s v ia c io n e s sex u a le s ; 303: a lc o h o
lis m o ; 304: d e p e n d e n c ia a d r o g a s ; 305: tr a s to r n o s p s ic o fi-
s io ló g ic o s ; 306: s ín to m a s e s p e c ia le s n o c la s ific a d o s e n o tr a
p a r te ; 307: p e r t u r b a c io n e s s itu a c io n a le s tra n s ito ria s ; 308:
tr a s to r n o s d e l c o m p o r t a m ie n t o d e la in fa n c ia y la a d o le s
c e n c ia ; 309: s ín d r o m e s o r g á n ic o s c e r e b r a le s n o p s ic ó tic o s ;
31 0-315: o lig o fr e n ia s ; 316: d esa ju stes s o c ia le s sin tr a s to r n o
p s iq u iá t r ic o m a n ifie s to ; 317: c o n d ic io n e s n o e s p e c ífic a s ;
318: sin t r a s to r n o m e n ta l; 319: t é r m in o s n o d ia g n ó s tic o s
p a r a u so a d m in is tr a tiv o .
com ien zos del siglo X X , cuando ya se habían vu elto com unes las
palabras “psicoanalista” y “psicoterapeuta”. El vocablo “neuropsi-
quiatra” apareció en 1913.
tu ida p o r el v o c a b lo acu ñ ad o en Suiza en 1911 p o r
B leu ler, “e s q u iz o fre n ia ” ) e in clu yó un ca p ítu lo para
las “p erso n a lid a d es psicop áticas” q u e h ab rían d e
tran sform arse en el h o y a m p lio esp ectro d e “trastor
n os d e la p e rs o n a lid a d ” . Es in teresan te resu m ir el
sistem a k ra e p e lin ia n o para in ten ta r un análisis c o m
p arativo c o n la C IE y c o m p ro b a r q u e las m o d ific a
cio n es p ro d u cid a s en el sig lo (1913-2013) n o reca en
sino sob re los detalles.
P ara co m en za r, un d eta lle, in sig n ifica n te p o r el
m o m e n to . Las ca tegoría s d e K ra e p e lin están o r d e
nadas d e m o d o n o m in a l, c o r r e s p o n d ie n d o un nú
m e r o ro m a n o , d esd e el I hasta el X IV a cada una.
V e m o s en p r im e r lu ga r las en cefa lo p a tía s c u b rie n d o
las siete p rim era s rúbricas según su causa p resu m i
da. L a octava es la d e m e n c ia p re c o z y la n o v e n a la
psicosis m an iaco-depresiva. L u e g o v ie n e n las p sico
patías, las rea ccio n es p sicógen as ( “p sicon eu rosis” en
la n o m in a c ió n p r e fe r id a p o r F reu d en la m ism a é p o
c a ), la p a ra n o ia y, c e rra n d o la p ro c e s ió n , una clase
X I V p ara “casos oscu ros” . (¡V iv a B o rg e s !)
