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Sumário

Prefácio .................................................................................................................................ii

Introdução .............................................................................................................................3

O coordenador pedagógico e sua função na escola ............................................................4

O coordenador pedagógico deve observar a sala de aula? .................................................6

Os 7 passos para o coordenador pedagógico planejar reuniões com os professores ......10

O papel do coordenador pedagógico nas avaliações de aprendizado ..............................14

Conclusão ...........................................................................................................................18

Sobre a Associação QEdu ................................................................................................. 19

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Prefácio

No caminhar incessante em busca de uma educação cada vez mais democrática, cidadã,
de qualidade, com equidade e para todos, se faz necessário estar sempre se atualizando
e somando conhecimentos que possam potencializar as ações positivas na linha de frente
do ensino: a sala de aula.

É nesse contexto que esse material se insere. Em uma brilhante iniciativa da Associação
QEdu, todo o esforço foi feito, e recompensado, para contribuir na consolidação do
trabalho do coordenador pedagógico, colocando-o no seu devido nível de importância. O
conteúdo ajuda, decisivamente, na definição da função e joga luz nas principais ações
desse que é um dos pilares fundamentais do processo ensino-aprendizagem.

Trata-se de uma leitura agradável, clara, conectada com a realidade e com grande
embasamento. Ela nos convida a refletir sobre o exercício desse cargo que, de certa
forma, tem a capacidade de orquestrar todo o andamento pedagógico de uma escola.

Desejo a você, amigo do conhecimento, que essa leitura ajude a aumentar a sua
inspiração e seu entusiasmo com a área mais nevrálgica da nossa sociedade: a
educação. Que as nossas melhores energias estejam canalizadas para o desenvolvimento
social, moral e intelectual de nossa comunidade.

Boa leitura!

Professor Ademir Almagro


Foto: Reprodução
Coordenador pedagógico do município de Novo Horizonte

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Introdução

O trabalho realizado pelo coordenador pedagógico é extremamente valioso para a boa


manutenção do ambiente escolar. Seu papel de fazer a integração entre professores e
alunos por meio da criação de processos de ensino e aprendizagem é essencial,
mobilizando melhorias nas práticas pedagógicas da escola. Porém, é comum o
coordenador não conseguir organizar sua rotina de modo a focar nas ações pedagógicas
prioritárias e acabar se perdendo no dia a dia da escola, envolvido principalmente em
problemas de indisciplina, como comenta a especialista em Educação Infantil e Séries
Iniciais, Lidiane Cristina da Silva, em entrevista ao jornalista Kleiton Reis:

"Nós, Coordenadores Escolares, passamos a ser reconhecidos como “faz tudo”, pois além de auxiliar o
professor na construção e aplicação de seu planejamento, propor avaliações paralelas periódicas, desenvolver
os projetos na escola, precisamos assumir outras funções, como preencher registro de ocorrência de alunos e
professores, enviar bilhetes, dar advertências, redigir atas, cuidar da entrada tardia e saída antecipada dos
alunos, cobrar o uso do uniforme e vestimentas adequadas ao ambiente escolar, e, com tudo isso, o trabalho
pedagógico na sua essência fica adormecido."

Pensando nisso, nós da Associação QEdu criamos este material para dar luz à
importância do coordenador pedagógico dentro e fora do ambiente escolar. Também
apontaremos algumas estratégias para esse profissional explorar o máximo do seu
potencial, com dicas de como conduzir reuniões pedagógicas com professores e oferecer
ideias e sugestões sobre como auxiliar os professores a melhorar a prática de sala de
aula, com foco em garantir que os estudantes aprendam aquilo que têm direito de
aprender.

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O coordenador pedagógico e sua
função na escola
O coordenador pedagógico possui uma função estratégica na escola, atuando na
formação continuada dos professores no que diz respeito às questões pedagógicas. Ele
faz a mediação entre o currículo e os docentes, e também entre os pais da escola e os
professores.

Dentro da rotina da coordenação pedagógica, é importante organizar uma agenda que


garanta ao coordenador atuar em três frentes principais, as quais serão desdobradas nos
próximos capítulos:

1. auxiliando e acompanhando as ações pedagógicas do professor em sala de aula


por meio de observações planejadas;

2. planejando e conduzindo as reuniões pedagógicas na escola;

3. acompanhando o resultado das aprendizagens dos alunos por meio das


avaliações internas e externas.

