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LEI DAS CALÇADAS


DE GOIÂNIA
PLC 2014
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PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIÂNIA

PAULO DE SIQUEIRA GARCIA


Prefeito de Goiânia

OSMAR MAGALHÃES
Secretário do Governo Municipal e de Relações Institucionais

ANDREY SALES DE SOUZA CAMPOS ARAÚJO


Secretário Municipal da Casa Civil

PAULO CÉSAR PEREIRA


Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável

CIDINHA SIQUEIRA
Secretária Municipal de Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida
Presidente da Comissão Técnica Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CTPAI)

ALESSANDRA ARAUJO
Coordenação Geral

ALEX GARCIA CYSNEIROS DE OLIVEIRA


ANA DÉBORA LOPES DA SILVA
ANA PAULA ARAUJO ROCHA ASSIS
BENJAMIN KENNEDY MACHADO DA COSTA
BIANCA MAGACHO BARCELLOS
CHERLESTON VEIGA GLÉRIA
DÉBORA DE SOUZA PIRES PIMENTEL
EDSON GOMES BARBOSA RIBEIRO
GIOVANA LACERDA JACOMINI
HELIZÂNGELA ALVES DO NASCIMENTO VIEIRA
HILDELENE MARIA SANTOS
IVANILDE MARIA DE REZENDE ABDALA
LEANDRO GEORGES DE PAULA
LUCIANA JOYCE HAMER
NILTON CÉSAR PINTO
SARAH RASSI ALMEIDA
SONIA APARECIDA DE SOUZA
Membros da Comissão Técnica Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CTPAI)

HANS LATINON TORRICO SALAZAR


Desenhos Técnicos
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SUMÁRIO

TÍTULO I
DAS CALÇADAS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Seção I
Dos Princípios
Seção II
Das Definições

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO, CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DA CALÇADA
Seção I
Disposições Gerais
Seção II
Da Faixa de Serviço
Seção III
Da Faixa Livre
Sessão IV
Da Faixa de Acesso
Seção V
Da Implementação do Mobiliário Urbano e Equipamento de Infraestrutura
Seção VI
Dos Postos de Combustíveis

CAPÍTULO IV
DA ARBORIZAÇÃO

CAPÍTULO V
DAS CALÇADAS ANTIGAS E DAS SITUAÇÕES ATÍPICAS
Seção I
Das Calçadas Antigas
Subseção I
Disposições Gerais
Subseção II
Da Adequação Das Calçadas Antigas
Seção II
Situações Atípicas
Subseção I
Disposições Gerais
Subseção II
Calçadas em terrenos acidentados
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Subseção III
Calçadas em bens tombados ou acautelados

TÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO, DOS PROCEDIMENTOS, DAS INFRAÇÕES E
DAS PENALIDADES

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E
DAS PENALIDADES E DOS PROCEDIMENTOS

Seção I
Da Fiscalização
Seção II
Das Infrações
Seção III
Das Penalidades
Seção IV
Da Notificação, Notificação Por Hora Marcada e Notificação/Orientação
Subseção I
Da Notificação
Subseção II
Da Notificação por Hora Marcada
Subseção III
Da Notificação/Orientação
Seção V
Do Embargo
Seção VI
Da Apreensão e do Lacre, Do Termo de Desobstrução/Remoção, Da Determinação
de Retorno à Situação Original
Subseção I
Da Apreensão e do Lacre
Subseção II
Do Termo de Desobstrução/Remoção
Subseção III
Da Determinação de Retorno à Situação Original

TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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GABINETE DO PREFEITO

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº ______, DE __ DE ______ DE 2014.


Dispõe sobre a construção, modificação,
reconstrução, adaptação, reconstituição,
reparo e manutenção, implementação de
mobiliário urbano e equipamento urbano
de infraestrutura e outras intervenções
nas calçadas no Município de Goiânia, e
dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA APROVA E EU SANCIONO A


SEGUINTE LEI:

LEI DAS CALÇADAS

TÍTULO I
DAS CALÇADAS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Seção I
Dos Princípios

Art. 1º A construção e a manutenção das calçadas, bem como a im-


plementação de mobiliário urbano e equipamento urbano de infraestrutura, e o plan-
tio de vegetação, dentre outras intervenções nas calçadas, devem atender aos se-
guintes princípios:

I- acessibilidade: garantia de mobilidade para todos os usuários, principalmen-


te para as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, possibilitan-
do rotas acessíveis, concebidas e realizadas de forma contínua e integrada
por convenientes conexões entre destinos, incluindo: as edificações, espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos e elementos;
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II- segurança: as calçadas, caminhos e travessias deverão ser projetados e im-


plantados de forma a não causar riscos de acidentes, minimizando-se as in-
terferências decorrentes da instalação do mobiliário e equipamentos urbanos,
edificações, vegetação, sinalização, publicidade, tráfego de veículos e reali-
zação de obras, dentre outros;

III- desenho adequado: o espaço das calçadas deverá ser projetado e realizado
em conformidade com o desenho universal, respeitando-se o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB) e as especificações das demais normas pertinentes,
observando-se as características do entorno, principalmente ambientais, his-
tórico-patrimoniais, e do conjunto de vias com identidade local, contribuindo
na qualificação do ambiente urbano e na adequada geometria do sistema viá-
rio, visando o aproveitamento máximo pelos usuários;

IV- nível de serviço e conforto: garantir a qualidade no caminhar que o espaço


público oferece mediante a escolha da velocidade de deslocamento dos pe-
destres e a generosidade das dimensões projetadas, considerados os fatores
de impedância.

Seção II
Das Definições

Art. 2º Para efeito desta Lei define-se:

I- arborização urbana: é o conjunto de exemplares arbóreos que compõem a


vegetação localizada nos logradouros públicos: calçadas, canteiros centrais,
praças e parques;

II- calçada: parte da via normalmente segregada e em nível diferente da pista


de rolamento, reservada prioritariamente ao trânsito de pedestres, permitido
a passagem de veículos somente para acesso aos imóveis, e, conforme
previsto em lei, à implantação de equipamento e mobiliário urbanos, plantio
de vegetação e outros fins;
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III- calçada antiga: aquela cuja construção tenha sido concluída antes da
aprovação desta Lei;

IV- calçamento: sistema de piso horizontal ou inclinado composto,


preferencialmente, de camada de contrapiso e camada de acabamento,
destinado a estruturação de área apropriada ao trânsito de pessoas na
calçada;

V- construção da calçada: intervenção na área da calçada que determina ou


altera os níveis e planos da sua superfície correspondentes ao seu
calçamento, ou revestimento com grama ou piso permeável, e a
incorporação de ajardinamentos, ou, excepcionalmente esteios ou floreiras
de proteção conforme os parâmetros desta Lei;

VI- desenho universal: aquele que visa atender à maior gama de variações
possíveis das características antropométricas e sensoriais da população;

VII- drenagem pluvial: sistema de sarjetas, bocas-de-lobo, grelhas e outros


elementos utilizados para a captação, coleta, condução e destinação de
água de chuva, desde a superfície até as galerias, córregos e rios;

VIII- edificações de uso público: aquelas administradas por entidades da


administração pública, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de
serviços públicos e destinadas ao público em geral;

IX- edificações de uso coletivo: aquelas destinadas às atividades de natureza


comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa,
social, religiosa, educacional, industrial e de saúde, inclusive as edificações
de prestação de serviços de atividades da mesma natureza;

X- edificações de uso privado: aquelas destinadas à habitação, que podem


ser classificadas como unifamiliar ou multifamiliar;

XI- equipamento urbano: todos os bens públicos e privados, de utilidade


pública, destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento
da cidade, implantados mediante autorização do poder público em espaços
públicos e privados;
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XII- equipamento urbano de infraestrutura ou equipamento de


infraestrutura: todos os bens públicos e privados, de utilidade pública,
destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da
cidade, implantados mediante autorização do poder público em espaços
públicos e privados, que compreendem os sistemas de: energia elétrica,
telecomunicações, água, esgoto, gás, captação e drenagem de águas
pluviais;

XIII- escadaria: passeios implantados em colinas, ladeiras ou outras inclinações,


onde se executam escadas ou patamares destinados ao tráfego de
pedestres, a fim de vencer acentuados ângulos de inclinação;

XIV- faixa de travessia de pedestre: sinalização transversal às pistas de


rolamento de veículos, para ordenar e indicar os deslocamentos dos
pedestres para a travessia da via;

XV- fatores de impedância: elementos ou condições que possam interferir no


fluxo de pedestres, tais como equipamentos urbanos de infraestrutura,
mobiliário urbano em geral, entrada de edificações e vitrines junto ao
alinhamento do lote, vegetação, entre outros;

XVI- logradouro público: o espaço livre, de uso público, reconhecido e


destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçadas, parques,
praças, áreas de lazer e calçadões;

XVII- manutenção da calçada: realização de reparos e pequenas obras na área


da calçada visando a eliminação ou correção de buracos, ondulações,
protuberâncias, partes quebradas, descontínuas, soltas ou desagregadas,
ou áreas deterioradas do seu calçamento, revestimento da sua superfície
ou das floreiras, bem como a conservação e a poda da vegetação rasteira e
ornamental existente nestas últimas e no ajardinamento;

XVIII- mobiliário urbano: todos os objetos, elementos e pequenas construções


integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados
conforme normas do poder público em espaços públicos e privados, tais
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como semáforos, postes de sinalização e similares, fontes públicas, bancas


fixas, pit-dogs e similares, lixeiras, telefones públicos, quaisquer outros de
natureza análoga;

XIX- passeio: parte da calçada com calçamento ou da pista de rolamento, neste


último caso, separada por pintura ou elemento físico, livre de interferências,
destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de
ciclistas;

XX- pedestre: pessoa que utiliza as vias, passeios, calçadas e praças públicas
a pé, de carrinho de bebê ou em cadeira de rodas, e ciclistas conduzindo
bicicleta na qual não esteja montada;

XXI- piso tátil de alerta ou direcional: piso caracterizado pela diferenciação de


textura e cor em relação ao piso adjacente, destinado a constituir alerta ou
linha guia, respectivamente, perceptível por pessoas com deficiência visual;

XXII- pista de rolamento: parte do logradouro público, normalmente utilizada


para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou
por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros
centrais;

XXIII- ponto de conflito: área da calçada onde o equipamento urbano de


infraestrutura aflorado, hidrante, arborização, ponto de ônibus ou rebaixo de
calçada regular, existentes, gerem o estreitamento da área de passagem do
pedestre em função da largura da calçada;

XXIV- rebaixo de calçada: rampa construída ou implantada na calçada, destinada


a promover a concordância de nível entre esta e a pista de rolamento,
incluindo obrigatoriamente o meio-fio, para permitir o acesso de pedestres
ou veículos;

XXV- rota acessível: trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, destinado ao


pedestre, que conecta os ambientes e espaços urbanos entre si e às
edificações, e que possa ser utilizado, de forma autônoma e segura por
todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência e mobilidade reduzida,
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sendo que a rota acessível externa pode incorporar estacionamentos,


calçadas, faixas de travessia de pedestres, rampas, dentre outros;

XXVI- sarjeta: parte das vias geralmente realizada em concreto, localizada junto
aos meios-fios, que funcionam como escoadouro para as águas pluviais;

XXVII- via: superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais,


compreendendo a pista de rolamento, a calçada, o acostamento, ilha e
canteiro central.

