DE
HIPNOTERAPIA
- APOSTILA III –
APOSTILA III
Diagnóstico
Avaliação - Intervenção
Categorias de Avaliação
O Metamodelo de Erickson
Como Fazer a Hipnoterapia
Como Seguir Passo a Passo
Sinergismo
CATEGORIAS INTRAPSÍQUICAS
B - Processo de elaboração
1 - Estrutura familiar
- filho mais velho - protetor, dominante
- filho do meio – rebelde, adaptativo, artístico, comunicativo
- filho mais novo – requer proteção, obediente, conciliador
2 - Região:
- Urbano – vive o presente, linguagem urbana.
- Rural – orientado para o futuro, plantas, animais, tempo.
3. Intrapunitivo - a culpa
Extrapunitivo - a culpa é do outro
Método empregado por Erickson no processo terapêutico, em que se utiliza tudo aquilo que o
cliente tem, até mesmo as resistências, e procura conversar na língua que o cliente fala. A
partir desse método, Jeffrey Kenneth Zeig criou o Tailoring, que é o fazer sob medida a terapia
para cada cliente, e os assessments, que são categorias diagnósticas que facilitam e
encontram a melhor maneira de “embrulhar para presente” a indução do cliente. A base do
método ericksoriano da utilização é a sugestão indireta, sendo mesmo sinônima deste. É
definida por Zeig como “a prontidão do terapeuta para responder estrategicamente a qualquer
ou todo aspecto do paciente e do ambiente”. Para Willian Hudson O’Hanlon, “significa usar o
que a pessoa traz consigo para a sessão de hipnose, permitir que ele aja como quiser e
informar que, qualquer que seja a sua reação, ela sempre é correta”.
Jeffrey K. Zeig
Estágio 1 Estágio II Estágio III
Set-up Intervenção
Acompanhamento
Diagnóstico terapêutico Sugestão direta Ratificação de
mudanças
Lidar com as
resistências.
Estabelecer um símbolo
para o problema
Estórias empáticas.
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LINHA TEMPORAL DA PSICOTERAPIA
Motivação
Jeffrey K. Zeig
• META
2a. pergunta: O que eu quero
comunicar?
• POSIÇÃO“Tailoring”
DO PACIENTE
POSIÇÃO DO TERAPEUTA
Pessoal
Profissional • PROCESSO
5a. pergunta:
Como criar um “drama”?
1a. pergunta: Que posição eu ou Como criar fluxo?
tomo? Quem sou como
terapeuta? O que eu projeto?
Coração = Compaixão
Chapéu = Papel social
Músculos = Poder técnico
Lentes = Capacidade perceptiva
3. Mecanismo do Problema: Como a pessoa faz “X”? Qual é o mecanismo que mantém
o problema? Exemplos paralelos do problema. Gatilhos e seqüências. Soluções já
ensaiadas. Situações nas quais ele piora. Como fazê-lo piorar. Qual o modelo de
problema? Qual é o “subset of” do problema? Qual o “supraset” do problema?
5. Tratamento/Soluções: Como faz qualquer pessoa oposta “X”? Como esta pessoa
faria o oposto desse problema? (Apelo a história construtiva). “Como você sabe se
pode ou não resolver o problema?” Exceções. Exemplos paralelos de soluções.
Situações nas quais você é melhor. Quais os passos estratégicos construtivos mínimos
que podem ser iniciados?
Como utilizar os passos de 1 a 6 para estabelecer uma meta. Envolvendo o paciente com
a meta a ser atingida. Como estabelecer uma ponte entre a posição do terapeuta e o
“embrulho do presente” (Gift Wrapping). Estabelecimento de metas e procedimentos.
Quando alguém está “fisgado” modifique um dos 5 pontos de intervenção.
O DIAMANTE ERICKSONIANO
METAS
Pontuações Embrulhando o
presente
Posição do terapeuta:
a) Pessoal,
b) Profissional, Processamento
olhar, músculos, coração & o chapéu.
IV. Analogias
Com o que a pessoa se parece? Por exemplo, se a pessoa fosse um animal,
que espécie de animal ela gostaria de ser?
Através do Action Diagnosis dos valores do paciente, o terapeuta naturalmente irá criar um
plano de tratamento. O diagnóstico de cada uma dessas categorias deverá ser breve,
concreto e comportalmente orientado. Nem todas as categorias serão importantes. O
diagnóstico de ação (ou action diagnosis), é utilizado para obter informações e para centrar
o terapeuta no processo, fornecendo informações sobre como o paciente “constrói ou
mantém o seu problema”.
1) Ganchos (hooks): O que o paciente valoriza? Qual é a posição que ele toma? Qual é
a cosmovisão do paciente?
Segunda parte
1. Redefinir
2. Indução
3. Estória de empatia
4. Semeadura - história que motive o paciente
5. Intervenção principal - história com a solução do problema. Depois tirar o sujeito
do transe.
6. Tarefa
Manejo de stress
Uma indução de Yapko In: YAPKO (1990) Trancework. P. 343.345
... Tudo bem, Ken, você pode começar com umas poucas respirações
profundas e relaxantes... e você pode começar agora a se orientar... para a possibilidade
de sentir-se... muito confortável... e muito relaxado... e pouco a pouco, enquanto o mundo
segue em frente à sua volta... porque não se sentir realmente confortável... é que quanto
mais absorvido você fica... em sua experiência interna... menos importância terá o que está
acontecendo no mundo à sua volta... todo mundo precisa de um pouquinho de tempo
livre... um pouco de descanso... voltar a atenção para uma direção diferente... e um dos
meus programas preferidos de televisão é MASH... e não sei se você gosta deste
programa ou não... mas de vez em quando ocorre... que o hospital que existe em MASH...
