A palavra Pardes em hebraico (pomar; jardim) é de origem Persa e aparece várias vezes na Bíblia.
Pardes tanto se refere ao método exegético como a lenda dos quatro que entraram no Pardes (jardim;
paraíso).
No comentário impresso ao lado do texto do Talmude, Rashi diz que Ben Azzai morreu olhando para
a Presença Divina. O mal de Ben Zoma foi perder sua sanidade. "Cortar as plantações" de Acher no
pomar refere-se a tornar-se um herege a partir da experiência. Acher significa "o outro", e é o termo
talmúdico para o sábio Elisha Ben Avuyá. Aquiba, em contraste com os outros três, tornou-se a
principal figura rabínica da época.
Abro um parêntese para citar o Apostolo Paulo em seu testemunho sobre o Cabalista Rabino Akiva
Ben Yosef, Paulo cita em Atos 22:3 o mestre Gamaliel.
“Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cicília, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel,
instruído conforme as verdades da Torá de nossos Pais, zelador de Deus, como todos vós hoje são”.
Gamiliel há Zaken ou Rabban Gamaliel o Ancião foi uma das principais autoridades do Sinédrio no
inicio do século I, o capitulo 5 dos Atos dos Apóstolos fala de Gamaliel como um homem, com
grande estima por todos os judeus, que admoestou para que não condenar os apóstolos de Jesus.
“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro Céu. E sei que tal
homem foi arrebatado ao Paraiso, e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é licito falar”.
Vital também explica que todos os problemas de Adam ha Rishon ─ a alma coletiva que todos
compreendem ─ originam-se em não se conhecer Cabala. Em suas palavras, “Foi explicado… que o
pecado de Adam ha Rishon (embora Cabalistas se refiram a esse pecado como um “erro”, não como
um ato deliberadamente malicioso) foi que ele não escolheu se envolver na Árvore da Vida, que é a
sabedoria da Cabala”.
Adão é um em frente quatro segundo a teoria da cabala, foneticamente a letra Ain hebraico é muda
assim como o Aleph, no nome Adão em hebraico o Aleph está à frente de Dalete, a quarta letra que
simboliza os quatro rios, e a letra Mem final 600, que simboliza as seis operações da Criação
Bereshith, ou as 600.000 mil raízes de almas contidas no corpo de Adão, vide livro de Êxodo 12:37.
Toda a estrutura do Éden esta baseada nesta proporção 1 para 4, onde Adão foi colocado no centro
dos quatro rios no Oriente (Qédem) no hebraico a raiz de Qadmon.
Aqui nos vale a pena ressaltar a diferença entre o Adão Primordial ou Original conhecido como
Qadmon e o Adão edênico conhecido cabalisticamente como Rishon o primeiro homem, lembrando
que o Ser Primordial emanado por Deus é referenciado na Cabala pelo Sefira Kether, enquanto que o
Adão Rishon pela Sefira Oculta Daath.
ELIPHAS LEVI:
Segundo o nosso mestre Eliphas em seu livro a Ciência dos Espíritos temos as seguintes citações:
Palavras segundo o mestre na sua obra Tableau Natural, Novo Homem, Dos erros e da Verdade:
“As virtudes móveis superiores são postas em ação de maneira mais sensível pelos sete astros
planetários”
“As sete árvores da escala geográfica do homem, são elas órgãos do número quaternário, cuja
força esta representada pelas espécies de astros, Planetas, Cometas, Satélites e Estrelas
Fixas”.
“As sete portas da Ciência abrir-se à para quem possui a dupla chave quaternária”
“Os quatro rios no novo homem, correspondem à invocação do nome do Salvador, do
Salvador em nome da lei, da Lei em nome da fé e da Fé através das obras, estas fontes estão
subdivididas em sete fontes sacramentais, sete colunas do templo interior, em que a alma do
homem é a pedra de sustentação, conforme descrito no Éden havia sete árvores, com
dezesseis galhos cada e quatrocentos e noventa raízes”.
“A árvore da vida não é senão o chefe demoníaco, a árvore da vida do mal por uma
eternidade”.
“O fruto é a impressão do mau pensamento, pensamento demoníaco no homem”.
JACOB BOEHME