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 3º Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições desta Lei as


pessoas físicas e jurídicas de direito público e privado, sempre que houver interação
com a matéria nela regulamentada.

Art. 4º O disposto nesta lei aplica-se a construção, modificação,


reconstrução, adaptação, reconstituição, reparo e manutenção, bem como a
implementação de mobiliário urbano e equipamento urbano de infraestrutura e
outras intervenções nas calçadas no Município de Goiânia.

Parágrafo único. O disposto nesta lei aplica-se, no que couber, aos


passeios públicos.

Art. 5º Nos logradouros públicos, dotados de meio-fio, são obrigatórias


a construção e a manutenção da calçada, em toda a extensão das testadas dos
lotes ou unidades territoriais, nos termos desta lei, sob a responsabilidade dos
proprietários destas ou dos possuidores a qualquer título.

Art. 6º A construção da calçada, a implementação dos sistemas de


energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto, gás, captação e drenagem de
águas pluviais, e quaisquer outras obras, serviços e intervenções na calçada,
deverão possuir licença ou autorização prévia emitida pelo órgão competente do
Poder Público Municipal.
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§ 1º Ficam excetuadas do caput deste artigo as obras e serviços de


caráter emergencial para reparos e reestabelecimento de serviços essenciais, para
evitar colapso de serviço público ou risco à segurança.

§ 2º A manutenção da calçada nos termos definidos nesta Lei poderá


ser realizada sem prévia autorização do Município.

§ 3º A aprovação da calçada em processo de aprovação, modificação e


aceite de projeto de arquitetura junto à Prefeitura substitui a licença específica para
a construção da mesma.

§ 4º Somente poderão ser implementados nos logradouros públicos os


elementos ou instalações expressamente indicadas em norma legal do Município.

Art. 7º Os sistemas das concessionárias, permissionárias e


autorizatárias de serviços públicos poderão ser embutidos no solo, em qualquer área
da calçada ou outra parte do logradouro público, desde que atendidos os preceitos
desta Lei, as legislações específicas e os parâmetros determinados pelos órgãos
municipais competentes.

Art. 8º O estabelecido nesta Lei deverá ser atendido nas atividades e


procedimentos relativos:

I- ao licenciamento de projetos de arquitetura;

II- à regularização de edificações existentes;

III- à autorização de microrreforma;

IV- à emissão de Termo de Conclusão de Obra;

V- à emissão e renovação de Alvará de Localização e Funcionamento;

VI- à emissão de Alvará de Autorização Sanitária;

VII- à concessão pública de serviços de energia elétrica, telecomunicação, água e


esgoto, ou quaisquer outras que venham a proceder intervenções nas
calçadas;
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VIII- ao plantio de árvores.

Parágrafo único. A Prefeitura visando o interesse coletivo, poderá


estabelecer o cumprimento do disposto neste artigo para outros procedimentos e
atividades no âmbito da administração municipal.

Art. 9º No caso de realização de obra ou serviço por terceiro, de


caráter provisório ou definitivo, o responsável pela intervenção na calçada deverá
reconstruí-la ou restaurá-la imediatamente após o término da obra, conforme esta
lei, atendendo ainda, especificamente, os seguintes parâmetros na sua execução:

I- abranger toda a largura e extensão da calçada ao longo da intervenção;

II- realizar a reconstrução ou restauro do calçamento de acordo com as


especificações e forma originais, consideradas as adaptações necessárias a
esta Lei;

III- reconstituir as áreas com ajardinamento afetadas pelas obras;

IV- não ter saliências, depressões, remendos ou outros defeitos construtivos.

§ 1º Para efeito deste artigo entende-se como terceiro a pessoa que


não seja a proprietária ou possuidora a qualquer título do imóvel lindeiro à calçada.

§ 2º Nos casos em que a calçada esteja irregular, esta deverá ser


adaptada conforme o disposto nesta Lei.

§ 3º No caso de conflitos de interesses entre o responsável pela


reconstrução ou restauro da calçada e o proprietário do imóvel lindeiro, com relação
ao §2º deste artigo, fica a Prefeitura definida como mediadora.

§ 4º No caso de paralisação de obra ou serviço de que trata o caput


deste artigo a Prefeitura determinará o prazo para o cumprimento das exigências
legais.

Art. 10. Quaisquer danos à natureza, patrimônio público ou imóveis


lindeiros deverão ser objeto de obras ou procedimentos corretivos necessários à
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recomposição da situação anterior à obra ou serviço na calçada ou logradouro


público.

CAPÍTULO III
ORGANIZAÇÃO, CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DA CALÇADA

Seção I
Disposições Gerais

Art. 11. Na construção da calçada deverão ser atendidas as seguintes


exigências:

I- ser organizada em faixas conforme posição, função e demais parâmetros es-


tabelecidos nesta Lei;

II- ter inclinação longitudinal da sua superfície igual ao grade da pista de rola-
mento;

III- ter os ajustes de níveis entre a calçada e o imóvel, realizados dentro do limite
do lote ou unidade territorial;

IV- apresentar rebaixamento de meio-fio em terrenos de esquina e junto às faixas


de pedestres, para acesso de pessoas, sob a responsabilidade do proprietário
ou do possuidor à qualquer título, conforme Figuras ... do Anexo II desta lei;

V- apresentar meio-fio com altura entre 15,00cm e 17,00cm (quinze e dezessete


centímetros) em relação a sarjeta ou área equivalente da pista de rolamento,
nivelado e alinhado ao longo da via de acordo com a determinação da Prefei-
tura;

VI- ter a condução de águas, realizada do imóvel para a sarjeta ou sistema de


captação específico, quando permitida pela legislação vigente, canalizada sob
o seu calçamento ou revestimento;

VII- ter calçamento resistente e durável atendendo aos parâmetros determinados


em manual da Prefeitura relativo aos materiais para calçadas, suas caracte-
rísticas e modos de implementação.
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§ 1º A altura obrigatória do meio-fio de que trata o inciso V deste artigo


poderá ser alterada pela Prefeitura em situações especiais a bem da segurança e
conforto públicos.

§ 2º Em vias já existentes, em locais onde a altura do meio-fio tenha


atingido 12,00cm (doze centímetros) de altura ou menos, em função do
recapeamento asfáltico, a Prefeitura deverá realizar as obras necessárias para o
atendimento do inciso V deste artigo.

§ 3º No caso de implantação de novas faixas de pedestres fora da


esquina, fica a Prefeitura obrigada a realizar os respectivos rebaixamentos de meio-
fio nas calçadas realizadas conforme esta Lei.

§ 4º É permitida a realização de rampa com inclinação máxima 8,33%


(oito vírgula trinta e três por cento) no sentido longitudinal da calçada para a
concordância de níveis.

Art. 12. A utilização ou ocupação da calçada para instalação ou


implementação de qualquer elemento do equipamento de infraestrutura ou mobiliário
urbanos ou para o plantio de vegetação, quando permitidos, não poderá prejudicar,
obstruir ou impedir:

I- a circulação dos pedestres;

II- a visibilidade dos motoristas;

III- a visão da sinalização oficial;

IV- o acesso regular de veículo a imóvel ou o seu estacionamento regular;

V- quaisquer outras funcionalidades ou atividades regulares.

§ 1º É vedado o plantio de espécies vegetais venenosas, espinhosas


ou pontiagudas.

§ 2º O mobiliário urbano e o equipamento de infraestrutura aflorado


deverão estar associados a elementos e dispositivos arquitetônicos e urbanísticos
propiciando soluções paisagísticas que os integrem aos espaços implantados.
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§ 3º Qualquer impedimento ao atendimento deste artigo em função da


arborização urbana existente, deverá ter sua solução urbanística pactuada entre o
órgão municipal do meio ambiente e a Comissão Técnica Permanente de
Acessibilidade e Inclusão (CTPAI) ou sucedânea legal.

Art. 13. A calçada deverá ser organizada em 3 (três) faixas, a saber:

I- faixa de serviço, contígua ao meio-fio;

II- faixa livre, localizada entre a faixa de serviço e a faixa de acesso;

III- faixa de acesso, contígua ao alinhamento frontal dos lotes ou unidades


territoriais.

§ 1º Estas faixas deverão atender o disposto na Tabela 1 do Anexo I


desta lei quanto à:

a- largura da faixa;

b- inclinação transversal máxima da calçada, com queda no sentido do lote


para o meio-fio, (exceto nos rebaixos da calçada para acesso de veículos
ou pedestres);

c- largura da lixeira;

d- indicação de permissão para ajardinamento ou floreira.

§ 2º A faixa livre poderá ser deslocada na calçada em decorrência de


circunstâncias locais que impeçam o atendimento do caput deste artigo e seus
incisos, desde que atendidos os demais parâmetros desta Lei.

§ 3º Nos locais da calçada onde exista ponto de ônibus a faixa livre


deverá ser implantada, sempre que possível, entre este e o limite do imóvel lindeiro.

§ 4º A faixa livre deverá, sempre que necessário, ter a largura


estabelecida na Tabela I do Anexo I desta Lei redimensionada de acordo com os
parâmetros da ABNT NBR 9050/2004 ou sucedânea legal, ficando os proprietários
dos imóveis lindeiros obrigados a realizarem as obras de adequação.
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Art. 14. A colocação de floreiras e esteios de segurança na faixa de


serviço da calçada poderá ser realizada mediante autorização do órgão municipal de
trânsito, somente em locais onde fique configurado risco à segurança do pedestre ou
imóveis, desde que atendam as seguintes exigências:

I- para as floreiras de proteção:

a- sejam colocadas exclusivamente na faixa de serviço a uma distância de


30,00cm (trinta centímetros) do meio-fio, ou, em casos específicos, a uma
distância definida pelo órgão municipal de trânsito;

b- terem altura máxima da sua estrutura física igual a 40,00cm (quarenta


centímetros).

II- para os esteios de proteção:

a- sejam colocados a uma distância de 30,00cm (trinta centímetros) do meio-


fio;

b- terem seção circular com diâmetro de 10,00cm (dez centímetros);

c- terem altura de 80,00cm (oitenta centímetros);

d- não terem sua extremidade superior pontiaguda ou com quinas vivas;

e- distarem, no mínimo, 1,00m (um metro) um do outro.

§ 1° Os esteios de proteção e as floreiras deverão ser mantidos em


perfeito estado de conservação e higiene.

§ 2° as espécies vegetais nas floreiras de proteção deverão:

a- ser podadas regularmente de modo que suas projeções horizontais não


ultrapassem 30,00 cm (trinta centímetros) além da estrutura física da flo-
reira e projetem suas partes no máximo 20,00cm (vinte centímetros) antes
da faixa livre e da via de circulação de veículos;

b- quando autorizadas nas esquinas ter altura máxima de 80,00 cm (oitenta


centímetros) medida a partir do nível do meio-fio.
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Art. 15. A utilização de parte da calçada para criação de baias para


estacionamento não privativo, em locais onde não seja permitido o estacionamento
na via, poderá ocorrer mediante parecer técnico da Comissão Técnica Permanente
de Acessibilidade e Inclusão (CTPAI) ou sucedânea legal e autorização do órgão
municipal de trânsito.

