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I Ching

- Manual do Usuário -

Gilberto Antônio Silva


fredtreyehdheh
GILBERTO ANTÔNIO SILVA

I CHING -
MANUAL DO USUÁRIO

1a edição

São Paulo
Edição do Autor
2012
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

SILVA, Gilberto Antônio.


I Ching – manual do usuário/ Gilberto Antônio Silva. – São Bernardo do Campo, SP:
Gilberto Antônio Silva, 2012.
267 p.

ISBN: 978-85-914435-0-5

1. Sabedoria 2.Filosofia de Vida 3.Filosofia Chinesa I. Titulo.

CDD 199

Publicação do próprio autor. Respeite o autor nacional.

Mais informações sobre o Prof. Gilberto Antônio Silva e suas várias obras:
www.laoshan.com.br
Agradecimentos
Gostaria de agradecer primeiramente à minha esposa, Cristina, por
todo o apoio e incentivo que sempre me deu. Ela é o esteio de minha
vida.

À minha mãe, Zelinda, por sempre ter me apoiado e me presenteado


com a primeira edição do I Ching de minha biblioteca, além de iniciar
meu gosto pela filosofia oriental. Uma grande inspiração!

Agradeço também a minha grande amiga Ezelise, por toda a força


dispendida comigo.

A todos os Mestres orientais que cruzaram o meu caminho e acaba-


ram influenciando minha jornada.

A todos os Grandes Mestres da antigüidade que nos legaram esta


preciosidade universal que é o Livro das Mutações.

Muito obrigado.

Dedicatória
Dedico este livro a todos as pessoas que buscam sinceramente uma
compreensão maior do Universo através dos enigmáticos hexagramas
do I Ching.

Que a Luz sempre acompanhe seu Caminho.


Sumário

09 Introdução
13 Capítulo 1: O que é I Ching?
17 Capítulo 2: Origens Mitológicas e Arqueológicas
22 Capítulo 3: Fundamentos Filosóficos
50 Capítulo 4: O I Ching Taoísta e o Confucionista
55 Capítulo 5: Os Trigramas
71 Capítulo 6: Os Ba Guas
88 Capítulo 7: Os Hexagramas e suas Linhas
105 Capítulo 8: A Estrutura do texto do I Ching - Julgamento,
Linhas, Imagem e Comentários
110 Capítulo 9: O I Ching como livro filosófico
119 Capítulo 10: Aplicações Terapêuticas
133 Capítulo 11: Artes Marciais e I Ching
156 Capítulo 12: Os Diagramas Pi
165 Capítulo 13: Influência no Feng Shui
186 Capítulo 14: I Ching no Qigong e na Alquimia Interna
204 Capítulo 15: Numerologia
223 Capítulo 16: Oráculo e Métodos de Consulta
251 Epílogo
252 Glossário de Termos Chineses
255 Bibliografia Consultada
259 Anexo I: Tabela para Encontrar um Hexagrama
260 Anexo II: Os 64 Hexagramas
267 O Autor
8 I Ching - Manual do Usuário
Gilberto Antônio Silva 9

Introdução
Introdução

Minha primeira sentença poderá ser muito chocante para você: não
sou um erudito em I Ching. Eruditos passam anos e anos desvendan-
do as minúcias dos textos, procurando saber se “ganso” seria uma
metáfora ou o animal em si, e se por acaso existiam gansos naquela
parte da China e naquela época. Detalhes demais para um taoísta. Me
considero um buscador do Caminho, um “Homem do Tao”. Como
taoísta, sempre recorri à sabedoria deste livro para me ajudar a com-
preender a estrutura energética e as consecuções de eventos do Uni-
verso. O I Ching foi muito importante em minha vida. Mas procurei
compreender a natureza da sabedoria desta obra e em como relacioná-
la com outras práticas, técnicas ou filosofias. E é sobre isto que este
livro fala.

O I Ching tem o dom de tornar a estrutura fundamental do Universo


aberta a qualquer pessoa que se interesse em descobrir seus segredos.
É um conhecimento de altíssimo nível, colocado de maneira demo-
crática para qualquer pessoa utilizar.

