O gelo pode se acumular nas superfícies expostas da aeronave, aumentando o seu peso e
Fonte: Hangar 33
Fonte: https://causosdeumaviador.wordpress.com/2011/01/21/gelo-bom-na-bebida-mas-uma-ferida-na-
sua-aeronave/
ao volume de água sob a forma de gotas. Quando a água está em forma de vapor, neve
A temperatura é outro fator importante. Grande dos eventos com gelo em aeronaves
ocorrem entre 0°C e -15°C. Quando a temperatura do ar externo está abaixo de -20°C, a
subida, percebe-se que estas condições são normalmente encontradas próximo do FL200.
Por esse motivo, o evento é denominado pela comunidade aeronáutica como o freezing
Nota 6-1
A perda de 2 graus a cada subida de 1.000 pés é apenas um referencial para calibração
de altímetros. O planejamento de voo deve ser elaborado com base nas informações que
Outro fator que também exerce influência na formação de gelo é o tamanho e a velocidade
das superfícies da aeronave. Pode-se dizer que, quanto mais espessa a superfície de
O voo em menor velocidade não é indicado como uma forma de reduzir a possibilidade de
Vale ressaltar também que componentes ou superfícies mais delgadas acumulam gelo com
mais facilidade. Por esse motivo, observa-se uma maior probabilidade de os bordos de
50 libras por pé cúbico, podendo reduzir o coeficiente máximo de sustentação em até 30%.
Nota 6-3
coeficiente de arrasto se torna maior à medida que mais gelo se acumula nos aerofólios da
aeronave, podendo dobrar, ou, nos casos de maior severidade, triplicar o arrasto original
produzido por estas superfícies. Nessa situação, será necessário aplicar maior potência ao
aeronave, isto é, a quantidade de gelo formada na unidade de tempo. Por este critério, a
Formação leve
minutos de voo dentro das nuvens, pode ser notado algum indício dele, porém não
ultrapassando a razão de 1 mm/min. Em geral, a formação leve não afeta a operacionalidade
Formação moderada
e 5 mm/min.
Formação forte
mm/min. Nesta condição, a formação é quase instantânea, criando uma densa capa de gelo
sobre a aeronave.
Nota 6-4
voo.
Quando uma aeronave penetra numa área sujeita à formação de gelo, alguns equipamentos
Fonte: http://diariodebordohofmann.blogspot.com.br/2012/08/chuva-e-gelo-em-aeronaves.html
Fonte: bom.gov.au
Fonte: bom.gov.au
RBHA 91 - Regras gerais de operação para aeronaves civis
(1) gelo, geada ou neve aderidos a qualquer hélice, para-brisas, instalação de motor ou a
atitude de voo;
(b) Exceto para um avião que tenha as provisões de proteção contra gelo estabelecidas
pelo SFAR 23, seção 34, emitido pela "Federal Aviation Administration" dos Estados
(c) Exceto para um avião que tenha as provisões de proteção contra gelo estabelecidas
pelo SFAR 23, seção 34, emitido pela "Federal Aviation Administration" dos Estados
Unidos ou para um avião homologado na categoria transporte, nenhum piloto pode voar
um avião em condições conhecidas ou previstas de formação severa de gelo.
voo não mais serão encontradas durante o voo em virtude da mudança das condições
meteorológica após a previsão, as restrições no parágrafo (b) e (c) desta seção baseadas
suplementares
(a) Ninguém pode despachar ou liberar um avião, continuar a operar um avião em rota ou
segurança operacional
(b) Ninguém pode decolar um avião quando geada, neve ou gelo tiveram aderido às asas,
do avião ou quando a decolagem não puder ser feita em conformidade com o parágrafo (c)
desta seção.
Decolagens com geada sob as asas, nas áreas dos tanques de combustível, podem ser
autorizadas.
(c) Exceto como previsto no parágrafo (d) desta seção, ninguém pode despachar, liberar
ou decolar com um avião quando as condições meteorológicas forem tais que seja
(d) Um detentor de certificado pode continuar a operar segundo esta seção, sem o
programa requerido pelo parágrafo (c) desta seção, se ela incluir em seu manual uma
previsível a aderência de geada, gelo ou neve a um avião, nenhum de seus aviões poderá
decolar a menos que tenha sido verificado que as asas, superfícies de controle e outras
superfícies críticas estão livres de geada, gelo e neve. Tal verificação deve ocorrer dentro
dos últimos cinco minutos anteriores ao início da decolagem e deve ser conduzida pelo
exterior do avião.