L a asom brosa c o rre s p o n d e n c ia e n tre e l sistema
d e K ra e p e lin y la su bsigu iente CIE-8 d e la O M S ha
sid o m o tiv o d e asom brosas y asom bradas e x p re s io
nes d e jú b ilo relacion ad as co n la “esta b ilid a d ” d el
o r d e n a m ie n to y el “g e n io ” d e su p rop u lsor. Es ha
b itu al ro tu la r a K ra e p e lin c o m o “el L in n e o d e la
p siq u ia tría ” . Yace ah í u n o d e los m ayores obstáculos
e p is te m o ló g ic o s d e la clasificación : el q u e la taxo
n o m ía b o tá n ica haya sido el m o d e lo in sp irad or. El
sabio alem á n d escrib ía sus en tid ad es m órb id a s ba
sán dose en la aparien cia, al igu al q u e su an tecesor
sueco, c o m o si se tratase d e plantas, o lv id a n d o el ca
rá cter visible d e las raíces, hojas, flo re s y fru tos qu e
p erm itían asegu rar la v a lid ez y la c o n fía b ilid a d d e
los ob jetos clasificados (e x is te n re a lm e n te , son dis
tintos en tre sí, n o hay un esp ectro d e gra d a cio n es
y dos o más observad ores, a cep ta n d o los criterios
propuestos, lle g a n a la m ism a con clu sión sin q u e
la subjetividad in te rfie ra en e l j u i c i o ) . L a m irad a
psiquiátrica p re te n d e in tro d u c ir d e l m ism o m o d o
la “e n fe r m e d a d ” en u n a je r a r q u ía d e ca tegoría,
su bcategoría y varied ad , eq u iva len te a la je ra rq u ía
de clase, g é n e r o y esp ecie. P e r o ¿de d ó n d e extraía
L in n e o los caracteres q u e le p e rm itía n u b icar a cada
in d ivid u o d e n tro d e su clasificación? D e la fo rm a
objetiva (p o sitiva ) d e los e le m e n to s q u e p o d ía ser
co n firm a d a p o r cu a lq u ier o tro . L a c o n fía b ilid a d d e
su sistema se a cerca al ab solu to y p o r eso p u d o servir
de m o d e lo para to d o tip o d e clasificación d e o b je
tos p ercep tib les. ¿De d ó n d e p o d ía K ra e p e lin ex tra er
los caracteres q u e le p e rm itie s e n pasar d e l in d iv id u o
a la esp ecie en e l m a rco d e la clasificación psiquiá
trica? N a d a p o d ía d a rle la vista. Era m en ester o tro
aparato n o c io n a l. P ara e llo sólo d isp o n ía d e la psi
c o lo g ía d e las fu n c io n e s d e l alm a y la p s ic o lo g ía d e l
la b o ra to rio d e W u n d t, h o y re le g a d a a la p reh isto ria
de la p s ico lo g ía : “in te lig e n c ia - a fecto - v o lu n ta d ”. A
ella se d ir ig ie r o n los psiquiatras alem an es y d e ella
derivaba la s e m io lo g ía psiqu iátrica q u e buscaba las
alteracion es en cada u n a d e esas tres esferas y qu e
apuntaba a u b icar a cada in d iv id u o en la casilla d e la
especie m ó rb id a q u e le p erten ecía . D e ahí el pesado
fa rd o q u e d e b ió so b relleva r la p siqu iatría k raepeli-
niana, la falta d e c o n fía b ilid a d , qu e h o y se p re te n d e
superar co n la “o b je tiv id a d ” ¿de qué?, ¡d e los cues
tionarios au toad m in istrad os d o n d e e l m é d ic o ya ni
siquiera p re g u n ta al “e n fe r m o ” lo q u e le su cede sino
q u e le en treg a unos fo rm u la rio s co n pregu n tas a las
q u e él ( o q u ien lo c o n o c e ) d e b e tild a r co n un “sí” a
co n un “n o ” , co n un “m u ch o -p o q u ito -n a d a ” o con
un “m a rq u e en una escala d e 1 a 10 c ó m o se siente
d e solo, d e triste o d e a n gu stia d o ” para lu e g o con tar
los tildes o “p a lo m ita s” y d e c id ir el d ia g n ó stico y el
n ivel d e gra ved a d d e l trastorn o! ¡Y e l tip o y dosis d el
“m e d ic a m e n to ” a recetar! i;
P o d ría m o s pen sar —vale d ecir, p ie n s o —q u e la co n
clu sión a ex tra e r d e la su p erviven cia d e la “nosogra^
fía ” actual, d eriva d a d e la d e K ra e p e lin n o debería*
ser tan to de a d m ira ció n c o m o d e m a rca d o escep-íj
ticism o d a d o el carácter re c o n o c id a m e n te descrip^
tivo y sin tom ático d e la clasificación c o n exclusión»?