Meu primeiro contato com o I Ching foi em 1982. Eu já contava com


cinco anos de estudos em filosofia oriental e a inclusão do I Ching em
minha biblioteca era apenas uma questão de tempo devido à sua im-
portância. Naquela época havia apenas duas ou três traduções do I
Ching em português, algumas muito ruins, como uma que trazia como
texto da primeira linha do Hexagrama 47 (traduzido ali como “O
Atolamento”): “Sua bunda ficou presa no tronco de uma árvore mor-
ta”. Nada sutil...

Meu primeiro exemplar foi o “Livro das Transmutações”, de John


10 I Ching - Manual do Usuário

Blofeld, o que me levou ao I Ching de maneira bem consistente. Neste


mesmo ano foi introduzida em nosso país a clássica versão de Richard
Wilhelm em um excepcional trabalho de tradução para a versão bra-
sileira, feito por Alayde Mutzenbecher e Gustavo Alberto Correa Pin-
to e editada pela Editora Pensamento. Embora eu não seja um grande
simpatizante das traduções de Wilhelm, o trabalho árduo de nossos
dois conterrâneos cruzando todo tipo de referência para poder exe-
cutar esta primorosa tradução sempre me fizeram ver esta versão com
grande respeito.

Naqueles tempos remotos o esoterismo ainda não era moda e os que


se dedicavam a esta área estudavam na verdade o “oculto” ou as “ci-
ências ocultas”, como então chamávamos estas coisas. O I Ching sem-
pre pairou entre o ocultismo e a filosofia, sendo que após o modismo
esotérico dos anos 90 ele entrou definitivamente na orla dos
“esotéricos”. A meu ver, um grande erro de interpretação.

Quer você seja um leigo e tenha apenas curiosidade ou já tenha uma


certa experiência e queira se aprofundar no I Ching, este trabalho lhe
mostrará algumas direções interessantes para seu estudo. Não quis
fazer apenas mais uma obra sobre o I Ching, já que hoje existem deze-
nas de livros editados em português, mas desejei abordar o assunto
de uma maneira diferente: as várias faces e aplicações desta obra, de
livro filosófico a auxiliar terapêutico. Você compreenderá a estrutura
de funcionamento do I Ching e verá como aplicá-lo em áreas tão dife-
rentes como acupuntura, autoconhecimento e artes marciais. Meu in-
tuito não é esgotar o assunto, de modo algum, mas oferecer a minha
contribuição a todos aqueles que se interessam pelo Livro das Muta-
ções e também como acréscimo à egrégora do I Ching, em retribuição
a tudo o que os antigos mestres nos legaram. Seja você um iniciante,
um estudioso intermediário ou mesmo um pesquisador avançado,
terá alguma coisa a aprender aqui: um rumo, uma dica, uma aplica-
ção nova ou um novo ângulo de visão. Ao se deparar com temas já
conhecidos, tenha paciência e experimente prosseguir a leitura.
Gilberto Antônio Silva 11
Ao contrário de outras obras sobre o assunto, não trago a tradução
dos textos dos hexagramas, por isso este livro é um “manual do usu-
ário”. Existem várias opções do texto original em português, para to-
dos os gostos, de autores consagrados e mais abalizados para isto do
que eu. Use a versão em que se sentir mais à vontade. Minha idéia
aqui é mostrar apenas direções e abordagens.

Procurei escrever da forma mais simples possível, como um bate-papo


entre você e eu. Esta obra não é um trabalho acadêmico, nem me pre-
ocupei com este aspecto formal. Trata-se de uma viagem por limites
pouco conhecidos, onde a lógica ocidental muitas vezes falha em sua
decifração. Convido-o, caro leitor, a fazer uma pequena caminhada
comigo nesta área tão vasta e prodigiosa que é o I Ching.

Que este simples trabalho possa servir como incentivo e


direcionamento para seus estudos. E que estes estudos jamais parem.

Boa leitura.

Gilberto Antônio Silva


12 I Ching - Manual do Usuário

Referências
Todas as citações do I Ching presentes nesta obra, salvo se mencionada
outra coisa, foram extraídas da tradução de Richard Wilhelm na
versão em português feita por Alayde Mutzenbecher e Gustavo
Alberto Correa Pinto e editada pela Editora Pensamento. Poderia ter
utilizado uma outra versão ou mesmo a minha própria, mas a de
Wilhelm é quase um padrão entre pesquisadores de I Ching de todo
o mundo e a tradução brasileira é excepcional. Isto facilitará a
expansão posterior de seus estudos. Também as citações dos
comentários de Confúcio foram retiradas desta versão.

