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DIRETOR-TEOLÓGICO André Nguina Quiala
Luiz Guatura Cláudia A. Alves
Gilson Barbosa
CONSELHO EDITORIAL Gordon Chown
Eude Martins da Silva Jailson Marinho
Ronaldo Rodrigues de Souza
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MÓDULO I
MATRIZ
CURRICULAR

BIBLIOLOGIA I
Correspondência no material impresso
(DOUTRINA DAS
Introdução: A Bíblia ESCRITURAS)
Capítulo 1
A formação do Cânon

Capítulo 2
O material da Bíblia
LIÇÃO 1
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LIÇÃO 1
Introdução - A Bíblia

Etimologicamente, o termo Bíblia é o plural da palavra


grega Biblos ou a forma diminutiva biblion, mais
utilizada na versão dos LXX e no Novo Testamento.
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EXPOSIÇÃO
DO CONTEÚDO
DA LIÇÃO
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Etimologicamente, o termo Bíblia é o plural da palavra
grega Biblos ou a forma diminutiva biblion, mais utilizada
na versão dos LXX e no Novo Testamento. Significava, no
princípio, qualquer tipo de documento escrito: rolo, códice,
carta etc. Na versão dos LXX e nas fontes judaicas e cristãs,
o termo “livro sagrado” ou o plural hierai bibloi designava o
Pentateuco ou o conjunto do Antigo Testamento.

Os cristãos utilizavam o termo grego plural “ta bíblia” e o


derivado latim “bíblia” para designar as escrituras hebraicas.
Na Idade Média, utilizou-se o termo em latim bíblia. O Novo
Testamento utiliza o termo plural “Escrituras” para se referir
à Escritura do Antigo Testamento, como um todo. Também
faz uso do vocábulo “Escritura”, no singular, para se referir
à determinada passagem.

Mesmo contendo diversos livros, a Bíblia apresenta uma


unidade na diversidade. As Bíblias católicas e protestantes
contêm duas grandes partes: o Antigo e o Novo Testamentos.
Já as Escrituras judaicas constam apenas do Antigo
Testamento. A palavra “testamento” não se relaciona ao
legado, mas à aliança — firmada com testemunhas — entre
Deus e o povo.

Quando falamos em Escrituras Sagradas precisamos


esclarecer sobre sua inspiração.
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TEORIAS SOBRE A
INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
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INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Durante séculos, a Igreja Cristã utilizou as
Escrituras Sagradas sem definir solenemente
sua fé na inspiração dos livros sagrados. Com
o passar dos anos, chegou-se à compreensão
de que Deus é o autor do Antigo e do Novo
Testamentos, listando todos os livros sacros,
sendo que alguns deles (deuterocanônicos)
não se adequavam ao princípio da inspiração.
Duas expressões que aparecem no Novo
Testamento são utilizadas pelos teólogos para
dar autoridade divina às Escrituras: escritor
inspirado (2Pe 1.19-21) e livro inspirado
(2Tm 3.15). Assim, o cristianismo aceita
“Deus — autor da Escritura” e os homens
como seus instrumentos, sem reduzi-los a
instrumentos mecânicos.
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Para os cristãos, Deus quer a existência das Escrituras,
como um dos elementos constitutivos da Igreja. As
Escrituras haveriam de formar-se por meio da comunidade
cristã, brotando de sua atividade. Deus é o autor da Igreja
e das Escrituras. Desse modo, os fatores divino e humano,
que concorreram para a produção das Escrituras, estão
relacionados entre si como causa principal e instrumental.
Nesse ponto, deve começar qualquer explicação sobre
a atividade inspirativa e apropriante de Deus. Antes do
Renascimento e da Reforma, a reflexão sobre a natureza da
inspiração ficou limitada a certas observações incidentais
ao se tratar da origem divina das Escrituras. Logo surgiu:
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• A teoria do ditado, segundo a qual Deus teria comunicado idéias


e palavras aos escritores bíblicos, que escreviam exatamente o
que haviam recebido em suas mentes. Esta teoria foi abandonada
no final do século XIX.