d e to d a te o ría y ante la ausencia d e datos objetivos^
e m p íric o s (eq u ip a ra b les a los d e un b o tá n ic o o a l o j
d e un z o ó lo g o y q u e n o fu esen los d e “cierta e n c ij
c lo p e d ia ch in a ” ), para ju stifica r los d iagn ósticos. Laj
p siqu iatría alem an a d e c o m ie n zo s d e l siglo X X siss
tem a tizó y o r d e n ó un ca m p o d e fe n ó m e n o s hasta
en to n ces .bastante c a ó tico y ése fu e su gra n m éritoi
P e r o n o p u ed e ign o ra rse qu e, adem ás d e p o n e r oi^
d e n en el c a m p o fe n o m é n ic o , p o r el m ism o heche
d e a c o m o d a rlo to d o , sistem atizó la fo r m a c ió n d e loi
psiquiatras en to d o el m u n d o. (Esa fu e la psiquiatría!
q u e estu dié en el H o sp ita l P siq u iá trico d e Córdoba^
A rg e n tin a , en 1961.)
L a clasificación n o sólo creab a a los ob jeto s sobrtí|
los q u e se ap licaba (lo c o s y n o locos, a veces, m edicí
lo co s o fro n te riz o s ) sino qu e, adem ás, p ro d u c ía uí¡
len gu a je, un m o d o d e p en sa m ien to , un discurso -jj
unas reglas sem iológica s qu e, a su vez, engendrabais
y clon a b a n a los psiquiatras c o m o a gen tes d e aplicó
c ió n d e l sistema p rop u esto: “p siq u ia tra ” fu e, a parti^
de la p rim e ra m itad d e l siglo X X , cu a n d o e l térm i
no se g e n e ra lizó , q u ie n m an ejab a la clasificación d e
K ra ep elin .4 L a o rd e n a c ió n ta x o n ó m ica se re p ro d u c e
a sí m ism a a través d e la “o r d e n a c ió n ” (e n el senti
d o re lig io s o d e la palab ra) d e los agen tes aptos para
utilizarla. Esa o p e ra c ió n con tin ú a h o y en d ía con
las c o rp o ra c io n e s n acion ales e in tern acion ales q u e
p rom u lgan las nuevas clasificaciones. L o q u e fu e un
m o m en to d e sistem atización d e datos e m p írico s en
la historia d e la psiquiatría, c o rre s p o n d ie n te a la e x
pansión capitalista y a la co n v e n ie n c ia d e segregar
a los locos en las socied ad es disciplinarias, se ha ac
tualizado c o m o un n u evo m o v im ie n to e p is te m o ló
g ico qu e c o rre detrás d e la p rogresiva tecn ifica ción ,
b u rocratización y m ed ica liza ció n d e la esp ecialid ad
qu e d e b e adecuarse a los fin es d e la socied a d d e c o n
trol: p o s m o d e m a , posindustrial, poscapitalista, se
gún se p re fie ra . El o b je tiv o es, hoy, clasificar a tod os
los sujetos d e esta p o s m o d e rn id a d e n c e rrá n d o lo s en
los cajones ( pigeonholes) d e l espacio ta x o n ó m ic o re
gen tea d o p o r la “cien cia m é d ic a ” .