As citações do Tao Te Ching que aparecem aqui foram todas extraídas


da versão do Mestre Wu Jhy Cherng, fundador da Sociedade Taoísta
do Brasil, editada pela Mauad Editora. É sem dúvida a melhor versão
em português deste livro indispensável, pois foi feita por um Mestre
taoísta diretamente do chinês arcaico para o português.
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Capítulo 1: O que é I Ching?

O I Ching [Yi Jing] é um dos livros mais antigos da humanidade, es-


crito há mais de 3.000 anos com validação histórica. Podemos afirmar
que a quase totalidade da cultura chinesa se desenvolveu ao seu re-
dor, influenciando ainda uma grande parte da Ásia, especialmente o
Extremo Oriente.

Como livro de sabedoria, oráculo, medicina, estratégia militar e ou-


tras aplicações, o Livro das Mutações se torna um estudo apaixonante
para todos que dele se aproximam, mesmo que seja com mera curio-
sidade inicial, mas que aos poucos se transforma em entusiasmo.

Sua característica principal é a universalidade de seus conceitos, uma


vez que estão formulados em uma simbologia simples mas profunda,
representada por elementos constituídos por linhas inteiras e quebra-
das. Assim, qualquer pessoa, não importando sua cultura de origem,
pode ter acesso a seus conhecimentos. Muitos comparam o I Ching a
um computador antigo, que pode dar qualquer tipo de resposta par-
tindo de uma linguagem binária, ancestral direta da linguagem dos
computadores atuais. E isso tem muito de correto.

Infelizmente a maioria das pessoas conhece o I Ching pelas versões


de banca de jornal, que adoram divulgar métodos fáceis e rápidos
para se adivinhar o futuro, geralmente destinados a adolescentes. Não
se pode resumir o significado complexo de um hexagrama em três ou
quatro linhas de rápida consulta.

O I Ching possui dois fatores principais muito importantes que o dis-


tingue:
14 I Ching - Manual do Usuário

- Universalidade de utilização, não importando a língua ou a


cultura da pessoa que o utiliza, por ser baseado em símbolos;
- Capacidade de ir além de um “sim” ou “não”, podendo reali-
zar análises profundas das situações apresentadas e ainda fornecer
conselhos valiosos. Pode parecer brincadeira, mas essa característica
é freqüente em consultas oraculares com o I Ching.

A título de curiosidade, saiba que o Catálogo de Livros da Biblioteca


Imperial da China enumera mais de 10.000 tratados ou dissertações
sobre o I Ching elaborados desde a Dinastia Han, há 2.000 anos, pelo
menos.

“I Ching” significa literalmente “Clássico das Mutações”. É compos-


to por dois ideogramas:

I [Yi]

Ching [Jing]

“I” significa “mutação” e seu ideograma é a representação do sol e da


lua agrupados, em uma referência às mudanças contínuas entre o dia
e a noite.

Sol

Lua

“Ching” é geralmente traduzido como “clássico”, embora literalmen-


te signifique “escritura”, e é um termo utilizado para designar obras
de elevado valor cultural. O seu ideograma representa fios de seda e
um tipo de fluxo, de caminho. Provavelmente uma alusão a um dos
primeiros materiais utilizados pelos chineses para escrever – peças
Gilberto Antônio Silva 15
de seda, que substituíram com vantagem o velho sistema de tiras de
bambu. O papel aparece apenas algumas centenas de anos depois.
Um dos mais antigos exemplares do I Ching foi descoberto nas tum-
bas de Mawangdui e consta de duas peças de seda, uma com o texto
e outra com comentários, sendo denominado por especialistas como
o “I Ching em Seda”.

Fios enrolados
uns nos outros,
novelo

Curso de água,
caminho

Se formos interpretar o ideograma “ching” como um caminho feito


de seda, que se utiliza para escrever, não estaremos muito longe da
verdade. Existem interpretações mais profundas e filosóficas, mas
apenas este significado básico já será suficiente para nós.

