SOBRAL - 2009
Víctor Silva Rodrigues
Sobral - 2009
Víctor Silva Rodrigues
Orientador_____________________________________________
Prof. Esp. Thiago Tavares Soares (UVA)
1º Examinador__________________________________________
Prof.: .. ............................................................ (UVA)
2º Examinador__________________________________________
Prof.: ............................................................... (UVA)
Coordenador do Curso
____________________________________
Prof. Esp. Adalberto Pereira da Silva
Dedico este trabalho a todos os educadores que trabalham
com o jogo na sua docência e fazem do mesmo um meio para
formar seres humanos críticos e participativos na sociedade.
A todas as crianças que merecem conhecer e vivenciar um
grande repertório de jogos.
Agradeço a Deus, criador de tudo, por me iluminar nessa
caminhada.
À minha família, aos meus pais por me darem a primeira
educação e em especial a minha mãe, Maria Luiza, a qual
sempre me orientou para não desistir dos meus ideais.
Aos professores Luiz Carlos da Silva Júnior e Thiago Tavares
Soares, que me orientaram nesse trabalho. E a todos os outros
professores do curso.
A um grande amigo, Rogers Mendes, o qual acreditou e
sempre me incentivou.
À minha namorada, Iara Lima, por suportar meus momentos de
estresse, mas acabava compreendendo.
E a todos os colegas da turma, que por quatro anos estivemos
juntos. Em especial ao Francisco Neto, Cícero Oliveira, Bruno
Soares, Margarida Oliveira, João Wagner de Vasconcelos,
Bruno Aquino, Emílio, Antônia Leidiane, Geilson, Eliane,
Daniele de Paula entre outros.
RESUMO
This thesis aimed to investigate the values developed in the engine dimensions,
emotional, social and cognitive development of the student through the game
systematized in school, differentiating it from outside the school or better, making
both the student will understand the value in these games played out for them. And
the school should be the place for the understanding of it. Thus, we made a literature
search in various written documents left by others to seek to identify the origin and
evolution of the game in education. His relationship with the development and
student learning and the importance of work in schools as a different methodology
from the traditional teaching that monotonous, where students just absorbs with no
reciprocity between teacher and student, which can be deployed beginning for us,
physical educators and who knows, after the rest of the teachers in the institution in
which we work, which in this case is the school. To develop this work were used
authors as Jean Piaget, Lev Vygotsky, Henri Wallon, João Batista Freire, Johan
Huizinga, Colas Duflo, among others, contextualizing it the same. The research
concluded that the game can develop large amounts in various dimensions, but it
needs to be better understood by educators as a whole for a real educational work.
Where the same form in children and adolescents an adult participatory, critical and
reflective on the issues pertaining to their social environment. To do so this method
should be well planned and targeted, otherwise the different methodology will not
happen.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................08
1.2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................09
1.3 OBJETIVOS.........................................................................................................10
1.3.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................10
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................10
5 METODOLOGIA.....................................................................................................39
6 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS..............................................................................40
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................41
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
(...) o jogo não é mais considerado como uma atividade menor e para os
menores que não mereceria a atenção do homem de bom senso. Ao
contrário, o jogo deve ser estudado, porque oferece um espaço privilegiado
no qual se exerce a inteligência humana, por duas razões diferentes e
complementares. Por um lado, há o prazer, que é um incentivo formidável
(...) Por outro lado e, sobretudo, no jogo, o espírito se exerce livremente,
sem o constrangimento da necessidade e do real, oferece condições puras
de exercício de engenhosidade (DUFLO, 1999, p. 25).
Kant, segundo Duflo (1999), em seu livro “Reflexões sobre educação” opõe-
se a Rousseau em muitos pontos; porém é um outro pensador que encontrou no
jogo qualidades além que o simples divertimento. Para Kant os jogos das crianças,
por exemplo, representam um insubstituível lugar de uma auto-aprendizagem, ou
seja: “Em seus jogos, as crianças se submetem livremente às regras que escolhe
(...) Por meio do jogo, a criança aprende a coagir a si mesma, a se investir em uma
atividade duradoura, a conhecer e desenvolver as forças de seu corpo”. (DUFLO,
1999, p. 57).
Todos esses pensadores dão sustentação ao surgimento do movimento da
“Escola Nova”, principalmente com Froebel no século XIX. Eles passam cada vez
mais a sistematizar o jogo na educação.
(...) é com Froebel que o jogo, entendido como objeto e ação de brincar,
caracterizado pela liberdade e espontaneidade, passa a fazer parte da
história da educação infantil (...) Embora Froebel, em sua teoria, enfatize o
jogo livre como importante para o desenvolvimento infantil, mesmo assim
introduz a ideia de materiais educativos, os dons, como recursos auxiliares
necessários à aquisição de conhecimento, como meio de instrução
(KISHIMOTO, 1998, p. 16).