C u alqu iera sabe q u e las enfermedades, todas ellas,
son c o n cep to s abstractos y a n a d ie le extrañ a qu e
las supuestas en tid a d es q u e los psiquiatras d elim ita n
com o trastornos estén m al d efin id a s y se su perpon -
Hasta 1987, lo s m e d ic a m e n t o s p a ra c o m b a t ir la d e p r e s ió n
eran los tr ic íc lic o s , r e c e ta d o s e n casos p u n tu a le s , d e b id o
a sus p o d e r o s o s e fe c t o s c o la te r a le s , q u e in c lu ía n a rritm ia s
cardiacas e in fa r to s e n a lg u n o s casos. P e r o e se a ñ o , la FDA
a p ro b ó la c o m e r c ia liz a c ió n d e lo s In h ib id o r e s S e le c tiv o s
de la R e c a p t a c ió n d e la S e r o t o n in a (SSRI, p o r su s ig la e n
in g lé s ), u n t ip o d e fá r m a c o s q u e m a n t ie n e a lto s lo s n iv e le s
de este n e u r o tr a n s m is o r e n e l c e r e b r o , v in c u la d o c o n la
re g u la c ió n d e l á n im o , sin c o n s e c u e n c ia s n o c iv a s . T o d o s se
b e n e fic ia ro n . D e s d e lo s p a c ie n te s c o n c u a d r o s a g u d o s has
ta a q u e llo s q u e q u e r ía n s u p e r a r p e q u e ñ o s tra s p ié s c o t id ia
nos. P o r q u e la lle g a d a d e esto s n u e v o s fá r m a c o s ta m b ié n
cam b ió la f o r m a e n q u e se d ia g n o s t ic ó la d e p r e s ió n . A n te s
se c re ía q u e lo s c u a d ro s p r o fu n d o s y r e it e r a d o s p r o v e n ía n
de un d e s b a la n c e q u ím ic o e n e l c e r e b r o y, p o r e s o , se le
c o n o c ía c o m o d e p r e s ió n e n d ó g e n a . A q u e lla d e r iv a d a d e
un e v e n to e x t e r io r , c o m o la m u e r t e d e u n fa m ilia r o d e
un fu e r te estrés, se d e n o m in a b a e p is ó d ic a o e x ó g e n a . L a
p rim era e r a u n a e n fe r m e d a d , la s e g u n d a , n o . S in e m b a r
go, p r o n t o lo s m é d ic o s n o t a r o n q u e a m b a s r e a c c io n a b a n
de la m is m a m a n e r a al tr a t a m ie n t o c o n lo s SSRI, p o r lo q u e
la c o n c lu s ió n fu e u n a: to d a s las d e p r e s io n e s , sin im p o r t a r
su g r a d o , tie n e n u n a r a íz b io ló g ic a . T o d a s , p o r lo ta n to ,
s o n u n a e n f e r m e d a d q u e d e b e s e r tra ta d a c o n terap ia|
p s ic o fá r m a c o s .
... la p r e s e n c ia d e u n c o m p o r t a m ie n t o o d e u n g r u p o
s ín to m a s id e n t ifie a b le s e n la p r á c tic a c lín ic a , q u e e n la m¡
y o r ía d e lo s casos se a c o m p a ñ a n d e m a le s ta r o in te r fie r e
c o n la a c tiv id a d d e l in d iv id u o . L o s tr a s to rn o s d e fin id o s
la CIE-10 n o in c lu y e n d is fu n c io n e s o c o n flic t o s s o c ia le s pd¡|
sí m is m o s e n a u s e n c ia d e tra s to rn o s in d iv id u a le s .
r . i
lyvjj
tos c o m o enfermedad o padecimiento. Q u e d a cla ro : la
C la sifica ció n d e las E n fe rm e d a d e s in c lu y e u n e x te n
so ca p ítu lo d e “e n tid a d e s ” q u e n o p u e d e n llam arse
«e n fe rm e d a d e s ” y se op ta p o r u n té rm in o d ilu id o ,
politically corred, q u e en esp añ ol es “ trastornos” ... ya
verem os lo q u e significa.