Parágrafo único. A utilização da calçada de que trata o presente artigo


terá caráter precário, sem direito à indenização no caso de gastos não efetuados
pelo Poder Público.

Art. 16. Será permitida, ao proprietário de imóvel lindeiro à calçada, a


realização de sistemas de drenagem pluvial, tais como valas e poços de infiltração,
realizados em qualquer área do subsolo desta, desde que:

I- preservada a integridade e funcionalidade do equipamento urbano de


infraestrutura e outros;

II- preservada a arborização;

III- anotada a devida responsabilidade técnica;

IV- atendidos os demais preceitos desta Lei e os parâmetros determinados pelos


órgãos municipais competentes.

Parágrafo único. A área de infiltração, obtida pelo sistema citado no


caput deste artigo, não substitui a área de permeabilidade do solo exigida por lei nos
lotes e unidades territoriais.

Art. 17. Durante a construção, manutenção, intervenção para infraes-


trutura urbana ou outras intervenções na calçada não será permitida a obstrução
total da mesma, devendo os serviços e obras serem executados de forma a permitir
o livre e seguro trânsito das pessoas.
Parágrafo Único. No caso de obstrução total da calçada em situações
emergenciais fica o órgão municipal de trânsito, autorizado a criar passeio de uso
temporário na via pública.
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Seção II
Da Faixa de Serviço

Art. 18. A faixa de serviço é a área da calçada onde deverão ser


implementados os equipamentos de infraestrutura e os mobiliários urbanos e outros
elementos, tais como:

I- arborização urbana;

II- coluna semafórica;

III- poste da sinalização oficial e similar;

IV- telefone público;

V- caixa de correio da prestadora de serviços públicos de postagem;

VI- hidrante;

VII- rebaixo de calçada;

VIII- lixeira;

IX- grelha de exaustão de ar ou de drenagem de águas pluviais, tampas de


inspeção e elementos similares;

X- poste de energia e iluminação públicas, armários elevados, transformadores


semienterrados e outros elementos aflorados das concessionárias,
permissionárias e autorizatárias dos serviços públicos;

XI- outros permitidos em norma legal do Município.

§ 1º A faixa de serviço poderá ser composta por calçamento, piso


permeável ou grama, não sendo permitida a utilização de piso permeável ou grama
nos rebaixos para veículos e grama nos rebaixos para pedestres.

§ 2º O calçamento deverá ser contínuo, nivelado e desempenado, com


superfície regular, firme, estável e antiderrapante, o revestimento em grama ou piso
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permeável deverá formar uma superfície plana, contínua, sem depressões, buracos
ou protuberâncias.

§ 3º É vedada a utilização de ressaltos na faixa de serviço, inclusive no


perímetro das áreas de plantio de árvores.

§ 4º O rebaixo de calçada para acesso de veículos deverá localizar-se


exclusivamente na faixa de serviço, atendendo aos seguintes parâmetros:

a- atender ao estabelecido no Código de Obras e Edificações, Lei


Complementar N.º 177/2008 ou sucedânea legal;

b- possuir calçamento rígido, contínuo e antiderrapante;

c- incluir obrigatoriamente o meio-fio devendo apresentar uma altura de 5,00


a 7,00cm (cinco a sete centímetros) em relação à sarjeta;

d- ter sua dimensão no sentido transversal da calçada igual ou inferior a


largura da faixa de serviço, não podendo ultrapassar a 1,00m (um metro).

e- não resultar em prejuízo para a arborização pública, cuja remoção poderá


excepcionalmente, ser autorizada, com anuência do órgão ambiental
competente.

§ 5º O rebaixo de calçada para acesso de pessoas deverá atender aos


seguintes parâmetros:

a- ser construído na direção do fluxo de pedestres e ser alinhado com o re-


baixos regulares já existentes nas calçadas opostas;

b- ter inclinação máxima de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento) da via
para a calçada;

c- ter largura mínima igual a 1,20m (um metro e vinte centímetros) e máxima
de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) onde não houver faixa de
travessia de pedestre;

d- ter a mesma largura da faixa de travessia de pedestre em locais onde o


fluxo de pedestre for superior a 25 pedestres/min/m, podendo ter a largura
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entre 1,20m e 1,50m (um metro e vinte e um metro e cinquenta centíme-


tros) para fluxo de pedestre inferior.

e- ter as abas laterais com dimensão mínima de 50,00cm (cinquenta centí-


metros) e máxima de 70,00cm (setenta centímetros);

f- ter garantida uma área livre no passeio além do espaço ocupado pelo re-
baixo, de no mínimo 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura con-
forme Figura ... do Anexo II;

g- no caso da impossibilidade de atendimento da alínea “e” deste parágrafo,


utilizar o modelo de rebaixo proposto na Figura ... do Anexo II;

h- ter piso nivelado, desempenado e antiderrapante;

i- incluir obrigatoriamente o meio-fio não podendo apresentar desnível em


relação à sarjeta;

j- ter sinalização tátil direcional indicando o sentido da travessia da via


conforme Figura ... do Anexo II, além da sinalização tátil prevista na NBR-
9050/2004 ou sucedânea legal.

§ 6º A faixa de acesso poderá receber equipamentos aflorados dos


sistemas públicos de energia, iluminação e telecomunicações, bem como grelhas do
sistema público de drenagem de águas pluviais, em casos excepcionais quando for
comprovada a inviabilidade técnica da sua instalação na faixa de serviço, desde que
atendidas, no que couber, as demais exigências desta lei, e ouvida a Comissão
Técnica Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CTPAI) ou sucedânea legal.

§ 7º Será permitido à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida,


mediante parecer técnico da Comissão Técnica Permanente de Acessibilidade e
Inclusão (CTPAI) ou sucedâneo legal, e autorização do órgão municipal de trânsito,
a realização de rebaixo na calçada para acesso de pedestres, na faixa de serviço,
em situações não previstas no inciso IV do artigo 11 desta Lei.

Art. 19. As lixeiras, além do disposto na Tabela 1 do Anexo I e nos


demais dispositivos desta lei, deverão observar as seguintes exigências:
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I- distarem horizontalmente de 15,00cm (quinze centímetros) da quina do meio-


fio;

II- apresentarem superfícies lisas e abauladas de modo a minimizar contusões;

III- terem tampas com abertura no sentido longitudinal da calçada ou no sentido


transversal desde que atendidos os parâmetros da Figura ... do Anexo II;

IV- terem altura máxima da borda não superior igual a 1,10m (um metro e dez
centímetros) em relação ao piso acabado;

V- distarem seus fundos 20,00cm (vinte centímetros) do piso acabado;

VI- serem fechadas com material que ofereça vedação;

VII- serem mantidas em bom estado de higiene e conservação, incluindo a área


periférica;

VIII- terem comprimento ou extensão máxima do conjunto de lixeiras para um


mesmo imóvel igual a 3,00m (três metros).

§ 1º As lixeiras destinadas aos materiais ou resíduos de natureza con-


taminante ou radioativa, deverão atender as normas específicas.

§ 2º Excetuadas as habitações unifamiliares, geminadas, seriadas e co-


letivas com até 8 (oito) unidades, em lote exclusivo, qualquer edificação ou conjunto
de edificações com mais de 750m² (setecentos e cinquenta metros quadrados) de-
verá ser dotada de espaço ou abrigo destinado à guarda de lixo, localizado no interi-
or do lote e com acesso direto ao logradouro público, podendo ocorrer no recuo fron-
tal obrigatório.

§ 3º Deverá haver calçamento sob a lixeira e no entorno de 50,00cm


(cinquenta centímetros) da sua projeção horizontal.

Seção III
Da Faixa Livre
22

Art. 20. A faixa livre é a parte da calçada destinada exclusivamente à


circulação de pedestres para garantir sua acessibilidade e mobilidade, devendo:

I- ser completamente destituída de elementos obstrutivos;

II- estar livre de quaisquer interferências;

III- atender aos parâmetros técnicos que visem a acessibilidade, o conforto e a


segurança de todas as pessoas, conforme estabelecido nesta lei e normas
específicas.

§ 1º Além das obstruções e interferências causadas pelo mobiliário


urbano e equipamento de infraestrutura, considera-se como elementos obstrutivos
ou dificultadores à livre e segura circulação:

I- desníveis ou ressaltos acima de 1,50cm (um centímetro e meio);

II- canaletas, sulcos, aberturas ou buracos no piso com largura maior que
1,50cm (um centímetro e meio);

III- calçada em mau estado de conservação caracterizada pela existência de


buracos, ondulações, protuberâncias, partes quebradas, descontínuas, soltas
ou desagregadas, ou áreas deterioradas ou fora do nivelamento normal do
calçamento;

IV- elementos aéreos cuja altura seja inferior a 2,10m (dois metros e dez
centímetros) do piso da calçada, observadas as disposições específicas do
Código de Posturas.

§ 2º os desníveis no piso de até 0,50 (meio centímetro) não demandam


tratamento especial e quando superiores a essa medida até 1,50cm (um centímetro
e meio) deverão ser tratados em forma de rampa, com inclinação máxima de 1:2 (um
por dois) ou 50% (cinquenta por cento).

Art. 21. A faixa livre deverá:

I- ter calçamento contínuo, nivelado e desempenado, com superfície regular,


firme, estável, antiderrapante e não trepidante, não sendo permitidos ardósia,
23

bloquete sextavado, pedra de pirenópolis não aplainada e não serrada, pedra


portuguesa, paralelepípedo, folhetim de granito, concregrama, ladrilho
hidráulico com padrão trepidante e outros semelhantes;

II- ter obrigatoriamente piso tátil direcional e de alerta de cor contrastante com o
piso adjacente, ao longo de toda calçada, realizado no eixo central desta
faixa;

III- ter piso tátil direcional e de alerta para indicação de trajeto a elementos como
telefones públicos na calçada, pontos de ônibus, rebaixamentos para
pedestres, mapa tátil e comandos na calçada destinados às pessoas com
deficiência visual.

§ 1º A Prefeitura do Município de Goiânia poderá aprovar em projetos-


pilotos, a utilização de outras tecnologias ou materiais de pavimentação dos
passeios, desde que atendidos os critérios técnicos estabelecidos nesta lei;

§ 2º Os pisos táteis normatizados pela ABNT NBR 9050/2004 ou


sucedânea, somente poderão ser utilizados para os fins específicos estabelecidos
nesta norma, ficando vedada a sua utilização ou de padrões semelhantes no
restante do calçamento.

§3º a sinalização tátil na calçada deve ser integrada ao piso adjacente


sem desnível em relação ao mesmo.

§4º Os elementos que formam a textura da sinalização tátil devem ser


implementados em módulos de peça única, rígida e resistente à passagem de
veículos, sendo vedada a utilização de peças em material plástico ou quaisquer
outros de baixa resistência à abrasão ou compressão.

§ 5º A colocação dos pisos táteis na calçada deverá atender as normas


da ABNT NBR-9050/2004 ou sucedânea legal e aquelas determinadas pela
Prefeitura Municipal de Goiânia

Sessão IV
Da Faixa de Acesso
24

Art. 22. A faixa de acesso é a área da calçada destinada aos acessos


aos imóveis e onde ocorrem interferências resultantes da implantação, do uso e da
ocupação das edificações.