é bombardeado pelo inimigo... e acontecem muitas explosões... e as bombas caem... e
todos correm amedrontados e indefesos... sem saber se conseguirão sobreviver... e você
pode imaginar... como lutar pela sua própria vida... pode ser uma batalha tão séria... e
então o que sempre acontece, em algum ponto do caminho, e que o bombardeio para... e
alguém poderia lhe dar a idéia de que... ouça o silêncio... (pausa)... e, vivendo a vida a
cada dia... os bombeiros tomam formas muito diferentes... podem ser brigas com outras
pessoas... preocupações acerca do ambiente... dúvidas íntimas sobre o que se deve
fazer... as batalhas podem se dar dentro... podem se dar fora... podem ser curtas... podem
ser toleráveis... podem ser inspiradoras... podem causar crescimento... e podem estimular
a criatividade, quando se tenta achar os meios de ver mais à frente... mas então vêm
tempos calmos... tempos em que toda a comoção passou... quando o barulho pára...
quando seus pensamentos podem fluir devagar... e quando nada parece ter realmente
muita importância... e são estes tempos de paz que preparam você tão bem... para os
tempos que não são tão tranqüilos... poucos segundos, que podem parecer um longo
período de quietude... eles restituem o conforto... e o equilíbrio... que fortificam você... para
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qualquer... e para todas as ocasiões futuras... onde a paciência e a compreensão... podem
funcionar tão bem... e agora mesmo você já está num destes períodos e silêncio... e o
mundo é tão imprevisível... é difícil saber... se as coisas permanecerão tranqüilas... na
próxima semana... no próximo mês... no próximo ano... e na verdade não importa... tudo
que realmente importa... é como você usa este período de quietude agora... se você usar o
tempo para que você torne-se mais forte...cuide-se com carinho... felicite-se... aprecie sua
capacidade de crescer e fazer muito mais do que somente sobreviver... e por um
momento, quando eu era muito mais jovem... e tive a experiência de viver na Jamaica...
vivi num vilarejo muito pequeno... no extremo oeste da ilha... onde poucos turistas realmente
vão... e ninguém lá sabia ler... ou sabia escrever... e ninguém estava informado sobre os
acontecimentos do mundo... os jamaicanos ficaram chocados e não acreditaram... quando
eu lhes contei que os americanos haviam posto homens na lua... e conseguiram trazê-los de
volta a salvo... e apesar de sua ignorância.. havia uma certa satisfação... em entender a ilha
na qual viviam... onde a maior parte do tempo o céu é tão claro e azul... mas como é típico
dos trópicos... de vez em quando... nuvens imensas apareciam em grande quantidade... e
havia chuva pesada, com raios e trovões... e aí as nuvens se desmanchavam de novo... e
no começo eu achei isso muito perturbador... tão inesperadamente... meu prazer com o sol
brilhante... poderia ser interrompido a qualquer momento... e obviamente, eu não tinha
controle... sobre os trovões... e a chuva... e você aprende rapidamente... que o ruído... pode
ser bem apreciado quando é contrabalançado pela quietude... e que é o ruído... que faz a
chuva a floresta cheia de vida... e permite que o crescimento ocorra... e algumas vezes é
inconveniente... algumas vezes aparece desnecessário... mas de fato é a verdade... que a
escuridão da chuva... leva ao crescimento da vegetação... que permite o prazer... e todas as
coisas se equilibram... e como é bom para você sentir-se acomodado confortavelmente.... e
como isto prepara bem você para os períodos de incômodo... permitem que você aprecie
realmente... os tempos de conforto e comodidade... este agora... e por que não aproveitar...
os tempos de quietude... e apreciar o que eles têm a oferecer... e por que não aceitar o
inevitável... que a chuva cai... que as pessoas mudem... e as coisas melhorem... a cada dia
o seu tempo... à medida que você se torne mais tolerante... e aproveite períodos maiores de
conforto e estabilidade... e pode tornar-se mais e mais fácil... mover-se flexivelmente,
fluidamente... através da chuva e do sol... esteja você na Jamaica ou em qualquer lugar... na
Europa ou na África... o sol brilhando dentro... torna mais fácil lidar com a chuva que cai
fora... e alguém disse, uma vez... a falta de notícia é boa notícia... mas você vai ter de se
decidir sobre isso sozinho... e usar o tempo para que aproveite sentimentos de conforto...
aproveite a quietude de dentro... como é bom... saber... que o bombardeio acabou... e
experimentar o conforto... é certamente um privilégio... e então por que não carregá-lo com
você para qualquer lugar... qualquer lugar onde o conforto seja permitido... e compartilhar
um pouco dele, e guardar um pouco... deixar ir um pouco... segurar um pouco para você...
e quando você começa a se reorientar... traga o suficiente com você... para aproveitar a
quietude... e então, quando sentir que está pronto... você pode tranqüilamente abrir os
olhos...
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O cliente achou o processo de transe uma quebra das pressões que
estava enfrentando no dia-a-dia, e achou interessante que eu mencionasse MASH, um dos
seus programas favoritos. Ele se lembrou de Hawkeye em particular, e como ele usa o
humor para permanecer sadio, numa situação insana. Decidiu que iria agir de forma
semelhante, e se deu a tarefa de contar anedotas para pessoas, como uma forma de
tornar mais fáceis as situações de tensão. Pensou que esta maneira seria uma ferramenta
positiva para o manejo do stress, como acréscimo à auto-hipnose que ele aprendeu, e
relacionou a mais coisas que havia lido sobre o humor e a cura. As sessões subseqüentes
envolveram problemas específicos que necessitavam atenção.