Nesse cenário, o coordenador pedagógico não deve ser o profissional que somente
“apaga incêndios” nas escolas. O principal desafio do coordenador pedagógico é
conseguir lidar com as dificuldades do dia a dia, mas também pensar em ações de longo
prazo que possam agir na raiz do problema da instituição.

É preciso desenvolver alternativas para que o trabalho do coordenador pedagógico tenha


a função de prevenção, desenvolvendo projetos para esse fim e que esses estejam em
consonância com as reais necessidades da escola, pois só assim poderemos alcançar
níveis educativos cada vez melhores.

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O coordenador pedagógico pode formar sua equipe para lidar com situações
emergenciais e também na gestão de sala de aula, ajudando a criar um ambiente mais
favorável para a aprendizagem dos alunos. Este fato, inclusive, colabora para reduzir
casos de indisciplina na escola.

Nesse contexto, uma parceria sólida entre o coordenador pedagógico e o diretor escolar é
fundamental. O diretor precisa enxergar o coordenador como um agente de formação na
escola, garantindo que o dia a dia pedagógico aconteça de forma fluida e eficiente.

Ambos assumem o papel de líderes da aprendizagem na escola, com o compromisso de


colocar em prática o projeto político-pedagógico, sempre com foco no aprendizado dos
alunos.

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3
O coordenador pedagógico deve
observar a sala de aula?
Para o coordenador pedagógico, observar
a sala de aula é um dos momentos mais
críticos da função, pois pode haver a
impressão de que esse ato é uma tentativa
de controlar ou punir o trabalho do
professor. Porém, é preciso ressaltar que,
no contexto pedagógico escolar, a
observação é uma excelente estratégia na
Coordenadora pedagógica acompanhando a realização de uma aula
(Foto: Manuela Novais, para a revista Gestão Escolar) formação dos professores na escola, já que
ela contribui para levar o professor a uma
reflexão de sua prática e a buscar novas possibilidades de intervenções para a melhoria
do ensino.

Em entrevista ao jornal Estadão¹, a coordenadora de Educação Infantil na Fundação Maria


Cecilia Souto Vidigal, Beatriz Abuchaim, ressalta que "a atuação dos coordenadores
pedagógicos é essencial, uma vez que eles estão aptos a acompanhar a atuação dos
grupos de professores de uma unidade de maneira próxima e dialógica, tornando possível
alinhar, junto com os docentes, meios de modificação de seu trabalho junto às crianças e
jovens". Assim, essa proximidade, quando acontece através de observações organizadas
e com devolutivas construtivas, faz com que todos saiam ganhando - professores,
gestores e alunos.

Mas como fazer essa observação da melhor maneira? Reunimos aqui algumas dicas para
você:

1. Link da matéria:
http://educacao.estadao.com.br/blogs/de-olho-na-educacao/quatro-especialistas-apontam-desafios-para-a-implementacao-da-bncc/

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Antes da observação
• Defina o foco da observação. Ele deve ser centrado num ponto em que a escola
deseja investir, de forma prioritária. É importante que esse ponto seja um objetivo passível
de mudança e que a observação não fique centrada apenas na figura do professor.


• Compartilhe o planejamento da observação com os professores para que


saibam o que esperar da aula que será observada, escolhendo o melhor momento para
essa observação. Assim, é possível garantir que todos estejam na mesma página.


• Para reduzir barreiras, marque a data da observação em conjunto com o


professor, nas primeiras vezes. Aparecer de surpresa poderá gerar a impressão de
controle, supervisionamento e punição, o que prejudicará o resultado do encontro.


Durante a observação
• Tenha um roteiro para registrar as observações realizadas. Esse roteiro pode
seguir um padrão da sua escola ou pode ser ajustado para cada foco que se deseja
observar. É a partir desse roteiro que professores e coordenação irão se planejar para este
momento, instaurando um clima positivo, pois o que será observado não será uma
surpresa, mas algo combinado previamente entre as partes envolvidas no processo.


• Mantenha uma postura discreta, procurando não interferir na aula que está
acontecendo. Os registros devem se ater ao foco combinado e às evidências que
indiquem o que de fato aconteceu, evitando as inferências e distrações que prejudiquem
o trabalho.