§ 1º A faixa de acesso poderá ser composta por ajardinamento desde


que garantida a acessibilidade ao imóvel.

§ 2º As áreas de ligação entre a faixa livre e os acessos para pessoas


aos imóveis deverão ter calçamento conforme o art. 20, integralmente, e o inciso I do
art. 21 desta Lei, com largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros)
para cada acesso.

§ 3º O ajardinamento será permitido conforme Tabela 1 do Anexo I


desta lei e deverá atender os seguintes parâmetros:
a- serão admitidos exclusivamente gramado ou vegetação rasteira similar
com plantas ornamentais;

b- as plantas ornamentais somente poderão projetar suas partes até


20,00cm (vinte centímetros) antes da faixa livre;

c- as áreas ajardinadas deverão estar no mesmo plano da área adjacente da


faixa de acesso sendo vedados os ressaltos em seu entorno.

§ 4º Serão permitidos nesta faixa somente aparatos de iluminação ou


outros circuitos elétricos de interesse público, salvo indicação contrária expressa
nesta Lei.

Seção V
Da Implementação do Mobiliário Urbano e Equipamento de Infraestrutura

Art. 23. A instalação de abrigo em ponto de ônibus, de bancas fixas,


pit-dogs e similares, somente poderá ocorrer quando atendidas, no que couber, esta
Lei e o Código de Posturas.

Parágrafo Único. Os elementos referidos no caput deste artigo


somente poderão ser instalados próximo às esquinas com a anuência do órgão
municipal de trânsito.
25

Art. 24. O mobiliário urbano e o equipamento de infraestrutura nos


logradouros públicos serão implementados respeitando-se os demais dispositivos
desta Lei e as seguintes condições:

I- não deverão ser instalados nas esquinas, exceto sinalização pública, postes
de serviços de energia e telecomunicações públicas e hidrantes, ou outros
necessários a critério do poder público Municipal;

II- deverão ser instalados em locais em que não prejudiquem a travessia de


pedestres;

III- os elementos do mobiliário urbano tais como telefones públicos, pontos de


ônibus, caixas de correio, lixeiras, hidrantes, e similares, equipamentos como
armários de telefonia e similares, deverão ser instalados à distância mínima
de 5,00m (cinco metros) das esquinas, medidos do ponto de encontro do
prolongamento da linha do chanfro do lote ou quadra com o meio-fio;

IV- as bancas, os pit-dogs e similares deverão ser instalados à distância mínima


de 8,00m (oito metros) das esquinas, medidos do ponto de encontro do
prolongamento da linha do chanfro do lote ou quadra com o meio-fio;

V- as boca-de-lobo deverão ser instaladas de modo a não interferir no


rebaixamento para pedestres;

VI- obstáculos suspensos ou em balanço entre 0,60 m e 2,10 m de altura do piso


acabado, que tenham o volume maior na parte superior do que na base,
devem ser sinalizados com piso tátil de alerta conforme ABNT-NBR 9050-
2004 ou sucedânea legal.

Art. 25. Todos os abrigos em pontos de embarque e desembarque de


transporte coletivo deverão atender a norma ABNT NBR-9050/2004 ou sucedâneo
legal, e ser instalados de forma a garantir a comodidade e segurança dos seus
usuários e dos pedestres.

Parágrafo único. As áreas da via pública destinadas à desaceleração,


parada e aceleração dos ônibus nos pontos de embarque e desembarque deverão
ser sinalizadas horizontalmente conforme Figuras ... do Anexo II.
26

Seção VI
Dos Postos de Combustíveis

Art. 26. O rebaixamento de calçada para acesso de veículos aos


postos de gasolina deve atender o Código de Obras e Edificações - Lei
Complementar n.º 177, de 09 de janeiro de 2008, ou sucedânea legal e ao Código
de Trânsito Brasileiro (CTB) e seus regulamentos.

§ 1º As situações consolidadas anteriormente à lei referida no caput,


deverão ser objeto de apreciação pela Comissão Técnica Permanente de
Acessibilidade e Inclusão (CTPAI) para deliberação sobre o rebaixamento de
calçada, de modo a permitir o adequado acesso e manobras para abastecimento e
preservação da segurança dos pedestres.

§ 2º Todos os Postos de Combustíveis devem ter o piso tátil direcional


e de alerta ao longo de toda a calçada, devendo ocorrer as devidas adaptações para
o atendimento deste artigo.

CAPÍTULO IV
DA ARBORIZAÇÃO

Art. 27. Somente o Órgão Municipal de Meio Ambiente poderá executar


ou delegar a terceiro, as operações de plantio, transplantio, poda, supressão e/ou
extirpação de árvores localizadas nos logradouros públicos, após análise e
orientação técnica do seu setor competente.

§ 1º O proprietário interessado em qualquer das operações previstas


no caput apresentará requerimento próprio ao órgão municipal de meio ambiente.

§ 2º No caso de supressão, para atendimento a interesse específico de


particular, deferido o requerimento, cabe ao interessado a obrigação de plantar novo
espécime na área indicada, sem prejuízo da reparação ambiental definida pela
legislação específica.
27

Art. 28. É obrigatório o plantio e conservação de espécies arbóreas


nas calçadas do Município, exceto nos casos em que, após vistoria do órgão
ambiental do município, seja verificada a impossibilidade de plantio e/ou
permanência de exemplar arbóreo.

§ 1º A arborização urbana deverá atender, no que couber, as normas e


diretrizes do Plano Diretor de Arborização Urbana de Goiânia, Código de Posturas
do Município de Goiânia e demais normas legais pertinentes.

§ 2º A responsabilidade do plantio e conservação de espécies arbóreas


adequadas é dos proprietários ou possuidores, a qualquer título, dos imóveis
lindeiros.

§ 3º Para liberação da Certidão de Conclusão de Obra será realizada


vistoria prévia pelo Órgão Municipal competente a fim de se verificar o devido plantio
das mudas quanto ao número, localização e espécies aprovadas.

§ 4º Os novos plantios de espécies arbóreas onde não seja possível a


garantia da faixa livre com 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de largura em
função da dimensão da calçada, serão permitidos desde que seja preservado o
mínimo de 90,00cm (noventa centímetros) de largura para esta faixa.

Art. 29. Os danos ao logradouro público ou a equipamento de


infraestrutura ou mobiliário urbanos, causados pelo órgão municipal competente ou
por aquele terceiro a quem forem delegadas as operações de transplantio,
supressão e poda de árvores, bem como outras que se fizerem necessárias para a
conservação e a manutenção da arborização urbana, deverão ser imediatamente
reparados por aqueles que vierem a promovê-los.

CAPÍTULO V
DAS CALÇADAS ANTIGAS E DAS SITUAÇÕES ATÍPICAS

Seção I
Das Calçadas Antigas
28

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 30. A comprovação de anterioridade à Lei referente à calçada


antiga será feita através de registros oficiais e/ou vistoria fiscal elucidativa ou
comprobatória da situação fática.

Subseção II
Da Adequação Das Calçadas Antigas

Art. 31. Aplica-se integralmente às calçadas antigas as disposições


desta Lei, respeitado o disposto nos artigos 32 a 39 deste capitulo.

Art. 32. As calçadas antigas deverão ter área exclusiva para circulação
de pedestres garantindo-se nesta o atendimento de todos os parâmetros legais para
uma faixa livre de 1,50m (um metro e meio) de largura mínima.

Parágrafo Único. A área exclusiva para circulação de pedestres


poderá ocupar a área equivalente à faixa de acesso ou de serviço.

Art. 33. Será tolerada na calçada, em caráter precário, mediante


parecer técnico da CTPAI e o devido alvará de autorização, a existência ou
construção de rampa exclusiva para acesso assistido de pessoa com deficiência ou
mobilidade reduzida à edificação existente antes da aprovação desta Lei, ou a
instalação de dispositivo eletromecânico de acesso, devendo ser atendidos os
seguintes parâmetros:

I- para a rampa de acesso:

a) não seja possível a solução técnica de acesso por rampa ou dispositivo


eletromecânico no interior do imóvel;

b) esta fique no sentido longitudinal da calçada, junto ao alinhamento frontal do


lote ou unidade territorial;

c) esta diste no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da calçada


vizinha;
29

d) esta tenha largura máxima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e possua
corrimão conforme NBR 9050/2004 ou sucedânea legal;

e) esta não prejudique a visibilidade do trânsito nas esquinas;

f) a rampa, sempre que possível, seja projetada e realizada com inclinação


conforme NBR 9050-2004 ou sucedânea legal.

II- para o dispositivo eletromecânico de acesso:

a) não seja possível a solução técnica de acesso por rampa ou dispositivo


eletromecânico no interior do imóvel;

b) este seja instalado junto ao alinhamento frontal do lote ou unidade territorial,


não ocupando mais que 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da largura
da calçada;

c) este diste no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da calçada


vizinha;

d) este não prejudique a visibilidade do trânsito nas esquinas;

e) seja assegurada a proteção diferencial-residual de alta sensibilidade contra


choque elétrico e demais parâmetros da ABNT NBR 5410/2004 ou
sucedânea.

Art. 34. Será tolerada na calçada, em caráter precário, mediante


parecer técnico da CTPAI e o devido alvará de autorização, a existência de degraus
para acesso de pessoa à edificação existente antes da aprovação desta Lei,
devendo ser atendidos os seguintes parâmetros:

III- não seja possível a solução de acesso por degrau ou rampa no interior do
imóvel;

IV- os degraus ocupem no máximo 1,20m (um metro e vinte centímetros) da


calçada no seu sentido transversal.

Art. 35. Será tolerada em caráter precário, mediante parecer técnico da


CTPAI e o devido alvará de autorização, as rampas transversais com inclinação
superior a 8,33% na área da calçada adjacente à testada do lote ou unidade
30

territorial, para acesso de veículos ao imóvel, quando não for possível a solução de
acesso no interior deste, ou o grade da rua tiver inclinação superior a 8,33% (oito
vírgula trinta e três por cento).

Parágrafo Único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo às


calçadas construídas após esta Lei, onde o grade da rua tiver inclinação superior a
8,33% (oito vírgula trinta e três por cento).

Art. 36. Serão tolerados em caráter precário os seguintes elementos ou


instalações implementadas na calçada antes da aprovação desta Lei:

I- o rebaixo da calçada para acesso de veículos realizado conforme o art. 56, da


Lei Complementar n.º 177/2008 ou sucedânea, isento de rampa na sarjeta, e
atendendo os demais parâmetros legais, com meio-fio com altura de 0,00cm
(zero centímetros) a 10,00cm (dez centímetros) com relação a sarjeta na área
rebaixada;

II- as floreiras, os ajardinamentos e os taludes gramados com ressaltos de até


10cm (dez centímetros) de altura em suas orlas, na área da calçada
adjacente à testada do lote ou unidade territorial;

III- área gramada, plana, no mesmo nível do calçamento adjacente, sem


ressaltos em sua orla, situada na parte da calçada lindeira ao meio-fio;
IV- a arborização, bem como respectivos ressaltos com altura de até 10cm (dez
centímetros) em suas orlas;

V- as lixeiras, devendo ser atendidos os seguintes parâmetros:

a- não tenha sido previsto em projeto aprovado pela Prefeitura, área


reservada para lixeira no recuo frontal;

b- não invadam a área da pista de rolamento;

c- não apresentem partes que possam causar risco à integridade física das
pessoas;

d- sejam mantidas em bom estado de higiene e conservação, incluindo a


área periférica;
31

e- sejam sinalizadas com piso tátil de alerta quando suas tampas abrirem no
sentido transversal da calçada ou sua parte inferior estiver a uma altura
superior a 60,00cm (sessenta centímetros) em relação ao piso acabado;

f- tenham comprimento ou extensão máxima do conjunto de lixeiras para


um mesmo imóvel igual a 3,00m (três metros).