• A teoria da aprovação posterior afirmava que os homens


escreveram os livros da Bíblia e a Igreja os aprovou. Ela (a teoria)
foi modificada mais tarde com a idéia de que o Espírito Santo teria
dado uma assistência aos escritores, impedindo-os de cometerem
erros, sem interferir com outra influência.
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Durante o século XIX, ainda surgiu:

• A teoria da inspiração formal e não material, que afirmava


haver Deus inspirado o conteúdo das Escrituras e não a expressão
verbal, fruto do talento e da capacidade dos escritores sagrados.
Esta teoria foi modificada em sua parte metodológica, isto é, não
se deveria partir da afirmativa de que “Deus é o Autor”, mas da
noção teológica de inspiração divina. Enfim, é o estudo da Bíblia o
ponto de partida básico para se refletir sobre a inspiração divina,
que é Deus operando para produzir um efeito concreto: a Bíblia.
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No século XIX, o próprio princípio da inspiração foi julgado, pois alguns


negavam a intervenção sobrenatural de Deus. Entretanto, foi formulado o
seguinte princípio:

“Se alguém não aceita como sacros e canônicos os livros completos da


Sagrada Escritura com todas as suas partes, segundo a enumeração que
deles faz a tradição e os concílios da Igreja, ou se alguém nega que estes
livros são divinamente inspirados, que este tal seja anátema” (In: A.
FÉUILLET, p. 9).

O influxo da divina inspiração sobre o autor sagrado, pode-se dizer,


começa com a própria vida. No caso de Jeremias, por exemplo, foi
chamado desde o ventre materno (Jr 1.5). Possuía qualidades intelectuais,
imaginativas e emocionais necessárias para compor determinado livro.
No momento de realizá-lo, a inspiração divina atuou sobre a pessoa, que
foi preparada para uma tarefa definida na história da salvação.
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A ação de Deus sobre o autor sagrado pode ser definida como Spiritu
Sancto Inspirante. Essa inspiração influi em todas as faculdades do autor,
afetando o entendimento especulativo (o que se há de comunicar) e o
entendimento prático (o modo de comunicá-lo).

O autor sagrado possuía convicção subjetiva, segurança e visão


penetrante desenvolvidas sob o influxo da inspiração. A comunidade
recebia os textos na certeza de que eram vindos de Deus. O Senhor Deus
utilizou pessoas, lugares, coisas e acontecimentos para dirigir e orientar
o entendimento do autor sagrado. A vontade do autor também estava
sob o influxo da inspiração divina.

Uma vez aceitando a Bíblia como Palavra inspirada por Deus, observam-
se os efeitos desta inspiração sob quatro aspectos:
1. Deus se revela na Bíblia.
2. A Bíblia forma uma unidade completa.
3. A Bíblia permite o encontro entre Deus e a pessoa.
4. A inerrância na Bíblia se evidencia.
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LIÇÃO 1b
A formação do Cânon

A fé judaico-cristã sentiu a necessidade do Cânon para


conservar, preservar e observar essa revelação.
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Toda religião revelada precisa do estabelecimento de um Cânon sagrado que


identifique a revelação de Deus.

A fé judaico-cristã sentiu a necessidade do Cânon para conservar, preservar e


observar essa revelação. A comunidade cristã foi expressando sua fé na adoção de
determinados escritos como sagrados. Essas listas, em grego, denominavam-se Kânon.
Na bibliografia grega, temos a a idéia de “regra, norma, padrão”. Canonização
é, pois, o processo pelo qual os livros da Bíblia se tornaram normativos para a
comunidade que os acolheu. Canônicos são os livros aceitos pela comunidade cristã
como sagrados, divinamente inspirados e fidedignos para a instrução dos fiéis.

Certamente, alguns critérios para estabelecer a canonicidade em relação aos livros


do Antigo Testamento foram:
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1. Os autores sagrados registraram, de forma
escrita, as revelações e mensagens que recebiam da
parte de Deus, para que servissem de orientação aos
seus descendentes (Êx 17.14; Nm 33;22; At 7.38 em
diante).

2. O reconhecimento pelos rabinos judeus da


época de que os escritos eram inspirados por Deus.
Na realidade, a Igreja canonizou o que já estava
canonizado.

3. Para a igreja primitiva determinar a canonicidade


de um livro ele teria de ter sido escrito por um homem
de Deus, ser autêntico, teria de conter a virtude que
transformasse vidas, ser lido e aceito pelos rabinos.

