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MARCELA FELÍCIO DE OLIVEIRA RODRIGUES

RESENHA:

O Manifesto Comunista

Trabalho apresentado como requisito de


aprovação da disciplina Sociologia, ministrada
pelo professor Adriano Santos, no curso de
licenciatura em História, na Universidade
Federal de Alfenas.

Alfenas
2017

RESENHA - O Manifesto Comunista


Bibliografia básica: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista.
Tradução Maria Lucia Como. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

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A força motivadora da produção da obra de Marx e Engels, O manifesto


comunista, fica bem explícita logo na introdução do livro, uma crescente e notável
necessidade de posicionamento do partido comunista em relação a suas metas e
tendências. Para tanto, os autores traçam o percurso e contexto históricos que
produzem a classe proletária.

A primeira frase do livro é taxativa e emblemática, “A história de todas as


sociedades que já existiram é a história de luta de classes” (MARX; ENGELS, 1988,
p. 9), a partir disso Marx e Engels mostram como, no decorrer da história, desde os
primórdios do processo de civilização, as relações sociais se dão por meio da
exploração de um homem pelo outro, ou seja, entre opressor e oprimido.

Se, num exercício retrospectivo, percebemos os inúmeros níveis de


estratificação social na Roma Antiga e na Idade Média, no modelo de sociedade que
vigora pós queda do sistema feudal esse “antagonismo de classe” é cada vez mais
evidente e mais simples, sendo representado por dois grandes inimigos: burguesia e
proletariado.

Em um contexto de exploração e descoberta de terras e mares, a ampliação


da navegação e do comércio, e consequentemente, da indústria dão impulso a até
então classe revolucionária burguesa, que deixava para trás um sistema feudal em
ruínas por ser ineficiente em atender as demandas desse novo formato de
sociedade. Crescia a necessidade, crescia a produção, revolucionava a indústria
com o vapor: o modelo manufatureiro dá lugar a uma indústria de grandes
dimensões e abrangência e a classe média dá lugar aos burgueses milionários e
modernos.

Uma importante discussão trazida à tona pelos autores é o papel do Estado.


Para Marx e Engels, o desenvolvimento da burguesia era acompanhado por
transformações nos meios de produção e troca, e além disso, trazia consigo um
avanço político correspondente. A partir disso, concluem que, no Estado moderno a
burguesia conquistou e garantiu autoridade política para sua própria classe, ou seja,
“O Poder Executivo do Estado moderno não passa de um comitê para gerenciar os
assuntos comuns de toda a burguesia.” (MARX; ENGELS, 1988, p. 13).

Segundo os autores (1988, p. 14), a burguesia se torna uma classe diferente


das demais pela sua capacidade de renovar os instrumentos e as relações de
produção e consequentemente as formas de interação dos homens e de toda a
sociedade. Tudo se revoluciona constantemente, de forma que tudo se torna
antiquado, antes que possa ossificar. A crescente necessidade e capacidade de
ocupar todos os espaços confere a burguesia um caráter cosmopolita, arrastando
até a nação considerada mais bárbara para o patamar da civilização, caso contrário,
está fadada a extinção. Assim molda um mundo à sua imagem, transformando-se
em um novo Deus.

É necessário pontuar que os autores dão especial ênfase ao caráter


revolucionário da burguesia, pois para que esta se estabelecesse enquanto classe
dominante e junto a isso inaugurasse o modo de produção capitalista, teve que
revolucionar e superar os poderes monárquico e religioso que formavam as bases
do sistema feudal.

Todo esse poder conquistado tem como consequência a centralização


política, criação de blocos, grupos unidos por interesses comuns. O modelo de
produção capitalista implantado e consolidado pelos burgueses modernos se
fundamenta na demasia da superprodução, das indústrias, do comércio, dos meios
de subsistência, e esses elementos constroem a ponte para as grandes crises.
Nesse sentido, Marx e Engels (1988, p. 19) afirmam que as armas com as quais a
burguesia derrotou o sistema feudal agora voltam-se contra ela, e além disso, foi a
própria classe burguesa que forjou os homens que a destruirão: o proletariado.