Art. 37. Serão tolerados em caráter precário, mediante o devido alvará


de autorização já existente ou novos alvarás de autorização nos casos pertinentes,
os seguintes elementos ou instalações implementadas na calçada antes da
aprovação desta Lei:

I- as floreiras e esteios na área da calçada adjacente ao meio-fio;

II- as bancas fixas, pit-dogs e similares;

III- as baias de estacionamento;

IV- os equipamentos urbanos de infraestrutura, telefones públicos e hidrantes.

Art. 38. A Prefeitura poderá exigir a realização de obras, serviços ou a


implementação de instalações para garantir as condições mínimas de acessibilidade
e trafegabilidade, a segurança das pessoas, ou para evitar ou cessar danos a
terceiros, ou ao patrimônio público.

Art. 39. Os elementos ou instalações na calçada em desacordo com


esta Lei deverão ser adaptados à mesma, ou serem removidos da calçada pelos
seus responsáveis.

Seção II
Situações Atípicas

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 40. Em condições atípicas em que não seja possível a solução da


execução da calçada pelos parâmetros técnicos descritos nesta lei, ou em casos
omissos, deverá ser formalizado processo administrativo com solicitação de consulta
32

encaminhada à Comissão Técnica Permanente de Acessibilidade e Inclusão


(CTPAI) ou sucedânea legal, instruído com fotografias do local e o desenho da
calçada incluindo uma proposta técnica de execução da mesma.

§ 1º O desenho deverá ser cotado e atender os incisos I a V do artigo


91 desta lei.

§ 2º A norma técnica ABNT NBR-9050/2004 ou sucedânea legal é a


norma de referência para a avaliação e parecer relativos às situações não previstas
nesta lei.

§ 3º A CTPAI deverá ouvir os órgãos próprios da Prefeitura em


questões que impliquem aspectos técnicos referentes ao trânsito, drenagem,
patrimônio histórico-cultural, dentre outros.

§ 4º É facultada à CTPAI a indicação de adequações na proposta


técnica do interessado, a sua negação ou aprovação, sendo que à proposta
aprovada deverá corresponder o devido laudo técnico.

§ 5º As soluções técnicas aprovadas, de que trata este artigo, deverão


ser disponibilizadas para o público, de forma compilada, via internet, no Portal da
Prefeitura, e serão aplicadas a todas as situações equivalentes nos processos ou
procedimentos de licenciamento ou autorização.

Art. 41. Em situações especiais, a critério do órgão municipal de trânsi-


to e do órgão municipal de planejamento e desenvolvimento urbano, poderá ocorrer
a ampliação da calçada sobre a pista de rolamento, em razão da dificuldade de
acomodação dos pedestres.

Subseção II
Calçadas em terrenos acidentados

Art. 42. Calçadas com inclinação longitudinal superior a 8,33% (oito


vírgula trinta e três por cento) não serão considerados rotas acessíveis.

Art. 43. Nas calçadas, com inclinação longitudinal igual ou superior a


8,33% (oito vírgula trinta e três por cento), poderão ser construídos degraus, ou
33

rampas com inclinação máxima igual a 12,5% (doze e meio por cento), no sentido
longitudinal da calçada, na área reservada ao trânsito de pedestre.

Parágrafo único. Os degraus são obrigatórios em trechos de passeios


com inclinação longitudinal superior a 25% (vinte e cinco por cento).

Art. 44. Os degraus em desníveis ou escadarias deverão atender os


seguintes requisitos:

I- os degraus deverão ter espelho com altura (H) e piso com largura (P), em
centímetros, conforme a seguinte fórmula: 63 < 2H + P < 64, sendo o espelho
entre 16,00cm e 18,00cm (dezesseis e dezoito centímetros);

II- uniformidade das dimensões dos degraus;

III- patamares de 1,20m (um metro e vinte centímetros) no mínimo, a cada 3,20m
(três metros e vinte centímetros) de desnível, e sempre que houver mudança
de direção.

Art. 45. Poderão ser instalados dispositivos de assistência como


corrimãos, desde que:

I- não interfiram na faixa de livre circulação;

II- não se comportem como barreiras de acesso;

III- tenham as dimensões conforme norma ABNT NBR-9050/2004 ou sucedânea


legal.

Art. 46. Na ocorrência de degraus ou rampas indicados no Art. 43 des-


ta Lei, estes não poderão apresentar, junto ao meio-fio altura a ele superior, deven-
do haver acomodação no sentido transversal da calçada na forma de rampa, dentro
da dimensão transversal correspondente a 1/3 (um terço) da largura do passeio,
respeitado o máximo de 1,00m (um metro) e a faixa livre.

Art. 47. A aplicação das soluções dispostas nos artigos 43, 44, 45 e 46
desta lei, está condicionada a formalização de processo administrativo junto à Co-
missão Técnica Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CTPAI) ou sucedânea
34

legal, instruído com croqui da calçada, fotografias do local e proposta gráficas de


execução, para análise e parecer prévios, e posterior autorização pelo órgão próprio
da Prefeitura.

Parágrafo único. O croqui deverá ser cotado e atender os incisos I a V


do artigo 140 desta lei.

Subseção III
Calçadas em bens tombados ou acautelados

Art. 48. As intervenções nas calçadas lindeiras aos bens tombados ou


com acautelamento neste sentido devem ter a anuência dos órgãos do patrimônio
histórico e cultural competentes e Comissão Técnica Permanente de Acessibilidade
e Inclusão (CTPAI) ou sucedânea legal.

TÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO, DOS PROCEDIMENTOS, DAS INFRAÇÕES E
DAS PENALIDADES

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 49. Este Título dispõe sobre a fiscalização, as ações e condutas


infracionais, e os respectivos procedimentos e penalidades.

Parágrafo Único. Aplicam-se complementarmente, no que couber, as


disposições do Código de Posturas de Goiânia suas alterações e regulamentos, não
conflitantes com o determinado nesta Lei.

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E
DAS PENALIDADES E DOS PROCEDIMENTOS

Seção I
Da Fiscalização
35

Art. 50. A fiscalização das normas desta Lei será exercida pelos
órgãos municipais, de acordo com sua competência e atribuições regimentais,
estatutárias ou delegadas.

Art. 51. Considera-se infração qualquer ação ou omissão, voluntária ou


não, que importe na inobservância desta Lei ou de seus regulamentos.

§ 1º As infrações classificam-se em leves, médias e graves,


dependendo dos riscos ou danos a que são submetidos os bens e outros interesses
tutelados por esta Lei.

§ 2º Podem agravar ou atenuar as infrações, as situações


circunstanciais ou dirimentes relativas à condição pessoal do infrator e dos riscos ou
danos causados pela ação ou omissão considerada.

§ 3º A responsabilidade pela infração é imputável a quem lhe deu


causa ou tiver colaborado para a sua ocorrência.

Seção II

Das Infrações

Art. 52. Qualquer infração às normas desta Lei sujeitará o infrator às


penalidades previstas.

§ 1º Constatada a infração, será lavrado pela autoridade fiscal o


respectivo auto.

§ 2º O ato fiscal por infração a esta Lei tem efeito de notificação dentro do
prazo estabelecido pela autoridade fiscal, se for o caso, cumpridas as exigências
feitas, no prazo estipulado o procedimento se extinguirá sem a imposição de
penalidade pecuniária, caso contrário passa a ter efeito de auto de infração.

§ 3º O prazo estabelecido em ato fiscal para efeito desta lei poderá ser
prorrogado pelo Titular da Pasta da fiscalização correspondente por um prazo de até
30(trinta) dias corridos.
36

Art. 53. O autuado terá o prazo para cumprir as exigências feitas ou,
dentro de 10 (dez) dias, apresentar defesa instruída, desde logo, com as provas que
possuir, dirigindo-a ao Contencioso Administrativo Fiscal.

Seção III
Das Penalidades

Art. 54. Julgada procedente a autuação fiscal, será aplicada a pena de


multa correspondente à infração.

Parágrafo único. Na fixação do valor da multa, levar-se-á em


consideração a gravidade da infração, a ocorrência ou não, de circunstâncias que
agravem ou atenuem a falta, e a área da calçada ou de logradouro público onde
ocorrer a infração, em metros quadrados.

Art. 55. O Valor da Multa (VM) será calculado conforme a equação:

VM = 200 + (VB x A) em moeda corrente nacional, onde:

A= área total da calçada objeto da ação fiscal, em metros quadrados.

VB = Valor de Base em moeda corrente nacional por metro quadrado,


correspondente ao enquadramento da infração conforme a seguir:

I- infração leve: R$ 0,75/m² (setenta e cinco centavos por metro quadrado);

II- infração média: R$ 3,00/m² (três reais por metro quadrado);

III- infração grave: R$ 10,00/m² (dez reais por metro quadrado).

§ 1º Ocorrendo várias irregularidades ao mesmo tempo o enquadra-


mento da infração para definição do Valor de Base (VB) deverá ser único, corres-
pondente à situação mais grave e mais onerosa pela qual será calculada a multa.

§ 2º Pare efeito desta Lei define-se extensão da calçada a dimensão li-


near aferida em metros, correspondente a extensão total da testada do lote ou uni-
dade territorial lindeira à calçada, ou, no caso de parques, praças e similares, cum-
primento total do eixo central, longitudinal, da faixa livre para circulação de pedestres
ou equivalente.
37

§ 3º Quando se tratar de calçada lindeira a lote ou unidade territorial,


“A” será igual ao produto da sua extensão pela sua largura.

§ 4º Quando se tratar de praça, parque ou outro logradouro público


semelhante, “A” corresponderá à área total do calçamento destinado à circulação de
pedestres e objeto da ação fiscal, igual ao produto da sua extensão pela sua largura.

§ 5º “A” será a área resultante da composição das possibilidades


indicadas nos parágrafos 3º e 4º deste artigo, conforme essas possibilidades
ocorram.

§ 6º No caso da infração afetar a pista de rolamento da via incorpora-se


a área afetada da via à área da calçada para o cálculo da multa.

§ 7º A área “A” de que trata o caput deste artigo será indicada pela
autoridade fiscal autuante no respectivo auto de infração.

Art. 56. Os Valores de Base (VB) desta lei, expressos em moeda


corrente nacional, terão suas atualizações monetárias realizadas anualmente, com
base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – Especial – IPCA-E,
apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou outro índice
legal de correção dos débitos fiscais que vier substituí-lo, conforme especificado na
Resolução Normativa n° 001/2001, da Secretaria Municipal de Finanças, do
Município de Goiânia ou sucedânea legal.