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Depois da observação
• Prepare e realize uma devolutiva da aula observada, mas tenha cuidado para
que esse momento não seja apenas informativo mas também formativo para o professor.


• Marque uma reunião presencial de devolutiva com o professor, pois é o


momento em que ele será convidado a refletir sobre a sua prática. É nesse momento que
o coordenador vai aproximar os conteúdos das formações com as ações pedagógicas
desenvolvidas em sala de aula, cumprindo, ao lado dos professores, seu papel de
parceiro mais experiente, que poderá contribuir para a reflexão da prática e gerar as
mudanças necessárias que influenciarão positivamente no aprendizado dos estudantes.


Algumas dicas para esse momento:

1. Não inicie a conversa apresentando tudo o que registrou. Procure a melhor forma de
comunicar os resultados de sua análise de uma maneira que levará o professor a refletir
sobre a aula observada.

2. Faça uso de paráfrases, que consiste em dizer, com suas próprias palavras, o que disse
outra pessoa, com o objetivo de verificar se houve entendimento do que o outro falou.
Veja alguns exemplos:

Pelo que entendi, você … É isso mesmo?

Então você quer dizer que isto aconteceu porque… ?

Deixe eu ver se ficou claro. O objetivo da aula era…?

3. Faça perguntas esclarecedoras, pois elas permitem ter uma imagem nítida de uma
situação específica apresentada ou de uma ideia, sem fazer juízo de valor ou
generalizações. Veja esses exemplos:

Por que só um aluno da dupla estava com a folha da atividade? O que você pretendia com esta estratégia?

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Qual foi o seu objetivo ao solicitar que os alunos numerassem os parágrafos do texto?

Por que o aluno X estava fazendo a atividade individualmente?

4. Faça perguntas de sondagem, que tem como principal objetivo levar a pessoa
diretamente envolvida na ação a refletir sobre o ocorrido e pensar em possíveis
encaminhamentos. Ela estimula a reflexão e tira a obrigação de quem observou de
responder a tudo e passa esta tarefa para quem foi observado. Neste primeiro
momento, essa conversa irá ajudar o coordenador a esclarecer aquilo que ele observou
e poderão então fazer uma discussão pautada no que foi observado e nos
esclarecimentos do professor. Por exemplo:

O que você sugere para melhorar esta situação?

Que outra estratégia poderia ser utilizada para que isso não acontecesse?

Para finalizar, faça os encaminhamentos juntamente com o professor e sugira algumas


ações. Registre esses encaminhamentos e dê uma cópia ao professor para que ele possa
planejar suas ações pautadas no que discutiram buscando qualificar a sua prática.

No próximo capítulo, vamos aprofundar esse tema e passar para você os 7 passos
essenciais para o coordenador pedagógico realizar uma reunião construtiva, eficiente e
formativa com os professores de sua escola.

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4
Os 7 passos para o coordenador pedagógico
planejar reuniões com professores

Após a observação do trabalho


do professor em sala de aula, ou
no intuito de debater o resultado
de avaliações aplicadas e
atividades pedagógicas
previamente realizadas, o
coordenador pedagógico deve
marcar uma reunião de
devolutiva. Este momento é muito
rico e se torna um espaço de Coordenadora pedagógica de Barueri conduzindo uma reunião onde apresenta aos professores o
resultado de avaliações aplicadas com o QEdu Provas. (Foto: Associação QEdu)

estudo e reflexão da própria


prática educacional.

É comum que, nestes momentos, também aconteçam transmissões de recados ou


solicitação de demandas administrativas, as quais podem não ser prioritárias para a
evolução do trabalho pedagógico. Porém, os momentos de reunião pedagógica devem
ser priorizados para estudo e reflexão da prática, incluindo momentos de planejamento
coletivo, em que os professores podem trocar experiências e ideias para desenvolver as
melhores estratégias para garantir o aprendizado dos estudantes.

Estes momentos devem, então, ser potencializados por meio de uma pauta formativa que
leve os professores a refletirem e avançarem em suas aprendizagens. Confira algumas
estratégias para a construção e execução dessa pauta.