4. A confirmação pelo Espírito Santo, produzindo


fé e obediência à Palavra de Deus.
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CÂNON JUDAICO

O cânon hebraico é composto de 24 livros, dividido em três grupos: a lei (Torah),


os profetas (Nebhim) e os escritos (Kethubim).

A seguir, a ordem de aceitação dos livros como canônicos:


• Torah. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

• Nebhim. Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Os doze (os
nossos profetas menores).

• Kethubim. Salmos, Provérbios, Jó (poesia), Cantares, Rute, Lamentações,


Eclesiastes, Ester (os cinco rolos), Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.

Obs: “Os cinco rolos”. São chamados assim porque cada um deles foi
escrito individualmente para ser lido nas festividades judaicas: Cantares
na Páscoa, Rute no Pentecostes, Eclesiastes na festa dos Tabernáculos,
Ester no Purim e Lamentações no aniversário da destruição de Jerusalém.
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TALMUDE

Não é a Bíblia hebraica, mas, sim, o comentário que interpreta a Bíblia judaica.
O Talmude é o conjunto da Mishná e da Guemará. A Mishná é o comentário das
Escrituras (Velho Testamento Hebraico). A Guemará é o comentário da Mishna.
Para os judeus, o Talmude é reconhecido como tendo a mesma autoridade da Bíblia
hebraica. Mas para os cristãos ele não se reveste de nenhuma autoridade.
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CÂNON CATÓLICO

O cânon católico do Antigo Testamento é o mesmo da Septuaginta. Os livros estão


divididos em quatro partes: Lei, História, Poesia e Profecia, mas com o acréscimo
dos livros apócrifos. Assim, o cânon católico hebraico soma, ao todo, 46 livros:

• Lei. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

• Históricos. Josué, Juízes, Rute, 1 e 2Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas ou


Paralipômenos, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1 e 2 Macabeus.

• Poéticos. Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Sabedoria e Eclesiástico.

• Proféticos. Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel, Amós,


Oséias, Joel, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu,
Zacarias, Malaquias.
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Obs. Em algumas versões antigas, Samuel e Reis são apresentados como I, II, III e
IV Reis e Esdras e Neemias, como I e II Esdras.

CÂNON PROTESTANTE

Sob o critério de linguagem e conteúdo, a Bíblia está dividida em duas partes


principais: O Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento tem
39 livros, e o Novo Testamento, 27, totalizando 66 livros. O cânon protestante do
Antigo Testamento está distribuídos em 39 livros diferentes:

• Lei. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

• Históricos. Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras,


Neemias e Ester.
• Poéticos. Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.

• Proféticos. Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Joel, Amós, Obadias,


Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
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ANALISANDO OS TERMOS

Por meio de um longo processo, em que o pressuposto básico foi a inspiração


divina, o povo de Deus estabeleceu o seu Cânon sagrado. Nesse processo de escolha
dos livros sagrados apareceram algumas expressões:

Apócrifos. Livros que não foram recebidos pela comunidade cristã


como inspirados. O termo em grego significa “escondido”, pois
os livros se apresentavam como revelações secretas. Apócrifo,
porém, não significa “condenado”, porque muitos deles eram
leituras prediletas de judeus e cristãos. A carta de Judas, no Novo
Testamento, chega a mencionar esses livros.
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Os apócrifos não são aceitos como sagrados pelos protestantes e judeus. Esse
termo significa “espúrio, oculto secreto”. Foram fixados nas edições católicas por
determinação do Concílio de Trento (1545—1563).

Relacionamos, a seguir, alguns livros apócrifos:


• Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Ester 10.4–16.24, História de Suzana, Bel e o
Dragão, os três jovens na fornalha (que são acréscimos aos livros de Esdras e de
Éster), Eclesiástico, I e II Macabeus, Oração de Manasses, III e IV Esdras, entre
outros.

Embora raramente possam ser encontrados, existem também os livros apócrifos


do Novo Testamento, que são, entre outros, os seguintes:

• Evangelho segundo os hebreus, Os atos de Pilatos, Apocalipse de Pedro, Evangelho


de Tomé, Os atos de Paulo, Evangelho aos doze apóstolos e Terceira epístola aos
coríntios.
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Resumo das heresias nos apócrifos
Tobias (2000 a.C.)