P o r d e p ro n to p o d e m o s citar un trabajo im p o r
tante y re c ie n te q u e p lan tea la p e rp le jid a d d e los psi
quiatras m ism os cu a n d o hablan d e trastornos ( disor-
ders) y n o d e enfermedades v ie n d o las d iferen cia s en tre
ambos y con re la c ió n a una tercera alternativa q u e
son los síndromes. En un artícu lo d e d ic a d o a nu estro
tema, p u b lica d o en In d ia ,2 se lee:
A n te s d e e s tu d ia r las m in u c ia s d e la c la s ific a c ió n es e s e n
cial e n t e n d e r p r im e r o lo q u e es c la s ific a d o . E l “ s ín d r o m e
es u n a c o n d ic ió n c a r a c te r iz a d a p o r u n p e r f il s in to m á tic o
p a rtic u la r cu y a e t io lo g ía , s ig n ific a c ió n c lín ic a o s e v e r id a d
es v a r ia b le . L a “ e n f e r m e d a d ” es u n a c o n d ic ió n c o n u n a
e t io p a t o g e n ia e s p e c ífic a q u e t ie n e c o n n o t a c io n e s b io m é -
dicas. E l v o c a b lo “ t r a s t o r n o ” , in t r o d u c id o p r im e r o c o m o
un n o m b r e g e n é r ic o e n e l D S M -I d e 1 9 5 2 , es u n t é r m in o
a m e d io c a m in o e n t r e u n a e n f e r m e d a d o e n t id a d m ó r
b id a y u n s ín d r o m e e n lo q u e r e s p e c ta a su c o n s is te n c ia ,
c o r r e la to s y s ig n ific a c ió n . [ . . . ] N o e x is te u n p u n t o f ir m e
ele a c u e r d o a c e r c a d e lo s u m b r a le s a p a r t ir d e lo s c u a le s
p u e d e d e c ir s e q u e u n “ s ín d r o m e ” es u n a “ e n f e r m e d a d ” .
C on n u e s tro s c o n o c im ie n t o s a ctu a les, la d e m e n c ia d e
A lz h e im e r es u n a c o n d ic ió n q u e p u e d e lla m a r s e “ e n f e r
m e d a d ” p o r q u e su f is io p a t o lo g ía y sus causas p o s ib le s h a n
N o o lv id e m o s q u e la c a t e g o r ía d ia g n ó s t ic a es s ó lo e l p r i
m e r p a s o p a ra e l a d e c u a d o p la n te r a p é u t ic o , e l c u a l n e c e
sita m á s in fo r m a c ió n q u e la r e q u e r id a p a r a e l d ia g n ó s tic o .
U n a c o n c e p c ió n e r r ó n e a m u y f r e c u e n t e es p e n s a r q u e la
c la s ific a c ió n d e lo s tra s to rn o s m e n ta le s c la s ific a a las p e r
sonas; lo q u e r e a lm e n t e h a c e es c la s ific a r lo s tra s to rn o s d e
las p e r s o n a s q u e lo s p a d e c e n ...
peso ( xveight), una versión abstracta de una p rop ied a d n o p rob le
mática ( unproblematic) ”. (¡?)
ñ era, la rela cio n a b a con la co n cien cia , p e ro —y no
sólo d esd e Freí id — tod os están d e a cu erd o en soste
n e r q u e la “m e n te ” es m u ch o más q u e el co n ju n to de
fe n ó m e n o s y c o n d ic io n e s d e la con cien cia, a la que
p o r o tra parte, n a d ie ta m p o co sabe d efin ir. Eso sí, se
a firm a q u e “to d o s sabem os” in tu itivam en te, d e qué
h ab lam os cu a n d o nos re fe rim o s a la “co n cien cia ”.
Para los más avanzados d e los filó so fo s con tem p orá
neos, la c o n c ie n c ia es “un m is te rio ”.5 El ya m en cion a
d o Oxford Companion afirm a d e lo más cam pan te que
“L a ‘ c o n c ie n c ia ’ es a la vez el más o b v io y el más mis
terio so rasgo d e nuestras m en tes” (cit., p. 160). La
m e n te tien e “rasgos” (features) qu e son obvios pero
m isteriosos y p o r eso in d e fin ib le s ... au n qu e n o pot
m isteriosos d ejarán d e ser rotu lados c o m o norm ales
y an orm ales y g e n e ra r catálogos d e tr astornos m cin
tales. ¡Ay; tan frecu en tes! S ólo c e d e n el p rim e r lugar;
p la n eta rio en “m o rb ilid a d ” ante los resfríos, las brorb
quitis y el reu m atism o ( Oxford Companion to the Aíindi
cit., p 470), au n qu e haya “discusiones furiosas y coiv¡
tinuas acerca d e los lím ites exactos d e la en ferm ed ad
m en tal: algu n os piensan qu e son un m ito m ientra!