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1. Mapear necessidades formativas
Qualquer formação continuada, para ser eficiente, precisa atender às especificidades da
realidade escolar. Para descobrir quais são as necessidades de formação, o coordenador
pedagógico pode passar questionários aos professores, fazer observações em sala de
aula, analisar os resultados dos alunos indicando os conteúdos mais críticos a serem
focados na aprendizagem e que podem ser os mais vulneráveis na formação do docente.

Com esses dados em mãos, a escola pode organizar o seu projeto de formação para o
ano todo, compartilhando-o e validando-o com todo o grupo.

2. Definir o objetivo do encontro


Ter claro o que será feito durante a reunião é essencial para conduzi-la de maneira que
seja produtiva. Assim, é preciso também definir até onde se espera que os participantes
avancem, quais materiais serão necessários para a realização da reunião e em qual
espaço acontecerá, de modo que favoreça as discussões propostas de acordo com a
metodologia escolhida.

Se estamos falando de uma reunião com objetivo formativo, não cabe elaborar uma aula
expositiva sobre os conteúdos propostos; o ideal é planejar uma sequência de atividades
que ajudem os participantes a avançarem no seu conhecimento sobre o que está sendo
discutido.

3. Ler um texto em voz alta para os professores


É um momento introdutório que colabora para a formação do professor-leitor e a
ampliação do seu repertório. Isso irá contribuir também para que seja um modelo para os
seus alunos.

4. Investigar os conhecimentos prévios do grupo sobre o tema


Saber exatamente o que os professores conhecem sobre o tema é essencial para que a
formação seja eficiente, pois assim será possível nortear o estudo do tema a partir das
discussões e dúvidas levantadas pelos próprios docentes.

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5. Traçar momentos de reflexão para ampliação do conteúdo
Neste momento, o coordenador precisa propor questões que levem às reflexões que
deseja promover; para isso, pode lançar mão de textos que podem colaborar para
embasar teoricamente o assunto ou vídeos que possam trazer à tona a discussão
pretendida.

6. Tematizar a prática de sala de aula


As reuniões podem conter trechos de vídeos de uma aula ou registros escritos bem
detalhados que possam provocar reflexões com base em cenas do vídeo ou trechos dos
registros. É preciso também pensar as pausas estratégicas para chamar a atenção do
grupo para pontos relevantes de acordo com o conteúdo da formação.

7. Reorganizar os saberes e sintetizar as aprendizagens


Depois de tantos conteúdos e reflexões, é preciso sistematizar as ideias discutidas
durante a reunião com propostas de encaminhamentos que ajudem a levar para a prática
os aprendizados gerados durante o encontro. Este momento é importante pois mostra ao
grupo que as reflexões não são apenas teóricas, mas que consideram suas práticas em
sala de aula e como melhorá-las, propondo ações que as qualifiquem.

O coordenador pedagógico, nesta hora, pode ajudar os professores a criar uma lista de
tarefas a serem realizadas, contendo apenas 3 elementos:

1. Descrição do que precisa ser feito (começando sempre no imperativo, para gerar a
noção de ação);

2. Prazo para a tarefa ser realizada;

3. Responsável pela tarefa.

Essa lista ajudará a organizar o que precisa ser feito baseado nos aprendizados
adquiridos na reunião, além de garantir que, na próxima reunião, seja possível avaliar o
que foi realizado e se as tarefas obtiveram o resultado desejado.

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Exemplo:

Descrição da tarefa Prazo Responsável

Criar atividade extracurricular para reforçar o ensino de


17/02 Jaqueline
frações para o 5º ano
Planejar calendário de atividades de reforço em Março
28/02 Márcio
baseado no resultado das avaliações de Fevereiro

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5
O papel do coordenador pedagógico
nas avaliações de aprendizado
Nas páginas anteriores, destacamos o papel do coordenador pedagógico no
acompanhamento do trabalho dos professores, por meio de observações das aulas com
devolutivas construtivas e na condução de reuniões formativas com os docentes. Além
disso, o coordenador pedagógico possui outra função importantíssima: acompanhar o
desempenho dos alunos, garantindo que eles aprendam aquilo que têm direito de
aprender e ajudando os professores a ajustar metodologias de ensino que contribuam
para este aprendizado.