É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns


milagres preparados pelo anjo Rafael.
Suas heresias:
• A justificação pelas obras — 4.7-11; 12.8.
• Mediação dos santos — 12.12.
• Superstições — 6.5,7-9,19.
• Um anjo engana Tobias e o ensina a mentir — 5.16-19.

Judite (150 a.C.)


História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando o inimigo
e, em seguida, corta sua cabeça. Sua grande heresia é a própria história, na qual os
fins justificam os meios.
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Baruque (100 A.D.)
Heresia. Traz, entre outras coisas, a intercessão pelos mortos — 3.4.

Eclesiástico (180 a.C.)


É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias. A saber:
• Justificação pelas obras — 3.33-34.
• Trato cruel aos escravos — 33.26,30; 42.1,5.
• Incentiva o ódio aos samaritanos — 50.27,28.

Sabedoria de Salomão (40 A.D.)


Livro escrito com a finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e a idolatria
do epicurismo (filosofia grega na Era Cristã).
Suas heresias:
• O corpo como prisão da alma — 9.15.
• Doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma — 8.19,20.
• Salvação pela sabedoria — 9.19.
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I Macabeus (100 a.C.)
Descreve a história de três irmãos da família “macabeus” que, no chamado período
interbíblico (400 a.C. — 3 A.D.), lutam contra os inimigos dos judeus visando a
preservação do seu povo e da terra.

II Macabeus (100 a.C.)


Não se trata da continuação de I Macabeus. São, no entanto, narrativas paralelas,
cheias de lendas e prodígios de Judas Macabeu.
Suas heresias:
• A oração pelos mortos — 12.44-46.
• Culto e missa pelos mortos — 12.43
• O próprio autor não se julga inspirado — 2.25-27; 15.38-40.
• Intercessão pelos santos — 7.28; 15.14.

Adições ao livro de Daniel


No capítulo 13, é contada a “A história de Suzana”. Segundo esta lenda, Daniel
salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.
28 Material Digital ICP - Bibliologia 1 - L. 1
O capítulo 14 conta-nos a história de Bel e o Dragão. Contém, ainda, histórias
sobre a necessidade da idolatria.
No capítulo 3.24-90 está “O cântico dos três jovens na fornalha”.

Deuterocanônicos
Designa os livros aceitos pelos católicos que não foram incluídos no Cânon
escriturístico da comunidade judaica. São sete livros mais alguns fragmentos que se
encontram na tradução dos LXX. Os cristãos os aceitam em segunda instância, pois
foram importantes para a primeira geração de teólogos cristãos.

Pseudepigráfico
É usado pelos protestantes para indicar livros escritos por pessoas inspiradas.
Esses livros, no entanto, não estão nos cânones judaico, católico e protestante. Esse
termo é inadequado para ser usado em matéria de canonicidade, pois atribui o livro
a outro autor que não o escreveu, o que aconteceu com alguns livros canônicos.
Resumindo: pseudepígrafos são os livros religiosos e apocalípticos, escritos com a
pretensão de serem sagrados, porém, nem discutidos foram, sendo rejeitados por
todos (judeus, católicos e protestantes).
29 ALGUNS
Material LIVROS
Digital PSEUDEPÍGRAFOS:
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• Apocalipse de Sofonias, de Zacarias, de Esdras, Enoque, Os doze patriarcas, entre
outros.

Existe uma hipótese de que havia dois cânones hebraicos: um breve, palestinense,
fixado em Yamnia (cidade a oeste de Jerusalém, perto do Mediterrâneo, onde havia
uma escola de rabinos) e outro mais amplo, de Alexandria. Não foram os judeus de
Alexandria, mas a Igreja Cristã que, manejando a versão dos LXX, fixou o cânon
exclusivo. Antes do Concílio de Trento, houve uma sucessão de decisões sinodais
acerca da canonicidade da Bíblia.

