Departamento de Antropologia
Teoria Antropológica - 2º Semestre de 2016
Turma: B
Professor: Henyo Trinidade Barreto Filho
Aluno: Cesar Augusto Aspiazu S. - 14/0134492
Introdução
principais teóricos da antropologia, apresentar suas teorias e conceitos centrais, tentando explanar
questões importantes dentro dessa temática. Não buscando responder, mas estabelecer uma
Inicialmente, antes de abordar o tema, é importante ressaltar que o objetivo deste trabalho
antropologia evolucionista a respeito do mesmo tema. É importante lembrar que o estudo sobre a
mente do ser humano não se restringe ao pensamento antropológico, são encontradas diversas
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Parte-se aqui do pressuposto de que o estudo sobre mente deve ser feito da maneira mais abrangente possível,
busca-se interdisciplinaridade para o melhor entendimento de mentalidade nos seus mais variados níveis de análise.
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Mente e a construção de significados
sociedade para outra, levando em consideração o tempo e espaço ocupado pelas mesmas, é um
tudo aquilo que envolve nossas ações e nossa compreensão do mundo, assim como as nossas
relações com outros humanos, (Toren, 2012) toda informada pela história prévia de nossas vidas,
a história até o momento presente, dessa maneira o ser humano é completamente social, e o
mundo de pessoas e coisas que ele habita fazem parte de toda a sua constituição.2
informações, modelos cognitivistas, mas estes não podem captar sua dinâmica intrínseca. Ao
mesmo tempo em que a ideia de que muito daquilo que os humanos dizem e fazem é produto de
uma construção cultural constituindo uma grande parte da antropologia, não são suficientes para
ser humano nas sociedades ou como a singularidade peculiar a cada um de nós se situa no que
temos em comum com o resto do mundo. O que não significa que este deva ser pressuposto para
sua mente.
Nesse sentido, o passo principal para evolução da mente moderna teria sido a passagem
complexos, criar arte, ter crenças religiosas e fazer ciência (Mithen, 2002). As análises
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Os seres humanos em sua composição são seres sociais, com isso, a construção de sua mente parte de seus
relacionamentos interpessoais para assim ter uma construção de self, uma identidade, dessa maneira os seres
humanos são sua história, sua biografia.
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etnográficas de relações sociais são essenciais para o entendimento da especificidade histórica da
intersubjetividade em qualquer caso e, assim, para mostrar como os processos de aprendizado são
eles mesmos, estruturados de acordo com certas ideias a propósito do que são e do que podem ser
os humanos.
encontrar teorias gerias.3 Sua tarefa persistia em investigar o papel da religião nas sociedades,
considerando sua função de manter a unidade do grupo. (Goncalves e Ferreira, 2015) Ele
pensamento humano.
Selvagem, o autor deu sua contribuição ao Totemismo (Goncalves e Ferreira, 2015). Sua proposta
humano, e não entender a relação entre um clã e seu totem. (Durkheim, 1996)
A inteligência social é discutida por muitos antropólogos clássicos, como por exemplo,
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Em sua opinião, a ciência social deve ser puramente holística, devem-se estudar os fenômenos atribuídos à
sociedade em geral, em vez de se limitar às ações específicas dos indivíduos.
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Os homens do século XVI são assimilados à caracterização dos primitivos, os modos de
pensar e de sentir dos povos ditos primitivos, com a indiferença às regras da lógica do
Posteriormente Marcel Mauss ao detalhar a noção do sujeito, conduz a uma série de ramificações
do self, do nosso eu, podendo ser encontrado em vários povos, este autor parece não fazer uma
distinção muito evidente no que se refere a mentalidade dos povos primitivos em contraposição
com os modernos.
funcionamento dos povos primitivos (Sobral, 1987). Finalmente, de maneira resumida, Lévi-
Strauss com o seu estudo sobre o totemismo explica a relação do ser humano com a natureza; a
relação entre natureza e cultura. Consequentemente, nesta perspectiva, ele dirá que a natureza
está na capacidade humana de classificar as coisas, e a cultura seria o modo como cada o faz. E,
ao buscar o entendimento do pensamento mítico, o autor traz uma analogia ao Bricolage, a arte e
ao jogo (Goncalves e Ferreira, 2015). O pensamento mítico, assim como a arte e o Bricolage
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Segundo Lévy-Bruhl, os homens das sociedades chamadas pouco diferenciadas teriam uma mentalidade pré-
lógica, que não estaria submetida aos princípios de contradição e causalidade, mas seria baseada em representações
míticas.
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constroem suas coisas a partir de um arsenal de signos já estabelecidos, assim, em resumo, é o
Argumenta-se que o único mecanismo que pode, de fato, explicar o rápido processo
evolutivo tem um caráter cultural e social (Bartra e Graham, 2007). Mas utilizar uma distinção
entre o primitivo e o moderno é algo que parece não caber no debate das ciências sociais, pelo
campo científico, nesse sentido, apropriamo-nos de conceitos de áreas próximas para ajudar em
nossa compressão da realidade, mas nem sempre os utilizamos da maneira correta, pois a
temporais diferentes. Dito problema é abordado -de maneira suplementar no que se refere às
interfaces entre as ciências sociais e cognitivas- a seguir, este que ainda é uma fronteira do campo
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funcionamento. Por conseguinte, para abordar a teoria do conhecimento humano, a religião escolhida
concepção similar no que se refere a constituição de um pensamento próprio dos povos chamados
de primitivos na era clássica, na época era ampla a aceitação da concepção de existência de uma
mesma forma de pensamento para qualquer outra sociedade. Dessa maneira podemos perceber
claramente como para os seres sociais o conhecimento é construído, com nossas ações e relações
sociais, por meio da linguagem e por nossa comunicação, damos significados e criamos símbolos para
Não basta nos relacionarmos como seres dotados de mente, pois essas mentes
são, como disse certa vez Clifford Geertz, plenas de pressupostos. Para que a
“sociedade” seja possível, esses pressupostos têm que ser os mesmos. (Turner,
2014)
Considerações finais
e modernos, por parte de teóricos da antropologia clássica é apontada como parte central do
neurociência, que há de tratar de maneira mais precisa e objetiva o fenômeno de mente em seres
humanos, juntamente com seu processo evolutivo, evolutivo aqui utilizado no sentido estrito da
apareceu uma mente simples; com uma maior complexidade da mente veio a
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existência e só mais tarde chegou o pensamento. E para nós, no presente, quando
esta não estaria dividida entre povos, e muito menos sendo estes usufruidores de mentalidades
capacidade de pensamento não diverge, as mudanças são as manifestações, que variam de cultura
que utilizamos para nos comunicar tem os seus substratos neurais, assim, por meio da cultura e de
suas diferentes inter-relações, a linguagem muda, e os significados que damos ao mundo também
estão atrelados a esse processo mental, nossa mente se diferencia da de outros animais pela
culturais, (Saraiva, 2014) assim, devemos entender o mundo de uma maneira mais ampla,
deve ser relacionada com todo o organismo que possui cérebro e corpo integrados, encontrando-
se estes em plena interação com um meio ambiente físico e social, sendo seres sociais, produtores
ciências cognitivas e das ciências sociais, existem pontes convergentes no que se refere ao estudo
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da mente, é importante ressaltar que como humanidade, não há mentes mais ou menos
Referencias bibliográficas
DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes. 2. ed. Sao Paulo: Companhia das Letras, 2015.
TURNER, S. Teoria social e neurociência. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 26,
n. 2, p. 71–88, 2014.