q u e otros, p o r el co n tra rio piensan q u e la mayorí|
Es clásico recu rrir a d efin icion es “op eracion ales” del titf||¡
d e In telig en cia es lo qu e m iden las pruebas d e in teligen cia ”. -^ jÉs
esa d efin ició n se la p u ed e lu ego evaluar más o m enos científiJjl
m en te en térm inos de m ucho-poquito-nada” según las “cant^^Sj
d es” de respuestas correctas.
ciones. L a O M S y la A P A fu n cio n a n c o m o el amo q u e
p ro m u lga la clasificación y la im p o n e c o m o ley d e
la c o rp o ra c ió n d e los psi; el m anu al y los glosarios
adjuntos actúan c o m o la universidad q u e re p ite el
discurso a través de los m aestros en las escuelas de
m edicin a, los fu n cio n a rio s q u e los aplican actúan
com o los sujetos en el discurso d e la histeria y los “ca
sos” d iagn osticados, p o rta d o res d e la etiqu eta, c o m o
el objeto, el o b je to clasificad o y re d u c id o al silen cio,
el resid u o d e la o p e ra c ió n sign ifican te, sin vo z ni
voto. L o s fa m ilia riza d os co n la teo ría lacaniana d e
los “cu atro discursos” en co n tra rá n aqu í u na síntesis
de la o p e ra c ió n ta xon óm ica . L o s n o en tera d o s p u e
den, si lo p re fie re n , ig n o ra r este párrafo.
H e c h a la clasificación hay q u e fo rm a r a los e x
pertos q u e la m a n e je n 9 para q u e se h agan ca rgo
de lo qu e antes era fu n c ió n d e m agos y m inistros
del culto. A veces ta m p o c o los psicoanalistas esca
pan d el corsé d e la m ed icin a . F reu d y Lacan fu e ro n
m édicos q u e se fo rm a ro n en el ca m p o d e las “e n fe r
m edades m en ta les” y d e n u n c ia ro n las im pases d el
tratam iento d e la “a n o rm a lid a d ” c o m o o b je to del
discurso m é d ic o . F reu d se a d h irió en g e n e ra l a la
te rm in o lo g ía d e K ra e p e lin e in c o r p o r ó nuevas cate
gorías diagnósticas: psicon eu rosis d e d efen sa, n eu
rosis actuales, neurosis obsesivo-com pulsiva, histeria
de con versión , h isteria d e angustia, neurosis fób ica ,
parafrenia, a la vez q u e p r o p o n ía otros térm in os
para d esign ar “o b je to s ” d e esa psiquiatría, etc. Lacan
LOOj
al im p o n e r qu e el d ia g n ó stico d e b ía form u larse, n o
con un “n o m b re d e tra sto rn o ” (y un n ú m e r o ), sino
de m an era coaxial segú n tres ejes (h a b ía qu e aplicar
a cada caso un trip le d ia g n ó s tic o ): a] el diagnóstico
clínico —d ia gn ó stico d e e n fe rm e d a d — q u e e n g lo b a b a
toda la p a to lo g ía psiquiátrica, m é d ic a en g e n e ra l y
de la personalidad sin h acer d istin ción en tre la psi
quiatría y el resto d e la m ed icin a ; b\ el diagnóstico de
discapacitación social —d ia gn ó stico fu n c io n a l— qu e, se
gún el texto, “va lora cuatro áreas d e fu n c io n a m ie n
to social (p erson a l, fam iliar, laboral, social a m p lia ) y
afirm a q u e hay u na re la c ió n inversa e n tre la discapa
citación y la calid ad d e v id a ” , y c] el diagnóstico de los
factores ambientales y relativos al estilo de vida que hacen
referencia a la enfermedad —d ia gn ó stico situacional—
que abarca tanto circunstancias d e l pasado c o m o
del m o m e n to actual. A cada e n fe r m o sus tres d ia g
nósticos. i Q u é c a ó tic o e m b ro llo ! ¡Q u é transparente
la in ten ció n : n o sólo n o m b ra r una e n fe r m e d a d sino
tam bién “d ia g n o stica r” la desviación d e la norm a.