Entretanto os chineses em geral não utilizam esta denominação, pre-


ferindo o termo mais antigo Zhou Yi [Chou I] que significa “Mutações
de Zhou”, nome da dinastia chinesa durante a qual foram acrescidos
textos explicativos às figuras originais.

Zhou Yi

“I Ching” em geral é a denominação mais usual entre ocidentais, apa-


recendo desde a primeira tradução para o latim, elaborada em 1814.

O livro consta de 64 figuras, chamadas em chinês de “Gua”, que sig-


nifica literalmente “diagrama oracular”. A figura ao
lado mostra o ideograma chinês correspondente, sen-
do que o símbolo mais à direita significa “adivinha-
ção”, “oráculo”. Então “gua” é um termo específico
atribuído ao I Ching.
16 I Ching - Manual do Usuário

Existe alguma confusão no meio porque “gua” pode simbolizar dois


tipos de diagramas.

O primeiro é formado por três linhas e chamado “trigrama” (do latim


“três linhas”) e o segundo é formado por seis linhas, dois trigramas
sobrepostos, e é chamado de “hexagrama” (do latim “seis linhas”).
Estas denominações são ocidentais e surgiram no século XIX, mas se
tornaram universais e tem sido adotados até em trabalhos chineses.

Trigrama Hexagrama

Existem 8 trigramas, que tomados dois a dois formam os 64


hexagramas possíveis pelas regras matemáticas. Estas 64 figuras é que
formam o núcleo do I Ching e que serão utilizadas nos diversos usos
do livro. A elas foram acrescentados textos explicativos de suas qua-
lidades e, posteriormente, comentários a estes textos.

Vamos ver em seguida a história desta obra.


Gilberto Antônio Silva 17

Capítulo 2: Origens Mitológicas


e Arqueológicas

Como afirmamos no capítulo anterior, o I Ching é um dos livros mais


antigos da humanidade, com textos escritos por volta de 1120 a.C.
Mas os textos apenas serviram como explicação aos hexagramas ori-
ginais, muito mais velhos. O quanto, isto não se sabe ao certo.

As Três Fases Principais do Desenvolvimento

As origens exatas do I, como era chamado em eras primitivas, se per-


de nas brumas do tempo. No entanto, pode-se perceber nitidamente
três fases em seu desenvolvimento, que iremos desenvolver abaixo.

“Yi” - Entre 4000 a.C. e 1120 a.C.


Temos sua origem mitológica através
do Imperador-Sábio Fu Xi, também
chamado de Bao Xi, por volta de 3322
a.C., descobridor dos trigramas origi-
nais. Fu Xi era um dos imperadores
míticos da China, ao qual se atribui di-
versas criações que propiciaram o
surgimento e desenvolvimento da ci-
vilização chinesa. Antes dele, conta-se
que os chineses eram primitivos, comi-
am carne crua e se vestiam com peles
de animais. Aí entra Fu Xi com seus
trigramas, em duas versões.
18 I Ching - Manual do Usuário

A primeira afirma que ele viu uma tartaruga saindo da água e que em
seu casco estavam desenhados os trigramas. O Imperador
correlacionou esses desenhos com as forças da Natureza, dando iní-
cio ao Yi [I]. Outra versão afirma que Fu Xi observou os céus, a terra,
as coisas da Natureza, os fenômenos naturais e o comportamento dos
homens. À partir disso elaborou oito signos (gua) que representariam
as combinações de forças que criaram o Universo.

Cabe ressaltar que é afirmativo que ele “descobriu”, e não “inven-


tou”, os trigramas. Eles sempre existiram, como composição de for-
ças da Natureza. Fu Xi apenas sistematizou estas forças e colocou-as
em uma representação inteligível, através de linhas quebradas e sóli-
das.

Eram os oito trigramas (Ba Gua), que uma vez dobrados originaram
os 64 hexagramas do I Ching, obra então conhecida apenas como I
(mutação).

“Zhou Yi” - Entre 1120 e 400 a.C.


Nessa época apareceram os textos principais
dos hexagramas, chamados de “Julgamen-
tos”, escritos pelo Rei Wen Wang, aclamado
chefe do clã Zhou em 1185 a.C. e ferrenho
inimigo da Dinastia Shang, terminando por
ajudar a fundar a Dinastia Zhou.