Os autores mostram como o proletariado se desenvolve enquanto classe e


estabelece a luta contra a burguesia, por muito tempo ainda constituindo uma massa
disforme de trabalhadores dispersos por todo país. Das diversas batalhas travadas
entre burguesia e proletariado, poucas foram as vitórias dos trabalhadores, no
entanto Marx e Engels (1988, p. 25) ressaltam que sua maior conquista foi a união
cada vez mais forte e ampla da classe trabalhadora. Ou seja, a burguesia fornece ao
proletariado elementos de educação geral e política que são as armas para sua
vitória.
Marx e Engels atribuem ao proletariado a característica de única classe
verdadeiramente revolucionária, pois estes conduzem um movimento da maioria
defendendo os interesses da maioria. Todas as classes que em algum momento
tomaram o poder impuseram à sociedade suas condições de apropriação, no
entanto, o proletariado só pode se tornar detentor das forças produtivas na medida
em que extingue as condições de apropriação anteriores. Assim, essa classe nada
tem a reforçar, apenas a destruir, tornando-se a única a realmente capaz de
revolucionar.

Quando os autores passam para a abordagem da relação entre Proletários e


Comunistas, tentam mostrar como os comunistas estão em busca da maior união
entre os trabalhadores e defendem os interesses da classe como um todo, em
caráter nacional e internacional, se colocando como “[...] a parcela mais avançada e
resoluta dos partidos de classes trabalhadoras de todo o país [...]” (MARX; ENGELS,
1988, p.31). Colocam três ações como meta do partido: a consolidação do
proletariado como classe, o fim do domínio da burguesia e a tomado do poder pelos
trabalhadores.

O que distingue o partido comunista dos demais é a intenção de extinguir a


propriedade privada dos burgueses modernos, pois entendem que esta é a
concretização do sistema de produção capitalista e fundamenta-se no antagonismo
de classes e na exploração humana. Nesse sentido, Marx e Engels afirmam que “Na
sociedade burguesa, trabalho para viver não passa de um meio de um meio de
aumentar o trabalho acumulado. Na sociedade comunista, trabalho acumulado não
passa de um meio de ampliar, enriquecer, promover a existência do trabalhador.”
(MARX; ENGELS, 1988, p.35).

O partido comunista entende a detenção do capital, consequentemente da


propriedade privada, mais do que apenas como condição e conquista pessoal, mas
como poder social. Assim, ao extingui-la, socializa os meios de produção e a
necessidade do subjugo de um homem por outro, de uma classe por outra. Nesse
sentido, Marx e Engels afirmam que “O comunismo não priva homem algum do
poder de se apropriar de produtos da sociedade. Tudo o que ele faz é privá-lo do
poder de subjugar o trabalho de outros por meio de tal apropriação.” (MARX;
ENGELS, 1988, p.36).
Pelo caráter “panfletário” da obra, os autores elencam algumas medidas que
devem ser realizadas para que a burguesia seja derrotada e o proletariado tome o
poder. E reforçam a necessidade da luta ser protagonizada pelos trabalhadores, pois
ao assumirem o posto de classe dominante e fazerem de suas ideias a de seu
tempo colocarão fim ao antagonismo de classe.

A obra de Marx e Engels busca fomentar uma consciência da classe


trabalhadora, mais especificamente a alemã, para que esta trave suas lutas contra a
burguesia. A partir do uso da História e da Sociologia, apresentam de forma simples
e didática o trajeto humano de civilização - ou barbárie - que se fundamenta na
exploração dos demais, e localiza historicamente o papel da classe trabalhadora na
sociedade burguesa de classes - capitalista. Os autores elaboram um programa de
medidas a serem realizadas e chamam os trabalhadores a luta. O texto termina com
a emblemática e atual frase “PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS”,
que nos instiga hoje a pensar onde esse ambiente de vésperas de uma revolução
proletária foi parar...

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