Os concílios locais de Hipona (393), Cartaginense III (397) e de Cartago (419)


aprovaram as listas dos livros do Antigo e do Novo Testamentos, que coincidiram
com as de Trento. Foi durante o Concilio de Trento que o decreto De Canonicis
Scripturis enumerou 45 livros canônicos do Antigo Testamento e 27 do Novo
Testamento. Esse Concílio aceitou definitivamente os livros deuterocanônicos,
em oposição aos protestantes, que optaram pelo cânon hebraico.
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Na tradução efetuada por Lutero, em 1534, ele agrupou os livros deuterocanônicos
no final da Bíblia, chamando-os de apócrifos e afirmando que sua leitura era útil
e boa. Assim também ocorreu com a Bíblia de Zurich, traduzida por Zwínglio e
outros (1 527/29). A Igreja Reformada e a Bíblia de Wicllif (1382) excluíam das
Escrituras os deuterocanônicos. A King James Version (1611) imprimiu-os entre os
dois Testamentos. As igrejas orientais usavam apenas o cânon hebraico, mas, sob a
influência da versão dos LXX, começaram a incluir os deuterocanônicos.

Entre os cristãos coptos, cristãos etíopes e alguns cristãos sírios, tende-se a admitir
os apócrifos e os deuterocanônicos. Na Rússia, no século XIX, os teólogos ortodoxos
excluíram os deuterocanônicos, que aparecem numa Bíblia russa publicada em 1956.
Com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto (1947), foram esclarecidos alguns
dados. De todos os livros incluídos na Bíblia hebraica oficial, somente Ester falta nos
rolos e fragmentos de Qumrán. Isso se deve ao fato de não conter o nome de Deus e
de acentuar a festa do Purim, uma vez que a comunidade de Qumrán, a dos essênios,
observava rigorosamente o calendário hebraico. Os essênios também conservaram
cópias dos livros deuterocanônicos, como a Carta de Jeremias (de Baruque), Tobias,
Eclesiástico, Jubileus, Henoque e diversos documentos da seita.
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LIÇÃO 1c
Materiais da Bíblia

Das regiões mais antigas do planeta e dos povos que


as habitavam, advém-nos o material e a própria escrita
conservada nesse material.
32 Material Digital ICP - Bibliologia 1 - L. 1

Das regiões mais antigas do planeta e dos povos que as habitavam, advém-nos o
material e a própria escrita conservada nesse material. Foram as inscrições antigas nas
cavernas, nas estátuas, nas colunas, nas tumbas e nos materiais não perecíveis, como,
por exemplo, as tabuinhas de argila, os papiros e os pergaminhos, que forneceram
informações sobre as civilizações antigas. Foi a conservação de documentos valiosos,
como as cópias das Escrituras Sagradas do cristianismo e outros, que elucidou diversas
passagens das Escrituras.

A história da Bíblia relaciona-se perfeitamente à história oral e também à história


da escrita. Eram feitas várias verificações para assegurar a cópia correta dos livros. O
número de linhas era contado e comparado com o original. Qualquer danificação do
original era anotada. Às vezes, um segundo escriba verificava toda a cópia.

Além da formação do hebraico, do aramaico e do grego, o estudo das línguas em


que a Bíblia foi elaborada preocupa-se com o material utilizado para a escrita dos
livros e documentos antigos, bem como com os tipos de escrita existentes desde os
primórdios da humanidade.
33 Material Digital ICP - Bibliologia 1 - L. 1
Foram encontradas inscrições em pedras, cerâmica e
metais. Entretanto, textos maiores precisavam ser escritos
em material acessível, abundante, e que pudesse ser
transportado. Para tanto, foram utilizados, inicialmente,
as tabuinhas de argila e os óstraca, em algumas regiões e,
em outras, o papiro. Além desses, havia o pergaminho.

