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www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA
ARTÉRIA SUBCLÁVIA
As artérias Subclávias são responsáveis por suprir o pescoço, o membro superior e o encéfalo. Apresenta um
trajeto inicial ascendente, posteriormente à articulação esternoclavicular de cada lado, na raiz do pescoço. Sobre a 1ª
costela, curvam-se lateralmente e passam a ter trajeto descendente em direção ao terço médio da clavícula, para
penetrar no canal cérvico-axilar, adotando o nome de artéria axilar (passa a chamar-se artéria axilar após ultrapassar a
margem externa da 1ª costela).
A artéria subclávia está dividia em três porções em relação ao M. escaleno anterior, pelo qual passa
posteriormente. Quanto aos seus principais ramos, para interesse de estudo do membro superior, nos cabe descrever
apenas o tronco tireocervical, que se origina da primeira porção da A. subclávia, ou seja, medialmente ao músculo
escaleno anterior. Este tronco dá origem a três ramos: artéria tireoide inferior, artéria supra-escapular e artéria cervical
ascendente. A artéria supra-escapular, como já vimos, atravessa a incisura da escápula, sobre a margem superior para
suprir músculos da face posterior deste osso.
ARTÉRIA AXILAR
A artéria axilar nada mais é que a continuação da artéria subclávia quando esta passa da margem lateral da 1ª
costela, terminando em nível da margem inferior do M. redondo maior, quando esta artéria passa a receber o nome de
artéria braquial e supre estruturas do segmento braço. Durante seu trajeto, a artéria axilar se relaciona por entre os
fascículos do plexo braquial, dando as suas respectivas designações.
Esta artéria segue profundamente ao músculo peitoral menor, sendo dividida, por critérios didáticos, em três
porções de acordo com a sua relação com o músculo:
A primeira porção da artéria axilar está situada entre a margem lateral da primeira costela e a margem medial do
M. peitoral menor. Como ramo, apresenta a artéria torácica superior.
A segunda porção da artéria axilar situa-se posteriormente ás fibras do M. peitoral menor e apresenta dois
ramos: as artérias toracoacromial e torácica lateral, que suprem a articulação do ombro e a parede torácica,
respectivamente.
A terceira porção estende-se da margem lateral do M. peitoral menor até a margem inferior do M. redondo maior
e possui três ramos: A. subescapular (que se bifurca em Aa. circunflexa da escápula e toracodorsal), A.
circunflexa anterior (menos calibrosa) do úmero e A. circunflexa posterior do úmero (maior e mais calibrosa).
Estas duas últimas, muito frequentemente, se originam de um tronco comum. Elas se relacionam, assim como o
N. axilar, com o colo cirúrgico do úmero, suprindo estruturas do ombro, assim como a cabeça do úmero.
ARTÉRIA BRAQUIAL
Ao passar pelo nível marcado pela margem inferior do M. redondo maior, a artéria axilar recebe o nome de A.
braquial, principal responsável pelo suprimento arterial do braço. Esta artéria termina na região da fossa cubital, bem em
nível do colo do rádio, onde se divide em artérias radial e ulnar.
A artéria braquial adota um trajeto relativamente superficial, sendo facilmente palpável na face medial e superior
do braço, ou seja, no sulco bicipital medial. A artéria braquial acompanha, em todo seu trajeto no braço, o N. mediano, o
qual se localiza lateralmente a ela em grande parte deste percurso, mas cruza-a anteriormente de maneira gradativa.
Além dos ramos principais que serão descritos agora, a artéria braquial emite pequenos ramos musculares e a artéria
nutrícea do úmero.
Os principais ramos da artéria braquial são as artérias braquial profunda e colaterais ulnares superior e
inferior. Estes ramos estão diretamente envolvidos nas anastomoses que formão a rede arterial da articulação do
cotovelo, juntamente às artérias recorrentes, que se originam das Aa. radial e ulnar e retornam ao cotovelo para construir
anastomoses.
Artéria braquial profunda: é o maior e principal ramo da artéria braquial, que surge, na maioria das vezes, 3 cm
abaixo do início de seu trajeto braquial. Esta artéria segue posteriormente ao úmero, no sulco para o nervo radial
juntamente com este. Ela termina se dividindo em dois ramos, um ascendente (que segue para se anastomosar
com as Aa. circunflexas do úmero) e um descendente (que se bifurca nas Aa. colaterais média e radial, que
também formam a rede arterial do cotovelo).
Artéria colateral ulnar superior: origina-se da face medial da A. braquial bem no terço médio do braço e
acompanha o N. ulnar no seu trajeto posterior ao epicôndilo medial. Se anastomosa com a recorrente ulnar
posterior para formar as anastomoses do cotovelo.
Artéria colateral ulnar inferior: origina-se da face medial da A. braquial próximo à fossa cubital. Segue
medialmente e anteriormente ao epicôndilo medial para se anastomosar com a A. recorrente ulnar anterior.
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Artéria ulnar.
A artéria ulnar é a mais medial das artérias do antebraço, seguindo trajeto profundo ao M. flexor ulnar do carpo,
onde sua pulsação pode ser aferida. Seus ramos, além de suprir músculos do antebraço, entram na formação da rede
arterial do cotovelo: artérias recorrentes ulnares anterior e posterior (anastomosam-se com as artérias colaterais
ulnares inferior e superior, respectivamente), artéria interóssea comum (curto ramo da A. ulnar, pois se divide em A.
interóssea anterior, que segue junto ao nervo interósseo anterior; e A. interóssea posterior, que segue junto ao N.
radial profundo ou N. interósseo posterior) e ramos musculares da A. ulnar (sem denominações específicas).
Artéria radial.
Das artérias principais do antebraço, a A. radial é a mais lateral, podendo ter a sua pulsação aferida tanto na
região lateral do pulso quanto na tabaqueira anatômica, onde a artéria segue em seu assoalho para formar o arco
palmar profundo. Os principais ramos desta artéria são: artéria recorrente radial (que participa das anastomoses
arteriais do cotovelo, junto aos ramos originados do ramo descendente da A. braquial profunda) e ramos musculares
da artéria radial (sem denominações específicas).
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