Art.57. São consideradas leves as infrações relativas a:

I- falta de manutenção da calçada desde que não comprometa a faixa livre ou


área equivalente;

II- retirada de placa de embargo.

Art. 58. São consideradas médias as infrações relativas a:

I- falta de manutenção da calçada com comprometimento da faixa livre ou área


equivalente;
38

II- não realização do devido restauro, reconstrução ou recomposição da situa-


ção anterior após intervenção na calçada;

III- intervenção na calçada sem a licença ou a autorização devida, ou em desa-


cordo com a licença ou autorização, ou em desacordo com os parâmetros
desta lei.

Art. 59. São consideradas graves as infrações relativas a:

I- falta de construção de calçada;

II- desrespeito ao Termo de Embargo (multa diária);

III- violação de lacre;

IV- não atendimento de Termo de Desobstrução ou Ordem de Retorno à


Situação Anterior;

V- intervenção na calçada sem a licença ou a autorização devida, ou em


desacordo com a licença ou autorização, ou em desacordo com os
parâmetros desta lei, causando risco à segurança das pessoas ou com
prejuízos para os bens públicos.

Art.60. Verificada a infração a qualquer dispositivo dessa Lei cujo en-


quadramento nos artigos 57 a 59 não seja possível, será adotado o Valor de Base
(VB) correspondente à graduação leve para o cálculo da multa.

Art. 61. Os agravantes ou atenuantes não serão acumulativos.

Parágrafo único. Havendo várias circunstâncias agravantes e atenu-


antes será aplicada ao Valor da Multa (VM), no que couber, respectivamente, o mai-
or percentual de acréscimo e o maior percentual de redução previstos nesta Lei.

Art. 62. Considera-se circunstância agravante da infração:

I- a infração localizada na calçada ou logradouro público em área de patrimônio


tombado de valor histórico, artístico ou cultural, ou quando houver para a
mesma acautelamento neste sentido, ou que afetar prejudicialmente os bens
públicos, implicará o percentual de acréscimo de 100% (cem por cento);
39

II- a infração localizada na calçada ou logradouro público inseridos em Área do


Patrimônio Natural ou Unidades de Conservação de acordo com a Lei Federal
nº. 9.985 de 18 de Julho de 2000 ou sucedânea legal, ou que afetar prejudici-
almente a arborização ou os recursos hídricos, implicará o percentual de
acréscimo de 100% (cem por cento);

III- a infração na calçada ou logradouro público lindeiros ou localizados em via


expressa, arterial ou coletora do sistema viário municipal nos termos da Lei
Complementar nº. 171/2007, suas modificações ou sucedânea legal, implicará
o percentual de acréscimo de 300% (trezentos por cento).

Art. 63. Considera-se circunstância agravante da condição pessoal do


infrator:

I- ser o infrator revel implicará o percentual de acréscimo de 10% (dez por cen-
to);

II- ter o infrator nível socioeconômico que propicie o entendimento da legislação


implicará o percentual de acréscimo de 10% (dez por cento);

III- houver abuso de autoridade inerente ao cargo, função ou ofício implicará o


percentual de acréscimo de 10% (dez por cento).

Art. 64. Consideram-se circunstâncias atenuantes da condição pessoal


do infrator:

I- ser o infrator não revel implicará o percentual de redução de 10% (dez por
cento);

II- ser o infrator primário implicará o percentual de redução de 10% (dez por cen-
to);

III- ter o infrator nível socioeconômico que não propicie o entendimento da legis-
lação implicará o percentual de redução de 10% (dez por cento).

Art. 65. Considera-se reincidência, quando o infrator comete nova


infração a esta Lei, dentro do período de 12 (doze) meses, depois de transitar em
julgado a decisão administrativa condenatória por infração anteriormente imposta.
40

Parágrafo único. Em caso de reincidência o Valor da Multa (VM), já


considerados os agravantes e atenuantes, será duplicado na primeira reincidência e
triplicado na segunda e demais reincidências.

Art. 66. O Valor da multa será reduzido em 25% (vinte e cinco por
cento), quando o infrator, conformando-se com a decisão de Primeira Instância,
efetuar o pagamento da quantia no prazo previsto para interposição de recurso.

§1º O percentual de redução de que trata o caput deste artigo incidirá


sobre o Valor da Multa (VM) já considerados os agravantes, atenuantes e a
reincidência.

§2º O pagamento da multa pelo contribuinte ou responsável, no prazo


previsto neste artigo, dará por findo o contraditório.

Art. 67. As multas e outros valores não pagos no prazo legal serão
atualizados nos termos da legislação própria e inscritos na dívida ativa.

Art. 68. O pagamento da multa não desobriga o infrator do


cumprimento da norma de cuja violação resultou a penalidade.

Art. 69. A pessoa física ou jurídica em débito com a Fazenda Pública


Municipal, não poderá celebrar contrato com o Município de Goiânia, nem obter de
qualquer Órgão do Município licença, autorização, alvará e outros atos
administrativos da mesma natureza.

Seção IV
Da Notificação, Notificação Por Hora Marcada e Notificação/Orientação

Subseção I
Da Notificação

Art. 70. O prazo para sanar irregularidade constitui um ato discricioná-


rio da Administração Municipal, realizado através da autoridade fiscal no exercício
da sua atividade conforme regulamento próprio.
41

§1º A notificação consiste em peça fiscal, emitida a critério e sob a res-


ponsabilidade da autoridade fiscal, com o objetivo de notificar com prazo determina-
do, o responsável por ilícito legal ou o seu preposto, indicando obrigações legais de
fazer ou deixar de fazer, visando o cumprimento da legislação vigente.

§ 2º O prazo para atendimento da notificação não implica revogação de


quaisquer obrigações legais do cidadão, ficando o mesmo responsável, administrati-
va, civil e criminalmente, por quaisquer danos causados a terceiros durante o perío-
do do prazo concedido, em decorrência da infração constatada pela autoridade fiscal
ou de quaisquer outras.

§ 3º No período correspondente ao prazo concedido em notificação to-


das as ações do notificado ou responsável pelo objeto da ação fiscal, deverão ser no
sentido de sanar irregularidades, sendo vedada qualquer ação que implique a con-
solidação ou o agravamento destas.

§4º O prazo concedido em notificação será automaticamente revogado


quando se verificar a continuidade ou o agravo da situação irregular, devendo ser
adotadas as devidas ações fiscais e administrativas.

Art. 71. Caberá ao infrator a comprovação do atendimento da


notificação, através de documentação apresentada ao Contencioso Administrativo
Fiscal, devidamente instruída, inclusive com registro fotográfico e demais
documentos comprobatórios da regularização da situação.

Subseção II
Da Notificação por Hora Marcada

Art. 72. Na ausência do infrator ou de seu preposto no local da infra-


ção, no momento da constatação de ilícito legal, a autoridade fiscal poderá promover
a notificação do autuado, por hora marcada, determinado o seu comparecimento
posterior ao local da infração ou ao órgão de fiscalização do Município, para dar o
ciente em documento específico.
42

§ 1º Não sendo possível colher o ciente do infrator no documento es-


pecífico referido no caput, pelo não atendimento à Notificação Por Hora Marcada ou
pela sua recusa em assiná-lo, a autoridade fiscal deverá registrar o fato em certidão,
que passará a fazer parte integrante do processo administrativo.

§ 2º O prazo para atendimento de Notificação Fiscal por Hora Marcada


será de 1(um) a 3(três) dias úteis.

Subseção III
Da Notificação/Orientação

Art. 73. Visando orientar ou informar o munícipe sobre a legislação vi-


gente poderá ser lavrada a respectiva Notificação/Orientação em consonância com
as diretrizes da administração municipal.

Seção V
Do Embargo

Art. 74. O Embargo é a ordem administrativa de paralisação de obra,


serviço ou intervenção irregular, efetivada através do Termo de Embargo.

§ 1º O Embargo será realizado cautelarmente por interesse público,


assim como pelo decurso de prazo concedido para o cumprimento das exigências
feitas, por determinação do Titular do órgão de fiscalização municipal.

§ 2º O Embargo poderá ser realizado por iniciativa da chefia da fiscali-


zação à qual esteja vinculado a autoridade fiscal autuante, quando constatado por
esta última, em auto de infração, o descumprimento das normas vigentes, desde que
aja a anuência do respectivo Titular da Pasta.

§ 3º O Embargo implica o impedimento da continuidade de qualquer


obra, serviço ou intervenção irregular e a cessação de possível ocupação, utilização
ou fruição do objeto embargado.
43

§ 4º O embargo somente cessará com o saneamento das irregularida-


des que o motivaram e daquelas ocorridas em seu eventual desrespeito.

Art. 75. O objeto embargado deverá permanecer paralisado na fase in-


dicada no Termo de Embargo.

§1º O objeto embargado deverá ser monitorado pela fiscalização.

§2º Ocorrendo descumprimento do Termo de Embargo será aplicada


multa diária pelo seu desatendimento.

Art. 76. Considera-se desrespeito ao Termo de Embargo:

I- O reinício ou a continuação da obra, serviço ou intervenção que contribua pa-


ra a consolidação ou ampliação do objeto embargado;

II- A modificação da situação do objeto embargado em relação à descrita no


momento da lavratura do Termo de Embargo, visando a consolidação da par-
te já implementada ou sua ampliação;

III- A ocupação, utilização ou fruição de edificação ou instalação correspondente


ao objeto embargado quando constatada qualquer participação do infrator por
ação ou omissão, direta ou indireta, na ocupação, utilização ou fruição referi-
das;

IV- A utilização ou fruição de equipamento ou mobiliário urbano correspondente


ao objeto embargado quando constatada qualquer participação do infrator por
ação ou omissão, direta ou indireta, na utilização ou fruição referidas;

§ 1º Somente será admitida a execução de serviços e obras em objeto


embargado para sanar situações de risco à segurança das pessoas ou bens,
indicadas em Laudo Fiscal, ou ainda, para a sua regularização.

§ 2º No caso de situação considerada grave pelo órgão de fiscalização


municipal e ocorrendo o desrespeito reiterado ao embargo administrativo, deverá ser
acionada a Procuradoria Geral do Município, para adotar procedimento judicial
cabível.
44

Art. 77. O órgão municipal competente poderá fixar placa indicativa de


Embargo ou equivalente no objeto embargado, ficando a mesma sob inteira
responsabilidade do infrator.

§ 1º A placa não poderá ser retirada do local fixado ou ter sua


visibilidade obstruída antes do devido levantamento do embargo;

§ 2º Caso seja extraviada, seu custo será cobrado do responsável pelo


objeto embargado.

Art. 78. O embargo cessará somente após sanada a irregularidade


causadora, mediante requerimento do autuado ao órgão competente da Prefeitura,
acompanhado dos respectivos documentos que atestem a regularização da situação
que deu causa à lavratura do auto de infração e comprovantes de pagamento das
multas e taxas devidas.

§ 1º O levantamento do embargo prescinde de vistoria fiscal e


respectivo relatório que ateste a regularização do empreendimento ou situação
irregular.