Como os vales do Tigre e do Eufrates são formados


de terra de aluvião, tornava-se barato e generalizado o
uso da argila para a escrita. A argila úmida era moldada
em tabuinhas, geralmente planas de um lado e convexas
do outro. Eram feitas incisões na argila mole, com um
estilete, às vezes dos dois lados. A argila podia secar ao
sol, mas a cocção nos fornos dava-lhe maior durabilidade.
As inscrições oficiais eram colocadas num vaso de argila,
onde se escrevia o resumo do conteúdo das tabuinhas. A
tabuinha também serviu de instrumento para o correio
internacional, como mostram as cartas de Tell el-Amarna.
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Os óstracas referiam-se aos fragmentos de peças de cerâmica quebrada, material
abundante e barato, utilizado no Egito, especialmente para exercícios escolares,
cartas, recibos, contas etc., pois o papiro era caro. Nos óstracas redigia-se com tinta
e pena, o que permitia escrever unicamente em caracteres aramaicos. Isso explica
a escassez desse tipo de material na Mesopotâmia. Em Atenas, para expressar a
condenação ao “ostracismo” ou ao exílio, escrevia-se o nome dos condenados nos
óstracas. Conservam-se alguns com passagens do Antigo e do Novo Testamentos.

O papiro era feito dos talos da planta do mesmo nome, comum no antigo Egito.
Cortava-se em tiras finas que, depois, eram sobrepostas em camadas cruzadas e
prensadas. Escrevia-se sobre as fibras horizontais, que ficavam na parte interna do
rolo de papiro enrolado. Em caso de necessidade, escrevia-se também do outro lado.
Até a invenção do papel na China e de sua difusão pela Síria e Egito, durante os
séculos VII e VIII d.C., o papiro foi o material mais corrente da escrita no mundo
antigo. Escrevia-se com hastes de cana e tinta preta feita de fuligem. O papiro egípcio
transformou-se em material de exportação, porém, as condições de umidade dos
demais países tornaram impossível a conservação de papiros escritos, a não ser na
região do Mar Morto.
35 Material Digital ICP - Bibliologia 1 - L. 1
O contrato de compra firmado pelo profeta Jeremias (Jr 32.10-14) foi, sem dúvida,
escrito em papiro dobrado e selado. As cartas de Paulo e outros textos do Novo
Testamento também foram escritos em papiro. Documentos enterrados nos túmulos
e ruínas, nas areias secas do Egito, sobreviveram até os dias de hoje.

O pergaminho era a pele do animal curtida. Sua utilização remonta


ao terceiro milênio a.C. O exemplar mais antigo conservado é de
cerca de 2000 a.C. Durante o século II a.C., a técnica de preparação
do pergaminho aperfeiçoou-se bastante na cidade de Pérgamo, da
qual tomou o nome. O fragmento mais antigo de um escrito cristão
conservado em pergaminho é o do Diatéssaron de Dura-Europos,
da primeira metade de século II d.C. Do Novo Testamento não se
conservaram manuscritos em pergaminho anteriores ao século IV.
36 Material Digital ICP - Bibliologia 1 - L. 1
Inicialmente, os papiros referentes a um livro eram emendados e enrolados,
formando um rolo ou volume (“enrolar” em latim). Esse tipo de rolo era conhecido
em hebraico como megilla ou megillat sefer, expressão traduzida em Hebreus
10.7 por kephalis bibliou, na citação do Salmo 40.7,8. Um rolo podia conter um
livro da mesma extensão do de Isaías. O Pentateuco necessitava de cinco rolos. Os
rolos eram guardados em grandes jarros de cerâmica, do mesmo modo que foram
encontrados os manuscritos do Mar Morto. Aliás, essa era a forma de se guardar
livros e documentos na Antiguidade.
Assim como os papiros, o pergaminho, inicialmente, também era disposto em rolo.
Entretanto, aos poucos passou-se ao uso do códice ou códex. Vários caderninhos de
quatro folhas duplas formavam um códice de grossura ilimitada e de aspecto parecido
com o de um livro moderno, com capas de madeira ou de couro. Os escritores cristãos
adotaram, desde o século II, o uso do códice, rompendo assim com a tradição judaica
que só admitia o uso do rolo para os textos sagrados. Em épocas posteriores, por
causa do alto custo do pergaminho, costumava-se raspar o texto escrito para escrever
sobre ele outro texto, dando assim origem aos códices rescripti ou palimpsestos.
Procedimentos químicos e fotográficos permitem a leitura do texto raspado que era,
com freqüência, um texto bíblico.
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PARABÉNS!!!
VOCÊ CONCLUIU
A LIÇÃO 1
Não esqueça de assistir suas aulas em
vídeos e escutar suas aulas em áudios.
Feito isso, passe para lição 2.

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