Conta-se que ele se revoltou contra a tirania


do último imperador da Dinastia Shang e Duque de Zhou

por isso teria sido encarcerado em 1143 a.C. na prisão de Yu-Li, du-
rante um ano. Na prisão, pôs-se a estudar o I e achou que os
hexagramas originais haviam se tornado bastante obscuros para a
população em geral. Antes, o estudo das linhas e suas relações eram o
bastante para que se utilizasse todo o potencial oracular e filosófico
do livro. No entanto, já na época do Rei Wen, o povo havia esquecido
Gilberto Antônio Silva 19
o que as linhas significavam. Partindo disso, pôs-se a escrever peque-
nos comentários, explicando cada hexagrama. Seus textos ficaram co-
nhecidos como “Julgamento”.

Seu filho, Tan, mais conhecido como Duque de Zhou, completou o


trabalho de seu pai acrescentando os textos de cada linha de cada
hexagrama (o Dr. Shaughnessy, eminente pesquisador sobre história
do I Ching, afirma que o Duque de Zhou era, na verdade, irmão do
rei Wen). A obra concluída recebeu a denominação posterior de “Chou
I” (Zhou Yi), já que o Duque de Zhou foi o primeiro imperador da
Dinastia Zhou, em 1122 a.C. (cumpre dizer que, apesar de ser conhe-
cido como Rei Wen, este filósofo nunca ocupou o trono, tendo se limi-
tado a liderar levantes contra a Dinastia Shang).

Nos “Anais da Primavera e Outono”, um grande clássico chinês, exis-


tem vários relatos de usos do oráculo, comprovando sua utilização
muito antes de Confúcio. Existem pelo menos oito narrativas entre
672 e 564 a.C.

“I Ching” - Após 400 a.C.


O Zhou Yi passou a ser incluído entre os clássicos de Confúcio, sendo
denominado de I Ching [Yi Jing] (Clássico das Mutações). Confúcio
reorganizou e revisou cinco obras, consideradas como os Clássicos
da cultura chinesa, e objeto obrigatório de estudo das pessoas letra-
das não apenas da China como de todo o Extremo Oriente durante
quase 2500 anos. Esses Clássicos são:

n Shu Jing (Clássico dos Documentos)


n Yi Jing (Clássico das Mutações)
n Chun Qiu (Anais da Primavera e Outono)

n Li Ji (Registro de Rituais)

n Shing Jing (Clássico das Canções)


20 I Ching - Manual do Usuário

Segundo o grande historiador Si-Ma


Qian (100 a.C.), Confúcio teria escrito
comentários ao I Ching. Essa autoria
é muito contraditória entre os pesqui-
sadores. No entanto, embora não pos-
samos apontar diretamente para
Confúcio, sabemos com certeza que a
pessoa (ou pessoas) que escreveu os
comentários eram pertencentes à Es-
cola Confuciana de pensamento. As
colocações morais são bem claras e
destoam da maneira direta dos textos
do Rei Wen e Duque de Zhou, mais
enigmáticas, bem ao estilo dos
taoístas. A Confúcio também é creditada a autoria de sete tratados
sobre o I Ching denominados como as “Dez Asas” e incluídos em
algumas versões do livro.

Em 213 a.C. o I Ching escapou da grande queima de livros patrocina-


da pelo Imperador Qin Shi Huangdi a conselho de seu ministro, Li
Shi. Escaparam apenas as obras que se relacionavam com a agricultu-
ra, medicina e de uso oracular. Até mesmo as tradições orais foram
desencorajadas, com pena de morte a quem recitasse livros antigos.

Na Dinastia Han (206 a.C. –220 d.C.) os comentários, elaborados prin-


cipalmente por Confúcio e membros de sua escola acabaram por se
fundir aos textos originais de Wen e Zhou, sob o comando do letrado
Bi Zhi. Isso se manteve por muitas dinastias e em várias edições, apa-
recendo inclusive no Ocidente.

Em Nossa Época
Aparentemente a primeira tradução do I Ching no Ocidente apare-
ceu em 1834, feita pelo padre católico Régis e sua equipe, diretamente
do chinês para o latim - “Y King, Antiquissimus Sinarum Liber” (“I

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