§ 2º A multa diária deixará de ser aplicada a partir da data do


levantamento do embargo.

§ 3º O oferecimento de defesa ou recurso pelo autuado não constituirá


causa impeditiva do embargo que será mantido até o julgamento definitivo do feito,
sendo que a defesa ou recurso não tem efeito suspensivo.

Seção VI
Da Apreensão e do Lacre, Do Termo de Desobstrução/Remoção, Da
Determinação de Retorno à Situação Original

Subseção I
Da Apreensão e do Lacre
45

Art. 79. Em caso de desobediência ao Termo de Embargo ou risco à


segurança das pessoas, poderão ser lavrados o Termo de Apreensão e o Termo de
Lacre, em qualquer fase do empreendimento ou intervenção irregular.

§ 1º Estão sujeitos ao lacre e apreensão os bens, tais como


instrumentos, petrechos, equipamentos, veículos de qualquer natureza, materiais e
outros elementos utilizados na realização, consolidação ou ampliação da infração.

§ 2º Os bens lacrados poderão permanecer no local sob a


responsabilidade do seu proprietário, ou poderá ser guardado pelo mesmo, desde
que seja mantido o respectivo lacre.

§ 3º Os bens apreendidos serão removidos do local da infração para o


órgão responsável pela fiscalização ou para o depósito público municipal, ficando
sob a custódia destes.

§ 4º Sendo impossível ou muito onerosa a remoção dos bens do local


da infração, esses serão lacrados e poderão ter como fiel depositário o próprio
interessado ou terceiros considerados idôneos, observada a legislação aplicável, até
o julgamento do processo administrativo.

Art. 80. No momento da apreensão ou lacre, lavrar-se-á o termo


próprio, que conterá a descrição dos bens a que se refira, a indicação do lugar onde
ficarão depositados, outros dados julgados necessários e a assinatura de quem
praticou o ato, entregando-se uma de suas vias ao proprietário ou seu preposto.

Parágrafo único. Sempre que possível proceder-se-á o


acondicionamento em embalagens, caixas e outros volumes que garantam a
inviolabilidade com lacres numerados.

Art. 81. Para os bens que não forem resgatados dentro de 30 (trinta)
dias, contados da ciência da apreensão, será declarada a perda de sua propriedade,
por ato da autoridade municipal competente.

§ 1º Os bens apreendidos que perderam sua propriedade por


abandono poderão ser:
46

I- doados para órgãos e entidades de caráter ambiental, beneficente, científico,


cultural, educacional, hospitalar, penal ou militar;

II- alienados em leilão público na forma de legislação específica;

§ 2º A importância apurada em leilão público será aplicada na quitação


das multas e das despesas feitas pelo Poder Público, devolvendo-se ao proprietário
o saldo, se houver, cujo prazo de retirada prescreverá em cinco anos, findo o qual
será incorporado ao erário municipal.

§ 3º Quando o custo para realização do leilão a que se refere o


§2º deste artigo for superior ao do bem apreendido, este poderá ser incorporado ao
patrimônio público municipal, preferencialmente ao patrimônio daqueles órgãos que
se encontrarem sob a condição de depositário ou tiverem exercido a ação fiscal
apreensora.

Art. 82. Não havendo impedimento consubstanciado em legislação


específica, a devolução dos bens apreendidos será realizada mediante
comprovante:

I- de pagamento de multas aplicadas e das devidas taxas;

II- de indenização à Prefeitura pelas despesas que tiverem sido feitas com sua
apreensão, transporte, depósito e outras apuradas.

Parágrafo único. Nos casos de anulação, cancelamento ou


revogação da apreensão, o órgão ou a entidade responsável pela apreensão
restituirá o bem no estado em que se encontra ou, na impossibilidade de fazê-lo,
indenizará o proprietário pelo valor de avaliação consignado no termo de
apreensão.

Art. 83. O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual


perecimento natural, danificação ou perda de valor de bens apreendidos não
cabendo ressarcimento em razão de tais ocorrências.

Art. 84. Serão inutilizados os bens:

I- danificados e impróprios para doação, reutilização, reciclagem ou


47

reaproveitamento, incorporação ao patrimônio público ou alienação em leilão


público;

II- quando houver o interesse público.

Art. 85. Serão remetidos ao órgão federal ou estadual competente os


bens apreendidos nocivos à saúde ou proibidos por lei.

Art. 86. A apreensão não desobriga o infrator ao pagamento da multa


formal a que for condenado.

Subseção II
Do Termo de Desobstrução/Remoção

Art. 87. O Termo de Desobstrução/Remoção é a ordem administrativa


devidamente fundamentada em processo administrativo, autorizada pelo titular da
pasta responsável pelos serviços de fiscalização, que sujeita o infrator a ter o
empreendimento ou instalação fixada na calçada, derribado e/ou removido pela
Prefeitura, sem aviso prévio, indenização, bem como qualquer responsabilidade de
revogação, podendo ocorrer em qualquer fase de execução do empreendimento
irregular.

§1º As despesas advindas de desobstrução e/ou remoção pelo Poder


Público Municipal deverão ser calculadas pela unidade administrativa da Prefeitura
responsável pela efetivação da mesma, acrescidas de 20% (vinte por cento) a título
de despesas administrativas, e apresentadas ao Departamento Contencioso Fiscal
do órgão de fiscalização municipal competente.

§ 2º O infrator será notificado pelo Departamento Contencioso Fiscal do


órgão de fiscalização municipal competente a proceder a liquidação das despesas
indicadas no §1º deste artigo, sob pena de inscrição na dívida ativa.

§ 3º A desobstrução e/ou remoção deverá ser devidamente descrita e


documentada, inclusive com fotografias.
48

§ 4º Na realização da desobstrução e/ou remoção deverão ser


atendidas as normas de segurança pertinentes.

Art. 88. A desobstrução e/ou remoção poderá ser sumária, autorizada


pelo titular da pasta responsável pelos serviços de fiscalização, independente de
outros procedimentos, quando ficar comprovada situação de risco à integridade
física das pessoas, causada, direta ou indiretamente, em função do elemento
obstrutivo ou irregular.

Subseção III
Da Determinação de Retorno à Situação Original

Art. 89. Os danos de qualquer natureza a terceiros, causados por


infração ou decorrente destas devem ser reparados por seus responsáveis, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, conforme legislação em vigor.

Art. 90. A determinação de retorno à situação original consiste em


determinação administrativa para regresso à condição mais próxima do original,
antes da prática da infração, atestada pelo órgão municipal competente.

Parágrafo único. Quando se tratar de patrimônio público, não


ocorrendo o retorno à situação original de acordo com as condições fixadas pelo
Município, este a realizará por seus meios, sendo o infrator notificado pelo órgão
municipal competente a proceder a liquidação das despesas, acrescidas de 20%
(vinte por cento), sob pena de inscrição na dívida ativa.

TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
49

Art. 91. Para fins de aprovação de projeto de arquitetura junto à


Prefeitura, ou em outros casos julgados necessários pelo poder público, será
obrigatória a apresentação do levantamento planialtimétrico, sem prejuízo de outras
exigências, contendo:

I- as cotas de níveis da sarjeta e da calçada junto à esta, nos alinhamentos de


todos os acessos de pedestres e veículos ao imóvel, conforme Figura ... do
Anexo II;

II- as cotas de níveis da calçada junto ao limite do terreno, nos alinhamentos de


todos os acessos de pedestres e veículos ao imóvel, conforme Figura ... do
Anexo II;

III- as cotas de níveis da sarjeta e da calçada junto à esta, na divisa com as


calçadas vizinhas, inclusive destas últimas, conforme Figura ... do Anexo II; ;

IV- as cotas de níveis da calçada junto ao limite do terreno, na divisa com as


calçadas vizinhas, inclusive destas últimas, conforme Figura ... do Anexo II.

V- as inclinações transversal e longitudinal da calçada.

Art. 92. Em casos onde seja permitida a inclinação transversal superior


a 3% (três por cento) nas faixas de serviço e de acesso, o responsável pela situação
de maior inclinação deverá resolver possíveis conflitos de diferença de nível com as
calçadas adjacentes como a seguir:

I- Quando o conflito ocorrer em calçadas com inclinação transversal máxima de


3% (três por cento), fica o responsável pela calçada com inclinação superior a
3% (três por cento), obrigado a realizar as obras de adaptação, sinalização e
segurança determinadas pelo Município, exclusivamente na calçada lindeira a
seu terreno, arcando com os custos de serviços e materiais.

II- Quando o conflito ocorrer em calçadas onde ambas não atendam a inclinação
máxima transversal de 3% (três por cento), ficam as partes envolvidas obriga-
das a realizar, em conjunto, as obras de adaptação, sinalização e segurança
determinadas pelo Município, arcando cada uma das partes com os custos de
serviços e materiais correspondentes à sua calçada.
50

Parágrafo único. Os elementos destinados à adaptação, sinalização e


segurança, de que trata o presente artigo deverão atender as Figuras ... do Anexo II
desta lei

Art. 93. A utilização da calçada para realização de canteiro de obras,


respectivas instalações destinadas à promoção de vendas e de tapume correspon-
dentes à obra em lote ou unidade territorial lindeira, deverá atender ao Código de
Obras e Edificações e no que couber ao Código de Posturas.

Art. 94. Caso a calçada lindeira ao imóvel não seja construída pelo seu
proprietário ou possuidor a qualquer título, na forma legal e no prazo estabelecido
pelo poder público, a mesma poderá ser executada ou adequada pelo Executivo,
sendo cobrada a respectiva despesa, incluídos os materiais e a contratação de mão
de obra temporária necessária à execução da obra, com acréscimo da taxa 20%
(vinte por cento) de administração.

Parágrafo único. A execução do serviço pela Prefeitura não dispensa


o proprietário de quaisquer outras obrigações legais, inclusive o pagamento das
multas.

Art. 95. Esta lei deverá estar permanentemente em consonância com a


ABNT NBR-9050/2004 ou sucedânea legal.

Parágrafo único. Exclusivamente para cumprimento do disposto no


caput deste artigo fica autorizada a realização das alterações necessárias nesta lei
por meio de decreto, após parecer da Comissão Técnica Permanente de Acessibili-
dade e Inclusão (CTPAI) ou sucedânea legal.

Art. 96. Ficam estabelecidas as seguintes áreas ou fatores para a de-


terminação de ações prioritárias, para efeito de planejamento, fiscalização e atendi-
mento de demandas referentes à regularização das calçadas e cumprimento dos
demais aspectos desta Lei:

I- rotas acessíveis e áreas determinadas pela Comissão Técnica Permanente


de Acessibilidade e Inclusão (CTPAI) ou sucedânea legal, ou estabelecidas
em leis, projetos urbanísticos, projetos de requalificação urbana, em corredo-
51

res da rede estrutural de transporte coletivo, situações emergenciais, dentre


outros com anuência da Prefeitura;

II- denúncias de irregularidades expressas em ordens de serviço ou processos;

III- vias expressas, arteriais e coletoras;

IV- edificações de uso público e coletivo, prioritariamente aquelas destinadas ao


setor educacional, cultural, de saúde e assistência social, lazer, e locais rela-
cionados as entidades das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Parágrafo único. No atendimento do inciso IV deste artigo deverão ser


adotadas as medidas buscando a regularização das calçadas nas quadras ou tre-
chos das vias no entorno, e nas rotas de ligação entre pontos e terminais de ônibus
e demais equipamentos urbanos com as edificações referidas neste parágrafo.