Se le e n co n cla rid a d las p resu p osicion es (m e jo r
dicho, im p o sicio n es) d e los “tres ejes”:
PRÓ LO G O
1. ¿Q U É ES C L A S IF IC A R ? 19
2. M E D IC A L IZ A C IÓ N DE L A V ID A
Y DE I A. C U L T U R A 33
3. E L D IS P O S IT IV O DE L A S A L U D M E N T A L 46
4. ¿ Q U É C L A S IF IC A L A C L A S IF IC A C IÓ N ? 70
5. C R ÍT IC A A LA S D O S C L A S IF IC A C IO N E S
IN T E R N A C IO N A L E S E N P S IQ U IA T R ÍA
(C IE D E L A O R G A N IZ A C IÓ N M U N D IA L DE L A
S A L U D Y D SM DE L A A S O C IA C IÓ N P S IQ U IÁ T R IC A
D E E S T A D O S U N ID O S ) 88
6 . L A F U N C IÓ N S O C IA L DE L A P S IQ U IA T R ÍA E N E L
D IS P O S IT IV O PSI 115
Néstor A . Brauiistein
C L A S IF IC A R EN PSIQUIATRÍA
L a p siqu iatría es la única ram a d e la m ed icin a qu e tien e vergüenza de
usar la palabra “ enferm edad” para defin ir eso de que se ocupa, y p or eso
llam a a sus a feccio n es com o “ trastornos” , un eufem ism o que traduce el
vocab lo inglés “ desórdenes” . ¿Q ué “ orden” es e l que se desordena cuan
do alguien es distinto de com o se espera? ¿Q ué saber autoriza al m éd ic o
para “ c la s ific a r” a los seres humanos entendiendo qu e padecen d e “ tras
tornos de la personalidad” , qu e son anormales o peligrosos y que req u ie
ren d e “ tratam ientos” ?
Q u ed a claro qu e esa estrategia d e l lengu aje, de aspecto “ cien tífico” ,
es una m aniobra qu e form a parte d e un proyecto de “ m ed icaliza ción ” de
la sociedad, d e “ psiquiatrización” d e la vida, de atribución de un m erca
do d e l sufrim iento a una profesión que intenta m anejar el malestar en la
cu ltu ra con d rogas p rod u cid as p o r las com p añ ías fa rm a céu tica s y con
m arbetes diagnósticos qu e d e sc a lific a n a qu ien es los recib en p ero qu e
p erm iten la mutua com prensión entre los adm inistradores.
L a em p resa c la s ific a to ria es la lla v e m aestra para (u n i)fo rm a r a los
psiquiatras y estim ular en ellos e l sueño de e x p lica r las d ificu ltad es d e
los sujetos com o efectos de factores “ b ioló gicos” : los gen éticos o las per
turbacion es fu n cion ales d e l c e r e b r o ... com o si se p u d iese com p ren d er
una polonesa d e Chopin estudiando e l a d n d e l m úsico o las m anos d e
R u b in stein o la ce n te llo g ra fía cereb ra l d e l oyente.
E n m ayo d e 2 0 1 3 se p roclam ó oficialm en te e l DSM -5, redactado por
especialistas d e la A socia ció n P siqu iátrica de Estados Unidos, un “ m a
nual estadístico y diagnóstico” con e l que se pretende “ unificar” y “ d igi-
talizar” los diagnósticos para servir a los fines d e la industria, el estado y
las com pañ ías d e seguros. C la s ifica r en p s iq u ia tría e x h ib e y discu te la
últim a expresión d e esa om inosa em presa de en casillar “ anom alías” qu e
no se llega n a en ten der para en cargar a la m ed icin a e l cuidado d e las
“ norm as” y e l “ ord en ” d ejan d o al d erech o la rela ció n con las “ reg la s”
y la “ le y ” .
sicjlo
veintiuno
e d ito re s