Para isso, aferir o aprendizado dos alunos é essencial para que os gestores das escolas
atuem de forma mais assertiva e para que os professores façam intervenções que levem
os alunos a avançarem em seu processo de aprendizagem. Com esse intuito, é preciso
que cada escola tenha clareza de quais são as expectativas de aprendizagem para cada
ciclo. Reunimos aqui três dicas de como o coordenador pedagógico pode avaliar o nível
de aprendizado dos jovens e saber se as ações propostas estão sendo efetivas.

1. Faça uma avaliação institucional


Para acompanhar o processo de ensino e saber se as expectativas de aprendizagem
foram alcançadas, uma avaliação institucional da escola é um ótimo recurso. A avaliação
institucional serve para que o coordenador pedagógico tenha um olhar em alto nível sobre
a escola e gera elementos para que, no dia das reuniões, possa ter propostas concretas
para discutir com o grupo, assumindo o papel de quem orienta e apoia o professor neste
processo.

A avaliação deve ser feita em conjunto com os professores, de modo que ela se baseie
nas expectativas de aprendizagem para determinado ano e para que se tenha um

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parâmetro sobre como os alunos estão em relação a essas expectativas, independente do
que o professor já tenha trabalhado.

A avaliação institucional precisa servir como um guia para toda a escola estar ciente dos
objetivos pedagógicos e das expectativas de aprendizagem de cada ciclo, de forma a
orientar as próximas ações e auxiliar no acompanhamento pedagógico.

2. Tenha um instrumento de monitoramento


Com um instrumento de monitoramento, o coordenador pedagógico poderá acompanhar
os resultados e observar de forma sintetizada o desempenho de cada turma da escola.
Essa síntese permite que se obtenha um panorama geral da escola e que seja possível
analisar os resultados para saber quais as melhores estratégias e ações.

Uma gestão baseada em resultados


faz com que o trabalho da equipe
esteja mais focada onde realmente
deve estar: na aprendizagem dos
alunos; além disso, se baseia em
situações e condições concretas e
não em “achismos” que muitas vezes
acabam desviando a equipe das
reais causas dos problemas.

Veja ao lado um pequeno exemplo


apresentado no programa Formar,
realizado pela Fundação Lemann,
que mostra como podemos ter uma
síntese dessas aprendizagens para o
monitoramento das ações na escola:

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Com esse instrumento, é possível observar, por meio das cores, que na linha horizontal
temos o rendimento dos alunos, permitindo perceber se eles já avançaram com relação
aos conteúdos e se precisam de maiores desafios; já nas linhas verticais é possível
verificar quais os conteúdos que precisam ser mais aprofundados em sala de aula.

Na comparação dos meses de março e agosto, é possível observar que existem dois
momentos diferentes da avaliação. No primeiro, percebe-se que as habilidades
relacionadas à localização de informações implícitas no texto era uma dificuldade da
maioria dos alunos, enquanto que o segundo mostra que essa dificuldade foi superada
por boa parte deles.

Com estas informações em mãos fica mais fácil para o coordenador sugerir e planejar os
momentos formativos na escola, pois esse mapeamento demonstra também onde o
coordenador pedagógico precisa atuar de maneira mais propositiva para trazer elementos
que possam contribuir com a formação do professor e, assim, melhor trabalhar com
essas habilidades em sala.

3. Fique atento a indicadores externos


Neste papel de olhar a escola em um
alto nível, o coordenador também
precisa estar atento aos indicadores
externos, como o Ideb e seus
componentes (fluxo ou rendimento e
aprendizado ou proficiência).

Eles não substituem as avaliações


internas, pois não indicam o que cada
aluno precisa melhorar, mas sim Recorte da tela “Explore” do Portal QEdu, apresentando o nível de aprendizado adequado
em Português do 5º ano (Foto: Reprodução)
como está cada escola em relação às
habilidades avaliadas, comparando-a com outras em todo o Brasil, dando parâmetros
para que a escola saiba o quanto está avançando em relação a ela mesma e em relação
às outras de sua região ou do país.

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Outra ferramenta do QEdu que
traduz os resultados da Prova
Brasil em informações
pedagógicas é o QEdu Redes.
Nela, é possível acessar o
desempenho da rede e da
escola em cada tópico e
descritor da matriz de referência
da Prova Brasil. Assim, é
possível ter informações mais
precisas de quais melhorias
pedagógicas precisam ser feitas
Resultado dos anos iniciais, em português, a partir dos tópicos da matriz de referência da Prova Brasil.
pela escola, impactando (Foto: Reprodução)

positivamente o aprendizado
dos estudantes.