Os jogos podem ter uma flexibilidade maior nas regulamentações, que são
adaptadas em função das condições de espaço e material disponíveis, do
número de participantes, entre outros. São exercidos com um caráter
competitivo, cooperativo ou recreativo em situações festivas,
comemorativas, de confraternização ou ainda no cotidiano, como simples
passatempo e diversão. Assim, incluem-se entre os jogos as brincadeiras
regionais, os jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua e as brincadeiras
infantis de modo geral (PARÂMEROS CURRICULARES NACIONAIS, 1998,
p. 70).
Segundo Freire (1997), entre as múltiplas funções cumpridas pelo jogo,
destaque-se uma muito especial. Diante de uma situação nova, para adaptar-se o
sujeito exercita aquilo que já aprendeu. Na prática, todavia, não é possível separar
adaptação de jogo, pois enquanto brinca a criança aprende incessantemente.
Percebesse que na atualidade muitos educadores vêm a trabalhar com essa união
de educativo e lúdico para buscar um desenvolvimento e aprendizagem da criança.
O uso dos jogos pode auxiliar todo esse processo, tanto no aspecto
cognitivo quanto no aspecto afetivo. É nesse espaço de interação que a
aprendizagem irá ocorrer, o sucesso escolar está na realização de um trabalho com
prazer.
Jogar em sala de aula proporciona momentos ricos em interação e
aprendizagem, auxiliando educadores e educandos no processo de ensino e
aprendizagem. O conhecimento é a apropriação do objeto de conhecimento, através
das constantes interações entre criança, meio e objeto de conhecimento. Portanto, é
no jogo que se cria, antecipa e inquieta, assim, transforma-se, levanta-se hipóteses
e traça estratégias para a busca de soluções.
No jogar o desejável passa a ser algo obtido através da sua imaginação na
qual o abstrato se concretiza e resulta no processo de construção do conhecimento.
As situações de jogos atuam no imaginário e estabelecem regras, o que proporciona
desenvolvimentos na medida em que impulsionam conceitos e processos em
desenvolvimento.
Analisamos então, os jogos como estratégia de ensino, na qual ao agir a
criança projeta seus sentimentos, vontades e desejos, buscando assim a afetividade
na aprendizagem. Acreditamos que os jogos podem também resgatar o desejo pela
busca de conhecimento e tornar a aprendizagem prazerosa, na qual a criança passe
a gostar cada vez mais de aprender.
Que fique bem claro neste trabalho que nada tenho contra o sistema
educacional, mas que me angustio de saber que em pleno século XXI, ainda não
deixamos a metodologia do ensino tradicional. Ensino esse que o professor fala e
aluno apenas ouve, sentados em suas cadeiras e quietos.
Talvez seja por isso que a Educação Física torne-se a aula predileta dos
alunos, pois é nesse momento em que eles libertam-se de suas privações motoras
(correr, saltar, pular, girar, etc.) e passam adquirir liberdade para expressar suas
habilidades, emoções, condutas, relações e vivências, através de práticas
previamente elaboradas e orientadas.
Sabemos que os jogos sempre estiveram presentes em várias culturas. Mas
que por muito tempo foi rejeitado pelas instituições educacionais.
Incluir o jogo, como ele é, na escola, é trazer para o ambiente escolar a vida
em estado puro. Que belas lições de vida podem ter nossos alunos quando jogam.
Que rica oportunidades essas crianças perdem, porque alguns educadores
acreditam que quando a criança está sentada e quieta aprende mais que quando
está jogando. Freire (2002), nos alerta quanto ao valor do jogo na escola:
O termo conteúdos atitudinais engloba uma série de conteúdos que por sua
vez podemos agrupar em valores, atitudes e normas. Cada um destes
grupos tem uma natureza suficientemente diferenciada que necessitará, em
dado momento, de uma aproximação específica.
1. Entendemos por valores os princípios ou as ideias éticas que permitem
às pessoas emitir um juízo sobre as condutas e seu sentido. São valores: a
solidariedade, o respeito aos outros, a responsabilidade, a liberdade, etc.
2. As atitudes são tendências ou predisposições relativamente estáveis das
pessoas para atuar de certa maneira. São a forma como cada pessoas
realiza sua conduta de acordo com valores determinados. Assim, são
exemplos de atitudes: cooperar com o grupo, ajudar os colegas, respeitar o
meio ambiente, participar das tarefas escolares, etc.
3. As normas são padrões ou regras de comportamento que devemos seguir
em determinadas situações que obrigam a todos os membros de um grupo
social. As normas constituem a forma pactuada de realizar certos valores
compartilhados por uma coletividade e indicam o que pode ser fazer e o que
não pode se fazer neste grupo.
FREIRE, João Batista. O jogo: entre o riso e o choro. Campinas, SP: Autores
associados, 2002.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1996.K
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 4. ed. São
Paulo: Perspectiva, 1999.
VERÔNICA, Silvana; FREIRE, João Batista (orgs.). O jogo dentro e fora da escola.
Campinas, SP: Autores Associados, 2005.