O piloto deve estar sempre preparado para evitar ou, pelo menos, minimizar os efeitos da
necessário:
suplementares
(b) O manual pode ser composto por dois ou mais volumes separados, podendo conter
cópias de publicações originais dos fabricantes dos aviões e componentes, desde que o
conjunto contenha todas as informações abaixo, sendo que cada volume deve conter
Nota 6-5
Quando o voo sob condições de gelo não está proibido pelo manual da aeronave, pode
haver uma orientação à tripulação para alternar o destino prontamente, caso o acúmulo de
gelo se torne perigoso. Consulte as ações requeridas no caso de formação de gelo severa,
Nota 6-6
recomendável a utilização dos sistemas anti-ice ou de-ice, tão logo seja percebida a
formação de gelo nas superfícies da aeronave ou, ainda, quando as condições de gelo se
fizerem presentes.
Risco de Congelamento
Nota 6-7
Fonte: Bom.gov.au
suplementares
elevação de nível
mecânicos de voo deve incluir pelo menos o seguinte, como aplicável para cada função:
solo por esta subparte, como apropriado, incluindo treinamento de tesouras de vento de
emergências.
do avião quanto à geada, gelo ou neve, dentro do tempo de atuação estabelecido para
esse avião. (RBAC nº 121, parágrafo 121.629(c)(4)). Pode ser feita observando-se
certificado estão livres de geada, gelo ou neve. Essa verificação deve ser conduzida
dentro dos cinco minutos anteriores ao início da decolagem, devendo ser feita do lado de
fora do avião, exceto se o programa aprovado der outra solução” (RBAC nº 121, parágrafo
de congelamento.
congelamento.
A ANAC pode autorizar a decolagem com geada sob a asa na área dos tanques de
combustível, se puder ser demonstrado que existe uma degradação mínima aceitável do
solo
aeronave que devem estar livres de contaminantes antes da decolagem devem ser
a) Geralmente, o seguinte deve ser considerado para ser superfície crítica de aeronave, se
motores montados ao centro (ex: Boeing 727) ou na fuselagem traseira (ex: Embraer EMB-
145).
cada tipo de aeronave utilizada em suas operações, as superfícies críticas que devem ser
verificadas nas inspeções de pré-voo conduzidas pela tripulação de voo, verificações pré-
c) Superfícies críticas devem ser definidas para o uso de pessoal de solo para a condução
solo
continuada deve incluir técnicas específicas para cada tipo de aeronave para uso pela
Nota: A formação de gelo claro (clear ice) pode ser difícil de se detectar visualmente.
Portanto, técnicas específicas de identificação de gelo claro devem ser incluídas em todos
os programas de treinamento.
solo
aeronave.
Acidentes e incidentes
O fenômeno foi mencionado nos relatórios de investigação dos seguintes
acidentes/incidentes
A - 025/CENIPA/2013
I-053/CENIPA/2011
em http://prevencao.po#mce_temp_url#tter.net.br/relatorio/page/1
AT72, vicinity Manchester UK, 2016
B738, Rostov-on-Don Russia, 2016
B788, en-route, north of Darwin NT Australia, 2015
A346, en route, eastern Indian Ocean, 2013
B752, en route, western Ireland, 2013
B752, en-route, Central Mauritania, 2010
AT43, en-route, Folgefonna Norway, 2005
C208, Helsinki Finland, 2005
C208, vicinity Pelee Island Canada, 2004
F70, vicinity Munich Germany, 2004
CVLT, en-route, Kapiti Coast New Zealand, 2003
C172, Toronto Canada, 2003
CL60, Birmingham UK, 2002
C404, Kulusuk Greenland, 2002
SH36, vicinity Marsa Brega Libya, 2000
AT73, en-route, Roselawn IN USA, 1994
ATP, en-route, Oxford UK, 1991
ATP, en-route, Oxford UK, 1991
B732, vicinity Washington National DC USA, 1982
nuvem Cumulonimbus.
Altas concentrações de pequenos cristais de gelo lançados para altas altitudes por intensos
aeronaves com motores a jato (AGM). Esse fenômeno apresenta risco à segurança de voo.
Esses cristais de gelo geralmente são encontrados nas bigornas das supercélulas e dos
complexos convectivos que apresentam baixa refletividade radar e temperatura entre -25º
motores das aeronaves, que estão mais quentes, provocando significativa perda de