É importante o coordenador pedagógico se apropriar desses dados para que possa


analisar os resultados de sua escola e busque entender o que levou àquele resultado,
procurando novas estratégias que possam revertê-lo e superá-lo a cada ano. No Portal
QEdu, os dados de Ideb, Fluxo e Aprendizado são apresentados em detalhes para
permitir ao coordenador planejar os momentos formativos na escola com base nestas
informações, instrumentalizando o professor para o uso de novas estratégias em sala de
aula.

Dessa forma, com base em dados, em evidências, o coordenador poderá fugir do papel
de ‘bombeiro’, que passa a maior parte do tempo ‘apagando incêndio’, para que possa
agir na causa dos problemas, garantindo a aprendizagem de seus alunos e,
consequentemente, a melhoria dos indicadores de sua escola.

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6
Conclusão

Criamos este material para ajudar na qualificação do debate sobre a importância do


coordenador pedagógico para o ambiente escolar. Seu papel de auxiliar na ampliação da
qualidade do ensino é inestimável para que nossas crianças e jovens aprendam o que
precisam aprender.

Repensar a atuação deste profissional, que muitas vezes fica preso às burocracias
escolares ou lidando com questões que não são prioritárias, é uma das formas de garantir
o bom funcionamento escolar, além de contribuir para a redução dos índices de evasão
escolar e dos casos de indisciplina.

Esperamos que as dicas de ações contidas neste livro digital melhorem a prática dos
coordenadores pedagógicos ao oferecerem feedbacks aos professores, nas conduções
das reuniões pedagógicas e na metodologias de avaliação do aprendizado dos
estudantes.

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Ficou com alguma dúvida? Quer sugerir alguma outra pauta sobre este ou outro tema?
Não hesite em entrar em contato conosco! Estamos disponíveis pelo e-mail
ajuda@qedu.org.br.

Bom trabalho!

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Sobre a Associação QEdu

A Associação QEdu é uma startup de tecnologia que tem como missão ajudar a melhorar
a educação brasileira por meio do uso de tecnologia e dados.

Nós acreditamos que, se queremos de fato transformar a educação do nosso país, temos
que focar onde estão a maioria dos estudantes: a rede pública! Por isso, nossos produtos
são construídos para servir as secretarias de educação e suas respectivas escolas.

Para atingir nossa missão, temos duas famílias de produtos:

Portal QEdu (www.qedu.org.br)


Lançado em novembro de 2012, o Portal QEdu é hoje a maior plataforma de dados
educacionais do Brasil. Ao indexar os principais indicadores da educação brasileira, o
Portal oferece visualizações claras e rápidas para que qualquer cidadão possa entender,
em poucos cliques, como está a situação de uma determinada escola, cidade ou estado.

Além disso, nós oferecemos conteúdos sobre educação por meio do nosso Blog e
também da Academia QEdu, além de um painel de dados exclusivo para os gestores
públicos, o QEdu Redes.

QEdu Provas (provas.qedu.org.br)


Atualmente, as avaliações de rede (aquelas comuns a todas as escolas, feitas a cada 3-4
meses) são extremamente caras, complexas e consomem muito tempo para serem
executadas. Consequentemente, muitas cidades acabam por deixar de aplicar esse
importante instrumento ou então arcam com toda a dificuldade e custos de realizar essas
avaliações.

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Para resolver esse problema, criamos no início de 2017 o QEdu Provas, uma ferramenta
online para aplicar avaliações de rede nas escolas públicas brasileiras. Mais do que
aplicar provas, a ferramenta ajuda os gestores ao apoiar o processo de elaboração das
provas e fornecer relatórios de devolutivas pedagógicas claros, específicos, e que ajudem
a tomada de decisão da rede.

Para nós no QEdu, sucesso acontece quando mais estudantes aprendem aquilo a que
têm direito. Isso pode parecer algo banal, mas, de acordo com dados da Prova Brasil de
2015, menos de 15% das crianças deixam o Ensino Fundamental aprendendo aquilo que
deveriam em matemática, por exemplo.

Nós acreditamos que é possível mudar essa realidade e, por isso, trabalhamos com um
time jovem, sonhador, comprometido e dedicado em prol da nossa missão!

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