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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 31.764/2017........................................)
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Pericial e os depoimentos concluiu que à luz dos depoimentos das testemunhas e
documentos analisados, verifica-se que o encalhe do B/M “ALIANÇA II” ocorreu em
virtude da tentativa de salvaguardar a vida dos passageiros, tripulantes, carga, bem como
a embarcação e não ser possível prever o banco de areia onde ocorreu o encalhe e que a
causa determinante se deu por motivo de fortuna do mar.
Que, em consequência da varação, o B/M “ALIANÇA II” sofreu algumas
avarias no calafeto, mas não ocorreu poluição ambiental.
Que por motivo de fortuna do mar não foi possível identificar o possível
responsável pelo Acidente da Navegação ora apurado.
A D. Procuradoria ao analisar os autos constatou que diante das provas
coligidas nos autos, manifestou-se pelo Arquivamento do presente IAFN, visto que as
condições adversas do mar e do vento contribuíram para o encalhe em apreço, sendo
resultante do fenômeno natural denominado fortuna do mar.
Publicada nota de arquivamento, os prazos foram preclusos sem que
interessados se manifestassem.
Decide-se.
De tudo o que consta nos presentes autos, conclui-se que a natureza e
extensão do acidente da navegação em análise, tipificado no art. 14, alínea a, da Lei nº
2.180/54, ficaram caracterizadas como encalhe de barco motor, sem registro de danos
pessoais e de poluição ambiental.
A causa determinante decorreu das condições climáticas adversas que se
abateram sobre a região, fortuna do mar.
Analisando-se os autos, verifica-se que o B/M “ALIANÇA II” navegava de
Santarém com destino a Itaituba, PA, no momento em que cruzava a cidade de Belterra,
PA, ocorreu uma mudança brusca e repentina das condições meteorológicas com ventos
fortes e maresia, deixando o rio agitado, o que motivou o Comandante, acertadamente,
procurar abrigo próximo da margem no intuito de preservar a incolumidade da
embarcação e das vidas e fazendas de bordo. Ocorreu, que inesperadamente, antes da
varação pretendida o barco encalhou em um banco de areia, impedindo o prosseguimento
da viagem, tendo em vista que o calafeto de proa fora atingido ingressando água no seu
interior, alagando principalmente a Praça de Máquinas. O B/M “ALIANÇA II” foi
socorrido por outra embarcação B/M “D. INÊS” fazendo o reboque até a cidade de
Santarém.
Pelo exposto, deve-se julgar procedente o pedido de arquivamento formulado
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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 31.764/2017........................................)
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pela PEM.
Assim,
ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do acidente da navegação: encalhe de barco motor, sem registro de
danos pessoais e de poluição ambiental; b) quanto à causa determinante: condições
climáticas adversas que se abateram sobre a região, fortuna do mar; e c) decisão: julgar o
acidente da navegação, previsto no art. 14, alínea a, da Lei nº 2.180/54, como decorrente
de fortuna do mar, mandando arquivar os autos do Inquérito, conforme promoção da
PEM.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 23 de agosto de 2018.
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Assinado de forma digital por COMANDO DA MARINHA
DN: c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF, cn=COMANDO
DA MARINHA
Dados: 2018.12.10 14:11:26 -02'00'