Art. 97. Fica o poder público Municipal obrigado a realizar ações


informativas e educativas permanentes visando a ampla divulgação, esclarecimento
e conscientização da população com relação a presente Lei e normas correlatas.

Art. 98. Fica o Poder Público Municipal autorizado a criar cargos


técnicos na área de engenharia civil, arquitetura e para tecnólogos nestas mesmas
áreas, para atuação no âmbito da acessibilidade em calçadas, com os seguintes
objetivos:

a- suporte técnico direto ao contribuinte;

b- planejamento e controle estratégico em médio e longo prazo para correção


das calçadas.

Art. 99. O poder público municipal deverá criar no prazo de 180 (cento
e oitenta) dias o Fundo Municipal de Acessibilidade, ao qual serão destinadas, den-
tre outras, as receitas oriundas das autorizações, licenças, multas, taxas e outras
arrecadações relacionadas:

I- a construção, modificação, reconstrução, adaptação e reconstituição das


calçadas;
52

II- obras, serviços e instalações realizados com o objetivo de implementar os


equipamentos urbanos de infraestrutura;

III- canteiros de obras e respectivos tapumes e instalações para venda, e


quaisquer outras instalações, permanentes ou provisórias, na calçada ou lo-
gradouro público.

Parágrafo único. As receitas objeto deste artigo, destinadas ao Fundo


Municipal de Acessibilidade, devem ser aplicadas exclusivamente na promoção e
implementação da acessibilidade do município de Goiânia.

Art. 100. Visando o cumprimento do princípio da publicidade estabele-


cido no Art. 37 da Constituição Federal de 1988, os órgãos municipais de licencia-
mento ou fiscalização deverão no prazo de 1 (um) ano disponibilizar no site da Pre-
feitura os respectivos fluxogramas de procedimentos administrativos e fiscais defi-
nindo os prazos e as ações pertinentes.

Art. 101. A Comissão Técnica Permanente de Acessibilidade e Inclu-


são (CTPAI) ou sucedânea legal, passa a ter natureza consultiva e deliberativa.

Art. 102. São partes integrantes desta Lei os Anexos I e II.

Art. 103. Fica alterado o inciso VII do artigo 42 do Código de Obras e


Edificações, Lei Complementar n.º 177/2008, que passa a vigorar com a seguinte
redação:

“VII- o passeio público, fora da área limitada pelo tapume, deverá:

a- ser mantido limpo e desobstruído;

b- ter piso contínuo, nivelado e desempenado, com superfície regular, firme, es-
tável, antiderrapante e não trepidante;

c- ter inclinação transversal máxima de 3% (três por cento);

d- ter inclinação longitudinal igual ao grade da rua;

e- ter assegurada a continuidade com as calçadas vizinhas;


53

f- ter rampas para acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e


rebaixo para veículos conforme normas pertinentes ;

g- possuir sinalização tátil indicando devidamente o caminhamento, os acessos


de veículos e o início e o final do tapume com a sinalização de alerta 50,00cm
antes destes pontos.

h- não possuir rampas na sarjeta.”

Art. 104. Fica alterado o ANEXO XVIII do Código de Obras e Edifica-


ções, Lei Complementar n.º 177/2008, que passa a vigorar conforme modelo da Fi-
gura ... do Anexo II desta Lei.

Art. 105. Fica alterado o Parágrafo Único, do Art. 2º, da Lei Comple-
mentar nº 194, de 30 de junho de 2009, que passa a vigorar com a seguinte reda-
ção:

“Parágrafo Único. Para os casos indicados a seguir fica definido o va-


lor 1,00 (um vírgula zero) para o Fator de Proporcionalidade “k”:

a) Muro de Arrimo (ou Cortina de Arrimo);

b) Muro/grade ou similar para fechamento de terreno privado em seu


limite;

c) Utilização do logradouro público para realização de tapume, canteiro


de obra ou instalação para promoção de vendas referentes a obra em imóvel lindei-
ro, cuja calçada correspondente tenha área total igual ou inferior a 200,00m² (duzen-
tos metros quadrados);

d) Demais casos não previstos nos incisos I, II, III e IV do art. 3º desta
Lei e nas alíneas “a” a “c” deste parágrafo.”

Art. 106. O Art. 3º, da Lei Complementar N.º 194, de 30 de junho de


2009, fica acrescido dos incisos III e IV com a seguinte redação:

“III – a área total da calçada para infrações relativas ou corresponden-


tes a utilização do logradouro público para realização de tapume, canteiro de obra
54

ou instalação para promoção de vendas referentes a obra em imóvel lindeiro, cuja


calçada correspondente tenha área total igual ou superior que 201,00m² (duzentos e
um metros quadrados);

IV – a área total de equipamentos ou instalações diferenciadas e ele-


mentos urbanos.”

Art. 107. Fica alterado o inciso III, do Art. 6º, da Lei Complementar N.º
194, de 30 de junho de 2009, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“III - a infração que ocorrer em área ou logradouro público pertencente


à via expressa, arterial ou coletora do sistema viário municipal nos termos da Lei
Complementar nº. 171/2007, suas modificações ou sucedânea legal. Fator de Agra-
vo: 10 (dez).”

Art. 108. Fica alterado o texto da “Descrição da Infração” para o “Dis-


positivo Legal Infringido” referente ao “Art. 42, inciso(s) I, II, III, IV, V, VI, VII e/ou VIII
(Continuação)” da Tabela I, do Anexo Único, da Lei Complementar N.º 194, de 30 de
junho de 2009, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“[...] e/ou utilizar o passeio público e/ou recuos para fechamento de


canteiro de obras e/ou respectiva instalação destinada à promoção de vendas, dei-
xando de atender os seguintes parâmetros para o passeio público fora da área limi-
tada pelo tapume: ser mantido limpo e desobstruído; ter piso contínuo, nivelado e
desempenado, com superfície regular, firme, estável, antiderrapante e não trepidan-
te; ter inclinação transversal máxima de 3% (três por cento); ter inclinação longitudi-
nal igual ao grade da rua; ter assegurada a continuidade com as calçadas vizinhas;
ter rampas para acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e rebai-
xo para veículos conforme normas pertinentes; não possuir rampas na sarjeta. [...] ”

Art. 109. Fica revogado o texto da “Descrição da Infração” para o “Dis-


positivo Legal Infringido” referente ao “Art. 55”, da Tabela I, do Anexo Único, da Lei
Complementar N.º 194, de 30 de junho de 2009.

Art. 110. Fica revogado o texto da “Descrição da Infração” para o “Dis-


positivo Legal Infringido” referente ao “Art. 55, inciso(s) I, II, III, IV, V e/ou VI”, da Ta-
bela I, do Anexo Único, da Lei Complementar N.º 194, de 30 de junho de 2009.
55

Art. 111. O Chefe Poder Executivo poderá regulamentar esta Lei para
detalhar normas, definir conceitos, competências e atribuições de cada órgão res-
ponsável pela observância das regras nela estabelecidas.

Art. 112. Esta Lei entrará em vigor imediatamente após a sua publica-
ção e circulação e será regulamentada, no que couber, em até 1 (um) ano, contado
de sua vigência, revogadas expressamente as seguintes disposições legais:

a) artigo 55, da Lei Complementar n.º 177, de 09 de janeiro de 2008;

b) artigo 2º, da Lei n.º 6.673, de 16 de setembro de 1988;

c) artigos 8º, 9º, 11 e 18, da Lei n.º 8.644, de 23 de julho de 2008;

d) artigo 5º, da Lei n.º 8.920, de 22 de junho de 2010;

e) parágrafos 3º e 4º do artigo 10, da Lei 8.937, de 23 de julho de 2010;

f) Leis Ordinárias nº 8.512, de 15 de fevereiro de 2007; nº 6.767, de 26 de ju-


lho de 1989; nº 8.453, de 07 de agosto de 2006; nº 8.573, de 08 de novem-
bro de 2007;

g) Leis Complementares nº 113, de 10 de junho de 2002; nº 164, de 09, de ja-


neiro de 2007.
56

ANEXO I

Tabela de parâmetros técnicos


TABELA 1
Larguras das faixas da calçada; inclinações transversais máximas*; larguras das lixeiras; permis-
são para ajardinamento /floreira.
Largura da Dimensões em metros (m), exceto inclinação transversal
calçada (L)
em metros Faixa de serviço Faixa livre Faixa de acesso
(m)
Largura da calçada
------------- -------------
L < 1,50 (***)
------------- Inclinação máxima de 3% -------------
Largura mínima de 1,50
Largura restante da calçada -------------
(***)
Inclinação máxima de 3% para
1,50 ≤ L < 2,10 calçadas novas e 8,33% para Inclinação máxima de 3% -------------
calçadas antigas (**)
Largura permitida da lixeira:
------------- -------------
0,45
Largura mínima de 1,50
Largura de 0,60 a 1,00 Largura: restante da calçada
(***)
Inclinação máxima de 3% para Inclinação máxima de 3%
calçadas novas e 8,33% para Inclinação máxima de 3% para calçadas novas e 8,33%
2,10 ≤ L < 3,00 calçadas antigas (**) para calçadas antigas (**)
Largura permitida da lixeira:
------------- -------------
0,45 a 0,60
Permitido floreira conforme Permitido ajardinamento
-------------
artigo 14 desta Lei conforme artigo 22 desta Lei.
Largura mínima de 1,50
Largura de 0,70 a 1,00 Largura: restante da calçada
(***)
Inclinação máxima de 3% para Inclinação máxima de 3%
calçadas novas e 8,33% para Inclinação máxima de 3% para calçadas novas e 8,33%
3,00 ≤ L < 4,00 calçadas antigas (**) para calçadas antigas (**)
Largura permitida da lixeira:
-------------
0,45 a 0,85
Permitido floreira conforme Permitido ajardinamento
-------------
artigo 14 desta Lei conforme artigo 22 desta Lei.
Largura mínima de 2,00
Largura de 0,70 a 1,00 Largura: restante da calçada
(***)
Inclinação máxima de 3% para Inclinação máxima de 3%
calçadas novas e 8,33% para Inclinação máxima de 3% para calçadas novas e 8,33%
L ≥ 4,00 calçadas antigas (**) para calçadas antigas (**)
Largura máxima da lixeira:
------------- -------------
0,45 a 0,85
Permitido floreira conforme Permitido ajardinamento
-------------
artigo 14 desta Lei conforme artigo 22 desta Lei.
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NOTAS DA TABELA I DO ANEXO I:

1- O atendimento desta tabela deverá estar em consonância com os demais parâmetros desta
Lei.
2- Na largura da faixa de serviço está incluso o meio-fio.
3- (*) com queda no sentido do lote para o meio-fio.
4- (**) deverá ser observado o Artigo 92 desta lei.
5- (***) permitida a largura mínima de 90cm (noventa centímetros) para a faixa livre nos
pontos de conflito.
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ANEXO II
Desenhos

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